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O Projeto Vida Ativa: integração e bem-estar, iniciativa patrocinada pelo Grupo Potiguar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, completou oito meses de sua segunda edição, com atividades no Parque do Bom Menino, em São Luís. A iniciativa reúne dezenas de pessoas em aulões de dança animados e totalmente gratuitos, sempre às segundas e quartas-feiras, a partir das 18h.

Durante os encontros do Projeto Vida Ativa, ocorrem aulas de ginástica localizada, de alongamento e de diversas danças específicas. Todos os participantes da iniciativa contam com suporte de profissionais de educação física, além de receberem todo o material e instrumentos necessários para a prática das atividades.

A segunda edição do Projeto Vida Ativa foi lançada no fim de julho de 2022, na Praça Mestre Antônio Vieira, no bairro Monte Castelo. Um super aulão de dança marcou o início do projeto, que é desenvolvido por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. O objetivo da iniciativa é proporcionar lazer para pessoas da melhor idade de São Luís com atividades teóricas e práticas em espaços públicos da capital maranhense.

Todas as informações sobre esta edição do Projeto Vida Ativa: integração e bem-estar estão disponíveis no Instagram oficial do projeto (@projetovidaativaslz).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Vem aí a segunda edição da Copa Golzinho de Praia, competição de futebol de travinha patrocinada pelo governo do Estado, pelo El Camiño Supermercados e pela Potiguar, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. E, na noite desta sexta-feira (24), haverá a solenidade de lançamento dessa iniciativa que já caiu nas graças dos atletas amadores de São Luís. A solenidade vai ocorrer a partir das 19h, na Arena Olynto, no Olho d’Água.  

Sucesso em 2022 com a realização de disputas das categorias Adulto Feminino e Adulto Masculino, a Copa Golzinho de Praia estará maior neste ano. Isso porque haverá, também, o torneio Sub-17. Em cada uma das categorias, 16 times participarão.

Durante a solenidade de lançamento, todas as 48 equipes participantes vão receber coletes e bolsas esportivas personalizados para serem utilizados durante toda a competição. Em seguida, será realizado o congresso técnico das três categorias em disputa para definir os confrontos iniciais.

“A Copa Golzinho de Praia vai contemplar clubes amadores e associações desportivas que praticam o futebol de travinha em São Luís. Estamos ansiosos para o início da competição que reunirá cerca de 480 atletas no total, distribuídos em três categorias. Nosso objetivo é fomentar a prática esportiva em nossa cidade. Temos certeza de que esta edição será ainda mais marcante quanto foi no ano passado”, destacou o diretor-técnico da competição, Waldemir Rosa.

Quer saber mais sobre a Copa Golzinho de Praia? Nas redes sociais oficiais do torneio no Instagram e no Facebook (@copagolzinhodepraia) estão disponíveis todos os detalhes da competição.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Lazer, bem-estar e saúde. Esses são alguns dos objetivos do Projeto Mais Movimento Mais Vida, iniciativa desenvolvida na cidade de Bacabal (MA), desde julho de 2022, com o patrocínio do governo do Estado e das Drogarias Globo por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. O projeto reúne pessoas de várias idades que aproveitam a oportunidade para realizar atividades físicas ao ar livre semanalmente. 

É importante frisar que, durante as atividades do Projeto Mais Movimento Mais Vida, são promovidos aulões de dança animados e totalmente gratuitos. Durante os encontros, há, ainda, aulas de ginástica localizada, de alongamento e de diversas danças específicas. 

Todos os participantes do Mais Movimento Mais Vida contam com suporte de profissionais de educação física e recebem todo o material e instrumentos necessários para a prática das atividades que ocorrem, semanalmente, às segundas-feiras, na Praça da Bíblia. 

“Ficamos muito felizes com essa iniciativa que consegue proporcionar lazer e saúde para a população em geral. Para nós, como profissionais de educação física, é muito gratificante ver as pessoas se dedicando a cada aula”, afirmou Lucas Ribeiro, instrutor do Projeto Mais Movimento Mais Vida. 

