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professor, sala de aula, ensino médio

Evasão escolar, falta de vagas em sala de aula, analfabetismo e violências estão entre os múltiplos desafios da área educacional no Brasil que estarão em debate e avaliação a partir do próximo domingo (28), na Conferência Nacional de Educação. O evento vai até terça-feira (30), na Universidade de Brasília (UnB).

Confira, aqui, a programação da conferência.

A discussão dos problemas, com 2 mil profissionais do setor, estudantes e outros representantes da área, tem como meta propor soluções a serem beneficiadas no novo Plano Nacional de Educação (2024-2034), a ser apresentado como projeto de lei do governo federal para o Congresso neste ano.

Inclusive, o tema central da conferência é “Plano Nacional de Educação 2024-2034: Política de Estado para garantir a educação como um direito humano com justiça social e desenvolvimento socioambiental sustentável”. A conferência nacional foi convocada de maneira extraordinária pelo Decreto-Lei 11.697/23. A abertura dos trabalhos contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Educação, Camilo Santana. Eles participarão da solenidade de abertura na segunda, às 19h.

Participação

A etapa nacional ocorre depois de conferências municipais, intermunicipais e em cada unidade da federação, como explicou à Agência Brasil o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, que é professor da educação básica em Pernambuco.

“A Conferência Nacional da Educação é espaço de participação social e popular para todos os segmentos que atuam na educação básica, superior e profissional”. Dos 2 mil delegados (representantes) que participam do evento, 1,5 mil são estudantes, trabalhadores em educação, pais e mães responsáveis, conselheiros de educação e dirigentes educacionais.

Araújo recorda que o presidente Lula e o ministro Camilo Santana pediram que fossem ouvidas as demandas dessas áreas da educação para elaborar um projeto de lei do Plano Nacional de Educação.

Desafios

Heleno Araújo acrescenta que a conferência vai produzir um documento final com uma avaliação do atual plano de educação que vigora até junho deste ano. “A gente entende que há dois principais desafios: o financiamento da educação e a falta de participação popular nas questões do ensino. Nós tivemos, nesses últimos anos, dois planos nacionais e não foram colocados em prática de forma devida”.

Ele cita que, ainda hoje, o Brasil só atende 35% da demanda de creche para as famílias brasileiras, inclusive as mais pobres. “Se a meta era alcançar 50%, 15% ou mais, é preciso fazer com que as pessoas saibam disso e o Estado tenha um desejo de ampliar a quantidade de creches. Mobilizar a população para cobrar dos municípios, dos Estados e da União a aplicação dessa política que é lei”.

O presidente do CNTE defende a conferência nacional para colocar em discussão temas como a necessidade de o Estado brasileiro garantir o acesso e a permanência, no mínimo, para que os brasileiros concluam a educação básica.

Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Desrespeito

“Nós temos quase 2 milhões de pessoas, de 4 a 17 anos de idade, que nunca frequentaram a escola. A Constituição Federal diz que é obrigatório essas pessoas estarem na escola. A partir dos 18 anos de idade, nós temos 76 milhões de brasileiros e brasileiras que não concluíram a educação básica”, cita o professor.

Para ele, não se pode tratar de política de financiamento apenas para os que já estão matriculados. “A gente tem quase o dobro fora da escola. Então, enquanto essa conta estiver desproporcional desse jeito, a gente, de fato, não vai mudar a situação do nosso país: 40 milhões estão na escola e 76 milhões estão fora”.

Pandemia

Outro tema que deve ser trazido na conferência tem relação com os efeitos da pandemia de covid-19 para a educação brasileira, que escancarou a defasagem no processo de aprendizagem dos alunos.

“Nós temos problemas de conexão nas escolas, no quadro de pessoal. Há Estados e municípios que desrespeitam a Constituição quando deixam de fazer concurso público. Hoje, nós temos 59% dos professores no Brasil que estão com contratos temporários”. Para Araújo, isso já acontecia antes da pandemia, mas se agravou após 2020.

