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Chega ao Rio exposição Björk Digital, que une arte e realidade virtual

O público poderá conferir, a partir de hoje (11), a exposição Björk Digital, concebida pela cantora e compositora islandesa Björk no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no centro do Rio de Janeiro. A mostra, que une música, artes visuais e realidade virtual, mergulha o público no universo da artista de 54 anos.

A exposição destaca a estreita relação de Björk com a tecnologia. Nas palavras da artista, “a realidade virtual não é apenas uma continuidade natural do videoclipe, mas tem um potencial dramatúrgico ainda mais íntimo, ideal para esta jornada emocional".

A primeira parte da mostra é composta por quatro seções e traz os seis clipes em tecnologia imersiva das faixas do álbum “Vulnicura” (2015) –“Stonemilker”, “Black Lake”, “Mouth Mantra”, “Quicksand”, “Family” e “Notget”.

A exposição começa com uma “performance” da artista na praia de Grótta, na Islândia, e tem até um mergulho na boca da Björk, além de interações com os avatares digitais da cantora. O público acompanha os vídeos por meio de óculos de realidade virtual.

Segundo Chiara Michieletto, assessora de Björk, a intimidade proposta pela artista com o uso da realidade virtual está em sintonia com o álbum “Vulnicura”, que quer dizer cura das feridas.

“Para ela, pareceu completamente natural usar essa tecnologia para compartilhar emoções e temas tão pessoais. Esse álbum é um dos seus mais íntimos. Fala do rompimento de uma relação amorosa”, explicou.

Em outra parte da exposição, uma sala de cinema exibe os videoclipes da cantora dirigidos por cineastas e artistas como Michel Gondry, Chris Cunningham e Nick Knight, entre outros, incluindo materiais mais recentes, lançados em virtude do álbum “Utopia”, de 2017.

No térreo do CCBB, é possível ver, por meio de “tablets”, o projeto educativo Biophilia, mesmo nome do álbum da cantora de 2011.

Segundo Paul Clay, diretor do Manchester International Festival, que produz a mostra, Björk Digital começou a ser exibida em Sidney, na Austrália, em 2016, e teve transformações ao longo do tempo.

“Os filmes exibidos ao flm da exposição foram produzidos exclusivamente para a mostra no CCBB”, disse Clay.

“O trabalho da Björk está muito relacionado a videoclipes. Ela está sempre trabalhando com diretores e tendo ideias ‘fora da caixa’ para tentar esticar o limite desse modo de comunicação”, argumentou.

A mostra já percorreu 14 países. No Brasil, passou por São Paulo, onde foi vista por mais de 28 mil pessoas no Museu da Imagem e do Som, e pelo CCBB de Brasília, com um público de mais de 48 mil pessoas.

Após a exibição no Rio de Janeiro, até 18 de maio, a última parada no Brasil será no CCBB de Belo Horizonte, em junho. A entrada é gratuita, e o horário de funcionamento do CCBB-RJ é de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h.

(Fonte: Agência Brasil)