Skip to content

Único representante do Norte/Nordeste na disputa da Fórmula 4 Brasil 2025, principal categoria-escola em monopostos do automobilismo nacional, o piloto maranhense Ciro Sobral está pronto para mais um desafio na temporada. Firme na briga pelo topo da F4 Brasil, o jovem talento da TMG Racing vai participar de três corridas na segunda etapa da competição nacional, que será realizada entre sexta-feira (18) e domingo (20), no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu, projetando a conquista de resultados importantes na briga pelo título da categoria-escola.

Ciro Sobral está disputando a Fórmula 4 Brasil pela segunda temporada consecutiva e chega a Mogi Guaçu com a confiança elevada pelo desempenho histórico na primeira etapa de 2025, que ocorreu em maio e teve três corridas no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Com muito talento e habilidade, o piloto maranhense se destacou no "templo do automobilismo brasileiro", garantindo a primeira pole position da F4 Brasil no ano, vencendo a Corrida 1 e iniciando a competição em quarto lugar, com 31 pontos.

Na segunda etapa da Fórmula 4 Brasil 2025, Ciro Sobral quer ampliar a sua pontuação e ganhar posições na classificação geral, que está bem equilibrada após as primeiras corridas. O piloto maranhense da TMG Racing registra a mesma pontuação do terceiro colocado Murilo Rocha, tem apenas três pontos a menos que o vice-líder Pietro Mesquita e está a 13 pontos de Heitor Dall'Agnol, dono do primeiro lugar da categoria-escola até o momento.

"Estou muito animado e motivado para mais uma etapa da Fórmula 4 Brasil. O desempenho em Interlagos me deixou bem feliz, mas me mantive concentrado e trabalhando firme para continuar com essa evolução nas corridas no Velocitta. A confiança é grande para continuar somando pontos, chegando ao pódio e aumentando minha força na briga pelo título, esse é o meu principal objetivo na temporada e conto com a torcida de todo o Maranhão nessa jornada", afirma Ciro Sobral.

A programação da segunda etapa da Fórmula 4 Brasil 2025 terá início na manhã de quinta-feira (17), às 8h10, com a realização de três sessões extras de treinamentos no Velocitta. Já na manhã de sexta-feira (18), a partir das 8h, os pilotos terão mais dois treinos livres para fazer ajustes antes da sessão classificatória, que ocorre às 16h25 e definirá o segundo pole position da temporada, além de confirmar o grid de largada das corridas 1 e 3.

A Corrida 1 da segunda etapa da Fórmula 4 Brasil 2025, por sua vez, começa às 7h50 de sábado (19), com duração de 30 minutos mais uma volta. Pouco depois, às 15h35, os pilotos da categoria-escola voltam ao autódromo de Mogi Guaçu para a Corrida 2, que terá 20 minutos de duração. Já a Corrida 3 será realizada no domingo (20), a partir das 8h20, novamente com 30 minutos mais uma volta de duração.

Bons resultados

Em sua segunda temporada consecutiva na TMG Racing, atual campeã por equipes da F4 Brasil, Ciro Sobral se consolidou como uma das revelações da modalidade e chega a esta temporada como um dos postulantes ao título. Em 2024, quando fez a sua temporada de estreia e foi o único piloto do Norte/Nordeste a participar da categoria-escola, Ciro colecionou bons resultados e garantiu o Top 5 do campeonato dos novatos, além de atingir o Top 10 da classificação geral, adquirindo um grande aprendizado para a sequência da carreira no automobilismo. 

No ano passado, Ciro Sobral teve uma temporada de estreia com oito etapas, cada uma com três corridas, e subiu ao pódio três vezes, com destaque para o segundo lugar na abertura da competição, ocorrida no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu. O piloto maranhense também garantiu o terceiro lugar na quarta etapa, que foi disputada em Goiânia, e na quinta etapa, em Buenos Aires, faturando o seu primeiro pódio internacional justamente na estreia da F4 Brasil no exterior. 

Em processo de adaptação à Fórmula 4 Brasil e de evolução a cada corrida, Ciro Sobral encerrou a temporada de 2024 com ótimos resultados. Além de ficar em 4º lugar no campeonato dos novatos, com 260 pontos, Ciro esteve no primeiro pelotão da classificação geral durante toda a F4 Brasil 2024 e concluiu o ano em 9º lugar, somando 109 pontos, sendo peça importante na vitória da TMG Racing no campeonato por equipes. 

Treinos e corridas na Itália

Em meio à temporada 2024 da Fórmula 4 Brasil, Ciro Sobral teve uma experiência internacional de destaque no fim de outubro, participando de treinos e disputando três corridas da sétima e última etapa da Fórmula 4 Italiana no Autódromo de Monza, um dos circuitos mais famosos do automobilismo mundial e conhecido como o "Templo da Velocidade". 

Único piloto do Norte/Nordeste a disputar a F4 Italiana 2024 e representante do Brasil na última etapa da competição, Ciro Sobral correu pela escuderia Jenzer Motorsport e teve um desempenho regular na categoria mais competitiva do mundo para jovens pilotos, com destaque para o Top 20 na primeira corrida em Monza.

CLASSIFICAÇÃO DA F4 BRASIL 2025 APÓS UMA ETAPA (TOP 10)

1º - Heitor Dall’Agnol, 44 pontos

2º - Pietro Mesquita, 34 pontos

3º - Murilo Rocha, 31 pontos

4º - Ciro Sobral, 31 pontos

5º - Ethan Nobels, 27 pontos

6º - Alceu Feldmann Neto, 26 pontos

7º - Rogério Grotta, 19 pontos

8º - Marcelo Hahn, 15 pontos

9º - Pedro Lins, 14 pontos

10º - Cadi Baptista, 12 pontos

CALENDÁRIO DA F4 BRASIL 2025

1ª etapa: 3 e 4 de maio, Interlagos (SP) – já realizada

2ª etapa: 20 de julho, Velocitta (SP)

3ª etapa: 28 de setembro, Velocitta (SP)

4ª etapa: 5 de outubro, Velocitta (SP)

5ª etapa: 9 de novembro, Interlagos (SP) – Preliminar do GP de São Paulo de Fórmula 1

6ª etapa: 30 de novembro, Brasília (DF) – ou alternativa

7ª etapa: 14 de dezembro, Interlagos (SP)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Criado com o objetivo de incentivar a prática esportiva e desenvolver o futebol 7 na Grande Ilha de São Luís, o projeto "Mais Futebol, Mais Inclusão" chega à sua terceira edição com a promessa de grandes jogos e muita emoção. A nova temporada da iniciativa, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, terá o seu pontapé inicial na noite desta quarta-feira (16), às 19h, na Arena Olynto, com o lançamento oficial e o congresso técnico dos torneios das categorias Sub-10, Sub-12, Sub-14 e Sub-16.

