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No livro “Efemérides Caxienses”, a “opus magna” do desembargador Arthur Almada Lima Filho, pesquisador e escritor, fundador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, estão faltando, pelo menos, três datas: 1929 – 17 de outubro; 2021 – 27 de outubro; e 2025 – 20 de dezembro.

O autor da obra, é claro, não tinha como registrar essas datas – uma delas, não o faria por desvaidade; as outras duas, por impossibilidade.

Tratam-se, essas datas, do nascimento de Arthur Almada Lima Filho (17/10/1929), de seu falecimento (27/10/2021), e da inauguração de seu busto, neste 20/12/2025, na conhecida Praça do Panteon (oficialmente, Praça Dias Carneiro), onde a imagem de diversos caxienses encimam pedestais e ensinam silenciosamente pelo exemplo que a História e a Cultura fizeram de cada um daqueles filhos, cujas vidas muito representaram e representam para sua terra Caxias, sua terra Maranhão, sua terra Brasil.

Com certeza, essas terras, no mínimo, devem algum preito de gratidão a essas boas, férteis sementes humanas que nelas vicejaram e nelas, para elas ou por elas dedicaram tanto tempo, talento, trabalho, esforço e outros recursos, em favor de coisas e de causas que fizeram do País, do estado e deste município uma referência de valor, uma reverência de respeito, uma imagem de positividade.

Arthur Almada Lima Filho volta à praça que por vezes frequentou e por onde tanto passou. Uma dessas vezes foi na manhã de 20 de fevereiro de 2014.

No ano de 2014 completavam-se 80 anos de morte do monumental caxiense Henrique Maximiano Coelho Netto (1864-1934), o escritor mais lido de seu tempo – nem Machado de Assis (1839-1908), que foi seu contemporâneo, o superava na preferência dos leitores.

Mas, em 2014, exatamente aquele dia 20 de fevereiro, era a véspera dos 150 anos, o sesquicentenário de nascimento de Coelho Netto, um caxiense absolutamente grandioso, que, além de talentoso e profícuo escritor, era também cineasta, tendo sido o introdutor do cinema seriado no Brasil; grande capoeirista, foi o responsável pela dignificação da capoeira no Brasil, esporte, arte, técnica ou dança que, antes de Coelho Netto, tinha seus praticantes caçados pela polícia da época, por não ser atividade bem vista pela sociedade ou pelas forças de Segurança de então. Coelho Netto fez e foi ainda muitas “coisas”, inclusive ser indicado ao Prêmio Nobel. (Quando é que outro caxiense, maranhense, será indicado à mais conhecida e respeitada premiação de reconhecimento de todo o mundo?)

Pois, pasme você que me lê, um ser humano da excepcionalidade, da dimensão de Coelho Netto, exatamente no dia anterior ao dos seus 150 anos de nascimento, sua cidade natal (sim, Caxias, a do Maranhão) não tinha, da parte de quem deveria ter responsabilidade pública, um único evento, mesmo uma sessãozinha de algum Poder Público municipal em homenagem àquele que, em 1928, fora eleito o "Príncipe dos Prosadores Brasileiros" no Rio de Janeiro!

E como o respeito dos ditos “homens públicos” pelas tidas “coisas públicas” de Caxias é o menor, o mais tacanho, rasteiro e apenas retórico, na véspera dos 150 anos de Coelho Netto, a se completarem em 21 de fevereiro de 2014, era e-xa-ta-men-te o busto, a cabeça de Coelho Netto que faltava no seu próprio pedestal!... Os demais plintos ou pedestais ou bases de concreto estavam, cada um, com seu devido busto. Mas, faltando menos de 15 horas para o dia 21 de fevereiro de 2014, data dos 150 anos coelho-nettianos, a cabeça, o busto seu havia sido... o quê? Quebrado? Roubado? Retirado para reparos? Havia sumido, seja lá o que de mais específico tenha acontecido.

Isso é Caxias: autoridades públicas, aqui, além de muitas das vezes não terem a cabeça no lugar, ainda põe a perder a cabeça dos outros – sobretudo a daqueles que não podem mais se defender – a não ser ante a força da representatividade na História e na Cultura nacional (mas quem disse que esse magote de mandatários se quedam de respeito pela grandeza histórica e cultural caxienses!... Onde há número$$$, que importam as Letras!...).

Naquele dia 20 de fevereiro de 2014, fui ao Instituto Histórico e Geográfico de Caxias (IHGC) e lá “intiquei”, incitei, os conterrâneos, amigos e confrades Arthur Almada Lima Filho e Jacques Inandy Medeiros, ambos escritores, pesquisadores, ex-reitores da Universidade Estadual do Maranhão, para me acompanharem até à Praça do Panteon e presencialmente testemunharem mais um ato do miserável desinteresse, do incontido despudor e da ausente falta de iniciativa e de vergonha em relação aos Valores maiúsculos de nossa tão sofrida Caxias, que tantos filhos ilustres, pelo talento e trabalho, deu para o Brasil. (Acabei de descobrir que um médico caxiense, que estudou na Suíça, País de Gales, Inglaterra (Oxford), Rio de Janeiro, Viena (Áustria), Berlim, Londres, foi o fundador da Escola Paulista de Oftalmologia, da Universidade de São Paulo, onde foi professor titular da  Faculdade de Medicina, além de primeiro presidente da Sociedade de Oftalmologia de São Paulo e Patrono da Cadeira 27 da Academia de Medicina de São Paulo. Caxias é absolutamente surpreendente!...).

