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O ministro da Educação, Rossieli Soares, garantiu, nesta segunda-feira (16), que a principal preocupação do governo federal em relação à realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é para com a segurança e o sigilo das provas.

Soares lembrou que, este ano, o formato do Enem terá poucas mudanças, com as provas sendo realizadas em dois fins de semana para dar maior tranquilidade aos alunos.

De acordo com o ministro, a preocupação maior é com a segurança. “O sigilo da prova, no caso do Enem, é muito importante. Nós temos acompanhamento de várias instituições, temos apoio da Polícia Federal e vamos nos reunir com a Secretaria de Segurança. Portanto, todos os mecanismos de segurança estão sendo mantidos e, inclusive, sendo ampliados”.

Gestão curta

O ministro disse que, na sua gestão, o principal será a continuidade das políticas traçadas. “O foco do ministério será a de dar continuidade às políticas que vêm sendo apresentadas, como, por exemplo, a discussão da Base Nacional Comum do Ensino Médio, já entregue e em discussão no âmbito do Conselho Nacional de Educação; a Base Nacional do Ensino Fundamental e a Educação Infantil aprovado no final do ano e que está em fase de implementação em todos os municípios e Estados brasileiros”.

Rossieli Soares defendeu a eficiência nos gastos para com a educação. “Isso precisa ser uma obsessão do país, fazer mais com menos, seja na base, seja no ministério, nas escolas, ou nas secretarias municipais e estaduais. Temos condições de melhorias e nós vamos buscar essa melhora da eficiência”.

Instituto

O ministro da Educação visitou o Instituto Benjamin Constant, instituição federal referência na educação e no tratamento de pessoas com deficiência visual, onde discutiu detalhes de um convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias de catarata.

“Fizemos um grande mutirão com cerca de 200 cirurgias realizadas com a participação do instituto e de outras instituições que apoiaram a iniciativa, e teremos, nos próximos dias, reuniões para continuar auxiliando a estruturação de cirurgias no instituto”.

(Fonte: Agência Brasil)

As inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional) deste ano serão abertas às 10h de hoje (16). O prazo para fazer a inscrição termina no dia 27 de abril. As provas serão realizadas no dia 5 de agosto. O sistema de inscrição pode ser acessado na página do Encceja na “internet”.

O exame é direcionado aos jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade apropriada para cada nível de ensino. Os participantes devem ter, no mínimo, 15 anos completos na data de realização do exame, para quem busca a certificação do ensino fundamental. Quem busca a certificação do ensino médio tem que ter, no mínimo, 18 anos completos na data de realização do exame. A participação é voluntária e gratuita.

Durante a inscrição, o participante deve ficar atento à seleção das áreas de conhecimento. Quem quer o certificado de conclusão do ensino fundamental ou do ensino médio precisa ter proficiência nas quatro áreas do conhecimento e na redação. Mas o participante que já tem alguma declaração parcial de proficiência, obtida em edições passadas do Enem ou do próprio Encceja, fica liberado de fazer a prova da área na qual já tem proficiência comprovada. Na inscrição, o participante também precisa escolher a instituição na qual pretende solicitar a certificação ou a declaração parcial de proficiência.

Os resultados individuais do Encceja permitem a emissão de dois documentos: a certificação de conclusão do ensino fundamental ou do ensino médio, para o participante que conseguir a nota mínima exigida nas quatro provas objetivas e na redação, e a declaração parcial de proficiência, para o participante que conseguir a nota mínima exigida em uma das quatro provas, ou em mais de uma, mas não em todas.

Também será realizado, neste ano, o Encceja para quem mora no exterior, para adultos submetidos a penas privativas de liberdade e para adolescentes sob medidas socioeducativas que incluam privação de liberdade.

(Fonte: Agência Brasil)

Termina neste domingo (15), às 23h59 (horário de Brasília), o prazo para solicitar a isenção da taxa de inscrição da edição 2018 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O benefício pode ser solicitado na página do Enem.

O resultado da solicitação será divulgado no dia 23 de abril, e os candidatos que tiverem o pedido negado terão até o dia 29 de abril para apresentar recurso da decisão. Quem teve isenção concedida no ano passado e faltou aos dois dias de prova terá que justificar a ausência para ter a gratuidade novamente.

O pedido de isenção, entretanto, não garante a inscrição no exame. Todos os interessados em fazer o Enem 2018, isentos ou não, também deverão fazer a inscrição entre os dias 7 e 18 de maio.