A terceira edição do "Mais Futebol, Mais Inclusão" terá a participação de 16 escolinhas de futebol 7 da Grande Ilha e mais de 250 jovens atletas, reforçando o caráter formador da competição, que tem o formato de quatro minitorneios. Todas as equipes serão beneficiadas com uniformes e coletes de treinamentos para a participação no evento.

Assim como nas temporadas anteriores, o "Mais Futebol, Mais Inclusão" terá quatro torneios nas categorias Sub-10, Sub-12, Sub-14 e Sub-16, que serão realizados em formato mata-mata, com semifinais, decisão de terceiro lugar e final, totalizando quatro partidas em cada categoria e 16 em todo o torneio, que ocorrerá neste sábado (19) e domingo (20), na Arena Olynto, em São Luís.

"Estamos muito felizes pela realização de mais uma edição do 'Mais Futebol, Mais Inclusão', que foi um grande sucesso nos anos anteriores, valorizando o trabalho das escolinhas e projetos sociais que ajudam a desenvolver o futebol 7, além de dar uma oportunidade a jovens atletas do nosso Estado. Acreditamos que o esporte tem esse papel importante de fazer a diferença na sociedade. Mais uma vez, agradecemos ao governo do Estado e à Potiguar pelo apoio nesse evento que já está consolidado no calendário do futebol 7 maranhense", afirma Waldemir Rosa, diretor-técnico do "Mais Futebol, Mais Inclusão".

Premiação

No término de cada minicampeonato do "Mais Futebol, Mais Inclusão", ocorrerá a solenidade de premiação com entrega de troféu e medalhas para o campeão, além da entrega de medalhas de participação para as equipes que ficarem em segundo, terceiro e quarto lugares.

Todos os detalhes do "Mais Futebol, Mais Inclusão" estão disponíveis nas redes sociais oficiais do evento no Instagram (@maisfutebolmaisinclusao).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Minas Gerais 13/07/2025 - Cânion do Peruaçu, situado no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. Foto: ICMBio/Divulgação

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, foi reconhecido como Patrimônio Mundial Natural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A decisão foi anunciada neste domingo (13), durante sessão do Comitê do Patrimônio Mundial, realizada em Paris.

“O título consagra o Peruaçu como um sítio de valor universal excepcional, pela sua combinação singular de relevância geológica, arqueológica, ecológica e paisagística”, celebrou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ao destacar o “esforço cotidiano” das comunidades locais e equipe do instituto na proteção da biodiversidade brasileira.

“A conquista é fruto da atuação do governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do ICMBio e do Itamaraty, com o apoio de parlamentares, academia, sociedade civil e comunidade local, sobretudo o povo indígena Xakriabá que, com seus modos de vida e saberes tradicionais, protege historicamente o local”, disse instituto, em comunicado.

A unidade de conservação foi criada em 1999 em uma área de 56.448 hectares, que compreende os municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões, na região norte de Minas Gerais. O parque conta com mais de 200 cavernas catalogadas, sítios arqueológicos com vestígios humanos de até 12 mil anos, pinturas rupestres e uma biodiversidade que integra espécies típicas da Mata Atlântica, do Cerrado e da Caatinga.

“O reconhecimento também abre novas oportunidades para o ecoturismo, a pesquisa científica e a inclusão social das comunidades do entorno, especialmente por meio do fortalecimento da economia local e do turismo de base comunitária”, explicou o ICMBio.

Esse é o primeiro sítio do Patrimônio Mundial Natural localizado em Minas Gerais. No Brasil, a lista inclui, agora, nove sítios, que abrangem dezenas de unidades de conservação de beleza natural excepcional, como o Parque Nacional de Iguaçu, as Reservas da Mata Atlântica da Costa do Descobrimento, as Ilhas Atlânticas Brasileiras (Fernando de Noronha e Atol das Rocas) e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

O local é aberto à visitação. As informações sobre os atrativos estão no site do ICMBio.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 24/10/2024 - Alunos do colégio Galois em sala de aula na preparação dos últimos dias antes da prova do Enem 2024.  Foto: José Cruz/Agência Brasil

Começam, nesta segunda-feira (14), as inscrições para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o segundo semestre deste ano. Os interessados deverão se inscrever exclusivamente pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior até as 23h59 do dia 18 de julho, no horário de Brasília.

Os prazos estão previstos em edital publicado pelo Ministério da Educação (MEC) no dia 9 de julho. As inscrições são gratuitas.

Com o objetivo de promover a inclusão educacional, desde 2001 o programa federal financia a graduação em instituições de educação superior privadas, com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Neste ano, o MEC oferece 112.168 vagas para o Fies, sendo 67.301 no primeiro semestre e 44.867 na segunda metade do ano.

Os candidatos em obter o financiamento estudantil devem atender aos seguintes requisitos:

  • ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a partir da edição de 2010;
  • ter conquistado média aritmética das notas, nas cinco provas do exame, igual ou superior a 450 pontos e não ter zerado a prova de redação;
  • não ter participado no referido exame como treineiro;
  • ter renda bruta familiar mensal por pessoa de até três salários mínimos (R$ 4.554, em 2025).

Fies Social

O edital do processo seletivo reserva 50% das vagas para o Fies Social, lançado em 2024. Para concorrer, os candidatos devem ter inscrição ativa no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e renda familiar por pessoa de até meio salário mínimo, hoje R$ 759.

