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O desafio de unir a música, a dança, o teatro, a literatura, a poesia no processo de alfabetização de crianças em São Luís foi, mais uma vez, sucesso e emocionou quem esteve no Ginásio do Colégio Dom Bosco para prestigiar a apresentação do clássico “Sansão e Dalila” na noite desse domingo (17). Com um elenco formado por alunos das escolas municipais Maria Alice Coutinho (Turu), José Sarney (Itapiracó) e Luiz Pinho (Divineia), o espetáculo integra o Projeto Ópera para Todos, iniciativa patrocinada pela Equatorial Maranhão e pelo governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, cuja característica principal é utilizar a arte para alfabetizar. No palco, meninos e meninas proporcionaram uma noite de encanto, magia e de muita emoção.

Antes de a garotada subir no palco, a expectativa era enorme por parte do público. Muitos se perguntavam quais surpresas estariam porvir. O cenário montado no ginásio era grandioso e, aliado a um figurino colorido e de muita beleza, já dava indícios de que a apresentação dos alunos das escolas participantes no Ópera para Todos seria inesquecível. E realmente foi. As crianças foram impecáveis e emocionaram do início ao fim da apresentação.

“Para mim é muito gratificante. Eu não tenho nem palavras para descrever essa apresentação. Minha filha nunca havia participado de algo assim. Eu amei tudo. Foi muito bom. Eu não imaginava que seria tão lindo esse espetáculo. Foi muita emoção”, disse Ana Cleide, mãe de uma das alunas participantes.

Ao fim do espetáculo, o público ficou de pé e aplaudiu todo o elenco de “Sansão e Dalila”. A intensidade dos aplausos e os sorrisos estampados nos rostos das pessoas representaram o sucesso do Projeto Ópera para Todos que, em 2019, chegou à sua 22ª edição utilizando a música erudita para alfabetizar.

“É uma emoção grande vê-la envolvida nesse âmbito da arte porque está despertando outras coisas nela como a paixão pelo teatro. Ela já pede para ser uma atriz daqui para frente. Isso é muito importante e, para mim, é muito gratificante. Agradeço à escola e todos que deram essa oportunidade para a minha filha”, comentou Kedyna dos Santos, mãe da pequena Geovana, que interpretou Dalila no espetáculo.

Ópera para Todos

Idealizado pela professora Ceres Murad, o Ópera para Todos surgiu com uma proposta clara de aperfeiçoar o processo de alfabetização e vai além de ensinar uma criança a saber as letras, juntar sílabas e formar palavras. O projeto conta com uma metodologia peculiar: por meio dos estudos de peças da música erudita, as crianças são alfabetizadas, produzem textos próprios com mais significado, ampliam suas visões de mundo e culminam seu aprendizado com a encenação da ópera estudada.

“A ópera facilita a leitura e a escrita e o Ópera para Todos é um projeto de inclusão social. O grande ganho do projeto é trazer para as crianças um universo cultural que é interessante, emocionante, cheio de sentido e que serve de pano de fundo para a alfabetização. A arte é um poderoso instrumento pedagógico para ensinar a pensar, ensinar a escrever e a ler”, explicou a professora Ceres Murad, idealizadora e responsável pelo projeto.

A ópera é, neste projeto, um instrumento para convidar as crianças a adentrarem no universo da arte, da leitura e da escrita. Enquanto recurso pedagógico, a ópera estimula as crianças das classes de alfabetização a vivenciarem sentimentos profundos, conduzidas por composições magistrais, que transmitem emoções por meio de acordes intensos e vibrantes, materializados na dramaticidade das cenas.

Os produtos finais do projeto são um livro de reescrita narrativa do libreto e a encenação, em que as crianças tocam, dançam e representam a ópera. No Ópera para Todos, as crianças atuam não como simples espectadoras, mas como protagonistas dessas grandes obras da cultura universal.

