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O Time Maranhão de judô conquistou um resultado expressivo na edição de 2024 do Campeonato Brasileiro Regional I, competição realizada no último fim de semana (6 e 7), no Ginásio Verdão, na cidade de Teresina (PI). A equipe maranhense terminou o evento com 53 medalhas no total. Dessas, 14 foram de ouro, 13 de prata e 26 de bronze. 

Com o desempenho, o Time Maranhão ficou na quarta colocação geral no Brasileiro Regional I. Já na disputa masculina, os maranhenses foram vice-campeões com 11 ouros, 8 pratas e 14 bronzes. Destaque para os medalhistas de ouro: Miguel Enes Pacheco (Sub-13 Masculino Meio-Médio / -42kg), Heitor Marcus Gratz (Sub-13 Masculino Superpesado / +60kg), Levi Seguins Diniz (Sub-18 Masculino Superligeiro / -50kg), Renan Flavio Garcez (Sub-18 Masculino Pesado / +90kg), José Manoel Silva (Sub-21 Masculino Ligeiro / -60kg), Davi Antônio Ribeiro (Sub-21 Masculino Meio-Pesado / -100kg), Keven Tarsis Vieira (Sub-21 Masculino Pesado / +100kg), Lucas Santos Rios (Sênior Masculino Ligeiro / -60kg), Ranieri Mazzili Segundo (Sênior Masculino Meio-Leve / -66kg), Antônio Enes Pacheco (Sênior Masculino Leve / -73kg) e Pedro Victor Rezende (Sênior Masculino Meio-Pesado / -100kg). 

Já no feminino, o Time Maranhão terminou a competição em solo piauiense na quinta posição com 3 ouros, 5 pratas e 12 bronzes. Maria Heloiza Costa (Sub-15 Feminino Meio-Médio / -52kg), Anna Beatriz Boueres Nascimento (Sub-15 Feminino Superpesado / +70kg) e Brenda Andréa Barbosa (Sênior Feminino Meio-Médio / -63kg) foram quem tiveram os melhores resultados e subiram no lugar mais alto do pódio. 

“Tivemos bons resultados no Brasileiro Regional. A Federação Maranhense de Judô (FMJ) só tem de parabenizar o empenho e comprometimento de todos os judocas e senseis que representaram o Time Maranhão da melhor forma possível. Agora é continuar trabalhando pela evolução dos nossos atletas para as futuras competições da temporada 2024”, afirmou Rodolfo Leite, presidente da FMJ.    

Nesta edição do Brasileiro Regional, o Time Maranhão foi formado por mais de 100 judocas. São Luís, Imperatriz e Bacabal foram as cidades que mais tiveram atletas convocados para a disputa da competição na capital piauiense. 

RESULTADOS DO TIME MARANHÃO NO BRASILEIRO REGIONAL

Medalhas de ouro

Miguel Enes Fontenele Rocha Pacheco (Sub-13 Masculino Meio-Médio / -42kg)

Heitor Marcus Franklin da Costa Gratz (Sub-13 Masculino Superpesado / +60kg)

Maria Heloiza de Oliveira Costa (Sub-15 Feminino Meio-Médio / -52kg)

Anna Beatriz Boueres Nascimento (Sub-15 Feminino Superpesado / +70kg)

Levi Seguins Diniz (Sub-18 Masculino Superligeiro / -50kg)

Renan Flavio Rodrigues Garcez (Sub-18 Masculino Pesado / +90kg)

José Manoel Campelo Silva (Sub-21 Masculino Ligeiro / -60kg)

Davi Antônio Avelar Ribeiro (Sub-21 Masculino Meio-Pesado / -100kg)

Keven Tarsis Grimalde Cardoso Vieira (Sub-21 Masculino Pesado / +100kg)

Lucas Santos Rios (Sênior Masculino Ligeiro / -60kg)

Ranieri Mazzili Vieira de Carvalho Segundo (Sênior Masculino Meio-Leve / -66kg)

Antônio Enes Fontenelle Rocha Pacheco (Sênior Masculino Leve / -73kg)

Pedro Victor Fonseca Rezende (Sênior Masculino Meio-Pesado / -100kg)

Brenda Andréa Carvalho Barbosa (Sênior Feminino Meio-Médio / -63kg) 

Medalhas de prata

Vandui Bruno de Paulo Maranho (Sub-13 Masculino Meio-Médio / -42kg)

Heitor Luís Rodrigues da Silva (Sub-13 Masculino Superpesado / +60kg)

Rondelson Robson Junior (Sub-15 Masculino Médio / -66kg)

Luis Gustavo Araujo Ferrreira (Sub-15 Masculino Meio-Pesado / -73kg)

Anna Júlia Ferreira Pereira (Sub-15 Feminino Médio / -57kg)

Marlon Silva Vieira (Sub-18 Masculino Meio-Leve / -60kg)

Laiane Cristine Timbira Alves (Sub-18 Feminino Ligeiro / -44kg)

Jamylle Beserra de Sousa Oliveira (Sub-18 Feminino Médio / -63kg)

Jardiene Correa Sá (Sub-18 Feminino Pesado / +70kg)

Marlon Silva Vieira (Sub-21 Masculino Ligeiro / -60kg)

Antônio Enes Fontenelle Rocha Pacheco (Sub-21 Masculino Leve / -73kg)

Jardiene Correa Sá (Sub-21 Feminino Meio-Pesado / -78kg)

Ítalo Mazzili Cabral de Carvalho (Sênior Masculino Meio-Leve / -66kg) 

Medalhas de bronze

Tonny Carvalho Araujo Luz Filho (Sub-13 Masculino Médio / -47kg)

Luyan Philipe Beserra Costa (Sub-13 Masculino Meio-Pesado / -52kg)

Ana Clara Oliveira Santana (Sub-13 Feminino Ligeiro / -31kg)