Coordenador do projeto, Kléber Muniz destaca os resultados obtidos na primeira edição do Mais Movimento Mais Vida. “Estamos muito contentes com os resultados obtidos na primeira edição. Ao proporcionarmos atividades de lazer gratuitas às pessoas, ressaltamos a importância da saúde e do bem-estar, mostrando que é possível ter saúde e envelhecer com dignidade e qualidade de vida. Além disso, buscamos valorizar o potencial de cada participante dessa iniciativa, com foco na manutenção da saúde, e estimular a participação da população de Bacabal. Agradecemos ao governo do Estado e às Drogarias Globo por apoiarem esse projeto e acreditarem na importância da atividade física para a comunidade”, disse. 

Lançamento

A primeira edição do Projeto Mais Movimento Mais Vida foi lançada no fim de julho de 2022. Um superaulão de dança marcou o início do projeto, que é desenvolvido por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. O objetivo do projeto é proporcionar lazer para a população de Bacabal com atividades teóricas e práticas em espaços públicos da cidade. 

Na ocasião, os participantes do projeto receberam camisas e, durante a aula, tiveram água à disposição. Além disso, a praça estava organizada com estrutura completa de tenda, palco e som para proporcionar maior conforto à comunidade. As crianças também estiveram presentes e contaram com a distribuição de pipoca, algodão-doce, além das brincadeiras de pula-pula, piscina de bolinhas e brinquedos infláveis. 

As atividades semanais desta edição do Projeto Mais Movimento Mais Vida estão ocorrendo, semanalmente, na Praça da Bíblia. Outras informações do projeto estão disponíveis no Instagram (@projetomaismovimentomaisvida).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O nadador maranhense Davi Hermes, que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, está confirmado na disputa da oitava edição do Torneio Grão-Pará da Amizade Master de Natação. O tradicional evento ocorrerá neste sábado e domingo (25 e 26), na Apcef, em São Luís.

Esta será a segunda competição que Davi Hermes participará em 2023. No início do mês, o maranhense brilhou no Torneio Início e faturou três medalhas de ouro (400m livre, 50m e 200m borboleta) na competição promovida pela Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA). Desta vez, Davi disputará as seguintes provas: 50m e 100m livre, além dos 50m e 100m borboleta.

Eleito o melhor atleta paralímpico do Maranhão em 2022, Davi Hermes vai aproveitar esta edição do Torneio Grão-Pará da Amizade Master como preparação para a disputa do Campeonato Brasileiro de Natação CBDI 2023, evento promovido pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais com o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). A competição ocorrerá entre os dias 2 e 4 de abril, no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP).

No Campeonato Brasileiro, Davi buscará medalhas em quatro provas: 50m, 100m e 200m, além dos 50m livre.

Grande fase

Em 2022, Davi Hermes conquistou 18 medalhas de ouro, três pratas e um bronze em competições regionais, nacionais e internacionais, além de quebrar três recordes brasileiros e três recordes sul-americanos. O jovem atleta maranhense de 19 anos também defendeu a Seleção Brasileira no Campeonato Mundial de Natação para Síndrome de Down, onde ficou em quarto lugar no mundo nas provas de 50m e 100m borboleta na categoria Sênior.

Os excelentes resultados credenciaram Davi a ser eleito o melhor atleta paralímpico do Maranhão em 2022. Pela primeira vez, ele recebeu o Troféu Mirante Esporte, maior premiação esportiva do Estado.

Em reconhecimento à sua carreira vitoriosa, Davi, que é um dos principais atletas do Maranhão e revelação do esporte paralímpico do Brasil, ainda recebeu a Medalha de Mérito Legislativo José Ribamar de Oliveira “Canhoteiro”, da Assembleia Legislativa do Maranhão.