(Fonte: Agência Brasil)

Crianças assistem vídeos em celulares conectados no programa “Wi-fi na Praça”

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro divulgou o resultado da consulta pública sobre a proibição de celulares durante o horário escolar. Foram mais de 10 mil contribuições da população, sendo 83% de respostas a favor, 6% contrárias e 11% parcialmente favoráveis.

A medida é um apoio à prefeitura, que estuda a extensão da proibição dos celulares em sala de aula, tomada em agosto do ano passado, para todos os ambientes escolares, incluindo intervalos entre aulas e recreio.

O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, destacou a relevância do resultado. “São números que mostram o grande interesse por essa discussão e o quanto a sociedade está consciente da importância e urgência que esse problema precisa ser enfrentado”.

O próximo passo da Secretaria é analisar todas as contribuições recebidas, consolidar os dados e definir as novas medidas a serem tomadas.

(Fonte: Agência Brasil)

Pesquisadores identificaram quatro novos sítios arqueológicos no município de Anajás, no arquipélago do Marajó, no Pará, a partir de achados de cerâmica indígena. Dois sítios arqueológicos estão localizados nas comunidades da Pedra. Os outros dois, na comunidade Laranjal.  

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), após a recente seca na região do Alto Rio Anajás, a comunidade local procurou o Ministério Público do Estado do Pará e demais órgãos para que fosse analisado o estado de conservação das peças de arte marajoara que ficaram expostas. 

A partir daí, em conjunto, pesquisadores e técnicos do Iphan e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) analisaram os vestígios de civilizações antigas e catalogaram os artefatos encontrados. 

Os novos sítios foram registrados no Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), coordenado pelo Iphan, e que reúne todo o detalhamento técnico e filiação cultural dos sítios arqueológicos brasileiros.  

A pesquisadora do Museu Goeldi, Helena Lima, destaca os estados das estruturas antigas. “Os novos achados são importantes para a arqueologia amazônica. Encontramos, nesta breve visita, um padrão de ocorrência de tesos (aterros construídos pelos povos do Marajó) que, aparentemente, se replica ao longo do Anajás e outras regiões a leste do Marajó, estima a pesquisadora.  

Riscos

De acordo com a equipe de pesquisadores, há um grande interesse da comunidade local de preservar a memória dos povos indígenas da região e conhecer mais sobre a temática, o que contribui para a preservação do patrimônio arqueológico. 

As duas instituições públicas recomendam que qualquer descoberta do tipo deve ser comunicada ao Iphan e não é aconselhado coletar vestígios sem acompanhamento profissional. 

Apesar das descobertas coletadas, os pesquisadores identificam riscos ao patrimônio encontrados, relacionados a fenômenos naturais, como secas e cheias dos rios, bem como o grande tráfego de embarcações na área, que contribui para processos de erosão. 

O arqueólogo do Iphan (PA), Carlos Barbosa, comenta o grau de vulnerabilidade desses sítios arqueológicos. “O risco, hoje, é perder as informações que ainda existem nesses sítios, devido à dinâmica erosiva do rio intensificada pelas mudanças climáticas. Na curva do rio, um dos cemitérios indígenas está sendo exposto e levado pela força das águas”, alertou. 

Cerâmica marajoara

A cerâmica marajoara tem sido pesquisada desde o século XIX, especialmente na região chamada Marajó dos Campos, com grande área de planícies alagadas.   

Estudos arqueológicos apontam que esta região já era habitada há cerca de 3,5 mil anos, por grupos que tinham como principais atividades a caça, a pesca e o cultivo da mandioca. 

Outras pesquisas constaram que povos que ali viviam produziam cerâmica de uso principalmente doméstico, como vasilhas, potes, estatuetas, vasos, pratos e outros. 

A pesquisadora do Museu Goeldi Helena Lima analisa a complexidade social na Amazônia, nos quatro novos sítios arqueológicos. “Talvez aqui estejamos no que foi o início da organização regional de uma sociedade com altíssimo conhecimento do ambiente, que criou e replicou sistemas de assentamentos altamente interconectados. Trata-se de um verdadeiro urbanismo amazônico muito antigo”, explicou.  

