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O partido Democratas está ainda mais fortalecido no governo federal. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) tem um novo diretor-presidente: Marcelo Andrade Moreira Pinto, que foi empossado, nesta quarta-feira (28), pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA), coordenador da bancada do Maranhão no Congresso Nacional, acompanhou a solenidade em Brasília (DF).

A indicação para o cargo foi feita pelo Democratas na Câmara. “Esse é mais um espaço importante que o partido ocupa no governo federal, o que fortalece ainda mais a legenda, principalmente no Nordeste. Desejo muito sucesso ao amigo Marcelo Moreira e me coloco à disposição, já que a Codevasf tem uma atuação fundamental para o desenvolvimento do Maranhão e de toda a região”, afirmou o deputado Juscelino Filho.

O novo diretor-presidente destacou a importância da Codevasf na melhoria da qualidade de vida da população. “As iniciativas implementadas em mais de 1.600 municípios valorizam as características e potencialidades locais, geram emprego, renda e desenvolvimento”, ressaltou Marcelo Moreira. O ministro Gustavo Canuto lembrou: “sem as ações da empresa, os Estados nordestinos seriam menos desenvolvidos. Portanto, a responsabilidade é gigantesca”.

Marcelo Andrade Moreira Pinto é natural de Salvador (BA), tem 36 anos, é engenheiro civil graduado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Possui, também, especialização em Controladoria e Finanças pelo Instituto Fipecafi e MBA em gestão empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Codevasf, 45 anos

Criada em 1974, a Codevasf completou 45 anos no dia 16 de julho. Atualmente, sua área de atuação abrange 27% do território nacional, em 12 Estados e no Distrito Federal, com 1.641 municípios e 17 bacias hidrográficas principais. A missão da empresa pública, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, é desenvolver essas bacias de forma integrada e sustentável, contribuindo para reduzir desigualdades regionais.

Nesta quinta-feira (29), a partir das 10h, as quatro décadas e meia da Codevasf serão comemoradas no Plenário do Senado Federal, em sessão especial. Já no Salão Branco do Congresso Nacional, a II Mostra Codevasf no Desenvolvimento Regional vai apresentar, aos parlamentares e ao público em geral, resultados dos investimentos do órgão.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

“Livraria Sustentável” é o tema central da 29ª Convenção Nacional de Livrarias, promovida a partir de hoje (28), no Rio de Janeiro, pela Associação Nacional de Livrarias (ANL), a dois dias da abertura da 19ª Bienal Internacional do Livro. Segundo o presidente da ANL, Bernardo Gurbanov, livraria sustentável significa adaptar o negócio livreiro aos novos tempos e às exigências de mudança dos hábitos de consumo, além de utilizar novas tecnologias a favor da sustentação do negócio. A convenção tem o apoio da Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro.

Apesar da crise econômica, que levou algumas redes de livrarias a entrar em recuperação judicial e colocou em xeque todo o sistema, Gurbanov disse que o setor já está dando sinais de recuperação e reorganização. “Podemos dizer que estamos no ecossistema do livro, no qual a alteração de uma das partes altera o todo”. O presidente da ANL está trabalhando em toda a cadeia produtiva para conseguir um modelo de negócio ajustado aos novos tempos.

Centro cultural

Um dos sinais da recuperação é que livrarias pararam de fechar, afirmou Gurbanov. Estão aparecendo novas lojas, e isso tem a ver com a percepção dos empresários e empreendedores e das novas gerações de que crise significa oportunidade. “Tanto se falou na crise que estão vindo à tona novos empreendimentos que enfrentam um desafio, é claro, mas têm consciência bastante clara de que esse negócio precisa ser, antes da livraria, um centro cultural. Um lugar que proponha desafios para a comunidade e que, a partir dessas propostas, comece a atrair o público”.

É dentro dessa perspectiva que estão surgindo novos projetos. Está havendo também o fortalecimento das redes de livrarias, que têm ocupado o espaço que era das outras redes em recuperação. “Estamos no início de um caminho virtuoso”.