(Fonte; Assessoria de imprensa)

Nascer do Sol no Cerrado

O Cerrado pode perder 33,9% dos fluxos dos rios até 2050, caso o ritmo da exploração agropecuária permaneça com os níveis atuais. Diante da situação, autoridades e especialistas devem dedicar a mesma atenção que reservam à Amazônia, uma vez que um bioma inexiste sem o outro. O alerta para a situação é do fundador e diretor-executivo do Instituto Cerrados, Yuri Botelho Salmona. Nesta quarta-feira (22), é celebrado o Dia Mundial da Água, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Salmona mensurou o efeito da apropriação da terra para monoculturas e pasto, que resultou em artigo publicado na revista científica internacional Sustainability. A pesquisa contou com o apoio do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN).

Ao todo, foram analisadas 81 bacias hidrográficas do Cerrado, no período entre 1985 e 2022. Segundo o levantamento, a diminuição da vazão foi constatada em 88% delas em virtude do avanço da agropecuária.

A pesquisa indica que o cultivo de soja, milho e algodão, assim como a pecuária, têm influenciado o ciclo hidrológico. O estudo também evidencia que mudanças do uso do solo provocam a redução da água em 56% dos casos. O restante (44%) está associado a mudanças climáticas.

“Quando eu falo de mudança de uso de solo, a gente está, no final das contas, falando de desmatamento e o que você coloca em cima, depois que você desmata”, disse Saloma, em entrevista à Agência Brasil. Segundo o pesquisador, o oeste da Bahia é um dos locais onde o cenário tem mais se agravado.

Quanto às consequências climáticas, o pesquisador explica que se acentua a chamada evapotranspiração potencial. Salmona explicou ainda que esse é o estudo com maior amplitude já realizado sobre os rios do Cerrado.

“O que está aumentando é a radiação solar. Está ficando mais quente. Você tem mais incidência, está ficando mais quente, e você tem maior evaporação do vapor, da água, e é aí em que a mudança climática está atuando, muito claramente, de forma generalizada, no Cerrado. Em algumas regiões, mais fortes, como o Maranhão, Piauí e o oeste da Bahia, mas é geral”, detalhou.

Chuvas

Outro fator que tem sofrido alterações é o padrão de chuvas. Conforme enfatizou Salmona, o que se observa não é necessariamente um menor nível pluviométrico.

“A gente viu que lugares onde está chovendo menos não é a regra, é a exceção. O que está acontecendo muito é a diminuição dos períodos de chuva. O mesmo volume de água que antes caía em quatro, cinco meses está caindo em dois, três. Com isso, você tem uma menor capacidade de filtrar essa água para um solo profundo e ele ficar disponível em um período seco”, comentou.

Uma das razões que explica o efeito de reação em cadeia ao se desmatar o cerrado está no fato de que a vegetação do bioma tem raízes que se parecem com buchas de banho, ou seja, capazes de armazenar água. É isso que permite, nos meses de estiagem, que a água retida no solo vaze pelos rios. Segundo o pesquisador, em torno de 80% a 90% da água dos rios do bioma tem como origem a água subterrânea.

(Fonte: Agência Brasil)

A Seleção Maranhense de Judô contunua com sua preparação visando a disputa do Campeonato Brasileiro da Região I no início de abril, na cidade de Macapá (AP). No último fim de semana, o Time Maranhão se reuniu no Ginásio Paulo Leite, em São Luís, para participar de um supertreino promovido pela Federação Maranhense de Judô (FMJ). A iniciativa da FMJ visa qualificar e preparar a equipe maranhense para este importante desafio fora do Estado.

O treinamento reuniu atletas dos naipes masculino e feminino nas categorias Sub-13, Sub-15, Sub-18, Sub-21, Sênior e Veteranos. Esses judocas asseguraram um lugar no Time Maranhão a partir dos resultados obtidos na primeira etapa do Circuito Maranhense de Judô, competição realizada no fim de fevereiro.

“A FMJ segue trabalhando para que o judô maranhense evolua. Nosso objetivo com esse treino coletivo foi de melhorar as habilidades e técnicas dos judocas que, muito em breve, vão representar o Maranhão no Campeonato Brasileiro. Os atletas têm a oportunidade de trocar experiências e qualificar ainda mais o nível do seu judô”, afirmou Rodolfo Leite, presidente da Federação Maranhense de Judô.

