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EFEMÉRIDES CAXIENSES*

(Apresentação ao livro de Arthur Almada Lima Filho)

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Explique-se logo: efêmero é uma coisa; efeméride, outra. Efêmero é o transitório; efeméride, o histórico. Efêmero pode até durar o dia todo. Efeméride, resiste todo dia. O que é efêmero passa em branca nuvem. O que é efeméride inscreve-se em alva celulose.

Todos e tudo têm suas efemérides: o universo, o planeta, países, Estados, municípios, profissões, academias...

Tem as “Efemérides Astronômicas” e as “Efemérides da Aeronáutica”. As “Efemérides Navais”, as “Efemérides Judiciárias” e “Efemérides Médicas”. As “Efemérides do Teatro Brasileiro”. Das Artes Plásticas.

Tem as “Efemérides Acadêmicas”, da Academia Brasileira de Letras. As “Efemérides da Academia Mineira de Letras”. E da Pernambucana de Letras também.

Tem as “Efemérides Universais”, de M. A. Silva Ferreira. Tem as “Efemérides Luso-brasileiras”, de Heitor Lyra. As “Ephemerides Nacionaes”, de 1881, de Teixeira de Mello. As “Efemérides Brasileiras”, do Barão do Rio Branco. As “Efemérides da Campanha do Paraguai” e as “Efemérides de La Historia del Paraguay”. As “Efemérides y Comentários”, de G. Maragñon. As “Efemérides e Sinopse da História de Portugal”, as “Efemérides Literárias Argentinas”, as de Macau...

Tem as “Efemérides Alagoanas”, de Moacir Medeiros. As “Efemérides Cariocas”, de Antenor Nascentes. As “Efemérides Mineiras”, de Xavier da Veiga. E, completando 90 anos em 2013, as “Efemérides Maranhenses”, de José Ribeiro do Amaral.

As “Efemérides de Brasília”, de Cáceres, do Cariri, de Diamantina, da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, de Guarapuava, de Itaúna, de Juiz de Fora, de Júlio de Castilhos, de Porto Feliz, de Rio Claro, de São João del-Rei...

Portanto, seja no Universo infinito ou na limitada localidade coisas acontecem, fatos ocorrem. E há, entre essas acontecências e ocorrências, há as que duram, perduram... e que merecem ser registradas como efemérides, como legado de memória e história que se passou, a ser herdado e, no mínimo, respeitado pelos tempos que haverão de vir.

E entre tantas efemérides – de diferentes atividades, de diversas instituições, de distintos lugares (países, Estados, municípios)... – faltava a de Caxias, uma cidade cujo solo, segundo a geologia humana, se assenta fundamente sobre camadas e camadas de (form)ações políticas, sociais, econômicas e culturais.

Pois bem: não falta mais a Caxias seu livro de efemérides. E para costurar retalhos do passado, para colher e coser pedaços dos ontens, para cerzir nesgas d’antanho, para retrazer esses registros à memória das gerações viventes e vindouras, o desafio encontrou quem o arrostasse. Alguém com o conhecimento, a determinação, a vivência e, entre outras pré-condições, a paixão pela cidade onde nasceu – Arthur Almada Lima Filho, jurista, desembargador aposentado, professor, escritor, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias.

Ante a historicidade do município, parece que as “Efemérides Caxienses” teriam demorado a chegar. Não importa. Chegaram.

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Quem pegar deste livro e suas páginas manusear, um favor por gentileza: faça-o com respeito; a obra é recente, mas o que ela contém é basicamente mais velho que nós – e devemos respeitar os mais velhos...