Foi assim que foi feita a foto que ilustra este texto, com Arthur Almada Lima Filho e Jacques Inandy Medeiros ladeando o pedestal sem o busto de Coelho Netto, no dia anterior ao sesquicentenário do grande escritor. Eu a fiz, eu tirei a foto, com um celular. Ela ilustrou a matéria principal do jornal “Folha do IHGC”, edição dedicada a Coelho Netto e seus 150 anos. A manchete, uma frase de um advogado, diplomata, jornalista, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, João Neves da Fontoura, resumia o gigantismo de Coelho Netto: “NÃO HOUVE MELHOR BRASILEIRO DO QUE COELHO NETTO”.

Claro que, se há verdade na frase, há, muito mais, carinho, respeito, gratidão, reverência. Seu autor não poderia conhecer nem ter conhecido todos os brasileiros, e há muitos bons, ótimos, excelentes brasileiros Brasil adentro e afora. A frase utiliza um recurso – positivo – de Oratória e Retórica, bem diferente das falas falsas e fáceis de senhorzinhos das apequenadas politiquices da hinterlândia brasileira e maranhense.

É para esta Praça do Panteon que agora trazem Arthur Almada Lima Filho, agora transformado em pedra, “vítima” de uma bondosa Medusa que, ao invés de feios ofídios, tem seus cabelos feitos de amigos e instituições, que olham para a Eternidade e lá veem, merecedor, o Arthur Almada Lima Filho que já era imortal em Academias e perpétuo na mente e coração de muita gente.

Bom seria se, ao invés de ser visto, pudesse Arthur Almada Lima Filho ser lido. Ter suas obras conhecidas. Lidas. Discutidas. Reeditadas. Analisadas por acadêmicos. Utilizadas por jornalistas em suas pautas diárias. Relembradas por escritores em artigos.

Quem sabe o busto na praça estimule algum curioso a aprofundar-se no que há disponível sobre a vida e obra arthuriana.

De qualquer modo aí está.

Arthur Almada Lima está ali.

Arthur está na Praça.

Para todos.

Para sempre.

* EDMILSON SANCHES

Foto:

Os caxienses Arthur Almada Lima Filho (à esquerda) e Jacques Inandy Medeiros, falecidos, ladeiam o pedestal sem o busto do escritor, cineasta e desportista Coelho Netto, na Praça do Panteon, centro de Caxias (MA), em 20 de fevereiro de 2014, véspera do aniversário de 150 anos de Coelho Netto, nascido em 21 de fevereiro de 1864, em Caxias.

Um dos nomes recentes de destaque na cena musical de São Luís, a cantora, intérprete e artista maranhense Rayslla realiza, neste mês de dezembro, sua primeira apresentação solo, intitulada “(En)Canto Delas”, que passeia pela trajetória feminina na música brasileira, passando por diversas décadas e homenageando grandes nomes do cenário musical nacional.

O show ocorre no Low Música e Vinil (localizado no Bairro do Cohajap, em São Luís), a partir das 20h, e será marcado por uma viagem musical que celebra nomes como Rita Lee, Gal Costa, Marisa Monte, Marina Lima, Alcione, Evinha, Elis Regina, Nara Leão, entre outras.

“A ideia veio de um grande sentimento, meu e dos meus amigos, sobre montar um show e criar algo solo, algo meu. Um sonho antigo e um processo longo de me ver como intérprete, de me ver como artista, que, finalmente, vai ganhar a luz do dia, e eu não podia estar mais empolgada e emocionada com este momento”, comemora Rayslla.

Para o evento, a cantora prepara várias surpresas – entre elas, as participações especiais de artistas que, também, estão em destaque no cenário artístico do Maranhão, como Klicia, Clara Madeira e Nicole Terrestre.

“Eu espero que seja uma noite de celebração. De comemorar esse primeiro passo. Esse movimento de coragem. Que todo mundo curta essa noite de homenagens e que seja lindo pra todos”, ressalta Rayslla, ao destacar que o público poderá esperar um repertório que passará por diversas décadas, dos anos 60 aos anos 2020s.

A entrada custa R$ 25 e pode ser adquirida pelo Instagram da artista (@rrayslla) e/ou pelo WhatsApp (98)98436-7213. Para mais informações, acesse: https://www.instagram.com/rrayslla/.