Ainda nesta semana, a FMJ divulgará a lista completa dos judocas que irão disputar o Campeonato Brasileiro em Macapá. Vale destacar que o evento nacional ocorrerá nos dias 1º e 2 de abril.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Foi divulgado, nessa terça-feira (21), o resultado da segunda chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni). O resultado está na página do programa. Os pré-selecionados têm até 30 de março para comprovar as informações da inscrição direto na instituição de ensino.

Para quem não for selecionado nas chamadas regulares, o programa oferece ainda a oportunidade de participar da lista de espera. Para isso, o estudante deve manifestar o interesse nos dias 5 e 6 de abril. A divulgação do resultado da lista de espera sai no dia 10 de abril,  e as matrículas serão realizadas entre 10 e 19 de abril.

O que o Prouni

O Prouni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo - integrais e parciais (50%) – em instituições particulares de educação superior, para cursos de graduação e sequenciais de formação específica.

Para se inscrever, é preciso que o candidato tenha feito uma das duas últimas edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no caso 2021 ou 2022, e tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas.

Outras exigências são não ter tirado zero na redação e não ter participado do Enem na condição de treineiro. No caso de o participante ter feito as duas últimas edições do Enem, será considerado aquele com a melhor média de notas.

Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa.

(Fonte: Agência Brasil)

O Programa Espacial Brasileiro deu mais um importante passo, no último fim de semana, com o lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TLV, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), este foi o 500º lançamento, a partir da base instalada no Maranhão. “O veículo levou a bordo carga útil desenvolvida 100% no Brasil em um voo que durou 4 minutos e 33 segundos”, informou, em nota, a FAB.

Denominada Astrolábio, a operação é resultado de uma parceria entre o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a empresa sul-coreana Innospace.

“Este lançamento quebrou um paradigma, pois poderemos ter diversas operações comerciais, a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), nos colocando entre os centros espaciais reconhecidos mundialmente e inseridos nesse mercado tão grande e que se desenvolve a cada dia mais, que é o mercado espacial”, explicou o diretor-geral do DCTA, tenente-brigadeiro do ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Segundo ele, o lançamento do foguete, bem como as parcerias resultarão em uma “série de benefícios, pois são receitas que vêm para o município de Alcântara, para o Estado do Maranhão e para o Brasil”.

Por meio da nota da FAB, o chefe do Subdepartamento Técnico do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), brigadeiro engenheiro Luciano Valentim Rechiuti, disse que a Operação Astrolábio demonstra a capacidade nacional em desenvolver tecnologias espaciais e lançar foguetes.

“O sucesso deste lançamento binacional ratifica que o centro está totalmente apto, tanto do ponto de vista técnico-operacional, quanto do ponto de vista administrativo, para realizar lançamentos de foguetes nacionais e estrangeiros em praticamente quaisquer épocas do ano, com precisão e segurança”, disse.

Já o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Augusto Teixeira de Moura, disse que o CLA já foi concebido com a ideia de abrigar não só o nosso Programa Espacial, mas também outros operadores.

“Concretizamos o ideal lá dos anos 80, pois temos agora um operador privado internacional trabalhando aqui, o que abre a oportunidade de o Brasil efetivamente se inserir no mercado internacional de transporte espacial”, argumentou.

(Fonte: Agência Brasil)

“Sonhei ser musa inspiradora de um poeta, de um pintor. Rimas, prosas e versos de um compositor”. Tais palavras foram escritas, em 1957, pela então professora paraense Ionete da Silveira Gama.

Hoje com 83 anos, a Dona Onete, como ficou conhecida, realizou os desejos que um dia escreveu em poesia: tornou-se inspiração para fãs e artistas da cultura e da música popular brasileiras.

Para celebrar a trajetória da cantora e compositora, o Itaú Cultural inaugurou a Ocupação Dona Onete, que fica em cartaz até 18 de junho.