A nova modalidade lançada pelo MEC permite financiamento de até 100% dos encargos educacionais cobrados pela instituição de ensino superior, além de reservar cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência.

A classificação no processo seletivo do Fies será feita de acordo com a ordem decrescente das notas obtidas pelos candidatos no Enem, por tipo de vaga, grupo de preferência e modalidade de concorrência.

A ordem de prioridades considera os que candidatos que não concluíram o ensino superior e/ou não foram beneficiados pelo financiamento estudantil. 

É vedada a concessão de novo financiamento do Fies a candidatos que não tenham quitado o financiamento anterior pelo Fies ou pelo Programa de Crédito Educacional ou que se encontrem em período de utilização do financiamento.

Calendário

O Fies tem chamada única e lista de espera. O resultado com os nomes dos pré-selecionados na chamada única será divulgado no dia 29 de julho. Os estudantes, então, deverão acessar o Fies Seleção para comprovar as informações e complementar sua inscrição do dia 30 de julho a 1º de agosto.

Os estudantes que não forem pré-selecionados estarão automaticamente na lista de espera para preenchimento das vagas não ocupadas, observada a ordem de classificação. A pré-seleção da lista de espera ocorrerá de 5 de agosto a 19 de setembro.

“Todos os inscritos e aqueles que venham a ser pré-selecionados devem ficar atentos aos prazos e aos procedimentos estabelecidos no edital para não perderem as oportunidades de ocupar as vagas ofertadas nesta edição do Fies”, alerta o MEC.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília - 04/07/2025 - Cartaz da SBPC e mascote da SBPC Jovem. Foto SPBC.

A 77ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) começou nesse domingo (13), na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife. Com o tema Progresso é ciência em todos os territórios, que pretende abordar a ciência como integrante do desenvolvimento nacional, seu papel na criação de um país mais justo, plural e conectado.  

Os debates e discussões começam na segunda-feira (14) e seguem até o próximo sábado (19). Serão cerca de 200 eventos, entre painéis, mesas-redondas, conferências, apresentações culturais, premiações e atrações científicas interativas.

Os organizadores do evento vão lançar a Pesquisa Nacional: Vozes, Territórios e o Futuro da Ciência Brasileira. 

“A SBPC está começando um novo ciclo, e queremos ouvir as pessoas. Lançamos uma pesquisa para entender melhor quem faz parte da nossa comunidade, onde estamos, quais os desafios que enfrentamos e o que esperamos para evolução da ciência no Brasil”, explica a vice-presidente da entidade, Francilene Garcia.

A coordenadora-geral do evento, a cientista Cláudia Linhares, disse que a intenção da SBPC este ano é abordar a diversidade brasileira, sob todos aspectos, olhando atentamente para os desafios de cada território, das grandes metrópoles às áreas rurais, periféricas e marginalizadas, observando as desigualdades. 

"Trataremos das desigualdade que vão desde o financiamento da ciência e da educação até às desigualdades sérias, tais como a fome, a violência, temas que perpassam as ciências da saúde, as exatas e as humanas", afirmou a coordenadora, que também é professora de computação da Universidade Federal do Ceará (UFC).

A ExpoT&C, que faz parte da reunião anual da SBPC, abre nesta segunda-feira, no campus Dois Irmãos da UFRPE. Com mais de 40 expositores, vindos de outras universidades e institutos de pesquisas públicos e privados, empresas, órgãos governamentais, sociedades científicas, agências de fomento, a mostra vai trazer as tecnologias mais avançadas, além de produtos e serviços desenvolvidos no país.

Para o presidente da SBPC, Renato Janine Ribeiro, “esse evento é mais uma oportunidade para a SBPC demonstrar como a ciência pode contribuir para fortalecer a produção nacional”.

Ribeiro lembrou que “desde a criação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que incorporou, na década de 2010, o termo inovação, hoje amplamente reconhecido no setor produtivo, buscamos valorizar o ciclo virtuoso entre ciência e a geração de bens e serviços. Nosso propósito é que essa conexão seja cada vez mais reconhecida e promovida em nossa sociedade”.

(Fonte: Agência Brasil)

– Qual é a sua trilha musical?

*

Houve um tempo em que a música era para ser ouvida com a consciência.

Consciência do outro. Do sofrimento do outro.

Fraternidade. Solidariedade. Irmandade.

Foi no dia 13 de julho de 1985 que ídolos do "rock and roll" tocaram para os estômagos famintos da Etiópia (África).

Fome que dura até hoje.

Com um "show" simultâneo em Londres (Reino Unido) e na Filadélfia (Estados Unidos) e também na Austrália e no Japão, o show "Live Aid" (um feliz duplo sentido: "ajuda ao vivo") atingiu pelo menos cem países e cerca de 2 bilhões de pessoas.

Entre os participantes, cantores, músicos e bandas de minha adolescência e de todas as épocas: The Who, Status Quo, Dire Straits, Led Zeppelin, Queen, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins, Eric Clapton, Black Sabbath, Tina Turner, Santana, The Pretenders, Bob Dylan, Lionel Ritchie...

E lembrando esses nomes, recordo-me dos muitos mais que eu ouvia nos idos anos 1970/1980: AC/DC, Bread, ELO (Electric Light Orchestra), Black Oak Arkansas (Carvalho Negro do Arkansas), Uriah Heep, o sinfônico rock do YES / Genesis / Rick Wakeman, ELP (Emerson Lake Palmer), UFO, Pink Floyd, Kraftwerk, Yanni, Jean Michel Jarre, Kitaro, Giorgio Moroder, Joahann Timman (o Connor Faria ["in memoriam"], radialista e apresentador de TV de Imperatriz pediu-me emprestado o LP do Timman, para pesquisar umas vinhetas sonoras, e gostou do disco... e não o devolveu...), Beatles, KC and the Sunshine Band, Jeff Beck (e outros "monstros" da guitarra: Eric Clapton, Lou Van Eaton, Santana...), Voyage, Vangelis, The Vamps, Stevie Wonder, Janis Joplin, Nazareth...

