O Ministério da Educação (MEC) apoiará 108 cursinhos pré-vestibulares populares e comunitários sem fins lucrativos em 2025. A iniciativa faz Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP), regulamentada pelo governo federal e que terá investimento inicial de R$ 24,8 milhões para o ciclo 2025-2026. Os cursinhos serão selecionados por edital a ser publicado..
Neste programa, serão concedidas bolsas de R$ 200 por mês a estudantes da rede pública para ajudar a permanecer nos estudos. Os recursos serão transferidos diretamente pelas instituições de ensino. O limite de tempo que o beneficiário poderá receber a bolsa é de nove meses.
Para os cursinhos populares, a rede fornecerá apoio financeiro de até R$ 230 mil por turma (inclui o auxílio de R$ 200 mensais para os estudantes), materiais didáticos gratuitos para a preparação dos alunos, formação e capacitação de professores e gestores.
Lançada em 10 de março, junto com o programa Partiu IF, a nova rede faz parte do Programa Diversidade na Universidade, com o objetivo de aumentar o ingresso de grupos de estudantes do ensino médio historicamente excluídos da educação profissional e do ensino superior, especialmente por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Público-alvo
A estimativa do MEC é que sejam beneficiados 4.320 estudantes do Brasil até 2026. A seleção dos participantes será feita pelos cursinhos populares contemplados no programa, com base nos critérios estabelecidos em futuro edital.
De acordo com o MEC, a iniciativa tem como público alvo os jovens e adultos em situação de vulnerabilidade social. As vagas são destinadas a estudantes de escolas públicas, com renda familiar per capita de até um salário mínimo (R$ 1.518, em 2025) e, também, indígenas, pessoas com deficiência (PCD), negros ou quilombolas.
Além do auxílio financeiro de R$ 200 por mês, os participantes terão acesso a material didático gratuito de preparação para o Enem e outros vestibulares que selecionam candidatos ao ensino superior.
As bolsas serão pagas logo que os cursinhos populares forem contemplados no edital e os cursos começarem.
CPOP
A Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP) apoiará, até 2027, 324 cursinhos populares no Brasil. Neste período, o investimento global na rede CPOP está estimado em R$ 74,5 milhões para garantir suporte técnico e financeiro para a preparação de estudantes da rede pública que querem entrar em uma universidade.
Além de tentar ampliar o acesso ao ensino superior, a CPOP tem os objetivos de fortalecer cursinhos pré-vestibulares populares; retomar o interesse do jovem brasileiro pelo Enem; contribuir para a ocupação de vagas em cursos de graduação de instituições federais e elaborar orientações focadas no Enem para implementar ações nos cursinhos da rede.
O ator Osmar Prado incluiu mais um sucesso entre tantos na carreira que começou em 1958, ainda criança. Aos 77 anos, tem viajado o país, desde janeiro do ano passado, com a peça O Veneno do Teatro.
Em uma retrospectiva dos mais de 65 anos de carreira, Osmar se identificou como um acidente, porque foi cedo a sua manifestação “por uma coisa que nem sabia o que era”, quando, em torno dos 7 anos de idade, perguntou pela primeira vez à mãe como se fazia para ser artista.
“Mamãe, como se faz para ser artista? Embora não tivesse ideia do que era ser artista. Essa pergunta saiu da minha boca enquanto ela pilotava um fogão à lenha. Ela respondeu e me matou. Disse: meu filho, para ser artista, tem que ser bonito, alto. A referência dela era Rodolfo Valentino, símbolo sexual do período da década de 1930 ou 1940. Eu jamais me enquadraria nesse modelo. Então, ela me matou no nascedouro.”, relatou à Agência Brasil.
Isso, no entanto, não encerrou sua trajetória. A salvação veio com a tia Trindade Augusta Prado, que era operária e irmã da mãe do ator. “Ela foi me levando, até eu chegar a um teste na casa do diretor chamado Líbero Miguel, que queria iniciar a teledramaturgia na TV Paulista, já que existiam três televisões em São Paulo: a TV tupi, a TV Record e a TV Paulista”, contou.
Ao saber que o diretor precisava de meninos para fazer a primeira novela que seria adaptada para a televisão no canal 5, que era David Copperfield, de Charles Dickens, Osmar foi levado pela tia à casa de Líbero Miguel, que o pediu para decorar uma cena de meia página.
O menino respondeu que levaria para casa para decorar, mas o diretor disse que fizesse ali mesmo, e que ele contracenaria com a mulher do diretor. Osmar acabou ganhando a chance de participar da produção por causa de um improviso.
Líbero explicou como deveria desempenhar o papel. Ele teria que bater à porta, entrar e começar a conversar com a mulher que contracenava com ele.
“Bati à porta. Ela disse 'entre, sente-se aqui'. Fui indo e esbarrei acidentalmente no cinzeiro na mesa de centro, que caiu no chão. Peguei instintivamente, sentei no lugar que ela falou e comecei a conversar. Duas, três falas depois, ele parou e me disse 'não preciso mais'. Você vai trabalhar comigo”, contou em detalhes a situação.
Aos 12 anos, Osmar Prado representou o personagem Oliver Twist, também do escritor Charles Dickens, já como protagonista. “E assim minha vida foi seguindo, fui indo aos trancos e barrancos. Não fiz curso, nem faculdade de teatro. Todo o meu aprendizado foi na prática e nos contatos de pessoas maravilhosas do meio que me auxiliaram, me deram conselhos, me indicaram livros. Tive o privilégio de trabalhar com [o ator] Sérgio Cardoso”, contou, acrescentando que também Othon Bastos e Gianfrancesco Guarnieri foram grandes influências.
