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No ano em que a tecnologia 5G chega ao Brasil, o rádio comemora cem anos desde a primeira transmissão no país. Mesmo com o “boom” tecnológico, especialistas acreditam que o rádio permanecerá como o meio de comunicação mais acessível do mundo. Até o fim de 2022, o Ministério das Comunicações abrirá doze editais para licenciar novas emissoras de rádios comunitárias.

“Nós fizemos a atualização do Plano Nacional de Outorgas, e, ao longo de 2022, a gente está fazendo doze editais para novas emissoras comunitárias”, afirmou o secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, Maximiliano Martinhão, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil.

As rádios comunitárias transmitem sinal dentro de um raio de até um quilômetro e têm o objetivo de informar e entreter comunidades menores, vilarejos e povoados. Por essa finalidade, não podem divulgar conteúdos publicitários e comerciais.

Durante a entrevista ao Brasil em Pauta, o secretário falou sobre as primeiras transmissões e a evolução do rádio no país. “O rádio surge [em 1922] com o propósito de cuidar da integração nacional, entreter, informar, promover nossa cultura, prestar serviços”, contou Martinhão.

O secretário também falou sobre a flexibilização de horário ou a dispensa de retransmissão do programa A Voz do Brasil em eventos importantes em municípios, medida regulamentada em fevereiro. No dia do aniversário da cidade, por exemplo, as emissoras podem transmitir ações sobre a comemoração da data em vez de divulgar A Voz do Brasil.

A entrevista completa, conduzida pelo jornalista Roberto Camargo, você assiste neste domingo (2), a partir das 22h30, na TV Brasil.

(Fonte: Agência Brasil)

Aproxima-se o 7 de Setembro, a data máxima da nossa Independência política. E haverá a solenidade das homenagens mais significativas. Com nossas Forças Armadas, o ponto alto das comemorações – as paradas, o desfile das tropas. A marcha triunfal dos nossos anseios e das nossas convicções de povo livre.

Haverá a grandiosidade duma programação toda especial. E a bandeira do Brasil estará desfraldada, na iluminação dum Sol radiante. De um Sol festivo, de um Sol idealismo, coragem, força construtiva da nacionalidade. Um Sol exuberante, fecundo. Dominador.

Nas ruas, nas praças, a concentração popular. A caminhada dos soldados de Caxias. Soldados da Ordem e da Segurança Nacional. Em todos os Estados, as mesmas homenagens de civismo, de patriotismo.

Na confluência, iluminados, decididos, os estudantes, os jovens, a juventude força, Presente e Futuro da Pátria. Mas haverá, em muitos lares, a presença duma angústia, duma revolta, duma rebeldia. Muitos lares na tormenta das íntimas aflições. Mas haverá também, no escuro dos cárceres, a presença dum jovem, dum estudante que lá, no aprisionamento, mais vigilante, mais decidido, prestará à Data Histórica a mais sentida das homenagens: seu sacrifício para que este SETE DE SETEMBRO seja uma vibração maior de civismo, de independência nesta hora difícil de decisões inabaláveis.

A História se repete. Com os jovens de hoje, a mesma bravura daqueles que estiveram na campanha civilista, que estiveram na luta pela Independência, que estiveram com Patrocínio quebrando os grilhões do servilismo, que estiveram com Deodoro na Proclamação da República e que antes, muito antes, com o alferes Tiradentes, na Inconfidência Mineira. E que, muitos anos depois, com a resistência heroica da pequena Paraíba, a terra de João Pessoa, no sacrifício de tantos mártires. Que escreveram a resistência doutros estágios de revolução, que viveram um poema de luta no Forte de Copacabana. Que sempre e sempre se fizeram pensamento, ideia e sacrifício em todos os instantes de libertação nacional. Que, em Monte Castelo, viveram a epopeia dos heróis, e seus corpos ficaram no chão da Itália, em Pisa. Que estiveram sempre, cheios de esperança, nas campanhas oposicionistas lutando pelo fortalecimento da Democracia.

Sim, haverá, nos cárceres, a presença dum jovem, dum estudante nas reflexões das lutas que vêm sustentando em favor de reivindicações justas, de reformas progressistas em bem da terra, da Pátria, do povo.

Esses não estarão na marcha da mocidade. Esses estarão sofrendo pela audácia cometida – a reação contra a estagnação, contra um processo político arcaico, antiquado sem mais condições de sobrevivência. Esses estarão na lembrança de todos os brasileiros, dos pais, operários, homens de todas as categorias sociais. Estarão vivos, vibrantes nas suas resistências, cívicos nas suas determinações. Dos cubículos desfraldarão a bandeira verde e amarela da luta democrática sustentada contra uma situação que está a reclamar reformas, desenvolvimento, um MELHOR MUNDO PARA TODOS.

Nas ruas, Sol na iluminação do patriotismo, a marcha da juventude, dos moços, dos universitários e, com eles, junto deles, na alma e no coração, marcando o passo cadenciado, a presença indelével dos que ficaram longe, no retiro da opressão, na tormenta das suas atitudes estas que dignificam, estas que indicam condutas e afirmativas desassombradas.

Sim, estamos nos lembrando dos Vlademir Palmeiras, dos líderes, dos que estão na pregação da doutrina redentora das modificações progressistas. Estamos nos lembrando dos moços, dos jovens, dos estudantes que ficaram nas prisões iluminados pelo Sol, o da liberdade, o da Luta Democrática por uma Pátria mais nossa, mais evoluída, mais crescida, mais independente.