O manuscrito que abre esta matéria, além de ter virado a música Sonho de adolescente, do álbum Banzeiro, de 2016, está entre os mais de 120 itens que compõem a mostra.

Dividida em quatro eixos temáticos, a exposição traz fotos, vídeos, músicas e manuscritos, originais e inéditos, além de depoimentos da artista, de seus amigos, parentes e parceiros musicais.

Para a curadora Andreia Schinasi, a exposição busca estar à altura das várias vertentes do trabalho da artista. “Dona Onete é muito singular, foi um desafio pensar como traduzi-la nesse espaço de 100m². A Dona Onete é sonoridade, é território, poesia, é muito além da música”, enfatiza.

Sobre o percurso proposto para a ocupação, Andreia explica que “a gente entra pelo território, para trazer toda a vertente desde o nascimento até o momento em que ela vai parar em Belém. Faz um mergulho profundo no Pará, depois versa sobre encantarias, religiosidades, uma coisa que é muito forte para ela, a contação de histórias, das lendas. E, depois, faz a brincadeira de um grande palco que é a consagração dela, e faz esse mergulho na obra e na sonoridade também, não só dela, mas também do Pará”, explica.

Quando questionada sobre o que acha de uma exposição sobre si mesma, Dona Onete repensa sua trajetória. “Eu estou muito feliz. Quando eu soube que o Itaú estava interessado na minha história, eu até pensei que eu não tinha história, mas eles acharam tanta coisa e foi fluindo e, hoje em dia, eu acho que tenho muita história pra contar”.

Militância e música

Dona Onete nasceu em 18 de março de 1939, em Cachoeira do Arari, município da Ilha de Marajó, interior do Estado do Pará. Mais tarde, mudou-se para Igarapé-Miri, município do Baixo Tocantins conhecido como a “capital mundial do açaí”. Foi lá que se tornou professora de história e estudos paraenses. A partir dos ensinamentos do educador Paulo Freire, militou em movimentos sindicais por melhores condições de ensino para estudantes e de trabalho para professores. Atuou também como secretária de Cultura, com foco em grupos ligados à cultura popular. Ainda em Igarapé-Miri, criou, em 1989, o grupo folclórico Canarana, no qual estreou com 12 canções autorais. Em meados de 1990, atuou no Coletivo Rádio Cipó.

Foi somente com a aposentadoria, aos 62 anos, e já morando em Belém, capital paraense, que Dona Onete conseguiu se dedicar inteiramente à música. Foi a partir daí que Ionete se tornou Dona Onete e ficou conhecida como “Rainha do Carimbó Chamegado”. O reconhecimento maior veio quando a artista participou do Festival Terruá Pará, que reúne diversos ritmos e manifestações culturais do Estado, e foi convidada para participar do filme Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, protagonizado pela atriz Camila Pitanga.

Sobre as mudanças que aconteceram em sua vida após a aposentadoria, Dona Onete diz que, apesar do sonho de ser cantora, não podia deixar o trabalho de lado. “Nessa luta minha da CUT [Central Única de Trabalhadores], de tudo, já diziam que eu era [cantora], mas eu dizia: ‘Eu não posso largar o meu emprego por uma coisa que eu não sei o que vai acontecer. Deixa eu me aposentar'. ‘Ah, mas quando tu te aposentar já vais estar velha’. Mas não interessa. Eu vou, pelo menos, escrever alguma coisa. Mas eu me aposentei e ainda passei uns três anos dando música para outras pessoas gravarem. De repente, que você já conhece a história, fui dar uma canja num carimbó, já entrei numa banda de rock e, dessa banda de rock, já fui pro filme da Camila Pitanga, cantar no filme de lá, de Santarém”, explica.

A partir daí, Dona Onete passou a se apresentar em outros Estados brasileiros e, também, em festivais internacionais, como o Festival Womex, na Finlândia, o Muziekpublique, em Bruxelas, além dos shows na Inglaterra, Alemanha, Portugal, entre outros países.