“Fui sendo levado”
Osmar lembrra que a origem da sua família era pobre. O pai, funcionário público ex-motorista de praça. A tia, responsável pela sua carreira, era operária e o seu nascimento foi em casa.
“Vim não da miséria, mas da pobreza. O parto, quando eu nasci, foi feito pela minha bisavó, em casa. Nasci em um quarto de um casebre de alvenaria, mas era um casebre com banheiro do lado de fora, tinha um quarto e uma sala. Meu pai e meu avô fizeram um puxado de madeira para fazer uma cozinha com fogão a lenha, em São Paulo na Vila Clementino. Hoje, tem um prédio enorme naquele lugar. Foi ali que comecei a minha vida".
"Fui sendo levado. Parece que era o destino inexoravelmente marcado ser o que sou, e não perdi o entusiasmo até hoje. Graças aos deuses, porque o Deus mesmo não tem nada com isso, coitado, tem tanta demanda porque ele olharia para mim, um menino qualquer? Deus tem demandas mais sérias, agora, os deuses do teatro sorriram para mim”.
Uma crítica assinada por Miroel Silveira, em 1959, já apontava para o potencial de atuação do ainda menino Osmar Prado. Foi na peça Nu, com Violino, em que atuava com o ator Sérgio Cardoso, já visto como artista de destaque.
“Era tão insignificante a minha participação que ele poderia ter me ignorado. Além de não me ignorar, ele disse o seguinte: ‘o menino Osmar Prado, apesar de ter quase perdido a voz na estreia, representou a sua cena até o final com imensa bravura e excepcional personalidade’. Ele disse isso de mim. Um misto de pena pelo meu desespero, mas, ao mesmo tempo, entendia que ali havia uma potencialidade. Ele previu: ‘uma agradável revelação aos 12 anos’”, afirmou.
Manifestações artísticas
Ao longo da carreira, o ator alternou momentos no teatro, na televisão e no cinema. Quando foi convidado para atuar em O Veneno do Teatro, fazia dez anos que não participava de uma montagem teatral. Nesse intervalo, integrou o elenco da novela Pantanal, na Rede Globo, interpretando o personagem Velho do Rio, com o qual recebeu o conceituado prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), na categoria de melhor ator.
“Encerrei com chave de ouro a minha participação [na televisão] e não voltei mais”, disse. “Toda vez que eu saí da televisão ou a televisão me ignorou, o teatro me acolheu e sempre me acolherá, se eu fizer por merecer. Por isso, estou fazendo O Veneno do Teatro há mais de um ano e não pretendo sair”.
O período em que esteve afastado do teatro é considerado por Osmar como um “hiato acidental”, uma vez que só realizaria um trabalho, quando estivesse realmente interessado. A última atuação tinha sido na comédia musical Barbaridade, inspirada em argumento dos escritores Luis Fernando Verissimo, Ziraldo e Zuenir Ventura. Embora fosse bem tratado, o ator não se sentia à vontade.
“Eu entendi, a partir da estreia da peça, que eu não estava confortável, mas fui até o fim da temporada no Rio e ainda fiz a temporada em São Paulo. Depois, não fiz mais e disse para mim mesmo: ‘Não volto para o teatro sem que eu acredite na proposta e diga a mim mesmo, é isso que quero dizer quando abrir o pano", contou.
E foi este chamado que o fez considerar um presente poder atuar em O Veneno do Teatro. O perfil do ator foi decisivo para o diretor Eduardo Figueiredo pensar em Osmar para o papel.
“Eu tenho mais de 30 anos de carreira e costumo dizer que o ator tem que ser criador, porque tem que promover a essência dele e as potencialidades como artista no projeto em que está. O Osmar é essa potência, o tempo inteiro ele contribuiu no processo de criação, não só da personagem, mas como um todo. Apesar da idade, ele tem um trabalho físico muito forte, tem uma potência corporal, uma flexibilidade. Então, a gente tem uma agilidade cênica no espetáculo que também é fruto da disponibilidade dele".
O diretor também elogia a capacidade de Osmar Prado decorar o texto da peça, que considera longo. Segundo Figueiredo, o ator nunca errou, nem nos ensaios.
"É normal no processo de ensaio o ator esquecer alguma coisa, porque é muito texto. Ele nunca teve esse problema. Sempre vinha muito preparado para o ensaio com as cenas decoradas daquele dia. Ele não tem esse problema de esquecer o texto, mesmo sendo um texto tão grande e denso”.
Parceria
O ator Maurício Machado, que divide a cena com Prado em O Veneno do Teatro, confessa que o colega sempre foi um ídolo e uma referência para ele ao longo da sua trajetória, de 37 anos.
“No início da carreira, era uma coisa absolutamente inatingível poder contracenar com ele. Até que, em 1999, quase fizemos uma peça juntos. Acabou não rolando. Agora, com O Veneno [do Teatro], o diretor pensou no Osmar, e eu achei que não poderia ter um ator mais adequado, porque, além do gigantismo do talento do Osmar, o personagem requer um ator com toda essa bagagem e com um leque variado de cores, de emoções que esse personagem tem".
“O Osmar além do grande ator e gênio que ele é para mim, dos maiores e mais importantes atores de toda a história que o Brasil já teve, é um grande parceiro. A gente construiu uma relação muito incrível já desde o primeiro momento de leitura, em que tivemos certeza que os personagens nos escolheram e que teríamos ali uma parceria muito bonita, de muita confiança e muito respeito. É uma alegria poder contracenar com ele, que é o maior ator vivo brasileiro. Osmar sempre foi um artista cidadão. Ele tem 77 anos e fala sobre todas as questões contemporâneas”, elogia Mauricio Machado.