Projeto premiado

O Projeto Ópera para Todos é uma iniciativa pioneira no Brasil, que visa não só educar o público infantil para a apreciação de música erudita, como utiliza todo o potencial emocional dos grandes clássicos da cultura universal enquanto fator motivador da aprendizagem das crianças. O uso de uma metodologia própria e revolucionária desenvolvida pela professora Ceres Murad tem, inclusive, o reconhecimento nacional.

Em 2003, o projeto recebeu o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação – a mais importante comenda concedida pela Câmara dos Deputados na área de Educação – por despertar o interesse de crianças de baixa renda pela leitura e escrita por meio da ópera. A iniciativa foi destaque por seu trabalho pioneiro na área da alfabetização que privilegia o envolvimento da literatura desde as primeiras classes da pré-escola.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O nadador maranhense Davi Hermes está confirmado na delegação do Maranhão que, nesta semana, competirá nas Paraolimpíadas Escolares, evento nacional que será realizado a partir de quarta-feira (20) até sexta-feira (22), no CTParaolímpico, em São Paulo. Considerado um dos principais talentos do paradesporto brasileiro, Davi, que é patrocinado pelo Grupo Mateus e pelo governo do Maranhão por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, é uma das esperanças maranhenses para conquistar medalhas para o Estado. Ele chega a essa competição bastante motivado após os excelentes resultados obtidos no Campeonato Brasileiro.

Na semana passada, Davi Hermes já havia sido destaque no Campeonato Brasileiro de Natação, competição promovida pela Confederação Brasileira de Natação de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI). Na ocasião, o garoto de 16 anos garantiu quatro medalhas, sendo uma de ouro (50m borboleta), duas pratas (50m livre e 100m borboleta) e um bronze (100m livre).

Nessa edição das Paraolimpíadas Escolares, o nadador maranhense tem a chance de conquistar quatro medalhas. Davi competirá nas provas dos 100m livre, 100m costas, 100m borboleta e 200m livre.

Essa será a terceira participação do maranhense na competição, mas será a primeira em que ele competirá na Classe Down. Nas edições de 2016 e 2017 das Paraolimpíadas, por não haver a Casse Down, Davi disputou as provas de natação na Classe S14 e, mesmo assim, obteve bons resultados: bronze nos 100m costas em 2016, ouro nos 50m borboleta, bronze nos 50m livre e 5º lugar nos 50m costas em 2017.

Resultados em 2019

Desde que se sagrou campeão mundial de natação para Síndrome de Down em 2018, Davi Hermes tem obtido resultados expressivos. Em junho deste ano, o maranhense brilhou no X Jogos Aquáticos do Ceará da Paranatação onde levou três medalhas: ouro nos 50m livre com direito a recorde Pan-Americano Junior, prata nos 100m borboleta e bronze nos 100m livre.

No mesmo mês, Davi foi muito bem no Meeting Brasileiro de Natação em São Paulo. Subiu no lugar mais alto do pódio nas provas dos 50m e 100m borboleta, além de ficar na segunda colocação nos 50m livre.

Como preparação para a disputa do Campeonato Brasileiro de Natação, o nadador do Maranhão competiu no Trisome Games das Américas, competição realizada em agosto, no México. Na ocasião, Davi Hermes garantiu duas medalhas de prata: uma no revezamento 4x100m medley misto e outra no revezamento 4x50m medley masculino.

Paraolimpíadas Escolares

As Paraolimpíadas Escolares 2019 terão a sua cerimônia de abertura nesta terça-feira (19), no Pavilhão Oeste do Anhembi, em São Paulo. As disputas, por sua vez, começam na manhã seguinte e se estenderão até o dia 22, sempre no CTParaolímpico. Mais de 1.200 atletas, de todas as unidades da Federação, estão inscritos. O Estado de São Paulo é o atual campeão e maior vencedor da história das Escolares, com sete títulos, seguido de Rio de Janeiro (quatro) e Santa Catarina (um).

Doze modalidades estarão em disputa nesta edição das Escolares: atletismo, bocha, basquete em cadeira de rodas (formato 3x3), futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.

