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Estante de livros da livraria Martins Fontes, na Vila Buarque.

Pesquisa da Câmara Brasileira do Livro, intitulada Panorama do Consumo de Livros, mostra que 16% da população brasileira acima de 18 anos afirmam ter comprado, ao menos, um livro nos últimos 12 meses.

Comparado a outras atividades culturais, o livro foi a segunda categoria mais consumida, ficando apenas atrás do cinema. A maior parte dos consumidores comprou entre três e cinco livros nos últimos 12 meses.

As mulheres representam 62% dos consumidores que compraram mais de dez livros nos últimos 12 meses. Quarenta e um por cento dessas mulheres são da classe B e 39% da classe C. As mulheres da classe B estão concentradas no Nordeste e as da classe C no Sudeste.

Segundo o estudo, a maior parte dos consumidores acha caro os livros escolares e os livros para aprimoramento pessoal e profissional. Os livros para entretenimento e lazer, assim como os livros infantis e juvenis, não são considerados caros nem baratos.

A pesquisa mostra que 55% dos consumidores preferem comprar livros em lojas on-line e 39% preferem comprar em lojas físicas. O Nordeste é a região que concentra o maior percentual da população que prefere comprar on-line.

Aqueles que preferem comprar livros em lojas on-line apresentam maior consumo de outros bens relacionados à internet e tecnologia. Já aqueles que preferem comprar livros em lojas físicas apresentam maior grau de consumo de outros bens culturais. A maioria dos consumidores afirmou que compraria livros em lojas físicas caso o preço fosse equivalente ao da loja on-line.

De acordo com o levantamento, 56% dos consumidores compraram apenas livros físicos nos últimos 12 meses, 14% deles apenas livros digitais e 30% consumiram tanto livros impressos quanto livros digitais. Os homens concentram o maior percentual dos consumidores que compram apenas livros digitais. O Sul do país tem o menor percentual de consumidores que compram apenas livros digitais e o Nordeste concentra o maior percentual (36%) de pessoas que consumiram livros nos dois formatos.

(Fonte: Agência Brasil)

Salvador (BA), 06/02/2025 - Ministra da Cultura Margareth Menezes visita Igreja de São Franscisco de Assis, no Pelourinho, que teve o teto desabado. Foto: Maiara Cerqueira/MinC

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia vinculada ao Ministério da Cultura (MinC), informou, nesta sexta-feira (7), que contratará obras emergenciais, por meio de dispensa de licitação, para a Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador. O teto do imóvel desabou, na tarde de quarta-feira (5), e causou a morte da turista Giulia Panchoni Righetto, de 26 anos de idade, e deixou cinco pessoas feridas.

Os trabalhos na chamada Igreja de Ouro englobarão o escoramento, a estabilização, o acesso e segurança do monumento e dos trabalhadores envolvidos nos trabalhos. 

O presidente do Iphan, Leandro Grass, foi para o local na quarta-feira para visitas técnicas. Na quinta-feira (6), acompanhado da ministra da Cultura, Margareth Menezes, se reuniram com integrantes da força-tarefa composta por equipes técnicas do Iphan, de órgãos responsáveis pelo patrimônio estadual e municipal, e integrantes da Defesa Civil, da Polícia Civil da Bahia e da Polícia Federal.

“Estamos contratando uma obra emergencial para o escoramento da igreja, para a estabilização do imóvel, a limpeza do local e a retirada de todos os materiais que desabaram para que sejam também analisados e possam subsidiar as intervenções futuras”, informou o presidente do Iphan.

Salvador (BA), 06/02/2025 - Igreja de São Franscisco de Assis, no Pelourinho, que teve o teto desabado. Foto: Maiara Cerqueira/MinC

À Agência Brasil, o Iphan confirmou que não há previsão de quando a restauração começará. “É necessário que se concluam todas as perícias, seja feita a retirada dos escombros, se ateste a segurança para que seja possível entrar no local e começarem, assim, os trabalhos de reparo”, explicou o Iphan.

Após a restauração, também não há estimativa de quando o ponto turístico será reaberto ao público frequentador do Pelourinho, no Centro Histórico de Salvador.

Para uma segunda fase das providências, Grass adianta que estão sendo realizados o diagnóstico, a triagem, catalogação, higienização, proteção e armazenagem das estruturas e bens artísticos que serão restaurados e remontados. 

“Internamente, no Iphan, estamos apurando e levantando todos os documentos e comunicações desses últimos 80 anos. Desde que a igreja foi tombada, em 1938, o instituto acompanha a Igreja de São Francisco”, disse Grass.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, garantiu que a igreja será reconstruída. “Como soteropolitana, tenho o sentimento pelo que aconteceu nessa igreja, que é tão importante para o nosso patrimônio”, lamentou a ministra.

Avaliação

O Iphan informou que, na tarde de segunda-feira (3), o responsável pela igreja e pelo Convento de São Francisco de Assis, Frei Pedro Júnior Freitas da Silva, protocolou um pedido de avaliação de uma dilatação do forro do teto do templo.

Diante da solicitação, o Iphan agendou uma visita técnica à edificação histórica para quinta-feira. Não houve tempo. O teto da basílica caiu antes da chegada dos técnicos da autarquia federal ao imóvel.

O Iphan nega que tenha sido informado pelos órgãos locais - Defesa Civil municipal e Corpo de Bombeiros - de que a situação se tratava de uma emergência.

Em nota, o Iphan explica que a responsabilidade pela gestão e manutenção dos bens tombados e pelas obras nos imóveis de propriedade privada são de seus donos. No caso da Igreja de São Francisco de Assis, a propriedade é da Ordem Primeira de São Francisco.