Nesta hora, militares e civis repontam no Panteon Histórico das nossas conquistas, o exemplo dum Caxias, dum Osório, dum Tamandaré, dum “marechal de ferro”, dum moço chamado Edson Souto, uma mistura de nomes, de épocas na bravura da luta nacionalista por um Brasil inteiro, unido, indivisível e uno. Um Brasil de liberdades, de independência, de unidade viva, palpitante de renúncia e de sacrifícios, de conquistas que ficaram no mármore das suas datas imorredouras.

Sim. Estamos pensando neste Brasil de HOJE, este Brasil de Amanhã, rejuvenescido com seus líderes jovens, sua mocidade decidida, iluminada sempre pelo Sol das liberdades humanas.

Sim, pensando nos moços, que ficaram trancados, nos cubículos, mais dignos, mais valorosos, mais BRASIL. Brasil das lutas, das conquistas, dos rebeliões, do civismo. Brasil dos quartéis, das alvoradas cívicas, das fortalezas distantes, faróis na vigilância da nossa expansão geográfica.

Sim, pensando nos que ficaram impossibilitados de estarem na caminhada cívica destas comemorações de SETE DE SETEMBRO. Pensando que, com a juventude, haverá sempre esta luta democrática como contribuição válida para o nosso aperfeiçoamento político, social e econômico.

Este SETE DE SETEMBRO está vivo, está sempre se repetindo numa data ou num corpo que cai pelas liberdades constitucionais.

E a Bandeira do Brasil passará diante de todos, das mães chorosas, sóis de civismo alumiando a luta democrática de seus filhos. É o Brasil na paisagem histórica das suas conquistas valorosas, suas conquistas de independência.

É a nossa homenagem. A homenagem da nossa vida em luta pelo fortalecimento da Democracia.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 5 de setembro de 1968 (quinta-feira).

Neste primeiro domingo de outubro/22, continuamos com  as...

Dúvidas dos leitores

1ª dúvida:

Ele chegou à ou a Brasília?

A resposta é:

Ele chegou a Brasília.

Primeiro, é bom lembrar que o caso mais comum de crase é a fusão da preposição “a” com o artigo definido feminino “a”. Quando ocorre essa fusão (= crase), devemos pôr o acento grave (`) indicativo da crase sobre a vogal “a” (= à).

No caso do verbo CHEGAR, não há dúvida quanto à presença da preposição “a”, pois quem chega sempre chega “a” algum lugar. A dúvida é o segundo “a”: se existe ou não o artigo “a”.

Aqui, a dificuldade é saber se o nome do lugar (= país, Estado, cidade, vilarejo, bairro…) é usado com ou sem artigo. Por exemplo: nós falamos “São Paulo” (= sem artigo), “O Rio de Janeiro” (= com artigo masculino “o”) e “A Bahia” (= com artigo feminino “a”). Isso significa que “nós chegamos a São Paulo” (= não há crase, porque não existe artigo), “nós chegamos ao Rio de Janeiro” (“ao” = preposição “a” + artigo masculino “o”) e “nós chegamos à Bahia” (= com acento indicativo da crase, porque existe o artigo feminino “a” antes da Bahia).

No caso de Brasília, não ocorre a crase porque não há artigo definido feminino “a” antes de Brasília.

Em caso de dúvida, se há ou não o artigo “a”, podemos usar o seguinte “macete”:

1. Se você “volta da” (= preposição “de” + artigo “a”), é porque existe o artigo. Isso significa que você “vai à”;

2. Se você “volta de” (= só preposição “de”), é porque não existe artigo antes do nome do lugar. Isso significa “crase impossível”, ou seja, “vai a”.

Vamos testar:

1. Você volta da Bahia, então “vai à Bahia”;

2. Você volta de Brasília, então “vai a Brasília”.

O “macete” é tão bom que ele é capaz de evitar que você caia em “armadilhas” de concursos. Por exemplo: “Você vai a Porto Alegre” (= sem crase), porque “você volta de Porto Alegre”; mas “você terá de ir à bela Porto Alegre” (= com crase), porque “você volta da bela Porto Alegre”. “Você vai a Paris”, porque “você volta de Paris”; mas “vai à Paris dos seus sonhos”, porque “volta da Paris dos seus sonhos”.

2ª dúvida:

A nossa reivindicação é igual a ou à dos aposentados?

A resposta é:

A nossa reivindicação é igual à dos aposentados.

Devemos usar o acento grave indicativo da crase sempre que ocorre a fusão de duas vogais iguais. O caso mais conhecido é o da contração da preposição “a” com o artigo definido “a”. Entretanto é possível que o segundo “a” seja um pronome demonstrativo, como é o caso do exemplo acima. Temos a preposição “a” exigida pela regência do adjetivo “igual” (tudo que é igual é igual a alguma coisa) e o pronome “a”, que está substituindo o substantivo reivindicação: “A nossa reivindicação é igual à reivindicação dos aposentados”. A maior prova de que temos duas vogais iguais (a+a = à) é que, se fosse um substantivo masculino, ficaria “ao”: “O nosso pedido é igual ao dos aposentados”.

3ª dúvida:

O jurista estava referindo-se a ou à leis?

A resposta é:

O jurista estava referindo-se a leis.