Mais sobre Rayslla

Natural de Igarapé Grande (MA), Rayslla carrega uma voz que transita entre a suavidade e a potência, construindo sua trajetória artística a partir do legado de grandes mulheres da Música Popular Brasileira.

Seu trabalho é guiado pela busca por interpretações verdadeiras e sensíveis, que dialogam com o afeto, a poesia e a resistência presentes nas obras das artistas que a inspiram.

Ao valorizar a música brasileira feita por mulheres, Rayslla tem dedicado sua trajetória à interpretação de clássicos da MPB, com ênfase em nomes que vão de Gal Costa a Joyce Moreno, passando por Marina Lima, Marisa Monte e Rita Lee, entre outras grandes vozes – além disso, carrega o forró e a música popular maranhense com releituras intimistas e próprias.

Nos últimos anos, participou de eventos musicais importantes, como o “Projeto Arcos Musicais – Choro, Samba e Outras Bossas”, realizado pela Fundação da Memória Republicana Brasileira (FMRB), interpretando o lado B de canções que foram consagradas por vozes femininas.

Entre outros destaques, estão as participações nos projetos “Lado B”, no Xama Teatro, da multiartista Emanuele Paz, e no “Sem Açúcar com Afeto”, de Nicole Terrestre, além de integrar o grupo Forró do Mel.

SERVIÇO

O quê: show “(Em)Canto Delas”, da cantora e intérprete Rayslla;

Quando: neste sábado, dia 20 de dezembro, a partir das 20h;

Onde: no Low Música e Vinil, localizado na Av. Principal, Casa 15, no Bairro do Cohajap, em São Luís;

Entrada: R$ 25 – antecipadamente pelo Instagram da artista (@rrayslla) e/ou pelo WhatsApp (98)98436-7213 (sujeito à lotação).

Redes Sociais Instagram: https://www.instagram.com/rrayslla/

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Um dos clubes mais vitoriosos do esporte do Maranhão, o Balsas Futsal confirmou a sua presença na LNF Silver, nova competição promovida pela Liga Nacional de Futsal (LNF), que contará com a participação de 16 equipes na temporada de 2026 e servirá de acesso para a divisão principal da LNF, uma das maiores ligas de futsal do mundo e principal torneio da modalidade no Brasil. Maior campeão maranhense de futsal na categoria Adulto Masculino, com 10 títulos, o Balsas atendeu a uma série de requisitos da LNF e recebeu a aprovação para a disputa da divisão de acesso.

O Balsas Futsal recebeu o convite da Liga Nacional de Futsal para a LNF Silver por causa de sua enorme tradição no cenário estadual, regional e nacional da modalidade. Além do decacampeonato do Maranhense de Futsal Adulto Masculino, o Balsas tem um trabalho sólido nas categorias de base e participações de destaque em torneios por todo o Brasil.

Além de garantir a vaga na LNF Silver, o Balsas Futsal está confirmado em outras duas competições da Liga Nacional de Futsal: a Copa LNF, que reunirá times das duas divisões, e o Talentos LNF, torneio com jogadores de até 20 anos. De acordo com o planejamento da diretoria, que já está trabalhando na montagem do elenco para a temporada de 2026, a equipe vai treinar em Balsas e disputar as partidas da LNF Silver em São Luís.

"O Balsas Futsal recebeu, com muita alegria, o convite para a participação na LNF Silver, a nova competição da Liga Nacional de Futsal. Após enviar todas as documentações necessárias, além das conversas com apoiadores e patrocinadores, garantimos a nossa participação. Hoje, o Balsas é o Maranhão na Liga Futsal. Vamos mandar os nossos jogos em São Luís, contra grandes equipes de todo o Brasil, e realizar os nossos treinamentos em Balsas. Contamos com a torcida de todos nessa competição tão importante e histórica, não só para Balsas, mas para todo o futsal maranhense", destaca Hallysson Dias, presidente e técnico do Balsas Futsal.

O Balsas Futsal conta com os patrocínios da Prefeitura de Balsas, da Casa Sertaneja, da Agromina, da Evolução Contabilidade, além dos apoios da Cultivar Agro, Motoca Honda, New Agro e de Tulio Rezende.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A Academia Monte Branco de Judô conquistou o título do Campeonato Maranhense de Judô, competição que encerrou o calendário da Federação Maranhense de Judô na temporada de 2025 e foi realizada no último sábado (13), no Ginásio Paulo Leite, em São Luís. Com 53 medalhas, sendo 33 ouros, 14 pratas e seis bronzes, a Academia Monte Branco superou a Academia Shiai, que ficou em segundo lugar com 18 ouros, 12 pratas e quatro bronzes, e a Associação Desportiva Mazzili, dona da terceira posição geral após faturar 16 ouros, três pratas e dois bronzes.

Na disputa masculina do Campeonato Maranhense de Judô, a Academia Monte Branco garantiu 22 medalhas de ouro, além de 11 pratas e quatro bronzes. A segunda posição ficou com a Academia Shiai, que levou 11 ouros, 9 pratas e dois bronzes, enquanto a Academia Tiradentes garantiu o terceiro lugar após conquistar 10 ouros, três pratas e dois bronzes.

