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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizará, a partir do dia 5 de janeiro de 2021, o Cartão de Confirmação de Inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020.

O cartão contém número de inscrição, data, hora e local do exame. O documento poderá ser acessado na Página do Participante.

O documento também registra se o participante deve contar com atendimento especializado, e se deve ser tratado pelo nome social, caso essas solicitações tenham sido feitas e aprovadas. Apesar de não ser obrigatório, o Inep recomenda que o participante leve o cartão nos dias de aplicação das provas.

Pandemia

As provas do Enem 2020 foram adiadas em decorrência da pandemia de covid-19 e serão realizadas nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa) e em 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). Ao todo, 5.783.357 inscrições foram confirmadas.

Será obrigatório o uso de máscara durante toda a aplicação do exame. A recomendação é que os candidatos levem outra máscara, para trocá-la durante o exame, seguindo as orientações do Ministério da Saúde. Os participantes devem também manter distância uns dos outros.

Por ocorrer em meio a pandemia, o exame terá outra particularidade. Os participantes que forem diagnosticados com covid-19 ou com outra doença infectocontagiosa, como sarampo, rubéola, varíola e influenza humana A e B, terão outra chance de fazer o exame, na reaplicação da prova. O atestado médico poderá ser enviado ao Inep pela página do participante até um dia antes da aplicação. Caso a doença seja confirmada no dia do exame, o participante deverá entrar em contato pelo telefone 0800616161.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação publicou, no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira (24), uma portaria que prorroga, para 31 de dezembro, o prazo que as Comissões Permanentes de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) têm para validar as inscrições para a ocupação de vagas remanescentes, no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2020.

Essas comissões são responsáveis pela validação das informações prestadas pelo estudante no ato da inscrição do Fies, bem como dar início ao processo de aditamento de renovação dos contratos de financiamento.

A portaria prorroga também o prazo para realização dos aditamentos de renovação semestral dos contratos de financiamento concedidos pelo Fies, simplificados e não simplificados. Nesse caso, a nova data é 15 de janeiro de 2021.

(Fonte: Agência Brasil)

Um novo foguete da China fez seu voo inaugural nesta terça-feira (22), como parte de um plano de longo prazo para desenvolver veículos de lançamento reutilizáveis. A meta é reduzir os custos das missões e acelerar os cronogramas de lançamento para clientes comerciais.

O Longa Marcha 8 Y-1 partiu às 0h37 locais de Hainan, ilha do sul chinês, carregando cinco satélites, informou a mídia estatal.

A China planeja desenvolver foguetes reutilizáveis na série Longa Marcha 8 nos próximos anos. Eles são semelhantes à linha Falcon, que já está sendo produzida pela empresa aeroespacial privada norte-americana SpaceX.

A mídia estatal não disse se o próprio Longa Marcha 8 é reutilizável, mas variantes futuras devem ser capazes de decolagens e pousos verticais (VTVL), o que lhes permitirá ser usadas em mais de um lançamento.

A China desenvolverá seu primeiro veículo VTVL perto de 2025, disse uma autoridade da China Aerospace Science and Technology Corp, a principal prestadora de serviços espaciais do país, em uma conferência em novembro.

No início deste mês, a China trouxe rochas e solo da Lua, as primeiras amostras retiradas do satélite da Terra desde 1976. Em julho, o país lançou sua primeira missão independente a Marte.

Perto de 2022, a China pretende concluir uma estação espacial multimódulos habitada, e até 2045 espera criar um programa para operar milhares de voos por ano e transportar dezenas de milhares de toneladas de carga e passageiros.

(Fonte: Agência Brasil)

O satélite Amazonia 1 já está à caminho da Índia. O embarque ocorreu em um avião B777 da Emirates, no Aeroporto de São José dos Campos (SP). A previsão de lançamento ao espaço é em fevereiro de 2021.