Diversos talentos do paradesporto brasileiro já passaram pelo evento, como os velocistas Alan Fonteles, ouro nos Jogos Paraolímpicos de Londres 2012, Verônica Hipólito, prata no Rio 2016, e Petrúcio Ferreira, recordista mundial nos 100m e nos 200m (classe T47); o nadador Talisson Glock, prata no Rio 2016; o jogador de goalball Leomon Moreno, prata no Jogos de Londres e bronze no Rio 2016; a mesa-tenista Bruna Alexandre, bronze no Rio 2016, entre outros.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Uma semana após se tornar tricampeã brasileira de kitesurf, a maranhense Socorro Reis provou que vive sua melhor fase dentro do esporte. Patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, a kitesurfista garantiu, pela primeira vez, o título do Campeonato Centro e Sul-Americano, competição realizada em Praia Brava, em Itajaí, litoral norte de Santa Catarina. A inédita conquista reafirma Socorro Reis como um dos principais nomes da modalidade no continente.

“Estou muito feliz por essas vitórias. Conquistar o tricampeonato brasileiro e seguir liderando no ‘ranking’ é o objetivo de qualquer atleta. Conquistei, também, o título inédito de campeã centro e sul-americana em uma disputa acirrada com a colombiana Lizeth Loaiza, que liderava a competição até o penúltimo dia. Eu precisava ganhar as três regatas de quatro previstas para chegar a final e ser campeã. Assim consegui. Estou imensamente feliz. Isso foi resultado de muito treino, esforço e dedicação. Agora, é seguir focada para as próximas competições. Queria agradecer o apoio da Fribal e do governo do Maranhão – meus patrocinadores – e a todos que torceram por mim”, afirmou a número 1 do Brasil e, agora, a número 1 das Américas Central e do Sul na categoria Kitesurf Hydrofoil.

A temporada tem sido bastante vitoriosa para a kitesurfista maranhense. Além do tricampeonato brasileiro de maneira avassaladora e do título do Campeonato Centro e Sul-Americano, Socorro Reis ainda conseguiu ser quarta colocada na etapa da França do Mundial Tou, competição que reuniu as melhores atletas do planeta.

O desempenho fez com que ela fosse convocada para o Time Brasil – equipe formada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) – e disputar, no mês passado, os Jogos Mundiais de Praia, em Doha, no Catar. Na ocasião, teve um bom desempenho no evento internacional e ficou no Top 15.

Bruninho é o melhor brasileiro

Considerado a principal promessa do kitesurf maranhense, o jovem Bruno Lima – o Bruninho – foi bem no Campeonato Centro e Sul-Americano. O kitesurfista, que também é patrocinado pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, mostrou bastante evolução e terminou a disputa sendo o brasileiro melhor colocado. O jovem de 19 anos terminou o evento na quarta colocação.

“Dessa vez, não conseguimos chegar ao topo, mas foi uma competição bem interessante onde competi com rivais muito fortes. Agora, é seguir firme nos treinos em busca de melhores resultados. Obrigado à Fribal e ao governo do Estado pela confiança”, disse.

Vale lembrar que, na semana passada, Bruninho conquistou resultados expressivos na categoria Kitesurf Hydrofoil: uma prata na categoria até 19 anos, um bronze na categoria só com atletas do Brasil e um quarto lugar na categoria Open, que reuniu os competidores de todos os países participantes no evento e de todas as faixas etárias.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Com destacada atuação em prol dos conselheiros tutelares, o deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) parabenizou os profissionais nesta segunda-feira (18). “Meus cumprimentos aos homens e mulheres que, apesar das dificuldades e dos riscos, não medem esforços para proteger nossas crianças e nossos jovens, garantindo um futuro melhor para todos nós”, escreveu o parlamentar nas redes sociais, em razão do Dia do Conselheiro Tutelar.

Juscelino Filho ressaltou, também, o trabalho para assegurar mais recursos e condições para a área. Ele é autor do Projeto de Lei nº 4.056/2019, que obriga a União a repassar, anualmente, a municípios e ao Distrito Federal 1,1% do total arrecadado com loterias de prognósticos numéricos, como a Mega-Sena, a ser destinado para manutenção e apoio aos conselhos. O montante financeiro será proporcional ao número de órgãos na cidade.

