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Museu do Ipiranga

O ministro do Turismo, Carlos Brito, fez uma visita técnica, nesta quinta-feira (18), às obras de restauração e modernização do Museu do Ipiranga, em São Paulo (SP). Fechado desde 2013, o edifício-monumento, que é tombado como Patrimônio Histórico Municipal, Estadual e Federal, será reaberto ao público no próximo mês, como parte das comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil.

“É um patrimônio que é inadmissível que fique fechado e, graças a esse trabalho em conjunto, estamos conseguindo agora, no próximo dia 6 de setembro, devolver à população o que de fato é do povo. Quem chegar aqui vai ficar encantado com a estrutura, a forma como foi feita essa obra”, disse Brito.

As obras para viabilizar o novo Museu do Ipiranga contaram com R$ 183 milhões autorizados via Lei Rouanet, a principal ferramenta de fomento à cultura no país. Por meio da lei, os projetos recebem uma chancela federal que se reflete em isenções fiscais a apoiadores da ação, quer sejam empresas ou cidadãos comuns.

Segundo o ministro, com o Museu do Ipiranga, o turismo na região será cada vez mais forte. A estimativa é que o número de visitantes do museu passe de 300 mil por ano para 1 milhão.

“Não só na região, mas no Brasil porque um patrimônio como esse fortalece cada vez mais a nossa cultura. Vamos fazer esse patrimônio ser um incentivo para trazer novos turistas para o Brasil e para São Paulo”, afirmou Brito.

Depois da reforma concluída, o museu terá duas amplas entradas, bilheteria, um auditório para 200 pessoas, espaço educativo, café, loja e sala de exposição temporária. Com isso, a área total construída terá o dobro do que tinha anteriormente e oferecerá total acessibilidade por elevadores e escadas rolantes e um novo sistema de ar condicionado.

O jardim francês em frente ao edifício está sendo totalmente transformado com novo paisagismo, restaurante, infraestrutura para food bikes, modernização da iluminação pública e vias de acesso, equipamentos de acessibilidade e reativação da fonte central.

Construído entre 1885 e 1890, o Museu do Ipiranga está situado dentro do complexo do Parque Independência, na zona sul da capital. Concebido originalmente como um monumento à Independência, foi declarado sede do Museu do Estado em 1895 e, desde 1963, é administrado pela Universidade de São Paulo.

(Fonte: Agência Brasil)

As inscrições para o Festival de Música 100 anos de Rádio no Brasil já estão abertas. Os interessados em concorrer devem preencher, gratuitamente, um formulário na página do festival até 31 de agosto. A iniciativa estimula a descoberta de novos talentos da música e valoriza o lançamento de obras inéditas.

Os artistas têm uma oportunidade especial para dar visibilidade a seus trabalhos a poucas semanas do centenário do rádio no país, celebrado em 7 de setembro. As composições selecionadas nas etapas do concurso entram no ar durante a programação de importantes veículos de comunicação pública.

Esta é a primeira vez que o festival reúne duas emissoras nacionais de muita tradição e apelo popular: a Rádio MEC  e Rádio Nacional, ambas geridas pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Com novo formato, o evento expande a abrangência e consolida o avanço de anos anteriores com diversos públicos.

Os inscritos podem disputar o reconhecimento com até duas composições em cada uma das cinco categorias do festival: Música Clássica, Instrumental, Infantil, Popular e Regional do Alto Solimões. A regra exige composições inéditas e em português, mas, na categoria regional, os autores de Tabatinga (AM) e da Tríplice Fronteira podem participar com obras em espanhol e em diferentes idiomas indígenas.  

Critérios de seleção e o voto popular

Após a fase de cadastro, os artistas ficam na expectativa para a divulgação das músicas selecionadas. A análise vai considerar critérios como a qualidade artística da obra (música, letra, partitura e interpretação), a originalidade e a qualidade da gravação. A Comissão Julgadora será formada por personalidades de notório saber ou em atividade na área musical e profissionais da EBC.

A primeira etapa classifica até 100 produções musicais que ganham janela na Rádio MEC e Rádio Nacional, de acordo com o perfil da emissora, a partir de 25 de setembro. O público pode acompanhar a transmissão e participar da escolha das semifinalistas pelo voto popular na internet até 10 de outubro.

O anúncio das obras que seguem na disputa ocorre em 11 de outubro. As composições seguem no ar pelas emissoras com votação pelos ouvintes e internautas até 4 de novembro para determinar uma das concorrentes de cada categoria que avança até a final.

A divulgação das 15 músicas finalistas – três por categoria, sendo cinco definidas pelo público e dez escolhidas pela Comissão Julgadora – será realizada no dia 5 de novembro. As obras permanecem na programação das emissoras até o dia 6 de dezembro, quando as ganhadoras serão conhecidas.

