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Rádio, microfone

Em todo país, circulam ondas eletromagnéticas que transmitem informações importantes para a garantia de direitos e para a democracia. Tais ondas podem ser decodificadas por pequenas caixas que podem funcionar apenas com pilhas. De tão relevantes, essas caixas têm, a elas, um dia que foi mundialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco): o Dia Mundial do Rádio, comemorado neste sábado, 13 de fevereiro.


O potencial comunicativo do rádio já foi comprovado em vários momentos ao longo da história. Em um deles, ocorrido em outubro de 1938, milhares de norte-americanos entraram em pânico ao ouvirem, na rádio CBS, o ator Orson Welles alertando sobre uma suposta invasão de marcianos.

Tratava-se apenas de um programa de teleteatro, uma versão radiofônica do livro A Guerra dos Mundos, de H.G Wells. Ao se dar conta do alvoroço entre a população, a emissora teve de interromper o programa para esclarecer o fato aos ouvintes que não haviam ouvido a parte inicial da transmissão.

O mais democrático

 “O rádio é, sem dúvida, o mais democrático de todos os meios de comunicação. Para desfrutar dele, não há necessidade de pagar internet, nem de ter energia elétrica. Basta ter pilha ou uma bateria”, argumenta o jornalista Valter Lima, âncora, desde 1986, de um dos programas radiofônicos mais longevos do Brasil: o Revista Brasil, da Rádio Nacional, veículo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O aspecto democrático que compõe a essência do rádio é também corroborado pela Unesco que instituiu a data de hoje, 13 de fevereiro, como o Dia Mundial do Rádio.


“A estratégia da Unesco é a de fortalecer o rádio, que é o veículo mais essencial, principalmente nos muitos países onde, seja por conflitos, catástrofes ou por falta de estrutura, não há internet nem energia elétrica acessível para a população. Nesses casos, é o rádio que consegue localizar e salvar vidas, justamente por causa da possibilidade de depender apenas de pilha para ser usado”, disse à Agência Brasil o coordenador de comunicação e informação da Unesco no Brasil, Adauto Cândido Soares.

Violência contra radialistas

Adauto Soares acrescenta que o interesse da Unesco em trabalhar neste campo da comunicação está relacionado à visão de que o acesso à informação é parte integrante do direito à comunicação. “Até porque, sabemos, quando um país tem sua democracia atacada, é o direito à comunicação o primeiro a ser silenciado”.

Segundo o coordenador da Unesco, que desenvolve também um trabalho de denúncia de violações de direitos humanos contra jornalistas, os radialistas são as maiores vítimas desse e de outros tipos de violação.

“De um total de 56 jornalistas assassinados em todo o mundo em 2019, 34% atuavam no rádio; 25% em TV; 21% em mídia on-line; 13% em mídia impressa e 7% em plataformas mistas. Desse total, três mortes aconteceram no Brasil”, disse, citando números do levantamento Protect Journalists, Protect the Truth, publicado pela Unesco em 2020.

Novas tecnologias

A criatividade é uma das características que sempre acompanharam o rádio. Com a chegada de novas tecnologias, em especial, as ligadas à tecnologia da informação, o rádio manteve seu aspecto inovador e continua a se reinventar.

Presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Flávio Lara Resende lembra que muito se falou sobre a morte do rádio, com a chegada da TV. “Foi quando o rádio perdeu espaço. Mas não perdeu importância”, disse.

“Se perdeu alguma importância após a chegada da TV, depois voltou a ganhar [importância] quando apareceram novas plataformas, e ele se reinventou, apresentando programações segmentadas, canais específicos de jornalismo herdados, influenciados e influenciadores da TV”, disse o presidente da Abert.

“Hoje, com a internet, ouve-se a notícia radiofônica e vê-se os jornalistas que fazem a notícia. O rádio continua a ter grande importância e está aumentando cada vez mais, reinventando-se diariamente”, acrescentou.

Diante da necessidade de se reinventar constantemente, a Rádio Nacional lançou, recentemente (no dia 10 de fevereiro, em meio às celebrações pelo Dia Mundial do Rádio), seu perfil na plataforma Spotify no qual o público pode ouvir – onde e quando quiser – “o melhor da música brasileira”. Para acessar o serviço, basta acessar as playlists “É Nacional no Sportify”.