Com quatro álbuns solo e muitas lendas e histórias para contar, Dona Onete é hoje uma das maiores difusoras da cultura paraense no Brasil e no exterior. Quando questionada sobre qual Dona Onete ela gosta de mostrar ao público, a cantora diz que se vê como “uma cabocla paraense”. “Trouxe como objetivo, depois de me aposentar como professora, ter uma oportunidade de falar sobre o nosso interior, sobre as nossas coisas paraenses, coisas de lá que muita gente deixava de lado, passava por cima, pisava e não sabia que era cultura. E eu achei a cultura e trouxe: virou flor, hoje em dia está florido tudo”, brinca.

Carimbó Chamegado

O carimbó, expressão cultural do Norte do país, surgiu no Pará por volta do século XVII, a partir das danças e costumes indígenas. O nome vem do instrumento musical “curimbó”, tambor utilizado em manifestações artísticas e religiosas.

Para Dona Onete, o ritmo, em consonância com a dança, faz do carimbó um “chamego”, uma forma de envolver as pessoas. “O carimbó é uma saia também em movimento, vai em cima, vai embaixo, suspende a saia, dá um nó assim. Porque é uma dança muito faceira. O homem vem, eu comparo o balanço de uma roseira com uma flor e um beija-flor querendo. Vai, chega lá e volta! Assim que é a dança do carimbó: o balanço da roseira e um beija-flor querendo, porque você vai aqui, vai ali, cercando, é um tipo de proteção. É muito bonito”, diz emocionada.

Algumas de suas músicas refletem bem esse jeito chamegado de cantar o carimbó. Um de seus maiores sucessos, Jamburana, de seu primeiro álbum solo, Feitiço Cabloco, lançado em 2013, traz essa sensualidade descrita por Dona Onete associada à riqueza da culinária paraense. O jambu, planta típica do Pará que causa dormência na língua, é utilizado, segundo a cantora, em pratos como o pato no tucupi, o tacacá, o arroz paraense, a caldeirada no Pará e, até mesmo, o vatapá e o caruru, pratos típicos da culinária baiana que, na versão paraense, são “enfeitados” com jambu. Contudo, para Dona Onete, o jambu também faz “tremer”, vem descendo, vem subindo, “chega até o céu da boca” e “a boca fica muito louca”.

Além da exposição

A Ocupação no Itaú Cultural contou com duas apresentações de Dona Onete (16 e 17 de março, com ingressos esgotados), e ainda com a participação da cantora e compositora paraense Aíla, nesse sábado e hoje (18 e 19 de março).

A cantora foi a primeira a fazer parceria com Dona Onete. Ela conta que a conheceu em 2009, ensaiando em um estúdio no comércio de Belém. “Uma muvuca cheia de gente, Dona Onete estava lá ensaiando com um grupo na época, Rádio Cipó, meio alternativo, roqueiro. Achei curioso uma senhora de 70 anos ensaiando, cheio de meninos jovens. Achei ela muito aberta e ela me convidou para ir na casa dela, ouvir umas canções que ela tinha escrito. E tinha muitas, sei lá, 300, algumas inacabadas. E eu escolhi uma que se chamava Proposta Indecente. Ela disse: ‘Mas tu vai gravar essa música, será? O que vão achar de uma senhora de 70 anos escrevendo isso?’ Falei: ‘Ah, a senhora é isso, uma mulher sensual, forte, linda, eu vou gravar essa”, enfatiza.

Aíla conta que chamou Dona Onete para cantar em seu primeiro disco e que, a partir daí, o trabalho de ambas passou a ser reconhecido. “A gente fez um clipe que viralizou, tem muitas visualizações de forma orgânica, muito legal para o meu trabalho e para o dela. Muito orgulho de ter sido essa primeira artista que lançou algo dela, gravou com ela. E acho que isso abriu caminho para muitas outras pessoas conhecerem Onete”, explica.