Para o diretor, Eduardo Figueiredo, a essência da peça também combina com Osmar Prado, por se tratar de um espetáculo que discute civilidade e poder. "A gente está o tempo inteiro discutindo a postura do ser humano, até onde vai a capacidade de o ser humano de cometer atrocidades. Onde está a civilidade na sociedade contemporânea, onde a gente tem guerras, onde os direitos humanos são desrespeitados o tempo inteiro”, resumiu.
Preocupado com as questões globais, Osmar critica o predomínio de nações no cenário mundial. “Estamos caminhando para um desfecho que, no meu entender, será o desfecho que a humanidade necessita: a multipolaridade das nações. Todos terão que sentar à mesa para discutir o mundo sem a predominância de quem quer que seja, mas no sentido de colaborar. Isso acaba com os impérios de um modo geral. Temos que acabar com os impérios, abaixo os imperadores. Que venha a democracia plena”, torce o ator.
Professores de matemática do ensino médio em todo o país podem participar da segunda edição da Olimpíada de Professores de Matemática (OPMBr). A competição avalia práticas docentes e conhecimento da matéria e da didática, e selecionará dez mestres na categoria ouro, premiação máxima e que repetirá o “troféu” da primeira edição: uma viagem para Xangai, para formação e intercâmbio cultural em escolas locais. As inscrições estão abertas desde o dia 1º de março.
A OPMBr surgiu de uma conversa de uma turma de veteranos de engenharia do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA). A turma 89 discutia maneiras de melhorar os níveis de conhecimento básico em matemática no país, que participa da elite mundial na disciplina (Grupo 5 da Internacional Mathematical Union – IMU) mas tem resultados ruins em exames que se destinam à maior parte da população.
Atualmente, o Brasil ocupa a 65ª posição no ranking de 81 países que participaram do último Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), divulgado no final ano passado, levando em conta os resultados da área de matemática.
Os professores inscritos para esta edição farão a avaliação online em junho. Os classificados vão mandar um vídeo que demonstre o trabalho desenvolvido em sala de aula, abordando metodologias, experiências e resultados. O trabalho será avaliado em agosto. Já a terceira fase, de entrevistas realizadas pelo Conselho Acadêmico da competição, será em setembro. Os classificados serão conhecidos em novembro e iniciam o intercâmbio em abril de 2026.
A professora Jaqueline Mesquita, do Conselho Acadêmico da Olimpíada e presidente da Sociedade Brasileira de Matemática, disse à Agência Brasil que a competição é importante na medida que permite identificar não apenas os conteúdos que estão sendo trabalhados, mas como ele é transmitido.
“O professor sabe como abordar esse conteúdo em sala de aula, ele traz o que a gente chama de ‘conhecimento pedagógico de conteúdo’, que é a forma de linkar o conteúdo matemático com a forma de ensinar este conteúdo em sala de aula, e este foi o grande diferencial dos vencedores da última edição”.
Algo que lhe chamou a atenção foi a presença de muitos medalhistas de ouro que vieram de cidades do interior, e não de grandes centros ou capitais. “Os dados das Olimpíadas podem ser importantes para mapearmos as assimetrias regionais no ensino da matemática, compreendendo as competências necessárias a serem desenvolvidas por esses professores em cada localidade”, explicou.
Mesquita ressaltou que esses dados vão “servir como métrica para propor políticas públicas mais eficientes visando melhorar o ensino da matemática”. Para a professora, esse mapeamento, assim como a discussão da importância do papel do professor e de sua formação continuada fazem parte dos legados que o evento busca.
O piauiense Rubens Lopes Netto foi um dos vencedores da última edição. A história dele com a matemática começou dentro de casa, ainda criança. Com muita facilidade para os cálculos, a matemática sempre esteve presente no seu dia a dia e nas memórias de infância com o seu pai que, desde pequeno, apoiava e estimulava o aprendizado da matemática no cotidiano. De forma despretensiosa, Rubens iniciou sua jornada como professor no magistério, antes de prestar vestibular para matemática.
Rubens recorda que o seu magistério começou em escolas rurais, com poucos alunos e sem recursos básicos, mas que evoluía no contato direto e interativo com os alunos. “A prática da gente vai evoluindo com o tempo, com os alunos. Depende também de como eles respondem, e, às vezes, vamos melhorando de uma aula para a outra”.
O professor lembra ainda que, desde o início do seu magistério, manteve “contato com todos os níveis e modalidades de ensino com variados perfis de estudantes, e isso vai ajudando a gente. Minha primeira escola era no campo, em um povoado. Lá fazia, por exemplo, uso de materiais concretos e outras estratégias”, disse.
Após se formar, Rubens passou a dar aulas para alunos do ensino médio, e hoje está a caminho da conclusão de um doutorado na área. Também deixou as salas de aulas do ensino básico, pois está atuando na formação de professores para o governo do Maranhão.
OPMBr
Rubens revela que sua escolha, como um dos premiados da OPMBr, veio após o resultado na formação de estudantes nas redes de Mata Roma (MA, municipal) e Anapurus (MA, estadual). “Nas provas do Saeb e do Seama conseguimos a melhor colocação de todas as escolas do nosso município, o que nos rendeu premiação, pela média de proficiência do nono ano. O que mais chamou a atenção foi isto, conquistar resultados em uma cidade tão pequena”, explica.