O Iphan tem a missão de fiscalizar as ações. Já os Estados, municípios e a Defesa Civil também têm responsabilidades na preservação e fiscalização do patrimônio histórico.

Recorrência

O Iphan revelou que, em março de 2022, emitiu um auto de infração à Província Franciscana de Santo Antônio do Brasil - Comunidade Franciscana da Bahia, devido a degradação da igreja, bem como por falta de manutenção e conservação dos bens tombados pelo patrimônio cultural. 

Desde a queda da estrutura superior da igreja, o governo federal tem destacado os investimentos para restauro concluído em 2023, dos painéis de azulejaria portuguesa da igreja, representante do estilo barroco no Brasil, que somam R$ 4,1 milhões. 

Segundo o Iphan, está em execução “a elaboração do projeto de restauração total da igreja e do convento, que estava em andamento, no valor de R$ 1,2 milhão”.

Igreja de São Francisco de Assis

Salvador (BA), 06/02/2025 - Ministra da Cultura Margareth Menezes visita Igreja de São Franscisco de Assis, no Pelourinho, que teve o teto desabado. Foto: Maiara Cerqueira/MinC

A Igreja e o Convento de São Francisco de Assis foram tombados como Patrimônio Mundial. Os registros desse santuário nos livros do Tombo das Belas Artes e do Tombo Histórico do Iphan, que registram bens culturais de valor artístico que devem ser preservados, datam do ano de 1938.

A Igreja de São Francisco de Assis, erguida entre os séculos XVII e XVIII, é classificada também como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo pelas expressões singulares do movimento barroco no Brasil.

A basílica e seu convento estão localizados no Largo do Cruzeiro de São Francisco, no Pelourinho, e estão entre os principais pontos turísticos do local. 

O Centro Histórico de Salvador é reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) por sua importância cultural.

A pedra fundamental da igreja foi colocada em 1686. E o conjunto arquitetônico tem inspiração em edificações jesuítas.

A fachada barroca do prédio tem pedra calcária nas partes aparentes e arenito nas áreas rebocadas. Já o interior registra adornos talhados em madeira banhados a ouro e painéis de azulejaria portuguesa, que retratam o nascimento de São Francisco. 

(Fonte: Agência Brasil)

A GENTE FAZ LEITURA, A LEITURA FAZ A GENTE

– O papel transformador das bibliotecas e dos papéis com letras (livros, revistas, jornais... e até bula de remédios)

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Hoje, 7 de fevereiro, é o dia em que, em 1835 – portanto, há 190 anos –, em Salvador (BA), era fundada a primeira livraria do Nordeste do Brasil – a Livraria Catilina, que também imprimia livros e teve entre seus autores, por exemplo, os escritores Rui Barbosa, baiano, e o maranhense Coelho Netto, filho de minha cidade (Caxias).

* * *

Quando eu estudava o ensino fundamental, não via a hora de chegar em casa e, após o almoço, ir para a Biblioteca Pública Municipal de Caxias, ali na Rua Aarão Reis, no centro da cidade (do outro lado, os muros da quadra de esportes do Cassino Caxiense, um clube social da elite da cidade, que hoje é nada – o prédio do Clube e a pompa da elite...). O responsável pela biblioteca era o Inocêncio Gomes, um moreno empertigado,  sempre perfumado e bem vestido, fala mais ou menos empostada. Atencioso, discreto, prestativo.

Creio que quase todo dia eu estava lá; às vezes lia na parte de baixo, entre as estantes, às vezes subia para o pavimento acima, onde havia diversos quadros (pinturas) na parede. Se ainda existirem os velhos livros de registro de frequência, deve haver neles muitas assinaturas minhas.

Eu lia de tudo. Livros como "Os Irmãos Corsos" e outros de Alexandre Dumas, os de Monteiro Lobato, as enciclopédias "Delta Júnior" (capa avermelhada, edição de 1972) e as duas "Delta Larousse", da década de 1960, uma de capa marrom, com conteúdo por assunto, e a de capa cinzento-esverdeada, em ordem alfabética. Só tempos depois vim a conhecer a "Delta-Larousse Universal", a "Larousse Cultural", a "Barsa" e a "Mirador Internacional", que ainda (man)tenho em meu acervo.

Quando em 1975 saiu a primeira edição do "Dicionário Aurélio", o chamado “Aurélio de fardão” (pois vinha com capa acolchoada, luxuosa), comprei um exemplar em prestações e praticamente li o livrão todo, anotando uma razoável quantidade de erros e inconformidades, além de listar um bom número de achegas, que são palavras de uso comum não dicionarizadas. Fiz uma carta para o professor Aurélio Buarque encaminhando as contribuições. Não sei se não a enviei ou se não mereci resposta do velho lexicógrafo alagoano… (Conservo até hoje aquele pesado exemplar do "Aurélio", bem como cópia da carta original endereçada ao mestre das Alagoas – que, na verdade, para a realização de seu trabalho, contou com a insuperável contribuição do maranhense Joaquim Campelo Marques).