O domínio da Academia Monte Branco também se estabeleceu na categoria feminina, onde garantiu o primeiro lugar com 11 ouros, três pratas e dois bronzes, levando a melhor na disputa contra a Academia Shiai, que ficou na segunda posição após levar sete ouros, três pratas e dois bronzes. Fechando o pódio, a Associação Desportiva Mazzili conquistou a terceira posição com seis ouros e uma prata.

Além das disputas do Campeonato Maranhense, a FMJ promoveu o Festival Maranhense de Judô, atividade voltada para crianças de 4 a 10 anos de idade com o objetivo de atrair e incentivar a prática da modalidade a jovens judocas. Ao todo, 400 atletas participaram dos dois eventos, reforçando o desenvolvimento da modalidade em todo o Estado.

"Finalizamos a temporada do judô maranhense com o Campeonato Maranhense de Judô e o Festival Maranhense de Judô. Sempre é uma satisfação muito grande poder reunir toda a comunidade do judô do Estado, trazer as famílias, professores, atletas e toda a equipe da Federação, que trabalha com esse objetivo de fomentar a modalidade e trazer resultados de alto rendimento para o Estado nos eventos nacionais e internacionais. O ano de 2025 teve um saldo muito positivo para a FMJ, com a grande participação dos atletas de todo o Maranhão nas competições. Pudemos levar atletas para eventos interestaduais e até internacionais, onde conquistaram grandes resultados", afirma Rodolfo Leite, presidente da FMJ.

RESULTADOS DO CAMPEONATO MARANHENSE DE JUDÔ 2025

CLASSIFICAÇÃO GERAL

1º - Academia Monte Branco (33 ouros, 14 pratas e 6 bronzes)

2º - Academia Shiai de Judô (18 ouros, 12 pratas e 4 bronzes)

3º - Associação Desportiva Mazzili (16 ouros, 3 pratas e 2 bronzes)

4º - Academia de Judô Tiradentes (15 ouros, 3 pratas e 2 bronzes)

5º - Academia Judô Góes (9 ouros, 6 pratas e 6 bronzes)

CLASSIFICAÇÃO MASCULINA

1° - Academia Monte Branco (22 ouros, 11 pratas e 4 bronzes)

2º - Academia Shiai de Judô (11 ouros, 9 pratas e 2 bronzes)

3º - Academia de Judô Tiradentes (10 ouros, 3 pratas e 2 bronzes)

4º - Associação Desportiva Mazzili (10 ouros, 2 pratas e 2 bronzes)

5º - Academia Judô Rios (6 ouros, 4 pratas e 4 bronzes)

CLASSIFICAÇÃO FEMININA

1º - Academia Monte Branco (11 ouros, 3 pratas e 2 bronzes)

2º - Academia Shiai de Judô (7 ouros, 3 pratas e 2 bronzes)

3º - Associação Desportiva Mazzili (6 ouros e 1 prata)

4º - Academia de Judô Tiradentes (5 ouros)

5º - Academia Judô Góes (3 ouros, 3 pratas e 1 bronze)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Brasília (DF) 28/01/2025 - Os irmãos Clara Santana (10) e Pedro Santana (13), são vistos com celular na mão embaixo de um cobertor.
Uma a cada 3 crianças tem perfil aberto em redes, alerta pesquisa
Dados foram divulgados nesta terça pela Unico e Instituto Locomotiva
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O acesso à internet na primeira infância mais que dobrou em menos de uma década no Brasil, passando de 11%, em 2015, para 23%, em 2024. Isso inclui quase metade (44%) dos bebês de até 2 anos e 71% das crianças de 3 a 5 anos. 

Os dados fazem parte do estudo Proteção à primeira infância entre telas e mídias digitais, publicado pelo Núcleo Ciência pela Infância (NCPI) e divulgado nesta quarta-feira (17).

A publicação lembra que a Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda o uso de telas para menores de 2 anos. 

Já a orientação para crianças entre 2 e 5 anos é que o tempo seja limitado a até uma hora por dia, sempre com supervisão de um adulto responsável.

Desigualdade social

A pesquisa mostra que desigualdades sociais têm impacto direto nos números. Segundo o levantamento, 69% das crianças de famílias de baixa renda são expostas a tempo excessivo de tela.

Quanto menor a renda, maiores os riscos de as telas substituírem o convívio e o brincar, elementos considerados essenciais para o desenvolvimento infantil.

Uma das coordenadoras da publicação, a professora associada sênior da Universidade de São Paulo (USP), de Ribeirão Preto, Maria Beatriz Linhares afirma que “o tempo excessivo de tela na primeira infância, especialmente entre crianças de famílias de baixa renda, revela um contexto de sobrecarga e falta de apoio às famílias”.

