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Cursinho USP

Pela primeira vez uma universidade brasileira foi classificada entre as 100 melhores universidades do mundo no QS World University, da consultoria britânica especializada em ensino superior, Quacquarelli Symonds (QS). Trata-se de um dos mais respeitados rankings universitários do mundo. A Universidade de São Paulo (USP) ficou na 85ª posição na classificação geral, divulgada nessa terça-feira (27). As informações são do Jornal da USP.

Na edição deste ano, o ranking avaliou cerca de três mil universidades de 104 países. A classificação é liderada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos; seguido da Universidade de Cambridge, no Reino Unido; e da Universidade de Oxford, também no Reino Unido.

Além da USP, outras três instituições brasileiras ficaram entre as 500 melhores do mundo: a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que ficou na 220ª posição, seguida da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na 371ª, e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), na 419ª colocação.

A atual edição do ranking passou por uma atualização na metodologia. Foram incorporados três novos indicadores: sustentabilidade, empregabilidade e rede internacional de pesquisa. E foram reformulados indicadores já utilizados: reputação acadêmica, citações científicas, reputação entre empregadores, proporção de docente por aluno, proporção de estudantes estrangeiros e corpo docente internacional.

“Nossos pontos fortes foram a reputação acadêmica, a excelência das nossas pesquisas, o alto conceito que temos entre os empregadores, e o impacto social do trabalho das pessoas que formamos”, disse o reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.

“A missão de uma universidade não é disputar rankings. Essas classificações são apenas um efeito, não uma finalidade. De toda forma, notícias da nossa projeção reafirmam a nossa convicção de que estamos no caminho certo”, acrescentou.

(Fonte: Agência Brasil)

Exposição Dōshin na Japan House

Pula-pirata, lousa mágica, Beyblade, Aquabeads, Tamagotchi, Nanoblock… muitas crianças não têm dúvidas sobre esses nomes e o que representam: são brinquedos que fazem muito sucesso pelo Brasil. Mas todos eles têm uma particularidade: eles foram criados no Japão. Brinquedos como esses, do universo japonês, fazem agora parte de uma exposição na Japan House, na Avenida Paulista, em São Paulo. A exposição tem início nesta terça-feira (27) e segue até 12 de novembro.

Chamada de Dōshin – Os Encantos dos Brinquedos Japoneses, a mostra apresenta 126 objetos que traçam um panorama sobre o brincar no Japão. A curadoria é de Natasha Barzaghi Geenen, que é diretora cultural da Japan House. “Fizemos uma seleção de brinquedos que fazem parte do dia a dia das crianças do Japão. Todos os brinquedos [expostos] aqui podem ser encontrados em lojas e casas no Japão hoje. Eles fazem parte da rotina das crianças de lá. Queremos que as crianças daqui consigam reconhecer tanto alguns brinquedos com os quais elas também brincam como também brinquedos que serão novas descobertas, vão trazer elementos simbólicos japoneses que as crianças daqui vão descobrir e criar conexões com as crianças de lá”, disse.

Exposição Dōshin na Japan House

Em entrevista à Agência Brasil, a curadora contou que a exposição pretende promover empatia, fazendo com que a criança brasileira possa conhecer um pouco mais sobre a cultura japonesa. “Essa é uma exposição que estamos desenvolvendo há quase dois anos. A ideia é que, para criar empatia com o desconhecido, você precisa conhecê-lo. E, muitas vezes, nessa descoberta, você percebe diferenças, mas você percebe também muitas semelhanças e isso cria uma certa conexão entre culturas diferentes. Isso vale para as artes mas, pensando nas crianças, as ferramentas mais imediatas seriam justamente os brinquedos, que também têm uma linguagem universal”, disse.

Na seleção feita para a mostra há pelúcias de personagens de animações japonesas como o Totoro, brinquedos feitos com bambu, os famosos carrinhos Tomica e até brinquedos de personagens famosos por aqui como Hello Kitty, Ultraman e Power Rangers. Há também bilboquês [kendama] que são aqueles brinquedos compostos por um bastão e uma bola; um Plarail, conjunto de trens e de trilhos que foi lançado em 1959 e que apresenta uma locomotiva que desliza pelos trilhos; e brinquedos para bebês feitos à base de arroz. “Esse brinquedo [feito à base de arroz] tem cores pastéis e é todo suave no toque e nas formas. Ele tem formatos geométricos e de bichinhos. É para a primeira fase da infância, quando ainda está nessa criação de uma habilidade motora. E eles são feitos à base de arroz, material que foi desenvolvido no Japão e que quase parece um plástico, mas é mais macio para que o bebê possa justamente colocá-lo sem risco na boca”.

Exposição Dōshin na Japan House

A exposição ainda apresenta brinquedos de montar que vão exigir muita paciência e raciocínio das crianças: há desde os nanoblocks [que lembram o Lego, mas é formado pelas menores peças de montar do mundo] até um crystal puzzle, um quebra-cabeça tridimensional feito com contas transparentes. “Tem muita coisa de construção ou de transformação, como um robô que vira um avião e um carro que vira um homem tais como os Transformers e Power Rangers. E tem muita coisa de encaixe”, citou a curadora.