“Para termos o satélite preparado para envio para a base de lançamento, contamos com o empenho de centenas de pessoas com o trabalho incansável de anos de preparação. Os desafios foram muitos. Como resultado, estamos a poucas etapas de concluir o ciclo completo de um satélite totalmente desenvolvido, integrado, testado no Brasil e pelo Brasil”, disse o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), Clezio de Nardin, em coletiva de imprensa realizada nesta manhã (22), nas dependências do Aeroporto de São José dos Campo e transmitida ao vivo pelo canal do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) no YouTube.

Para o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Moura, é um privilégio para o Brasil ver o seu programa espacial consolidando mais essa conquista. “Isso se deve muito à capacidade tecnológica das pessoas, ao desenvolvimento científico, mas também ao esforço logístico que prossegue até chegar na Índia, e também ao esforço administrativo, que é uma vitória de todas as instituições”, disse.

O satélite

O satélite terá a missão de fornecer dados (imagens) de sensoriamento remoto para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na Região Amazônica. Com seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas, o Amazonia 1 será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação, junto ao CBERS-4 e ao CBERS-4A.

O Amazonia 1 é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Com lançamento previsto para fevereiro de 2021, o Amazonia 1 é um satélite de órbita Sol síncrona (polar), que irá produzir imagens do planeta a cada 5 dias. Para isso, possui um imageador óptico de visada larga (câmera com três bandas de frequências no espectro visível VIS e uma banda próxima do infravermelho “Near Infrared” ou NIR) capaz de observar uma faixa de, aproximadamente, 850km com 64 metros de resolução.

“Os dados do satélite poderão ser usados para uma infinidade de aplicações, como monitoramento ambiental, agricultura – esse é um grande avanço – e monitoramento das zonas costeiras e outras aplicações correlatos. Além dos dados, o Amazonia 1 é fundamental do ponto de vista tecnológico, ele valida em voo a nossa plataforma multimissão, um desenvolvimento liderado pelo MCTI, mas com a presença forte da AEB e do Inpe em benefício do nosso parque industrial”, salientou Nardin.

Sua órbita foi projetada para proporcionar uma alta taxa de revisita (5 dias), tendo, com isso, capacidade de disponibilizar uma significativa quantidade de dados de um mesmo ponto do planeta. Sob demanda, o Amazonia 1 poderá fornecer dados de um ponto específico em 2 dias. Essa característica é extremamente valiosa em aplicações como alerta de desmatamento na Amazônia, pois aumenta a probabilidade de captura de imagens úteis diante da cobertura de nuvens na região.

Os satélites da série Amazonia serão formados por dois módulos independentes: um Módulo de Serviço, que é a Plataforma Multimissão (PMM); e um Módulo de Carga Útil, que abriga câmeras imageadoras e equipamentos de gravação e transmissão de dados de imagens.

(Fonte: Agência Brasil)

O público receberá um presente no próximo dia 23, dentro da Temporada Theatro Municipal de Portas Abertas Online, na forma de um Concerto Especial de Natal, inteiramente gratuito, com apresentação da primeira bailarina Ana Botafogo.

O espetáculo vai exibir um trecho do balé “O Quebra Nozes”, que vai ser dançado pelos primeiros-bailarinos do teatro, Claudia Mota e Filipe Moreira, e terá também obras de Vivaldi e Arcangelo Corelli, com a Orquestra de Cordas da Orquestra Sinfônica do Municipal, sob a regência de Priscila Bomfim. A direção artística é de Ira Levin. O concerto poderá ser visto no canal do Theatro no You Tube, às 19h e no Facebook, às 20h.

“O Quebra-Nozes” foi o último balé do compositor russo Tchaikovsky, que faleceu menos de um ano após escrever sua composição. Considerado um dos maiores sucessos dos balés de repertório do mundo, devido à história que ocorre durante o Natal, “O Quebra-Nozes” se tornou um espetáculo quase obrigatório de apresentação no fim de ano.