Relatório da ANL mostrou a existência no Brasil de 3.481 livrarias em 2012. Esse número caiu para 3.095, em 2014. No ano passado, a estimativa foi de queda de 20% no número de estabelecimentos em funcionamento no país, resultando em 2.600 livrarias. Bernardo Gurbanov disse que, “a rigor, esse número deixou de cair. É uma queda muito grande, mas nós não podemos esquecer que isso tem a ver com a situação do país. Nós estamos, de 2014 até agora, com uma economia que está respirando por aparelhos, o Produto Interno Bruto (PIB) reflete isso. E o negócio livreiro não poderia estar à margem dessa situação”.

Equilíbrio

Os dados disponíveis indicam, hoje, que a economia e o negócio do livro estão nos mesmos níveis de 2006. “É uma tímida recuperação; nenhuma euforia nos espera. O setor e os empresários têm que ter os pés bem fincados na terra. O nosso negócio tem que conquistar um difícil equilíbrio entre o campo cultural e o administrativo e a pressão de custos continua sendo muito intensa, o que levou, em parte, à dificuldade das grandes livrarias”, disse o presidente da ANL.

Admitiu, porém, que há um fortalecimento do setor que tem outra característica e outra forma de administrar o negócio. Um exemplo são as pequenas livrarias que, muitas vezes, são abertas por profissionais recém-formados que resolvem reunir-se por uma expectativa de grandes negócios. Gurbanov lembrou que nenhuma das grandes redes nasceu rede. “Todas começaram com uma pequena livraria”. Recomendou, porém, que os empresários do setor se mantenham atentos às mudanças, à dinâmica da economia e aos valores sociais que estão em discussão, a partir dos quais “podem ser propostas atividades que tenham o sentido de construção de identidade para setores da população”.

Mediadores da leitura

De acordo com o presidente da ANL, o livreiro desempenha também um papel de curador, na medida em que seleciona livros e propõe atividades, buscando pessoas que se identifiquem com aquele projeto. Ele lembrou que é necessário também discutir o conceito de que livraria e livreiro são mediadores da leitura, com o objetivo de ampliar o número de leitores brasileiros.

Para ser um consultor ou orientador literário, o livreiro tem que se capacitar para esse trabalho, propondo novos desafios de leitura. “O somatório desse trabalho vai contribuir para a formação de leitores. Claro que não vai mudar o quadro geral do país, de índice baixo de leitura, o que é muito grave”. Ampliar o índice de leitura é tarefa do Poder Público, destacou Gurbanov, acrescentando que o livreiro e o editor podem também contribuir para a melhoria do desempenho nacional.

Programação

A 29ª Convenção Nacional de Livrarias tem participações importantes. Entre elas, estão a de Roger Chartier, historiador, pesquisador, ensaísta especializado em história da cultura, com destaque para a história do livro e da leitura, e a do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, que fará uma análise do cenário econômico atual e futuro.

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma), Sergio Mena Barreto, abordará o desenvolvimento das farmácias e livrarias no Brasil. Da mesma forma que as farmácias reinventaram seu negócio, as livrarias podem reinventar o seu.

O presidente da ANL, Bernardo Gurbanov, lembrou que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) recomenda aos países ter uma livraria a cada 10 mil habitantes. Isso daria, no caso do Brasil, algo em torno de 20 mil livrarias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) faz o mesmo cálculo e recomenda que haja uma farmácia para cada 10 mil habitantes. No Brasil, entretanto, são mais de 90 mil farmácias. “Algo está acontecendo que nós temos de avaliar mais profundamente”. Gurbanov argumentou que o negócio da saúde vai de vento em popa, enquanto o negócio da leitura está ficando para trás. Por isso, afirmou que “um país sem remédios não tem saúde, mas um país sem livrarias não tem remédio”.

A convenção debaterá ainda questões pontuais, como a consignação na relação entre editores e o varejo, o livro de papel e as livrarias no mundo digital e o impacto social das livrarias, entre outros temas.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Círculo Militar e a Praia do Caolho receberam, no sábado (24) e no domingo (25), as atividades de abertura da primeira edição dos Jogos de Verão Ludovicenses, evento produzido pela OCTOP Entretenimento, com os patrocínios da Glacial e do governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Competição totalmente gratuita, o evento foi criado com o objetivo de proporcionar lazer e diversão por meio do esporte, para todos os tipos de público.