Cada entrada, vale dizer, cada data que aqui se perfila e enfileira, cada data deste que é o repositório cronológico pioneiro senão o mais extenso da bibliografia e historiografia caxiense, quiçá maranhense, cada entrada daria, pelo menos, um livro – e cada esforço para fazê-la, dois... tanto é o que há neste livro de trabalho, de talento, de tempo, de tino e de tesão pelo que se faz, tudo empregado em cada item cronográfico. Trabalho, porque é ação, fazimento. Talento, pois que é conhecimento, raciocínio, intuição. Tempo, posto que é chama e limitação, devendo ser aproveitado antes que o murrão encurte e a chama enfraqueça... e tudo escureça. Tino, vez que é “queda” para algo, para o alto, inclinação, tendência, propensão. E tesão por ser a energia intensa e impulsionadora para ritmados movimentos de (pro)criação.

Seus “Ensaios”, Montaigne já os apresentava como “um livro de boa fé” (“c’est icy un livre de bonne foy”). Mas, sabia o notável francês, um livro vai além, muito além da pureza de intenção, do agir com correção.

Livro é gestação e parição. Alegria e dor. Realidade e incerteza. Sou testemunha ocular e auricular do enorme esforço do autor, Arthur Almada Lima Filho, de seus exigentes cuidados, da busca, localização e posterior seleção de dados e eventos e o texto final para esta coleção de datas. Para encontrar algumas agulhas, vi Arthur Almada mover toneladas de palha e feno no armazém sem-fim da História: livros, jornais, revistas, documentos, mídias digitais e espaços virtuais – enfim, todo tipo de suporte crível, confiável, onde pousava e repousava a informação acerca de algum aspecto da caxiensidade, em especial filhos e fatos da terra.

Schopenhauer observou que “livros são escritos ora sobre esse, ora sobre aquele grande espírito do passado, e o público os lê, mas não as obras desses próprios; porque só quer ler o recém-impresso (...)”. Com o índice de venda de livros e o nível de leitura que temos em nosso país, Estado e município, bem que um autor se daria por satisfeito por, pelo menos, sua obra “recém-impressa” ser lida.

Mas tem razão o filósofo alemão, autor de “Sobre Leitura e Livros”: um livro, em especial um livro como o “Efemérides Caxienses”, é do tipo que deve(ria) suscitar o gosto, instigar o espírito, provocar a inteligência, estimular a curiosidade, ampliar o orgulho do leitor, em relevo o leitor caxiense e maranhense, para o conhecimento mais encorpado acerca dos homens e mulheres, dos fatos e feitos aqui expostos com comedimento, pois que em obra deste gênero não cabe desmedir.

Tenho certeza, pelas conversas e debates que (man)tivemos e pelo que nele “leio”, tenho certeza de que Arthur Almada Lima Filho se sentiria agradecido se este livro incitasse uma saudável “ressurreição” de parte(s) do passado histórico e glorioso de nossa cidade ou ampliasse o interesse de mais e mais caxienses pelas bases, pelas fundações, pelos alicerces do passado sobre os quais os anos posteriores e os dias atuais alevantaram paredes, assentaram pisos e construíram tetos. Alicerce de que não se cuida compromete a estrutura que por sobre ele se pôs ou que a partir dele se ergue.

Sabemos, nós caxienses, que não cuidamos de nosso passado como ele deveria ser cuidado... e não é por vergonha dele – muito pelo contrário! Nós nos descuidamos de nossa ancestralidade sobretudo porque a desconhecemos, ou somos apáticos, preguiçosos, somos esse coletivo de pessoas, essa ruma de gentes atarefadas com o “hic et nunc”, o aqui e agora de nossa vida presente, paradoxalmente passadiça – passadiça porque nela (nessa vida) somos passageiros, consumidores, quando dela (dessa vida) temos de ser motorneiros, condutores. (Afinal, é a vida que nos conduz ou nós é que devemos conduzi-la?)

Os ditos países e comunidades desenvolvidos são aqueles que têm e se sabem fortes em seus fundamentos históricos e em suas fundações de historicidade, que enriquecem sua Cultura e enrijecem sua Identidade, cada vez mais afirmadas e reafirmadas com o passar das eras. No mundo todo, paga-se muito dinheiro para (vi)ver cultura, para (re)viver história(s).

A Caxias de hoje parece (parece?!) fazer questão de eleger o fugidio, o fugaz, o presente que está em trânsito, daí tão transitório...