O professor disse que visitou quatro escolas na China, viagem que ele definiu como “incrível, algo que eu não ousaria sonhar nem em meus melhores sonhos”. Para o professor, a viagem lhe permitiu analisar as diferenças do ensino da matemática entre os dois países. “Eles trabalham muito a questão de aprendizagem por pares e formação continuada, então um professor se capacita com outro, de sua área. Os estudantes entendem que estudar é importante, e que saber matemática e ciências pode lhes fazer conhecer o mundo”, afirma.
Essa formação adquirida, por meio da OPMBr, levou a trabalhar em seminários de multiplicação para outros professores, promovidos governo do Maranhão, nos quais aplica parte do que aprendeu. “O que podemos aplicar e pretendemos fazer são workshops para mudança de pensamento e atitude do professor. Agora, muita coisa que a gente viu lá [na China] como estrutura e cultura, a gente viu que só vai surtir algum efeito a longo prazo”, disse.
O jovem Pedro Dutra é morador do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. A cerca de 8 quilômetros dali, em Cordovil, Complexo de Israel, reside o estudante Breno Alencar, de 15 anos.
Em comum, os dois são estudantes de escolas públicas e cursam robótica na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) do Maracanã. O aprendizado prático e teórico levou ambos a Brasília para disputar uma vaga em equipe na final do 7º Festival Sesi de Educação, a maior competição de robótica do Brasil, que, neste ano, tem como tema os oceanos.
Estudantes Breno Alencar e Pedro Nova
O torneio de robótica é o passaporte para o mundial em Houston, nos Estados Unidos, que reúne, anualmente, cerca de 15 mil estudantes de todo o planeta.
Pedro sonha em conquistar uma das vagas na etapa classificatória para o mundial de robótica, após ter vencido as fases regionais no Estado. O estudante diz que a tecnologia tem transformado a vida.
"A robótica tem facilitado os estudos, porque a programação envolve muita matemática e nosso raciocínio lógico para pensar mais rápido. Além de muita física para o desenvolvimento de robôs", conta o estudante.
O colega de equipe, Breno, viajou pela primeira vez de avião para a seletiva da capital federal e já sonha em se tornar um profissional de Tecnologia da Informação (TI), voltado para desenvolvimento de softwares.
"Nunca tive contato com a robótica, nem programação, nada. Entrei firme no curso e a gente foi montando robôs. Passamos. Estou realizado. Só de eu estar aqui, já é um sonho".
Competição nacional
O festival de robótica reuniu, nesse sábado (15), 2,5 mil estudantes divididos entre 270 equipes das cinco regiões do país. Além das escolas do Sesi, 23 escolas públicas competiram nesta sétima edição.
A disputa em Brasília marcou o encerramento da temporada nacional e classificou dez equipes para a competição internacional, em abril, em três categorias da First [sigla em inglês para For Inspiration and Recognition of Science and Technology] de diferentes faixas etárias:
três equipes da First Lego League Challenge (FLLC);
três da First Tech Challenge (FTC); e
quatro da First Robotics Competition (FRC).
As três modalidades de robótica envolvem robôs de diversos portes, desde as pequenas máquinas feitas de blocos plásticos de montar até robôs de 1,2m de altura, que pesam 56kg, programados para cumprir desafios com grandes bolas.
Legado
Gerente do Sesi
Desde 2012, mais de 45 mil estudantes participaram dos torneios First no Brasil. O país acumula mais de 110 prêmios internacionais apenas na modalidade iniciante (FLLC).
A gerente do Centro Serviço Social da Indústria (Sesi) de Formação e Educação, Kátia Marangon, avalia que a robótica educacional extrapola as arenas do evento, porque os estudantes têm a iniciação científica, contato com a inteligência artificial (I.A.) e também trabalham em equipe.
“Um estudante que passou pela robótica tem um diferencial quando chega ao mundo do trabalho. A gente fala muito dessa educação para o século XXI, com as muitas habilidades que esses jovens estão desenvolvendo aqui: muita tecnologia, pensamento computacional e de inteligência artificial, além de próprias competências sócio-emocionais. Isso tudo são as habilidades requeridas pelo mundo do trabalho agora”.
“O maior legado da robótica é a gente poder mostrar que é possível aprender de uma forma mais prazerosa, de uma forma real, resolvendo na prática problemas ali de uma comunidade”, disse a gerente do Sesi, Katia Marangon.
João Silva é árbitro do torneio de robótica. Ele já esteve do outro lado, entre os competidores, quando ainda era criança no Guarujá (SP). Para ele, trabalhar como voluntário é uma forma de retribuir os ensinamentos levando ciência e tecnologia para essa criançada.
“O profissional que eu sou na empresa onde trabalho é graças à robótica e ao poder transformador dele e destes torneios, que impactam mais e mais jovens e adolescentes para se tornarem adultos bons em matemática, ciência, tecnologia e I.A.”
Competidores
Os competidores do festival nacional têm entre 9 e 19 anos e são estudantes dos ensinos fundamental e médio de escolas públicas e privadas.
Estudante Flávio Expedito
Um deles é Flávio Expedito Medeiros, de 13 anos, integrante da equipe Cyber Hacks. Mesmo com a pouca idade, esta é a segunda participação do morador de Curitiba no torneio nacional na categoria First Lego League Challenge (FLLC). O menino classifica as provas como bem desafiadoras porque é preciso percorrer um trajeto com robôs feitos de Lego.
"É inspirador para mim. Nunca pensei na minha vida inteira que eu iria fazer algo tão desafiante assim. Aqui, trabalho muito a minha criatividade”.
Paralelo às três categorias, ocorreu o torneio Sesi F1 in Schools, que desafia estudantes a desenvolverem escuderias de Fórmula 1. A estudante Manoela Luzini Gonçalves, de 16 anos, está entre os seis pilotos da equipe de Goiânia e precisa aliar reflexos rápidos e concentração, na maior velocidade possível das miniaturas de carrinhos de corrida.