Quem tem direito à isenção:

- Quem está cursando a última série do ensino médio neste ano em escola da rede pública;

- Quem cursou todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenha renda “per capita” igual ou inferior a um salário mínimo e meio;

- Quem declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser integrante de família de baixa renda, e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) ;

- Quem fez o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado, que tenha atingido a nota mínima.

(Fonte: Agência Brasil)

1001 dúvidas de português – José de Nicola e Ernani Terra
TAMPOUCO/TÃO POUCO
Tampouco é advérbio e significa “também não”.
Não comeu a feijoada, tampouco a sobremesa.

Porque tampouco tem valor negativo, não se justifica a redundante expressão “nem tampouco”.

Em tão pouco, temos o advérbio de intensidade tão modificando ou o advérbio pouco ou o pronome indefinido pouco. Nessa construção, para diferenciar o advérbio do pronome indefinido, observe o seguinte: o advérbio é invariável e sempre estará modificando um verbo; o pronome indefinido sempre estará se relacionando a um substantivo, com quem estabelecerá concordância de gênero e número.
Ele estudou tão pouco. (o advérbio pouco está modificando o verbo estudar)
Ele mostrou tão pouco entusiasmo pela música. (o pronome pouco se refere ao substantivo entusiasmo)
Ele mostrou tão pouca consideração pela música.
Ele tem tão poucos amigos. (ou tão poucas amigas)

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Tampouco, tão pouco
1 – Sempre numa única palavra para expressar também não: Não saiu, tampouco conseguiu dormir. 2 – Tão pouco usa-se em frases como: Tão pouco entusiasmo. / Em tão pouco tempo. / Nunca fez tanto por tão pouco (sentido de pequeno ou pouca coisa). Neste segundo caso, existe também tão poucos: Nunca havia recebido tão poucos amigos em casa (ou tão poucas manifestações de apoio).

O português do dia a dia – Prof. Sérgio Nogueira
TAMPOUCO/TÃO POUCO
Tampouco significa “nem”. “Não trabalha tampouco estuda”. Não devemos dizer “nem tampouco”, que é redundante, e “e tampouco”, que é incoerente. Tão pouco significa “muito pouco”: “Nada resolveu em tão pouco tempo”.

Manual de Redação e Estilo – Fundação Assis Chateaubriand (por Dad Squarisi)
Tampouco/tão pouco
1. Tampouco significa também não, muito menos: Ele não compareceu e tampouco deu explicações. 2. Tão pouco quer dizer muito pouco: Ele falou tão pouco na reunião...

Michaelis – Português Fácil: tira-dúvidas de português – Douglas Tufano
tampouco, tão pouco
A palavra tampouco, numa só palavra, equivale a “também não”: Ela não estuda e tampouco trabalha. Tão pouco, em duas palavras, equivale a “muito pouco”: Tenho tanto trabalho e tão pouco tempo disponível. Nesse caso, “pouco” pode ser flexionado no plural e no feminino: Nunca pensei que ela tivesse tão poucas amigas.

Dicionário de dificuldades da língua portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
tampouco, tão pouco
1. Tampouco. Tem valor negativo, equivale a também não: Ela não gostou do filme, e eu tampouco. / Não bebe nem fuma, tampouco frequenta boates. / Não dá nada do que é seu e tampouco ajuda os outros. / Não me parece tampouco que o caso mereça tanto destaque. / “O povo da Inglaterra ainda não maduro para uma revolução luterana ou calvinista, tampouco estava disposto a aceitar a submissão imediata a Roma”. (E. Birns, História da civilização ocidental, I, p. 475). 2. Tão pouco. Usa-se para significar ‘tão pequena coisa’, ou algo diminuto, escasso, curto: Ganham tão pouco que mal podem viver. / Não creio que ele tenha pintado o quadro em tão pouco tempo. / Tinha tão pouco interesse pela notícia que nem se deteve para ouvi-la.

Corrija-se! de A a Z – Luiz Antonio Sacconi
tampouco e tão pouco – qual a diferença
Tampouco equivale a também não, nem sequer: Elisa não me cumprimentou nem eu tampouco a ela. • O pessoal não veio tampouco avisou que não vinha. • Ao chegar de viagem, ela tampouco me telefonou.
Tão pouco equivale a muito pouco, de tal forma pouco: Dormi tão pouco hoje, que não tive tempo de sonhar. • Ganho tão pouco, que mal consigo sobreviver. • Sua filha é tão pouca estudiosa, que deve repetir o ano. • Viajo tão pouco, que não conheço quase nada.
Usa-se também tão pouco por tão pouca gente e, se no plural, por tão poucas pessoas: Nunca tantos enganaram tão pouco. • Nunca tantos enganaram tão poucos.