“O objetivo dessa proposta é prestar auxílio financeiro no funcionamento dos Conselhos Tutelares, em especial, aqueles situados em localidades com verbas escassas”, justificou o deputado, que é coordenador da bancada do Maranhão no Congresso Nacional. Na Câmara, o projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Juscelino Filho tem usado suas emendas ao Orçamento para estruturar o setor. No dia 9 de novembro, ele esteve em Feira Nova do Maranhão, para entregar um carro zero-quilômetro para o Conselho Tutelar. No início de julho, os órgãos de 18 municípios maranhenses receberam veículos e “kits” com computadores, impressora, refrigerador e bebedouro. Tudo adquirido com recursos assegurados por emendas do parlamentar.

“Os conselhos tutelares são mais importantes a cada dia, em função das crescentes ameaças às nossas crianças e aos nossos adolescentes. A eleição de 6 de outubro, quando milhares de conselheiros foram escolhidos em todo o país, mostra que esse é o pensamento da sociedade. Continuarei atuando para garantir que eles tenham condições de trabalhar com dignidade, respeito e segurança”, finalizou Juscelino Filho.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Hoje, veremos mais alguns casos de concordância e compreender a viajar com ou sem crase.

Dicas gramaticais:
* PODE ou PODEM haver mais questionamentos?
O certo é: PODE HAVER mais questionamentos. Já vimos que o verbo HAVER, no sentido de “existir”, deve ser usado sempre no singular. O mesmo ocorrerá quando o verbo HAVER for o verbo principal de uma locução verbal. Locução verbal é quando juntamos dois ou mais verbos. O verbo principal é o último.

Observe mais exemplos:
DEVE HAVER algumas vagas nesta escola.
PODERIA TER HAVIDO muitos acidentes nesta curva.

* PODE ou PODEM existir mais questionamentos?
O certo é: PODEM EXISTIR mais questionamentos. O verbo EXISTIR é pessoal (= com sujeito) e deve concordar com o seu sujeito.

Outros exemplos:
EXISTEM, no Brasil, dois tipos de políticos.
Na Polícia Federal, não EXISTE foto do traficante.
Nesta competição, não EXISTEM titulares ou reservas.
Não EXISTEM mais times capazes de derrotá-lo.

Os verbos OCORRER e ACONTECER também são pessoais:
Nesta rua, ACONTECERAM muitos acidentes.
PODEM ACONTECER algumas injustiças.
VAI OCORRER, na próxima semana, um festival de música.

O verbo HAVER fica no singular porque não tem sujeito (= sujeito inexistente), mas os seus sinônimos têm sujeito e devem concordar.

* Vou A ou À Brasília? Vou A ou À Bahia?
O certo é: Vou A Brasília e Vou À Bahia. Quando vamos sempre vamos a algum lugar. O verbo IR pede a preposição A. O problema é que há nome de lugar que vem antecedido de artigo definido A; outros, não.

Enquanto Brasília não admite artigo definido, a Bahia é antecedida do artigo definido A. Isso significa que você “VAI À BAHIA” (= preposição A do verbo IR + artigo definido A que antecede a Bahia) e que você “VAI A BRASÍLIA” (= sem acento grave, porque só há a preposição A do verbo IR).

Se você quer saber com mais rapidez se deve IR À ou A algum lugar (com ou sem o acento grave), use o seguinte “macete”: antes de IR, VOLTE.

Se você volta DA, significa que há artigo: você vai À; Se você volta DE, significa que não há artigo: você vai A. Assim sendo:
“Você volta DA Bahia” - “Você vai à Bahia”.
“Você volta DE Brasília” - “Você vai a Brasília.