“Uma coisa que demos muita ênfase é que trouxemos brinquedos que fogem dos eletrônicos, salvo raras exceções que inserimos aqui como o Tamagotchi [animal de estimação portátil], que foi um hit nos anos 90 e está voltando agora. Mas, fora isso, 95% dos brinquedos aqui são de um brincar mais tradicional, que estimulam a sociabilidade, a criatividade, a coordenação motora. Isso é para nos darmos conta de que as crianças, hoje em dia, ainda brincam com esse tipo de brinquedo e que eles são importantes em sua formação”, disse.

E para que as crianças não fiquem só na vontade de brincar, a Japan House preparou um espaço especial onde elas vão poder manusear alguns desses brinquedos japoneses. “Dividimos a exposição em duas. Uma parte dela é como uma exposição tradicional, com legendas, linha do tempo, e que não pode ser tocada, mas observada. Mas como sabemos que isso tudo é muito atrativo não só para as crianças mas também para os adultos, criamos um espaço para que eles possam interagir com esses brinquedos. Nesse espaço, a criança vai poder tocar e brincar”, falou a curadora.

A entrada na Japan House é gratuita. As visitas podem ser feitas de terça-sexta, das 10h às 18h, ao sábados de 9h às 19h, e aos domingos e feriados das 9h às 18h. Mais informações sobre a mostra podem ser obtidas no site

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta terça-feira (27), em Brasília, o resultado da chamada regular da segunda edição de 2023 do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). A matrícula dos selecionados deverá ser feita entre 29 de junho e 4 de julho, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior do Sisu.

A partir de hoje, começa o prazo para que os candidatos não selecionados na chamada regular manifestem interesse em participar da lista de espera. Os interessados têm até as 23h59 do dia 4 de julho (horário de Brasília), para fazê-lo, também por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior – Sisu.

“O candidato poderá manifestar interesse na lista de espera em apenas um dos cursos para o qual optou por concorrer em sua inscrição no Sisu. A convocação por meio da lista de espera será a partir de 10 de julho”, informou o MEC.

As informações sobre as convocações da lista de espera serão disponibilizadas pela instituição na qual o estudante se inscreveu; e as convocações serão gerenciadas e realizadas pela própria instituição, de acordo com seu planejamento.

“As informações devem estar em edital da instituição de educação superior e no site da instituição”, explica o MEC.

Vagas

A segunda edição de 2023 do Sisu disponibilizará 51.277 vagas em 1.666 cursos de graduação, de 65 instituições de educação superior. Segundo o ministério, o certame contabiliza 305.797 inscritos e 578.781 inscrições em cursos ofertados. A diferença se deve ao fato de ser possível, aos candidatos, escolherem até duas opções de cursos.

O Sisu reúne, em um sistema eletrônico gerido pelo MEC, as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil. A maioria delas, oferecida por instituições federais (universidades e institutos).

O sistema executa a seleção dos estudantes com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A inscrição é gratuita e feita, exclusivamente, pela internet, por meio dos serviços digitais do governo federal (gov.br). 

“Até o limite da oferta das vagas, por curso e modalidade de concorrência, de acordo com as escolhas dos candidatos inscritos, eles são selecionados por ordem de maior classificação, em cada uma das duas edições anuais do Sisu”, explicou o MEC.

(Fonte: Agência Brasil)

“Ele jamais abriu mão da própria identidade durante toda a carreira”. A avaliação é a do jornalista carioca Júlio Moura, autor do livro Pelas ruas que andei – Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora), de 562 páginas. A obra sobre o artista de múltiplas influências será lançada nesta terça-feira (27), às 19h, no Paço do Frevo, no Recife.  

O evento terá a presença do biógrafo e do biografado, com acesso livre. Alceu, que vai completar 77 anos de idade no sábado que vem (dia 1º/7), tem carreira marcada pela resistência e manutenção das raízes nordestinas. Ele é aclamado em todo o país e internacionalmente.

 A missão de contar uma história de vida e de mais de 50 anos de carreira ficou para o jornalista, que é assessor de imprensa do artista desde 2009. “Posso dizer que, desde então, penso em fazer a biografia sobre ele”, confessa Júlio. 

Ele garante que Alceu deixou o escritor à vontade para fazer um mergulho independente e distanciado. “Não pediu para ler nada antes”, disse o escritor em entrevista à Agência Brasil. 

Memórias

Júlio explica que queria evitar um “livro de memórias”. Por isso, tinha certeza de que precisaria de certo afastamento em prol da qualidade do livro.  Foram dois anos de escrita, principalmente durante a pandemia. 

A investigação da história de Alceu foi antes de escrever e ganhou fôlego pelas conversas frequentes, pelas viagens a São Bento do Una (PE), cidade em que o artista nasceu, e para Garanhuns (PE) e Recife para traçar o complexo mosaico de influências musicais e de vida. 

“Eu tive impressões confirmadas. Ele sempre teve uma obstinação e determinação muito grandes. Por exemplo, ele participou de festivais de música importantes e não ganhou. Mas não desistiu”, revela o escritor.