Estatísticas

Monitor de volume, Loudness Monitor

De acordo com o Ministério das Comunicações, há, no Brasil, cerca de 5,1 mil rádios comerciais (3.499 na banda FM; e 1.325 nas bandas AM, entre ondas médias, curtas e tropicais). Há, ainda, cerca de 700 rádios educativas; 458 rádios públicas; e 4.634 rádios comunitárias.

Na pesquisa Inside Radio, na qual são apresentados aspectos relativos a comportamento e hábitos de ouvintes de rádio, a Kantar Ibope Media constatou que o rádio é ouvido por 78% da população nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas. Além disso, três a cada cinco ouvintes escutam rádio todos os dias. E, em média, cada ouvinte passa cerca de 4h41min por dia ouvindo rádio.

O levantamento avalia também questões relativas à adaptação do rádio à web, bem como novas formas de consumo de áudio, como podcasts e conteúdo on demand.

De acordo com a pesquisa, 81% dos ouvintes escutam rádio por meio de rádio comum; 23% pelo celular; 3% pelo computador; e 4% por meio de outros equipamentos, como tablets.

O crescimento que vem sendo observado na audiência via web demonstra, segundo a Kantar, “a grande capacidade de adaptação do rádio”. Segundo a pesquisa, 9% da população que vive nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas ouviram rádio web nos últimos dias. O percentual é 38% maior do que o registrado em igual período de 2019.

Em um ano (entre 2019 e 2020), o tempo médio diário dedicado ao rádio via web aumentou em 15 minutos, passando de 2h40 para 2h55, diz a pesquisa. Além disso, 16% dos ouvintes pesquisados escutam rádio enquanto acessam a internet.

Os podcasts também têm ganhado popularidade. Entre os ouvintes de rádio que acessaram a internet durante a pandemia, 24% ouviram podcasts; 10% aumentaram o uso de podcasts; e 7% ouviram um podcast pela primeira vez.

As chamadas lives também registraram aumento de audiência durante a pandemia, com 75% dos entrevistados dizendo ter começado a assistir a lives de shows a partir do início das medidas de isolamento social impostas pela pandemia de covid-19. Ainda segundo o levantamento da Kantar, 75% dos ouvintes de rádio disseram ouvir rádio "com a mesma intensidade, ou até mais", após as medidas, e 17% disseram ouvir "muito mais" rádio após o isolamento.

Preocupação

Equipamentos de som,radio antigo,Rádio

A associação do rádio com novas tecnologias, no entanto, deve ser vista com cautela, para não acabar inviabilizando o formato tradicional desse tão importante veículo. “Emissoras de rádio hoje são em rede, mas a do interior, com outra realidade, não tem essa capacidade de recurso para investimento, como as grandes redes estão fazendo, em especial, quando transformam rádio em uma nova espécie de televisão”, alerta o jornalista Valter Lima.

Segundo ele, ao condicionar o rádio à necessidade de contratação de serviços como o de internet, perde-se exatamente o aspecto democrático que esse veículo sempre teve. “Uma coisa que achatou o desenvolvimento do rádio, infelizmente, foi o fato de ele estar nas mãos de grupos poderosos que possuem também emissoras de televisão [e, em alguns casos, vendem também serviços de internet]. Isso causa um grande desequilíbrio porque, enquanto as TVs estão com equipamentos cada vez mais modernos, há, no interior do Brasil, muitas rádios ainda operando com equipamentos que já até deixaram de ser fabricados”, acrescenta.

Rádios comunitárias

O radialista destaca também o importante papel que as emissoras de rádio comunitárias têm para as regiões “ainda que pequenas” às quais prestam o serviço. Segundo ele, pela proximidade que têm com suas comunidades, essas rádios estão muito mais “antenadas”, com as necessidades locais, do que os grandes grupos de radiodifusão.

Entre os muitos desafios das rádios comunitárias, Valter Lima destaca a necessidade de elas saírem das amarras burocráticas impostas pela legislação.

“É por causa disso que essas rádios, com serviços tão importantes para suas comunidades, não conseguem ir além daquele pedaço tão pequeno. Há também as dificuldades para conseguirem lucros mínimos, de forma a poderem investir e evoluir”, disse o jornalista.

Programas inteligentes

Valter Lima lembra que toda emissora de rádio precisa de ouvintes, e que, para alcançá-los, sempre teve de recorrer a programas inteligentes, criativos e, sobretudo, participativos.