Reconhecimento e premiação

As músicas habilitadas para a final concorrem aos prêmios em um show na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. O evento marca a decisão do Festival de Música 100 anos de Rádio no Brasil. Os artistas vencedores têm o talento reconhecido com a entrega dos troféus em cada categoria.

Os laureados recebem os seguintes títulos: Prêmio Rádio MEC de Melhor Música Clássica, Prêmio Rádio MEC de Melhor Música Instrumental, Prêmio Rádio MEC de Melhor Música Infantil, Prêmio Rádio Nacional de Melhor Música Popular e Prêmio Rádio Nacional do Alto Solimões de Melhor Música Regional.

Os autores das obras concorrentes inscritas no festival autorizam a execução na grade da Rpadio MEC e Rádio Nacional, além de permitir a veiculação nas emissoras afiliadas que integram a Rede Pública de Rádios, bem como nos demais veículos da EBC, como a TV Brasil, e suas plataformas digitais.

Cronograma do Festival de Música 100 anos de Rádio no Brasil

1º/8 – Abertura das inscrições (a partir de 18h)

1º/8 a 31/8 – Período de inscrição

25/9 – Divulgação das músicas classificadas

25/9 a 10/10 – Período de veiculação das músicas classificadas

25/9 a 10/10 – Votação popular para definir semifinalistas nas emissoras

11/10 – Divulgação das músicas semifinalistas

11/10 a 4/11 – Período de veiculação das músicas semifinalistas

11/10 a 4/11 – Votação popular para definir uma música finalista por categoria

5/11 – Divulgação das músicas finalistas

5/11 a 6/12 – Período de veiculação das músicas finalistas

6/12 – Divulgação dos vencedores  

(Fonte: Agência Brasil)

O nadador maranhense Davi Hermes, um dos atletas mais vitoriosos do Estado e considerado uma das maiores revelações do esporte paralímpico no Brasil, está preparado para mais um grande desafio na carreira. Davi, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, disputará o Campeonato Brasileiro de Natação 2022, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI), com o apoio do Comitê Paralimpico Brasileiro (CPB), que ocorre neste sábado (20) e domingo (21), no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo. O atleta da Viva Água vai participar de quatro provas no Brasileiro CBDI: 50m livre, 50m borboleta, 100m borboleta e 200m borboleta.

Davi Hermes retorna ao Brasileiro CBDI com foco total em ampliar sua coleção de conquistas. Nas últimas duas edições da competição nacional, o nadador maranhense faturou oito medalhas, sendo cinco ouros, uma prata e dois bronzes. Na edição de 2021, Davi levou o Maranhão ao lugar mais alto do pódio nas provas dos 50m livre, 50m borboleta, 100m livre e 100m borboleta.

Últimas conquistas

Em maio deste ano, Davi Hermes se consolidou entre os melhores do país ao conquistar quatro medalhas e registrar quatro recordes no Meeting Brasileiro de Natação 2022, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI), com o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Na ocasião, ele faturou três medalhas de ouro nas provas dos 50m borboleta, 100m borboleta e 200m borboleta, além de levar a medalha de prata nos 50m nado livre.

Antes do Meeting Brasileiro, Davi Hermes já havia registrado um grande feito na temporada de 2022 ao se consagrar como um dos principais nomes dos Jogos Abertos Escolares, competição promovida pela Federação Maranhense do Desporto Escolar (Femade) e realizada em fevereiro, em São Luís. Comprovando sua grande fase, o nadador maranhense foi ouro nas provas dos 50m livre e dos 100m borboleta.

Contando com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, Davi Hermes terá uma sequência de competições nacionais e internacionais pela frente logo após o Brasileiro CBDI, representando o Maranhão e buscando medalhas no Virtus Américas Games, no Mundial de Natação em Portugal, no Open Internacional de Natação e nas Paralimpíadas Universitárias. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Os candidatos pré-selecionados ao Fundo de Financiamento Estudantil ( Fies) deverão apresentar de hoje (17) até a próxima sexta-feira (19) a complementação das informações das inscrições pelo endereço eletrônico.

Em 2022, foram ofertadas 110.925 vagas para o Fies. Pelas regras do programa, todos os não pré-selecionados na chamada única serão, automaticamente, incluídos na lista de espera. “Cabe ao candidato acompanhar, na página do Fies, sua eventual pré-seleção durante as convocações por meio da lista de espera, que serão realizadas no período de 22 de agosto a 22 de setembro”, alertou o Ministério da Educação.

Após a etapa de complementação da inscrição, é necessária a validação das informações declaradas no ato da inscrição. O prazo é de até cinco dias úteis após a data da complementação da inscrição, realizada na página do Fies, no portal Acesso Único.

O procedimento de validar as informações deve ser realizado diretamente na instituição de ensino superior para a qual o candidato tenha sido pré-selecionado. Cabe à instituição informar ao estudante sobre o meio a ser utilizado para o recebimento da documentação exigida, que pode ser em formato físico ou digital.

