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29 DE OUTUBRO, DIA NACIONAL DO LIVRO*

(Fundação da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, em 29/10/1810)

DO ESTÍMULO DE ESCREVER AO ESTILO DE IMPRIMIR

“O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”.
(MÁRIO QUINTANA, poeta brasileiro)

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O mundo ainda vai demorar bastante tempo para descobrir outro suporte tão mágico e encantador quanto o livro. Se descobrir.

Falam em livro eletrônico (“e-book”) – mas ele não substitui o prazer do toque, do tato, contato. Observe no leitor, nas livrarias e bibliotecas, bancos de praça ou escolares, os gestos comedidos ou relaxados, soltos ou estudados, ao pegar, ao abrir, ao folhear o livro. Repare o declinar dos olhos, o menear da cabeça... Bosquejo de ritual. Rascunho de rito. Esboço de liturgia.

Falam em livros na “internet”, mas isso não é o mesmo que um livro na rede – na rede de embalar, de balançar e balouçar, estirada na varanda da fazenda, pendurada próxima à janela no apartamento.

Na soleira do casebre, no jardim da mansão, uma pessoa com um livro é quase igual àquela outra pessoa com um livro: ambos frequentam o mesmo mundo – o mundo da leitura, onde se dá a leitura do mundo e, quem sabe, sua (re)construção. Literária/mente e, vezes muitas, literal/mente.

Todos escrevem. Se não com a pena no papel, com os olhos, com o coração, imprimindo na infinita tela da mente o que foi gravado no imensurável da imaginação.

Todos escrevemos. O estudante que escreve é também um escritor – ou escrevente – que estuda.

Parabéns a todos que, do estímulo de escrever ao estilo de imprimir, pilotam voos de imaginação e andam pelos caminhos da realização.

* EDMILSON SANCHES