Tirando dúvidas de português – Odilon Soares Leme
ELAS NÃO SE DÃO E TÃO POUCO SE CUMPRIMENTAM. (errado)
ELAS NÃO SE DÃO E TAMPOUCO SE CUMPRIMENTAM. (certo)

É preciso distinguir entre tão pouco e tampouco.

Tampouco é advérbio e significa “também não”.
Ele não a cumprimentou e tampouco olhou para ela.

Em tão pouco, temos o advérbio tão intensificando ou o advérbio pouco:
Dormi tão pouco esta noite... (“pouco” modifica o verbo “dormir””).

ou o pronome indefinido pouco:
Ele tinha tão pouco tempo, que não pôde atender-me... (“pouco” modifica o substantivo “tempo”).

Dicionário de erros correntes da língua portuguesa – João Bosco Medeiros e Adilson Gobbes
Tampouco/tão pouco
Tampouco quer dizer também não. A gramática não admite o uso de nem + tampouco, ou não + tampouco, porque são duas expressões negativas. Por isso, só admite como correta a expressão tampouco. Não saí, e ele tampouco. O estudante não entendeu o texto, e o professor tampouco. Não revisei o  texto; tampouco tive tempo para informar o redator. O livro não foi publicado e tampouco devolvido ao autor. Em tão pouco, há dois advérbios de intensidade (muito pouco): Ela fala tão pouco que ninguém a vê. Podem ser também, respectivamente, advérbio e pronome indefinido: Tenho tão pouco tempo! Tenho tão pouca paciência. Nesse caso, pouco é palavra variável.

Tira-dúvidas de português de A a Z – Alpheu Tersariol
Verifique se ocorre alguma incorreção:

Ele não estufou geografia, nem tampouco matemática.

O termo tampouco é um advérbio, usado para reforçar uma negação. Significa “também não”, “muito menos”. Assim: Não gosto de chuchu, tampouco de jiló. / Ninguém me enviou frutas, tampouco as pedi. / Não jantou, tampouco não sentiu fome.

A expressão tão pouco, por sua vez, significa: “muito pouco”. O advérbio “tão” modifica “pouco” (advérbio ou pronome indefinido) e “pouco” virá modificando o verbo devidamente empregado. Assim: Ele comeu tão pouco (o advérbio “pouco” está modificando o verbo “comer”). Observe que “pouco”, como advérbio, permanece invariável, como pronome indefinido concordará com o substantivo em gênero e número. Veja exemplos: Ele revelou tão pouco amor à camisa. / Ela revelou tão pouca simpatia pelos colegas. / Realmente, poucos têm tão poucos amigos. / Ontem, recebeu tão poucas visitas.

É bom observar que “tampouco”, significando “também não”, isto é, tendo valor negativo, não admite o “nem”, ficaria uma redundância muito vulgar. Não use: Ele não estudou geografia, nem tampouco, matemática. Use: Ele não estudou geografia, tampouco matemática.

Todo mundo tem dúvida, inclusive você. – Prof. Édison de Oliveira
Tão pouco e tampouco
A expressão “tão pouco” acompanha um substantivo; e a palavra “pouco”, no caso, é variável.
Exemplos:
Eu tenho tão pouco tempo, que não posso assumir novos compromissos.
Estava com tão pouca disposição para o trabalho, que não chegou a fazer nada.
Eu tive tão poucas oportunidades, que não arrisquei.
Tenho tão poucos amigos, que cabem todos num automóvel.

“Tampouco” se refere a um verbo; é invariável e significa “também não”.
Exemplos
Se o professor não resolveu o problema, tampouco resolveriam os alunos. (Se o professor não resolveu o problema, os alunos também não o resolveriam).

Não erre mais! – Luiz Antonio Sacconi
Tampouco ≠ tão pouco
Convém não confundir: Tampouco equivale a também não, nem sequer: Elisa não me cumprimentou nem eu tampouco a ela. *** O pessoal não veio tampouco avisou que não vinha.

