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Vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 1984 por resistir, de maneira não violenta, ao regime do apartheid (sistema legislativo que segregava pessoas negras na África do Sul), o arcebispo Desmond Tutu morreu, hoje (26), aos 90 anos.

O ativista foi diagnosticado com câncer de próstata no fim dos anos 1990 e passou por diversas hospitalizações recentes relacionadas ao tratamento. Em redes sociais, o presidente da África do Sul, Cyril Ramphosa afirmou que Tutu era “um patriota sem igual”.

“Rezamos para que a alma do arcebispo Tutu descanse em paz, mas que seu espírito fique de guarda e vigie o futuro de nossa nação”, afirmou o presidente em redes sociais.

Após o fim do apartheid, o arcebispo Desmond Tutu foi nomeado presidente da Comissão da Verdade e Reconciliação da África do Sul, que se propunha a investigar e punir crimes cometidos durante o período de segregação racial.

Tutu e seu amigo de longa data, Nelson Mandela, viveram por muito tempo na mesma rua na cidade sul-africana de Soweto, o que tornou a vizinhança a única no mundo a abrigar dois vencedores do Prêmio Nobel da Paz.

“Sua qualidade mais característica é a prontidão em tomar posições impopulares sem nenhum medo. Tal independência de pensamento é vital para o sucesso da democracia”, afirmou Mandela sobre o amigo.

(Fonte: Agência Brasil)

A Casa das Rosas, que integra a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, abriu as inscrições para o curso livre de preparação de escritores (Clipe), tanto para a categoria adulto quanto jovem. As inscrições serão feitas pelo site do museu até o dia 5 de fevereiro.

O objetivo do curso é o exercício livre da criatividade por meio da palavra escrita. A proposta é que os escritores iniciantes recebam capacitação técnica e recursos para se profissionalizar. O curso é gratuito.

Entre os docentes, estão nomes como Luiza Romão, Marcelo Maluf, Bruna Mitrano e Rafael Gallo.

O resultado dos selecionados para o curso será divulgado até o dia 25 de fevereiro de 2022, no site do museu e em suas redes sociais. Ao término, todos os alunos receberão um certificado.

O curso funciona desde 2013 e, até este momento, já colaborou para o aperfeiçoamento de 570 escritores na categoria adulto e outros 240 escritores na categoria jovem.

Para o Clipe adulto, nas turmas de prosa e de poesias, serão oferecidos um total de 80 vagas no total. É necessário ter mais de 18 anos e enviar uma pequena amostra do próprio trabalho. As aulas, em formato híbrido, devem ser iniciadas no dia 5 de março de 2022 e terá a duração de oito meses.

Já no Clipe Jovem, serão oferecidas 30 vagas, e os interessados devem ter entre 14 e 18 anos. As aulas serão totalmente virtuais. Para a inscrição, também será necessário apresentar uma pequena amostra de texto autoral. No caso do Clipe Jovem, as aulas devem ser iniciadas no dia 9 de março.

A Casa das Rosas é um museu localizado na Avenida Paulista e dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta Haroldo de Campos. Neste momento, o museu está sendo restaurado.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação pretende, em 18 meses, unificar, em um aplicativo, informações da trajetória dos estudantes. A expectativa é que uma primeira versão do produto, chamado Jornada do Estudante, seja disponibilizada ainda no primeiro semestre de 2022, conforme disse à Rádio Nacional o subsecretário de Tecnologia do MEC e gestor da unidade responsável pelo projeto da Jornada do Estudante, André Castro.

“Historicamente, já tivemos iniciativas do MEC visando uma ID estudantil que alcançava um ponto desse projeto. Agora, vimos, com a nova proposta, um produto mais amplo, a ser construído de forma conjunta com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)”, disse o subsecretário.

Segundo ele, a equipe ministerial identificou, em outubro, “um gap e várias oportunidades de avanço nos planos de transformação digital do MEC”. Desde então, o ministério mapeou serviços e definiu “eixos estratégicos” de produtos de transformação digital.