Os Jogos de Verão Ludovicenses começaram na manhã de sábado (24), com a realização do torneio de vôlei de praia feminino e o início da competição de basquete 3x3. Na disputa do vôlei, o título ficou com a dupla Polyana/Bia, que derrotou Geise/Letícia na decisão. O dueto Yasmin/Ana Paula completou o pódio.

Durante a tarde, além da definição dos campeões do handbeach masculino, a bola rolou para os primeiros compromissos do futebol society e do futebol de travinha. Entre uma partida e outra, o público e os atletas participaram de atividades recreativas, como sinuca e pebolim.

Dessas disputas, apenas o handbeach definiu os campeões. A turma do BGH foi a grande vencedora do torneio derrotando o Atlef na final. A Aesf ficou na terceira posição.

Domingo

As atividades de domingo dos Jogos de Verão Ludovicenses foram abertas com a chegada da Corrida do Soldado, promovida pelo Exército Brasileiro, por meio do 24º Batalhão de Infantaria Leve (BIL). Ainda pela manhã, o evento teve continuidade com as rodadas do futebol society e os jogos decisivos do vôlei de praia masculino.

Em duelos bastantes acirrados, a dupla formada por Pablo e Alessandro levou a melhor sobre Marcos André e Will e garantiu a medalha de ouro. Enquanto isso, a dupla Wenison/Júnior garantiu o bronze.

Pela tarde, além dos torneios de handbeach feminino e futebol de travinha, os participantes dos Jogos marcaram presença em partidas de futmesa e redinha. Dessas modalidades, apenas o handbeach feminino definiu as equipes campeãs. A classificação final ficou assim: Aesf (1º), Aliança (2º) e PLHC (3º).

Programação cultural

Depois de dois dias de atividades de lazer e esporte, os participantes dos Jogos de Verão Ludovicenses contaram com uma vasta programação cultural, totalmente gratuita: depois de apresentações dos DJs Tiago Rodrigues e Rogério Mix. O cantor Bruno Shinoda fez um grande “show”, que não deixou ninguém parado e empolgou o público no Círculo Militar.

Com entrada gratuita e início às 9h, os Jogos de Verão Ludovicenses continuam neste sábado (31) e neste domingo (1º/9), com atividades para todo o público, competições de basquete 3x3, futevôlei, futmesa, futebol travinha, futebol society e “shows” gratuitos.

As melhores imagens do primeiro fim de semana e a programação completa estão disponíveis nas redes sociais do evento (@jogosdeveraoslz).

(Fonte: Assessoria de comunicação)

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O Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), aplicado no último domingo (25), contou com a presença de mais de 1,1 milhão de pessoas. Foram 1.185.945 jovens e adultos que fizeram o exame em 5.839 locais de prova em 613 municípios.

O número de presentes é um recorde para o exame, segundo o Ministério da Educação (MEC), mesmo com um alto índice de abstenção: quase 3 milhões de pessoas se inscreveram para o exame. Os gabaritos serão divulgados no dia 6 de setembro, e o resultado das provas sairá em dezembro, ainda sem dia definido.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, considerou a aplicação um sucesso. “Tudo correu bem, foi o índice mais baixo que tivemos de eventuais pequenos problemas. A estrutura e a máquina estão funcionando perfeitamente. O sucesso do Encceja é uma prova de que tudo está dentro do que esperávamos. É um teste para o que vem para o Enem”. O ministro concedeu entrevista coletiva na tarde dessa segunda-feira (26), em Brasília.

Aqueles inscritos que se sentiram prejudicados de alguma maneira na aplicação das provas e desejarem apresentar recurso, deverão fazê-lo até a próxima sexta-feira (30). O recurso deverá ser feito no “site” do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Weintraub e o presidente do Inep, Alexandre Lopes, exaltaram a tranquilidade na realização das provas. Lopes destacou apenas duas ocorrências. Em uma delas, um veículo dos Correios foi furtado antes da entrega das provas em Mato Grosso do Sul, mas a Polícia Militar recuperou o veículo a tempo, bem como as provas, que estavam intactas e aptas para serem utilizadas no exame.