Vamos testar o “macete” em outros exemplos:
“Vou à China”. (= volto DA China); “Vou a Israel”. (= volto DE Israel); “Vou à Paraíba”. (= volto DA Paraíba); “Vou a Goiás”. (= volto DE Goiás); “Vou a Curitiba”. (= volto DE Curitiba); “Vou à progressista Curitiba”. (= volto DA progressista Curitiba); “Vou à Barra da Tijuca”. (= volto DA Barra da Tijuca); “Vou a Ipanema”. (= volto DE Ipanema); “Vou a São Luís”. (= volto DE São Luís); “Vou à bela São Luís”. (= volto DA bela São Luís).

Teste de ortografia
Que opção completa, corretamente, a frase abaixo?
“Ninguém sabe o __________ da sua __________ dentro da empresa”.
(a) porque – ascenção;
(b) por que – ascenção;
(c) porquê – ascensão;
(d) por quê – ascensão.

Resposta do teste: letra (c). A palavra “porque”, quando substantivada, deve ser escrita junta e com acento circunflexo: o porquê, um porquê. Em todo substantivo derivado de verbo terminado em ENDER, a terminação SÃO deve ser grafada com S ascender – ascensão; apreender – apreensão; compreender – compreensão; pretender – pretensão...

No dia 8 de dezembro, 21.416 alunos de todo o Brasil vão disputar o 1º Prêmio Capes Talento Universitário. Serão R$ 5 milhões distribuídos para os mil primeiros colocados, que receberão R$ 5 mil cada um. A Capes é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

A prova, de 80 questões de conhecimentos gerais, vai ser aplicada em 60 municípios das 27 unidades da Federação, das 14h30 às 18h30.

A lista das localidades será divulgada no próximo dia 27.

Segundo a Capes, o prêmio vai “reconhecer o desempenho de estudantes com competências cognitivas de destaque e subsidiar estudos e pesquisas que reflitam nas atividades da instituição”.

Para participar, os concorrentes precisam ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos anos de 2017 e 2018, e começado a graduação em 2019, em instituições de ensino superior públicas, privadas ou militares.

(Fonte: Agência Brasil)

O Programa Oportunidades Acadêmicas, oferecido há 13 anos pelo EducationUSA, órgão oficial do governo norte-americano para a realização de cursos de graduação nos Estados Unidos, abre inscrições no próximo dia 19 para estudantes brasileiros do ensino médio que desejam estudar naquele país. As inscrições se encerrarão no dia 13 de janeiro de 2020.

O programa é exclusivo para estudantes de baixa renda, sem condições financeiras para ingressar em universidades americanas, mas que tenham desempenho em seus colégios acima da média e que apresentem um diferencial em relação aos demais alunos. A coordenadora e orientadora do Programa Oportunidades Acadêmicas, Simone Ferreira, informou, nesse sábado (16), à Agência Brasil que o programa procura alunos que não tenham condições financeiras para pagar pelo processo de candidatura, mas que apresentem perfil bastante competitivo. “São alunos que têm notas muito boas na escola, têm bom nível de inglês, estão envolvidos em atividades extracurriculares e mostram perfil de liderança em suas comunidades”.

Desde 2006, o programa seleciona alunos com esse perfil. Uma vez selecionados, eles têm todas as despesas relacionadas à candidatura pagas pelo programa, incluindo material de estudo para testes, visto, transporte (passagem aérea) para deslocamentos de cidades do interior para capitais onde há centros aplicadores de provas do programa no Brasil, acomodação para a realização das provas, alimentação, além de isenção de várias taxas referentes ao envio de documentos de aplicação, tradução de documentos acadêmicos e provas SAT/ACT, Subject Test, TOEFL/IELTS.

“Uma vez que entrem no programa, eles vão receber toda orientação para fazer uma candidatura sólida para as universidades americanas. O programa vai pagar por essa candidatura e apoia os estudantes selecionados por meio dos 41 centros orientadores que tem no Brasil”. Os alunos aprendem a fazer redações em inglês. “O programa trabalha com esses alunos para que façam uma ótima candidatura e para que as universidades deem uma bolsa 100% gratuita”. Nos 13 anos de existência, o Programa Oportunidades Acadêmicas já beneficiou mais de 300 estudantes brasileiros, embora nem todos tenham conseguido bolsa integral. O programa existe em mais de 50 países.