“O conceito de rádio não é o de ser apenas uma caixinha para ser ouvida quando ligada. Rádio precisa ter participação. Precisa ser um espaço para o público dar a sua opinião aos chamados ‘formadores de opinião’. A TV até dá algum espaço para isso, mas nada se compara ao rádio”.

Lara Resende, da Abert, também vê, na interatividade do rádio, um de seus grandes méritos. “A fidelização do ouvinte de rádio é muito interessante porque ele passa a achar que faz parte do programa. Hoje, inúmeras plataformas permitem comentários. Com isso, o rádio ficou ainda mais participativo”, disse.

Tempo real

Outro aspecto acompanhou o rádio ao longo de sua história: a rapidez com que a notícia é dada, quase que simultaneamente ao fato noticiado. Anos depois, com a ajuda de equipamentos tecnológicos como celulares e internet móvel, outros veículos ganharam velocidade e deram a esse novo tipo de jornalismo veloz o nome de tempo real.

“O rádio sempre foi e continua sendo o primeiro a dar a notícia. O furo é sempre do rádio. Essa é a nossa rotina. Enquanto o outro veículo está digitando texto ou preparando a transmissão, nós já estamos no ar usando apenas um aparelho telefônico”, explica Valter Lima.

“Antes do advento do celular, a notícia era dada por meio dos famosos orelhões. Os repórteres andavam com umas 20 fichas no bolso e um cadeado. Sim, um cadeado para travar o telefone, de forma a inviabilizar seu uso pelo concorrente”, lembra o radialista.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério Público do Maranhão promoveu, na última quinta-feira (11), a abertura da exposição O universo da pescaria, do artista plástico maranhense Uendell Rocha.

A mostra, em cartaz no Centro Cultural do MP-MA, faz parte do ciclo de eventos que marcam o início das atividades da Escola Superior da instituição.

Artista com destaque internacional, Uendell Rocha faz uso de matérias-primas como o carvão vegetal, folhas, pedras, coco-babaçu queimado, casca de árvores e material reciclável para retratar o cotidiano dos pescadores e dos cidadãos marginalizados.

“Eu retrato o universo das pessoas com quem convivo a vida inteira. Indivíduos que estão à margem da sociedade e que, por viverem oprimidos, precisam ser visibilizados”, disse o artista.

Ele também agradeceu o Ministério Público pela oportunidade da exposição e destacou a perspectiva ambiental da sua arte.

“As telas são realizadas sempre com material reciclável, porque temos o compromisso com a sustentabilidade, especialmente no atual momento em que é tão necessário reforçar o respeito ao meio ambiente. Nesse sentido, é uma honra voltar ao Ministério Público que sempre está aberto para a promoção do trabalho de artistas maranhenses”, afirmou.

A exposição foi prestigiada pelo procurador-geral de Justiça, Eduardo Nicolau; pelos promotores de Justiça Karla Adriana Holanda Farias Vieira (diretora da ESMP), Ana Luiza Almeida de Ferro e Elyjeane Alves de Carvalho (auxiliares da ESMP), Márcio Thadeu Silva Marques (titular da 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Infância e da Juventude de São Luís), Carlos Henrique Vieira (diretor da Secretaria de Planejamento e Gestão do MP-MA) e por servidores da instituição.

Homenagem

Na ocasião, o artista plástico presenteou o procurador-geral com uma tela, intitulada No cangado, que retrata o cotidiano de moradores próximos da região marítima. Eduardo Nicolau agradeceu o artista e falou sobre a importância do apoio às atividades artísticas.

“O objetivo do Ministério Público do Maranhão, ao criar o espaço de arte, era unir, cada vez mais, a coletividade à Procuradoria Geral de Justiça. Hoje, temos a enorme satisfação de receber a exposição de Uendell Rocha, em uma parceria com o MP-MA que começou em 2002”, disse Eduardo Nicolau.

O procurador-geral de Justiça também destacou o aspecto singular do trabalho de Uendell, especialmente o uso que o artista faz do carvão vegetal.

“O grande mérito do trabalho de Uendell, entre tantos que podem ser elencados, é a técnica original que ele realiza com o carvão. É um trabalho único não apenas no Brasil, mas no mundo. Motivo, portanto, de orgulho para o Maranhão".

Sobre o trabalho do artista, a diretora da ESMP comentou o enfoque social das telas, destacando três obras do artista que retratam a situação de opressão vivenciadas por meninas. Ela ainda agradeceu o procurador-geral pelo apoio e à curadoria do evento pelo trabalho desenvolvido.