Outra face menos comentada do artista e que, segundo Júlio, ilustra a obstinação de Alceu, foi a realização do filme A luneta do tempo. “Foi um filme que Alceu escreveu durante 10 anos e filmou no agreste de Pernambuco por três anos. Uma história do circo e cangaço. E eu participei intensivamente”, recorda.

Júlio testemunha que Alceu não para nunca. “Ele é muito intenso”, diz. Como um Carnaval permanente. Influenciado pelas raízes do violeiro, da banda de pífano, do caboclinho, do baião, do frevo no Recife, do maracatu. “Ele é um dos artistas que melhor representa essa diversidade que o Nordeste tem”, acredita o biógrafo. Ele diz, ainda, que faltam biografias sobre artistas nordestinos da geração de Valença.

O saber de Alceu provoca efeitos artísticos em diferentes campos. “A música Anunciação, por exemplo, é ouvida e cantada desde 1983 (há 40 anos)”. Foi cantada em momentos marcantes, como do pedido pelas Diretas Já, a partir de 1984, em que o artista se engajou. A música virou também um hino informal das jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, que vai disputar a Copa do Mundo.

Não são apenas pelos meios tradicionais que Alceu consegue repercussão. O escritor verificou que a internet auxiliou a garantir visibilidade para a obra do  compositor. “A música La belle de jour tem mais de 140 milhões de visualizações no YouTube. É impressionante. Não encontramos isso nem no Paul McCartney, ou Freddie Mercury, ou Stevie Wonder”, observa.

 Pelas ruas que andei, nome da canção que é o título do livro, é para Júlio a música mais marcante. Funciona como metáfora de toda a caminhada do artista no Nordeste e, depois, no Rio de Janeiro. 

“Pessoa mais indicada”

Para Alceu Valença, Júlio Moura era a pessoa mais indicada para escrever a biografia. O artista garante que deixou o escritor e amigo muito à vontade para poder fazer o livro. 

“Mesmo porque era a pessoa mesmo mais indicada para isso. Há muito tempo em que ele trabalha com a gente, que viaja comigo e conheceu tudo o que aconteceu na minha vida”, afirmou Alceu em entrevista à Agência Brasil. “Ele conheceu a casa onde eu morei, parentes meus. Ele conheceu a feira de São Bento do Uma, que serviu de base para a minha música, do xote, do xaxado, do baião”.

Alceu destaca que Júlio esmiuçou as influências das outras cidades brasileiras em que ele viveu, como Garanhuns, Recife, Olinda e Rio de Janeiro.

O cantor destaca que a biografia revela formação prioritária dele, que é de São Bento do Una e da Fazenda Riachão, onde nasceu. “A cultura do sertão profundo é a cultura que inspirou e fez com que existisse o Gonzagão. Eu sou da mesma cultura, influenciado, também, por Gonzagão”, opina.

No Recife, Alceu viveu na Rua dos Palmares, um verdadeiro caldeirão cultural de influências para ele. Moravam, lá, o compositor Carlos Pena Filho e o grande Nelson Ferreira (o maestro e compositor de frevo). “Por lá, passavam os maracatus de origem africana. E os blocos indígenas, os caboclinhos. O frevo de bloco, o frevo de rua, o frevo canção”. 

Alceu Valença destaca que o escritor conheceu todos os amigos dele de Olinda. “Ele tem uma memória incrível. Cada vez que eu passava por Olinda, eu ia me lembrando de alguma coisa. E ele cuidou para estar tudo ali no livro”, observa.

Além do lançamento desta terça-feira, estão programados outros dois lançamentos, um no Rio de Janeiro (Livraria Travessa do Shopping Leblon), no dia 25 de julho, e em São Paulo (Itaú Cultural) no dia 27 do mês que vem. 

A obra tem versões impressa, digital e audiolivro (disponível em audiolivro.art.br), adaptado como condições de acessibilidade e recursos extras para os fãs do formato. 

Serviço

Lançamento do livro Pelas ruas que andei - Uma biografia de Alceu Valença (Cepe Editora)

Preço: R$ 70 (livro impresso); R$ 35 (e-book); 49,90 (compra do audiolivro); R$ 20 (assinatura do audiolivro)

Recife

Quando: 27 de junho

Onde: Paço do Frevo (Praça do Arsenal da Marinha, s/n, Recife)

Horário: 19h

Acesso gratuito

(Fonte: Agência Brasil)

A nadadora maranhense Sofia Duailibe se destacou no Campeonato Maranhense de Natação de Inverno – Troféu João Vítor Caldas, que foi realizado no último sábado (24), na piscina do Nina Natação, em São Luís. A atleta da DM Aquatic, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, conquistou duas medalhas de ouro nas provas dos 100m costas e 400m livre do Estadual, confirmando o seu grande momento na temporada de 2023.

Antes dos dois ouros no Maranhense de Inverno, Sofia Duailibe representou o Colégio Literato na categoria infantil feminino dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs), no início de junho, faturando três medalhas de ouro nas provas dos 50m costas, 100m costas e 400m livre. 