Oportunidades

O estudante interessado deve preencher um formulário “on-line” em inglês no “site” , e enviar documentos que comprovem seu bom desempenho acadêmico, além de outros relativos à condição financeira da família. Ao ser selecionado para ingressar no programa, o aluno recebe orientação. Em geral, as atividades começam em março e se estendem até janeiro do ano seguinte, que é o período de candidatura. O estudante recebe orientações em grupo e “on-line”. “A gente ensina ao aluno como fazer carta de recomendação para os professores, para a escola, tudo que a pessoa precisa fazer”. A candidatura é feita no fim do ano. Simone Ferreira disse que, em abril de 2020, sairão os resultados. Os aprovados começarão a estudar nos Estados Unidos em setembro do próximo ano, porque lá o período letivo vai de setembro a maio.

Uma vez aceito na universidade norte-americana, o aluno passa para outra fase do programa, que envolve passagem para os Estados Unidos e outras despesas, como visto, por exemplo. As provas da candidatura são feitas no Brasil. “Os alunos são muito bons”, assegurou Simone. “Eu trabalho com o programa desde 2011, e ele é minha menina dos olhos. É muito bacana, é um prazer enorme”.

Os estudantes de baixa renda já graduados que quiserem fazer pós-graduação, mestrado ou doutorado nos Estados Unidos também são beneficiados pelo programa. Para esses, as inscrições serão abertas até o fim do ano. A data, contudo, ainda não foi definida. Os graduados passam pelo mesmo processo que os alunos do ensino médio. Têm que ter perfil empreendedor, ser motivados, estar envolvidos em atividades extracurriculares e terem um bom inglês. Segundo Simone, muitos dos estudantes aprendem inglês sozinhos, no ‘You Tube’, em cursos gratuitos.

Giullia

Quando participava do projeto Jovens Embaixadores, promovido pela embaixada norte-americana no Brasil, que leva, anualmente, estudantes da rede pública de baixa renda para intercâmbio nos Estados Unidos durante três semanas, Giullia Jaques Caldeira assistiu a uma palestra sobre o Oportunidades Acadêmicas em Brasília, quando se preparava para a viagem com outros jovens, e resolveu se inscrever. “Vários jovens que estavam ali tinham interesse em estudar fora e planejavam se inscrever. Eu fiquei tão animada que decidi me inscrever também”. A solidariedade que experimentou entre os Jovens Embaixadores motivou Giullia a se candidatar ao programa, disse à Agência Brasil.

Giullia concluiu o ensino médio no ano passado, no Colégio Pedro II, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Enquanto participava do intercâmbio, foi selecionada para gravar um vídeo no qual tinha que vender alguma coisa. “Decidi gravar um vídeo vendendo brigadeiros que é a coisa que eu mais sabia vender”. Em menos de duas semanas depois de regressar do intercâmbio, foi chamada para uma entrevista. “Eu fiquei o tempo todo em alerta, perto do telefone”.

Giullia se candidatou à bolsa em oito universidades norte-americanas, mas suas preferidas são a Babson College (Massachusetts) e a Minerva Schools (São Francisco, Califórnia). Ela pretende cursar ciências políticas, com especialização nos direitos e estudos das mulheres e estudo da América Latina. Ela já fez as provas e espera receber o resultado dessas duas instituições até 15 de dezembro, com bolsa total.

A jovem está visitando alguns presídios localizados no Rio de Janeiro, como o Talavera Bruce, em Bangu, zona oeste da capital, para conhecer a realidade das mulheres e pesquisar sobre suas necessidades, visando devolver a autoestima das detentas.

Transformação

Graças ao Programa Oportunidades Acadêmicas, Giovani Rocha e Raniery Mendes tiveram suas vidas transformadas. Giovani Rocha vem de uma família de baixa renda, tornou-se Jovem Embaixador pela Embaixada dos EUA no Brasil e alcançou o doutorado em ciências políticas na ‘University of Pennsylvania’, por meio do Oportunidades Acadêmicas. Atualmente, ele é consultor de políticas educacionais no Banco Mundial e na Fundação Lemann, em um projeto relacionado à diversidade, informou o ‘EducationUSA’ por meio de sua assessoria de imprensa.