“Essa é uma exposição muito significativa, pois trata da simplicidade e complexidade das relações sociais. É desse lugar de opressão retratado pelo artista que nós queremos retirar essas meninas. Por isso, realizamos essa junção: direito, arte e gênero”, destacou Karla Adriana Holanda Farias Vieira.

A exposição ficará aberta ao público até o dia 20 de março, no Centro Cultural do MP-MA, localizado na Rua Osvaldo Cruz.

(Fonte: MP-MA)

O Ministério da Educação (MEC) informou, nessa sexta-feira (12), que possíveis irregularidades no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) são investigadas desde novembro do ano passado. Segundo a pasta, imediatamente após ter apurado suspeitas de fraudes, foi solicitada abertura de investigação pela Controladoria Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF).

A manifestação do ministério foi divulgada após uma matéria jornalística informar que a investigação, que corre em segredo de Justiça, apura o suposto repasse de recursos para faculdades que não poderiam participar do programa em razão de dívidas tributárias. 

Pelo Twitter, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que o o Fies é primordial para o futuro do país e tem como um de seus pilares a transparência para os estudantes e para a sociedade.

“A transparência e lisura na utilização de recursos públicos são premissas do governo federal, tornando a medida, que investigações dessa natureza, um dever e uma resposta ao cidadão brasileiro”, disse o ministro.

(Fonte: Agência Brasil)

Neste sábado (13), a bola volta a rolar pela segunda edição da Copa Interbairros de Futebol 7, competição patrocinada pelo governo do Estado e pelas Drogarias Globo por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Desta vez, ocorrerão as disputas da categoria Sub-13 a partir das 7h45, no campo da A&D Eventos, no Bairro do Turu.

Ao todo, a rodada deste sábado contará com a realização de quatro partidas válidas pela fase de quartas de final: CTM x Túnel, P10 x Jeito Moleque, RAF 07 x Boleirinhos e Slacc x Palmeirão. As equipes vitoriosas garantem vaga nas semifinais da Copa Interbairros. Nesta edição, o torneio tem formato de mata-mata (quartas de final, semifinais e final).

Se por um lado as disputas da categoria Sub-13 estão prestes a começar, as rodadas de abertura das categorias Sub-9 e Sub-11 tiveram início na semana passada e definiram os times classificados para as semifinais.

No Sub-9, as equipes do R13, do Corinthians do Bequimão, Audaz e Aurora venceram seus respectivos jogos e avançaram à próxima fase do torneio. Já no Sub-11, os times classificados foram: Craques da Veneza, Projeto Paredão, Seve e Ponte Preta.

Tudo sobre o torneio está disponível nas redes sociais oficiais da competição no Instagram e no Facebook (@copainterbairrosfut7ma).

PRÓXIMOS JOGOS

SÁBADO (13/2) // A&D EVENTOS

7h45 – CTM x Túnel (Sub-13)

8h30 – P10 x Jeito Moleque (Sub-13)

9h – RAF 07 x Boleirinhos (Sub-13)

9h30 – Slacc x Palmeirão (Sub-13)

ÚLTIMOS RESULTADOS

SÁBADO (6/2) // A&D EVENTOS

Craques na Escola 0 x 3 R13 (Sub-9)

Futuro do São Francisco 1 (1) x (3) 1 Corinthians do Bequimão (Sub-9)

Estrelinha Bom de Bola 0 x 12 Craques da Veneza (Sub-11)

Grêmio Ribamarense 0 x 3 Projeto Paredão (Sub-11)

DOMINGO (7/2) // A&D EVENTOS

Audaz 0 (2) x (1) 0 Projeto GPV (Sub-9)

Aurora 2 x 1 Juventude Maranhense (Sub-9)

Alemanha 0 (2) x (3) 0 Seve (Sub-11)

Ponte Preta 4 x 2 Academia Futebol Arte (Sub-11)

(Fonte: Assessoria de comunicação)

A agência espacial da China divulgou, nesta sexta-feira (12), as primeiras imagens de vídeo recolhidas pela sonda espacial Tianwen-1 na órbita de Marte, destacando-se crateras brancas na superfície do planeta.

A sonda, que tem acoplados um veículo e um robô que deverão aterrar em Marte, atingiu, na última quarta-feira (10), a órbita do planeta, juntando-se às missões dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, que também estão em órbita.