“Um desses eixos é o projeto da Jornada do Estudante. A ideia é ser um produto que possa ser entregue direto ao estudante. Como pano de fundo, teremos capacidade de gestão de dados e serviços para que os alunos acessem isso de forma facilitada”, disse.

Segundo Castro, quando entrar em operação, o aplicativo representará também um canal direto de comunicação com os estudantes para divulgar “iniciativas, programas ou oportunidades” disponibilizadas pela pasta. “Hoje, o MEC não dispõe de um canal efetivo de diálogo direto com o estudante”, disse.

“A ideia é que, a longo prazo, toda pessoa que estudou ou realizou jornada acadêmica possa ter suas informações nesse aplicativo de forma integrada, autêntica e reconhecida pelo MEC”, complementou.

A Jornada do Estudante faz parte do escopo da Rede Aprender, que tem como proposta implementar a plataforma de interoperabilidade da educação brasileira.

Segundo o MEC, o aplicativo será disponibilizado gratuitamente na loja do Gov.br para as plataformas Android e IOS.

(Fonte: Agência Brasil)


E tudo ficará em nada. É a impressão que se tem. Não haverá por parte do governador Newton Belo nenhum interesse para apurar os fatos, para esclarecer a “trama sinistra” que, arquitetada à sombra duma irresponsabilidade dos que estavam interessados para afastar o fiscal de Renda José Nascimento Moraes Filho da fiscalização, determinada pelo secretário de Finanças e que contou com a aprovação do próprio governador do Estado, culminou com a brutal agressão e objetivava matar, liquidar o referido funcionário no exercício do cargo de inspetor regional, com sede em Pedreiras.

Tudo ficará, assim parece, no esvaziamento das “providências canceladas”. Apenas ficará no registro desta brutalidade que estamos vendo, em letras de forma, no corpo da vítima, as consequências da agressão covarde, vil, sofrida pelo fiscal José Nascimento Moraes Filho. Isto apenas.

E contra nós, nós que estamos escrevendo sobre a ocorrência que quase afasta de nós, do nosso convívio, um irmão, que quase deixa uma esposa viúva e, junto dela, cinco filhos menores, contra nós que não poderíamos ficar calados, dóceis, acovardados, vem, em redemoinho de advertências, ameaças que poderemos também ser vítimas, que se preparam tocais, assaltos, emboscadas, que tramam agressões, que “devemos nos acautelar porque algo poderá acontecer, como represália à atitude por nós tomada.

É sempre assim. Para os interessados, para os que procuram acobertar mandantes e garantir a impunidade para os surradores, para estes (assim dizem) devíamos ESPERAR, AGUARDAR que tudo se processasse dentro de um clima todo íntimo, de um clima de conciliação, de tolerância, sem que houvesse o que eles chamam de ESCÂNDALOS, envolvendo o nome do governador do Estado, arrastando o chefe do Executivo para o “pelourinho das acusações”. É isto.

E dentro de nos explode esta exclamação: “É engraçada esta gente!”. Então, assistimos chegar em casa um irmão, esbordoado como foi José Nascimento Moraes Filho, um funcionário do Estado, vítima por ter cumprido com o seu dever, vítima por estar executando, no interior do Estado, um plano de fiscalização apoiado que foi pelo secretário de Finanças, pelo próprio governador do Estado, assistimos à posição “cômoda” tomada pelo governador Newton Belo, assistimos à movimentação de um “inquérito farsa”, assistimos à articulação de um plano para “defender”, encobrir a identificação dos mandantes, para garantir a impunidade para os surradores e, diante de toda esta infâmia, teríamos que ficar calados, rabinhos entre as pernas, esperando que tudo se faça sob medida, que tudo se proceda comodamente, sem que se diga nada, mas que se aceite tudo!