“Estou feliz só de estar aqui. Já sou uma vencedora mesmo que a gente não ganhe nenhuma competição”.
Manoela explicou que quatro pilares são desenvolvidos durante o projeto: engenharia, para a construção e montagem do veículo; gestão de projetos, para organização da equipe; comunicação entre as áreas; e promoção da marca e dos patrocinadores.
“É um grande desafio, porque são muitas áreas que a gente tem que interconectar”.
Projetos
Além das competições, divididas em dois andares dos locais, o público pôde conferir os experimentos campeões com robôs das etapas estaduais que classificaram as equipes para competir em Brasília.
Uma destas invenções é a prancha guiada por um controle remoto, criada pela equipe de Araguaína (TO), para resgatar pessoas em situação de afogamento até que o salva-vidas as alcance. Os integrantes do grupo chamaram a atenção dos visitantes por estarem fantasiados de personagens da turma do mexicano Chaves. Sem acanhamento, eles apresentaram o protótipo de baixo custo, mais acessível, sobretudo, para comunidades do interior do país.
“Nosso objetivo é levar essa solução a todos e espalhar ainda mais o nosso projeto, para mostrarmos que a robótica não é feita por máquinas gigantes e projetos extravagantes, mas também está nos pequenos projetos”, explicou o líder da equipe tocantinense, Liz Ester Rodrigues, de 15 anos.
Público
Além dos participantes, o público também pôde visitar de graça as arenas de competições da robótica. A organização do evento calculou que cerca de 15 mil pessoas passaram pelo local.
Os visitantes ainda puderam participar de oficinas educativas: de insetos elétricos e broche de luz, que ajudam a entender o funcionamento e a criação de circuitos elétricos; carrinho a motor, que convidou o público a montar um carrinho com palitos de sorvete; um motor e rodinhas de papelão. Foram 40 vagas por oficina e a inscrição foi feita na hora.
Neste mês de março, o Maranhão receberá um grande espetáculo – aclamado pela crítica e pelo público, além de ser vencedor do Prêmio Shell. “Azira’i – um Musical de Memórias”, escrito por Zahy Tentehar e Duda Rios e interpretado por Zahy, chega a São Luís para duas sessões especiais, no palco do Teatro Sesc Napoleão Ewerton, no Jardim Renascença, em São Luís, nos dias 21 e 22 desre mês.
Um solo autobiográfico, a peça conta a comovente história da relação entre Zahy e sua mãe Azira’i Tentehar, a primeira mulher pajé da reserva indígena de Cana Brava, no Maranhão, que ocupou a categoria dos Pajés Supremos dos povos Tentehar, destinado apenas a pessoas com sabedorias medicinais e espirituais extremamente desenvolvidas.
Ao longo do espetáculo, o público é convidado a mergulhar em uma história de força, amor e ancestralidade ambientado em uma comunidade indígena maranhense. A relação entre mãe e filha se dá num contexto necessariamente conflituoso, em um interior nordestino extremamente patriarcal e em uma cultura tensionada entre a preservação de seus valores ancestrais e a absorção de dinâmicas e mazelas de um sistema de civilização globalizado.
Ao mesmo tempo em que Zahy é a filha escolhida por sua mãe para herdar os dons de pajelança e de comunicação com os Mairas, é também nela que Azira’I descarrega as frustrações de existir num ambiente colonial e opressor. No palco, a atriz alterna cenas em português e, também, em Ze’eng eté, trazendo para o centro da cena o debate sobre os processos de aculturamento aos quais foi submetida.
Com direção de Denise Stutz e Duda Rios, o espetáculo tem direção de produção e produção artística assinadas por Andréa Alves e Leila Maria Moreno, além das projeções do multiartista Batman Zavareze (direção de arte e design gráfico), a cenografia de Mariana Villas-Bôas, os figurinos de Carol Lobato, a iluminação de Ana Luzia Molinari de Simoni e a direção musical de Elísio Freitas.
Em São Luís, a temporada de “Azira’i – um Musical de Memórias”, que conta com classificação indicativa de 12 anos, terá acessibilidade em Libras e audiodescrição, e ocorrerá nos dias 21 de março (sexta-feira), às 20h, e no dia 22 de março (sábado), às 19h.
O musical conta com produção conjunta da Alvoroço Criação e Produção Cultural e Sarau Cultura Brasileira. Os ingressos custam entre R$ 40 (Público geral) e R$ 20 (meia estudantes/Trabalhadores do comércio e funcionários Fecomércio/ Sesc/ Senac), e já estão disponíveis na plataforma Sympla, no endereço: https://www.sympla.com.br/eventos?s=teatro%20sesc%20napole%C3%A3o%20ewerton&tab=eventos.
Azira’i
O espetáculo narra a história de Azira’I, uma mulher muito forte, sábia e herdeira de saberes ancestrais, que tinha um conhecimento profundo sobre a terra e a medicina da floresta e realizava tratamentos com plantas e ervas e também promovia a cura por meio de seu canto. A sua voz e a de Zahy são, inclusive, muito parecidas, como todos que as conheceram observam. As semelhanças, o legado e os conflitos dessas duas mulheres estão na origem de todo este trabalho.
Em cena, Zahy Tentehar, filha de Azira’I, canta tanto canções originais compostas por ela e por parceiros como Marcelo Caldi, assim como entoa alguns cânticos improvisados, um dom que também herdou de sua mãe. Azira’I faleceu em 2021, ao longo do processo de criação da montagem, que começa em 2019, quando Zahy e Duda Rios se conhecem no elenco da montagem de ‘Macunaíma’, dirigida por Bia Lessa e encenada pela companhia Barca dos Corações Partidos.