E ainda Chicago, Bruce Springsteen, Carpenters, Barrabas, Automat, Aretha Franklin, Anthony Philips, Andreas Vollenweider, Alice Cooper, The Peppers, Isaac Hayes, Iron Maiden, Passport, Alan Parson's Project, Gary Glitter, Grand Funk Railroad, Harry Nilson, Eurythmics, Simply Red, Frank Sinatra, Men At Work, Ruby Winters, Scorpions, Simon and Garfunkel, Israel Sings, Mercedes Sosa, Willie Nelson, Rush, Rick Wakeman, The Moody Blues, The Monkees, Munich Machine, Ravi Shankar, Marillion, Larry Coryell, Creedence Clearwater Revival, Yazoo, Frank Zappa, Supertramp, The Concept, Commodores, Green on Red, Deep Purple e muito, muito mais...

Claro que havia muita MPB. Do "A" do "Abertura" ao "Z" dos Zés Geraldo e Ramalho. E o "rock" do Terço, Casa Encantada, Casa das Máquinas, Joelho de Porco, Rita Lee e muito, muito mais...

Esse povo todo não está somente nas lembranças ou na memória. Todos estão em discos LP (vinil) e CD e DVD ou "blu-ray", que guardo com zelo e os reescuto em conservado toca-discos e no "player" dos discos digitais.

Como se lê, não faço nenhuma objeção aos CDs / DVDs / Blu-rays nem aos músicos clássicos, do "A" do italiano Albinoni ao "Z" do tcheco Zelenka (coincidência: tanto Albinoni quanto Zelenka eram elogiados por Johann Sebastian Bach).

Clássica, erudita, popular, folclórica, sacra, a música é a trilha sonora da História humana e da história de cada um de nós.

Qual é a sua trilha musical?

* * *

Falando em Música ("rock" é música), não há como não reiterar registros de músicos mais pertos de nós, seja pela espacialidade, seja pela brasilidade/regionalidade. Embora sejam músicos de um modo, digamos, mais brasílico, eles também têm suas referências rockeiras.

São artistas (compositores, instrumentistas, cantores) da música caxiense, imperatrizense, tocantina, maranhense, nordestina e nortista.

Conheço pessoalmente muitos deles e conheço um pouco mais de seus trabalhos, em especial as produções mais antigas, que coleciono. Já escrevi textos sobre alguns desses músicos, compositores e intérpretes, e diversos deles  -- e suas produções, os discos – foram descritos e documentados na "Enciclopédia de Imperatriz", que escrevi, lançada no primeiro semestre de 2003, nos ecos dos 150 anos de Imperatriz, maior município do Maranhão após a capital.

E referindo-me só às obras gravadas que tenho (em DVD, CD, LP, K-7, compacto duplo e simples), tenho trabalhos e primeiros discos do Neném Bragança (falecido em 15 de janeiro de 2015) e outras produções "antigas" da "rapaziada", como, por exemplo:

Wilson Zara (meu ex-colega de faculdade de Letras), Erasmo Dibell, Henrique Guimarães (competente; um dia será [re]descoberto...), Clauber Martins, Zeca Tocantins, Washington Brasil,...

... Lourival Tavares (parceiro de composições, uma delas – "Cenas -- gravadas no seu disco "Lobo da Lua"), Luís Carlos Dias (meu apoiador e “general” de campanha), o (ins)piradíssimo e "fissurado" Chiquinho França (sobre quem escrevi textos e para quem agradeci a espontânea colaboração pelo belíssimo "blue" que ele compôs para campanha eleitoral minha),...

... meu colega e amigo Gildomar Marinho, Deive Campos, Lena Garcia, Olívia Heringer, Canta Imperatriz (CD), Carlinhos Veloz (a quem entreguei título de "Cidadão de Imperatriz", por minha indicação e pelo que representa sua música "Imperador Tocantins", hino não oficial de Imperatriz), Chico Brawn (que levava adiante projeto de formação musical para crianças; faleceu em 2021), Nani Vieira (Ernanes Vieira), VieiraDK6, Dumar Bosa, Elcias, Franck Seixas, Genésio Tocantins, Itamar Dias Fernandes, Adrianna Dias,...

... Dona Francisca do Lindô e da Mangaba (caxiense como eu; conversava com ela em sua residência no bairro Santa Inês, de Imperatriz; falecida em 5 de junho de 2017; ganhou prêmio nacional do Ministério da Cultura), Zuza e seu sax, Paulo Pirata (ou Paulo Maranhão), Ostérnio, Josean Amaury, Ires, Lídia, Gerson Alves, Ed Millson, Diogo Rodrigues, Ageu Santos, Adriana e suas Adrenalinas, Marcelino, Samya, Cleyton Alves, Alcides, Flor de Maria, Cia. Cristã de Fátima (Cocrifá), Victor Cruz, Lídia,...

... César & Matheus, Suzanna, Jandel & Jordão, Ray & Roger, Plebeu & Nativo, Acássio Reis, Rael & Ricardo, Grupo Celebr'Art, Banda Baetz, Júlio Nascimento, Fruta Mel, Pollyana, Valdenice, Elizeth Gomes, Chirley Camargo, Conexão Explosão, Cristo Melquíades, Luciano Guimarães & Banda, Marcos Villar, Forró Doce Paixão, Furacão Brasil, Galego & Adriano, Benerval Silva, Elissâmya, Elson Santos,...

... Raimundo Soldado, Paulinho dos Teclados, Pedrinho dos Teclados, Sandez, Raimundo Paulino e os Conscientes do Forró, Ray Douglas, Henrique Braga, Paulinho, Arão Filho, Wilson Júnior & Luciano, entre outros.

Documentei exaustivamente quase todos eles na "Enciclopédia de Imperatriz".

Não esquecer as obras e outros autores maranhenses como Josias Sobrinho (tenho quase todos seus CDs, com dedicatória e tudo), "Arrebentação da Ilha", Beto Pereira, Boizinho Barrica, Bumba-boi de Morros, Chico Saldanha, Cláudio Valente e Sérgio Habibe, Coral do Maranhão, Gerude, Hermógenes Som Pop, "Pedra de Cantaria", Tribo de Jah, Tutuca, Ubiratan Sousa e Souza Neto.