A outra ocorrência destacada pelo presidente do Inep foi a queda de energia elétrica em uma escola em Sergipe. Por isso, não foi possível a realização do exame, que será reaplicado naquele local de prova.

Weintraub e Lopes ressaltaram que o baixo índice de problemas no Encceja é um bom indicador para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), marcado para o início de novembro, apesar da diferença de perfil dos dois exames. “O Enem tem a questão da fraude, porque você tem as vagas fixas. No Encceja, não existe a disputa. […] Em termos de logística o Enem envolve mais segurança física. Mas tirando essa única questão, são muito próximas as complexidades [dos dois exames]”.

O Encceja é voltado para pessoas que não terminaram os estudos na idade adequada e desejam obter a certificação de conclusão do ensino fundamental ou médio. Lopes destacou que a maior parte dos interessados no exame pretende melhorar sua situação profissional. “A gente observa que a maior parte das pessoas busca essa certificação para obter uma maior qualidade no seu emprego, buscam a certificação para fins profissionais”.

Uma inovação apresentada no Encceja e que também estará no Enem é o maior controle no que diz respeito a telefones celulares. A recomendação é pelo total desligamento do aparelho durante o exame, mesmo que esteja lacrado em um saco de pertences do candidato. “Houve casos de celulares que tocaram e, mesmo estando dentro do saco, o candidato foi eliminado”, disse Lopes.

(Fonte: Agência Brasil)

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O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA), coordenador da bancada do Maranhão no Congresso Nacional, defende a realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) em, pelo menos, duas vezes por ano. O parlamentar apresentou emenda sobre o assunto à Medida Provisória (MP 890/2019) que cria o Programa Médicos pelo Brasil.

Juscelino entende ser necessária a realização do Revalida mais vezes durante o ano. A ausência da revalidação dos diplomas dos médicos brasileiros formados no exterior os impede de se inscreverem nos Conselhos Regionais de Medicina e de exercer a medicina no país.

“A MP 890/2019 tem potencial para contribuir bastante com a prestação de serviços médicos no Brasil, mas não podemos fechar os olhos para a realidade brasileira. Temos um grande número de profissionais graduados em medicina no exterior e que não podem trabalhar no país por ausência de revalidação de seus diplomas”, afirmou o deputado federal.

Por ser médico, Juscelino Filho acredita que a revalidação dos diplomas obtidos no exterior é uma forma de se garantir a qualidade do exercício da medicina no país. Para o deputado, é importante dar condições para que os médicos formados fora do Brasil possam revalidar seus diplomas.

“Defendemos que haja a realização obrigatória de, pelo menos, dois exames do Revalida por ano e que as universidades públicas aptas a fazerem o reconhecimento de diplomas emitidos no exterior não extrapolem o prazo de um ano quando atendidos os requisitos que o autorizem”, concluiu Juscelino.

Programa Médicos pelo Brasil

A Medida Provisória (MP 890/2019) que cria o Programa Médicos pelo Brasil foi assinada pelo governo federal no início do mês em substituição ao Programa Mais Médicos lançado em 2013. O objetivo da medida é suprir a demanda por médicos no país, além de formar especialistas em Medicina de Família e Comunidade.

Ao todo, serão disponibilizadas 18 mil vagas, sendo 13 mil em municípios de difícil acesso. Cerca de 55% das oportunidades serão em municípios do Norte e Nordeste, em áreas mais pobres. O edital com as primeiras vagas deve ser publicado em outubro. No entanto, para virar lei, o texto precisa ser aprovado pelo Congresso em até 120 dias.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

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As inscrições do Concurso de Ingresso de Servidores para o provimento de 63 vagas – distribuídas entre os cargos de Analista Judiciário, Oficial de Justiça e Técnico Judiciário – e formação de cadastro de reserva do quadro de pessoal efetivo do Poder Judiciário do Estado do Maranhão terminam nesta quarta-feira (28), às 14h (horário de Brasília).