Não devemos usar o acento grave indicativo da crase por um motivo muito simples: nesse caso, encontramos apenas a preposição “a”. Não há o artigo definido. Se houvesse, deveria estar no plural concordando com “leis”: “… referindo-se às leis”.

Podemos, a partir disso, tirar uma conclusão: jamais ocorrerá crase antes de substantivo plural se o “a” estiver no singular: “Tráfego proibido a motocicletas”; “A reunião será a portas fechadas”; “Não dê ouvidos a reclamações infantis”; “Ele não se referia a mulheres, e sim a crianças”…

“Fazer referência a leis” e “fazer referência às leis” são bem diferentes. No primeiro caso, a referência está sendo feita a leis em geral, ou seja, não há crase porque não há artigo para definir as leis: referência a (preposição) leis (sem artigo definido = leis em geral). No segundo exemplo, a referência é feita a determinadas leis. Ocorre a crase porque temos, além da preposição “a”, o artigo definido feminino antes do substantivo “leis”: referência às leis = referência a (preposição) as leis (com artigo definido = determinadas leis).

4ª dúvida:

Ele chegou a ou à 1h da madrugada?

A resposta é:

Ele chegou à 1h da madrugada.

Devemos usar o acento grave indicativo da crase nas locuções adverbiais femininas: à toa, às claras, à força (de modo); à direita, à frente, à distância (de lugar); à tarde, às vezes, à última hora (de tempo).

No caso de “à 1h da madrugada”, temos um adjunto adverbial de tempo. Isso significa que devemos usar o acento da crase em todas as horas: “A reunião começará às 14h”; “A aula só termina às 10h”; “Ela só chegará à meia-noite”.

“Ela chegou à 1h” é diferente de “ela chegou a uma hora qualquer”. Nesse caso, não ocorre a crase, pois temos apenas a preposição “a”. Em “uma hora qualquer”, há artigo indefinido (uma). Aqui, não estamos definindo a hora da chegada. Não havendo o artigo definido “a”, não há crase. E não devemos confundir “ela chegou à 1h” com “ela chegou há uma hora”. Agora, a forma verbal “há” indica que “faz” uma hora que ela chegou.

5ª dúvida:

Ela está aqui desde às ou as 10h?

A resposta é:

Ela está aqui desde as 10h.

A presença da preposição “desde” significa que não há a preposição “a”, logo não ocorre crase. Temos apenas o artigo definido “as”. Após uma preposição não há crase: “Após as 18h, as nossas portas estarão fechadas”; “A reunião ficou para as 16h”; “Ele teve de comparecer perante a Justiça”.

No caso da preposição “até”, temos um caso facultativo: “Ele ficará aqui até as 18h ou até às 18h”. No caso da locução prepositiva “a partir de”, não há crase: “a reunião começará às 18h”, mas “a reunião começará a partir das 18h”.

Diário Oficial da União (DOU)completa, neste sábado (1º), 160 anos de circulação ininterrupta, contados a partir de 1862, quando o imperador D. Pedro II decidiu criar o Diario Official, com o objetivo de publicar, especificamente, os atos oficiais, por deliberação do então ministro da Fazenda, Antônio Francisco de Paula Cavalcanti, visconde de Albuquerque.

A publicação das decisões governamentais no Brasil remonta, entretanto, a 13 de maio de 1808, quando o então príncipe regente de Portugal, D. João VI, criou a Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional (IN), no Rio de Janeiro, então capital do império português, em razão da transferência da Corte para o Brasil.

“O decreto daquele 13 de maio é claro quanto à missão da Impressão Régia: imprimir com exclusividade todos os atos normativos e administrativos da Corte”, ressalta a direção da Imprensa Nacional.

Naquela data, dia do aniversário do príncipe, a Impressão Régia imprimiu o primeiro livro do Brasil, intitulado Relação dos despachos publicados na Corte, rodado na oficina gráfica instalada na residência do ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, Antônio de Araújo e Azevedo, conde da Barca, na Rua do Passeio, 44, primeira sede da hoje Imprensa Nacional.

O livreto divulgava os primeiros atos oficiais da Corte portuguesa na colônia brasileira, notadamente a nomeação de militares. Quatro meses depois, em 10 de setembro de 1808, começou a circular a Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal editado e impresso no Brasil pela Impressão Régia, que se encarregou de publicar os atos oficiais da Corte.

Com o fim da circulação da Gazeta, em 31 de dezembro de 1822, os atos oficiais passaram a sair em outros jornais do Império, como o Diário do GovernoDiário FluminenseCorreio Oficial e, inclusive, em veículos privados, entre eles, o Jornal do Commercio e o Correio Mercantil. Anos mais tarde, mas ainda no Império, o nome Diario Official se firmou com a então Typographia Nacional, segundo nome que veio a ter a Imprensa Nacional. Com a Proclamação da República, em 1889, a grafia foi atualizada para Diário Oficial. Em 2001, quando começou a disponibilizar as edições eletrônicas completas, na internet, a publicação adotou o nome atual de Diário Oficial da União.

Memórias

O diretor-geral da Imprensa Nacional, Heldo Fernando de Souza, disse em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que, com a chegada da internet, o serviço de distribuição melhorou muito. “Nós nos adaptamos a essa tecnologia e hoje ele [DOU] está disponível na página da internet logo cedo, para todos. Além disso, há outros meios de informação, como os aplicativos, que podem ser baixados facilmente pelo celular. Estão ali todos os atos daquele dia para o conhecimento das pessoas”.