Lorena Victoria Lira de Brito (Sub-13 Feminino Leve / -38kg)

Alyce Oliveira de Sena (Sub-13 Feminino Pesado / -60kg)

Matheus Santos de Almeida Rocha (Sub-15 Masculino Meio-Leve / -50kg)

Hubert Collins Carvalho Barcelos Morais Castro Filho (Sub-15 Masculino Leve / -55kg)

Marcio Yann Oliveira do Carmo (Sub-15 Masculino Meio-Pesado / -73kg)

Kauann Victor Mesquita da Silva (Sub-15 Masculino Pesado / -81kg)

Esther Doria do Nascimento (Sub-15 Feminino Ligeiro / -40kg)

Kemelly Victoria Ferreira do Nascimento (Sub-15 Feminino Meio-Médio / -52kg)

Vitor Emannoel Assunção Araújo (Sub-18 Masculino Meio-Leve / -60kg)

Luís Davi de Carvalho Rocha (Sub-18 Masculino Leve / -66kg)

Ryan Vinicius da Silva Rodrigues (Sub-18 Masculino Meio-Médio / -73kg)

Gabriel Jordan Campos Campelo da Silveira (Sub-18 Masculino Médio / -81kg)

Kailane Vitoria Azevedo Alves (Sub-18 Feminino Ligeiro / -44kg)

Maria Clara Lima Barbosa (Sub-18 Feminino Meio-Leve / -48kg)

Ana Clara Mallone Nascimento de Sousa (Sub-18 Feminino Meio-Pesado /-70kg)

Raphael Achiles Sousa de Sena (Sub-21 Masculino Meio-Leve / -66kg)

Paulo de Jesus Silva Pereira (Sub-21 Masculino Meio-Médio / -81kg)

Italo Gabriel Ivo da Silva (Sub-21 Masculino Médio / -90kg)

Ellen Raissa Ferreira Soares (Sub-21 Feminino Meio-Leve / -52kg)

Ana Clara Rodrigues Lopes Lima (Sub-21 Feminino Médio / -70kg)

Maicon Douglas Cortez Silva (Sênior Masculino Meio-Médio / -81kg)

Izabele Sousa de Oliveira (Sênior Feminino Ligeiro / -48kg)

Luciana de Oliveira Coelho (Sênior Feminino Médio / -70kg) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Fotógrafa Elza Fiúza morre em Brasília. Foto: Elza Fiuza/Arquivo Pessoal

A fotojornalista Elza Fiúza morreu na madrugada desta quarta-feira (10), em Brasília, aos 74 anos, após sete anos de luta contra um câncer. A informação foi confirmada pela família.

Elza Fiúza fala em um telefone militar em cobertura jornalistica durante o governo Collor de Melo. Foto: Arquivo Pessoal

Elza trabalhou na Agência Brasil por mais de três décadas. Iniciou na extinta Radiobras, em 1986, e seguiu na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) até 2018, quando deixou o fotojornalismo por meio de um programa de demissão voluntária (PDV). À época, a saúde já dava sinais de fragilidade. Ela também foi fotógrafa do Correio Braziliense.

Em 2018, Elzinha – como era conhecida na redação – foi homenageada no livro Um olhar sobre o Brasil, que reúne 125 imagens do cotidiano brasileiro, capturadas pela lente de fotógrafos da Agência Brasil. “Aqui, passei os melhores anos da minha vida”, resumiu Elza, emocionada, durante a cerimônia de lançamento da publicação.

Ela participou de coberturas emblemáticas para a política nacional como a campanha das Diretas Já, a promulgação da Constituição de 1988, o impeachment do ex-presidente Fernando Collor e o discurso de despedida da ex-presidente Dilma Rousseff.

Dentre algumas fotos consagradas pela fotojornalista, está a do então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, com a Constituição de 1988 nas mãos, ao ser promulgada.

Promulgação da Constituição de 1988 . Foto: Elza Fiúza/Agência Senado

Biografia

Elza Maria Praia Fiúza Dias Pinto nasceu em 19 de agosto de 1949, em Manaus. Morou parte da vida na capital carioca, onde estudou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Brasília (DF) 10/04/2024 - A fotógrafa da Agência Brasil (EBC), Elza Fiuza faleceu na madrugada desta quarta feira.
Elza com seu companheiro Chico Dias
Foto:Elza Fiuza/Arquivo Pessoal

Em seguida, mudou-se para São Paulo e, depois, para Brasília. Em um de seus perfis nas redes sociais, ela se descreve como “fotojornalista apaixonada pela profissão”.

Foi casada por mais de 50 anos com o jornalista Chico Dias, com quem teve quatro filhos: Joana, Pedro, Vânia e Marina. Elza deixa ainda cinco netos: Moreno, Mariah, Helena, Heitor e João.

Anualmente, o casal recebia jornalistas de toda a cidade em sua casa, no fim do Bairro Asa Norte, onde ocorria uma tradicional festa junina.

“Minha vovó se foi. Com ela, todo o meu coração. Obrigada por tanto, vovó. Pra sempre vou te amar e te carregar todos os dias dentro de mim. Bença”, postou a neta Helena Praia.

Depoimentos

Ulysses Guimarães, Presidente da Câmara dos Deputados. Foto: Elza Fiuza

O amigo e colega de fotojornalismo da Agência Brasil, José Cruz, lamentou a morte de Elza. “Já tínhamos perdido dois colegas muito especiais: o Roosewelt Pinheiro [falecido em março de 2021, aos 76 anos] e o Gervásio Baptista [falecido em abril de 2019, aos 95 anos]. Agora foi ela. Onde eles chegavam, traziam alegria”.

