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24 DE MAIO: DIA DO VESTIBULANDO*

Somos avaliados todo o tempo, a vida toda – na família, no trabalho, nas escolas, nas “rodas” sociais e em outros locais e que tais...

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24 de maio de 2016, 4h40 da madrugada.

Eu terminava de preparar os tópicos para uma palestra que faria menos de quatro horas depois, para alunos de 3º ano do ensino médio que vão enfrentar o vestibular. (O que não faço para dar algumas informações e sobretudo muita motivação para os estudantes irem um pouco mais estimulados para essa batalha...).

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Somos avaliados todo o tempo, a vida toda – na família, no trabalho, nas escolas, nas "rodas" sociais e em outros locais e que tais...

Os estudantes, no vestibular, não têm avaliados apenas seus conhecimentos das disciplinas para, naquela época, as 180 questões do exame e mais a temida redação.

Em uma fase cheia de conflitos, ideais, angústias e expectativas, que é a adolescência, o jovem que se inscreve em vestibular também tem avaliada sua capacidade de reação à pressão (tempo da prova, habilidades linguísticas e de conhecimentos gerais para a redação, concorrência, ambiente, expectativas da família, amigos, colegas...).

É mais um “rito de passagem” nessa fase de transformação do adolescente.

Não é sem razão, à parte outras, que, segundo números de há alguns anos, dos quase dois milhões que ingressam nas universidades anualmente, cerca da metade desistem dos cursos que escolheram e não concluem, não se formam.

Eu mesmo já fui professor em curso superior de universidade pública que, na solenidade de formatura, somente DOIS alunos concluíram no tempo regular. Outros desistiram, ou foram ficando pelo caminho, atrasados, com matérias ou trabalhos por concluir. E, no caso das universidades públicas, a sociedade bancando essa conta e esse subaproveitamento de espaços, de vagas, de capacidade docente etc. etc. etc. Lamentável...

O vestibular existe desde 1911, no Brasil. Na Europa, antigamente, a partir do século XII, só ingressava em cursos superiores estudantes indicados pela Igreja ou pela Nobreza.

E por que o nome "vestibular"?

Na Europa dos tempos idos, os estudantes que iam iniciar no curso superior não podiam assistir às aulas com os veteranos. Assim, ficavam na entrada das salas. “Entrada”, em latim, é “vestibulum” – daí, “vestibular” ou exame de entrada, de ingresso na universidade para fazer cursos superiores.

Que os estudantes que me têm ouvido em tantas palestras possam dispor das melhores informações, possam elaborar as melhores reflexões e possam tomar as mais adequadas decisões – e, também, escrever as melhores redações...

Que eles atravessem o Rubicão.

Em um vestibular, mais uma vez a sorte é lançada. “Alea jacta est”.

Muita força, foco, fé – e estudo.

* EDMILSON SANCHES