“A ciência é clara: sem interação humana, sem brincar e sem presença, as crianças perdem oportunidades essenciais para desenvolver linguagem, vínculos afetivos, regulação emocional e habilidades sociais”, complementa.

Os resultados dialogam com a pesquisa Panorama da Primeira Infância: O que o Brasil sabe, vive e pensa sobre os primeiros seis anos de vida, da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal.

O estudo ouviu 822 cuidadores de crianças de 0 a 6 anos e revelou que 78% das crianças de 0 a 3 anos estão expostas às telas diariamente, apesar de os responsáveis reconhecerem a importância de impor limites.

Impactos no cérebro

De acordo com o material divulgado, nesta quarta-feira, pelo NCPI, o uso intenso de mídias digitais está associado a alterações na anatomia do cérebro, com possíveis prejuízos ao processamento visual e a funções cognitivas como atenção voluntária, reconhecimento de letras e cognição social.

A professora Maria Thereza Souza, do Departamento de Psicologia da Aprendizagem, do Desenvolvimento e da Personalidade da Universidade de São Paulo (USP), diz que a qualidade do conteúdo e o uso passivo e excessivo das telas afetam áreas cerebrais relacionadas à linguagem, à regulação das emoções e ao controle de impulsos.

“A exposição a conteúdos inapropriados, assim como o uso passivo de telas sem linguagem adequada, podem acarretar prejuízos ao desenvolvimento. Até mesmo desenhos animados podem estar associados a problemas de atenção em crianças entre 3 e 6 anos”, diz a professora.

Há, também, um alerta para riscos associados à exposição a conteúdos violentos. Esse tipo de material pode reduzir a atividade de estruturas cerebrais responsáveis pela regulação do comportamento hostil e aumentar a ativação de áreas envolvidas na execução de planos agressivos.

Videogames violentos e outros conteúdos desse tipo estão associados a maior risco de comportamentos hostis, dessensibilização à violência, ansiedade, depressão, pesadelos e maior aceitação da violência como forma de resolução de conflitos.

Diante desse cenário, o NCPI destaca a necessidade de políticas públicas intersetoriais que integrem saúde, educação, assistência social e proteção de direitos. Entre as recomendações, estão campanhas de sensibilização sobre o uso responsável das tecnologias, formação qualificada de profissionais, fiscalização da classificação indicativa e proteção contra conteúdos inadequados e publicidade abusiva.

O estudo também reforça a importância de fortalecer redes de apoio às famílias, garantir espaços públicos para brincar e promover a educação digital desde os primeiros anos de vida, de modo que as crianças cresçam em ambientes equilibrados, com vínculos reais e experiências fundamentais para o desenvolvimento.

As pesquisadoras ressaltam o papel central de pais e cuidadores na mediação ativa do uso de dispositivos digitais. Entre as práticas recomendadas, estão:

  • estabelecer limites de tempo adequados à idade;
  • evitar telas antes de dormir ou durante refeições;
  • priorizar brincadeiras e interação presencial;
  • acompanhar o conteúdo consumido e optar por materiais educativos apropriados à faixa etária;
  • manter zonas livres de tela em casa;
  • pais e cuidadores devem ser também um exemplo de uso consciente da tecnologia.

O estudo reúne evidências de fontes nacionais e internacionais, como a pesquisa TIC Kids Online Brasil, diretrizes da Organização Mundial da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, além de estudos revisados por pares sobre os efeitos da exposição às telas no desenvolvimento infantil.

(Fonte: Agência Brasil)

As disputas do torneio Adulto Masculino do Campeonato Maranhense de Futsal 2025, competição promovida pela Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma), chegaram ao fim no último domingo (14), no Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís. Em quadra, Iape Futsal e Araioses Futsal fizeram uma partida equilibrada e com fortes emoções para decidir o campeão da temporada. E, após empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, o Iape Futsal levou a melhor nos pênaltis para conquistar o inédito título estadual de futsal. 

Um dos destaques do Iape Futsal foi o goleiro Inaldo, que fez grandes defesas na decisão. O goleiro ainda pegou dois pênaltis e garantiu ao Canário da Ilha o direito de soltar o grito de campeão. 

A campanha do Iape Futsal para chegar ao título foi quase perfeita. Na fase de grupos, o Canário da Ilha venceu o Viana (3 a 2), o School Alemanha (7 a 2) e o 2 de Julho (4 a 1), mas acabou sendo derrotado pelo Araioses Futsal por 3 a 2, em uma prévia da grande final. 

Nas quartas de final, Iape Futsal eliminou o AAGB Uema nos pênaltis após empate sem gols no tempo normal. Classificado para as semifinais, o time da capital fez 2 a 0 sobre o Real 7 Futsal, da cidade de Imperatriz, confirmando sua vaga para a final diante do Araioses Futsal.    

Com a conquista do Campeonato Maranhense de Futsal, o Iape Futsal garantiu classificação para a Taça Brasil de Clubes de 2026 - Divisão Especial. 