Fies

O Fies é um programa do Ministério da Educação que tem como objetivo conceder financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos, com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo MEC e ofertados por instituições de educação superior não gratuitas aderentes ao programa.   

(Fonte: Agência Brasil)

Radiojornalismo

Notícias 24 horas pelo rádio. All newstalk newsnews plus. Migração da AM para a FM. Da antena para a internet. Rádio on demand. Em novos formatos e plataformas. O radiojornalismo e, de forma ainda mais ampla, o jornalismo sonoro, passou por grandes transformações a partir dos anos 1980. E, de um meio de comunicação que já foi considerado moribundo, o rádio passou a abraçar o grande potencial para a produção jornalística que sempre esteve lá.

Uma rádio para o jornalismo

Foi no período de redemocratização do Brasil que se concretizou a próxima grande etapa de experiências bem-sucedidas no jornalismo de rádio: as emissoras dedicadas exclusivamente à notícia.

A novidade seguia a tendência de segmentação das rádios e corria atrás de um modelo de negócio que os Estados Unidos já tinham consolidado décadas antes. Era o chamado “all news” e suas variações – formato surgido em Tijuana, no México, e popularizado nos EUA ainda na década de 1960.

O modelo mexicano consistia em ciclos de notícias repetidas e atualizadas de tempos em tempos, partindo da premissa de que o ouvinte ligaria na emissora, se informaria de forma satisfatória e seguiria para outra frequência de sua preferência, abraçando, assim, a ideia de que a audiência se renova periodicamente.

Nos Estados Unidos, outros modelos foram explorados com sucesso. All talk, que eram rádios conversadas e com participação intensa do ouvinte; talk news, a mistura das duas, com formatos que iam de noticiários a programas de entrevista e opinião; ou o news plus, que é a já conhecida fórmula brasileira música-esporte-notícia.

Em terras brasileiras, o projeto mais famoso e um dos pioneiros na área é o da Central Brasileira de Notícias (CBN), criado em 1991. Cabe destacar que, segundo um dos principais pesquisadores do rádio no Brasil, Luiz Artur Ferraretto, ela não foi a primeira emissora do tipo no país.

“No Brasil, a primeira emissora a se dizer all news, mas que de fato nunca fez jornalismo 24 horas, foi a Rádio Jornal do Brasil, que tenta fazer isso de 1980 até 1986. (A Rádio Jornal do Brasil) tem uma certa importância no Rio de Janeiro, mas enfrenta uma série de dificuldades. Quem vai conseguir fazer isso pela primeira vez com sustentabilidade é a Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, que já se assume como talk news ao longo dos anos 1980. Ela consegue consolidar o formato em 1986, mas começa a investir nisso em 1983”.

Ele afirma que encontrou evidências – inclusive de visitas de integrantes do Grupo Globo à Gaúcha na época que a CBN ainda era gestada. “Há reportagem na Revista Imprensa identificando isso. Os observadores queriam ver como o modelo era adotado na Rádio Gaúcha. E, como repórter da emissora na época, eu presenciei isso”.

A CBN, no entanto, permanece como a primeira experiência exitosa nacional no ramo. Hoje, a rádio do Grupo Globo está presente em 86 cidades brasileiras, com quatro emissoras próprias e 38 afiliadas.

O jornalista Heródoto Barbeiro, que participou da criação do projeto e atuou por muitos anos com um dos principais âncoras da emissora, conta que a delimitação do público-alvo e o entendimento que a audiência da rádio é rotativa foram fundamentais para determinar o formato e o conteúdo da emissora.

“Foi descoberto que o público-alvo era principalmente o cara que está no carro de manhã. Então, é para ele que a gente vai falar. Ele é de que camada da população? Geralmente A e B. Quanto tempo ele ouve o rádio? Ele liga e desliga em vários momentos. Então, a repetição (de notícias) é boa, não é um mal”, detalha.

Barbeiro lembra qual era o principal desafio do projeto: “A grande preocupação era se tinha notícia suficiente para ficar 24 horas no ar. Mas a gente viu não só que tinha, como a gente não conseguia dar tudo”. Para alimentar a fome incessante da programação por notícias, era preciso ter atualização constante de conteúdo; para isso, investir em profissionais entre âncoras, repórteres e produtores, era fundamental.

Da AM para a FM

A CBN foi, também, a emissora totalmente dedicada ao jornalismo operando na faixa de frequência modulada - a FM. Desde que começou a funcionar, a FM, com maior qualidade sonora, foi direcionada principalmente para a música. Por décadas, o jornalismo, quando existente, era tímido, limitado a horários específicos. Em 1996, a entrada da CBN para a FM mudou o jogo.

A novidade veio não sem alguma resistência empresarial, como lembra Heródoto Barbeiro: “Eu sugeri que a CBN fosse colocada em um canal que o Grupo Globo tinha na FM, 90,5. Mas, na época,a era um desafio grande, porque se entendia que AM era a rádio falada e a FM era a rádio musical. Eu insistia, dizendo que, fora do Brasi,l as rádios (de notícia) eram FM. Depois de algum tempo de insistência, a CBN foi para a FM. E se tornou um sucesso comercial e de público”.