A história do Diário Oficial se confunde com a história do Brasil, lembra Souza. “Nosso slogan, este ano, é a história do Brasil passa por aqui. E passa mesmo. Nós temos, inclusive, uma linha do tempo logo na nossa entrada, no saguão, que mostra vários fatos históricos que passaram aqui, que o Diário Oficial registrou e continua registrando, seja nas edições normais, seja nas edições extras, que hoje são muito intensas. Praticamente, elas dobram o número das edições normais, dada à agilidade que precisa ter aquela informação para conhecimento da a Nação”.

Seções

O DOU tem três seções. A primeira é reservada para os atos normativos de interesse geral dos poderes da União; a segunda registra os atos relativos aos servidores da administração pública federal; e a terceira se refere aos atos decorrentes das contratações públicas e matérias de empresas privadas e outros órgãos previstos na legislação.

O diretor-geral disse que há uma grande preocupação na Imprensa Nacional para que tudo saia de forma correta, uma vez que o DOU depende da tecnologia da informação. “Ele é muito dependente da tecnologia da informação e, nela, volta e meia, acontece uma coisa e outra. Mas ele está aí há 160 anos ininterruptamente. Esse é o nosso orgulho. Ele nunca deixou de sair”.

Souza assegurou que o DOU não vai parar. “A gente tem um slogan aqui. Como a Imprensa Nacional fez 214 anos este ano, nós temos um olhar no passado, mas uma visão de futuro. Nós temos que nos aperfeiçoar, melhorar os nossos mecanismos de divulgação, fazer outros produtos, nessa busca incessante pela melhoria”.

Ele adiantou que, no próximo dia 5 de outubro, ocorrerá a solenidade comemorativa dos 214 anos da Imprensa Nacional, com o lançamento de selo dos Correios alusivo à data e palestra do jornalista Alexandre Garcia sobre a história da Imprensa Nacional.

Sistema eletrônico

A partir de 2002, a IN passou a receber os atos por meio de um sistema de envio eletrônico de matérias, acionado por usuário previamente cadastrado e certificado digitalmente, o que garante a autenticidade dos documentos transmitidos. Desde então, o cidadão tem acesso livre e gratuito às publicações do DOU, que passaram a ser certificadas digitalmente em 2009, assegurando, dessa forma, a autenticidade das edições eletrônicas disponibilizadas no portal da Imprensa Nacional.

Com a versão digital cada vez mais confiável e acessível ao público em geral, o DOU deixou de circular em meio impresso em 30 de novembro de 2017. Nesse ano, a publicação passou a ser disponibilizada também em dados abertos.

Como serviço público, o DOU está hospedado em um portal, onde o internauta encontra diversas ferramentas de busca dos atos oficiais. A Coordenação Geral de Tecnologia aponta 48 milhões de acessos este ano. Dos 12 milhões de usuários, 5 milhões são novos. A duração média do acesso é de 8 minutos, com picos registrados sempre às segundas-feiras.

Destaques

Desde 2009, os assuntos de maior interesse públicos são noticiados na forma de manchete, os chamados Destaques do DOU, medida que facilita o acesso ao conjunto das principais ações de governo publicadas na edição do dia. Para ampliar ainda mais a divulgação dos atos oficiais, em 2021, o órgão lançou a revista Imprensa Nacional – Destaques do DOU, impressa a cada dois meses. O veículo conjuga as manchetes, a íntegra do ato oficial via QR Code e a matéria explicativa do assunto extraída do portal do órgão responsável pela portaria, lei, decreto ou outro ato.

Em 2020, a IN lançou o aplicativo do DOU. Desenvolvido internamente, ele permite acessar atos oficiais a qualquer hora, além de contar com funcionalidades que tornam a pesquisa mais fácil e rápida. Além disso, facilita o compartilhamento de cada ato nas redes sociais e por e-mail. A avaliação dos usuários tem evoluído, tanto no sistema operacional Android (Google Play Store) quanto no sistema iOS (Apple Store). O aplicativo registra 173 mil acessos vindos de 86 mil usuários, dos quais 66 mil são novos, incluídos este ano.

Conteúdo

O conteúdo do DOU é crescente a cada ano. O jornal publica uma média de 500 páginas por dia, preenchidas com 4.200 atos oficiais oriundos dos mais diversos órgãos da administração pública e da iniciativa privada. O relatório de produção de 2021 apontou 128.465 páginas editoradas em 247 edições normais e 450 extras, resultantes de 894.879 atos oficiais publicados.

(Fonte: Agência Brasil)

Idosos na região central de Brasília.

Ao longo da vida, o sono adquire características que são próprias da idade. Na infância e adolescência, por exemplo, são exigidas mais horas de descanso para acompanhar o desenvolvimento. Para os idosos, o adormecer é mais cedo, o despertar também, e as intermitências do sono são mais recorrentes.

No Dia Mundial do Idoso, celebrado em 1º de outubro, a Agência Brasil conversou com a médica Erika Treptow, do Instituto do Sono, que explica como pessoas que já passaram dos 60 anos podem manter boas noites de sono ao adotar medidas saudáveis.

Além da idade, outras questões sociais, econômicas e emocionais podem ter impacto na qualidade do sono nessa fase da vida.