Tão pouco equivale a muito pouco, de tal forma pouco: Dormi tão pouco hoje, que não tive tempo de sonhar. *** Ganho tão pouco, que mal consigo sobreviver.

Usa-se também tão pouco por tão pouca gente e, se no plural, por tão poucas pessoas: Nunca tantos enganaram tão pouco. *** Nunca tantos enganaram tão poucos.

No site do provedor Terra: O presidente da Claro afirmou à Reuters “nesta sexta-feira” que a participação acionária da Telemar seria minoritária na BCP, mas evitou dizer qual seria o percentual. “Tão pouco” confirmou se a Telemar decidiu exercer a opção.

Não escreveu tampouco no lugar de “tão pouco” nem tampouco usou hoje no lugar de “nesta sexta-feira”. Aliás, tampouco correto está o uso do ponto, que deveria ser substituído pela vírgula. (A cacofonia em destaque é propositada...).

Termina, no próximo domingo (15), o prazo para os candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pedirem a isenção da taxa de inscrição da prova. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) espera que cerca de 4 milhões de pessoas peçam a isenção da taxa neste ano.

Em 2018, o Enem completa 20 anos e, pela primeira vez, o pedido de isenção da taxa é feito antes do período de inscrição. Também pela primeira vez, os candidatos que tiveram a isenção no ano passado e faltaram aos dois dias de prova terão que justificar a ausência para ter a gratuidade novamente.

Se a solicitação de isenção for negada, ainda é possível recorrer da decisão, na Página do Participante, entre os dias 23 e 29 de abril. A aprovação da isenção da taxa de inscrição não significa que o participante já está inscrito no Enem 2018. As inscrições deverão ser feitas das 10h do dia 7 de maio às 23h59 de 18 de maio deste ano, pelo “site"  do Enem.

Quem tem direito à isenção

- Quem está cursando a última série do ensino médio neste ano em escola da rede pública

- Quem cursou todo o ensino médio em escola da rede pública, ou como bolsista integral na rede privada, e tenha renda “per capita” igual ou inferior a um salário mínimo e meio

- Quem declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica, por ser integrante de família de baixa renda, e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico)

- Quem fez o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado, que tenha atingido a nota mínima

(Fonte: Agência Brasil)

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Termina, nesta segunda-feira (9), o prazo de inscrição para bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (Prouni), no caso de alunos que ainda não estão matriculados nas instituições de ensino superior.

Para os que já estão matriculados, o prazo termina no dia 30 de abril. Ao todo, serão ofertadas 112.800 bolsas remanescentes.

As bolsas remanescentes são aquelas que não foram ocupadas no decorrer do processo regular do Prouni. Pode se candidatar quem for professor da rede pública de ensino ou que tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com nota superior a 450 pontos e acima de zero na redação.

As inscrições devem ser feitas pela “internet” na página do programa. O Prouni oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em cursos de graduação de instituições privadas de educação superior.

(Fonte: Agência Brasil)

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O sucesso da implementação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ensino Médio passará por mudanças na formação de professores e adaptações nas escolas, apontam especialistas ouvidos pela Agência Brasil. O documento, que vai orientar os currículos dessa etapa e estabelecer as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo do ensino médio em cada uma das áreas, foi entregue, na última terça-feira (3), pelo Ministério da Educação (MEC) ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

A BNCC do ensino médio é organizada por áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Apenas as disciplinas de língua portuguesa e matemática aparecem como componentes curriculares, ou seja, disciplinas obrigatórias para os três anos do ensino médio. Os alunos deverão cobrir toda a BNCC em, no máximo, 1,8 mil horas. O tempo restante deve ser dedicado ao aprofundamento no itinerário formativo de escolha do estudante.

Para o diretor do Instituto Ayrton Senna, Mozart Neves Ramos, essas mudanças vão exigir muito investimento na formação de professores e um “repensar da formação de professores no Brasil” para que haja uma integração entre as disciplinas.

“Quando você faz um trabalho por área de conhecimento que reforça o caráter da interdisciplinariedade, você tem que investir muito na formação de professores. Hoje, como o professor de química é formado sem ter um diálogo direto com o professor de física ou biologia, que fazem parte da mesma área de conhecimento, por exemplo, agora para dar conta desse novo ensino médio, eles terão que se integrar já dentro da universidade”, diz.

Segundo ele, a mudança vai ter impacto nos currículos das licenciaturas. “As coordenações dessas áreas vão ter que sentar e repensar. Não é que não vai mais ter professor de química, física e biologia, mas vai ter que haver um esforço para integrar esses conhecimentos”, diz.