É o caso de perguntar para esta gente que está ameaçando, que quer agredir, que quer “quebrar”, que quer ser servil. É caso de perguntar para esta gente qual a atitude que tomariam se o que aconteceu com o fiscal José Nascimento Moraes Filho acontecesse com um filho, com um irmão de um desses interessados a que nós silenciássemos e ficássemos “pacíficos”, AGUARDANDO as providências que, até agora, não vieram?

Aceitariam eles a passividade do governo, aceitariam a atitude confusa do atual chefe de Polícia, aceitariam a farsa do inquérito Nepomuceno?

E muitos desses que se acham “agravados” pela nossa atitude tomariam outra reação, iriam, olhos fechados, para o crime, para a desforra pessoal, para a cilada, para a preparação, também, de uma tocaia. Nós, não. Estamos reagindo com a pena, com a argumentação, com a inteligência, com a palavra, com a dignidade, com os exemplos de honra a nos deixados pelos exemplos de luta e de combatividade do nosso PAI.

Estamos na reação que é edificante. Que é honrosa. E no íntimo, olhando para dentro de si mesmo, refletindo, fora das injunções exteriores dos que se mostram amigos sem o ser, afeiçoados sem o ser, o próprio governador Newton Belo, dirá: “ELES TÊM RAZÃO”.

E ninguém de bom senso poderá pensar ao contrário. Mas, aqui, estamos. Estaremos aqui sempre. De nós, a palavra, a adjetivação incandescente, acusando os irresponsáveis e apontando as irresponsabilidades. Não sairemos desta posição. E se contra nós vierem a fúria dos cães hidrófobos, dos assassinos, saberemos cair com dignidade e jamais com a exemplificação dos covardes ou dos tímidos. Não poderemos ter outra atitude. O povo, os maranhenses, os homens dignos saberão nos julgar.

É só, por hoje.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 1º de fevereiro de 1964 (sábado).

Neste domingo, o assunto é...

Crase

Uso do acento da CRASE

CRASE é a fusão de duas vogais iguais: A + A = À. Para indicar a crase, devemos usar o acento grave.

Caso 1

Preposição + Artigo definido feminino

Ele encaminhou a carta à diretora. 

(Ele encaminhou O documento AO diretor).

Macete:

a) substituir a palavra feminina por uma masculina;

b) se o A virar AO, é porque no feminino há crase: AO = AA = À

Exercício

Aplique o “macete” (à = ao) e veja se devemos usar ou não o acento grave indicativo da crase:

1. Ele se referiu a proposta da empresa.

2. Não recebemos a proposta da empresa.

3. Obedeça a sinalização.

4. Respeite a sinalização.

5. Foi condenado a forca.

6. Isso não vale a pena.

7. Apresentaram a proposta a nova diretoria.

8. Entregou o documento as secretárias.

9. Informou a diretoria que a reunião foi adiada.

10. Informou a diretoria de que a reunião foi adiada.

11. Deu a luz um filho.

12. Fez referência a finalíssima da Copa de 2018.

13. Fazia alusão a esta competição com frequência.

14. Só disse a verdade a uma jornalista desconhecida.

15. Compareceu perante a Justiça.

16. Sua decisão desagradou a toda a população.

17. Esta proposta é preferível a qualquer outra.

18. Desobedeceram a ordem do técnico.

19. Esta tarefa cabe a ela e não a você.

20. A decisão não foi favorável a senhora nem a Sua Excelência.

21. Ele já está a disposição do técnico.

22. Ficou cara a cara com o goleiro.

23. Todos compareceram a reunião de ontem.

24. Ele nunca vai a praia.

25. Ainda não comunicaram o fato a governadora.

26. Ela é candidata a costureira.

27. Esta é a pessoa a quem solicitaram a cópia dos contratos.

28. Ninguém conhece a escritora a cuja obra fizeram tantos elogios.


Respostas

Exercício

1. Ele se referiu à proposta da empresa.

2. Não recebemos a proposta da empresa.

3. Obedeça à sinalização.

4. Respeite a sinalização.

5. Foi condenado à forca.

6. Isso não vale a pena.

7. Apresentaram a proposta à nova diretoria.

8. Entregou o documento às secretárias.

9. Informou à diretoria que a reunião foi adiada.

10. Informou a diretoria de que a reunião foi adiada.

11. Deu à luz um filho.

12. Fez referência à finalíssima da Copa de 2018.

13. Fazia alusão a esta competição com frequência.

14. Só disse a verdade a uma jornalista desconhecida.

15. Compareceu perante a Justiça.

16. Sua decisão desagradou a toda a população.

17. Esta proposta é preferível a qualquer outra.

18. Desobedeceram à ordem do técnico.

19. Esta tarefa cabe a ela e não a você.

20. A decisão não foi favorável à senhora nem a Sua Excelência.

21. Ele já está à disposição do técnico.

22. Ficou cara a cara com o goleiro.

23. Todos compareceram à reunião de ontem.

24. Ele nunca vai à praia.

25. Ainda não comunicaram o fato à governadora.

26. Ela é candidata à costureira.

27. Esta é a pessoa a quem solicitaram a cópia dos contratos.

28. Ninguém conhece a escritora a cuja obra fizeram tantos elogios.

Barragem de Sobradinho

Criado para suprir a necessidade de mão de obra qualificada, o curso de mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, coordenado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquista (Unesp) e ofertado em parceria com outras 13 universidades públicas do Brasil, oferecerá 266 novas vagas para uma turma cujas aulas começarão em março de 2022.

Gratuito, o chamado Mestrado Profissional em Rede Nacional em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) é um programa de pós-graduação stricto sensu criado, em 2015, por iniciativa da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação.

O curso tem duração de 24 meses e capacita profissionais para atuar em órgãos públicos, comitês de bacia hidrográfica, conselhos de recursos hídricos e na iniciativa privada. Cada instituição de ensino participante oferece, este ano, entre 12 e 32 vagas (veja relação abaixo).

Inscrições pela “internet”

Os interessados devem se inscrever por meio do site da Unesp, até o dia 19 de janeiro. Para isso, é preciso pagar uma taxa de inscrição de R$ 76, e enviar, anexas, cópias dos documentos exigidos no edital relativo ao processo seletivo ProfÁgua 2022. Além disso, os candidatos também deverão apresentar proposta de projeto de pesquisa em uma das duas seguintes linhas de estudo: Instrumentos da Política de Recursos Hídricos e Regulação e Governança de Recursos Hídricos.

O cronograma divulgado prevê que o resultado da primeira etapa seletiva será conhecido no dia 2 de fevereiro. As matrículas estão previstas serão entre 15 e 18 de março, e as aulas devem começar a partir de 21 de março, véspera do Dia Mundial da Água.

Segundo a ANA, desde 2015, o ProfÁgua já formou 300 mestres de todas as regiões do país – profissionais que, de acordo com a agência, estão aptos a lidar com os desafios mais complexos da gestão e da regulação dos recursos hídricos no Brasil. A ANA afirmou, ainda, já ter investido mais de R$ 7,3 milhões no curso.

Vagas

Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – Manaus (AM) vagas: 16

Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – Parintins (AM): 8

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ): 18

Universidade Federal da Bahia – Salvador (BA): 20

Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) – Sumé (PB): 18

Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) – Vitória (ES): 14

Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Recife (PE): 12

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) –Porto Alegre: 16

Universidade Federal de Roraima (UFRR) – Boa Vista (RR): 18

Universidade de Brasília (UnB) Planaltina (DF): 20

Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) – Cuiabá: 19

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) – Ilha Solteira (SP): 12

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) – São Paulo: 20

Universidade Federal de Itajubá (Unifei) – Itabira (MG): 17

Universidade Federal de Rondônia (Unir) Ji-Paraná (RO): 18

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campo Mourão: 20

(Fonte: Agência Brasil)

O telescópio James Webb, da agência aeroespacial norte-americana Nasa, foi lançado na manhã deste sábado (25), na costa nordeste da América do Sul, na Guiana Francesa, e é o ponto inaugural de uma era de exploração astronômica.