(Fonte: Agência Brasil)

Estão abertas as inscrições para o concurso público para a seleção de 50 especialistas em regulação e vigilância sanitária para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A remuneração é de R$ 16,4 mil. Todas as etapas serão realizadas em Brasília.  O valor da taxa de inscrição é R$ 160, e poderá ser feita até o dia 16 de fevereiro.   

As provas objetivas e discursiva estão previstas para o dia 21 de abril, no turno da tarde.  A divulgação do resultado final nas provas objetivas e de resultado provisório na prova discursiva está prevista para o dia 21 de maio. O certame será realizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe). 

O concurso terá duas etapas. A primeira será composta por provas objetivas e prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório, e pela avaliação de títulos, de caráter classificatório. A segunda etapa corresponde ao curso de formação, de caráter eliminatório e classificatório.  

As 50 vagas são para especialistas em regulação e vigilância sanitária em quatro áreas. Podem se candidatar pessoas formadas em nível superior nos cursos de engenharia química, química, bioquímica, engenharia de materiais, engenharia mecânica, engenharia agronômica, farmácia, biologia, enfermagem, odontologia, biomedicina, fisioterapia, veterinária, análise de sistemas, ciência da computação, processamento de dados, sistemas de informação, informática, engenharia da computação, engenharia de sistemas e engenharia de redes.

(Fonte: Agência Brasil)

A temporada 2024 do beach tennis do Maranhão está prestes a ser oficialmente aberta. Isso porque, entre os dias 1º e 4 de fevereiro, a Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM) promoverá a 1ª etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, competição que servirá de seletiva para a Copa Nordeste de Beach Tennis, evento regional que ocorrerá na cidade de Natal (RN), no mês de abril. Os atletas interessados em participar do Maranhense Oficial já podem inscrever-se pelosite da Confederação Brasileira de Beach Tennis (CBBT).

As disputas desta 1ª etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis vão ocorrer na Arena Premium do Golden Shopping e deverão reunir mais de 200 atletas. “Estamos ansiosos para o início desta primeira etapa do Campeonato Maranhense Oficial porque temos grandes expectativas para 2024 e já vamos começar a temporada oficial do beach tennis no Maranhão em grande estilo. Neste ano, a FBTM seguirá trabalhando para fortalecer ainda mais a modalidade em nosso Estado, valorizando os atletas e incentivando a prática do esporte. A temporada está apenas começando, e muitas coisas boas ainda estão por vir”, afirmou Menezes Júnior, presidente da FBTM. 

A primeira etapa do torneio da FBTM distribuirá R$ 30 mil em premiação, sendo R$ 5 mil destinados para as categorias PRO Masculino e Feminino e R$ 25 mil em brindes para as demais categorias amadoras, além de raquetes para os primeiros colocados de todas as categorias de gênero. 

Convocação

A Seleção Maranhense que disputará a Copa Nordeste de Beach Tennis no mês de abril, em Natal (RN), será convocada a partir do ranking estadual de 2024 da modalidade. Portanto, a 1ª etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis será fundamental para a elaboração do ranking, uma vez que o torneio concederá pontos tanto para o ranking estadual quanto para o nacional. 

Além de possuir pontos necessários para competir na Copa Nordeste, outro requisito fundamental, para os atletas representarem o Maranhão no evento regional, é estarem devidamente filiados à FBTM. “O atleta pode ranquear sem estar filiado, porém só serão convocados os que estiverem em dia com a sua filiação. A filiação é anual e quem é filiado tem uma série de vantagens, a começar tendo 10% de descontos em todas as inscrições de todos os eventos da FBTM e da CBBT e, ainda, tem acesso ao Clube Certo, um clube de vantagens da CBBT que oferta vários descontos em mais de 600 parceiros em todo o Brasil”, explicou Menezes Júnior. 

Outras informações sobre o processo de filiação estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).

CATEGORIAS EM DISPUTA

Por idade:

30+, 40+ e 50+ (masculino e feminino)

Mista:

A, B, C e D

Categoria de Gênero:

A, B, C, D e PRO (masculino e feminino)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O Ministério da Educação divulgou, na madrugada desta terça-feira (23), a nota de corte parcial para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024. A consulta, por escolha de curso, já pode ser feita no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior e serve como referência para acompanhamento do processo de inscrição.