Nas conversas de camarim, Eduardo se surpreendia com o que Zahy contava – ela mesmo se define como uma contadora de histórias – e surgiu ali mesmo a semente da criação de um espetáculo a partir daquela vivência em um contexto tão próximo, mas também tão distante.
“Azira’I” nasce ainda do desejo que Zahy tinha de contar as suas próprias histórias, sem necessariamente ter que virar porta-voz de uma causa, além de poder mostrar uma visão absolutamente não romantizada dos povos indígenas. “É muito libertador não precisar ter que representar uma pauta o tempo todo. Quero poder contar a minha história, de uma pessoa que saiu de sua reserva, foi para a cidade, aprendeu uma outra língua e teve uma relação complexa com a mãe”, reflete Zahy.
Zahy Tentehar
Zahy Tentehar é uma artivista, indígena, do povo Tentehara Guajajara, natural da Aldeia Colônia, localizada na reserva indígena Cana Brava, no Maranhão. Filha da pajé Azira e mãe de Kwarahy, é atriz e já vivenciou experiências como fotógrafa, cantora e performer.
Aos nove anos, passou a dividir sua vida entre a aldeia Colônia e o município de Barra do Corda, devido aos estudos. Aos 19, se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, onde viveu na Aldeia Maracanã e iniciou a sua carreira artística. Viveu o papel de Domingas na minissérie “Dois Irmãos” (2017), exibida na Rede Globo, com direção de Luiz Fernando Carvalho.
Ganhou destaque nas séries “IndependênciaS” (TV Cultura/2022) e Cidade Invisível (Netflix/2021), e em 2024, participou de duas importantes produções na Rede Globo: integrou o elenco da novela “No Rancho Fundo”, com a personagem Paula Alexandre; e participou do especial “Falas da Terra”, exibido em abril.
Criou, roteirizou e atuou na videoperformance “Aiku’è” (R-existo), em parceria com Mariana Villas-Boas, selecionado para o Kannibal Fest, em Berlim e para o Festival de Curtas do Rio. Realizou a exposição fotográfica “Olhar Meu”, no Parque Lage, em homenagem ao Dia Internacional dos Povos Indígenas.
Entre seus outros trabalhos, estão os filmes: “Não Devore Meu Coração”, de Felipe Bragança; “Semente Exterminadora”, de Pedro Neves Marques; “Zahy – Uma Fábula Sobre a Aldeia Maracanã”, de Felipe Bragança; e “Estranhos Rumores do Jardim Fantástico”, de Fábio Baldo.
Serviço
O quê: o espetáculo “Azira’i - Um Musical de Memórias”, interpretado por Zahy Tentehar;
Quando: nos dias 21 (às 20h) e 22 (às 19h) de março;
Onde: no Teatro Sesc Napoleão Ewerton, no Jardim Renascença, em São Luís;
A região central de São Paulo oferece, nos próximos dias, programação cultural à população. Nesta sexta-feira (14), o município lança o projeto CENTRÔ!, que terá atrações itinerantes e intervenções culturais gratuitas em ruas e praças do centro histórico paulistano.
O Largo do Café, a Avenida Vieira de Carvalho (altura do nº 31), Praça do Patriarca e Praça Antonio Prado são os logradouros públicos que recebem as primeiras atividades culturais do novo projeto, com eventos já confirmados até 5 de abril.
Com foco nos artistas de rua, as ações incluem diversas linguagens, como teatro, circo e música. Entre as atrações dos próximos dias estão Discopédia, DJ Lady Brown, Samba de Dandara, Cortejo Sanfonada, da Cia Chegança, Fizz Jazz - swing band ao estilo de New Orleans do início do século 20, e Quarteto em Dó Machado, grupo de música instrumental brasileira.
Cinema
A nova programação do Circuito Spcine exibe, até 19 de março, os filmes Flow e Sing Sing, indicados ao Oscar, com sessões disponíveis na Galeria Olido e no Centro Cultural São Paulo, ambos na região central da cidade. Os ingressos são vendidos a preços populares. Flow foi vencedor do Oscar de Melhor Animação, e Sing Sing teve três indicações à premiação.
A 13ª edição da Mostra Tiradentes SP, que vai até 19 de março, antecipa para o público os destaques do cinema brasileiro contemporâneo para este ano. São 27 filmes brasileiros, inéditos em São Paulo, apresentados no Cinesesc e no Centro Cultural São Paulo. Entre os destaques da programação, está a exibição dos vencedores da 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes.
Teatro
O espetáculo Dois Perdidos numa Noite Suja estreia no teatro Pequeno Ato, a partir do próximo dia 19. Escrito por Plínio Marcos na década de 1960, essa releitura conta com cenário simples, que pretende a valorização das interpretações. A peça conta a história de Paco e Tonho, dois amigos que trabalham como carregadores no mercado popular e que dividem o quarto em uma pensão barata.
O espetáculo começa antes mesmo de chegar ao teatro, com a Rota Dois Perdidos. O público poderá passar por pontos previamente escolhidos pela produção, onde se deparam com fragmentos do passado das personagens que ajudarão a contar a história final. Os personagens mantêm relação conflituosa, discutem sobre seu cotidiano e suas perspectivas de vida. O evento entra no calendário de comemoração dos 90 anos de Plínio Marcos em 2025.
O ator Othon Bastos, com 91 anos de idade e mais de 70 de carreira, sobe ao palco neste mês, a partir do dia 20, no Sesc 14 Bis, para apresentar o monólogo Não me Entrego, Não!. O espetáculo apresenta histórias da vida pessoal e profissional do artista, que trabalhou no cinema, no teatro e na televisão.