Atualmente, há outras emissoras que atuam no mesmo segmento e que estão presentes na FM, como a BandNews, criada em 2005 e que, também, está presente nacionalmente. Uma de suas principais vozes era o jornalista Ricardo Boechat, que morreu precocemente em um acidente em fevereiro de 2019.

O rádio extrapola a antena

Como foi com a televisão, a internet e o celular também transformariam o modo como consumimos informação, como vivemos e nos reunimos – o que levou o rádio, novamente, a expandir seus horizontes e pensar modelos atualizados de sobrevivência. As novas tecnologias permitiram ao jornalismo sonoro extrapolar a antena, como diz a coordenadora da Rede de Pesquisa em Radiojornalismo e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Valci Zuculoto:

“É um meio que evidencia, cada vez mais, o sentido de permanência, que tem adaptação resiliente e transborda para além da antena. Na antena, temos o rádio AM, o constituidor da nossa radiofonia, migrando para o FM, e continua em reconstrução seus modelos comerciais, estatais e públicos. E principalmente se reinventa na web, com emissoras transmitindo sua programação pela internet ou com as rádios web exclusivas”.

Os custos de apuração e transmissão da notícia também diminuíram, como destaca Heródoto Barbeiro. “Fui, muitas vezes, fazer reportagem na rua, e você tinha que pedir uma linha telefônica e ir lá para o aparelho. Hoje, você pode fazer do seu celular, do seu laptop. O custo técnico de emissão de som caiu vertiginosamente”.

Rádio digital, Rádios EBC,Rádio AM celular

Além da agilidade de cobertura conquistada pelo jornalismo em geral, a presença do rádio no meio virtual criou novas interações com o conteúdo. Jornais de emissoras de rádio passaram a ser exibidos no YouTube. Os programas das emissoras foram disponibilizados on demand, para que o público pudesse ouvir o programa que quisesse e quando desejasse.

“Estou escrevendo um livro sobre os 150 anos do rádio, que vou lançar agora, e o primeiro capítulo fala do metaverso, que é a tecnologia mais avançada na internet. O rádio já está lá”, defende Barbeiro.

Recentemente, o rádio ganhou um “irmão”: é o podcast, um formato popular e que já tem no jornalismo um dos segmentos com mais potencial e criatividade. Grandes reportagens, com riqueza de narrativas e, até mesmo, áudio dramatização, são sucesso de público.

Ferraretto afirma que, infelizmente, as rádios vêm deixando passar a oportunidade de usar o podcast ao seu favor. “O podcast se constituiu à parte do rádio, que não soube usar o podcast. O radiojornalismo deveria ser o breaking news, a notícia na hora em que ela acontece, e o podcast pode ser uma ferramenta de aprofundamento da notícia”, analisa.

Oásis no deserto

Se o rádio conseguiu expandir limites físicos e de plataforma para ganhar contornos globais, ele ainda assim não perdeu uma de suas principais características: a de ser o meio mais próximo do cidadão.

De acordo com o Atlas da Notícia, pesquisa que mapeia desertos de notícias (como são chamados municípios em que não há nenhum meio de comunicação com produção jornalística) e o jornalismo local no país, o rádio figurou como o meio de comunicação mais numeroso nos municípios brasileiros até a última edição, quando ele foi ultrapassado – por menos de 1% – pelo on-line.

Em 2021, eram quase cinco mil emissoras, o que corresponde a 33,5% do total de veículos com produção jornalística local. O rádio ainda está em primeiro no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul do país.

Assista ao episódio Na Amazônia pelas ondas do rádio, do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil 

O coordenador do projeto, Sérgio Ludtke, afirma que esse número pode ser ainda maior. “Ainda estamos desbravando os municípios. E se a gente pudesse contabilizar rádios comunitárias que produzem jornalismo, provavelmente o rádio ainda seria o principal meio de comunicação que atende às audiências locais no país”.

Mesmo com tanta capilaridade do rádio e da expansão de meios onl-ine, o país está longe de se livrar dos desertos de notícia: 14% da população brasileira ainda vive sem acesso à produção local de informações, o que corresponde a 29 milhões de pessoas. Elas vivem em mais da metade dos municípios do país – mais precisamente 53%.

Um dado ruim para o exercício da cidadania e para a democracia brasileira, segundo Ludtke: “O jornalismo é um pouco fiscal do poder. É importante que exista fiscalização das obras, do papel da prefeitura, do poder local, que se tragam diferentes visões sobre o que está acontecendo na cidade. Essa informação é importante para que as pessoas formem consciência e possam tomar decisões maduras, incluindo o voto. Isso faz com que o jornalismo local seja um pilar importante para a democracia”.