Iniciadas no dia 5 de agosto, as inscrições estão sendo realizadas, via “internet”, no “site” www.concursosfcc.com.br, no valor de R$ 100 para os cargos de Nível Superior, e R$ 70 para os cargos que exigem Nível Médio.

O concurso, que está a cargo da Fundação Carlos Chagas (FCC), é regido pelas normas estabelecidas no regulamento do concurso, aprovado pela Resolução nº 15/2019, publicada em 25 de abril de 2019 no Diário da Justiça Eletrônico, pelo EDT-GP-32019 e pelas legislações aplicáveis.

As provas objetivas e discursivas serão realizadas nas cidades de Caxias, Imperatriz e São Luís, com aplicação para o dia 29/9/2019. Os candidatos considerados habilitados na forma prevista no Edital terão avaliados os títulos.

Todos os questionamentos relacionados ao Edital deverão ser encaminhados ao Serviço de Atendimento ao Candidato (SAC) da Fundação Carlos Chagas, por meio de Fale Conosco, no endereço eletrônico www.concursosfcc.com.br ou pelo telefone 3003-1771, de segunda a sexta-feira, úteis, das 10 às 16 horas (horário de Brasília).

Confira informações detalhadas sobre o Concurso nos anexos abaixo.

- Edital de Abertura do Concurso de Ingresso;
- Regulamento do Concurso (RESOL-GP-152019).

(Fonte: TJ-MA)

Apesar de ter sido uma importante pintora da época do Brasil Imperial, participando de vários salões de arte, praticamente não se tem registro das obras de Francisca Manuela Valadão. Um dos quadros remanescentes faz parte da exposição aberta na semana passada, no Museu de Arte de São Paulo (Masp). Com o título “Histórias das Mulheres: Artistas antes de 1900”, a mostra pretende resgatar a produção feminina na pintura e no tecido que ficou de fora da maior parte dos livros de História.

“Esse apagamento foi feito muito em retrospecto, principalmente no século XX”, comenta a curadora assistente do museu, Mariana Leme, sobre como pessoas de renome foram tendo seu trabalho esquecido com o passar dos anos. O desaparecimento histórico acontece, segundo a pesquisadora, mesmo nos casos em que as artistas tiveram reconhecimento em vida. “Nos livros sobre ‘Renascimento’, elas são citadas como casos excepcionais, mas são citadas. Nos textos de crítica de arte dos séculos XVII, XVIII e mesmo no XIX, mencionam obras de mulheres artistas”, destaca.

Reconhecidas e, depois, esquecidas

Sofonisba Anguissola, pintora italiana que viveu entre os séculos XVI e XVII, chegou a ser mencionada nas crônicas de Giorgio Vasari, considerado um dos primeiros historiadores da arte. “Ela era elogiada pelo Michelangelo na época. Receber um elogio do Michelangelo não é para qualquer uma”, acrescenta Mariana sobre os elementos que comprovam a relevância da artista.

A francesa Vigée-Lebrun é outra que teve grande importância, mas, atualmente, não aparece do mesmo tamanho nas narrativas da História da Arte. “Ela chegou a ocupar o cargo de primeira pintora da corte da Maria Antonieta. Ou seja, o cargo mais importante da corte mais importante da Europa no século XVIII”, enfatiza a curadora.

Trabalhos em tecido

Além das 60 pinturas, a exposição traz 34 trabalhos em tecido, alguns produzidos na região dos Andes antes da invasão espanhola. São peças que, segundo Mariana, em sua grande maioria, foram feitos por mãos femininas. “No caso dos tecidos pré-colombianos da região dos Andes, elas também tinham uma função de prestígio na sociedade porque os tecidos são encontrados em templos e lugares importantes”, ressalta.

Nesse tipo de produção, o apagamento desse trabalho acontece, de acordo com a curadora, pelas teorias que colocam o artesanato como uma forma menor do que o desenvolvimento artístico.