“Foi um privilégio ter sido amigo dela desde os tempos do Correio Braziliense, em 1978 ou 1979. Ela fazia um trabalho criterioso, sem deixar de ser brincalhona. Andava sempre com um bloquinho na mão. Além de anotar o nome dos personagens de suas fotos, ela os desenhava”, lembrou Cruz.

“Era uma mãezona e acabava cuidando de todos na redação. Trazia comida, organizava tudo. Tínhamos sempre muito respeito. Quando ela falava, estava decidido. No fotojornalismo, há muita gente especial, mas que nem ela não existe mais”, destacou. “Não se silenciava diante de injustiças. Na ditadura, batia o pé contra tudo”.

O também amigo e editor da Agência Brasil Fernando Fraga lembrou, com carinho, de quando se conheceram. “Em 1978, meu primeiro emprego foi no Jornal de Brasília. Editoria de Cidade era o destino de todo ‘foca’ [jornalista iniciante]. Elzinha já era fotógrafa do Correio Braziliense, o concorrente. Nos víamos nas pautas, nos bares e no Clube da Imprensa e nos tornamos amigos, assim como de seu companheiro Chico Dias”.

“No ano seguinte, fui contratado pelo Correio. Nossa amizade se consolidou. Muitas pautas, festas, bares e almoços. Éramos e ainda somos uma família. Uma turma. Hoje, de velhos jornalistas. Desde então, sempre nos víamos. Elza fará muita falta na nossa vida. Que olhe por nós de onde estiver”.

O gerente-executivo de Imagens da Agência Brasil, Juca Varella, trabalhou com Elza à época da Radiobras.

“Fizemos algumas viagens juntos. Nos anos 1990, era raro mulheres fotógrafas nas redações. Ela era pequena e valente. Uma mulher de opiniões firmes que criticava e se posicionava contra injustiças”.

“Basta ver as imagens feitas por ela para se ter uma ideia de seus posicionamentos. Ela sempre se pautava contra injustiças. Sempre preocupada com a educação no país, com as causas das mulheres e dos povos indígenas”, completou Varella.

Em uma de suas últimas entrevistas, em 2022, à neta Mariah Praia, Elza contou detalhes do que viveu no período da ditadura no Brasil. Um irmão e uma cunhada chegaram a ser presos e torturados à época, enquanto ela dava abrigo a militantes e denunciava o que via. “Muitos jornalistas foram presos só por denunciar”, contou.

“À medida que aumentava a resistência da população ao regime ditatorial, aumentava a violência deles. Tive um irmão, Cleto, e minha cunhada Janda, que ficaram presos. Foram presos e torturados. Ficaram mais de um ano presos. Minha família sofreu muito com a ditadura”, lembrou Elza.

A fotógrafa será velada amanhã, na Capela 6 do Cemitério Campo da Esperança, no Bairro Asa Sul, das 11h às 13h. Seu corpo será cremado às 16h, em Valparaíso.

 (Fonte: Agência Brasil)

A terceira edição da Campus Party Brasília continua até domingo (23), no Estádio Mané Garrincha.

A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (9), o marco legal para a indústria de jogos eletrônicos. O chamado Marco Legal dos Gamers regulamenta a fabricação, importação, venda, o desenvolvimento de jogos eletrônicos e uso comercial deles no Brasil. A partir dessa aprovação, a proposta será enviada à sanção presidencial.

Na definição de jogos eletrônicos, entram os softwares (programas para computador), as imagens produzidas a partir da conexão com o jogador, conhecido como gamer; os jogos de console de videogames e de realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA), realidade mista (RM) e realidade estendida ou imersiva, tanto quando gamer faz o download do jogo (baixar o jogo e o arquivo fica salvo naquele dispositivo eletrônico, como smartphone ou compactador) ou por streaming, que permite a reprodução do jogo sem necessidade de baixar um arquivo. Não entram nessa categoria de gamer, os jogos de azar eletrônicos, apostas do tipo bet, poker on-line e outros que envolvam premiações em dinheiro.

Pelas redes sociais, o autor da matéria na Câmara Federal, o deputado Kim Kataguiri (União-SP), comemorou a aprovação do texto na Câmara Federal e explicou a dimensão do setor que poderá ser ampliado.  “A indústria dos games gerou mais dinheiro do que a da música e cinema somadas. Em 2016, o Brasil movimentou US$ 1,5 bilhão no setor. Não é só uma brincadeira de criança. É geração de emprego e renda. É mais investimento para o nosso país!”

Pelo texto, a indústria do setor, por meio dos desenvolvedores de gamers, deve proteger as crianças e adolescentes, por exemplo, da exposição a jogos violentos ou abusos. Além de criar canais de reclamações e denúncias de abusos para assegurar os direitos desse público no mundo digital, e as ferramentas de compras deverão buscar o consentimento dos responsáveis pelos usuários infantojuvenis.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) elogiou a determinação aos desenvolvedores. “Eles terão responsabilidade com a atenção e o cuidado com crianças e adolescentes contra toda forma de negligência, incentivo à violência, sexualização. Isso não combina com a cultura, não combina com os jogos”.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Associação de Desenvolvedores de Jogos do Estado do Rio de Janeiro (RING), Márcio Filho, um dos pontos mais importantes com a aprovação do Marco Legal dos Games é a construção de um ambiente de segurança jurídica para o setor no Brasil. “Estamos caminhando para correção de atrasos históricos — como a ausência de reconhecimento formal de empresas e empregos de jogos — bem como, avançando em temas caros à sociedade atual, como a proteção às crianças e aos adolescentes em ambiente virtual e formas de fomento e incentivo à economia criativa e a construção do soft power nacional”, visualiza o gamificador Márcio Filho.