 Lembro-me da biblioteca do Colégio São José, no final (ou no começo) do segundo pavimento, naqueles idos de 1975 a 1977, três anos em que fui presidente do Grêmio Santa Joana d’Arc, até porque o Roldão, que ganhara a eleição de 1975 (eu ficara em segundo lugar; era anual o mandato) renunciou semanas depois e eu assumi a presidência. Com o apoio da diretora, Irmã Clemens (ou Maria Gemma de Jesus Carvalho, confrade da Academia Caxiense de Letras), criei o "Gremural - Jornal Mural do Grêmio” e o "Jorgrem - Jornal do Grêmio”, que eu fazia após as aulas, à tarde, entrando madrugada a dentro, pois tinha de redigir e, depois, datilografar com cuidado os estênciles em máquinas de escrever, com compridos carros (aquela parte que corria horizontalmente, onde se punha o papel ou o estêncil). Depois, o jornal era rodado, impresso, e distribuído para o alunado. Guardo exemplares desses jornaizinhos.

Lembro-me, ainda, da pequena biblioteca do Serviço Social do Comércio, o SESC, onde eu, na condição de menor estagiário do Banco do Brasil, fora especialmente admitido, até porque eu criei e redigia o jornalzinho da casa "NÓS - Notícias Organizadas do SESC", de que tenho alguns exemplares ainda. Recordo-me de alguns servidores do SESC: a Consolação (Consola); o lutador Elias, segurança, negrão forte e boa praça — o fotógrafo Sinesinho (Sinésio Santos, o filho) e eu fomos dois dos diversos alunos do grande Elias, que nos treinava em artes marciais ali na quadra do Serviço. A sede do SESC se mantém até hoje na Praça Cândido Mendes, bem atrás da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição e São José, no centro caxiense.

Lembro-me da biblioteca do Vítor Gonçalves Neto, na verdade livros amontoados e espalhados na redação do jornal "O Pioneiro", ali na praça dos Três Corações. Muito de referências da literatura maranhense, brasileira e universal obtive ali, na década de 1970, folheando dezenas de livros, muitos deles com dedicatória de seus autores ao jornalista e escritor Vítor, o mais caxiense dos piauienses.

Eu lia de tudo, dentro e fora de bibliotecas públicas e particulares. Não eram só leituras de livros escolares ou paradidáticos. Lia bula de remédios, os chamados "bolsilivros" ou livrinhos de bolso "pulp" (isto é, feitos de papel barato) do Marcial Lafuente Estefânia, Miguel Chucho Santillana, Ell Sov (pseudônimo do luso-brasileiro Hélio do Soveral), Clark Carrado, Corin Tellado, Horace Young Kirkpatrick, K. O. Durban (o homem, um espião da CIA, vivia com seis mulheres numa ilha, às quais era reservado um dia da semana para cada; descansava aos domingos), livros da Brigitte Montfort e sua mãe, Giselle, “a espiã nua que abalou Paris”, retratadas nas capas com mestria pelo desenhista Benício, nome artístico do gaúcho José Luiz Benício da Fonseca, que foi pianista e que, como ilustrador das capas daqueles livrinhos, não economizava em forma, beleza, sensualidade e que tais.

Autores e personagens que se fundem e davam vida a livros e livrinhos...

A Editora Monterrey, do Rio de Janeiro (RJ), que publicava diversos desses livrinhos e coleções (tinha uma concorrente forte, a Editorial Bruguera), instituiu um concurso, chamado "Homenagem à Inteligência do Leitor". Era simples: para cada erro de Português ou outro lapso de revisão o leitor que o apontasse ganharia um livro de bolso. Não demorou muito para os Correios estarem entregando periodicamente volumosos pacotes em meu endereço, lá na Rua Antônio Pereira Neto (a Nova Rua), em Caxias.

Danado, tive acesso a uma vizinha, que me emprestava os livrinhos de bolso da coleção "Olho Mágico", de literatura erótica, série pioneira que se lançava no país.

Curioso, não deixei passar sem ver ou ler os livros de "São Cipriano", seja o capa preta ou o capa vermelha, os "Quinhentos Pontos Cantados e Riscados em Umbanda e Candomblé". Verdadeira traça de celulose e tinta impressa, ia traçando revistas de fotonovelas do tipo "Grande Hotel", "Sétimo Céu", "Sétimo Céu - Série Amor", "Contigo", "Capricho", "Ilusão", "Jacques Douglas", "Lucky Martin" e sai da frente e de baixo.

Só escapava o que não estivesse ao alcance do meu radar (ou faro) para papel com letras impressas. Claro que não faltavam as revistas de histórias em quadrinhos, de editoras como Abril, Rio Gráfica e EBAL (Editora Brasil-América Ltda., de Adolfo Aizen e Naumin Aizen) etc.

Do "Pato Donald" ao "Super-Homem", do "A" do "Akim" ao "Z" do "Zorro", não escapava ninguém, nenhum título. Afora os itens de coleções (alguns deles até hoje guardados), os demais eram levados para trocar em tardes de exibição de filmes, na porta do Cine Rex e, principalmente, na do Cine São Luís, ali perto do Excelsior Hotel, na Rua Dr. Berredo, no centro de Caxias.

Muitos desses livros e revistas ou não se vêem ou desapareceram, embora se encontrem à disposição em sebos e preservados carinhosamente por colecionadores.

O tempo passa… o tempo voa, e a gente vai mudando de canoa.

Mudam-se, aperfeiçoam-se (!) os gostos (livros e publicações periódicas), mas não se muda o hábito (leitura).

Embora o enorme avanço da Internet e sua infinita capacidade de documentação e arquivo de textos, imagens e sons, nada assegura que estejam em seus dias finais a revista e o livro físico, de papel, com cheiro de novo ou de mofo.

Ao contrário, estão-se lançando mais e mais títulos, aperfeiçoando os métodos e suportes de impressão, com papéis especiais e muitos triquetriques nas capas.

Vida longa ao livro, à revista, aos jornais e, claro, aos leitores... e às livrarias.