Século XX

Em paralelo, também pode ser vista no Masp a mostra “Histórias feministas” que traz a produção de 30 artistas nascidas nas últimas três décadas do século XX. A exposição busca explorar como as ideias do feminismo impactou de diferentes formas a produção artística dos últimos anos. Estão presentes nomes como Virgínia de Medeiros, a paquistanesa Rabbya Naseer e a israelense Yael Bartana.

Ambas exposições podem ser vistas até o dia 17 de novembro. O Masp fica na Avenida Paulista, região central da capital, e tem entrada gratuita às terças-feiras, das 10h às 20h. De quarta-feira a domingo, fica aberto das 10h às 18h.

(Fonte: Agência Brasil)

Na próxima terça-feira (27), o Farol Santander exibe ao público, pela primeira vez, parte do acervo de obras de arte na exposição Contemporâneo, sempre – Coleção Santander Brasil. A exposição apresenta um panorama de 70 anos da arte brasileira e reúne um conjunto de pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias. Os 64 trabalhos escolhidos em um acervo de duas mil obras estão divididos nas categorias Abstração, Retrato e Paisagem.

Uma das atrações na categoria Abstração é a obra nunca exposta do artista Bené Fonteles. Sem título, o trabalho foi criado em 1980. Já a obra mais antiga é a escultura de Victor Brecheret, “Tocadora de Guitarra” (1923). E a mais recente, uma pintura do artista Paulo Almeida, parte da série “Palimpsestos”. O processo criativo da obra envolve modificá-la a cada nova exposição. O artista trabalhará no local e concluirá as alterações dias antes da abertura ao público.

De acordo com a organização da mostra, a exposição foi elaborada para ocupar o 24º andar do Farol Santander e por estar segmentada em categorias, ter um olhar didático que permite ao público compreender cada umas das vertentes. Foram escolhidos artistas considerados fundamentais pela curadoria para reunir figuras clássicas e contemporâneas da arte no país, ultrapassando as definições de tempo e se renovando a cada olhar.

Obras e espaço multimídia

Dentro das divisões estabelecidas pela curadoria, destacam-se artistas e suas respectivas obras: Abstração – Alfredo Volpi, Sem Título (1960); Tomie Ohtake, Sem Título (1978); Manabu Mabe, “Voz da Selva” (1969); Retrato – Di Cavalcanti, “Mulata na Cadeira” (1970); Milton Dacosta, “Figura” (1948); John Graz, “Canoeiros” (1975); Paisagem – Darel Valença, Sem título (1968); Candido Portinari, “Cavalo, Casebre e Paisagem”, (1959); Claudia Andujar, “Conselho de homens Xicrin-Kayapo, Estado do Pará, Amazônia” (1966).

A exposição terá, ainda, um espaço multimídia desenvolvido pela Rizoma Edições Digitais, onde os visitantes poderão interagir a partir de uma projeção na parede, com imagens desconstruídas das obras expostas. O público poderá alterar as formas e cores projetadas com seus próprios gestos e movimentos.

De acordo com Ricardo Ribenboim, um dos curadores da exposição, o título da mostra remete ao fato de que as obras foram adquiridas muito perto do período em que foram produzidas, refletindo a arte do momento da aquisição. "Isso é algo importante porque é um estímulo à produção da arte. O que vemos aqui são muitas obras importantes de seus períodos. O mais importante nesse processo de seleção foi fazer não só a escolha pelo período de sua produção, mas pela técnica fundamental do artista", disse.

Também curador da mostra, Agnaldo Farias explicou que já conhecia o acervo Santander que é quase inacreditável e também destacou o fato de as obras serem adquiridas no momento em que foram produzidas. Segundo ele, quem compra uma obra enquanto ela está sendo produzida está fazendo uma aposta. "Nesse momento, você não é mais simplesmente alguém que faz a difusão, mas você está cúmplice da produção. Você se envolve em outro patamar. Quando você compra uma obra de um artista já consolidado, você não está correndo risco".