A nota de corte é a pontuação do último classificado na quantidade de vagas disponíveis por curso. Por exemplo, este ano, o curso de pedagogia disponibilizou 9.952 vagas por meio do Sisu. Quando todas as vagas disponibilizadas são preenchidas, na ordem da maior nota para a menor, a de corte é a do candidato que estiver ocupando a 9.952ª vaga.

As inscrições permanecem abertas até as 23h59 da próxima quinta-feira (25), prazo máximo para que os candidatos possam mudar as opções de curso. Durante esse período a nota de corte oscila conforme a pontuação dos inscritos em cada curso.

A previsão é que o resultado final seja divulgado no dia 30 de janeiro, quando também começa o período para os candidatos não classificados na chamada regular manifestarem interesse na lista de espera. Essa etapa ocorre até o dia 7 de fevereiro, também pelo Portal Único.

A partir deste ano, as instituições de educação superior poderão utilizar a lista de espera ao longo de todo o ano para preencher vagas remanescentes.

O Sisu reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil, e possibilita o ingresso no ensino superior por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).  Para a edição de 2024, o Sisu ofertou 264 mil vagas, em 6.827 cursos de graduação, de 127 instituições públicas de educação superior.

(Fonte: Agência Brasil)

Revelação do esporte maranhense e um dos principais nomes do beach tennis no Estado, Augusto Neto vive a expectativa por grandes desafios no mês de janeiro. Augusto, que conta com os patrocínios do governo do Estado e do Mateus Supermercados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, além dos apoios da Maniacs, da Adidas e do ODT Beach, vai disputar três competições do Circuito Nacional Infantojuvenil de Beach Tennis entre os dias 23 e 31 de janeiro: a Copa São Paulo e as etapas de Ribeirão Preto e Casa Branca.

Antes de viajar para as competições nacionais em São Paulo, Augusto Neto sagrou-se campeão em seu primeiro evento na temporada de 2024. Com muita técnica e habilidade, o jovem beachtenista de apenas 15 anos faturou o título da categoria Open no torneio promovido pelo Studio Mormaii Península, em São Luís.

Augusto Neto inicia a temporada com a confiança elevada após grandes resultados no cenário estadual, nacional e internacional do beach tennis, em 2023. O maranhense precisou de apenas 10 torneios para colocar seu nome entre os 500 melhores atletas de beach tennis no ranking da Federação Internacional de Tênis (ITF).

Em novembro, Augusto Neto conquistou um título e um vice-campeonato em dois torneios BT10 da ITF Niterói, onde competiu com o catarinense Gui Lima, além de chegar às oitavas de final do BT50 no evento niteroiense. No mesmo mês, o maranhense foi campeão, também ao lado de Gui Lima, da categoria de Duplas Masculinas do BT10 – Open de Beach Tennis, evento realizado em Belo Horizonte. Com essa conquista, Augusto se tornou o primeiro beachtenista do Maranhão a chegar ao lugar mais alto do pódio em um torneio da ITF.

Augusto Neto também se destacou nas etapas do Circuito Nacional de Beach Tennis, ocorridas no interior de São Paulo. Em Valinhos, o maranhense sagrou-se campeão nas Duplas Mistas Sub-16 e foi 3º colocado na disputas das Simples Sub-16. Já em Campinas, Augusto foi campeão na Simples Sub-16 e 3º colocado nas Duplas Masculinas Sub-16.

Já na etapa de Ribeirão Preto do Circuito Nacional de Beach Tennis, Augusto Neto subiu ao pódio em três oportunidades. Além de faturar o título nas Duplas Masculinas Sub-16, Augusto ficou em terceiro lugar nas Duplas Mistas Sub-16 e Simples Sub-16. A nível estadual, o jovem atleta venceu as duas primeiras etapas do Maranhense de Beach Tennis.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Interessados em se inscrever no Concurso Público Nacional Unificado têm até a próxima sexta-feira (26) para solicitar isenção da taxa e comprovar os requisitos necessários. O processo deve ser feito exclusivamente pela página do concurso. Aqueles que não optarem pela isenção podem se inscrever até o dia 9 de fevereiro. A taxa é de R$ 60 para nível médio e de R$ 90 para nível superior. 