Sofia Duailibe também brilhou na Copa Norte de Natação / Troféu Leônidas Marques, que foi realizada em abril, em São Luís. A nadadora maranhense conquistou 10 medalhas na categoria Infantil 1 da competição regional: foram cinco ouros nas disputas dos 200m costas, 400m livre, 800m livre, 1.500m livre e 2,5km (águas abertas), quatro pratas nos 50m costas, 100m costas, 200m livre e 200m medley, e um bronze no revezamento 4x50m livre misto.

Águas abertas

Além dos resultados expressivos nas piscinas, Sofia Duailibe está se consolidando como uma das principais atletas da nova geração na modalidade de águas abertas no país. Nas últimas cinco etapas da Copa Brasil, organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Sofia conquistou oito títulos, disputando provas de 1,5 km, 2,5km e 5km na categoria Infantil I Feminino, e ainda obteve quatro vice-campeonatos.

Também em 2023, Sofia Duailibe sagrou-se campeã na prova dos 5 km da categoria Infantil I Feminino no Campeonato Brasileiro de Águas Abertas e venceu a disputa geral dos 2,5 km na Copa São Luís. Os dois eventos foram realizados no final de abril, em São Luís.

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pela Potiguar, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Ela ainda conta com os apoios da DM Aquatic e do Colégio Literato.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Nome de destaque do esporte do Maranhão, o nadador Davi Hermes brilhou na disputa do Campeonato Maranhense de Natação de Inverno – Troféu João Vitor Caldas, que ocorreu no último sábado (24), na piscina do Nina Natação, em São Luís. O atleta da Viva Água, que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, conquistou duas medalhas de ouro nas provas dos 100m borboleta e 400m livre no Estadual.

A grande performance de Davi Hermes no Maranhense de Inverno ocorre poucos dias após o desempenho histórico nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que foram realizados em Brasília. Referência na natação paralímpica brasileira (DF), Davi faturou cinco ouros nas provas dos 50m, 100m e 200m livre, além dos 50m e 100m borboleta, ajudando a Universidade Ceuma a conquistar o terceiro lugar no quadro de medalhas da natação paradesportiva dos JUBs. O nadador maranhense também registrou quatro melhores tempos da carreira em piscina de 50m.

Antes de fazer história nos JUBs, Davi Hermes obteve resultados expressivos no Campeonato Brasileiro de Natação CBDI 2023, competição realizada em abril, em São Paulo (SP). Davi terminou o evento com três medalhas de ouro – com direito à conquista do tetracampeonato nas provas dos 50m e 100m borboleta e do tricampeonato nos 200m borboleta –, e uma prata nos 50m livre.

Também na temporada de 2023, Davi Hermes conquistou três medalhas de ouro nas provas dos 50m borboleta, 200m borboleta e 400m livre no Torneio Início, competição promovida pela Federação Maranhense de Desportos Aquáticos (FMDA), e faturou três medalhas no Torneio Grão-Pará da Amizade Master de Natação, com uma prata nos 50m borboleta e dois bronzes nas disputas dos 50m livre e 100m borboleta. 

(Fonte; Assessoria de imprensa)

Os recentes reajustes das mensalidades do ensino superior podem deixar vários estudantes de fora da faculdade, por não terem condições de pagar, de acordo com estudo feito pela Quero Educação. O levantamento mostra que enquanto os futuros alunos buscam mensalidades de cerca de R$ 500, a média cobrada pelas instituições é R$ 722. Isso faz com que 68% daqueles que estão em busca de uma formação superior não encontrem opções viáveis.

O levantamento foi realizado a partir das buscas feitas na plataforma Quero Bolsa, um dos braços da Quero Educação. Pela plataforma, estudantes podem obter bolsas de estudos de 5% a 80% de desconto em instituições privadas. Hoje, as bolsas ofertadas cobrem, de acordo com a Quero, 10% das matrículas nas faculdades. Mais de 1,3 mil instituições ofertam bolsas de estudo pela plataforma.

Segundo a Quero Educação, no início deste ano as maiores instituições do mercado praticavam, na plataforma, um preço médio nas mensalidades de R$ 530, enquanto os alunos buscavam cursos com preço médio de R$ 526. Ao longo do ano, em meio à queda no poder de compra, os estudantes passaram a buscar graduações presenciais com um preço médio de R$ 495, enquanto o valor médio das mensalidades ofertadas na plataforma foi elevado para R$ 722, representando um aumento de 45% em relação a faixa buscada pelos alunos.

Se antes as instituições atendiam a 63% dos estudantes que buscavam vagas, agora essa porcentagem caiu para 32%. “Não houve aumento do poder de compra dos alunos, eles não podem pagar esse preço. É isso que a gente vem alertando. Está ficando muita gente de fora. E o fato é que as instituições não vão conseguir encher as suas salas”, alerta o diretor da Quero Educação, Marcelo Lima.

Para Lima os descontos nas mensalidades e as bolsas de estudos são mais vantajosas que os financiamentos, pois podem garantir a formação dos alunos sem que eles fiquem endividados quando deixam a universidade. "É uma grande oportunidade para as faculdades que quiserem trabalhar nesse mercado num preço mais acessível para os alunos. É uma oportunidade para elas encherem suas salas, porque é muito melhor ter uma sala cheia de alunos pagando R$ 500 do que ter uma sala pela metade, conseguindo captar aqueles alunos que estão dispostos a pagar R$ 720".