Diversos outros jovens artistas, do samba ao rap, fizeram parceria com a artista. Entre eles, estão nomes como Gaby Amarantos, Jaloo, BNegão e Emicida. Para Aíla, Dona Onete “é uma figura com 80 e tantos anos que está disposta a ouvir o outro, de outras gerações, a trocar, compor junto, é uma figura cheia de vitalidade. Acho que isso leva ela além. Então, com certeza, isso faz com que as pessoas se conectem mais facilmente com ela, essa abertura toda”, finaliza.

Para Dona Onete, essa abertura ao diálogo é uma forma de abraçar o outro por meio de sua música: “Eu não sei se é meu jeito de receber, de falar, de cantar, de alegrar as pessoas, porque a gente está precisando muito disso. Depois que viemos dessa, eu trago na minha música agora: eu quero é sentir a pulsação num abraço. Num abraço apertado, o coração disparado”.

(Fonte: Agência Brasil)

Espaço Itaú de Cinema

Após a quase paralisação em 2020, por causa da pandemia de covid-19, e uma retomada tímida em 2021, ainda sob forte impacto da crise sanitária do novo coronavírus, as salas de cinema do Brasil voltaram a receber um público considerável no ano passado.

Os dados preliminares do setor, divulgados pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), mostram um aumento de 82% no público de 2022, na comparação com o ano anterior, com 95,1 milhões de pessoas. Em renda, o aumento foi de 98,8%, chegando a R$ 1,8 bilhão.

Na comparação com 2019, ano referência antes da pandemia, 2022 apresentou queda de 46,5% no público e de 35,4% na renda total. Na evolução do número de salas de exibição, 2022 (3.401 salas) chegou próximo ao patamar de 2019 (3.507 salas). Em 2020, a Ancine registrou 1.860 salas em funcionamento e, em 2021, o número saltou para 3.266.

A agência destaca que a participação dos filmes brasileiros ficou abaixo da média, com 4,2% do público e 3,9% da renda. Porém, houve melhora na comparação com 2021, quando a participação nacional representou apenas 1,8% da bilheteria. No ano passado, os cinco filmes brasileiros mais vistos no cinema foram Turma da Mônica: Lições, com público de 542,6 mil pessoas, Tô ryca! 2 (515,2 mil), Detetives do Prédio Azul 3 (424,6 mil), Medida Provisória (407,4 mil) e Eduardo e Mônica, que atraiu 389 mil pessoas.

De acordo com a Ancine, os números ficaram bastante abaixo do último sucesso nacional de bilheteria, o recordista Minha mãe é uma peça 3, lançado no fim de 2019, que, em menos de um mês, foi visto por 8,6 milhões de espectadores e alcançou bilheteria de R$ 137,8 milhões. O recorde anterior era de Minha Mãe é uma Peça 2, de 2016, com público de 9,2 milhões de pessoas e arrecadação de R$ 124,6 milhões.

Blockbusters

No ano passado, o mercado de cinema foi dominado pelos grandes lançamentos internacionais. Os filmes mais vistos em 2022 foram Doutor Estranho no multiverso da loucura (8,3 milhões de pessoas), Minions 2: a origem de Gru (6,9 milhões), Avatar: o caminho da água (6,7 milhões), Thor: amor e trovão (6,3 milhões) e Batman, que teve público de 5,8 milhões nas salas de cinema.

No total, as salas de cinema exibiram 652 longas-metragens no ano passado, sendo 244 brasileiros e 408 estrangeiros. Os lançamentos somaram 385 longas-metragens, com 173 brasileiros e 212 estrangeiros, e sete filmes tiveram lançamento em mais de 2 mil salas, quando em 2021 foram apenas dois.

Diante da melhora no cenário geral, a Ancine aponta que a expectativa para 2023 é de aumento da participação de filmes nacionais no mercado, além do crescimento do parque exibidor, trajetória interrompida com a pandemia após dez anos de aumento.

Para tanto, a agência destaca as seis chamadas públicas do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) já concluídas, que investe em filmes brasileiros para cinema, além do lançamento de duas outras e a aprovação de um novo plano de ação de investimentos para 2023.

(Fonte: Agência Brasil)