A isenção pode ser solicitada por candidatos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico); doadores de medula óssea; bolsistas ou ex-bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni); além de quem cursa ou cursou ensino superior financiado pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). 

“É preciso estar atento ao período de inscrição, pois ele se diferencia daquele destinado aos candidatos que optarão pelo pagamento. Além disso, é fundamental que os candidatos atendam aos critérios estabelecidos nos oitos editais dos concursos disponíveis e providenciem a documentação necessária durante esse intervalo de tempo”, destacou o Ministério da Educação. 

Arte Enem dos concursos isenção de taxa. Arte: Agência Brasil

Comprovação

Para candidatos inscritos no CadÚnico, no momento da inscrição on-line será preciso informar o Número de Identificação Social (NIS), bem como declarar-se untegrante de família de baixa renda – renda familiar mensal por pessoa inferior ou igual a meio salário mínimo (R$ 706). 

Doadores de medula óssea deverão enviar imagens legíveis da carteira ou declaração de doador emitida por entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, atestado ou laudo emitido por médico de entidade reconhecida pelo Ministério da Saúde, inscrito no Conselho Regional de Medicina. 

Bolsistas ou ex-bolsistas do Prouni e aqueles financiados pelo Fies deverão apenas indicar a opção de solicitação correspondente à modalidade. 

Somente serão aceitos documentos no formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2 megabytes. Não serão considerados válidos documentos apresentados por via postal, correio eletrônico ou entregues no dia da aplicação das provas. 

(Fonte: Agência Brasil)

Na madrugada de 20 de janeiro de 2024, meu sistema auricular e minha estação sísmica particular registraram um sonoro e forte abalo. Deve ter durado aí por volta de 60 segundos, com alguns resmungos, rangidos e estrebuchamentos posteriores. Tudo isso ao lado do meu quarto de dormir – onde o que menos ocorre é eu dormir...

Os quartos à frente são ocupados por muitas estantes de chapas de aço reforçado. Circundando todas as quatro paredes e loteando, com algum distanciamento necessário, todo o espaço central de cada um dos quartos, da ampla sala, da garagem, do quarto de empregada..., aquelas estantes estão ali, silenciosas e eretas como moais na Ilha de Páscoa. Estão orgulhosas de abrigarem razoável parte do conhecimento do Mundo e do sentimento humano – ou do conhecimento humano e do sentimento do Mundo. São milhares e milhares de livros e outros itens bibliográficos e bibliológicos, de um total estimado de mais de cinquenta mil itens – incluindo-se uns dez mil discos e fitas (LPs, CDs, DVDs, blu-rays, VHS, K-7, disquetes...) –, além de milhares de documentos, entre relatórios, produções acadêmicas, “clippings”, e milhares de revistas e jornais.

Houve um tempo em que tudo estava em seu lugar. Arrumado. Organizado. Classificado. Tudo. Cada coisa em seu lugar. Mas, à maneira de Galileu, “eppur si muove”.

Parte desse acervo foi organizado, sob minha orientação, com o talento, tempo e esforço, até agora, de cinco dedicados Amigos do conhecimento. Obrigado, inicialmente, à Juliete e ao Paulo, pelas vias do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, e ao apoio, por meses, da Universidade Estadual do Maranhão em Caxias.

Entre viagens, palestras, produções, trabalhos e ocupações outras, já estou no quarto ano tentando dar a ordem necessária ao acervo. Informação só presta com acessibilidade. Fora disso, é museu sem visitante ou entulho bibliográfico, monturo de papeis. Assim, três dedicados universitários e um pré-universitário (obrigado, Carol, Daniel, Hélder Filho, Lohanna), já entrando pelo terceiro ano, têm-se desdobrado em um turno do dia, cinco dias por semana, para conferir um mínimo de ordem ao caos de títulos, capas, autores, assuntos, com suas etiquetas classificadoras, demarcadoras, para facilitar o acesso, a identificação.