Já Raniery Mendes é estudante da ‘Wake Forest University’, classe de 2022. Como Giullia, ele também foi aluno do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro e enfrentou dificuldades financeiras. Raniery participou de diversas feiras de ciências e eventos acadêmicos até ser aceito no Programa Oportunidades Acadêmicas. O auxílio financeiro que recebeu e a orientação ao longo de todo o processo de candidatura foram fundamentais para que atingisse seu objetivo. Por meio do programa, ele foi aceito na universidade norte-americana com bolsa integral, para estudar relações internacionais e economia.

(Fonte: Agência Brasil)

Uma iniciativa de universidades públicas e particulares, associações de pescadores e movimentos sociais vai reunir pesquisadores e trabalhadores na ampliação do conhecimento e no desenvolvimento socioambiental da Baía de Guanabara. O projeto da Universidade do Mar foi lançado nesta sexta-feira (15), durante a Festa Literária de Paquetá (Flipa), com o objetivo de instalar um Centro de Pesquisas Marinhas e Oceanográfica no arquipélago.

O “campus” avançado das pesquisas será o arquipélago de Paquetá, que inclui a Ilha de Brocoió, no fundo da Baía de Guanabara. O projeto da Associação de Moradores de Paquetá (Morena), do Movimento Baía Viva e da Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) envolve 23 departamentos e laboratórios de universidades, além de instituições apoiadoras como a Fiocruz.

Fundador do Movimento Baía Viva, o ambientalista Sérgio Ricardo explica que o projeto surgiu para aproximar a produção acadêmica e as políticas públicas. De acordo com ele, a crise ambiental no Rio de Janeiro e o sacrifício da Baía de Guanabara decorrem da falta de diálogo do Poder Público com as universidades.

“As universidades estudam, há décadas, a Baía de Guanabara e poucas vezes tiveram a oportunidade de colaborar na formulação das políticas públicas. Esse é o objetivo dessa verdadeira concertação, para que a gente possa ter, por exemplo, o monitoramento de bioindicadores. Há uma possibilidade agora da retomada das obras do saneamento básico. Nós temos que avaliar que benefícios essas obras estão trazendo ou se essas obras estão apenas gastando bilhões de reais”, explica o ambientalista.

Turismo socioambiental

Ricardo destaca que os pesquisadores pretendem aproveitar instalações públicas que já existem em Paquetá, algumas em situação de abandono, como o Solar Del Rei e o Palácio Brocoió, que pertence ao governo do Estado. Outro objetivo, segundo ele, é que a Universidade do Mar forme trabalhadores locais e contribua para o desenvolvimento do turismo socioambiental, uma vocação da cidade e da Baía de Guanabara.

“Nós estamos buscan do constituir, no fundo da Baía de Guanabara, uma outra economia. Nós não podemos deixar que essa expansão ilimitada da indústria do petróleo, que já vem ameaçando a pesca, ameaçando de extinção o boto-cinza, avance por todo o território e pelo espelho d’água da Baía de Guanabara. Então, é preciso colocar alguma coisa no lugar”, diz Ricardo.

A Universidade do Mar será gerida pela Uerj e voltada para o ensino, a pesquisa e a extensão universitária, com capacitação de professores e formação técnica das comunidades pesqueiras artesanais, com cursos em áreas como meio ambiente, turismo, pesca e aquicultura. Os organizadores propõem que o financiamento seja feito por fontes públicas e privadas, como recursos de fundos públicos ou compensações financeiras de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) firmados com grandes empresas instaladas na Baía de Guanabara.

(Fonte: Agência Brasil)

O Museu da República inaugurou, nessa sexta-feira (15), a exposição "Sob a Potência da Presença", com obras de 14 artistas negras. A curadora da mostra, Keyna Eleison, mestre em história da arte, disse que a exposição é resultado de um processo de acompanhamento artístico realizado e patrocinado pela Rede Nami, uma rede de mulheres que usa as artes urbanas para promover os direitos femininos, coordenada pela artista visual e ativista social, Panmela Castro.