Reajustes necessários

Entidades representativas do ensino superior reconhecem a dificuldade dos estudantes em pagar as mensalidades, mas ressaltam que os reajustes são necessários, uma vez que muitas das instituições, durante a pandemia, não aumentaram as mensalidades. “O preço é formado com base no custo. Houve, pela inflação, aumento real de custos nas universidades, aumento de luz, aluguel, correção de salários”, argumenta o diretor-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Celso Niskier. De acordo com ele, cerca da metade das vagas ofertadas pelas instituições não são preenchidas.

Segundo o diretor executivo do Semesp, que também representa as mantenedoras de ensino superior do Brasil, Rodrigo Capelato, cerca de 30% a 35% dos estudantes têm atualmente algum desconto ou bolsa. “Em 2023, houve pequena recuperação do setor, mas sempre com muito desconto, precisando ajustar valores porque o poder aquisitivo ainda está muito baixo e as famílias estão muito endividadas”, disse.

Capelato ressalta que não é possível oferecer descontos a todos os estudantes. “O valor médio das mensalidades é R$ 800 a R$ 1,5 mil. Senão, não pagamos os custos, principalmente no ensino presencial”.

Ambos defendem o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) como forma de manter os alunos e garantir a formação, já que mesmo com bolsas, eles não têm condições de pagar até o término do curso. Atualmente, o setor privado concentra 77% das matrículas do ensino superior brasileiro, de acordo com o último Censo da Educação Superior. “A gente precisa de uma forma de ingressar via setor privado, senão não consegue dar cobertura. E a melhor forma é ampliar o financiamento estudantil”, defende Capelato.

“As pessoas que buscam ensino superior carecem de financiamento estudantil, um novo Fies até para retomar o caráter social que defendemos, como era da origem. No Brasil, se não tiver financiamento com esse caráter, vai ter mais gente precisando fazer curso superior e não conseguindo”, defende Niskier.

Qualidade

Para os estudantes, é importante que o ensino ofertado seja de qualidade, o que muitas vezes não tem ocorrido, de acordo com a coordenadora de Comunicação da União Nacional dos Estudantes (Une), Manuella Silva.

“A gente precisa, nesse momento, para além de garantir que estudantes tenham acesso ao ensino superior, garantir a qualidade do ensino superior. O que nós vemos é o lucro acima da qualidade”, disse.

Segundo Manuella, a UNE recebe reclamações de estudantes que acabam tendo aulas gravadas há muitos anos, já desatualizadas, que não tem laboratórios para práticas, entre outras reclamações.

Sobre os reajustes, a estudante ressalta que os aumentos estão recaindo não apenas para os estudantes que estão ingressando na universidade, mas para aqueles que já estão matriculados e que acabam não tendo condições para se manter estudando.

De acordo com Manuella, a UNE defende, além de um Fies que consiga assegurar que os estudantes concluam os cursos, uma garantia de emprego, para que possam, assim que formados, quitar suas dívidas com o programa.

“A gente defende o Fies, mas defende que ele consiga garantir o pleno emprego, para que os estudantes consigam ter acesso ao mercado de trabalho. O Fies é importante para garantir entrada na universidade, mas que seja um Fies que os estudantes consigam entrar, permanecer e concluir um curso com qualidade, que não o deixem pela metade”, defende.

Fies

Atualmente, o Fies está sendo discutido em um grupo de trabalho criado pelo Ministério da Educação. As discussões, em tese, terminam em setembro. A Portaria 390, que oficializou o grupo de trabalho, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no dia 8 de março, com a finalidade de promover estudos técnicos relacionados ao Fundo, como diagnósticos sobre a situação atual do Fies, a reavaliação do limite de financiamento e a desburocratização do programa.

Criado em 1999, o Fies oferece financiamento a estudantes de baixa renda em instituições particulares de ensino a condições mais favoráveis que as de mercado. O programa, que chegou a firmar, em 2014, mais de 732 mil contratos, sofreu, desde 2015, várias mudanças e enxugamentos. Em 2019, foram cerca de 67 mil ingressantes no ensino superior pelo Fies.

Um dos principais motivos para as mudanças nas regras do Fies, de acordo com gestões anteriores do Ministério da Educação, foi a alta inadimplência, ou seja, estudantes que contratam o financiamento e não quitam as dívidas após formados. O percentual de inadimplência registrado pelo programa chegou a atingir mais de 40%, de acordo com dados do ministério, de 2018.

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) aplica neste fim de semana as provas do Revalida, exame para validar os diplomas médicos obtidos por alunos que se formaram no exterior.

O Revalida está na segunda fase de aplicação de provas, que é destinada a médicos aprovados na etapa anterior, composta pela avaliação objetiva e discursiva.

Habilidades clínicas

Entre hoje e amanhã, os candidatos farão as provas práticas de habilidades clínicas. Os médicos serão avaliados nas áreas de clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ginecologia e obstetrícia, além de medicina da família. Segundo o Inep, a nota mínima para aprovação é de 60,722 pontos de 100.

A aprovação no exame atesta que o diploma emitido no exterior é compatível com as exigências de formação das universidades brasileiras.