A formação dos professores deve ser priorizada também na visão da pedagoga Anna Helena Altenfelder. “Não só os professores, mas toda a estrutura da escola que hoje é pensada por disciplina e não por área de conhecimento. Então, temos um desafio grande”, diz a presidente do Conselho de Administração do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).

Ela também aponta um possível acirramento das desigualdades na educação como um dos riscos da nova base para o ensino médio. “Sabemos que os Estados têm condições diferentes tanto técnicas como financeiras para construir seus próprios currículos. Então, a questão dos itinerários deve ser melhor definida em um apoio maior para os Estados”, diz. O MEC se comprometeu a elaborar um guia de orientações para ajudar os Estados na elaboração dos itinerários formativos.

Aperfeiçoamentos

A BNCC do ensino médio deverá ser analisada e aprovada pelo CNE e homologada pelo MEC antes de o documento começar a valer. O conselho irá fazer uma consulta pública em plataforma digital e audiências para colher sugestões da sociedade antes de submeter o texto à avaliação dos conselheiros.

A presidente-executiva do movimento Todos pela Educação, Priscilla Cruz, considera que o CNE deve especificar melhor a forma como as redes vão se organizar, além de estabelecer o que é obrigatório ou não e deixar mais clara e objetiva a redação das habilidades previstas para serem alcançadas pelos alunos.

“Há uma impressão que o ensino médio está 'menor' pela falta de objetividade nas habilidades, é muito dependente da implementação pelos Estados, não há um plano de implementação progressiva que ajude as redes a se ajustarem”, diz. No entanto, ela considera positivo o fato de o texto prever a formação mais integrada, “direcionando para mais profundidade, recomendando outros espaços de aprendizagem e formatos de aula, dando características juvenis ao ensino médio”.

O conselheiro do CNE Cesar Callegari, presidente da comissão que vai analisar a BNCC, também considera que o colegiado terá que complementar o texto entregue pelo MEC. “A base está incompleta, está um documento bastante genérico e, no meu modo de entender, não atende às expectativas e necessidades do ensino médio no Brasil”, diz.

O Ministério da Educação já instituiu o Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular para apoiar os Estados no processo de revisão ou elaboração e implementação de seus currículos alinhados à BNCC. Segundo o MEC, no primeiro ano de execução, serão repassados às secretarias estaduais cerca de R$ 100 milhões para a implementação da base.

(Fonte: Agência Brasil)

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogou o prazo para solicitação de isenção da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A data final, inicialmente marcada para 11 de abril, foi adiada para o dia 15 de abril.

Também foi prorrogado o prazo para os candidatos que tiveram isenção no ano passado e faltaram aos dois dias de prova justificarem sua ausência, para continuar tendo o benefício.

Segundo o Inep, o objetivo da mudança é dar mais tempo para que os participantes possam se adequar às novidades desta edição, “garantindo, assim, a isonomia a todas as pessoas com direito à gratuidade da taxa de inscrição do Exame”, diz o instituto.

Tanto o pedido de isenção como a justificativa de ausência devem ser feitas na Página do Enem 2018. Todos os interessados em fazer o Enem 2018, isentos ou não, deverão fazer a inscrição no exame entre 7 e 18 de maio.

Quem pode pedir isenção

Tem direito à isenção os estudantes que estejam cursando a última série do ensino médio neste ano em escolas da rede pública, ou que tenham cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral na rede privada e tenham renda “per capita” igual ou inferior a um salário mínimo e meio.

Também pode solicitar isenção o participante que declarar situação de vulnerabilidade socioeconômica por ser integrante de família de baixa renda e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico). Neste ano, também são isentos os participantes do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) do ano passado, que tenham atingido a nota mínima do exame.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação prorrogou o prazo de inscrições para as bolsas remanescentes do Programa Universidade para Todos (Prouni) no caso dos alunos que ainda não estão matriculados nas instituições de ensino superior. Inicialmente, o prazo terminaria hoje (6), mas agora os estudantes têm até a próxima segunda-feira (9) para fazer a inscrição.

O período de inscrição para os alunos que já estão matriculados, no entanto, permanece até o dia 30 de abril. Ao todo, serão ofertadas 112.800 bolsas remanescentes.