Os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024 já podem ter acesso à correção detalhada de suas redações. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou a vista individual da folha de redação na manhã desta sexta-feira (14).
Os interessados nos espelhos das redações devem consultar o material na Página do Participante, mediante inserção do número do CPF e senha registrados no portal Gov.br.
O acesso à prova de redação tem finalidade exclusivamente pedagógica e ocorre sempre após a divulgação do resultado oficial do exame, em janeiro.
A vista do espelho permite que os participantes do Enem compreendam os critérios de avaliação da redação e serve de ferramenta para identificar os pontos em que o desempenho foi satisfatório e aqueles que necessitam de aprimoramento para futuras edições do exame ou para outras produções de texto.
Em 2024, o tema da redação do Enem foi Desafios para a valorização da herança africana no Brasil.
Verificação
Com a vista do espelho da redação, o participante tem a possibilidade de verificar a pontuação alcançada em cada uma das cinco competências avaliadas. Cada uma das competências vale 200 pontos, e o candidato pode atingir a pontuação máxima de 1.000 pontos.
Dois avaliadores julgaram o desempenho do participante na redação de acordo com esses critérios. A nota total de cada avaliador corresponde à soma das notas atribuídas a cada uma das competências e a soma desses pontos compõem a nota total de cada avaliador. A nota final do participante é a média aritmética das notas totais atribuídas pelos avaliadores.
Cada texto pode passar por até quatro avaliações independentes para o cálculo da nota final, se houver discrepância entre as notas dos avaliadores.
De acordo com o Inep, “o processo de avaliação das redações do Enem é supervisionado pelo Inep em todas as suas etapas e segue rigorosamente os critérios estabelecidos pelo edital do exame”.
Treineiroa
Os resultados dos chamados treineiros - que fizeram os dois dias de provas somente com o objetivo de testar conhecimentos - também estão disponíveis na Página do Participante.
O Ministério da Educação contabiliza que dos 4.325.960 inscritos na edição de 2024, mais de 841,5 mil (19,4%) eram estudantes do 1º ou 2º ano do ensino médio. Já os que não cursam e nem completaram o ensino médio, mas fizeram o Enem para autoavaliação de conhecimentos, corresponderam a 24.723 (0,6%) de inscritos.
De acordo com o edital do Enem do ano passado, os candidatos que tiveram as provas anuladas não terão vista da prova de redação. São motivos de anulação da redação a escrita de impropérios, desenhos, apresentação de parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto ou qualquer forma de identificação do candidato no espaço destinado exclusivamente ao texto da redação, por meio, por exemplo, de nome, assinatura, rubrica.
Outra situação que impede a visualização da folha de redação ocorre se a banca avaliadora atribuiu nota zero à redação escrita predominante ou integralmente em língua estrangeira.
Se o candidato quiser mais detalhes sobre os critérios de correção da prova de redação de 2024, o Inep disponibilizou uma cartilha online ao participante.
Escolas públicas e privadas de todo o país têm até o dia 17 de março para fazer a inscrição na 20ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Considerada a maior competição científica do Brasil, a olimpíada é voltada para alunos do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.
Para participar, as escolas devem acessar o sitewww.obmep.org.br, preencher a ficha de inscrição disponível, informar o código MEC/INEP e criar uma senha de acesso. No regulamento, estão disponíveis informações sobre condições, prazos, datas e regras previstas para participação na competição.
Todos os anos, a Obmep reúne mais de 18 milhões de estudantes. Criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) em 2005, a competição é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC). Neste ano, a olimpíada comemora 20 anos.
Provas
A competição tem duas fases. A primeira fase é uma prova objetiva de 20 questões, que será aplicada em 3 de junho. Já a segunda fase é voltada para os classificados na primeira etapa, que fazem uma prova discursiva de seis questões, em 25 de outubro.
As questões são preparadas de acordo com o grau de escolaridade do aluno. O nível 1 é voltado para o 6º e 7º ano do ensino fundamental; o nível 2, para o 8º e 9º ano do ensino fundamental; e, o nível 3, para o ensino médio.
A divulgação dos aprovados para a segunda etapa será feita em 1º de agosto e a divulgação dos premiados em 22 de dezembro.
Premiação
A Obmep vai distribuir 8.450 medalhas nacionais: 650 de ouro, 1.950 de prata e 5.850 de bronze, além de 51 mil certificados de menção honrosa.
Os alunos premiados nacionalmente são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC), voltado para o incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico. Os participantes de escolas públicas receberão uma bolsa de R$ 300.
Serão distribuídas ainda 20,5 mil medalhas estaduais para os alunos com os melhores desempenhos em cada Estado.
Os professores também serão homenageados. Ao todo, 969 professores serão premiados e irão receber, além de diploma e livro de apoio, uma medalha de ouro especial. Os professores premiados vão concorrer ainda a oito viagens.
O romancista, dramaturgo e autor de telenovelas Dias Gomes (1922-1999) será o homenageado deste ano na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô). A festa ocorrerá entre os dias 6 e 10 de agosto, no Pelourinho, em Salvador.
Nascido na capital baiana, Dias Gomes começou a escrever ainda na adolescência. Com apenas 15 anos redigiu sua primeira peça teatral, A Comédia dos Moralistas, que ganhou o 1º lugar no Concurso do Serviço Nacional de Teatro em 1939. Três anos depois estreou no teatro profissional com a comédia Pé-de-cabra.