Para o pesquisador, a presença do jornalismo é ainda mais importante depois que as redes sociais se tornaram onipresentes na sociedade. “As redes sociais propiciaram um trânsito de informações enorme, mas elas não são apuradas com técnicas jornalísticas, que possam ter rigor e seguir requisitos éticos. É um palco de muita informação falsa, também”.

Ainda que exista jornalismo local no município, no entanto, não há garantia de informação plural. É o que lembra Luiz Artur Ferraretto. “No interior do Brasil, há uma realidade que nunca se alterou, que é a do coronelismo eletrônico. O dono da emissora ter relação com a política e usar a emissora para atender a seus interesses. E uma outorga pública deveria ser concedida pelo Estado em nome da sociedade. Ela é pública, independente de ser comercial ou não”.

Os quase desertos de notícias, onde há um ou dois veículos, correspondem a 26% dos municípios. Situação em que a pluralidade tem menos chance de estar presente. “Não é que a gente garanta que vai ter um número maior de veículos independentes, mas é mais esperado que, em um ambiente com mais diversidade, na equiparação desses veículos a gente pode ter visões diferentes”, explica Sérgio Ludtke.

Viabilidade financeira

A sustentabilidade e a independência dos meios de comunicação local são, para o coordenador do Atlas da Notícia, o grande desafio. “Um veículo local independente é um empreendimento heroico. É muito difícil. A gente tem cada vez menos recursos vindos de publicidade. A publicidade em pequenas cidades é mais rara. É mais difícil que esses veículos tenham assinantes, e os veículos abertos, como emissoras de rádio, são muito dependentes de publicidade. E a publicidade nessas cidades vêm sobretudo do poder público local”.

A professora Valci Zuculoto também elege a sustentabilidade financeira como a principal demanda a ser resolvida pelas rádios. “Nosso cenário de jornalismo sonoro é muito amplo e tem muitas possibilidades. Só falta a gente conseguir fazer com que essas emissoras possam sobreviver”.

Séries de reportagens

Em comemoração aos cem anos do rádio no Brasil, completados em 7 de setembro de 2022, a Agência Brasil publica váriase reportagens sobre as principais curiosidades históricas do rádio brasileiro. Veja as matérias já publicadas:

Cem anos do rádio no Brasil: o padre brasileiro que inventou o rádio

Cem anos do rádio no Brasil: Recife foi "berço", dizem pesquisadores

Cem anos do rádio no Brasil: das emissoras pioneiras até a Era de Ouro

Cem anos do rádio no Brasil: caráter educativo marca história da mídia

Cem anos do rádio no Brasil: o nascimento do radiojornalismo

Cem anos do rádio no Brasil: conheça a história do Repórter Esso

O centenário do rádio no país também será celebrado com ações multiplataforma em outros veículos da EBC, como a Radioagência Nacional e a Rádio MEC que transmitirá, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo para abordar diversos aspectos históricos relacionados ao veículo. A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. 

(Fonte: Agência Brasil)

O número de crianças e adolescentes do país com acesso à “internet” cresceu em 2021, apontou a pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), que foi divulgada nessa terça-feira (16), em São Paulo.

O estudo, conduzido pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), apontou que 93% das crianças e adolescentes do país entre 9 e 17 anos são usuárias de “internet”, o que corresponde a cerca de 22,3 milhões de pessoas conectadas nessa faixa etária. No entanto, esse acesso ainda revela desigualdades.

Em 2019, antes da pandemia de covid-19, 89% dessas crianças e adolescentes tinham acesso à “internet”. Dois anos depois, houve avanços, que foram principalmente percebidos entre as crianças e adolescentes da Região Nordeste: em 2019, 79% delas tinham acesso à “internet”, e esse número passou para 92% no ano passado. Também houve avanço nas áreas rurais, cujo acesso à “internet” passou de 75% para 90% nessa mesma comparação, e entre crianças de 9 a 10 anos, que saiu de 79% para 92%.

“Esse é um dado [93%] que a gente tem que comemorar, é uma população inserida em um ambiente, mas não podemos desconsiderar os 7% que não foram inseridos, o que representa quase 2 milhões de pessoas nessa faixa etária que não utilizam a internet. Os que não utilizam a internet sofrem muito a consequência desse avanço porque ficam ainda mais à margem. Além disso, temos que pensar que, entre os que são usuários, esse uso não é igual”, disse a coordenadora do estudo, Luísa Adib, durante a apresentação dos dados.

O celular é o dispositivo predominante entre as crianças e adolescentes para acesso à “internet” (93%), mas o estudo de 2021 também mostrou um crescimento significativo da televisão para essa utilidade (58%). Apesar disso, o uso de dispositivos como televisão, computador (44%) e videogame (19%) para acesso à “internet” ainda é pequeno e demonstra a desigualdade entre as classes sociais.