Caxias parece (parece?!) fazer questão de não querer conhecer-se a si mesma, não escutar seu grito primal, não analisar seu DNA mitocondrial, sua vida ancestral.

Como querer sermos reconhecidos, se de nós mesmos somos desconhecidos?

Como lembrar aos outros o que somos pelo que fomos se, no dizer de Pierre Chanou, somos amnésicos do que somos (“se nous sommes amnésiques de ce que nous sommes”)?

Quem sabe até cairia bem, em muitos aspectos, a máxima do espanhol George Santayana (1863-1952): “Os que são incapazes de recordar o passado, são condenados a repeti-lo”. Com certeza há tempos, pessoas, modos e feitos do passado caxiense que pegaria bem se pudessem ser reproduzidos, copiados, repetidos, adequadamente adotados no presente – descontados os pecados veniais e tais e mais que cada um possa ter, já que adiante não se verá uma lista hagiográfica, um rol de santos. De toda sorte, teríamos talentos à maneira de

ADERSON FERRO (“Glória da Odontologia Nacional”),

ADERSON GUIMARÃES (cônego, latinista, jornalista, professor),

ALDERICO SILVA (empresário pioneiro, jornalista, acadêmico),

ANICETO CRUZ (empresário pioneiro, jornalista),

ARTHUR ALMADA LIMA (desembargador, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, juiz de Direito, promotor público, professor concursado da Universidade Federal do Maranhão, orador, com obra inédita de discursos),

BENEDITO JOAQUIM DA SILVA (primeiro prefeito de Caxias pós-Revolução de 1930),

CÂNDIDO RIBEIRO (“O maior industrial do Maranhão dos séculos XIX e XX”),

CARLOS GOMES LEITÃO (magistrado, político, fundador do município de Marabá/PA),

CELSO MENEZES (pintor, professor, considerado um dos maiores escultores do Brasil),

CÉSAR FERREIRA OLIVEIRA (“revolucionário constitucionalista” em São Paulo e “Herói da Guerra de Canudos”),

CÉSAR MARQUES (médico e historiador),

CHRISTINO CRUZ (criador do Ministério da Agricultura; agrônomo, com estudos em outros países; presidente honorário da Sociedade Nacional de Agricultura),

CID ABREU (escritor, professor, latinista, acadêmico),

CLÓVIS VIDIGAL (monsenhor, educador),

COELHO NETTO (escritor, “Príncipe dos Prosadores Brasileiros”),

DÉO SILVA (poeta, jornalista),

DIAS CARNEIRO (os dois: o industrial e jornalista e o magistrado e desembargador),

ELEAZAR SOARES CAMPOS (advogado, professor, magistrado, escritor, interventor federal do Maranhão),

ELPÍDIO PEREIRA (músico de renome internacional, autor do Hino de Caxias),

FLÁVIO TEIXEIRA DE ABREU (advogado, jornalista, escritor, poeta, professor),

GENTIL MENESES (administrador, jornalista, escritor),

GONÇALVES DIAS (poeta, etnógrafo, professor, fundador do Indianismo na literatura brasileira),

HERÁCLITO RAMOS (jornalista, escritor, poeta; irmão de Vespasiano Ramos),

JOÃO LOPES DE CARVALHO (pintor e desenhista, estudou sua arte em Portugal, onde, por seu grande talento, já aos 16 anos foi elogiado por diversos jornais de Lisboa),

JOÃO MENDES DE ALMEIDA (considerado o mais completo jornalista brasileiro; advogado, abolicionista, redator da Lei do Ventre Livre),

JOAQUIM ANTÔNIO CRUZ (médico, militar e político, participou da demarcação de fronteira do Brasil com a Argentina e votou pela lei que terminou por abolir os castigos corporais nas Forças Armadas),