Estadual 2025 

Apesar da definição do campeão do torneio Adulto Masculino, as demais categorias do Campeonato Maranhense de Futsal 2025 seguem sendo disputadas. A Fefusma divulgou a tabelas dos próximos jogos da competição, que vão ocorrer nesta quarta e quinta-feira (17 e 18), no Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís. 

Na quarta, a programação de jogos terá início às 18h: School Alemanha x AFC Madri FC (Sub-11), AAGB Aurora Futebol x Araioses Futsal (Sub-15), Balsas Futsal x Apcef Athenas (Adulto Feminino) e AFC IBP x Araioses Futsal (Adulto Feminino). 

Já na quinta-feira, a bola rola a partir das 17h30 para as seguintes partidas: Iape São Luís Academy x Apcef Cruzeiro (Sub-8), Apcef Cruzeiro x AAGB Aurora Futebol (Sub-10), AFC Madri FC x AAGB Aurora Futebol (Sub-11), AAGB Uema x Balsas Futsal (Adulto Feminino) e AFC IBP x IVB+Fênix FC (Adulto Feminino). 

Próximos jogos

Quarta-feira (17/12) / Ginásio Costa Rodrigues

18h – School Alemanha x AFC Madri FC (Sub-11)

19h – AAGB Aurora Futebol x Araioses Futsal (Sub-15)

19h50 – Balsas Futsal x Apcef Athenas (Adulto Feminino)

21h – AFC IBP x Araioses Futsal (Adulto Feminino) 

Quinta-feira (18/12) / Ginásio Costa Rodrigues

17h30 – Iape São Luís Academy x Apcef Cruzeiro (Sub-8)

18h30 – Apcef Cruzeiro x AAGB Aurora Futebol (Sub-10)

19h15 – AFC Madri FC x AAGB Aurora Futebol (Sub-11)

20h – AAGB Uema x Balsas Futsal (Adulto Feminino)

21h10 – AFC IBP x IVB+Fênix FC (Adulto Feminino)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Rio de Janeiro (RJ), 06/11/2025 – O cinema brasileiro volta a ocupar seu espaço nas telas com O Agente Secreto, novo longa do pernambucano  Kleber Mendonça Filho, que chega nesta quinta-feira (6) a mais de 700 cinemas, em 370 cidades brasileiras, em uma estreia simultânea com Alemanha e Portugal.
Foto: Victor Jucá/Divulgação

Três filmes brasileiros avançaram mais uma etapa na seleção para serem indicados ao Oscar 2026: O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, está entre os concorrentes a Melhor Filme Internacional; Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa, foi incluído entre os 15 selecionados para Melhor Documentário de Longa-Metragem; e Amarela, de André Hayato Saito, permanece na categoria de Curta-Metragem em Live Action.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos anunciou, nessa terça-feira (16), as listas de finalistas em 12 categorias para a 98ª edição do Oscar, cuja cerimônia de premiação será exibida no dia 15 de março de 2026.

Brasileiros concorrem ainda ainda na categoria de Melhor Direção de Elenco (Casting), com Kleber Mendonça Filho, por seu trabalho em O Agente Secreto, e em Cinematografia, com Adolpho Veloso, diretor de fotografia que está em Train Dreams (Sonhos de Trem).

Foram divulgadas, nessa terça-feira, listas de finalistas em 12 categorias:

  • Curta-metragem de animação;
  • Casting;
  • Cinematografia;
  • Documentário;
  • Documentário Curta-Metragem;
  • Melhor Filme Internacional;
  • Curta-Metragem Live Action;
  • Maquiagem e Penteado;
  • Música (Trilha Sonora Original);
  • Música (Canção Original);
  • Som;
  • Efeitos Visuais.
Brasília (DF), 10/04/2025 - Wagner Moura e Kleber Mendonça nas filmagens do filme O Agente Secreto. Foto: Victor Jucá/Divulgação

No caso da categoria de Melhor Filme Internacional, em que concorre O Agente Secreto, 15 candidatos avançaram para a próxima rodada, selecionados a partir de filmes de 86 países ou regiões elegíveis na categoria.

Os integrantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas votarão, no período de 12 a 16 de janeiro de 2026, para determinar os indicados oficiais ao Oscar. Nessa rodada, eles deverão assistir a todos os 15 filmes pré-selecionados.

A lista completa dos nomeados para a 98ª edição do Oscar será divulgada em 22 de janeiro.

Conheça os 15 candidatos, em ordem alfabética por país:

  • Argentina, Belén;
  • Brasil, O Agente Secreto;
  • França, Foi apenas um acidente;
  • Alemanha, Som de Cair;
  • Índia, Homebound;
  • Iraque, O Bolo do Presidente;
  • Japão, Kokuho;
  • Jordan, Tudo o que resta de você;
  • Noruega, Valor sentimental;
  • Palestina, Palestina 36;
  • Coreia do Sul, Nenhuma outra escolha;
  • Espanha, Sirât;
  • Suíça, Turno Tardio;
  • Taiwan, Menina de Esquerda;
  • Tunísia, A Voz de Hind Rajab.