Incentivos ao setor

O projeto de lei (PL 2.796/2021) busca regular todos os aspectos relevantes da produção. De acordo com o texto do projeto, a indústria de jogos eletrônicos contará com incentivos à economia do setor e renúncia fiscal semelhantes aos previstos para o setor cultural previstos na Lei Rouanet e na Lei do Audiovisual para estimular a produção de conteúdo, como a redução de tributos, como o Imposto sobre produtos industrializados (IPI) de equipamentos necessários ao desenvolvimento de jogos.

“O Marco Legal dos Games traz fundamentalmente a segurança jurídica ampliada, garantindo que o setor não estará ao sabor dos desejos do gestor da vez para ver suas ferramentas de fomento sendo respeitadas e realizadas”, explica Márcio Filho, da Associação de Desenvolvedores de Jogos do Estado do Rio de Janeiro.

O PL 2.796/2021 também regulamentará as atividades dos profissionais de tecnologia. Todos os envolvidos no desenvolvimento de jogos eletrônicos serão incluídos em categorias do Microempreendedor individual (MEI) e na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ambos retratam a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP) 05/11/2023 - Estudantes e pais na Universidade Paulista no bairro do Paraiso . 
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Jovens e adultos com menos de 45 anos são os mais interessados em conseguir um emprego federal. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos informou, nesta terça-feira (9), que candidatos com idade entre 20 e 44 anos são 80,3% do total de inscritos no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), mais do que o dobro do que essa faixa de idade representa na composição da população brasileira: 38,72%, de acordo com o Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Fundação Cesgranrio, organizadora do Concurso Unificado, também chamado Enem dos Concursos, disponibilizou, hoje, a distribuição por faixa etária dos mais de 2,144 milhões inscritos, entre pagantes e isentos.

Conforme dados sobre o número de inscrições disponibilizados, o grupo mais numeroso de concorrentes desta faixa etária de jovens e adultos é de 25 a 34 anos, com 821.523 inscrições (38,3% do total de candidatos) confirmadas, após o pagamento das inscrições.

No grupo entre 25 e 34 anos, as mulheres são maioria, com 56,3% de inscrições. Os homens somam 43,7% do total. Em números absolutos, são 462.377 mulheres e 359.146 inscritos entre 25 e 34 anos.

O segundo maior grupo de inscritos tem entre 35 e 44 anos: 556.948 candidatos ou 26% do total, percentual que também supera a pirâmide etária do Censo 2022, pois a população de 35 a 44 anos corresponde a 15,87% dos brasileiros.

Em terceiro lugar, está a faixa de candidatos entre 20 e 24 anos: 342.988 candidatos (16% do total). Em seguida, aparecem os inscritos com idade entre 45 e 59 anos, que são 13,8% do total, com quase 300 mil (296.359) candidatos.

O quinto grupo é composto por adolescentes de 15 e 19 anos (4,8% – 342.988 inscrições).

E, se há espaço para os adultos e jovens disputarem as vagas do maior concurso público já realizado no Brasil, há também idosos interessados em passar na prova de 5 de maio, já que os cargos não impõem limite máximo de idade.

Quase 23 mil (22,8 mil) pessoas com idade entre 60 e 69 anos inscreveram-se no certame e representam 1,1% dos candidatos. Candidatos na faixa de 70 a 79 anos representam 0,042% do total. Por fim, cerca de 20 idosos com 80 anos ou mais, representando 0,001% do total, vão disputar o concurso.

Em caso de empate na classificação, um dos critérios adotados para desempate é a idade. Tem preferência o candidato que tiver idade igual ou superior a 60 anos, até o último dia de inscrição.

Candidatos por faixa etária

Bloco

O Concurso Público Nacional Unificado do próximo mês terá provas específicas para oito blocos temáticos para candidatos de níveis de escolaridade superior e médio/técnico. A Fundação Cesgranrio ainda divulgou, nesta terça-feira (9), como foi o interesse pelos blocos por faixa etária.

A disputa vaga a vaga será mais acirrada nos blocos temáticos 8 (nível intermediário) e 7, bloco de Gestão Governamental e Administração Pública, que neste último tem a maior parte das vagas destinadas a candidatos com graduação em qualquer área de conhecimento

Entre 20 e 24 anos, a maior parcela de inscrições foi realizada para o bloco temático 8; com 188.501 candidatos, ou 55% do total de inscritos. Nessa mesma faixa etária, a segunda maior quantidade de inscrições foi assinalada para o bloco 7.  

Mesmo ranking de preferência no grupo de 25 e 34 anos. A maioria dos candidatos (26,8%) disputará vagas no bloco temático 8 (nível intermediário). Em segundo lugar, 21,6% dos jovens candidatos desse grupo tentam uma vaga do bloco da Gestão Governamental e Administração Pública, o de número 7.

Entre os candidatos com idade entre 35 e 44 anos, as preferências se invertem. Os candidatos do bloco 7 (Gestão Governamental e Administração Pública) são a maioria nessa faixa etária, com 132.162 inscritos (23,7% das inscrições). Em segundo lugar, está o público que optou pelo bloco 8 (Nível Intermediário): 122.815 inscritos, representando 22,1% do total dessa faixa etária.

Arte Enem dos Concursos. Blocos Temáticos. Foto: Arte/EBC

Perfil

Entre os 2,144 milhões de candidatos inscritos no Concurso Público Nacional Unificado, liderado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, 420.793 solicitaram cotas raciais, garantida no serviço público do Brasil, desde 2014, pela Lei nº 12.990, que reserva 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos aos negros.

No perfil geral do CPNU,  metade das inscrições foram feitas por candidatos que ganham até três salários mínimos. Além disso, a presença majoritária de mulheres entre os inscritos: 56,2% são do público feminino e 43,8% são homens.

Certame

O Concurso Público Nacional Unificado aplicará simultaneamente, em 5 de maio, provas em 228 cidades, incluindo capitais e municípios de todas as unidades da federação para preenchimento de cargos públicos efetivos em órgãos públicos federais.