Bem mais perto de mim, geograficamente, meus conterrâneos (porque nasceram em Caxias ou porque Caxias nasceu neles) Aline de Lima, Chico Beleza, Hermógenes (Hermógenes Som Pop), Isaac Soares, Jorge Bastiani, Marechal, Naum Esteves...

De Minas Gerais, Rubinho do Vale.

De São Paulo, Ângelo Alves.

Do Pará, Wada Paz.

Em Fortaleza (CE), "entrosei-me" com o pessoal da música popular cearense. Gente do naipe de Calé Alencar (abraço, amigo!), Pingo de Fortaleza, Acauã, Edmar Gonçalves (além de músico e meu amigo, excepcional artista plástico/pintor; é primo do Calé Alencar), Augusto Bonequeiro, Lúcia Menezes, Abdoral Jamacaru, Adauto Oliveira, Alcântara, André & Cristina, Bernardo Neto, Cacau, Cego Oliveira, Cleivan Paiva, Jabuti, Manassés, Patativa do Assaré, Ricardo Augusto, Ronaldo Lopes & Banda Oficina, Talis Ribeiro, Tom Canhoto, e outros... (Calé, Edmar, Gildomar, como está esse povo todo?).

Fiz textos sobre Chiquinho França, Luís Carlos Dias, Zeca Tocantins, Lourival Tavares... Também escrevi sobre o Luís Brasília (falecido em 14 de fevereiro de 2011), jornalista e produtor cultural, criador do programa de TV "ArteNativa" (Mirante/Rede Globo), que divulgou e/ou lançou diversos nomes e obras.

Também ouço e aplaudo excelências musicais como Heury Ferr (violão), Humberto Santos e Junior Schubbert (violino), excepcionais nos instrumentos que tocam com mestria e Maestria.

Em minha terra natal, Caxias, Chico Belezza Beleza, Naum, Roger Maranhão, Jorge Bastiani, Antônio Cruz (falecido em 2020), Hilter (violão) e tantos outros são referência e orgulho caxiense, que nem José Salgado Maranhão, letrista de nome e nomeada, residente no Rio de Janeiro (RJ), com suas produções já gravadas por diversas grandes estrelas da MPB.

*

Os artistas brasileiros e maranhenses da Música, acima, são de variada flora, florada e floração. Todos os gêneros de composição. Da MPB ao "gospel", do compromisso com a raiz que se finca na terra ao pólen que se espalha e se espraia pelos ares, mares, lares e outros lugares de muitos cantares.

Neste Dia do Rock, viva a Música.

* EDMILSON SANCHES

Brasília (DF), 16/01/2025 - Aplicativo bancário para pagamento financeiro em pix. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

Os candidatos à segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) podem pagar a inscrição de forma totalmente eletrônica, por meio do PagTesouro, plataforma elaborada pelo Tesouro Nacional que substitui a tradicional Guia de Recolhimento da União.

O PagTesouro aceita Pix, cartão de crédito e saldo em carteira digital. O processamento do pagamento se dá em poucos minutos, porque o dinheiro é creditado diretamente na conta do Tesouro nacional.

A ferramenta também admite transações por GRU, gerando um boleto na tela, mas, nesse caso, o pagamento leva de dois a três dias para ser processado.

O pagamento com saldo em carteira digital não permite parcelamento. No caso dos cartões de crédito, compete ao provedor de serviços de pagamento (PSP) oferecer a opção de parcelamento, com possível cobrança de tarifa. Nesse caso, o valor integral deve ser repassado à Conta Única do Tesouro no dia útil seguinte após o pagamento.

Utilizado nas inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o PagTesouro foi estendido ao CNU. Atualmente, a plataforma é aceita em cerca de 40 órgãos da administração pública federal.

Arrecadação

Ferramenta que permite o pagamento eletrônico de taxas, contribuições, multas e serviços públicos, o PagTesouro começou a funcionar em novembro de 2020, após um ano de testes. O primeiro órgão a aderir ao sistema foi a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A plataforma permite que tanto o contribuinte como o órgão arrecadador visualizem o pagamento poucos minutos após sua finalização. Todas as instituições financeiras que operam o Pix aceitam pagamentos do PagTesouro.

Como usar

Para efetuar pagamentos pelo PagTesouro, é necessário que o serviço esteja disponível no site do órgão público. Assim que o cidadão pedir um serviço, o logotipo da plataforma aparecerá na página. Basta clicar nele e escolher a forma de pagamento desejada: Pix, cartão de crédito ou carteira digital.

Caso queira pagar por meio de Pix, deverá abrir o aplicativo da instituição de pagamento e apontar a câmera do celular para o código QR que aparecerá na tela. Também é possível copiar o código que aparece no site do órgão público e colar no aplicativo do banco. Após seguir as instruções e finalizar o pagamento, a comprovação será apresentada automaticamente na tela.

Quem pagar por cartão de crédito deve escolher a opção correspondente e escolher um dos Prestadores de Serviço de Pagamento (PSP) apresentados. Na cartão de crédito, pode ocorrer uma cobrança adicional de tarifa, que será detalhadamente descrita, para então prosseguir com a confirmação do pagamento.

No pagamento por cartão de crédito, o contribuinte também pode parcelar o débito. O órgão público, no entanto, receberá o valor à vista. O parcelamento segue a lógica do comércio tradicional.

(Fonte: Agência Brasil)

Brasília (DF), 11/07/2025 - 22ª edição do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá – CINEMATO. Foto: Cinemato/Divulgação

Com um festival para chamar de seu desde 1993, a capital mato-grossense terá, nesta semana, a 20ª edição do Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (Cinemato), entre os dias 14 e 20 de julho. 

Neste ano, o tema será Decolonizando a Amazônia ─ uma homenagem ao cineasta Silvino Santos, conhecido como o “cineasta da selva”, por sua contribuição pioneira ao registro audiovisual da Amazônia no século 20. Realizado por ele na década de 1920, o filme Amazonas, o maior rio do mundo vai abrir o festival.