“Esse crescimento [na televisão como dispositivo para acessar a internet] foi maior entre as classes D e E mas, ainda assim, a diferença que a gente observa tanto para a televisão quanto para os demais dispositivos – com exceção do celular que é mais equilibrado – é que as classes A e B acessam a internet de uma variedade maior de dispositivos”, destacou Luísa.

“Mais de 50% dessa população [crianças e adolescentes] acessa a internet exclusivamente pelo telefone celular. E, nesse caso, a diferença de classes é bastante marcada. As classes D e E acessam exclusivamente pelo celular em proporções que são maiores do que as classes A e B, que também acessam pelos computadores”, disse Luísa.

Segundo o estudo, os celulares são a única ferramenta de conexão para 78% de crianças e adolescentes das classes D e E. Nas classes A e B, apenas 18% desse público faz uso exclusivo do celular para uso da “internet”.

Apoio emocional

O TIC Kids Online Brasil realizado no ano passado revelou ainda que um terço dos adolescentes entre 11 e 17 anos (cerca de 32% do total deles) já usou a “internet” para buscar apoio emocional. Esse hábito foi maior entre as meninas: 36% delas afirmam já ter recorrido a esse tipo de apoio on-line. No caso dos meninos, isso correspondeu a 29%. 

“É importante destacar que a busca emocional nesse caso está associada tanto a um canal de ajuda como a busca por um amigo ou um adulto, para dividir ou falar sobre alguma situação triste”, explicou Luísa.

O uso da rede para a procura de apoio emocional foi reportado por 46% dos que tinham entre 15 e 17 anos, 28% entre os com 13 e 14 anos e 15% por aqueles com idades de 11 a 12 anos.

Redes sociais

Entre crianças e adolescentes no país, o uso de redes sociais é uma das atividades on-line que mais cresceram. Em 2021, 78% dos usuários de “internet” com idades de 9 a 17 anos acessaram alguma rede social, um aumento de 10 pontos percentuais em relação a 2019 (68%). 

A proporção de usuários de “internet” de 9 a 17 anos que têm perfil no Instagram avançou de 45% em 2018 para 62% em 2021. E, pela primeira vez, o perfil no TikTok apareceu na pesquisa: 58% do público pesquisado declarou ter um perfil nessa rede de compartilhamento de vídeos curtíssimos, ficando à frente do Facebook, com 51%

Para a pesquisa, foram ouvidas 2.651 crianças e adolescentes de todo o país, com idades entre 9 e 17 anos. O estudo foi realizado entre outubro do ano passado e março deste ano. O TIC Kids Online Brasil é uma pesquisa feita anualmente desde 2012 e só não foi realizada em 2020 por causa da pandemia de covid-19.

(Fonte: Agência Brasil)

A terceira edição da Escolinha Gol de Placa, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado do Maranhão e pelas Drogarias Globo, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, completou dois meses de atividades no município de Bacabal (MA). O projeto atende 60 crianças entre 8 e 12 anos com treinos de futebol e atendimento pedagógico.

Os jovens atletas da Escolinha Gol de Placa participam de aulas teóricas e práticas voltadas para iniciação e treinamento no futebol, em atividades desenvolvidas por profissionais capacitados, que seguem uma metodologia especializada e pensada exclusivamente para as crianças do projeto. Fora dos gramados, os alunos da Gol de Placa também contam com acompanhamento escolar e pedagógico semanal, além de alimentação nos dias de treinos.

Vale ressaltar que todos os alunos da Escolinha Gol de Placa receberam um kit com o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas) para a prática das atividades, além de cadernos e garrafinhas de água individuais.

“É uma alegria imensa ver o desenvolvimento de mais uma edição da Escolinha Gol de Placa, com um envolvimento grande das crianças e de suas famílias, reforçando a importância desse projeto para toda a sociedade de Bacabal. A união do esporte com a educação é muito importante na construção de um mundo melhor. Mais uma vez, fica o nosso agradecimento ao governo do Estado e às Drogarias Globo por todo o apoio a essa iniciativa”, afirmou o coordenador da Escolinha Gol de Placa, Kléber Muniz.

Sobre a Escolinha Gol de Placa

A Escolinha Gol de Placa nasceu em dezembro de 2018, com o objetivo de atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social nas comunidades carentes de Bacabal por meio da prática do futebol. O esporte é importante como expressão de cultura e inclusão social, ajudando no desenvolvimento e transformação humana, além de proporcionar mais saúde e agregar valores para capacitar pessoas a ingressarem construtivamente na sociedade.

Todas as informações sobre a terceira edição da Escolinha Gol de Placa estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@goldeplacabacabal) no Instagram e no Facebook. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A nadadora Sofia Duailibe, de apenas 12 anos, teve uma participação de destaque nos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs) e mostrou mais uma vez por que é uma das principais promessas do esporte no Estado. Sofia, que representa o Colégio Literato, é atleta da Atlef/Nina e conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, e do Banco da Amazônia, conquistou quatro medalhas na competição de natação infantil dos JEMs, que teve suas provas realizadas na última quinta (11) e sexta-feira (12), na piscina no Nina, em São Luís.