As referências exigidas no Brasil são os atendimentos no contexto de atenção primária, ambulatorial, hospitalar, de urgência, de emergência e comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina e na legislação da profissão.

(Fonte: Agência Brasil)

O Rio de Janeiro vai se tornar a capital mundial das harpas no mês de julho. A partir de 1º de julho, a capital fluminense será sede do 18º RioHarpFestival 2023. Serão 30 harpistas de 23 países, que realizarão 73 concertos por 31 dias, sem interrupção, todos com entrada gratuita. 

No total, 150 músicos se apresentam em várias orquestras, muitas das quais oriundas de programas de inclusão social desenvolvidos em comunidades, tornando o festival do Brasil o mais forte do circuito mundial. A programação pode ser acessada no site do evento.

O RioHarpFestival reúne expoentes da África do Sul à Índia, além de representantes de quase toda a Europa e da América Latina.

O evento soma 73 concertos em 31 dias ininterruptos, todos com entrada franca, englobando diversas formações da harpa e similares, desde a harpa mais conhecida, originada entre a Europa e o Norte da África no século VIII, até o tradicional koto japonês.

Expansão

Em entrevista à Agência Brasil , o diretor e criador do RioHarpFestival e do projeto Música no Museu, Sérgio da Costa e Silva, destacou que, há 20 anos, quando começou a dedicar o mês de maio às harpas, na programação do Música no Museu, inicialmente com harpistas brasileiros, não imaginava que o sucesso seria tamanho e que a iniciativa ganharia maior dimensão.

“Dois anos depois, passamos para a versão internacional. Iniciamos timidamente em 2005, com 4 harpistas, e aumentamos ano a ano. Agora, em 2023, no 18º RioHarpFestival, teremos harpistas de 23 países, chegando a 100 concertos, a maioria no Rio de Janeiro”.

Sérgio da Costa e Silva informou que Brasília e São Paulo foram agregadas depois, com o BsbHarpFestival e o SPHarpFestival, que terão, neste ano, a primeira e sétima edições, respectivamente.

O grande passo está previsto para a versão europeia, em agosto e setembro, com concertos em cidades da França, Itália, Croácia, Espanha, Portugal, Bélgica e Áustria. “Assim o RioHarpFestival se tornou o maior do mundo e inseriu o Brasil no circuito mundial da harpa”, afirmou.

A maioria das apresentações ocorre no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ), que recebe 54 recitais em duas apresentações diárias no seu teatro, com capacidade para 172 pessoas.

Haverá recitais também no Arte Sesc Rio, no Flamengo; no Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF), na Cinelândia; no Sesc Quitandinha, em Petrópolis; no Real Gabinete Português de Leitura; na Biblioteca Nacional; no Jockey Club; no Palácio São Clemente – Consulado de Portugal, além de pontos turísticos e históricos do Rio de Janeiro, entre os quais o Corcovado e o Forte de Copacabana.

Destaques

O harpista alemão Markus Thalheimer abre a programação, no dia 1º de julho, às 13h, dividindo o palco do CCBB RJ com a camerata do projeto Uerê, formada por crianças e adolescentes de comunidades do Rio de Janeiro, na faixa etária de 7 a 18 anos, que tocam instrumentos de cordas e percussão.

A Camerata Uerê foi criada, em 2013, por Constance Depretz, violinista francesa então radicada no Rio de Janeiro. Hoje, ela é composta por 30 alunos do projeto. Markus Thalheimer nasceu em Stuttgart, Alemanha, em 1987. Teve as primeiras aulas de harpa em sua cidade natal, aos 6 anos de idade. Após os estudos, cursou a Academia Giuseppe Sinopoli da Staatskapelle Dresden por dois anos. Desde a temporada 2016/2017, Thalheimer é o principal harpista da New Lausitz Philharmonic Orchestra.

Também no dia 1º de julho, às 15 horas, ocorrerá o concerto do harpista holandês Joost Willemze, no CCBB Rio. Ele é um dos principais jovens harpistas holandeses. Aos 16 anos, recebeu o primeiro prêmio na final nacional do Concurso Princesa Cristina, em Haia. Em 2017 venceu o Concurso Internacional de Harpa do Porto e, um ano depois, o concurso italiano Suoni. Em 2022, gravou o seu CD de estreia.

No dia 2 de julho, às 13h, Willemze volta aos palcos do CCBB RJ, às 15h, com a participação especial da Orquestra de Gaita de Foles, pioneira no município de São Gonçalo, região metropolitana do Rio, considerada banda de referência no estado. A Orquestra de Gaita de Foles promove aulas gratuitas para crianças carentes. Segundo expôs Sergio da Costa e Silva, a fusão intencional da música brasileira e celta oferece um repertório aprimorado e uma qualidade musical distinta.

No dia 7, às 19h, no Arte Sesc, a récita Ecos Latinos vai reunir os músicos Patrice Fisher, harpa; Fran Comiskey, piano; Betsy Braud, flauta (todos dos Estados Unidos); Carlos Valadares, percussão (Guatemala), Reinaldo Pestana (percussão) e Papito Mello, baixo (Brasil), com participação especial de Claire Le Fur (França). Harpista de jazz latino, Patrice Fisher privilegia a música de Nova Orleans, Brasil e Cuba, dizendo que não só a harpa se sente “confortável” harmonicamente com a música, como também se sente atraída por suas complexidades e sincopações: “É isso que dá vontade de dançar”, disse a harpista.