Foram selecionados 21 filmes, seis longas e 15 curtas nacionais, para concorrer ao Troféu Coxiponé. A premiação foi inspirada na etnia bororo, que habitava as margens do Rio Coxipó e é símbolo da resistência cultural em Mato Grosso. Entre os critérios adotados pela curadoria do evento, estão diversidade estética e narrativa, protagonismo de grupos historicamente invisibilizados e conexões com o tema da Amazônia decolonial.

Os longas da mostra competitiva são: 

  • Mawé, de Jimmy Christian (AM), ficção que narra o conflito de uma jovem indígena entre os rituais de sua aldeia e a vida urbana;
  • Pedra Vermelha, de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt (SC), documentário que acompanha comunidades impactadas por megaprojetos no Sul do país;
  • Kopenawa: Sonhar a Terra-Floresta, de Marco Altberg e Tainá de Luccas (RJ), que mergulha no pensamento cosmológico yanomami;
  • O Silêncio das Ostras, de Marcos Pimentel (MG), um ensaio sensorial sobre luto e meio ambiente;
  • Concerto de Quintal, de Juraci Júnior (RO), que transforma a música em instrumento de resistência e pertencimento;
  • Serra das Almas, de Lírio Ferreira (PE), que revisita a poética sertaneja em uma obra  de ficção. 

Para o diretor do Cinemato, Luis Borges, o recorte escolhido este ano é de extrema importância: “O tema deste ano, na verdade, não tem como propósito apenas cineastas ou filmes realizados na Amazônia. É trazer filmes que promovam uma desconstrução desse olhar eurocêntrico que a gente tem sobre o nosso país, sobre os sujeitos desse país”.

Entre os mais de 60 filmes de 19 estados brasileiros que serão exibidos no festival, estão obras que dialogam com questões climáticas, como o mineiro O Silêncio das Ostras, sobre a ruptura da barragem em Brumadinho, em 2019. 

Para Luis Borges, os festivais de cinema são as vitrines dos filmes que não ganham distribuição nos cinemas, e o Cinemato traz também a importância de capacitar profissionais para atuar na área de cinema em  Mato Grosso

"Com as oficinas que eram realizadas no festival, começou a se preparar uma mão de obra para poder realizar os filmes, os novos projetos, os projetos contemporâneos que começaram a surgir estimulados a partir da realização do festival. Na época, o circuito de exibição de Cuiabá tinha apenas uma única sala de cinema.’’, ressalta Luis.

Para o diretor, o Cinemato cumpre um papel importante como vitrine e tela para o cinema nacional, visto que, mesmo com a cota de tela e leis que foram criadas para proteção do setor, ainda não há fiscalização na região. Por meio do festival, o cinema brasileiro encontra seu público em Mato Grosso.

Prêmio Dira Paes

A cerimônia de encerramento, marcada para o dia 20 de julho, terá Dira Paes, que retorna ao festival onde recebeu seu primeiro prêmio de Melhor Atriz, em 1996, por Corisco & Dadá. A artista entregará pessoalmente o Prêmio Dira Paes, que homenageia mulheres com atuação de destaque no audiovisual e em causas socioambientais.

“Para mim é uma honra fazer parte de um festival que eu vi nascer na sua primeira edição. É um festival que tem um DNA próprio, que se correlaciona com a sua região, com os seus conteúdos, as suas demandas, as suas reflexões, sobre a potência desse bioma onde ele acontece. Me sinto orgulhosa de entregar pessoalmente um prêmio como meu nome”.

Estreante como diretora em Pasárgada, no ano passado, Dira Paes acredita que o cinema brasileiro vive um momento muito especial e um ano histórico, com o oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui.

“Sinto que isso, sem dúvida nenhuma, nos aquece no mercado como um todo”, conta ela, que trabalhou a questão ambiental no longa sob sua direção e vê uma conexão entre os temas abordados pelo cinema brasileiro e mundial. “Hoje, a gente pensa em assuntos em comum, como a questão ambiental e climática e a questão da democracia como um todo”.

Em cartaz como atriz em Manas, dirigido por Marianna Brennand, Dira Paes conta que é comovente ver um filme que se passa na Amazônia trazer um assunto universal, a exploração sexual e a violência de gênero

“Todo mundo se sente tocado. É uma potência cinematográfica que vale a pena ser assistido”, diz. “Ainda está em cartaz em algumas cidades do Brasil e eu espero realmente que o Brasil inteiro possa assistir a esse filme, que tem, além desse vigor de talentos, uma equipe primorosa e um traço de direção único da Mariana Brennand. Acho importante levar o público para esse lugar em que você não fica passivo na cadeira do cinema.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP) 14/02/2025 - Presidente do STF, Luís Roberto Barroso fala com jornalistas após reunião com o comandante Geral da Policia Militar de São Paulo, coronel Cássio Araújo Freitas, na sede do COPOM
. Foto: Paulo Pinto/Agencia Brasil

O suposto glamour que, muitas vezes, parece envolver a profissão de jornalista e outras atividades de comunicação social, na verdade esconde uma realidade de intensa precarização profissional.

O cenário foi avaliado em um debate com especialistas na última semana, e ocorre na esteira do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do processo que pode dar ares de legalidade a uma típica fraude trabalhista, a chamada pejotização, que é quando empresas contratam prestadores de serviços como Pessoa Jurídica (PJ), evitando criar uma relação de vínculo empregatício formal e, com isso, descumprir as obrigações previstas na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

"Temos uma pejotização irrestrita na área da comunicação, que é uma fraude trabalhista, utilizada por grandes, pequenos e médios empregadores, que se valem desse modelo para obter mais lucro explorando a única coisa que a gente tem, que é a nossa mão-de-obra", destacou Samira de Castro, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), no debate transmitido na página da federação.

Segundo a jornalista, este fenômeno de pejotização começou ainda em meados da década de 1980, quando os profissionais passavam a ser contratados como "frila fixo" ou sócio-cotista, modelos recorrentemente aplicados por agências de comunicação. Desde então, a situação se agravou e, na atualidade, o número de trabalhadores da comunicação que trabalham por conta própria explodiu.