Em cada uma das categorias, haverá uma obra representativa, destacada em projeto de acessibilidade, que disponibilizará relevos táteis e em alto contraste, legendas em braile e um áudio descrição. Os trabalhos exibidos no projeto são de Rubem Valentim, Sem título (1989); Klaus Mitteldorf, “O Centro” (2008) e Di Cavalcanti, “Mulata na Cadeira” (1970). Outros destaques que já estiveram em mostras pelo Brasil voltarão a ser expostos ao público, como a pintura “Equilíbrio” (1967), de Iberê Camargo e a tela “Baile no campo” (1937), de Cícero Dias.

Educadores estarão presentes no espaço para atendimento ao público espontâneo e grupos agendados. Para mais informações sobre dias e horários disponíveis para agendamento de visitas orientadas para grupos, entrar em contato no “e-mail” [email protected].

(Fonte: Agência Brasil)

Cerca de 18 mil alunos do ensino fundamental e do ensino médio do município de São Paulo têm a chance de aprender muito mais do que as lições de matemática, português e geografia. Eles ficam na escola, no mínimo, sete horas por dia e podem se integrar a projetos como Imprensa Jovem, Academia de Letras, além de aulas de dança e poesia. O objetivo da escola em tempo integral é ajudar a preparar o jovem para o mundo do trabalho, com experiências práticas em empresas, intervenções na comunidade, além de cursos profissionais e técnicos em que os estudantes escolhem as disciplinas de acordo com seus projetos de vida.

Na capital paulista, a Secretaria Municipal de Educação implementou o Programa São Paulo Integral em 71 escolas municipais em 2016. O programa foi ampliado e chegou a 146 escolas em 2019 – um aumento de 43% em relação ao ano anterior.

As aulas são ministradas por professores da rede municipal de ensino e formuladas com a participação da comunidade escolar seguindo as diretrizes do currículo da cidade de São Paulo. Enquanto os alunos ficam 7 horas na escola, uma jornada regular varia de quatro a cinco horas.

“Temos um grande desafio, que é ampliar o total de estudantes matriculados no ensino integral. Desde o seu lançamento, o Programa São Paulo Integral obteve bons resultados, num rápido crescimento. Nossa proposta é aumentar o acesso nos diversos pontos da cidade”, destacou o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano.

A rede municipal de São Paulo tem 243,8 mil alunos na segunda fase do ensino fundamental e 2.389 no ensino médio.

Estado

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) anunciou, no último dia 21 de agosto, a expansão do Programa de Ensino Integral (PEI) a partir de 2020. Para isso, as escolas terão de demonstrar interesse até o dia 13 de setembro. A expectativa da Seduc é atender cerca de 100 unidades escolares, que tenham, em média, 500 estudantes cada uma. O PEI é destinado às unidades que atendem à segunda fase do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e o ensino médio.

Nesse programa, os estudantes passam a ter uma matriz curricular diferenciada que inclui preparação para o mundo do trabalho, orientação de estudos, além dos clubes juvenis, em que os alunos se auto-organizam de acordo com seus temas de interesse, como dança, xadrez, debates, entre outros.

Atualmente, o programa atende a 115 mil alunos – de um total de 1,5 milhão no ensino médio do Estado.

Estudos realizados no Estado apontam que o ensino integral ajuda a melhorar a aprendizagem dos alunos e aumenta a empregabilidade e renda dos egressos. De acordo com a secretaria, os alunos do ensino médio das escolas do PEI tiveram desempenho no último Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) 1,2 ponto maior em relação aos estudantes das escolas regulares.

Outra vantagem do modelo, segundo a Seduc, é que ele permite que os professores atuem em regime de dedicação integral a uma escola, com mais tempo para estudo e preparação de aula. Para isso, recebem uma gratificação de 75% no salário-base. Hoje, 417 escolas da rede estadual já funcionam nessa modalidade.

Na avaliação da estudante Júlia Farias, que se formou ano passado na Escola Técnica (Etec) Professor André Bogazian, em Osasco (SP), o ensino integral tem que ir além das horas de estudo e precisa se preocupar com o bem-estar dos alunos. “Precisamos ter contato com esportes, lazer, artes, porque essas coisas têm importância de verdade na vida da gente. Essas 10 horas precisam ser prazerosas. O problema não é o tempo, é como a gente usa o tempo. A minha escola foi ótima, só que realmente foi um tempo que eu fiquei um tanto estressada porque eu só estudava”, destacou Júlia.