As bolsas remanescentes são aquelas que não foram ocupadas no decorrer do processo regular do Prouni. Pode se candidatar a uma bolsa remanescente quem for professor da rede pública de ensino ou que tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com nota superior a 450 pontos e acima de zero na redação.

As inscrições devem ser feitas pela “internet” na página do programa. O Prouni oferece bolsas de estudo integrais e parciais (50%) em cursos de graduação de instituições privadas de educação superior.

(Fonte: Agência Brasil)

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A Base Nacional Comum Curricular do ensino médio (BNCC) foi entregue, nesta terça-feira (3), pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, ao Conselho Nacional de Educação (CNE). O documento vai orientar os currículos dessa etapa e estabelecer as habilidades e competências que devem ser desenvolvidas pelos alunos ao longo do ensino médio em cada uma das áreas.

O texto entregue pelo MEC organiza a BNCC do ensino médio por áreas do conhecimento: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Apenas as disciplinas de língua portuguesa e matemática aparecem como componentes curriculares, ou seja, disciplinas obrigatórias para os três anos do ensino médio.

Os alunos deverão cobrir toda a BNCC em, no máximo, 1,8 mil horas-aula. As 1,2 mil horas restantes devem ser dedicadas ao aprofundamento no itinerário formativo de escolha do estudante. Esses itinerários serão desenvolvidos pelos Estados e pelas escolas, e o MEC vai disponibilizar, nos próximos meses, um guia de orientação para apoiar a elaboração desses itinerários.

As escolas poderão oferecer itinerários formativos em cada uma das áreas do conhecimento ou combinando diferentes áreas. Outra opção é a oferta de itinerários formativos focados em algum aspecto específico de uma área. Os alunos poderão também optar por uma formação técnico-profissionalizante, que poderá ser cursada dentro da carga horária regular do ensino médio. O documento completo já está disponível no “site” do MEC.

Autonomia

De acordo com o MEC, a organização da base por áreas de conhecimento atendeu a uma solicitação dos secretários estaduais de Educação e a recomendações de especialistas e está alinhada à reforma do ensino médio sancionada no ano passado. Segundo Mendonça Filho, os Estados terão a responsabilidade tanto na oferta de itinerários formativos adicionais como na aplicação e definição dos currículos das redes estaduais de educação.

“O espírito da Base respeita o propósito maior da reforma do ensino médio, que tem total casamento com a autonomia dos jovens, com a definição dos seus projetos de vida e, para isso, você precisa ter currículos mais flexíveis, garantindo o mínimo de autonomia dos Estados e dos estudantes”, disse.

A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, disse que o objetivo das mudanças é melhorar a educação no ensino médio. “Esse modelo que nós temos hoje está em funcionamento há muito tempo, e os resultados são tristes. Temos um ensino médio que não está melhorando e, agora, chegou o momento de trabalharmos uma proposta curricular inovadora que realmente possa reter o aluno na escola”, disse.

A BNCC, para a educação infantil e o ensino fundamental, foi aprovada e homologada no fim do ano passado.

Enem

Os reflexos da nova base curricular para o ensino médio só devem chegar ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2020, pois a estrutura da prova só pode ser alterada depois da homologação do documento.

“O Enem não muda para 2018 e nem provavelmente para 2019. O processo de adaptação do Enem respeitando toda essa concepção estabelecida pela Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio será gradual e, certamente, só a partir de 2020 em diante”, disse o ministro.

Aperfeiçoamentos

O Conselho Nacional de Educação deve analisar e aprovar a BNCC antes de o documento começar a valer. O CNE irá fazer uma consulta pública em plataforma digital e audiências para colher sugestões da sociedade antes de submeter o texto à avaliação dos conselheiros.

O conselheiro do CNE Cesar Callegari, presidente da comissão que vai analisar a BNCC, disse que os conselheiros têm agora um desafio “gigante” de aperfeiçoar o documento para garantir os direitos de aprendizagem dos jovens.

“O MEC confirma uma proposta reducionista dos direitos de aprendizagem dos jovens brasileiros. As escolas tendem a fazer o que couber, o que puderem em 1,8 mil horas, não o que é necessário. Então, o nosso papel aqui será fazer muito debate, inclusive ouvindo os jovens para que possamos ampliar a visão dos direitos de aprendizagem, que é ó âmago da BNCC”, diz.

A expectativa do MEC é que a Base seja homologada ainda este ano. O CNE ainda vai definir os prazos de implementação do documento nos estados.

(Fonte: Agência Brasil)