* EDMILSON SANCHES

Fotos:

1) Edmilson Sanches criança. 2) Fazendo palestra no Senado Federal (Brasília - DF). 3) No Quartier Latin (Paris, França). 4) Fazendo palestra em Salão de Livro. 3) Prédio da Livraria Catilina, em Salvador (BA), e o livro “Versas”, do caxiense Coelho Netto, edição da Catilina, exemplar autografado para o escritor, jornalista e dramaturgo maranhense Antônio dos Reis Carvalho (1874-1946).

Estudantes de todo Brasil fazem o segundo dia de prova do Enem  2020 (Exame Nacional do Ensino Médio)

Os interessados em participar do processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) - relativo ao primeiro semestre de 2025 – devem fazer as inscrições gratuitas até as 23 horas e 59 minutos (no horário oficial de Brasília) desta sexta-feira (7).

Neste primeiro semestre, o Ministério da Educação (MEC) oferece 67.301 vagas aos estudantes que desejam conseguir o financiamento público das mensalidades de instituições privadas de ensino superior.

No programa federal, 50% destas vagas serão reservadas a estudantes com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo. Os estudantes também devem ser inscritos no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico), em situação de ativos.

Inscrição

Os interessados devem se inscrever no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, na parte do Fies e fazer o login com a conta do site ou aplicativo de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

Na plataforma, devem ser preenchidos os dados pessoais e a escolaridade.

Para concorrer às vagas reservadas a pessoas pretas, pardas, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência (PCD), a opção deve ser marcada na autodeclaração do perfil étnico-racial.

Em seguida, o candidato deve escolher três cursos desejados, por ordem de prioridade entre as opções escolhidas. Neste momento de indicação de cada um dos três cursos, devem ser selecionados o estado, município e a instituição de ensino.

Por último, o candidato preencherá seus dados financeiros e os da sua família. O MEC orienta que, ao confirmar a inscrição, o candidato deve salvar o comprovante de inscrição com a chave de segurança.

Para os pré-selecionados que atenderem às regras do Fies Social, a contratação do financiamento será integral e o governo federal cobrirá até 100% dos encargos educacionais.

Condições

Para concorrer às vagas do Fies, é preciso ter prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em qualquer uma de suas edições a partir de 2010 até a mais recente.

Além disso, o candidato deve ter alcançado, no mínimo, 450 pontos na média aritmética das notas das cinco provas do exame. A nota na prova de redação precisa ser superior a zero.

Os participantes do Enem na condição de treineiro não podem se inscrever no Fies. O treineiro faz o exame somente para autoavaliação e as notas não podem ser usadas para se inscrever nos programas de acesso ao ensino superior como o Sisu, o Prouni e o Fies.

Em relação à situação dos candidatos inscritos no CadÚnico, serão considerados os dados de 11 de janeiro de 2025 como data de corte.

Classificação

A classificação no processo seletivo do Fies no primeiro semestre de 2025 será realizada pela ordem decrescente das notas obtidas pelos candidatos no Enem, por tipo de vaga, grupo de preferência e modalidade de concorrência.

De acordo com o edital nº 3/2025, publicado pelo Ministério da Educação, em janeiro, serão priorizados na pré-seleção do Fies os candidatos que:

·         Não concluíram o ensino superior e não foram beneficiados pelo financiamento estudantil;

·         Foram beneficiados pelo financiamento estudantil e o tenham quitado, mas não concluíram o ensino superior;

·         Concluíram o ensino superior e não foram beneficiados pelo financiamento estudantil;

·         Não concluíram o ensino superior e foram beneficiados pelo financiamento estudantil e o quitaram.

Calendário

O resultado da pré-seleção do Fies - em chamada única - será divulgado em 18 de fevereiro.

Os estudantes inscritos que ficarem fora da chamada regular irão automaticamente para lista de espera de eventuais vagas não preenchidas. Entre 19 e 21 de fevereiro, os estudantes pré-selecionados deverão acessar o Fies Seleção para complementar a inscrição e obter o financiamento público das mensalidades em faculdades privadas.

O período de convocação por meio da lista de espera será de 25 de fevereiro a 9 de abril. 

Novas vagas

Em 2025, o MEC ofertará mais de 112 mil novas vagas para o Fies em dois processos seletivos: um para o primeiro semestre de 2025, com 67.301 vagas; e outro para o segundo semestre, com oferta prevista de 44.867 vagas.

Em 2023, dos 50.186 contemplados pelo programa do Ministério da Educação, 68,23% eram mulheres e 56,1% eram pessoas pretas ou pardas.

Desde 2001, o Fies concede financiamento a estudantes para cursos de graduação em instituições de educação superior privadas que aderiram ao programa e possuem avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).  

(Fonte: Agência Brasil)

A Prefeitura de São Luís cumpriu a decisão da Justiça Federal da 1ª Região e retificou o Edital nº 002/2024 do Concurso para Professores de São Luís. Com a retificação, o edital passa, agora, a exigir o registro profissional no Cref aos candidatos às vagas ao cargo de professor de Educação Física. A importante alteração no edital foi motivada a partir de uma Ação Civil Pública do Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA), que precisou entrar na Justiça para que a Lei nº 9.696/98 fosse devidamente cumprida. Os artigos 1º e 3º desta lei obrigam o registro do profissional de Educação Física e descrevem atividades relacionadas ao trabalho de professor. 