De acordo com os dados disponibilizados pela Receita Federal à Fenaj, apurados em 3 de junho deste ano, há 33.252 empresas com CNPJ registrados como microempreendedor individual (MEI), em atividades econômicas ligadas à edição de jornais e revistas.

"Existem 33 mil pessoas editando jornais e revistas no país? Quase o mesmo número de jornalistas com carteira assinada, basicamente. Claro que não, isso é a constatação de uma fraude trabalhista. E os nossos 31 sindicatos recebem diariamente denúncias de tentativa de escamoteamento desse vínculo formal", denuncia Samira.

"A gente conseguia muito, na Justiça do Trabalho, comprovar vínculo, fazer com que direitos fossem reconhecidos e pagos. E agora, com esse tema no STF, é um grande golpe para a classe trabalhadora e contra os jornalistas", lamenta a presidenta da Fenaj.

Na contramão desse processo, o número de vagas formais de trabalho na comunicação vem despencando ano após ano, com uma redução de 18% no número de empregos CLT em uma década. Em 2013, o número de vínculos com carteira assinada de jornalistas no Brasil era de 60.899, mas baixou para 40.917 em 2023, segundo dados apurados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), compilados a partir de consultas à Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e ao Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). São vagas que, na prática, foram extintas, para dar lugar a contratações informais ou legalmente frágeis. Os números foram divulgados em abril pela federação.

Consciência de classe

"Afinal de contas, por que isso se facilitou nesse meio específico, o da comunicação? Compreender os porquês nos ajuda a superar essa situação. O primeiro dado concreto que a gente tem que pensar é que trata-se de um nicho, os empregadores no setor são muito poucos, e eles conseguem fazer uma espécie de cartel, de aliança, de tal modo que, se uma pessoa não se submete aquelas condições, ele não é empregado nem por um nem por todos", analisa o jurista Jorge Souto Maior, professor livre-docente de direito do trabalho pela Universidade de São Paulo (USP) e desembargador aposentado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região.

A única forma de reagir a isso, defende o docente, é de forma coletiva, por meio da conscientização dos trabalhadores e sua organização em sindicatos.

"Muitos jornalistas não se veem com trabalhadores, mas como empreendedores, como trabalhadores intelectuais, o que de fato são, mas trabalhadores intelectuais são explorados tanto quanto trabalhadores manuais, cada um a seu modo. Na questão do mundo do trabalho não existem democráticos e não democráticos. É a classe dominante contra a classe trabalhadora", reforçou.

Para a presidenta da Fenaj, é preciso se desvencilhar de uma narrativa ainda dominante no mercado da comunicação. "O discurso sedutor do eu empreendedor, o patrão de si mesmo, para o trabalhador jornalista, isso não cola. Estamos subordinados a um veículo com sua linha editorial, que inclusive causa muito sofrimento psíquico. Essa pejotização fraudulenta está ferindo de morte os trabalhadores e a nossa categoria", apontou Samira de Castro.

"Ser classe trabalhadora não é rebaixamento, é a explicitação do real. Se não somos capitalistas, donos dos meios de produção, então somos classe trabalhadora, e temos que lutar juntos por melhores condições de trabalho. É sindicalização mesmo, greve e organização política como classe. Individualmente, nós não vamos resolver os problemas", enfatiza Souto Maior.

Tecnologia e apropriação

A esse modelo histórico de precarização, soma-se um processo de reconfiguração do mundo do trabalho capitaneado pelas grandes empresas de tecnologia, as chamadas Big Techs. Referência nos estudos sobre comunicação, trabalho e plataformas digitais, a professora Roseli Figaro, da USP, avaliou que a precarização assumiu patamares ainda desafiadores na atual fase do capitalismo.

"As grandes empresas controlam a produção e o fluxo informacional do mundo. Não apenas o fluxo dos usuários comuns, que querem se falar, mas elas controlam as ferramentas que proporcionam o trabalho em diferentes áreas profissionais, do advogado, do professor, do médico, do psicólogo, do dono da padaria e, sobretudo, o trabalho dos profissionais da comunicação", apontou a pesquisadora.

Ao mesmo tempo em que reformulou o trabalho, o capitalismo informacional, segundo Roseli Figaro, subordinou as empresas tradicionais do mercado de comunicações às grandes empresas de tecnologia.

"A monetização do jornalismo [na internet] não é mais circulada nos links. Agora, as notícias são apropriadas e sintetizadas como texto da própria inteligência artificial do Google, a Gemini, por exemplo. Mesmo citando a fonte, ninguém sequer precisa abrir o link, como se fazia antes. O que é isso senão a apropriação da propriedade intelectual do outro?", questionou a professora.

O tema da inteligência artificial generativa, que está impactando a indústria de notícias, tem sido apontado por especialistas e organizações como crucial no mundo contemporâneo e que deve ser objeto de regulação por parte dos governos.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP), 12/07/2025 - Evento do museu Memorial da Resistência de SP junto à Editora Vozes, de lançamento do livro Brasil: Nunca Mais. Apenas quatro meses após o “fim” da ditadura militar brasileira, o livro Brasil: Nunca Mais foi lançado discretamente em julho de 1985. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A obra Brasil: Nunca Mais, lançada originalmente em 1985, chega aos 40 anos com o lançamento da 43ª edição, em evento no Memorial da Resistência, museu que tem exposição sobre a obra.. 

Publicada pela Editora Vozes e organizado por Dom Paulo Evaristo Arns, Hélio Bicudo e Jaime Wright, a obra foi feita clandestinamente em 6 anos de pesquisa, entre 1979 e 1985, período final da ditadura militar no Brasil, com cerca de uma dezena de pessoas esmiuçando mais de 700 processos do Supremo Tribunal Militar.

Nos processos, vítimas e testemunhas relataram torturas e outras violações de direitos humanos, tornando a obra um símbolo da resistência, da preservação da memória e do compromisso com a verdade.