“Foram nove encontros, em cada um dos quais elas conheceram [trabalhos de] artistas mulheres nacionais e internacionais que são importantes no mundo da arte e têm exposições no mundo inteiro”, disse Keyna. Todas essas artistas eram negras, com exceção de Lygia Clark, pintora e escultora brasileira, morta em abril de 1988. “A Lygia é, de fato, uma dobra dentro da relevância do mundo da arte”.

A exposição é composta de pinturas, esculturas, “performances”, instalações, colagens, entre outros. “É uma exposição multimídia mesmo. Tem todas as relações de arte que a gente pode imaginar”, disse Keyna, que é professora do Grupo de Acompanhamento da Rede Nami e do programa gratuito de ensino da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

“A gente, hoje em dia, não vê muitas artistas negras em grandes exposições, em grandes espaços”, disse a curadora sobre o nome da exposição: “Sob a potência da presença”.

Foi realizada, ontem (15), uma mesa-redonda sobre “A Importância de Impulsionar Mulheres Negras na Arte Contemporânea”, da qual participaram, além de Keyna Eleison, a ativista Panmela Castro e a doutora em artes visuais paulista Rosana Paulino.

Houve a mostra “AfroGrafiteiras”, reunindo cerca de 40 telas das alunas do curso de formação política por meio da arte, também promovido pela Rede Nami.

O programa de acompanhamento da Rede Nami é bienal. O grupo que participa da exposição no Museu da República pertence à terceira turma formada em arte contemporânea pela ONG este ano. O programa é gratuito e foi iniciado em 2015.

A mostra ficará aberta ao público no Museu da República até o dia 2 de fevereiro de 2020 e pode ser vista de terça a sexta-feira, das 10h às 17h; e nos sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h.

(Fonte: Agência Brasil)

O uso do inglês como prática social – aquela aplicada a necessidades básicas de comunicação, como se apresentar, pedir produtos em uma loja ou manter uma conversa curta – ainda não é o foco principal do ensino da língua estrangeira na rede pública, de acordo com a pesquisa divulgada pela agência do governo britânico British Council.

Apenas dois Estados brasileiros avaliados atingiram todos os critérios necessários para o ensino de qualidade do inglês: Paraná e Pernambuco. São Paulo e Distrito Federal ficaram atrás, mas acima da média brasileira. Pará, Amapá, Goiás, Mato Grosso e Alagoas não aparecem no estudo. Os demais Estados apresentaram desempenho mediano ou insuficiente para os critérios do British Council, agência internacional do Reino Unido para educação e cultura.

Chamado “Políticas Públicas para o Ensino de Inglês”, o levantamento avalia o panorama que receberá, no ano que vem, as mudanças na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. De acordo com o texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 2018, o ensino da língua inglesa passará a integrar o currículo como matéria obrigatória.

Desafios

A pesquisa aponta dois “deficit” no desenvolvimento do ensino do idioma nas escolas públicas: a falta de professores qualificados e o foco no ensino gramatical em detrimento do ensino social da língua. “Uma vez que os discursos se organizam em práticas sociais, historicamente construídas e dinâmicas, o seu ensino pela prática traz um maior significado para o aluno”, explica Cíntia Toth Gonçalves, gerente sênior de inglês do British Council.

De acordo com o Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de 2017, apenas 45% dos 62 mil professores de inglês na rede pública têm formação superior na área de línguas estrangeiras. Paraná e Sergipe são os únicos Estados com mais de 70% dos docentes habilitados em língua inglesa ou estrangeira moderna.

"Essa é uma situação difícil, mas não única no mundo. No contexto brasileiro, é primordial que se concentrem esforços também na formação inicial dos futuros professores para que eles estejam preparados para atender à demanda criada pela BNCC", afirma Cintia.

(Fonte: Agência Brasil)