Lançado pela Prefeitura de São Luís em 26 de dezembro de 2024, o Edital nº 002/2024 do Concurso para Professores de São Luís foi impugnado pelo Cref21/MA ainda no fim do ano passado. No entanto, a prefeitura negou o pedido e o Cref21/MA precisou entrar com uma Ação Civil Pública exigindo a obrigatoriedade do registro aos profissionais que irão realizar o concurso. Para a Justiça Federal, a não exigência do registro profissional é uma “relevante violação à Constituição”. 

Em sua decisão, a Justiça Federal argumentou “que a falta de exigência de registro no Órgão de Classe competente para o exercício do cargo de professor de Educação Física sem a devida inscrição no sistema Confef/Crefs contraria a legislação vigente”. 

O registro e a regularidade no Cref são obrigatórios para ministrar aulas de Educação Física no ensino infantil, fundamental, médio e superior. Quem não se registrar no Cref, além de ser exonerado de suas funções, responderá criminalmente por exercício ilegal da profissão e crime contra as relações de consumo (Art. 7º, VII, da Lei nº 8137/90), cumulado com multa de 1 (uma) a 5 (cinco) anuidades do Sistema Confef/Crefs (Art. 5º-G. VI e Art. 5º-H. § 2º, da Lei 9696/98). 

Independentemente da área em que o profissional de Educação Física atua, ele sempre está diretamente relacionado com a promoção da saúde e aumento da qualidade de vida da população.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Destaque Concurso Unificado. Foto: Arte/EBC

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou, nessa quinta-feira (6), que, das 2.305 pessoas chamadas na primeira convocação para participação nos cursos de formação do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), 170 não realizaram a confirmação ou desistiram da vaga. Com isso, outros 170 novos candidatos, que estão nas listas de espera desses cursos, serão chamados na segunda convocação, que será publicada no próximo dia 11 de fevereiro.

Segundo o MGI, após a primeira convocação, 2.135 pessoas confirmaram participação; 109 declararam não querer participar; 44 visualizaram a convocação, mas não se manifestaram; e 17 pessoas convocadas nem visualizaram e nem se manifestaram. Dessa forma, no total, 170 pessoas foram eliminadas tanto para o cargo convocado quanto para aqueles indicados como de menor preferência no momento da inscrição. No entanto, elas seguem concorrendo para os cargos apontados como de maior preferência.

Os novos convocados terão os dias 11 e 12 de fevereiro para realizar a confirmação, na Área do Candidato no site do CNU. Apenas aqueles que responderem "sim" à convocação terão sua vaga garantida. Caso o candidato já tenha feito a confirmação entre os dias 4 e 5 e seja convocado para um cargo de sua maior preferência, não será necessário realizar nova confirmação.

Se o candidato for chamado para o curso de formação da terceira opção no dia 11 de fevereiro, e confirmar sua participação, contudo, ele também continua na disputa das vagas da sua primeira e segunda opções e pode ser chamado na lista do dia 18, se alguma vaga for liberada.

Ao todo, são nove cargos que possuem curso de formação, uma etapa eliminatória e classificatória do CNU. São eles: Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG); Analista de Comércio Exterior (ACE); Analista em Tecnologia da Informação (ATI); Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS); Analista de Infraestrutura (AIE); Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT); Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia (Aneel); Especialista em Regulação de Serviços de Transportes Aquaviários (Antaq); Especialista em Regulação de Saúde Suplementar (ANS).

Informações mais detalhadas sobre esses cursos podem ser obtidas no site do CNU.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 24/10/2024 - Alunos do colégio Galois em sala de aula na preparação dos últimos dias antes da prova do Enem 2024.  Foto: José Cruz/Agência Brasil

As inscrições gratuitas para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referente ao primeiro semestre de 2025, terminam às 23 horas e 59 minutos (no horário oficial de Brasília) desta sexta-feira (7).

O programa federal financia as mensalidades dos estudantes do ensino superior em instituições privadas de ensino superior.

No processo seletivo, 50% das vagas serão reservadas a estudantes com renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo e inscritos no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico) em situação de ativos.

Neste ano, o Ministério da Educação (MEC) oferecerá, ao todo, mais de 112 mil vagas, em dois processos seletivos do Fies, sendo 67.301 vagas no primeiro semestre e 44.867, no segundo semestre. 

Inscrição

Os interessados devem se inscrever no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, na parte do Fies e fazer o login com a conta do site ou aplicativo de serviços digitais do governo federal, o Gov.br.

Na plataforma, devem ser preenchidos os dados pessoais e a escolaridade.

Para concorrer às vagas reservadas a pessoas pretas, pardas, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência (PCD), a opção deve ser marcada na autodeclaração do perfil étnico-racial.

Em seguida, o candidato deve escolher os três cursos desejados, por ordem de prioridade entre as opções escolhidas. Neste momento de indicação de cada um dos três cursos, devem ser selecionados o estado, município e a instituição de ensino escolhida.

Por último, o candidato preencherá seus dados financeiros e os da sua família. O MEC orienta que, ao confirmar a inscrição, o candidato deve salvar o comprovante de inscrição com a chave de segurança.

Os pré-selecionados que atenderem às regras do Fies Social, a contratação do financiamento será integral e o governo federal cobrirá até 100% dos encargos educacionais.

Condições

Para concorrer às vagas do Fies, é preciso ter prestado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em qualquer uma de suas edições a partir de 2010 até a mais recente.

Além disso, o candidato deve ter alcançado, no mínimo, 450 pontos na média aritmética das notas das cinco provas do exame, e a nota na prova de redação precisa ser superior a zero.