Um de seus textos mais famosos é O Pagador de Promessas (1960), que foi adaptado ao cinema por Anselmo Duarte, em 1962, tornando-se o primeiro filme brasileiro a receber uma indicação ao Oscar e o único a ganhar a Palma de Ouro em Cannes. Ele também foi autor de vários sucessos na TV brasileira, escrevendo novelas como O bem-amado (1973), Saramandaia (1976) e Roque Santeiro (1985), que chegou a ser censurada pela ditadura militar.
Era casado com Janete Emmer (Janete Clair), autora de telenovelas, com quem teve cinco filhos.
Na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Dias Gomes participou da produção da radiodramaturgia Grande Teatro, programa lançado no dia 7 de maio de 1955. A produção ia ao ar nas noites de sábado e começou com peças adaptadas pelo dramaturgo Dias Gomes. Em 1964, foi demitido da Rádio Nacional, da qual era diretor-artístico, por força do Ato Institucional nº 1. Era casado com Janete Emmer (Janete Clair), autora de telenovelas.
Em toda a sua carreira, Dias Gomes escreveu 33 peças de teatro, oito livros, 14 telenovelas, cinco minisséries e dois seriados. Em 1991, ele passou a ocupar a cadeira 21 na Academia Brasileira de Letras (ABL).
“Dias Gomes é um grande escritor baiano. Amigo de Jorge Amado, era sempre recebido na Casa do Rio Vermelho. Trocavam cartas, que hoje integram o acervo da Fundação Casa de Jorge Amado. E tinham uma conexão quanto aos temas abordados em suas obras como a intolerância religiosa, a exploração política e comercial da fé popular, o coronelismo político e o progresso descontrolado, assim como no uso do estilo literário realismo mágico”, disse Angela Fraga, diretora-executiva da Fundação Casa de Jorge Amado, instituição cultural responsável pela realização da Flipelô.
A Flipelô é o maior evento cultural literário da Bahia. Inspirada na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), a Flipelô teve a sua primeira edição em 2017 e é realizada pela Fundação Casa de Jorge Amado. A festa surgiu com o objetivo de preservar e valorizar a memória do escritor Jorge Amado, a cultura e arte da Bahia e também estimular a literatura, principalmente entre os jovens.
O Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA) e o Ministério Público do Maranhão (MP-MA) vão intensificar o trabalho de fiscalização de academias em São Luís e no interior do Estado. O objetivo é que os órgãos trabalhem em conjunto para garantir a qualidade na prestação de serviços por profissionais qualificados e dos serviços ofertados pelos estabelecimentos.
O fortalecimento da parceria entre Cref21/MA e MP-MA foi tema central de uma reunião realizada na manhã dessa quarta-feira (12). O presidente do Cref21/MA, Sandow Feques [Cref 001806-G/MA], e o assessor jurídico do Conselho, Rafael Sauaia, estiveram reunidos com a promotora de Justiça, Drª Elisabeth Mendonça, da Promotoria Especializada na Defesa da Saúde.
“O Cref21/MA tem tido um trabalho muito importante em fiscalizar e confirmar a legalidade de atuação do profissional de Educação Física. Isso garante que o profissional que está trabalhando possui formação acadêmica necessária para fornecer um serviço de qualidade nas academias. E é por isso que o Conselho sempre está em busca de novas parcerias, como esta que estamos firmando com o Ministério Público do Maranhão, para que consigamos intensificar as fiscalizações, que também tem caráter de cuidar da saúde das pessoas e garantir os direitos delas como consumidoras e beneficiárias de serviços de saúde que as academias oferecem”, afirmou Sandow Feques.
Durante a reunião, os representantes do Conselho apresentaram ao MP-MA um relatório detalhado sobre as fiscalizações ocorridas durante o ano de 2024, em academias de todo o Estado. Em suas fiscalizações, o Cref21/MA atua no combate à ilegalidade na profissão de Educação Física e analisa outros aspectos como as condições da estrutura física do local, acessibilidade, condições de higiene, entre outros.
Somente no ano passado, o relatório informa que, aproximadamente, 1.500 fiscalizações foram realizadas, sendo que cerca de 160 empresas foram autuadas e notificadas quanto à má prestação dos serviços ofertados, que denotam claramente perigo eminente à saúde pública. “Foram remetidos ao órgão ministerial os relatórios de fiscalização, com a indicação dos profissionais e estabelecimentos autuados para que seja dado o efetivo encaminhamento investigativo e punitivo em relação às condutas verificadas e atestadas no exercício da função essencial da autarquia federal, que é a fiscalização”, explicou o advogado Rafael Sauaia, assessor jurídico do Cref21/MA.
Parceria com o Procon-MA
Além da parceria com o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), o Conselho Regional de Educação Física do Maranhão (Cref21/MA) tem atuado em conjunto com outro importante órgão de fiscalização: o Procon-MA. Em janeiro deste ano, o Cref21/MA e o Procon-MA se reuniram para planejar o cronograma das fiscalizações em 2025, que vão ocorrer regularmente.
“Ficamos felizes em firmar, mais uma vez, esta importante parceria para a sociedade maranhense. O Cref21/MA e o Procon-MA fiscalizam a parte que lhes cabem a fim de garantir que todos os aspectos legais das academias estejam em suas melhores condições, bem como diagnosticar se elas possuem profissionais especializados para atender corretamente a população maranhense”, ressalta o diretor-executivo do Cref21/MA, Diogo Oliveira [CREF 001847 G/MA].
No site do Cref21/MA (www.cref21.org.br)é possível informar irregularidades e consultar se os locais que oferecem serviços de atividade física são registrados no Cre21/MA ou se o profissional é realmente habilitado.