Outras atrações

No Concerto Especial de Natal, os músicos da orquestra tocarão a obra “La tempesta di mare”, ou “Tempestade do Mar”, escrita por Antonio Vivaldi para violino e orquestra de cordas. O solista é o violinista Daniel Albuquerque, integrante da Orquestra Sinfônica do Theatro, com regência de Priscila Bomfim.

Outro destaque da noite do dia 23 de dezembro será o “Concerto Grosso em sol menor Op.6 No.8, Feito para a Noite de Natal”, de Arcangelo Corelli, também com Cordas da Orquestra Sinfônica e regência de Priscila Bomfim. Embora comece evocando uma noite fria e misteriosa, a obra termina com um movimento dançante, remetendo ao ambiente pastoril e às figuras tradicionais do presépio natalino.

“Internet”

Em entrevista hoje (21), o presidente do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Aldo Mussi, disse que o Concerto de Natal é, na verdade, um grande final para uma temporada virtual que tem sido muito bem-sucedida. “O nível dos concertos foi subindo, começando por música de câmara e pequenas formações, até terminar com trabalho orquestral e com balé e, agora, com o Concerto de Natal, onde Tchaikovsky não poderia faltar”. A temporada contou também com apresentação do coro do teatro para grandes mestres da ópera internacional.

Mussi destacou que, neste momento de isolamento, para não colocar em risco nem os artistas, nem o público, “a gente tem a opção da ‘internet’”. “A gente espera que, no ano que vem, em outro momento, possa voltar a ter o público em nossa casa assistindo e mais a oportunidade da programação ir para a ‘internet’”.

O presidente afirmou que a “internet” foi uma experiência positiva e bem-sucedida, que alcançou pessoas de outras cidades brasileiras ou que estão morando em outros países. O presidente do Theatro Municipal do Rio admitiu que mesmo que voltem os espetáculos presenciais, a ideia é trabalhar algumas coisas “on-line”. “A ideia é trabalhar com os artistas essa possibilidade. Ainda vai ser definido com eles o formato, mas foi um aprendizado que a gente gostaria de replicar no futuro também”, concluiu.

(Fonte: Agência Brasil)

É chegado o grande dia! Esta noite (21), Júpiter e Saturno estão alinhados no céu de uma forma que não era vista aqui da Terra há séculos.

É o ápice da chamada conjunção de planetas. Um evento astronômico raro – que ocorre a cada 20 anos. Mas, neste ano, a ''aparente'' aproximação dos gasosos é ainda maior. Só tinha sido vista assim em 1623.

Como o próximo evento desta magnitude só será em 2080, o ideal é aproveitar o espetáculo desta noite.

Dependendo das condições climáticas, a observação do céu a oeste pode ser feita a olho nu.

Nas redes sociais, perfis e entidades de astronomia promovem transmissões ao vivo sobre o fenômeno.

Quem explica o passo a passo da grande conjunção é o professor do Observatório de Astronomia da Unesp, Rodoldo Langui.

(Fonte: Agência Brasil)

As equipes do Olímpica e da AABB/Meninos de Ouro foram as grandes campeãs da primeira edição da Copa Papai Bom de Bola, nas categorias +30 e +40, respectivamente. As finais do torneio promovido pela Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7) foram realizadas no sábado (19), na Arena Olynto, no Bairro do Olho d’Água.

Na decisão da categoria +30, Olímpica e Aurora fizeram um duelo eletrizante do início ao fim. Aproveitando as oportunidades no ataque e bem postado na defesa, o Aurora chegou a abrir 3 a 0. Tudo indicava que o campeão estava definido.

No entanto, em uma reação inacreditável, o Olímpica buscou a igualdade em 3 a 3 no último lance da partida e levou a decisão para as cobranças de “shoot out”. O empate dramático abalou os ânimos do Aurora. Melhor para o Olímpica, que fez 2 a 0 para soltar o grito de campeão.