No Brasil, o filme O Agente Secreto foi lançado no dia 6 de novembro passado. Ele narra a história de Marcelo, um especialista em tecnologia acusado de atividades subversivas que se muda de São Paulo para Recife em 1977, na tentativa de escapar dos agentes do governo.

O personagem chega à capital pernambucana e, em pouco tempo, começa a desconfiar que está sendo espionado por seus vizinhos. A película tem como ator principal Wagner Moura.

Prêmios de O Agente Secreto até agora:

  • Festival de Cannes (Melhor Ator e Melhor Direção)
  • Festival de Cinema de Jerusalém (Melhor Filme Internacional)
  • Festival de Cinema de Lima (Prêmio do Júri de Melhor Filme, Prêmio do Júri da Crítica Internacional de Melhor Filme e Melhor Filme na Competição Latino-Americana de Ficção)
  • Festival Biarritz Amérique Latine (Abrazo d’Honneur)
  • Festival de Cinema de Zurique (Golden Eye Award)
  • Film Festival Cologne (Prêmio The Hollywood Reporter)
  • Festival de Cinema de Hamburgo (Arthouse Cinema Award)
  • Festival Internacional de Cinema de Chicago (Melhor Ator)
  • Festival de Cinema de Virgínia (Prêmio Craft por Realização em Fotografia)
  • Festival Internacional de Cinema de Gáldar (Melhor Filme)
  • Newport Beach Film Festival (Melhor Performance)
  • Festival Internacional de Cinema de Estocolmo (Melhor Fotografia)
  • Festival de Cinema de Key West (Prêmio da Crítica)
  • New York Film Critics Circle Awards (Melhor Ator e Melhor Filme Internacional)
  • Atlanta Film Critics Circle Awards (Top 10 Melhores Filmes)
  • IndieWire Honors (Melhor Performance)
  • Los Angeles Film Critics Association Awards (Melhor Filme Internacional).

(Fonte: Agência Brasil)

Alcântara (MA) - 16/12/2025 FAB realiza últimos preparativos para lançamento do 1º foguete comercial em território brasileiro. O Foguete HANBIT-Nano, da start-up espacial Innospace, já está posicionado na plataforma do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). Foto: INNOSPACE/ Divulgação

O lançamento do foguete Hanbit-Nano, desenvolvido pela empresa sul-coreana Innospace, que ocorrerá a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, está programado para esta quarta-feira (17), às 15h45, no horário de Brasília.

De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), que conduzirá a operação, a janela de lançamento se estende de 16 a 22 de dezembro. Trata-se do primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional.

“Será um voo inaugural a partir do Brasil, simbolizando a entrada do país no mercado global de lançamentos espaciais”, destacou o diretor do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), coronel Aviador Clóvis Martins de Souza.

A missão, denominada Operação Spaceward, conta com cerca de 400 profissionais, entre brasileiros – militares e civis – e sul-coreanos. De acordo com a FAB, a ação significa um avanço inédito e estratégico para Programa Espacial Brasileiro.

“É um marco que demonstra nossa maturidade técnica e insere o Brasil no mercado global de lançamentos comerciais. Alcântara se firma como um polo estratégico espacial, atraindo investimentos, empresas e inovação. É um passo significativo para o futuro do Brasil no espaço”, disse o chefe da Divisão de Operações do CLA, major Engenheiro Robson Coelho de Oliveira.

O veículo espacial – que tem 21,8 metros de comprimento, 1,4 metro de diâmetro, e 20 toneladas – levará satélites para a órbita baixa da Terra (LEO), a uma altitude de, aproximadamente, 300km e inclinação de 40 graus.

Oito cargas úteis estão dentro da coifa na parte superior do veículo de lançamento: cinco pequenos satélites para colocação em órbita e três dispositivos experimentais. A propulsão do equipamento é híbrida, com combustível sólido e líquido.

(Fonte: Agência Brasil)

Movimento de leitores na livraria Martins Fontes, em Vila Buarque.

O setor editorial e livreiro no Brasil registrou, em 2025, mais de 54 mil empresas e estabelecimentos ativos em todas as etapas da cadeia, como editoras de livros, livreiros, distribuidores e gráficas e empresas de edição integrada. O número representa uma expansão em relação ao ano anterior, quando eram 51 mil empresas e estabelecimentos ativos.

Além disso, o segmento cria 70 mil empregos diretos. Os dados são de levantamento divulgado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), produzido em parceria com a Analytics Valuation Reporting Insights (AVRI).

Entre 2023 e 2025, houve um crescimento de 13% no número total de empresas, com destaque para o avanço das editoras e do comércio varejista de livros. E de 2024 para 2025, o aumento foi consistente em todos os segmentos mapeados, ressaltou a CBL.