Apesar do ritmo puxado, ela acredita que a formação técnica fez diferença na hora de conseguir um emprego. Hoje, ela trabalha no departamento de Marketing de uma empresa de tecnologia, fazendo a prospecção de clientes. “Minha formação fez toda a diferença para conseguir emprego e, ainda, se hoje eu quiser montar uma empresa minha, tenho todo o conhecimento que adquiri no curso técnico”.

(Fonte: Agência Brasil)

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A rede pública do Estado da Paraíba trabalha, desde 2016, um modelo pedagógico e de gestão escolar centrado no protagonismo juvenil e no projeto de vida dos estudantes.

O Programa das Escolas Cidadãs Integrais (ECIs) e Escolas Cidadãs Integrais Técnicas (ECITs) oferece 45 mil vagas para estudantes em cerca de 150 escolas.

A jornada dos alunos é de nove horas, incluindo três refeições diárias. A metodologia foi criada para os alunos do ensino médio, e, em algumas escolas, envolve também os alunos do 6º ao 9º ano, do ensino fundamental.

A articulação dos conteúdos da Base Nacional Comum com o currículo da parte diversificada visa formar cidadãos autônomos, solidários, competentes e socialmente ativos, com capacidade para o exercício da cidadania e habilidades para o mundo do trabalho.

Segundo o secretário de Estado da Educação da Paraíba, Aléssio Trindade, a proposta curricular proporciona aos estudantes uma aprendizagem significativa. “As escolas se abriram para uma interação efetiva com a comunidade e as empresas do entorno, e os estudantes vivenciaram atividades práticas, criaram tecnologias sociais e elaboraram projetos com soluções de problemas reais enfrentado, no cotidiano, pelas empresas da comunidade onde vivem”.

Os alunos têm aulas de estudo orientado, para auxiliar nas disciplinas em que sentem dificuldades; preparação acadêmica, para ajudar a dar continuidade aos estudos após o ensino médio; preparação para o mercado de trabalho com os cursos técnicos; disciplinas eletivas para o enriquecimento cultural, de aprofundamento ou atualização de conhecimentos específicos que complementem a formação acadêmica; tutoria e auxílio na elaboração do projeto de vida, que consiste em um plano para o futuro do estudante.

As unidades de ensino contam com equipamentos adequados para atividades teóricas e práticas. A estrutura conta com laboratórios de robótica, informática, matemática, química, biologia e línguas, além de sistemas portáteis de impressoras 3D em cada unidade.

Para o estudante Fábio Dantas, que concluiu o ensino médio em 2017, na ECIT Erenice Cavalcante Dias, em Bayeux, Região Metropolitana de João Pessoa, a experiência de participar de atividades em uma empresa pedagógica foi definitiva para formação acadêmica e carreira profissional. Ele participou de uma disciplina na Ecoclima-Empresa Júnior de Refrigeração que teve como proposta desenvolver nos estudantes o senso crítico e empreendedor. “Escolhi qual rumo profissional tomar após conhecer uma empresa e tenho confiança que me destacarei no mercado, pois aprendi como me comportar em um ambiente de trabalho e como melhorar como profissional”, disse o estudante.

Para a assessora de Educação do Itaú BBA, instituto parceiro do governo da Paraíba na criação das práticas inovadoras nas ECITs, Carla Chiamareli, as metodologias de educação integral estão muito focadas no protagonismo juvenil.

“Não é somente o tempo integral, mas, quando se tem uma carga horária mais estendida, é possível trabalhar outras questões para além do que é o mínimo básico. Na educação integral, tem-se mais atividades focadas que dão espaço para a juventude ser autora da construção de seu próprio conhecimento”.

Na visão da assessora, a metodologia e como ela é trabalhada trazem os resultados positivos. “Tem o [ensino] técnico, que tem esse protagonismo social e profissional, tem essa missão de desenvolver competências táticas e sociais do mundo do trabalho e aí se soma mais um elemento dentro do currículo da educação integral”.

(Fonte: Agência Brasil)