Em clima de rivalidade tecnológica e diplomática com os Estados Unidos, a China montou um ambicioso programa espacial com o objetivo de criar uma estação espacial habitada na órbita terrestre até 2022 e enviar uma missão tripulada à Lua até 2030.

A Tianwen-1 foi lançada em julho passado, ao mesmo tempo que as sondas dos Estados Unidos e dos Emirados Árabes Unidos, aproveitando a maior proximidade orbital entre a Terra e Marte.

A sonda dos Emirados, chamada Al-Amal (Esperança), chegou à órbita marciana na terça-feira (9), marcando a estreia da primeira missão interplanetária do mundo árabe.

Os responsáveis pelo programa espacial chinês querem aterrissar numa planície de Marte o veículo com 240 quilos para, durante três meses, analisar o solo e a atmosfera marcianas, recolher imagens, cartografar a superfície e procurar por vestígios de vida antiga.

Na primeira imagem em preto e branco que tirou do planeta, surgem relevos como a cratera de Schiaparelli e os desfiladeiros de Valles Marineris.

A aterrissagem em Marte do robô móvel norte-americano, o Perseverance, está prevista para 18 de fevereiro.

(Fonte: Agência Brasil)

A primeira maestrina do país, Chiquinha Gonzaga, autora de músicas como Ô Abre Alas, considerada a primeira marchinha de Carnaval, é homenageada hoje (12), às 11h, nas plataformas virtuais do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ), abrindo as festas de Momo na capital fluminense.

A soprano do Coro do Municipal, Fernanda Schleder, presta homenagem à maestrina brasileira que é um símbolo da festa mais popular do país, cantando, além da música Ô Abre Alas, outra composição de autoria de Chiquinha Gonzaga, intitulada Forrobodó.

Pioneirismo

Chiquinha Gonzaga Acervo Cedoc/ FTMRJ

Francisca Edwiges Neves Gonzaga, popularmente conhecida como Chiquinha Gonzaga, nasceu em 1847. Foi a primeira maestrina brasileira e uma das primeiras compositoras do país. Pioneira, ajudou a criar os patamares da música popular brasileira no início do século XX. Seu espírito rebelde e seu amor à música a fizeram abandonar o primeiro marido e a responder, perante o Tribunal Eclesiástico, por abandono de lar e adultério. 

Seu desejo de liberdade a levou a abandonar um segundo marido até encontrar João Batista, a quem amou até o fim da vida. Depois de seu primeiro casamento desfeito, Chiquinha passou a lecionar piano e canto e disciplinas como francês, história e geografia para sobreviver e sustentar o único filho que ficou em sua companhia.

Apoiada pelo amigo músico Antonio Callado, conhecido como "o pai do choro", Chiquinha passou a integrar, como pianista, o conjunto musical de Callado. Juntos, eles animavam os saraus e a vida boêmia do início do século. Ao longo do tempo, Chiquinha compôs centenas de músicas, dentre elas a famosa Ô Abre Alas, considerada a primeira marchinha de Carnaval. 

Chiquinha lutou pela criação da República e pela abolição da escravatura, ajudando a subsidiar grupos abolicionistas. Ela ajudou, também, a criar o Sindicato Brasileiro dos Autores Teatrais (SBAT), que permanece atuando até hoje. A compositora morreu em 28 de fevereiro de 1935, poucos dias antes do Carnaval. O dia de seu nascimento, 17 de outubro, é dedicado ao Dia da Música Popular Brasileira, uma merecida homenagem a esta grande dama da cultura brasileira.

Fernanda Schleder

A soprano Fernanda Schleder é natural do Rio de Janeiro. Graduada em canto pelo Conservatório Brasileiro de Música, é bisneta da maestrina e pianista Grizelda Lazzaro Schleder e filha do percussionista João Alfredo Schleder. Pertence ao Coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro desde 2001.

Ela é fundadora da EntreAtto Solistas, Coral e Orquestra, que realiza apresentações, concertos líricos, casamentos e recepções no Rio de Janeiro e outras cidades do Brasil. Ela foi solista no Theatro Municipal do Rio de Janeiro no Concerto Joias da Ópera, sob a regência do maestro Jésus Figueiredo, em 2018.

A homenagem à Chiquinha Gonzaga será repetida nesta sexta-feira, às 16h, nas plataformas oficiais do teatro no InstagramFacebook e You Tube.