“Tem muito a questão da aposentadoria com a mudança de rotina, porque com o trabalho temos um horário para levantar, uma atividade durante o dia e um horário para dormir. Isso pode mudar, pode piorar o padrão do sono. Temos também aquela questão do ninho vazio que é muito falada depois que os filhos saem de casa”, exemplifica a médica.

Preocupações com dinheiro também costumam prejudicar o sono de idosos. Algumas doenças também podem atrapalhar a noite. “Doenças urológicas; aquelas doenças que levam a um quadro de dor, como doenças musculoesqueléticas, artrose, dores na coluna”, enumera a especialista.

A recomendação, de acordo com a Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos, é que pessoas com 65 anos ou mais durmam de 7 a 8 horas por noite. 

Distúrbios

Erika destaca que alguns distúrbios do sono costumam ser comuns com a idade mais avançada. “Principalmente a insônia, a apneia obstrutiva do sono. Nos idosos, esses distúrbios são ainda mais prevalentes”, aponta a médica. A apneia obstrutiva do sono, por exemplo, atinge 60% da população com 65 anos ou mais, conforme o Estudo Epidemiológico do Sono, feito pelo instituto. 

A apneia obstrutiva do sono é um distúrbio respiratório que provoca pausas recorrentes na respiração, fragmentando o sono e causando sonolência diurna, cansaço, alterações da memória e de humor. Além disso, aumenta o risco para doenças metabólicas e cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

Outros distúrbios conhecidos são o comportamental do sono REM e o de movimento. O primeiro caso ocorre quando o indivíduo está dormindo e transporta para a vida real as ações vivenciadas no sonho. Já o segundo caso caracteriza-se por uma vontade incontrolável de mexer principalmente as pernas no período que antecede o início do sono. 

“Quando se suspeita de um distúrbio do sono, uma das primeiras coisas a fazer é descartarmos outro tipo de doença que o idoso possa ter e que pode, às vezes, até estar aumentando o risco desse distúrbio do sono. Por exemplo, a apneia obstrutiva do sono é muito associada com obesidade, a insônia é muito associada com depressão, com ansiedade”, explica Erika.

Ela acrescenta que é fundamental a avaliação clínica e também pode ser necessária a realização de outras análises. “Um dos exames é a polissonografia, que avalia o padrão de sono da pessoa durante toda a noite e que pode ser feito tanto num hospital, num laboratório, como também no domicílio”, aponta. 

A médica também destaca que deve ser feita uma lista de todos os medicamentos utilizados pelo idoso. “Alguns realmente podem prejudicar o sono, podem causar maior sonolência ou podem causar maior risco de insônia. Só avaliar as medicações e, às vezes, até um horário que a pessoa está recebendo essa medicação já pode fazer uma grande diferença e trazer benefícios”, orienta.

Mudanças

Medidas cotidianas podem ajudar para uma boa qualidade do sono. Uma delas é manter a rotina. “Tanto no horário de dormir quanto no horário de levantar pela manhã. É importante manter essa rotina tanto nos dias de semana quanto nos finais de semana”, destaca. A exposição ao sol também é recomendada. “É como se nós avisássemos para o corpo daquela pessoa que é o período do dia, que é o período de se manter alerta”.

Outra recomendação é não se manter em isolamento. “É extremamente importante e saudável para essas pessoas que elas mantenham grupos de amigos, grupos onde façam atividades, contato com os familiares”, indica. “Quando a gente se mantém ativo durante o dia, a gente tem uma facilidade no período da noite para relaxar e adormecer”, completa. A automedicação não é recomendada. 

(Fonte: Agência Brasil)

A segunda edição do Festival Nacional da Matemática foi aberta nessa quinta-feira (29), na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. O objetivo do evento é comprovar que a matemática pode ser divertida e lúdica e encantar crianças e adultos. O festival é promovido pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Nos dois primeiros dias do evento, participam 8.251 estudantes do ensino fundamental e do ensino médio de 179 escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro. Hoje (30), eles dividem o espaço com o público em geral, mas, amanhã (1º), dia do encerramento, o festival será exclusivo para as experiências do público geral nos vários estandes disponíveis.

Um dos destaques é o projeto Meninas Olímpicas, do Impa, coordenado pela professora Letícia Rangel. Ela disse à Agência Brasil que o Meninas Olímpicas é um projeto de educação que visa investigar e promover o incentivo de meninas para área de Stem (do inglês ciência, tecnologia, engenharia e matemática) nas escolas. “É muito barulho! Barulho bom de criança se divertindo, de contato prazeroso com a matemática”, comemorou Letícia, ao falar sobre a abertura do festival.

A primeira versão foi realizada em 2019, com cinco escolas públicas. Durante a pandemia, o projeto não ocorreu, mas o sucesso alcançado há três anos foi tão grande que o Impa dobrou agora para dez escolas, contando com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Participam alunos de todas as universidades públicas do Estado.

Segundo Letícia, o que mostra que é possível fazer é o fato de quatro das cinco primeiras escolas que participaram do projeto em 2019 terem permanecido este ano. “Isso já é um sinal. A equipe é a mesma. Não perdi nenhum professor, nenhuma graduanda. E mais do que isso: meninas que eram alunas da educação básica em 2019 hoje são graduandas e estão atuando no projeto como graduandas. Elas foram motivadas, decidiram pela carreira na área de exatas e, hoje, estão sendo modelo para outras meninas”.