LAURA ROSA (educadora, poeta, escritora, nascida em São Luís),

LIBÂNIO LOBO (escritor, acadêmico),

MÃE ANDRESA (Andresa Maria de Sousa Ramos, sacerdotisa de culto afro-brasileiro de renome internacional, última princesa da linhagem direta fon, comandou, durante 40 anos, a Casa de Mina em São Luís),

MARCELLO THADEU DE ASSUMPÇÃO (médico humanitário, professor, criador e mantenedor de escola gratuita, prefeito de Caxias),

NEREU BITTENCOURT (professor, escritor),

NILO CRUZ (magistrado, desembargador),

ODORICO ANTÔNIO DE MESQUITA (advogado, político, magistrado),

OSMAR RODRIGUES MARQUES (jornalista e escritor),

PAULO RAMOS (advogado, deputado federal, interventor e governador do Maranhão, criador, entre outras instituições, do Banco do Estado do Maranhão e da Rádio Timbira),

RAIMUNDO FONSECA FREITAS NETO (poeta; ex-funcionário do Banco da Amazônia),

SINÉSIO SANTOS (fotógrafo),

SINVAL ODORICO DE MOURA (bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, ainda hoje um raro caso de alguém que governou quatro Estados – Amazonas, Ceará, Paraíba e Piauí),

TEIXEIRA MENDES (escritor, filósofo, autor da Bandeira Brasileira),

TEÓFILO DIAS (advogado, jornalista e escritor, sobrinho de Gonçalves Dias, introdutor do Parnasianismo e colocado por Sílvio Romero entre os “quatro dos maiores poetas do Brasil”),

TIA FILOZINHA (Filomena Machado Teixeira, professora),

UBIRAJARA FIDALGO DA SILVA (primeiro dramaturgo negro brasileiro, ator, diretor, produtor, bailarino, apresentador de TV e criador do Teatro Profissional do Negro),

VESPASIANO RAMOS (poeta),

VÍTOR GONÇALVES NETO (jornalista, escritor),

WALFREDO DE LOYOLA MACHADO (jornalista, bacharel em Direito, escritor),

WILSON EGÍDIO DOS SANTOS (professor universitário, escritor, odontólogo)...

Em todos os campos – Administração (Empresarial e Pública), Artes, Cultura, Direito e Justiça, Literatura, Política, Ciências etc. –, são inúmeros os nomes, muitos deles desconhecidos, poucos deles reconhecidos, no sentido de que (não) são lembrados, cultivados, publicados e republicados, biografados, estudados, pesquisados (eles e seus trabalhos, suas atividades, sua obra). E a listagem acima (não intencional, aleatória) é só uma impressão digital, marca pequena no grande “locus” e “corpus” cultural, artístico, político, histórico e social do município caxiense. É patente que o céu histórico-cultural de Caxias tem mais estrelas. Muito mais.

Claro, temos orgulho de nossos atuais professores, historiadores, cientistas, pesquisadores, escritores, poetas, músicos, artistas, intelectuais... Para citar três caxienses, três mulheres, que saltaram obstáculos, quebraram barreiras e transpuseram limites (inclusive geográficos), temos orgulho de gente que nem Aline de Lima, que cantou e encantou na França e em mais uma dezena de países; de Tita do Rêgo Silva, que faz artes (plásticas) na Alemanha; de Bruna Gaglianone, bailarina, premiada pelo Bolshoi Brasil e integrante do corpo de dançarinos do Teatro Bolshoi de Moscou...

... Mas o de que se trata aqui não é a transposição pura e simples de um passado que tem seu tempo. Trata-se de um presente que não tem memória – pelo menos não com a desejada consistência, não com o necessário zelo e a sadia revivificação ou reviçamento.

Que os caxienses procurem saber mais acerca do passado de Caxias, e reforcem em si o sadio orgulho do porque ele é sinônimo, em igual tempo, de reverência e referência.