(Fonte: Agência Brasil)

Termina, nesta sexta-feira (12), o prazo para candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital 2020 pedirem para participar da reaplicação das provas. O pedido deve ser feito na Página do Participante. Podem pedir a reaplicação os estudantes que não puderam participar do Enem por estarem com sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa e aqueles que não conseguiram fazer as provas por problemas logísticos.

As provas da reaplicação serão nos dias 23 e 24 de fevereiro, apenas na versão impressa. Além da covid-19, podem solicitar a reaplicação participantes com coqueluche, difteria, doença invasiva por Haemophilus influenza, doença meningocócica e outras meningites, varíola, Influenza humana A e B, poliomielite por poliovírus selvagem, sarampo, rubéola, varicela.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para a análise da possibilidade de reaplicação, a pessoa deverá inserir obrigatoriamente, no momento da solicitação, documento legível que comprove a doença. Na documentação, deve constar o nome completo do participante, o diagnóstico com a descrição da condição, o código correspondente à Classificação Internacional de Doença (CID 10), além da assinatura e da identificação do profissional competente, com o respectivo registro no Conselho Regional de Medicina (CRM), do Ministério da Saúde (RMS) ou de órgão competente, assim como a data do atendimento. O documento deve ser anexado em formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB.

As provas do Enem digital foram aplicadas nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Nas semanas que antecederam cada uma das aplicações, os candidatos puderam enviar exames e laudos médicos ao Inep. Aqueles que ainda não o fizeram podem acessar o sistema on-line. De acordo com balanço divulgado pelo Inep, 320 participantes do Enem digital já fizeram os pedidos. Foram aprovadas 194 solicitações.

Questões logísticas

Também podem pedir a reaplicação estudantes que tenham sido prejudicados por problemas logísticos. De acordo com o edital do Enem, são considerados problemas logísticos, por exemplo, desastres naturais que prejudiquem a aplicação do exame devido ao comprometimento da infraestrutura do local, falta de energia elétrica, falha no dispositivo eletrônico fornecido ao participante que solicitou uso de leitor de tela ou erro de execução de procedimento de aplicação, que incorra em comprovado prejuízo ao participante.

No primeiro dia de aplicação do Enem digital, foi registrado problema em um servidor, o que atrasou o envio das provas para os computadores onde os participantes fariam o exame. Por causa do tempo, eles não puderam fazer as provas. Esses participantes, por exemplo, terão direito à reaplicação.

Os pedidos de reaplicação serão analisados pelo Inep. A aprovação ou a reprovação do pedido deverá ser consultada também na Página do Participante. Os candidatos podem ainda entrar em contato com o Inep pelo telefone 0800 616161. O Inep recomenda, no entanto, que a solicitação seja feita pela internet

Terão também direito a fazer o Enem em fevereiro os estudantes que fariam a prova no Estado do Amazonas e nos municípios de Rolim de Moura (RO) e Espigão d'Oeste (RO), onde o exame foi suspenso tanto na versão impressa quanto na digital por causa dos impactos da pandemia. Esses estudantes, no entanto, não precisam fazer o pedido, pois estão automaticamente inscritos.

Cronograma

O Enem 2020 tem uma versão impressa, aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma digital, realizada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Ao todo, cerca da metade dos inscritos no Enem impresso e, aproximadamente, 70% do Enem digital faltaram às provas. O prazo para os pedidos de reaplicação do Enem impresso foi entre os dias 25 e 29 de janeiro. Os resultados das análises dos pedidos, tanto dos participantes do Enem impresso quanto do digital, serão divulgados até o dia 15 deste mês.

O resultado final, tanto da versão impressa quanto da digital e da reaplicação, será divulgado no dia 29 de março. Os candidatos podem usar as notas para concorrer a vagas no ensino superior, por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece vagas em instituições públicas de ensino superior, o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) publicou hoje (11), no Diário Oficial da União, o edital do processo seletivo para o primeiro semestre de 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 6 a 9 de abril pelo site do Sisu.

Para esta seleção de candidatos, serão exigidos, exclusivamente, os resultados obtidos pelos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020, que foi adiado em razão da pandemia de covid-19 e aplicado em janeiro e fevereiro deste ano.

O Sisu é o programa do MEC para acesso de brasileiros a um curso de graduação em universidades públicas do país. As vagas são abertas semestralmente, por meio de um sistema informatizado, e os candidatos com melhor classificação são selecionados de acordo com suas notas no Enem. O estudante também não pode ter zerado a redação.