... E tudo isso, ou quase tudo, veio abaixo na madrugada de dezenove para vinte de janeiro do ano da Graça do Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e vinte e quatro. Tem-se de calcular sorrisos para não chorar (rs). Meu receio, a conferir, são as edições mais antigas, os livros mais velhos, as obras mais raras... Geralmente anosos, cheios de idade, esses livros antigos são também velhos, isto é, usados, gastos, alquebrados, frágeis... Deles há dos séculos XVIII, XIX, coisa dos anos 1700 para cá, inclusive edições europeias.

No quarto onde o “terremoto” se deu, as estantes, mesmo fornidas, não devem ter aguentado o peso dos séculos... Ou os livros decidiram por fazer um motim. Sim, um motim! Acho que foi isso...

Vai que, em noites anteriores, os livros vinham deliberando sobre isso! Afinal – questionavam os livros – que história é essa de nós, livros, ficarmos aqui esse tempo todo, organizadinhos, limpinhos, perfiladinhos, em ordem? Além do mais – continuam os livros, em seu raciocínio rebelde, revolucionário –, quem disse que adoramos ficar o tempo todo, anos, décadas, séculos a fio ao lado de colegas livros da mesma “família”, de mesmo assunto? Olhamos para um lado e, se somos livros de História, só vemos livros de História!... Olhamos para o outro lado... e só vemos livros de História!... Acima, abaixo, prateleiras e estantes cheias de livros de História!... Os livros de Ética, Literatura, Economia, Desenvolvimento, Política, Psicologia, Educação, Música, Cultura, Antropologia, Sociologia, Ciências, Comunicação, Espiritualidade, enfim, da Administração à Zoologia, estamos arrodeados de nossos iguais!... O tema de nossas conversas não tem como fugir, é um só – o nosso! Não! Basta! Queremos biodiversidade, aliás, bibliodiversidade! Queremos dialogar entre nós, nós todos de todas as matérias, assuntos, classificações! Os livros das Áreas Humanas querem saber o que sabem e dizem, exatamente, os nossos colegas livros das Áreas de Exatas. E nós, das Humanas, dir-lhes-emos o que somos e sentimos, humanamente. A Matemática quer satisfazer sua curiosidade conversando com a Música e a Poesia para saber como está ela sendo útil na composição das notas, dos sons de uma canção ou sinfonia e na estruturação dos versos metrificados, escandidos, contados.

Sim! – decidem os livros –, vamos sair desses escaninhos em que nos imobilizam, vamos afastar os bibliocantos que nos delimitam e vamos interagir! Vamos nos unir e reunir! Juntos e misturados!...

E foi isso. Os livros deram-se as mãos, isto é, as capas, as folhas... Os que tinham fitilhos marcadores se entrelaçaram. Os com cinta e sobrecapa se esticaram. Enfim, tudo e todos, matéria e espaço que formam fisicamente os livros – capa, contracapa ou segunda capa, terceira e quarta capas, folhas, coifas, cabeceados, seixas... –, tudo e todos, literalmente, se jogaram. As contraguardas e as folhas de guarda puseram-se a postos, vigiando. As orelhas ficaram atentas a eventual barulho estranho, humano... As folhas de rosto puseram-se de olho... Todas as capas e cada miolo se juntaram às lombadas, fizeram fooooooorça contra a parede e, “voilà!”, moveram as estantes. Os gigantes de ferro balançaram, foram cá e lá em equilíbrio bêbado. Até que uma primeira estante cedeu, avançou, tocou em outra e esta noutra e esta naqueloutra, estoutra... até o efeito dominó, iniciado, não ter mais como ser controlado... Tudo ruiu. Veio ao chão.

Os livros, enfim, estavam livres. Amontoados, jogados, mas livres. E, pelo jeito, felizes. Podia-se ver a troca de intimidades. Capas se beijando... Folhas se interpenetrando... Esbórnia! Orgia! Pândega! Fuzuê! Um pega-pega geral de celulose e tinta. Todos com todos. Sem preconceito.