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“Efemérides Caxienses” quer lembrar isso para nós. Dia a dia. De janeiro a dezembro. E mais: do ponto de vista editorial e didático, o livro traz um aporte de, digamos, instrumentos para facilitar a vida do leitor ou corresponder às expectativas do pesquisador. Assim, veem-se aqui índices onomástico e cronológico, com os quais, no primeiro caso, o interessado encontrará rapidamente as páginas onde determinado nome próprio é citado; e, no outro caso, a listagem em ordem crescente dos anos, cobrindo séculos de história caxiense.

Claro que um livro de poucas centenas de páginas não poderia cobrir, abarcar todos os fatos, todas as pessoas, toda a quadrissecular e multivariada História de Caxias. Testemunhei a vontade imensa do autor à cata de mais dados e percebi as imensamente maiores limitações materiais e de tempo que se impunham, imperiais, em desfavor do escritor. Até que ele se convenceu da verdade borgeana: um livro não se termina – se abandona.

Foi para chegar a esta obra – repita-se: sem a inútil pretensão de ser completa – que Arthur Almada Lima Filho dedicou muito do seu tempo, muito de sua saúde física e de sua energia intelectual, além de outros recursos, a serviço da materialização desse seu desejo pessoal e dessa nossa necessidade coletiva: ter um livro de referência histórico-cronológica das acontecências mais pretéritas de nossa Caxias, mas sem esquecer alguns registros da recentidade. Um livro que estudantes e professores, jornalistas e historiadores, curiosos e pesquisadores, aquele escritor em especial e todo o povo em geral pudessem diariamente folhear e consultar: o que aconteceu? quem nasceu? quem morreu? o que houve em determinado dia de determinado mês de determinado ano em minha cidade? Este livro traz as respostas, e a partir dele podem ser iniciados ou referenciados trabalhos escolares, pesquisas universitárias, matérias jornalísticas, pronunciamentos políticos, festas comemorativas, reuniões familiares... ou simplesmente enriquecer uma conversa, um discurso, o orgulho e amor pela terra natal.

Ao lado de fazeres cotidianos e afazeres especiais, o autor, desembargador aposentado, deveria ter saído do ofício para o ócio... mas Arthur Almada não larga dos ossos de uma ocupação útil (coletivamente falando) e quase sempre dá expediente com fidelidade bancária, de manhã e à tarde (às vezes entrando pela noite), no Instituto Histórico e Geográfico de Caxias que ele, há dez anos, fundou e dirige com amor, gosto e dedicação de recém-casados. No escritório ou na residência, tal qual o pintor Apeles, “nulla dies sine linea” – ao menos uma linha todo dia. O autor-arqueólogo, à maneira do que escreveu Shakespeare, vai retirando dos escombros da História as “ruínas amorfas” e o “pó do olvido”, que recobrem tanto “o que passou” quanto “o que está por vir”. E, assim, foi-se formando e formatando este livro.

Arthur Almada é um homem de Hoje que sabe cuidar do Ontem. Que seu exemplo comunique aos de Amanhã para cuidarem eles do Agora – a que os pósteros chamarão Passado. Pois, no dizer do poeta brasileiro-nordestino-universal Manuel Bandeira, “só o passado verdadeiramente nos pertence. O presente... O presente não existe (...)”.

Parabéns, Arthur! Esta obra do Passado tem tudo para estar presente. Tem tudo para ter futuro. Tem tudo para permanecer no Tempo. Confirma-o o poeta brasileiro Dante Milano:

“O Tempo é um velho leitor, eterno leitor, atento e incansável. Nem um instante larga o livro”.

E finaliza:

“Parece que da vida só existe para o Tempo aquilo que ficou escrito. O resto desaparece, o Tempo não o lê”.

Pois é, Arthur. Está escrito.

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Caxias, a partir deste instante, tem sua cronologia de fatos notáveis, seu calendário de eventos históricos.

Passado caxiense, doravante, é igual a Efemérides.

Pois efêmero, agora, só o presente...

* EDMILSON SANCHES

Fotos:
O autor aniversariante e seu livro “Efemérides Caxienses”; e no Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, com membros do IHGC – as professoras universitárias Erlinda Bittencourt e Deuzimar Serra e o jornalista Edmilson Sanches.