Além do Sisu, as notas do Enem podem ser usadas para acessar o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que facilita o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior.

Cronograma

O estudante poderá se inscrever no Sisu em até duas opções de vaga e especificar a ordem de preferência. Ele poderá optar por concorrer às vagas de ampla concorrência ou aquelas reservadas a políticas de ações afirmativas, as cotas. Entretanto, não permitida a inscrição em mais de uma modalidade de concorrência para o mesmo curso e turno, na mesma instituição de ensino e local de oferta.

O Sisu disponibilizará ao candidato, em caráter informativo, a nota de corte para cada instituição participante, local de oferta, curso, turno e modalidade de concorrência. Essas informações serão atualizadas periodicamente conforme o processamento das inscrições. Durante esse período, o estudante poderá alterar as suas opções, bem como efetuar o seu cancelamento. A classificação no Sisu será feita com base na última alteração efetuada e confirmada no sistema.

O processo seletivo do Sisu referente à primeira edição de 2021 ocorrerá em uma única chamada, e o resultado deve ser divulgado em 13 de abril. A partir dos critérios de classificação, em caso de notas idênticas, o desempate ocorre no momento da matrícula e será selecionado aquele que comprovar a menor renda familiar. O processo de matrícula será de 14 a 19 de abril, em dias, horários e locais de atendimento definidos pela instituição de ensino.

Lista de espera

Para participar da lista de espera, o estudante deverá manifestar seu interesse por meio da página do Sisu na internet, no período de 13 a 19 de abril, em apenas um dos cursos para o qual optou por concorrer. Aquele que foi selecionado na chamada regular em uma de suas opções de vaga não poderá participar da lista de espera, independentemente de ter realizado ou não sua matrícula na instituição.

Os procedimentos para preenchimento das vagas não ocupadas na chamada regular serão definidos em edital próprio de cada instituição participante.

(Fonte: Agência Brasil)

Termina, amanhã (12), o prazo de adesão de instituições públicas de educação superior ao primeiro processo seletivo de 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A adesão, que começou na segunda-feira (8), deve ser feita, exclusivamente, por meio do site Sisu Gestão.

Só poderão participar desta seleção estudantes que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020, que foi adiado em razão da pandemia de covid-19 e aplicado em janeiro e fevereiro deste ano.

As inscrições para os estudantes vão de 6 a 9 de abril, segundo edital publicado, hoje (11), pelo Ministério da Educação.

Entrada no ensino superior

O Sisu é o programa do MEC para acesso de brasileiros a um curso de graduação em universidades públicas do país, sejam elas federais, estaduais ou municipais. As vagas são abertas semestralmente, por meio de um sistema informatizado, e, para participar, é preciso ter garantido um bom desempenho nas provas do Enem e não ter zerado a redação.

É de exclusiva responsabilidade da instituição participante descrever, no documento de adesão, as condições específicas de concorrência às vagas por ela ofertadas no âmbito do Sisu. Após o período de adesão, as instituições terão de 17 a 23 de fevereiro para retificar, se for o caso, as informações constantes nos documentos de adesão, que deverão ser encaminhados ao MEC.

O edital de adesão prevê ainda que seja disponibilizado, pelas instituições, o acesso virtual para que os estudantes selecionados pelo Sisu possam encaminhar a documentação exigida e efetuar suas matrículas de forma remota, caso não possam realizar os procedimentos necessários de forma presencial.

Cabe a elas, ainda, divulgar, tanto em suas páginas na internet como em locais de grande circulação de estudantes, as condições específicas de concorrência às vagas ofertadas no âmbito do Sisu, conforme expressas em seus documentos de adesão, bem como editais próprios, como da lista de espera, e a sistemática adotada para a convocação dos candidatos.

(Fonte: Agência Brasil)

Grande Rio

A quadra da escola de samba Grande Rio, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, é a primeira de seis escolas de samba do grupo especial do Rio, considerado a elite do Carnaval carioca, que vão receber, até domingo (14), intervenções artísticas da fotógrafa paulista Flávia Junqueira. Além de fotos, Flávia vai fazer vídeos, que ao fim do projeto, serão editados em um documentário.

A inspiração para o trabalho foi a situação completamente diferente que a pandemia de covid-19 causou na vida dos componentes das escolas e dos visitantes das quadras.