Em dois dias de competição nos JEMs, Sofia Duailibe faturou a medalha de ouro nos 100m borboleta, garantiu a medalha de prata nos 50m peito e 200m medley, e ficou com a medalha de bronze na disputa dos 400m livre, registrando a sua melhor marca pessoal em todas as provas. Com esses resultados, Sofia garantiu a convocação para os Jogos Escolares Brasileiros (JEBs), que serão disputados no Rio de Janeiro.

Antes da participação nos JEMs, Sofia Duailibe representou o Colégio Literato nos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) e foi campeã nas provas dos 100m costas e 100m borboleta, além de ficar com o vice-campeonato na competição dos 400m livre.

Recentemente, Sofia Duailibe foi a campeã da categoria Petiz na prova dos 1.650m do tradicional Desafio do Cassó, no mês de julho, em Primeira Cruz (MA), conquistou três medalhas de ouro nas provas dos 200m medley, 400m livre e do revezamento 4x50m livre misto no Campeonato Maranhense de Natação de Inverno / Troféu Rodrigo Almeida, que ocorreu no início de julho, e sagrou-se campeã dos 1.500m e dos 2.500m na segunda etapa do Circuito Cearense de Águas Abertas, realizado no fim de junho, no Iate Clube, em Fortaleza (CE).

Sofia Duailibe também teve um grande desempenho na disputa do Festival Norte-Nordeste Mirim e Petiz de Natação – Troféu Pedro Nicolas Sena da Silva, realizado em maio, em São Luís, conquistando uma medalha de prata no revezamento 4x50m medley misto e cinco medalhas de bronze nas provas dos 50m costas, 100m costas, 100m livre, 200m livre e 400m livre. Já em abril, Sofia foi medalha de ouro na prova dos 400m livre do Torneio Nordestinho e campeã geral feminina nos 1.500m da primeira etapa do Circuito Cearense de Águas Abertas, na cidade de Fortaleza.

Temporada repleta de conquistas

Sofia Duailibe vive grande fase na temporada de 2022. Em março, a nadadora da Atlef/Nina faturou três medalhas de ouro nas provas dos 50m livre, 200m medley e 400m livre do Troféu João Victor Caldas do Norte, além de registrar o melhor índice técnico da competição na categoria Mirim/Petiz.

Pouco antes, em fevereiro, Sofia Duailibe conquistou quatro medalhas de ouro nas provas dos 50m costas, 100m medley, 200m livre e revezamento 4x50m misto livre do Torneio Início / Seletiva Escolar, organizado pela Federação Maranhense do Desporto Escolar (Femade).

A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e pelo Banco da Amazônia. Ela ainda conta com os apoios da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal do Maranhão (Apcef/MA) e do Colégio Literato. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A Escolinha Meninas do Futebol, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado do Maranhão e pela Construnorte Materiais de Construção, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, realizou, na manhã de sábado (12), o evento de encerramento da primeira edição do projeto na Associação Atlética Boa Vida, no Bairro Areal, na cidade de Bacabal. No último dia de atividades, as atletas da Escolinha participaram de um Torneio Interno, que contou com partidas emocionantes, belas jogadas e muita diversão.

Todas as atletas participantes do Torneio Interno da Escolinha Meninas do Futebol receberam medalhas pela participação no evento, e a melhor equipe da competição recebeu uma taça para comemorar a vitória. Também houve premiação para a melhor goleira, a melhor jogadora e a artilheira do Torneio Interno. Em seguida, as participantes do evento, ao lado de seus familiares e responsáveis, se confraternizaram em um coffee-break.

Durante a primeira edição da Escolinha Meninas do Futebol, que teve a duração de seis meses, 60 meninas carentes de Bacabal participaram de aulas teóricas e práticas, voltadas para iniciação e treinamento do esporte, em atividades desenvolvidas por profissionais capacitados, que seguiram uma metodologia especializada e pensada exclusivamente para as participantes do projeto. As alunas do projeto também contaram com acompanhamento escolar e pedagógico semanal, além de alimentação nos dias de treinos.

Vale destacar que todas as crianças e adolescentes beneficiadas pela Escolinha Meninas do Futebol receberam um kit com todo o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas) para participar dos treinos. Além disso, elas também ganharam cadernos e garrafinhas de água individuais.

“Estamos muito felizes com a realização de mais um Torneio Interno e com o sucesso dessa primeira edição da Escolinha Meninas do Futebol. As atletas agarraram a oportunidade, se dedicaram ao máximo, dentro e fora de campo, e mostraram que estão no caminho certo para se tornarem grandes cidadãs, capazes de fazer a diferença na nossa sociedade. Agradecemos ao governo do Maranhão e à Construnorte por todo o apoio nessa iniciativa tão importante para o município de Bacabal”, afirmou o coordenador da Escolinha Meninas do Futebol, Kléber Muniz.