AABB campeã no +40

Já na decisão da categoria +40 da Copa Papai Bom de Bola, a equipe da AABB/Meninos de Ouro não deu chances ao Palmeirinha, que estava, até então, invicto no torneio. A melhor campanha do Palmeirinha de nada adiantou na final, uma vez que a AABB/Meninos de Ouro ignorou qualquer tipo de favoritismo com uma atuação impecável de Marcos Simões, autor de 5 gols.

O artilheiro da AABB/Meninos de Ouro não estava para brincadeira. Marcou três vezes na primeira etapa e ajudou sua equipe a ir para o intervalo com 4 a 0 no placar. No segundo tempo, o ritmo do time se manteve e, no fim, o placar mostrava ampla superioridade da AABB/Meninos de Ouro sobre o Palmeirinha no jogo: 8 a 3.

Tudo sobre a Copa Papai Bom de Bola está disponível no “site” (www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma). A competição teve os apoios da WR Sports e da AP Assessoria de Imprensa.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Morreu, hoje (20) de manhã, a atriz Nicette Bruno, aos 87 anos, vítima de covid-19. Ela estava internada na Casa de Saúde São José, em Humaitá, na zona sul do Rio de Janeiro.

“A Casa de Saúde São José informa que a atriz Nicette Bruno, que estava internada no hospital desde 26 de novembro de 2020, faleceu hoje, às 11h40, devido a complicações decorrentes da covid-19. O hospital se solidariza com a família neste momento”, diz o hospital em nota.

Pouco mais de uma hora antes da morte, às 10h13, a filha de Nicette, a também atriz Beth Goulart, postou, em seu perfil no Facebook, uma mensagem em que pedia orações pela mãe.

“Vinte e um dias hoje sem minha mãezinha, que saudade de você minha parceira de vida, amiga, irmã, colega, meu amor, minha mestra, minha referência. Estamos junto com você, minha mãe, mandando nossa energia, nossa fé e esperança que logo logo estaremos juntas de novo. Não brinque com sua saúde, proteja quem você ama, tenha mais empatia e amor ao próximo. 18h. Oração para Nicette e para todos os doentes de covid, fortalecimento para os familiares e para as equipes de saúde. Gratidão a todos vocês”.

Ainda não há informações sobre o velório.

Trajetória

Nascida Nicete Xavier Miessa, no dia 7 de janeiro de 1933, em Niterói (RJ), a atriz fez sua estreia profissional em 1945, na peça teatral “Romeu e Julieta”, baseada na obra literária homônima de William Shakespeare.

Filha única da atriz Eleonor Bruno e de Sinésio Campos Xavier, Nicette Bruno casou no dia 26 de fevereiro de 1954, na Igreja Santa Cecília, em São Paulo, com o ator Paulo Goulart, que conheceu dois anos antes, durante a peça “Senhorita Minha Mãe”, de Louis Verneuil, e com quem teve três filhos, os também atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho.

Aos 4 anos de idade, a pequena Nicete Xavier Miessa já declamava e cantava no programa infantil de Alberto Manes, na Rádio Guanabara. Aos 5 anos, começou a estudar piano no Conservatório Nacional e, aos 6 anos, ingressou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Entrou para o grupo de teatro da Associação Cristã de Moços aos 11 anos, passando, depois, pelo Teatro Universitário, de Jerusa Camões, e pelo Teatro do Estudante, dirigido por Pascoal Carlos Magno e Maria Jacintha. Aos 14 anos de idade, já era atriz profissional, contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais. Ficou viúva em 2014, quando o marido morreu de câncer.