Meio envergonhado mas compreensivo, parei de entrever o pouco da farra dos livros que a fresta me permitiu. Pé ante pé, afastei-me daquele bacanal não carnal, bibliográfico. Respeitei o momento de despudor daqueles livros e revistas. Não quis ouvir mais o que diziam de si, dos outros e, quem sabe, de mim, tutor temporário deles... Quem sabe alguns deles estivesse falando o quanto já estão cansado de ser pegados por mim. Ou outros reclamando a ausência de mais manuseio. Quiçá um ou outro sofrendo por ainda não ter tido suas páginas tocadas por meus dedos, sua superfície e linhas desnudadas por meus olhos.

Talvez, se eu ficasse, ouvisse um ou outro livro confidenciando como algumas de suas páginas estão marcadas docemente por lágrimas que, na leitura, deixei que escapassem...

Foi isso, você que me lê, o que ouvi e vi e senti nesta recente noite-madrugada, quando livros, em uma união de peso, fizeram vir abaixo as estantes que os guardavam. Espalhados, esses livros cobririam milhares e milhares de metros quadrados.

Vou dar uma folga para os livros. Até porque a porta do quarto não abre, sufocada pela pressão de uma “turma da pesada” que protege os colegas mais leves com suas coleções de volumes grossos, seus exemplares de folhas encorpadas, gramatura elevada, capas encadernadas...

O terremoto de livros, apesar dos estragos, talvez sirva para alguma coisa.

Por exemplo, dar um final de semana para os livros “descansarem” de mim. E, quem sabe, fazer de tudo isso um textinho qualquer, despretensioso, como este, assim:...

* EDMILSON SANCHES

A Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Secec), por meio do Fundo Estadual de Cultura, realiza, nesta semana, a etapa final da 5ª Conferência Estadual de Cultura, cujo tema é Democracia e Direito à Cultura.

Os encontros, previstos para terça, quarta e quinta-feira próximas, vão promover debates sobre o futuro da cultura no Estado do Rio e contarão com a participação dos delegados eleitos durante as conferências municipais e encontros setoriais, realizados nas primeiras etapas da conferência, no segundo semestre do ano passado. O evento reunirá representantes da sociedade civil e do Poder Público para traçar diretrizes para criação de políticas públicas que beneficiem várias áreas no setor cultural, entre as quais literatura, teatro, circo, dança, artes visuais, música, cultura tradicional, popular e indígena, audiovisual, museu e patrimônio cultural.

As demandas locais que forem definidas no evento serão apresentadas na 4ª Conferência Nacional de Cultura, em março, depois de um intervalo de dez anos. A abertura da conferência estadual será no Teatro Riachuelo, no centro do Rio, a partir das 14h, e os últimos dois dias estarão reservados para a formação de grupos de trabalho e plenária final, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a partir das 9h.

Para a secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, Danielle Barros, a conferência será o local em que todas as ideias vão culminar em um espaço democrático de discussão, com ampla participação popular. “Temos como prioridade, nessa etapa, discutir o fortalecimento do Sistema Estadual de Cultura, tendo o conselho, o plano e o fundo como seus principais pilares”.

Etapas

No ano passado, foram realizadas 65 conferências municipais e três intermunicipais, com o objetivo de mobilizar agentes culturais em todo o Estado, resultando em mais de 90% de adesão dos municípios participando do processo inicial, um marco histórico para o Estado do Rio de Janeiro, destacou a secretária.

Em dezembro, foi realizada a primeira etapa da Conferência Estadual de Cultura, no formato on-line, com três dias de diálogos temáticos abertos ao público, tendo transmissão ao vivo pelo YouTube.

A etapa final reunirá mais de 600 profissionais da cultura credenciados, além de convidados. A comissão organizadora do evento acredita que a Conferência vai contribuir de forma decisiva para os rumos da cultura no Estado do Rio de Janeiro e dos debates políticos sobre o Plano Estadual de Cultura, além de avaliar o que foi construído até aqui e determinar ações para os próximos dois anos.

(Fonte: Agência Brasil)