O poderoso telescópio de US$ 9 bilhões, tido pela Nasa como o principal observatório científico espacial dos próximos 10 anos, foi alçado aos céus pelo foguete Ariane 5 por volta de 9h30 da manhã (horário de Brasília) a partir da base da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

O lançamento foi transmitido pela Nasa em redes sociais. A rota solar do James Webb fica a 1,6 milhão de quilômetros da Terra, e deve ser atingida em duas semanas – cerca de quatro vezes a distância da Lua. A órbita espacial do Webb manterá alinhamento constante com a Terra enquanto ambos circulam o Sol em sincronia. O instrumento pesa 6,3 mil quilos e é quase do tamanho de uma quadra de tênis quando fica com os painéis solares completamente abertos.

Em comparação, o predecessor do James Webb, o telescópio Hubble, orbita a Terra a 544km de distância, completando uma volta ao planeta a cada 90 minutos.

Nomeado em homenagem ao homem que supervisionou a Nasa em 1960 - década que teve em seu apogeu científico a chegada à Lua – o telescópio James Webb é 100 vezes mais sensível e preciso do que o Hubble, que já tem 30 anos de comissionamento. O novo telescópio detecta principalmente o espectro infravermelho da luz, e é capaz de ver por meio de nuvens de gás e poeira, onde geralmente nascem as estrelas. O principal objetivo do James Webb é revelar novas informações sobre a origem do Universo.

(Fonte: Agência Brasil)

Nomeado cientificamente de C/2021 A1, o cometa Leonard – o mais brilhante cometa a cruzar os céus do mundo em 2021 – foi visto ao lado do Cristo Redentor nesta semana. O registro foi feito pelo fotógrafo Marcello Cavalcanti, que capturou o fenômeno.

Com magnitude de luminosidade estimada em 2,5, o Leonard foi descoberto, em 2021, pelo astrônomo Gregory J. Leonard estará no ponto mais próximo da Terra no dia 3 de janeiro de 2022, segundo informa a agência aeroespacial norte-americana Nasa. Após o ápice, Leonard se afastará lentamente e só poderá ser visto nos céus a partir da Terra daqui a 80 mil anos.

O cometa Leonard e sua cauda, que pode medir até cerca de 15 milhões de quilômetros, continuam visíveis nos céus brasileiros. Para observadores amadores, é possível usar aplicativos de localização que apontam as coordenadas exatas do fenômeno no céu e as horas mais propícias para a observação.

(Fonte: Agência Brasil)

Múmia com mais de 5 mil anos: equipe de TV visita gruta do Gentio para falar sobre Acauã

Arqueólogos e antropólogos ligados à Universidade de Brasília anunciaram a retomada das pesquisas na Gruta do Gentio II. Localizado em Unaí (MG), a menos de 200 quilômetros da região central da capital federal, o sítio arqueológico começou a ser explorado no fim da década de 1970, tendo sido palco da descoberta, em 1977, do corpo mumificado de uma menina que, segundo especialistas, morreu há cerca de 3,5 mil anos.

Além de Acauã – como a múmia foi batizada, em homenagem ao pássaro de mesmo nome que é comumente encontrado na região –, dezenas de artefatos e desenhos rupestres de importância histórica e científica foram localizados durante as escavações anteriores.

Segundo o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB), a Gruta do Gentio II é um dos mais completos sítios arqueológicos do país, seja em termos de variedade, seja em relação ao grau de conservação dos artefatos identificados, preservados graças às características do microclima no interior da caverna.

Ainda segundo o IAB, a própria Acauã acabou sendo naturalmente mumificada graças ao clima da caverna. O corpo foi encontrado junto a diversos artefatos funerários, indicando que a menina foi sepultada. Suas pernas e braços estavam envoltos por colares de sementes de capim navalha, o que sugere que a criança gozava de um status diferenciado, especial. Além disso, o corpo foi coberto por uma fina rede de algodão que, por sua vez, foi recoberta por couro animal, o que favoreceu que os restos mortais fossem preservados.