Os participantes do Enem na condição de treineiro não podem se inscrever no Fies. O treineiro faz o Enem somente para autoavaliação e as notas não podem ser usadas para se inscrever nos programas de acesso ao ensino superior, como o Sisu, o Prouni e o Fies.

Em relação à situação dos candidatos inscritos no CadÚnico, serão considerados os dados de 11 de janeiro de 2025, como data de corte.

Resultados

O processo seletivo do Fies terá chamada única e, posteriormente, a lista de espera. O resultado da pré-seleção na chamada única será divulgado em 18 de fevereiro.

Entre 19 e 21 de fevereiro, os estudantes pré-selecionados deverão acessar o Fies Seleção para complementar a inscrição para obter o financiamento público das mensalidades em faculdades privadas.

Os estudantes inscritos que ficarem fora da chamada regular irão automaticamente para lista de espera de eventuais vagas não preenchidas.

O período de convocação por meio da lista de espera será de 25 de fevereiro a 9 de abril. 

edital nº 3/2025, publicado pelo Ministério da Educação, no Diário Oficial da União, em janeiro, traz as regras e o cronograma do processo seletivo.

(Fonte: Agência Brasil)

Escola Municipal Orsina da Fonseca
Tijuca
Rio de Janeiro - RJ
Outubro 2022

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) abriu as inscrições para sua edição de 2025 nessa quarta-feira (5). É a vigésima edição da competição, criada para engajar professores e estudantes na resolução de problemas matemáticos e no estudo da matéria, além do dia a dia da escola. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de março.

A organização do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) espera a participação de 18 milhões de estudantes de escolas públicas e privadas de todo o país. Podem participar alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, disputando 8,450 medalhas e 51 mil certificados de menção honrosa. Os alunos premiados recebem ainda convite para participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) , composto por aulas de reforço em matemática e que conta com bolsa de R$ 300 para estudantes de escolas públicas. 

Em 20 anos, a Obmep chegou a 5.564 municípios brasileiros e, desde 2022, conta com uma “irmã caçula”, a Olimpíada Mirim de Matemática, voltada para os alunos dos anos iniciais (2º a 5º ano) do ensino fundamental. “O público-alvo consiste tanto dos próprios alunos quanto dos seus professores que, em geral, não têm formação específica em matemática e cuja relação com a matéria nem sempre é simples. A Olimpíada pode contribuir muito na suavização dessa relação, por meio de abordagem lúdica e instigante na resolução de problemas”,  afirmou Marcelo Viana, diretor-geral do Impa. 

Desde 2023, a Olimpíada também premia destaques estaduais, com mais de 20 mil medalhas distribuídas por edição. Serão duas fases de competição: a primeira conta com prova objetiva de 20 questões e ocorre em 3 de junho. Os classificados para a segunda fase farão prova no dia 25 de outubro, quando responderão a uma prova discursiva de seis questões. A divulgação dos aprovados para a segunda etapa será feita em 1º de agosto e a divulgação dos premiados em 22 de dezembro.

Para os próximos anos, Viana destacou a importância de melhorar o acesso de estudantes de regiões carentes à competição, com formação de professores e treinamento de alunos. Essa capilaridade é que torna a competição e outras parecidas em “instrumentos democráticos para a disseminação do gosto pelo estudo e a identificação de jovens talentosos em todo o Brasil”, diz o diretor, caminho facilitado pelo reconhecimento público desse instrumento e pelo fato de alguns dos medalhistas das primeiras edições fazerem parte do dia a dia de governos, universidades e da sociedade civil em geral.

Olimpíada para a graduação

Luiz Filippe Campos, 17 anos, e Raquel Liberato, 18 anos, são medalhistas da Obmep. Eles participaram do Programa de Iniciação Científica e tem nessa formação um reforço importante para a aprovação, este ano, no curso de medicina da Universidade de São Paulo (USP). Tendo como porta de entrada o Provão Paulista, modalidade de ingresso com provas contínuas e voltada para alunos da rede pública do Estado, conseguiram as vagas. 

Morador de Taboão da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, Luiz Filippe tem duas medalhas na competição científica e conquistou o primeiro lugar para medicina pelo Provão. Ele estudou na Escola Estadual Professor Francisco Vicente Lopes Gonçalves desde o oitavo ano do fundamental. No primeiro ano do médio, começou a participar da Obmep e passou a estudar mais matemática após passar da primeira fase. “Consegui passar na primeira fase no sufoco, sabe? Mas, na segunda fase, me preparei e consegui ganhar uma medalha de prata”., contou.

O que animou o jovem de Taboão, porém, foi o reforço proporcionado pelo PIC. “Eu estudava todos os dias para conseguir participar”, lembrou, animado. As aulas do PIC são aos sábados, mas o conteúdo é bastante exigente. O resultado? “Essas aulas tinham vários temas que caíam frequentemente no vestibular, como Fuvest, Unicamp e Enem”, acrescentou o futuro médico.

Além do conteúdo, ele ganhou amigos que também se interessavam pelos temas do curso e pelas provas. Isso o levou a se dedicar mais, o que foi importante para lidar com a rotina pesada e conciliar com os estudos regulares.

Enquanto o caminho de Luiz o levará para o campus de São Paulo, a jornada de Raquel nas próximas semanas será no campus da USP em Ribeirão Preto, onde, também, será caloura de medicina. Com cinco medalhas, garantiu o terceiro lugar para a graduação na modalidade de ingresso pelo Provão. A diferença principal está no fato de que enquanto o colega vem de uma das cidades mais verticais e mais densamente povoadas do país, a jovem de 18 anos sairá de Flora Rica, município com cerca de 2 mil habitantes.