Dimensão

Para a presidente da CBL, Sevani Matos, o estudo é fundamental para compreender a dimensão do setor do livro no Brasil. “Pela primeira vez, reunimos dados que mostram o tamanho do nosso setor. Esse diagnóstico nos dá base para avançar em políticas públicas, fortalecer nossos profissionais e ampliar o acesso ao livro em todo o país”, afirmou. 

O levantamento fez, ainda, um mapeamento da estrutura do setor, com base nos dados de 2024. Do total de empreendimentos, 59% eram empresários individuais, 40% empresas privadas e 1% organizações sem fins lucrativos. Em relação ao porte, o setor é predominantemente formado por microempresas (83%), seguido por empresas médias e grandes (9%) e de pequeno porte (8%).

Criação de empregos

O comércio varejista de livros é o segmento que mais cria empregos no setor livreiro, com forte concentração na Região Sudeste, responsável por 56% dos postos de trabalho. O comércio atacadista tem estabelecimentos situados principalmente em centros regionais de distribuição, com destaque para as capitais das regiões Sudeste, Nordeste e Sul.

A edição de livros reúne o maior número de estabelecimentos do setor, marcada pela predominância de empresários individuais, que representam 77% do total. A impressão de livros é o segmento com maior média de empregos por empresa, alcançando nove postos de trabalho por estabelecimento, também com destaque para as regiões Sudeste e Sul.

Em 2025, o estudo aponta, ainda, uma forte presença territorial do setor: 2.495 municípios brasileiros contam com, pelo menos, uma empresa ligada ao livro, o que, segundo a CBL, evidencia a capilaridade do setor e sua relevância nacional.

O estudo também analisou a relação entre a presença do comércio varejista de livros e os indicadores de desenvolvimento das cidades. Entre os 1.830 municípios que têm livrarias, o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC) é 3% superior à média nacional. Segundo a CBL, o dado reforça que a existência de livrarias e pontos de circulação de livros está associada a melhores condições sociais, educacionais e culturais.

(Fonte: agência Brasil)

14/12/2025 - Videogame brasileiro tem menino yanomami como herói. Foto: Divulgação

A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a partir do laboratório Leetra, produziu e lançou um videogame pensado na introdução da cultura dos povos indígenas para estudantes do ensino fundamental 1.

O jogo de plataforma 2D se chama Eli e a Queda do Céu em Território Yanomami e tem como protagonista um menino que deve enfrentar seres malignos para salvar a Floresta Amazônica.

A obra foi inspirada no livro A Queda do Céu: Palavras de um Xamã Yanomami, de Davi Kopenawa e Bruce Albert, porém, apresenta diversos elementos originais, como o próprio protagonista.

O jogo faz parte de um projeto coordenado pela professora do Departamento de Letras da UFSCar, Maria Silvia Cintra Martins, que procura atender a uma antiga demanda de professores do ensino infantil por mais material educativo voltado à história indígena. Antes do lançamento do game, outros dois jogos foram publicados: Jeriguigui e O Jaguar na Terra dos Bororos e Kawã.

Ferramenta

Desde 2008, é obrigatório o estudo da história e cultura indígena nas redes de ensino fundamental e médio em todo o país, mas as ferramentas são limitadas.

“Como formadora de docentes de educação infantil, eu sei da demanda dos professores por material de subsídio para que eles possam, de fato, cumprir a lei”, aponta Maria Silvia.

A coordenadora do projeto fez uma extensa pesquisa bibliográfica para representar de forma respeitosa a cultura yanomami. “Eu fiz muita pesquisa on-line, em busca de elementos geográficos, históricos, políticos e culturais, a respeito do povo yanomami”.

Os personagens que aparecem no jogo foram criados com diversos elementos inspirados pela cultura yanomami. O protagonista da história, Eli, que não existe na história original, possui traços xamânicos e acessórios típicos da comunidade indígena representada.

Também foi criada uma menina xamã no jogo, após Martins sentir que faltava uma figura feminina na narrativa. Lia aparece nos momentos finais do game para apoiar Eli no confronto final.

“Conversando com um engenheiro, falei para ele: nossa, acho que estamos falhando. Neste momento, é tão importante a força feminina atuante. Afinal, existem mulheres xamãs também. Então, é por isso que criamos a Lia,” explica Martins.

Por se tratar de um jogo infantil, o design dos personagens e dos cenários foram idealizados de forma leve, com cores chamativas e vibrantes. O Ilustrador do game, Hugo Cestari, apontou que histórias indígenas muitas vezes contêm temas sinistros, por isso, procurou suavizar o visual.

“Os personagens ficaram com uma aparência amigável. Até os vilões têm uma aparência mais amigável. Então, a gente fez tudo pensando no público infantil e para representar a cultura indígena, mas sempre com ar de brincadeira, de aprendizado”, contou Cestari.

Eli e a Queda do Céu em território yanomami pode ser acessado e baixado de graça .

(Fonte: Agência Brasil)