Entre os seus trabalhos na televisão, destacam-se as novelas “Rosa dos Ventos” (1973), “Éramos Seis” (1977), “Selva de Pedra” (1986), “Bebê a Bordo” (1988), “Rainha da Sucata” (1990), “Mulheres de Areia” (1993), “A Próxima Vítima” (1995), “Alma Gêmea” (2000),Sete Pecados (2007), A Vida da Gente (2011), “Salve Jorge” (2012), “Joia Rara” (2013), “I Love Paraisópolis” (2015), “Pega Pega” (2017), além da série infantil “Sítio do Picapau Amarelo” (2001/04). Nicette é considerada uma das pioneiraa da televisão brasileira e uma das referências na história da teledramaturgia nacional.

(Fonte: Agência Brasil)

Ele deveria estar aqui no dia 10 para realizar uma conferência na Casa de Antônio Lobo. E todos esperavam o Mestre, o Cientista, uma fortíssima expressão das tradições de cultura de nossa Terra, este Maranhão que ele amava pelo espírito e que queria pelo coração.

Membro da Academia Maranhense de Letras estaria de volta ao Maranhão para rever os amigos, os parentes e, mais uma vez, falar aos intelectuais maranhenses, ao povo, aos estudantes.

E estávamos nos lembrando dele quando da sua recepção na Academia, preenchendo a vaga do poeta Ribamar Pereira que tinha como patrono Inácio Xavier de Carvalho. E o velho professor de História Natural, catedrático do velho Liceu Maranhense, jornalista, ligado ao grupo intelectual chefiado por Antônio Lobo, com brilhantismo, deu a seu trabalho páginas de talento, de cultura. Um trabalho que recebeu da grande assistência a vibração das palmas, o registro dos mais destacados elogios.

Da tribuna acadêmica fez, viveu, naquelas horas, seus momentos de professor, do homem cátedra dando a sua aula, defendendo a sua tese. Foi assim. Uma lembrança viva enchendo uma noite de emoções. Enchendo as horas de lembranças. Foi uma das mais encantadoras noites da Academia Maranhense de Letras.

Luís Viana na imortalidade das letras, na galeria dos que souberam defender as tradições de cultura da ATENAS BRASILEIRA. Nele, a grandiosidade dum Passado de lutas memoráveis. Aluno pobre, menino pobre, Luís Viana semeou riquezas: educou gerações. Nele, não só o professor. Não. Nele, o intelectual. O crítico, o ensaísta, o jornalista. Uma vida toda aqui e no Sul, entregue ao magistério. Aí, o seu campo preferido. Aí, a sua CASA. Aí, a realização de seus sonhos. Aí, a grandiosidade de sua vida, sua vida em amor, em trabalho, em dedicação.

Era, assim, o médico maranhense que faleceu às 6 horas da manhã de sábado p. passado, no Rio de Janeiro, onde residia há muitos anos. Na Guanabara, era catedrático do Colégio Santo Inácio e funcionário aposentado do Ministério da Viação.

Estava na Vida. Pensava na Academia. Preparava-se para, mais uma vez, visitar a terra, o Maranhão que foi seu berço, a cidade que foi o palco dos primeiros anos de sua existência. A cidade, a sua trincheira de luta. A cidade onde ele se demorou muitos anos, onde sentiu a carícia dos primeiros cabelos brancos.

Sim, estava para vir. Para pisar o asfalto. Olhar os sobradões antigos. Abraçar seus amigos, seus companheiros. ONTEM, seus alunos de ONTEM, poetas e jornalistas de HOJE, professores de HOJE. Estava na vida. Olhar a João Lisboa e ouvir e aplaudir o poeta Fernando Viana, seu irmão, o menino de ontem que tinha nele não só o irmão, mas o amigo, Fernando Viana que o admirava, que exaltava o tamanho do gigante!

Estava de volta. Mas tudo mudou de momento. O enfarte separou-o da Vida no momento em que ele se preparava para vir ao Maranhão. E a notícia chegou até nós bruscamente. Sentimos o impacto. Mas, diante de nós, a dura realidade. E, como a cidade, sentimos tristezas. O Maranhão no golpe da fatalidade. Na Academia Maranhense de Letras, sua presença continuará viva, iluminada pela saudade, sentida pela lembrança. Seu trabalho sobre Inácio Xavier de Carvalho, o patrono da cadeira que ele ocupava, deve ser publicado. Uma homenagem que deve ser feita, uma delas, promovida pela Academia Maranhense de Letras.