Todas as informações sobre a primeira edição da Escolinha Meninas do Futebol estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@projetomeninasdofutebol) no Instagram e no Facebook.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Secretarias municipais de Educação e organizações da sociedade civil têm até as 18h do dia 2 de setembro para fazerem uma solicitação e receber, gratuitamente, 2 milhões de livros da campanha “Leia com uma criança”, do Itaú Social. As obras selecionadas para esta edição são De passinho em passinho: um livro para sonhar e dançar e A pescaria do curumim e outros poemas indígenas.

Somente organizações sociais e secretarias municipais de Educação podem pedir os livros, mas toda a sociedade pode fazer parte da mobilização indicando o programa para uma entidade elegível.

Serão priorizadas aquelas localizadas em municípios mais vulneráveis considerando parâmetros como grau de concentração de renda (Índice de Gini), Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), indicadores de pobreza e outros. É possível conferir mais informações e a lista de cidades prioritárias no regulamento oficial. As instituições podem solicitar um kit, que é composto por dois livros, para cada criança atendida ou matriculada. Também estarão disponíveis 14 títulos da estante digital e um acervo de 22 obras já distribuídas em anos anteriores em versões audiovisuais acessíveis voltadas para o público com deficiência, no site do programa.

A superintendente do Itaú Social, Angela Dannemann, ressaltou que o intuito do programa, criado em 2010, é estimular os adultos a lerem com as crianças como forma de fortalecimento dos vínculos afetivos e participação ativa na educação.

“E, diante dos desafios impostos pelo acirramento das desigualdades, reafirmamos o nosso compromisso com a equidade. Direcionamos os esforços da campanha para promover e democratizar o acesso à leitura literária de qualidade para famílias e crianças em situação de maior vulnerabilidade socioeconômica. Nossa intenção é que mais crianças ampliem seu repertório cultural usando a imaginação e a criatividade, enriquecendo e expandindo, assim, suas experiências com os outros e com elas mesmas”, disse.

Segundo o Itaú Cultural, os livros distribuídos em 2022 foram escolhidos por meio de edital com base em histórias que valorizassem pessoas e culturas negras e indígenas. “Essa seleção reconhece o potencial da literatura para contribuir com a diminuição das desigualdades e com a valorização das diferenças. Puderam participar editoras brasileiras, com prioridade para livros de autores ou ilustradores que se autodeclaram negros e/ou indígenas”.

O livro De passinho em passinho: um livro para sonhar e dançar (Editora Companhia das Letrinhas) tem ilustrações de Bruna Lubambo e texto de Otávio Júnior. Escritor, contador de histórias e produtor teatral, ficou conhecido por abrir a primeira biblioteca nas favelas do Complexo do Alemão e no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro. O livro traz danças e ritmos periféricos, protagonizados por crianças e jovens. A produção tem como pano de fundo uma pesquisa cuidadosa sobre o estilo funk e seus demais aspectos culturais no país.

Nos 12 poemas de A pescaria do curumim e outros poemas indígenas (Editora Panda Books), Tiago Hakiy, escritor descendente do povo Sateré Mawé, tece versos recheados de lembranças e afetos sobre um jeito de ser criança que tem muitas relações com a natureza. As coloridas ilustrações de Taísa Borges acrescentam riqueza ao universo retratado pelo escritor. Cores, peixes, pássaros, costumes e olhares sobre o dia a dia na floresta despertam conversas e a imaginação.

As duas obras podem ser solicitadas em braille e em fonte ampliada para crianças com deficiência visual, e em formato audiovisual com múltiplos recursos de acessibilidade, como Libras e audiodescrição. As versões audiovisuais acessíveis também podem ser encontradas on-line na página do programa.

Seleção dos livros 2023

Também estão abertas, até as 18h do dia 9 de setembro, as inscrições para o edital de seleção das duas obras de literatura para crianças que farão parte do kit do programa para distribuição em 2023. Serão selecionados livros de literatura sobre quaisquer temáticas, porém com recorte em relação à autoria, recebendo inscrições somente de livros de escritores e ilustradores de países latino-americanos nascidos e residentes. Cada editora pode inscrever até três títulos no edital. Todas as editoras brasileiras podem se inscrever, desde que não tenham sido escolhidas na última edição.

Os livros devem ser em prosa ou poesia, voltados a crianças de 0 a 6 anos e ter até 50 páginas. Serão aceitas obras já publicadas, lançamentos ou reedições. Está prevista a aquisição de até 2 milhões de exemplares de cada título selecionado. As editoras deverão ceder os direitos para a produção de até 15 mil livros em braille e em formato acessível.

Para realizar a inscrição, as editoras deverão preencher um formulário na Plataforma de Editais do Itaú Social e enviar um exemplar de cada livro para o endereço indicado no regulamento, via Correios. Serão considerados livros de autores do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

(Fonte: Agência Brasil)