O Distrito Federal é a unidade da federação com maior número de inscritos no certame: 220 mil candidatos, superando os índices de cidades mais populosas como Rio de Janeiro e São Paulo.

Os mais de 2,14 milhões de candidatos confirmados disputarão 6.640 vagas para cargos públicos efetivos, no maior concurso público da história do Brasil e em formato inédito e aplicação única das provas, com o objetivo de promover igualdade de oportunidades aos interessados.

O certame contará com segurança reforçada e uma rede de aplicação integrada por diversos órgãos públicos. A Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Força Nacional darão apoio na logística e segurança do certame.

(Fonte: Agência Brasil)

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Os professores da Universidade de Brasília (UnB) aprovaram greve a partir da próxima segunda-feira (15). A decisão foi tomada em assembleia geral extraordinária da categoria, na tarde dessa segunda-feira (8). Foram 257 votos favoráveis e 213 contrários. Cerca de 600 educadores participaram da assembleia. Representantes do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Sintfub), que estão em greve desde o dia 11 de março, e do Diretório Central dos Estudantes (DCE/UnB) também participaram da assembleia e manifestaram apoio à greve docente.

Em pauta nacional unificada, os docentes das universidades federais pedem reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Já o governo federal propõe reajuste zero este ano, e dois reajustes de 4,5% em 2025 e 2026.

Os professores também cobram a equiparação dos benefícios e auxílios com os dos servidores do Legislativo e do Judiciário.

Segundo a seção sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), os serviços essenciais serão mantidos durante a greve. A categoria ainda encaminhou a formação de um comando local de greve, que será composto pela diretoria da seção sindical, conselho de representantes e a comissão de mobilização da campanha salarial.

Em nota, a Reitoria da UnB informou que respeita o movimento de paralisação dos professores. “A greve é um direito constitucional garantido aos trabalhadores. A Universidade de Brasília (UnB) tem acompanhado as reivindicações das docentes e dos docentes junto ao governo federal. A UnB respeita e valoriza seus professores, que, juntamente com os servidores técnicos-administrativos, desempenham papel estratégico para que a instituição continue desenvolvendo ensino, pesquisa e extensão de excelência e com compromisso social”.

Greve nacional

A construção da greve nacional unificada está mobilizando professores de instituições federais de ensino de todo o país. Além da UnB, docentes de outras universidades e institutos federais já aprovaram a deflagração de greves, como na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e no Instituto Federal do Sul de Minas Gerais. Pelo menos, uma dezena de outras instituições já aprovou indicativo de greve, ainda sem definição de data, que podem ser marcadas em assembleias a serem realizadas ao longo da semana.    

O Ministério da Educação (MEC), também em nota, destacou que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias". A pasta ainda destacou o reajuste concedido pelo governo federal aos servidores públicos, em 2023.

“No ano passado, o governo federal promoveu reajuste de 9% para todos os servidores. Equipes da pasta vêm participando da mesa nacional de negociação e das mesas específicas de técnicos e docentes instituídas pelo MGI [Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos] e, ainda nessa semana, conduzirão reunião da mesa setorial que trata de condições de trabalho”.

(Fonte: Agência Brasil)

Um avião passa perto do eclipse solar total durante a Celebração Cósmica Hoosier no Memorial Stadium em Bloomington, Indiana, EUA 8 de abril de 2024. Foto: Bobby Goddin/USA Today/ Reuters/TPX Imagens do dia

Os eclipses solares totais, como o que ocorreu nessa segunda-feira (8), além de produzir imagens incríveis, contribuem para impulsionar o conhecimento científico. O professor do Departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP) Roberto Costa explica se tratar de um momento especial para pesquisadores que estudam a estrutura do Sol.

“No exato instante em que o disco do Sol fica completamente coberto pelo disco da Lua, dá para analisar com precisão a chamada coroa solar, que é aquele envoltório externo do Sol. Ela tem uma luminosidade muito mais fraca que a luz que vem das próprias superfícies do Sol”, explica.

Ele destaca que os eclipses lunares, que também produzem belas fotos, oferecem menos contribuições para o avanço das pesquisa. “Não geram o mesmo interesse científico que os eclipses solares”, afirma Roberto.

Um eclipse total do Sol ocorre quando a Lua fica exatamente entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra sobre o planeta. Esse fenômeno, quando ocorre, só é observável em uma determinada região do mundo. Dois tipos de sombra se formam: a umbra e a penumbra. Nos locais onde a Terra é atingida pela umbra, é possível ver totalmente o eclipse, enquanto se vê parcialmente na área atingida pela penumbra. Nas demais áreas, o fenômeno não é visível.

Hemisfério Norte

O fenômeno registrado, nessa segunda-feira, não pôde ser observado no Brasil. Ele foi visível apenas a partir dos Estados Unidos, do México e do Canadá. Roberto destaca que o fenômeno ocorreu em um momento favorável para as pesquisas. “O Sol tem um ciclo de atividade de 11 anos. A cada 11 anos, há uma máxima quantidade de manchas solares, há uma máxima quantidade de explosões solares. E ele está quase no máximo, vai chegar nos próximos meses”.

O professor da USP disse ter conhecimento de diferentes grupos que se prepararam para a observação com interesse científico, contando inclusive com a participação de brasileiros, uma vez que muitos dos projetos de pesquisa voltados para a observação astronômica são multinacionais. “Foi um evento muito bem aproveitado. O tempo estava bom em boa parte dos três países. Porque é também uma espécie de loteria. Você pode montar toda uma infraestrutura para a observação e chegar na hora com o céu nublado. E aí não tem o que fazer”.

Ainda de acordo com Roberto, as características de Estados Unidos, México e Canadá foram facilitadores. “Veio a calhar de ser visível a partir de um lugar que tem infraestrutura. Porque pode ocorrer de o eclipse só ser visível no meio do oceano. Ou em locais onde o deslocamento é complicado”.