Raquel começou a participar da Obmep já no 6º ano do fundamental, quando recebeu menção honrosa. “A partir do sétimo ano, me esforcei um pouco mais, recebi uma medalha de prata e tive acesso ao PIC”, lembra, entre sorrisos. Ela contou à Agência Brasil  que teve bastante dificuldade para acompanhar o reforço nos primeiros anos e que demorava vários dias para aprender o básico, mas com a prática, ao longo dos anos, e estudando diariamente, começou a ficar fácil.

Desde o 9º ano, Raquel estuda focada em medicina. "Para mim, é um grande sonho realizado. Sempre me esforcei, estudei todos os dias". A ex-aluna da Escola Estadual Guilherme Buzinaro quer ser cirurgiã, área pela qual tem grande interesse. Pede, inclusive, ajuda para custear os primeiros gastos na jornada, em uma campanha de arrecadação por plataforma, afinal vem de família de trabalhadores: o pai é mecânico e a mãe dona de casa, ambos não terminaram o ensino médio.

O papel da olimpíada como acelerador ou caminho para o ensino superior tem crescido nos últimos anos. O próprio Impa abriu sua primeira graduação, denominada Impa Tech, em abril de 2024, e aceita premiações em cinco olimpíadas de âmbito nacional (Obmep - Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, OBM - Olimpíada Brasileira de Matemática, Obfep - Olimpíadas Brasileira de Física das Escolas Públicas, OBQ - Olimpíada Brasileira de Química e OBI - Olimpíada Brasileira de Informática). “Desde o início foi definido que o desempenho em olimpíadas do conhecimento seria um critério maior na seleção dos estudantes do curso. Medalhas alcançadas em qualquer delas se traduzem em pontos que determinam a colocação do candidato entre os demais”, explica Viana.

A iniciativa de reservar vagas de ingresso no ensino superior para medalhistas de olimpíadas foi pioneira na Unicamp, seguida pelas demais universidades estaduais paulistas e algumas instituições federais.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 05/02/2025 - A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, dá entrevista ao programa Bom dia, Ministra. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo federal deve publicar, ao longo das próximas semanas, um novo edital do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). A informação foi divulgada nesta quarta-feira (5), em Brasília, pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck (foto), em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministra, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“O [lançamento do] edital será no primeiro trimestre. A gente espera que talvez ali até o finalzinho do primeiro trimestre. A prova, a gente gostaria de repetir em agosto, mas ainda não se sabe se vai ser possível por conta do prazo do edital. Por que gostaríamos de repetir em agosto? Porque, depois do que infelizmente aconteceu no Rio Grande do Sul [chuvas intensas em 2024], fizemos um mapa hidrológico no Brasil e descobrimos que agosto é o mês de menor incidência de chuvas,” explicou a ministra.

“Nossa ideia é tentar fazer a prova no segundo semestre. No início do segundo semestre. Essa é a nossa lógica de calendário”, reforçou.

“Vamos autorizar alguns concursos agora, mas poucos. Precisamos da aprovação final da LOA [Lei Orçamentária Anual] para ter a dimensão exata do recurso disponível este ano para novos concursos. Por isso, nosso cronograma está um pouco atrasado em relação ao que gostaríamos diante da não aprovação da LOA”, disse. A previsão é que a votação, no Congresso Nacional, ocorra no dia 10 de março.

Novas carreiras

“Com certeza, queremos fazer concurso para duas novas carreiras que foram criadas”, detalhou Esther. Uma delas está ligada à área de defesa, justiça e segurança, a pedido do ministro da Defesa, José Múcio. “É um ministério civil, porém, sem uma carreira própria”, explicou a ministra ao destacar que a proposta é criar carreiras transversais, que englobem temas correlatos.

“Na Medida Provisória que encaminhamos há 750 vagas propostas. Pretendemos criar mais 750, por meio de um projeto de lei que devemos enviar em breve. Obviamente, que o concurso não será para 1,5 mil vagas, será para um número menor”, completou a ministra ao citar que há previsão de vagas para o Ministério da Defesa e para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Outra possibilidade seria o Ministério da Justiça.

A segunda carreira, segundo a ministra, envolve desenvolvimento socioeconômico e temas como desenvolvimento regional, agrário e econômico. “É uma carreira bastante ampla, que também abarca um pool grande de formações. Na Medida Provisória que enviamos para a criação de 750 vagas, tanto a carreira anterior quanto essa [englobam] a transformação de cargos que estão obsoletos e que a gente não vai mais utilizar”.

A ministra acrescentou que “essas duas carreiras vão atrair muita gente por serem carreiras novas e que têm uma média salarial intermediária do ponto de vista do governo federal, mas bastante atrativa. A gente imagina que haverá grande demanda por essas duas carreiras”, enfatizou. Ambas as carreiras, de acordo com a ministra, são de nível superior, com salário igual ao de analista técnico de políticas públicas.

(Fonte: Agência Brasil)

Cursinho preparatório para o vestibular da Universidade de São Paulo - USP Leste.
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil/Arquivo

Os primeiros dados de perfis de candidatos e candidatas aprovados no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) mostram que cerca de um terço são pessoas negras, indígenas e pessoas com deficiência (PCD).

O certame também registra brasileiros aprovados em todos os 26 estados, mais o Distrito Federal para as 6.640 vagas disponibilizadas em 21 órgãos da administração pública federal.

As informações foram divulgadas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na tarde desta terça-feira (4), após os resultados individuais de todos os candidatos terem sido disponibilizados na manhã desta terça-feira..