Nas escolas, o projeto funciona com atividades rotineiras semanais. “Em cada escola, tem um professor que coordena o projeto. Ele recebe uma graduanda de licenciatura em matemática e atende a comunidade escolar. E alunas da educação básica desenvolvem atividades de matemática e de robótica e Arduíno (placa eletrônica de código aberto baseada em hardware  e software descomplicados). A intenção é, primeiro, motivar as meninas, encorajá-las para as áreas de Stem”.

De acordo com Letícia, diferentemente do que ocorre com os meninos, de forma geral, as meninas, para seguir nas áreas das ciências exatas, precisam ser incentivadas para vencer os estereótipos. “A literatura mostra que as meninas precisam vencer os estereótipos para que possam fazer suas escolhas”.

Atualmente, o Meninas Olímpicas tem envolvimento direto de 90 integrantes – dez professores, 13 graduandas e alunas da educação básica, a partir da 8ª série do ensino fundamental e do ensino médio. Letícia enfatizou a importância de projetos que incentivem meninas para as áreas de Stem nas escolas porque é nessa etapa da escolaridade que o estudante escolhe as áreas para a universidade e que profissão querem seguir. O projeto visa, também, formar o professor e as graduandas para enfrentar a questão da falta de representatividade feminina na área de exatas.

Desenvolvimento

Para o diretor-executivo da Firjan Senai Sesi, Alexandre dos Reis, a matemática é peça fundamental para o futuro da indústria e do país. “Estimular crianças e jovens a se desenvolver em matemática é também cuidar do desenvolvimento industrial e tecnológico e faz parte do que acreditamos como instituição”, afirmou.

O coordenador de Educação Básica da Firjan Sesi, Vinicius Mano, disse à Agência Brasil  que o festival é uma iniciativa importante para estimular o ensino da matemática. “Infelizmente, a matemática é vista como uma ciência fora do alcance, longe das pessoas, do dia a dia, da brincadeira, do que as crianças gostam. E o festival tem muito dessa ideia: mostrar que a matemática não é uma ciência feita para nerds, e sim uma ciência para investigar padrões, descobrir formas. É uma ciência interativa, em que se pode botar a mão, ver as coisas acontecerem”. Nesse sentido, o festival tem um peso importante de “desmistificar um pouco dessa cara de malvada que a matemática tem”.

O estande da Firjan apresenta o projeto Arena, uma exposição itinerante com peças do Museu de Matemática de Nova Iorque. São experiências e atividades em que a criança pode “botar a mão na matemática”, ressaltou Mano. A roda quadrada em um triciclo, o cubo cabeça, formado por sete peças tridimensionais, o desafio do labirinto, a Legolândia e o xadrez gigante são algumas das atividades propostas.

Além disso, equipes de robótica das Escolas Firjan Sesi Resende, Barra do Piraí, São Gonçalo e Tijuca também estão presentes no estande. “São várias atividades que mostram o lado lúdico da matemática e a maneira de enxergar a matemática a partir da experiência”.

Olimpíada

Outro estande de grande afluência é o da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A coordenadora de Logística da Olimpíada, Erika Sholl, disse que tem sido grande a procura pelas provas já efetuadas. “Temos os momentos Obmep, que são pequenos desafios de 5 minutos, com a colaboração de alunos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). “Eles colocam em uma tela desafios rápidos, de raciocínio lógico. Estamos tendo uma grande resposta, porque as crianças procuram as provas e livros com as questões. Já é a terceira vez que o motorista vai ao Impa para trazer material. A gente não esperava isso”.

Segundo Erika, o festival tem se mostrado um incentivo fantástico para a Olimpíada de Matemática. Com a realização este ano da primeira Obmep Mirim, para alunos da segunda à quinta série do ensino fundamental, o incentivo tem sido grande. “As oficinas contribuem para isso”. No turno da manhã, 2,4 mil estudantes das escolas públicas e privadas fluminenses participaram do evento. À tarde, mais 2,6 mil. Nas telas disponibilizadas no festival, são veiculados lembretes das provas da segunda fase da Obmep, no dia 8 de outubro, e da Obmep Mirim, no dia 11 do próximo mês.

Fiocruz

Está presente ainda no Festival Nacional da Matemática o programa Ciência Móvel, do Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com o coordenador do programa, Paulo Henrique Colonese, o Ciência Móvel leva exposições para municípios do interior e que, desde sua primeira edição, em 2017, traz atividades que envolvem experimentos sobre ações de física, biologia, química e matemática. “As crianças estão participando bastante das ações. Pensamos que a chuva fosse atrapalhar um pouco, mas as escolas estão vindo. Está muito cheio aqui”, comemorou Colonese.

Dois conjuntos de atividades do programa atraem o interesse dos estudantes, reunindo jogos e quebra-cabeças geométricos, que provocam desafio visual. Colonese destaca ainda as oficinas de aviões de papel. “Trouxemos dez modelos de aviões com tamanho e formas diferentes, e isso afeta o voo das gaivotas”. Foi disponibilizada uma faixa de 10 metros para ver quais aviões vão mais longe. “As crianças estão interessadas e participando”. O projeto, que tinha sido criado antes da pandemia da covid-19, passa agora pelo primeiro teste. “Está dando muito certo”.

O Ciência Móvel conta com duas equipes de 25 pessoas que se revezam de manhã e à tarde durante o festival.