“A ideia de entrar nesses espaços foi justamente por entender que o Carnaval é uma festa popular, muito característica de nosso país e, neste momento, com todas as restrições que estamos passando por causa do novo coronavírus, esses espaços estão extremamente vazios, quando a gente sabe que se fosse uma situação normal estariam repletos de pessoas, supercoloridos e com samba. As quadras são lugares de união do público”, disse a fotógrafa em entrevista à Agência Brasil.

No lugar do ambiente vazio, estará um cenário produzido por Flávia Junqueira com balões, confetes, serpentinas, papel picado e fumaça colorida nas cores de cada escola. “As fotos são sem ninguém, para refletir um pouco sobre este momento em que a gente vive e [espaços] que, na maioria das vezes, estariam lotados e com muitas festas. É mostrar o vazio junto com a festa. É uma intervenção um pouco triste, mas, ao mesmo tempo, uma homenagem e uma grande alegria poder levar para esses espaços algo da festa que o público teria normalmente”, comentou.

A escolha das escolas seguiu a classificação do Carnaval de 2020, com as seis primeiras colocadas. “A gente não tinha como fazer em todas, já que são muitas e ficam em lugares muito distintos. Para conseguir viabilizar, achamos que uma possibilidade era homenagear as seis primeiras colocadas no Carnaval”, afirmou.

Hoje (11), as intervenções serão nas quadras da Mangueira e do Salgueiro, na zona norte. Amanhã, será a vez da Beija-Flor de Nilópolis, também na Baixada. No sábado (13), a Mocidade Independente de Padre Miguel, na zona oeste, vai receber a fotógrafa e no domingo, fechando as intervenções nas quadras, será a vez da campeã de 2020, a Viradouro, de Niterói, na Região Metropolitana do Rio.

“As cores da escola são a base do cenário e, em algumas, estou adicionando serpentinas ou chuva de papel picado prateado. Por exemplo, a Viradouro vai ter esses papéis e um algo a mais por ter sido a última campeã. Cada uma a gente está fazendo a partir da história da escola, como as cores e a bandeira”, contou.

Sambódromo

O palco dos desfiles também vai receber uma intervenção artística. Na terça-feira (16) de Carnaval (16), com autorização da Prefeitura do Rio, por meio da Riotur, Flávia Junqueira vai poder fazer as fotos e os vídeos, que considera com um perfil mais poético, com movimento dos objetos usados nos cenários. No local, que será aberto apenas para a fotógrafa fazer o seu trabalho artístico, as cores vão representar todas as agremiações.

“A gente finaliza o projeto com essa intervenção que tem uma escala maior, justamente pela arquitetura do espaço. Eu utilizo balões maiores com as cores misturadas de todas as escolas, no lugar que recebe todas elas. Vai ser também uma homenagem a esse espaço arquitetônico que também estaria em festa neste momento, mas, infelizmente, está vazio”, acrescentou.

Além da Riotur, a iniciativa conta com o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa).

A artista disse que tudo está sendo feito de acordo com as regras de segurança sanitária. Uma equipe de produção foi contratada especialmente para as montagens, que contam com o apoio da marca de balões Qualatex Brasil. O cenário é montado para as fotos e vídeos e, com o trabalho encerrado, tudo é desmontado para evitar que provoquem aglomerações de quem for ao local para tentar ver o trabalho, e ainda porque os espaços são ocupados pelas escolas para outras atividades.

Para a secretária de Cultura do Rio, Danielle Barros, o trabalho da fotógrafa vai trazer alegria a lugares que teriam a tristeza do vazio. “Sou fã do trabalho da Flávia e acredito que vem casar perfeitamente com a necessidade que temos de levar alegria sem ajudar a propagar a covid-19. Um acontecimento que ficaria marcado pelo vazio e pela tristeza será marcado para sempre por esse trabalho que ficará belíssimo”, observou.

A artista Flávia Junqueira, que, atualmente, está com a exposição Revoada, no Farol Santander de Porto Alegre, depois de ter ocupado o Farol de São Paulo, é reconhecida pela originalidade de seu trabalho, mostrado em galerias e museus de diversos países. Entre os principais projetos e exposições coletivas de que participou, estão a Culture and Conflict, IZOLYATSIA in ExilePalais de TokyoThe World Bank Art Program e o prêmio Energias na Arte, no Instituto Tomie Otahke. Algumas de suas obras integram o acervo de museus e espaços culturais no Brasil, como o Museu de Arte do Rio (MAR-RJ), Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) e Museu do Itamaraty.

(Fonte: Agência Brasil)