Ciclo

Os eclipses totais do Sol ocorrem a cada 18 meses, mas parecem raros justamente por atingirem apenas estreitas faixas do planeta. O próximo que será totalmente visível no território brasileiro será apenas em agosto de 2045, daqui a 21 anos. Antes disso, porém, eclipses parciais poderão ser observados do país.

“O ciclo dos eclipses é conhecido há literalmente 3 mil anos. Eles não pegam ninguém de surpresa. Existem disponíveis na internet catálogos de eclipse que registram os eventos de milhares de anos para frente e para trás”, destaca Roberto.

O professor da USP lembra um evento no Brasil que exemplifica a importância desses fenômenos para a ciência. “Teve um eclipse famoso observado no país em maio de 1919, a partir do qual houve a primeira validação experimental da teoria da relatividade do Einstein. Havia necessidade de um eclipse solar total e, quando ele ocorreu, foi possível observá-lo em Sobral, no Ceará”, contou.

(Fonte: Agência Brasil)

Iniciada no último dia 4 de abril, a programação especial de comemoração dos 15 anos de atividade do grupo maranhense Xama Teatro, o projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias”, continua a todo vapor em Belém e entra em sua reta final na cidade paraense, com ações formativas e espetáculos gratuitos ao público, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal.

A etapa final do projeto em Belém, assim como na primeira semana, também contará com atividades gratuitas e abertas ao público. Até o dia 10 de abril, o público participa da oficina “Residência Experimentos Arcanos”, das 9h às 12h, na Casa de Artes Cênicas do Sesc, na Boulevard Castilhos França, 722, na Campina.

Uma das ações formativas de destaque na programação é a oficina ministrada pela atriz, contadora de histórias e arte-educadora Renata Figueiredo, que oferece aos participantes um mergulho sobre um estudo vivencial que une os arcanos maiores do tarô à arte de contar histórias.

A segunda semana em terras paraenses também terá espetáculos gratuitos: e o primeiro será nesta quarta-feira (10), com o espetáculo “A Vagabunda – Revista de Uma Mulher Só”, que será apresentado às 19h30, no Teatro Waldemar Henrique, na Avenida Pres. Vargas, 645, na Campina. A peça conta a história de Gigi, mulher que volta 100 anos para enfrentar o que vier. Ao sobreviver a um incêndio, ela vai fazer o que for preciso para se manter de pé.

Com classificação etária de 16 anos, o espetáculo coleciona diversos prêmios, como o Sated-MA (2021) de Melhor Atriz, Figurino e Texto; o de Mulheres de Atitude (2020), pela Secretaria de Estado da Mulher (Semu), do governo do Maranhão; e o Prêmio Graça Aranha – Literatura (2022).

Já nesta quinta-feira (11), às 20h, no Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso (na Boulevard Castilhos França, 522/523), também na Campina, será apresentada a peça “A Carroça é Nossa”, espetáculo de teatro de rua que traz a história de quatro personagens centrais: Pedoca (Lauande Aires), Cecé (Renata Figueiredo), Toinha e Joaninha (Cris Campos).

Na narrativa, o quarteto parte em uma jornada em busca do animal para puxar uma carroça, que acreditam ser o veículo mágico de transporte até os seus sonhos. Durante a busca, percebem que seus destinos não se cruzaram à toa e que precisam desvendar um enigma que envolve a carroça.

“Nesta grande temporada que temos feito em São Luís, estamos oferecendo apresentações de espetáculos do nosso repertório, assim como atividades paralelas nas formas de oficinas e residência e ações para público infantil por meio da narração de histórias. É uma mostra de como o grupo Xama Teatro se esforça em cada trabalho para encontrar, na vontade de um, a voz de uma multidão”, destacou Nicolle Machado, atriz, diretora profissional e integrante do coletivo.

Fortaleza

Além de Belém e São Luís, a programação especial do projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias” segue, também, para Fortaleza, no Ceará, no mês de maio.

Na capital cearense, as ações formativas, assim como os espetáculos e a narração de histórias, começam a partir do dia 9, com temporada aberta até o dia 17. Serão palcos da programação: o Porto Iracema das Artes, na Rua Dragão do Mar, 160; e no Dragão do Mar, na Rua Dragão do Mar, 81 - ambos na Praia de Iracema.

Serviço

O QUÊ: 

Edição Belém do projeto “O Teatro Te Xama: 15 anos em 15 dias”, do grupo maranhense Xama Teatro;

QUANDO: 

Programação da 2ª semana do projeto em Belém, em cartaz até o dia 11 de abril, com ações formativas e espetáculos;

ONDE:

  • Ações formativas do Xama Teatro – Oficina “Residência Experimentos Arcanos”, das 9h às 12h, entre os dias 8 e 10 de abril, na Casa de Artes Cênicas do Sesc, na Boulevard Castilhos França, 722, Campina;
  • Espetáculo “A Vagabunda – Revista de Uma Mulher Só” nesta quarta-feira (10), às 19h30, no Teatro Waldemar Henrique, na Avenida Pres. Vargas, 645, Campina;
  • Espetáculo “A Carroça É Nossa” nesta quinta-feira (11), às 20h, no Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso, na Boulevard Castilhos França, 522/523, Campina.

Contatos: 

AP Assessoria de Imprensa – (98) 99613-6521 – Aidê Rocha; (98) 99968-2033 – Gustavo Sampaio.

INGRESSOS – gratuitos (reservas no Sympla):

Redes do Grupo Xama Teatro:

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, participa de coletiva em que anuncia medidas do governo federal para a Terra Indígena Yanomami. Foto: Frame/Canal Gov

O Conselho Universitário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) aprovou a concessão do título de doutora honoris causa à ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Ela é a primeira indígena a receber a honraria da instituição universitária fluminense.