(Fonte: Agência Brasil)

Com uma previsão de investimento inicial de até R$ 300 milhões, o projeto Escolas + Verdes pretende levar sustentabilidade para as salas de aula. De acordo com o secretário de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, André França, as ações a serem implementadas nas escolas, em parceria com o Ministério da Educação, incluem separação e tratamento de resíduos, reciclagem, logística reversa, reúso e eficiência no uso da água, eficiência energética e energias renováveis.

Em entrevista ao programa Repórter Nacional, da Rádio Nacional, o secretário destacou que a proposta é que a comunidade escolar se torne protagonista no projeto. “Diretores, professores, alunos estão diretamente envolvidos nessas ações, que visam justamente despertar o interesse para a agenda ambiental, com ações concretas, ações práticas que as crianças e jovens poderão levar pras suas residências e gerar mais sustentabilidade”.

O projeto utiliza biodigestores, equipamento simples, mas que, segundo França, produz até dois botijões e meio de gás por mês, totalizando 30 botijões ao ano produzidos por meio de energia renovável que volta para o fogão da escola para o preparo da merenda. “Ensina sobre o combate ao desperdício porque esse material, ao invés de ser descartado e ir para o aterro sanitário, volta gerando biofertilizante”.

“Nada é desperdiçado. A grande mensagem é: não existe lixo, existe matéria-prima fora do lugar. Se ela for bem aproveitada, pode gerar valor, riqueza, renda. Isso tudo com sustentabilidade”, concluiu.

(Fonte: Agência Brasil)

Uma pesquisa divulgada hoje (29) pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp) mostra que até 2040 o Brasil poderá ter uma carência de 235 mil professores de educação básica. 

O estudo aponta para um crescente desinteresse, especialmente dos jovens, em seguir a carreira docente. Segundo o estudo, o crescimento no número de ingressantes em cursos de licenciatura foi menor do que no restante do ensino superior. De 2010 a 2020, houve um crescimento de 53,8% no ingresso em graduações que tem como carreira o ensino, enquanto nos demais cursos o aumento ficou em 76% no período.

O estudo aponta, ainda, o problema da evasão. Nos dez anos analisados, o percentual de estudantes que concluiu os cursos de licenciatura aumentou apenas 4,3%.

O levantamento foi feito a partir de dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é vinculado ao Ministério da Educação. Ainda a partir dessa base de dados, a pesquisa mostra que o percentual de novos alunos em cursos de licenciatura com até 29 anos de idade caiu de 62,8%, em 2010, para 53%, em 2020.

Assim, a carreira vem registrando, segundo a pesquisa, um envelhecimento dos profissionais. Entre 2009 e 2021, o número de professores em início de carreira, com até 24 anos de idade, caiu de 116 mil para 67 mil, uma retração de 42,4%. Ao mesmo tempo, o percentual de docentes do ensino básico com 50 anos ou mais cresceu 109% no período.

A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, destaca que a formação de professores com mais de 29 anos não significa, necessariamente, a entrada de novos professores na carreira. Segundo ela, esses profissionais são, na maioria das vezes, pessoas que já trabalham na área. “Isso acontece em razão da lei que obriga o professor em exercício a ter formação mínima na área de pedagogia ou em licenciaturas para o magistério na educação básica”, explica.

Cursos

Algumas carreiras estão em situação mais delicada do que outras. A pesquisa mostra que caiu em 21,3% o número de alunos que concluiu o curso de licenciatura em biologia entre 2016 e 2020. Em química, a redução ficou em 12,8% no período e, em letras, 10,1%.

De acordo com a pesquisa, o número total de docentes da educação básica está estabilizado em cerca de 2,2 milhões desde 2014, após ter tido um crescimento de 10,8% em comparação com 2009. Esses professores atendem uma população de aproximadamente 44,6 milhões de jovens com idade entre 3 e 17 anos.

A projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é que, em 2040, o Brasil tenha cerca de 40 milhões de jovens nessa faixa etária. Para manter a proporção atual de professores e alunos, seria necessário ter 1,97 milhão de docentes. No entanto, o estudo projeta, a partir das taxas observadas até 2021, que o país chegue a esse momento com apenas 1,74 milhão de professores.

Desinteresse

Professor dá aula em Manaus

Entre os fatores que levam ao afastamento dos jovens da carreira de professor, o estudo destaca a baixa remuneração. Em 2020, os professores do ensino médio recebiam, em média, R$ 5,4 mil por mês, o que representa 82% da renda média das pessoas empregadas com ensino superior (R$ 6,5 mil).

Além disso, o estudo aponta para “o abandono da profissão devido às condições de trabalho precárias, como infraestrutura ruim de algumas escolas, falta de equipamentos e material de apoio, violência na sala de aula e problemas de saúde, agravados com a pandemia de covid-19”.

(Fonte: Agência Brasil)

8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, na São Paulo Expo.

Levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, mesmo avançando três posições no Índice Global de Inovação (IGI), na comparação com 2021, o Brasil continuou, este ano, registrando queda nos investimentos aplicados nas áreas de inovação. “A posição brasileira está sete casas abaixo da melhor marca atingida, que foi o 47º lugar em 2011”, revela a CNI.

Segundo o estudo, fruto de parceria com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual, o Brasil ocupa, atualmente, o 54º lugar em um ranking com 132 países. Na avaliação da entidade, essa melhora na classificação “não significa que o país esteja bem na agenda de inovação, uma vez que os investimentos na área têm caído a cada ano”.