No dia 8, às 17h, a Casa Museu Eva Klabin, na Lagoa, zona sul da cidade, recebe a programação no Concertos de Eva – Série Música no Museu, com o Duo Spiritus Filmum, constituído pela harpista Leonor Maia e pelo flautista Francisco Barbosa. Os dois já tocaram em várias salas de concertos em Portugal, Áustria e Alemanha.

Koto

Na Biblioteca Nacional, no dia 11, às 13h, se apresentarão Dina Celeste, harpa e Gaby Portillo, violão (Paraguai). No mesmo local, às 15h, será a vez do Al Sharq Quarteto, integrado por Jaffer Swamani, Rudá Brauns, Vicente Alexim e Marcelo Conti, que fará uma homenagem a países árabes, entre os quais Turquia e Egito. A programação extensa inclui o Trio Fujiyama Nippon, do Japão, que representa o koto, ou harpa horizontal japonesa, no dia 16, às 15h, no CCBB RJ, com o concerto Tambores do Japão.

Outra novidade deste ano será o concerto do belga Jacques Vandevelde, que se apresentará com o Cacique Urutau Guajajara e o Coro Indígena, no dia 17, às 12h30, no CCBB RJ. Segundo Sergio da Costa e Silva, será um encontro entre a música erudita e a música espiritual dos povos originários. Novo encontro de harpistas europeus com a música brasileira trará a belga Heleen Vandeputte, que faz arranjos especiais para canções infantis do Brasil, como "Se Esta Rua Fosse Minha". Haverá quatro apresentações no CCBB RJ, dos dias 17 a 20 de julho.

No dia 20, às 12h30, no CCBB RJ, o público poderá apreciar ainda o encontro de harpistas com o grupo Madrigal Cruz Lopes, coral formado por 22 cantores dos mais variados estilos, desde o clássico até a música popular contemporânea, passando pela música folclórica, sacra, óperas e oratórios.

No dia 22, às 18h, no Museu do Exército, no Forte de Copacabana, no bairro do mesmo nome, se apresentará a Orquestra Violões do Forte, com participação especial do harpista Jesús Súares, da Venezuela. O encerramento do 18º RioHarpFestival está previsto, no dia 31, no CCBB RJ, quando se apresentarão, às 12h30, a harpista Kobie du Plessis (África do Sul); e, às 15h, o Duo Vanja Ferreira, harpa, e Helder Teixeira, flauta. Vanja Ferreira é solista da Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense (UFF). 

(Fonte: Agência Brasil)

A Mostra de Cinema de Ouro Preto (CineOP) homenageou, em sua abertura, o ator e músico Tony Tornado. A cerimônia ocorreu na noite da última quinta-feira (22), na Praça Tiradentes, no centro da cidade histórica mineira. Após chamar atenção para a produção cinematográfica indígena no ano passado, o evento traz, entre os destaques dessa edição, um olhar para a presença da black music brasileira no audiovisual.

“Cinema é minha paixão. Não sei contar quantos filmes eu fiz. Sei que fiz muitos filmes interessantes e alguns mais ou menos. Também fiz alguns muito horríveis”, disse proporcionando risadas entre os presentes. Ele citou Quilombo e Pixote como trabalhos que o deixa orgulhoso. “Viva o cinema nacional! Que honra, que honra”, completou após receber o Troféu Vila Rica.

“Eu sou ruim de discurso por falta de costume. Não sou muito homenageado. Então, fico meio sem jeito”, disse emocionado, acompanhado do filho Lincoln Tornado. Entre os destaques da mostra, está a exibição Quilombo, clássico dirigido por Cacá Diegues e lançado em 1984. O filme traz Tony Tornado interpretando a figura histórica de Ganga Zumba, líder de Palmares.

Aos 93 anos, Tony Tornado é um dos rostos negros mais conhecidos da televisão e do cinema brasileiro. Paulista de Presidente Prudente (SP), ele é considerado o mais longevo ator em atividade no país, estando atualmente no ar na novela Amor Perfeito, da Rede Globo. Ele celebra a presença de bons atores negros envolvidos em novas produções. “São pessoas que vão fazer um trabalho muito bom e vão garantir essa representatividade. Porque são bons atores. E eles têm as chances que não tive”.

Tony Tornado estabeleceu-se também, a partir dos anos 1960, como um dos precursores do movimento da black music brasileira, inspirada na luta pelos direitos civis. “Sou um negro em movimento. Eu peguei esse nome por isso. Eu era igual a um tornado, eu dançava igual a um tornado, eu agia igual a um tornado”. Segundo ele, sua principal referência na música foi o norte-americano James Brown. O homenageado também fez um show para os presentes em Ouro Preto na noite dessa sexta-feira (23).