Segundo a Uerj, a decisão de conceder o título à ministra, integrante do povo tenetehara (também conhecido como guajajara), deve-se, entre outros motivos, à intenção de reforçar o compromisso com a visibilização e reparação histórica a todos os povos originários.

“O histórico do trabalho de Sonia Guajajara revela a sua influência positiva na sociedade e a importância de seu engajamento para promover a justiça social, a preservação ambiental e os direitos humanos”, afirmou o conselheiro Affonso Nunes, relator do processo, segundo nota divulgada pela Uerj.

Pedro Geiger

Na mesma sessão, o conselho também aprovou a concessão do título ao pesquisador Pedro Geiger, de 101 anos, que trabalhou por mais de 40 anos no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foi professor visitante da Uerj.

Geiger fez estudos sobre a ocupação espacial de áreas específicas como Teófilo Otoni, Colatina e Baixada Fluminense. Ele também apresentou uma proposta de divisão do Brasil em regiões geoeconômicas que não considerava apenas os aspectos físicos do país, segundo a Uerj.

(Fonte: Agência Brasil)

creche

No Brasil, 2,3 milhões de crianças de até 3 anos de idade não frequentam creches por alguma dificuldade de acesso ao serviço. Isso significa que as famílias dessas crianças gostariam de matriculá-las, mas encontram dificuldades como a localização das escolas, distantes de casa, ou mesmo a falta de vagas. O percentual das famílias mais pobres que não conseguem vagas é quatro vezes maior do que o das famílias ricas.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados pela organização Todos pela Educação (TPE). Eles mostram que a oferta dessa etapa de ensino ainda é desafio no Brasil.

No país, a creche não é obrigatória, mas, de acordo com a Constituição Federal, é direito da criança e da família e cabe ao Estado oferecer as vagas. Pelo Plano Nacional de Educação, Lei 13.005/2014, o Brasil deve atender, pelo menos, 50% das crianças de até 3 anos nas creches até 2024.

Os dados divulgados, nesta segunda-feira (8), pelo TPE mostram que a meta não deverá ser cumprida e que ainda há grande demanda por vagas. Atualmente, 4,7 milhões de crianças frequentam creches, o que representa 40% do total de até 3 anos no país. Cerca de 40% não frequentam a creche por opção dos pais ou por outro motivo (3%). Entre esses motivos, estão falta de dinheiro para transporte e material (0,5%), o fato de as escolas não serem adaptadas a crianças com deficiência (0,2%) e problemas de saúde permanentes da criança (0,6%).  

Há, no entanto, 2,3 milhões, ou 20% das crianças, cujas famílias gostariam de ter acesso ao serviço, mas não conseguem, como ressalta o diretor de Políticas Públicas do TPE, Gabriel Corrêa: “Mais de 2 milhões de crianças fora de creche no Brasil estão nessa condição ou porque não têm creche perto de casa, têm mas falta vaga, ou até mesmo pelo fato de a creche não aceitar a criança por causa da idade. Há algumas unidades que só aceitam crianças a partir dos dois anos, por exemplo. São crianças cujas famílias querem colocar numa creche, desejam o atendimento, mas não conseguem obter do Estado esse direito. Por isso, o número chama muita atenção”.

O principal motivo para estar fora da creche é a instituição não aceitar a criança por causa da idade, de acordo com o levantamento. Cerca da metade das que não conseguem vaga alega esse motivo, seguido da falta de vaga, de acordo com um quarto das famílias; não ter escola ou ao fato de a creche ficar em local distante, segundo aproximadamente um quarto daqueles que não conseguiram matricular as crianças.

Desigualdade

Os dados mostram ainda que famílias pobres têm mais dificuldade de acesso ao serviço. Entre os 20% mais pobres do Brasil, 28% querem, mas não conseguem ter acesso às creches. Esse percentual é quatro vezes menor entre os 20% mais ricos. Nesse grupo, 7% não conseguem ter acesso. “O Brasil, infelizmente, ainda anda a passos lentos nessa expansão da oferta de creche, muito devido à baixa prioridade que ainda se dá à primeira infância no país”, diz Corrêa.

Quatro Estados concentram os maiores percentuais de demanda por creche: Acre (48%), Roraima (38%), Pará (35%) e Piauí (33%). O maior número de crianças cujas famílias gostariam de vagas em creche, mas não conseguem, está em São Paulo (267 mil), Minas Gerais (217 mil), Pará (205 mil); Bahia (204 mil) e Maranhão (137 mil).  

A educação nos primeiros anos de vida tem a função de aprofundar as primeiras aprendizagens e as interações sociais. Estudos mostram que essas interações podem causar impacto em todas as aprendizagens ao longo da vida. Além disso, as creches são importante suporte às famílias, sendo espaço seguro para deixar as crianças enquanto os responsáveis trabalham.

Ampliação de vagas

As creches, constitucionalmente, são de responsabilidade prioritária dos municípios. De acordo com o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, tanto o governo federal quanto os municípios estão se mobilizando para ampliar a oferta de creches à população, mas isso não é algo que acontece da noite para o dia. O principal desafio é a infraestrutura, que precisa ser adequada para atender bebês e crianças de até 3 anos. Além disso, é preciso contratar mais profissionais especializados para lidar com essa faixa etária.

Em relação à limitação da idade, que leva as famílias a terem a matrícula barrada porque a criança ainda é muito pequena, Lima diz que isso acaba sendo uma decisão de gestão para conseguir atender à demanda da população, que muitas vezes se concentra na faixa de 2 anos ou mais. Além disso, os custos para atender crianças menores é maior, visto que devem ser oferecidas salas adequadas, com menos crianças e com mais profissionais, o que faz também com que menor número seja atendido.