O IGI 2022 foi calculado com base na média de dois subíndices: um é relativo a insumos de inovação e avalia “elementos da economia que viabilizam e facilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras”. Esse índice abrange pilares relativos a instituições; capital humano; pesquisa; infraestrutura; sofisticação do mercado; e sofisticação empresarial.

O outro subíndice refere-se a “produtos de inovação” e tem no “resultado efetivo das atividades inovadoras no interior da economia”. O indicador divide-se em dois pilares: um, relativo a “produtos de conhecimento e tecnologia” e outro a “produtos criativos”.

CNI

“Embora o Brasil tenha caído no ranking de ‘insumos de inovação’, tendo piorado duas posições (de 56º, em 2021, para 58º em 2022), o país subiu seis posições no ranking de resultados de inovação (59º para 53º), o que explica a melhora no ranking geral”, diz a CNI.

Para a diretora de Inovação da entidade, Gianna Sagazio, isso quer dizer que, em termos de investimento em inovação, o Brasil piorou. “Entretanto, é como se os agentes do ecossistema brasileiro tivessem feito mais com menos e obtido melhores resultados em inovação, apesar da queda nos insumos/investimento”.

Gianna explica que essa melhora demonstra que, mesmo em meio a “dificuldades estruturais do ecossistema de inovação no Brasil”, as empresas têm se saído melhor do que o esperado, o que atesta a capacidade das empresas brasileiras.

“Se houvesse investimentos perenes em inovação, o que não acontece, o Brasil poderia ser uma potência em inovação”, complementa.

De acordo com o levantamento, os dez países mais bem colocados no índice são: Suíça, Estados Unidos, Suécia, Reino Unido, Holanda, Coreia do Sul, Singapura, Alemanha, Finlândia e Dinamarca.

(Fonte: Agência Brasil)

Ô canoeiro, bota rede no mar. Cerca o peixe. Bate o remo. Puxa corda. Colhe a rede. Ô canoeiro, puxa rede do mar”. É com essa rima acelerada da música Canoeiro, de Dorival Caymmi, que começa o espetáculo Ópera Caymmar, que será apresentado amanhã (29), no Teatro da Caixa Nelson Rodrigues, no centro do Rio de Janeiro.

A interpretação é da Orquestra Sinfônica Juvenil de Duque de Caxias, formada por estudantes de escolas públicas do Rio. O espetáculo será também transmitido ao vivo no YouTube e no Facebook

Ópera Caymmar é um musical inédito, com obras de Dorival Caymmi, inspirada nos personagens que povoam as canções do renomado cantor, compositor e pintor. A história é cheia de conflitos e paixões e se passa na Vila de Caymmar, onde a pescadora Jana e o irmão, o empresário Gusmão, precisam resolver as diferenças, depois da trágica morte dos pais. A direção é de Jay Vaquer e o texto de Ana Gabriela Dickstein.

O espetáculo é resultado do projeto Geração de Sons, trabalho educacional de formação musical voltado para estudantes de escolas públicas do Instituto Brasileiro de Música e Educação (IBME).

“A gente passou dois anos muito desafiadores [de pandemia] e queria trazer uma reflexão sobre a nossa vida, sobre a alegria de viver, e estamos trazendo a rede. O Caymmi traz do fundo do mar suas memórias, suas lembranças. E queremos trazer isso, memórias afetivas, de alegria, de arte, de cultura da nossa diversidade. É um musical de rede e de tudo vamos trazer na rede, coisas boas lá do fundo da alma”, diz a idealizadora do musical e diretora da orquestra, Moana Maia.

Dorival Caymmi nasceu em Salvador, em 1914, e tornou-se uma das principais figuras da música popular brasileira. Morreu em 2008, no Rio de Janeiro. Para escrever o espetáculo, Ana Gabriela mergulhou na obra do artista. “Ele tem uma trajetória bastante diversificada e muito interessante, porque teve passagem por várias cidades brasileiras. Tem relação muito profunda com o Brasil e, ao mesmo tempo, levou e elevou o nome do país internacionalmente. Tem uma trajetória riquíssima e um repertório enorme, muito variado, que vai muito além das canções praieiras”, diz.

Fazem parte do repertório músicas como Samba da minha terraMarinaSuíte dos Pescadores e Maracangalha. O cantor e compositor Danilo Caymmi, filho de Dorival, participará do espetáculo.

“Isso é uma oportunidade maravilhosa de aproximar os jovens dessa música, e eles estão curtindo muito”, afirma Moana. Apesar do desafio de executar as obras, que são complexas, ela conta que os estudantes estão se divertindo. “Eu estive nos ensaios e vi os meninos se divertindo muito. Termina a música e eles riem, gargalham, é um clima de brincadeira. Acho que as pessoas vão ver isso amanhã. Eu me diverti muito”.  

Ópera Caymmar será apresentada nesta quinta-feira às 19h, no Teatro da Caixa. Os ingressos custam R$ 2. A apresentação conta com os atores e cantores Fabiano Leandro, Ju Marins, Yasmin Tozzi e Fernando Leão; com participação especial de Danilo Caymmi. As músicas são interpretadas pela Orquestra Sinfônica Juvenil de Duque de Caxias, com regência de Vinícius Louzada. O patrocínio é da Caixa.

(Fonte: Agência Brasil)