De acordo com os estudiosos da UnB, o abrigo rochoso é um importante testemunho da longa ocupação no Brasil Central, permitindo aos especialistas buscar compreender como diversos grupos humanos circulavam entre o Cerrado, a Amazônia e o Nordeste há até cerca de 11 mil anos.

O potencial arqueológico da região motivou a criação do chamado Projeto Arqueologia e História Indígena no Brasil Central (Phibra), que, além de pesquisadores da UnB, reúne representantes das universidades da Flórida (EUA); Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP). As pesquisas na região foram autorizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e começaram a ser planejadas já há alguns meses.

Segundo a UnB, entre os objetivos da iniciativa está a realização de uma pesquisa arqueológica no formato sítio-escola, empregando estudantes universitários das instituições de ensino universitário participantes do projeto. Supervisionados, os alunos realização prospecções e escavações sistemáticas em parceria com as comunidades locais, criando oportunidades de capacitação teórica e prática em Arqueologia.

A notícia da retomada das pesquisas foi recebida com entusiasmo em Unaí. Na semana passada, o prefeito José Gomes Branquinho se reuniu, na cidade, com um dos coordenadores do Projeto Phibra, o arqueólogo Francisco Pugliese, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Em nota, Branquinho afirmou ter discutido o pedido de construção de uma base para os pesquisadores que, atualmente, estão alojados em uma fazenda do município. Além disso, a abertura de um novo acesso à gruta e o fechamento do atual acesso à população estão em análise.

A interrupção do afluxo de pessoas ao sítio arqueológico distante apenas 36 quilômetros do centro de Unaí visa a evitar a destruição de vestígios arqueológicos como pinturas rupestres, instrumentos feitos de pedras, fragmentos cerâmicos, adornos e pedaços de utensílios. Há, também, a expectativa de que, posteriormente, antropólogos, arqueólogos e técnicos da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo discutam possíveis trajetos para desenvolver o turismo histórico na região – o que exigiria a capacitação de guias e técnicos locais, a exemplo do que já ocorre em outras regiões, como no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí.

(Fonte: Agência Brasil)

[Aos meus netos Brian, Ana Luísa, Heitor e Eloá]

Tempos há! Era São Luís do Maranhão, um pouco abaixo da Linha do Equador, minha Ilha-cidade... e chovia naquela excelente tarde de antevéspera de Natal...

Em nossa casa, acabo de fechar o livro “Os Maias”, de Eça de Queiroz que estava a ler, numa edição da Livraria Ernesto Chardron, do Porto, edição de 1888, que, até hoje, o tenho, no exato momento em que me dirigia à cozinha, talvez ainda com o espírito carregado pela ação do livro e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações daquele romance realista onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprias do enredo passional, para deparar-me em cima da mesa com uma garrafa de cachaça, o que de logo, depois de perguntar à secretária de minha mãe o porquê daquele objeto benfazejo, ser informado, entre um riso maroto, tratar-se da “pinga do peru”. Sim, do peru, que deveria ingerir uma boa ‘talagada’ antes de morrer, para que sua carne ficasse mais tenra e macia... Poderia até ser uma morte gloriosa, mas não tanto assim... Juro que fiquei estarrecido com aquela desculpa esfarrapada. Resolvi, depois de saber daquele rito, não só macabro, mas um tanto quanto carnavalesco, experimentar o aperitivo do peru, a tomar antes de qualquer iniciativa, uma dose daquela aguardente que se me parecia da boa, vinda de presente de algum engenhoso amigo, pois a garrafa não tinha rótulo e era tampada com rolha de buriti, uma autêntica cachacinha da roça, a rescender um adocicado aroma de cana...