Mas Luís Viana deixou de viver na Terra. Mas, na Terra, ficará indelével, inconfundível a sua passagem, sua presença nas páginas de cultura e de inteligência do Maranhão.

Nesta coluna, a nossa homenagem numa mensagem de o sentir mais vivo na Terra, na cidade, na lembrança do seu velho Liceu Maranhense.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 23 de julho de 1968 (terça-feira).

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Professora Edith Valois

EDITH VALOIS nasceu em 24 de novembro de 1910, na cidade de São Luís (MA), filha de Raimundo João Vallois e Esther Rosa Serrão Vallois. Iniciou sua trajetória docente como professora primária no município de Cajapió (MA) lecionando no curso primário. Ela teve uma vida dedicada à educação e, com isso, colheu os frutos do reconhecimento de muitos que aprenderam com ela não só os valores culturais, mas a virtudes e os valores levados para a vida.

Na família, não teve filhos biológicos, mas participou ativamente como educadora na vida de várias pessoas – orientando, instruindo, exercendo uma missão por vezes maior do que a de um pai ou mãe. Sua grande obra, com certeza a que a notabilizou, foi, quando, com suas irmãs – Maria do Rosário, Luiza Nazareth Valois e Ester Valois , fundou a Escola Santa Teresinha, adotando o carisma de Santa de Lisieux.

Edith Valois e suas irmãs fizeram de suas vidas um testemunho de amor, doação e dedicação ao trabalho educativo de milhares de crianças, muitas das quais se destacaram na sociedade como Manoel Rubim, Cursino Moreira, Diortina Ramos, Afonso Celso Valois, dentre outros.

Tia Edith com parentes e amigos

A Escola Santa Teresinha contribuiu com a sociedade ludovicense por mais de 7 décadas na formação de pessoas conscientes, buscando proporcionar às famílias solidez e melhor condição de vida em um bairro desprestigiado e desacreditado. Contudo, isso não a intimidou. Enfrentou dificuldades e, por meio da educação, assumiu a missão de educar e evangelizar crianças e jovens dos bairro do Monte Castelo, Liberdade e adjacências.

Assim, Tia Edith, como era conhecida, com certeza está marcada em cada um de nós, seja como educadora – e por educadora frisa-se o conceito o qual vai além do simples ato de ensinar, professora, aquela que alfabetizou inúmeras pessoas e famílias residentes aqui em São Luís.

Homenageada pelo governo do Estado – medalha do Mérito Timbiras

Professora Edith manteve com as famílias de seus alunos uma verdadeira ligação de amizade e respeito refletindo uma de suas características mais notáveis: a afabilidade.

A professora Edith foi uma verdadeira semeadora de virtudes morais, éticos e espirituais em seus alunos.

Dessa forma, é justo homenagear a sua memória, não apenas pela sua longevidade, mas pelos 200 ou 300 anos os quais a teremos em nossa história e memórias.

Momento religioso: crisma de sobrinhos-netos

Esta é, portanto, a verdadeira virtude de quem fez a educação um sacerdócio. Resta-nos apenas agradecer a Deus de tê-la em nosso convívio, e nós que tivemos o privilégio de receber seus ensinamentos que foram de grande valia.

Sendo assim, resta apenas a certeza de que tudo que Edith Valois semeou ainda germinará por muitas gerações.

Com carinho de todos nós que a amamos como irmã, cunhada, tia, professora e por que não dizer avó.

* Texto de Rubens Valois Ferreira dos Santos Júnior (sobrinho-neto da professora Edith Valois), advogado e investigador da Polícia Civil do Estado do Pará.