Os relatórios e o livro que resultaram da pesquisa escancararam a repressão do regime militar. Além do registro, a obra trouxe, e ainda traz, a importância de não se esquecer do papel que o estado deve exercer, e de como todos perdem quando esse papel é ignorado ou alterado.

 "Como escreveu Dom Paulo Evaristo Arns no prefácio, Brasil: Nunca Mais é um livro para sempre. Sua relevância é atemporal, mas entendemos que era necessário um novo projeto gráfico, alinhado com o padrão das publicações atuais da editora. Ao mesmo tempo, no contexto social e político que vivemos, percebemos que muitos jovens desconhecem o que foi o período da ditadura militar no Brasil. Assim, a republicação desta obra torna-se um ato de resistência e de compromisso com a memória, a democracia e a participação social", contou à Agência Brasil Teobaldo Heidemann, Coordenador Nacional de Vendas da Editora Vozes. 

Coube a Arns e a outros membros da arquidiocese de São Paulo uma colaboração logística intensa. Atuaram com cientistas sociais, advogados e jornalistas para sistematizar os documentos. O trabalho teve de ser feito sob sigilo, inclusive com cópias da documentação levadas ao exterior para evitar a perseguição de agentes do governo.

Foram mais de 700 mil páginas de processos, copiadas após acesso legal, mas nem por isto livre de riscos. As primeiras edições, publicadas logo após a abertura do regime, ficaram 92 semanas entre as obras mais vendidas do país.

O projeto Testemunhos, nome original da iniciativa, fez parte dos esforços por responsabilização e justiça dos regimes de exceção latino-americanos. Um dos participantes, o jornalista e ex-ministro dos Direitos Humanos Paulo Vannuchi, conta que a mudança do nome veio após o lançamento de Nunca más, o relatório argentino da Comissão Nacional de Desaparecidos portenha, construído sob a liderança do escritor Ernesto Sábato, para Vannuchi, outra obra histórica que representa a denúncia.

São Paulo (SP), 12/07/2025 - Paulo Vannuchi participa do evento do museu Memorial da Resistência de SP junto à Editora Vozes, do lançamento do livro Brasil: Nunca Mais. 
Apenas quatro meses após o “fim” da ditadura militar brasileira, o livro Brasil: Nunca Mais foi lançado discretamente em julho de 1985. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

"40 anos depois, ele permanece tremendamente atual porque também o tema ainda não foi suficientemente equacionado. O tema foi parcialmente equacionado por inúmeras ações e a mais importante de todas historicamente foi o trabalho durante dois anos e meio da Comissão Nacional da Verdade", comenta Vannuchi. 

O ex-ministro defende que para evitar a repetição de períodos de exceção cabe a abordagem contínua e sistemática dos direitos humanos na educação, desde o ensino básico.

"Mas é preciso iniciar já, essa discussão nas escolas militares, para que não tenhamos mais generais golpistas, e sim Forças Armadas comprometidas com a constituição de 1988, para que em dez anos tenhamos oficiais que não estejam mais envenenados com essa teoria vinda da Guerra Fria".

O evento, na tarde deste sábado, é o primeiro lançamento público da obra, e também marca o lançamento de um podcast sobre a memória do projeto, liderado pelo jornalista Camilo Vannuchi.

Vertigem visionária 

Exibida desde setembro de 2024, a exposição Uma Vertigem Visionária - Brasil: Nunca Mais, com curadoria do pesquisador e professor Diego Matos, se dedica a contar e valorizar a memória do período da ditadura militar no país.

São Paulo (SP), 12/07/2025 - Evento do museu Memorial da Resistência de SP junto à Editora Vozes, de lançamento do livro Brasil: Nunca Mais. Apenas quatro meses após o “fim” da ditadura militar brasileira, o livro Brasil: Nunca Mais foi lançado discretamente em julho de 1985. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

"A narrativa que foi construída, ela parte na verdade do discurso oral, da fala oral, digamos assim, dos personagens que fizeram esse projeto. Esse projeto não só tem uma importância histórica, mas ele é um exemplo para o presente e para gerações futuras. E você dá voz a esses personagens, você consegue recontar a ideia de aventura do que foi o Brasil Nunca Mais. Eu entendo isso como a aventura, uma ação de resistência feita por jovens, particularmente todos eles jovens, atuando contra um estado de exceção, um governo antidemocrático e terrorista, que era o governo militar. E com isso, denunciando a ideia de violência. E também de não respeito aos direitos humanos e o uso da tortura como a ferramenta mais perversa nesse sentido. Então é isso, retomar esses personagens, acessar os documentos originais e recontar essa história. Porque as pessoas conhecem o livro, o livro é o objeto, é a imagem, é o elemento de referência, mas por trás dele tem muito mais coisa a ser descoberta e saída, digamos, de uma condição de esconderijo, excusa ou considerada atividade subversiva, como foi considerado pelos militares", explicou Diego Matos, curador da exposição.  

Para o ele, foi particularmente trabalhoso traduzir o relatório, rico em conteúdo mas pouco visual. As fotografias documentais que estão na exposição, de acordo com Matos, criam uma paisagem visual, enquanto ativam também outras possibilidades cognitivas do público, de entendimento de um período, de um momento que não se viveu.

"A arte, ela transcende o lugar factual, a arte, ela transcende o lugar literal das coisas, ela gera e constrói outros entendimentos a partir de um contexto pelo qual ela foi profundamente afetada", complementa.

Edição

A edição comemorativa, com novo projeto gráfico e capa dura, será vendida pela Vozes pelo mesmo preço da edição anterior: R$ 135,00. Estará disponível em livrarias físicas e virtuais, inclusive como e-book. Além do relançamento, os documentos e processos estão disponíveis no site Brasil Nunca Mais Digital, mantido pelo Ministério Público Federal, junto com acervo de dados, com acesso livre.

São Paulo (SP), 12/07/2025 - Evento do museu Memorial da Resistência de SP junto à Editora Vozes, de lançamento do livro Brasil: Nunca Mais. Apenas quatro meses após o “fim” da ditadura militar brasileira, o livro Brasil: Nunca Mais foi lançado discretamente em julho de 1985. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

(Fonte: Agência Brasil)