Lá pelas páginas tantas, entre emoções, razões, propósitos e aperitivos que já eram servidos alternadamente para mim e para o peru, resolvi deitar-me numa rede atada em um quartinho do corredor abraçado ao meu amigo, o qual, naquele instante o tinha livrado daquela estúpida e infeliz maldição, a de morrer na véspera do Natal, contagiado por uma doce alegria que lhe invadia a alma, se é que peru tem alma, mas que, forçosamente, lhe fazia pender a crista para um dos lados, a cobrir-lhe o olho já baixo, a desaparecer pela pálpebra. Assim continuamos: eu tomava uma, e dava outra para o peru, a cantarolar músicas de Natal para fazer o ambiente mais propício, principalmente por ter salvado uma vida, enquanto o peru, com um semblante já um tanto quanto depressivo, coitado, por mais que eu o dissesse que ele não morreria, parecia não acreditar e me respondia com sufocados soluços, como se quisesse cantar ou dizer-me alguma coisa etílica e onomatopaica...

Ai de mim e do peru...  Minha mãe acabara de chegar e, com todo direito, a pôr termos àquela baderna e estabelecer, naturalmente, seu mando de dona de casa, tentou arrancar-me dos braços o meu velho e estimado amigo, assim eleito por mim, há pouco, por circunstâncias tão dolorosas. Minha mãe queria porque queria que se procedesse ao “perucídio” [será este o substantivo?], a afirmar que o mesmo já deveria estar, àquelas horas, em vinho d’alho, num alguidar de barro previamente preparado para tanto, o que foi por mim contestado veementemente, impedindo-a, daquela forma, que o fizesse, a responsabilizar-me em trocar aquela vítima simpática e indefesa, por um belo pernil já pronto e assado, bem tostado, como se diz, com farofa e tudo... O que minha mãe enérgica, terna e querida, aquiesceu depois de alguma relutância à minha proposta...

É verdade que aquele Natal, na quebra da noite ou madrugada de 24 para 25, e também aniversário de minha mãe, como sói acontecer, graças a Deus, teve tudo na ceia, inclusive o tal pernil, menos o tradicional peru. Não nego que minha mãe ressentia-se da ausência da ilustre ave; quanto ao meu pai, não fazia questão; como um bom lusitano, ficava feliz em ter alguma coisa para “beliscar” e a bebericar com sua caneca de vinho tinto-seco, a lembrar-lhe as ribeiras do velho Douro; nós outros, filhos, éramos acostumados o que a mãe nos servia, a qual de há muito, assim, nos preparava para a mesa da vida, do mundo... Oh, Deus, também tinham outras coisas!... De qualquer maneira, eu me sentia muito feliz... Foi o Natal mais leve e tranquilo que passei na vida, principalmente quando olhava o peru, já curado da ressaca, curtindo sua liberdade naquela noite colorida de festa, a sacudir-se alegre no quintal...

Mal sabia eu, que muitos anos depois, quando cuidava da vida em outras terras, bem distantes, meu pai morria na Noite de Natal, aniversário, como disse, de minha mãe. Naquela noite, talvez a pressentir, já que tínhamos um amor muito grande um pelo outro, nada comera e nada bebera... Adormeci cedo, mesmo sem querer, como se estivesse entorpecido... E só vim saber que o ‘Velho Capitão’ tinha zarpado sem volta, pela manhã, quando sufoquei meu choro terrivelmente triste, naquela manhã de chumbo, tão longe do meu país de infância...

E outros Natais vieram... Nunca mais o mesmo! Até chegar-me este de hoje... Confesso que meu cérebro se povoa daquele bando de guizos a lembrar-me de que, com brincadeiras, animações e alegrias, naquela véspera de Natal, tão distante, pude salvar o peru daquela morte anunciada e lhe dá de presente o livramento, mas a vida de meu pai, não, porque os desígnios de Deus são intransferíveis e rigorosamente determinados para serem cumpridos!...

* Fernando Braga, in “Conversas Vadias”, antologia de textos do autor.

Ilustração: Natal na Europa.