Em sua 18ª edição, a CineOP possui uma intensa programação, totalmente gratuita, até segunda-feira (26). Serão exibidos ao todo 125 filmes (30 longas-metragens, nove médias e 86 curtas), produzidos em 14 Estados brasileiros e em outros quatro países (Argentina, Colômbia, Equador e Estados Unidos). Também são realizados debates, rodas de conversa, oficinas, apresentações musicais, atrações infantis e outras atividades.

Referência no calendário cinematográfico nacional, a CineOP é organizada pela Universo Produção, que, também, responde pela tradicional Mostra de Cinema de Tiradentes. O evento surgiu em 2006 com o intuito de suprir uma demanda do setor audiovisual por um festival estruturado em três eixos: patrimônio, educação e história. Para cada um deles, há uma vasta programação que mobiliza cineastas, pesquisadores, restauradores, professores, críticos, estudantes e cinéfilos em geral. A temática da edição deste ano é Memória e Criação para Futuro.

Música Preta

O eixo História preparou uma programação com base no subtema Imagens da MPB (Música Preta no Brasil), com o objetivo de dar destaque à presença da black music brasileira na trilha sonora de produções audiovisuais. A escolha integra o contexto do tributo à Tony Tornado e permeia não apenas a seleção de filmes como também os debates e demais atividades.

O pontapé inicial dessa programação ocorreu já na cerimônia de abertura, que foi sucedida da exibição do documentário Baile Soul, dirigido por Cavi Borges, que trata dos bailes black cariocas entre o fim dos anos 1960 e o fim dos anos 1970. Houve, ainda, uma performance com os artistas Lira Ribas, Maurício Tizumba, Silvia Gomes e DJ Black Josie, entre outros. A apresentação incluiu músicas escolhidas em sintonia com o subtema do eixo História.

Ao longo do evento, o público pode acompanhar com sessões cinematográficas que transitam dos clássicos como Rio Zona Norte, dirigido por Nelson Pereira dos Santos e lançado em 1957, até títulos contemporâneos como Lupicínio Rodrigues: Confissões de um sofredor (2022), Paulinho da Viola: Meu Tempo é Hoje (2003) e Simonal: Ninguém Sabe o Duro que Dei (2008). Também integra a programação a comédia Uma Nêga Chamada Tereza, lançado em 1973, sob direção de Fernando Coni Campos e protagonizado por Jorge Ben Jor, filme que teve pouco sucesso na época em que foi lançado.

Em nota divulgada pela CineOP, o curador Cleber Eduardo avalia que a música preta sempre esteve presente no ambiente cultural brasileiro e propõe uma reflexão sobre o caminho que ela percorreu desde o século passado até o momento, desenvolvendo-se em um ambiente com proeminência de artistas brancos, desde os astros de rádio e da chanchada. Ele observa ainda que há trilhas sonoras gravadas por brancos a partir de composições de autores negros.

“Historicamente, a relação da música preta em ficções e documentários teve uma presença tímida no cinema brasileiro e só se ampliou de modo considerável nos últimos 25 anos, com a profusão de filmes e séries sobre diversos artistas, brancos e pretos, na grande maioria dirigidos por pessoas brancas e com o tom de biografia legitimadora como norte”, analisa. Segundo ele, Tony Tornado apresenta uma rara longevidade que aponta para a complexidade e os paradoxos da presença negra nas telas de cinema.

Políticas Públicas

Nos outros dois eixos, a programação conta com espaços para discussão de políticas públicas, além da exibição de filmes. No eixo Patrimônio, as discussões se desenvolvem em torno do subtema Patrimônio Audiovisual Brasileiro em Rede e dão continuidade a assuntos já tratados pelo setor no Fórum de Tiradentes, realizado na Mostra de Cinema de Tiradentes em janeiro deste ano.

Na manhã dessa sexta-feira (23), houve, inclusive, medidas anunciadas pela secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura, Joelma Gonzaga. Ela indicou que a pasta irá atender algumas reivindicações do setor como a suplementação de 70% do valor do contrato de gestão da Cinemateca Brasileira, a regulamentação do Plano Nacional de Preservação Audiovisual, a instituição da Rede Nacional de Acervos e Arquivos Audiovisuais e a inserção dos trabalhos de preservação na Lei Federal Paulo Gustavo, aprovada no ano passado durante a pandemia de covid-19 para incentivar a cultura e garantir ações emergenciais.

A programação do eixo Patrimônio inclui o 18º Encontro Nacional de Arquivos e Acervos Audiovisuais Brasileiros. Realizado anualmente durante a CineOP, trata-se de um dos principais fóruns onde se discutem políticas públicas voltadas para preservação dos filmes nacionais. A pauta envolve temas como prioridades para a restauração, processos de digitalização, acesso da população aos filmes e organização de bancos de dados.

Já no eixo Educação, ocorre o XV Fórum da Rede Kino, que congrega pessoas e instituições da América Latina interessadas em ações e em políticas públicas que envolvam cinema e educação. Neste ano, as discussões são orientadas pelo subtema Cinema e Educação Digital: Deslocamentos. Buscando beneficiar a comunidade local, a CineOP realiza, ainda, sessões cine-escola, cine-debates e oficinas para atender à demanda de mais de 2 mil estudantes e educadores da rede pública de ensino em Ouro Preto.

(Fonte: Agência Brasil)