Para a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o compromisso do primeiro CNU ser democrático e inclusivo foi cumprido. “A lógica da democratização, de ter mais diversidade no serviço público, conseguir ter servidores públicos com a cara do Brasil. Esse era o nosso grande objetivo com esse concurso e conseguimos cumprir.”

Em entrevista coletiva, Esther Dweck, adiantou que, em breve, o MGI anunciará a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado.

Ações afirmativas

O MGI destacou que o CNU trará diversidade ao serviço público pelo perfil dos aprovados. Os dados mostram que as pessoas autodeclaradas negras foram 18,8% e, agora, são 24,5% dos aprovados.

Os candidatos autodeclarados indígenas eram 0,46% dos inscritos no CNU e chegaram a 2,29% dos aprovados.

Já as pessoas com deficiência somaram 2,06% das inscrições confirmadas e os aprovados com este perfil alcançaram 6,79% do total.

A ministra reforçou a importância das ações afirmativas e de inclusão também a partir dos concursos públicos para a transformação do estado brasileiro. Esther Dweck evidenciou que houve aprovação para todas as vagas disponíveis para cotas afirmativas. “A cota já nos dá um piso [mínimo de vagas], o que é muito importante. Mas fomos além disso, inclusive em comparação a proporção de inscritos, sem contar o cadastro de reserva, que tem uma proporção importante”.

Gênero

Quando considerados os dados de gênero dos candidatos aprovados, 63% são do gênero masculino e de 37% são mulheres. Apesar do desequilíbrio nos gêneros dos aprovados, a ministra Dueck destaca que, se comparado a outros concursos, o CNU registrou maior número de mulheres aprovadas que outros certames.

A ministra do MGI lembrou, ainda, que mesmo que o percentual de inscritos no processo seletivo tenha sido maior entre as mulheres, as candidatas também representaram a maior taxa de não comparecimento no dia da prova, em 18 de agosto.

A gestora explica que na divisão dos blocos temáticos, no entanto, o bloco 5, composto de carreiras públicas relacionadas à educação, saúde, desenvolvimento social e direitos humanos, as mulheres equivalem a 60,3% das vagas e os homens, 39,7%.

Na outra ponta, o bloco 2, de tecnologia, dados e informação, os aprovados são, em sua maioria, do sexo masculino (91,6%).

De acordo com a ministra, este é um reflexo da realidade da sociedade brasileira. “Há uma baixa participação de mulheres nestas áreas, assim como nas áreas dos setores econômicos de regulação que, historicamente, também, é baixa a participação de mulheres, seja nos cursos de graduação, seja, também, no mercado de trabalho. Isso se refletiu aqui [no concurso] também”, realçou a ministra.

Localidades

Os aprovados no chamado Enem dos Concursos são de 908 municípios brasileiros. A ministra comemorou a decisão tomada no momento de elaboração desta primeira edição do CNU de interiorizar o concurso, a partir da aplicação das provas objetivas e dissertativas em 218 municípios de todas as 27 unidades da federação. A ministra também comentou o porte dos municípios. “Lembrando que municípios acima de 200 mil [habitantes] são pouco mais de cem [102, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE]. Então, ter 908 municípios significa o concurso pegou pessoas de municípios médios, também, e talvez pequenos.”

Entre os candidatos aprovados, 26% são da Região Nordeste. A região Norte abriga 5,6% dos aprovados. Juntas, as duas regiões somam 31,6% dos aprovados. O Centro-oeste tem 25,6% dos aprovados, destaque para os candidatos do Distrito Federal, que teve a maior participação no concurso e a menor taxa de evasão. O Sudeste – região mais populosa do país – registra 32,9%, aproximadamente um terço dos aprovados no certame. Por fim, o Sul registrou 9,8% dos quais 4,4% são aprovados do Rio Grande do Sul.

A unidade da federação com o maior percentual de aprovados é o Distrito Federal, com 20,12%, seguido por e Rio de Janeiro, 11,3%. Na sequência, aparecem São Paulo, com 10,44% dos aprovados; e Minas Gerais, 9,32%.

Faixa etária

Um em cada sete aprovados no concurso unificado tem entre 25 e 40 anos. Se considerada a faixa etária entre 25 a 35 anos, este grupo equivale a 46% dos aprovados.

A análise inicial do governo federal é que essa distribuição etária seria fruto do represamento, ou seja, da ausência de concursos públicos federais na última década. “Quem se formou dez anos atrás tinha expectativa de virar servidor público e não houve concurso neste tempo. Eles puderam fazer só o concurso agora. Então, houve uma concentração bastante relevante [de candidatos] entre 30 e 35 anos. E tem a faixa de 25 a 30, que é normalmente de pessoas recém-formadas que estão ingressando no mercado de trabalho”, analisou a ministra.

Opções de cargos

Por último, o MGI aponta que 76,8% dos aprovados conquistaram vaga em uma de suas três opções de cargos indicadas no momento de inscrição do certame, no primeiro semestre de 2024.

Os percentuais de aprovados estão distribuídos da seguinte forma:

·         47,97% foram aprovados para a primeira opção de cargo feita e, portanto, estes aprovados não farão parte de qualquer cadastro reserva do concurso;

·         17,45% foram aprovados na segunda opção de cargo;

·         11,39% aprovados na terceira opção.

O MGI considera que estes resultados podem indicar compromisso com a futura carreira e satisfação no trabalho. “Muita gente está bem contemplada com suas escolhas. Então, essa metade que já está bem satisfeita não vai querer mudar de profissão, de carreira depois dessa rodada”, prevê a ministra.

(Fonte: Agência Brasil)