“A criança, quanto menor, exige maior cuidado. A responsabilidade pela oferta de serviço tem que ser mais assistida. Em idades muito baixas, como um ano basicamente, a quantidade de crianças por professor é cada vez menor. Então, você ocupa muitas salas de aula, muito espaço físico. para abrir matrícula a essas turmas com menor idade”, diz Lima. 

Outro desafio citado por ele é o cumprimento da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em 2022, definiu que o Estado deve assegurar o atendimento em creche e pré-escola às crianças de até 5 anos. O colegiado também estabeleceu que a oferta de vagas para a educação básica pode ser reivindicada na Justiça por meio de ações individuais.

“Por mais que tenha vontade ou por mais que exista decisão judicial mandando você implementar a matrícula, não há como fazer de forma adequada do dia para a noite. Então, às vezes, essas decisões de forçar o gestor a ter que, de qualquer forma, cumprir com o atendimento da demanda, leva a situações de improviso que, muitas vezes, podem precarizar a qualidade do serviço que está sendo ofertado”. Lima defende que cada contexto seja considerado, com os esforços que cada gestor está empreendendo na ampliação de vagas.

O presidente da Undime ressalta que por mais que a educação infantil seja responsabilidade prioritária dos municípios é preciso que os outros entes também contribuam para que o atendimento seja possível. “A educação infantil é responsabilidade direta do município pela sua oferta, mas fica claro que, alguns municípios, sobretudo com maior dificuldade de investimentos, não darão conta de expandir para atender a toda a sua demanda se não tiver um forte regime de colaboração, tanto por parte dos governos estaduais, quanto da União, principalmente na área de infraestrutura”. Ele cita as medidas do governo federal, por exemplo, como positivas para ampliar a oferta de educação infantil.

No ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica. Com isso, o governo quer concluir mais de 3,5 mil obras de infraestrutura em escolas que estão paralisadas ou inacabadas em todo o país, com previsão de investimento de quase R$ 4 bilhões até 2026.  

Em março deste ano, o governo anunciou a destinação de R$ 4,1 bilhões para a construção de 1.178 creches e escolas de educação infantil no país. Os recursos são do Novo Programa de Aceleração do Crescimento.

(Fonte: Agência Brasil)

São Paulo (SP), 24/03/2023 - O Museu de Arte de São Paulo (Masp) recebe a exposição A Ávore da Vida, da artista indígena Carmézia Emiliano, de origem Macuxi, na programação anual dedicada às histórias indígenas. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Com programação gratuita, o Museu do Pontal, localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, realiza, nos dias 13 e 14 deste mês, a segunda edição do Festival das Culturas Indígenas. A classificação é livre. O público poderá conferir oficinas, apresentações musicais, filmes, bate-papos, feiras de artesanato e gastronomia. A curadoria do festival é da equipe do museu, em conjunto com Pacari Pataxó e Carmel Puri, educadores indígenas que vivem no Rio de Janeiro.

Um dos destaques é a exposição Carmézia Emiliano e a vida macuxi na floresta. Essa é a primeira mostra individual da artista plástica no Rio de Janeiro. Nascida em Roraima, Carmézia pinta cenas do cotidiano de seu povo desde os anos de 1990 e é considerada uma das mais importantes artistas indígenas do Brasil. A mostra reúne 21 pinturas, ocupa uma sala e o saguão do museu.

O festival abrirá no dia 13, às 10h, com oficina educativa de pintura corporal com Pacari Pataxó, da Bahia, ao ar livre, nos jardins do museu. As pinturas serão feitas com pigmento extraído do jenipapo.

A programação prevê, ainda, a presença do cacique e xeramoi (liderança espiritual) Augustinho da Silva Karai Tataendy Oka, da aldeia Araponga, de Paraty, na Costa Verde fluminense. Com 103 anos de idade, Augustinho da Silva Karai Tataendy Oka é uma das principais lideranças espirituais guarani mbya na Região Sudeste. Ele estará no festival no dia 14, às 15h45, para demonstrar como é a cerimônia Nhemongara’I, ritual ancestral realizado anualmente na aldeia, quando o pajé batiza e planta sementes sagradas de milho, além de dar nomes nativos a parentes, especialmente crianças e jovens, que servirão como proteção espiritual.

Cinema

Haverá, também, uma mostra de cinema indígena. A curadoria é da cineasta Olinda Tupinambá, responsável pela seleção dos três filmes: a animação Quando os Maíra’yr criaram a noite, inspirada em uma história guajajara; e os documentários No tempo do verão, que acompanha crianças da etnia ashaninka em um fim de semana na mata, e Cordilheira de Amora II, sobre uma menina guarani kaiowá que transforma seu quintal em um experimento do mundo. As sessões serão na sala multiuso, às 12h30, nos dois dias do festival. Para participar das atividades, é preciso retirar ingresso na recepção com 45 minutos de antecedência.

No dia 13, às 11h, o escritor e poeta Dauá Puri contará histórias de seu povo na sala multiuso. Na parte da tarde, estão previstas oficinas sobre a importância das sementes com Twry Pataxó (15h) e apresentação do coral Guarani Tenonderã, de Bracuí (RJ), às 16h.

No dia 14, o projeto Bebês no Museu do Pontal recebe, às 10h, a atriz e contadora de histórias Mel Xakriabá, que levará para uma roda de musicalização cantos e instrumentos da nação xakriabá. No período da tarde, terá apresentação de cânticos guaranis pelo coral Kaa.guy Oy, formado por crianças e jovens da Aldeia Araponga. Encerrando a programação, às 17h, o cacique Carlos Doethyró Tukano fará palestra sobre a defesa dos direitos dos povos indígenas e a cosmologia do povo tukano.

Nos dois dias do evento, a DJ Cris Panttoja apresentará o resultado de pesquisas sobre música brasileira, nos intervalos das atividades.

(Fonte: Agência Brasil)