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O Sampaio Corrêa está em mais uma final nacional. A equipe tricolor se classificou para a grande decisão da Etapa Final do Campeonato Brasileiro de Beach-Soccer ao derrotar o Anchieta (ES) por 8 a 6 no início da tarde deste sábado (21), na arena montada no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. O resultado positivo veio com uma atuação espetacular do time boliviano, principalmente no primeiro tempo, quando chegou a abrir 4 a 0. Na final do Campeonato Brasileiro, o Sampaio terá pela frente o Vasco da Gama (RJ). A partida decisiva começa às 14h30 e terá transmissão ao vivo do SporTV.

Sampaio avassalador

Diante do Anchieta, o Sampaio Corrêa começou em um ritmo alucinante. Sem dar espaços ao rival e mortal nos ataques, o time maranhense sobrou nos primeiros 12 minutos de partida. Datinha, Gerlan, Alisson e Tony marcaram para abrir 4 a 0 no placar. O Anchieta até que tentou descontar, mas esbarrava no goleiro Bobô que, com belas defesas, segurou o resultado.

O Anchieta começou o período seguinte pressionando. Jefinho, que havia entrado no lugar de Bobô, fez grandes defesas seguidas. No entanto, Jordan e Brendo conseguiram ir às redes: 4 a 2. No fim do segundo tempo, Igor ampliou para o Sampaio: 5 a 2.

Rumo à final

O último período começou com Datinha fazendo 6 a 2 para o Sampaio. A boa vantagem tricolor foi reduzida a apenas um gol após Bruno Xavier, duas vezes, e Léo Martins marcarem para o Anchieta. A partida ficou eletrizante e com chances de gol para os dois times.

No entanto, a equipe maranhense se impôs e, com gols de Igor e Datinha, o Sampaio fez 8 a 5. No fim, ainda deu tempo para Léo Martins fazer o sexto dos capixabas.

Com a vitória por 8 a 6, o Sampaio Corrêa manteve os 100% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro e se garantiu na final do torneio. Na decisão, o time maranhense enfrentará o Vasco, que bateu o Flamengo (RJ) por 7 a 6 na outra seminal. Assim como o Tricolor, os vascaínos chegam à decisão sem perder um jogo sequer no torneio.

Mais sobre o Sampaio Corrêa na Etapa Final do Campeonato Brasileiro de Beach-Soccer está disponível nas redes sociais da Federação Maranhense de Beach-Soccer (FMBS): @beachsoccerma.

Fotos:
Bruno Maia/NB Photopress

(Fonte: Assessoria de comunicação)

No Brasil, 28% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas na pré-escola estudam em estabelecimentos sem todos os itens de saneamento básico, ou seja, não têm acesso a, pelo menos, um desses serviços: água filtrada, esgotamento sanitário e coleta de lixo. Nas creches, 21% das crianças até os 3 anos de idade não têm acesso ao serviço básico. Os dados são do Observatório do Marco Legal da Primeira Infância (Observa).

A creche onde Lídia Rangel é diretora, em Mesquita, no Estado do Rio de Janeiro, é uma delas. “É muito difícil. Aqui na instituição, nós ficamos uma base de cinco dias sem água. Ontem que chegou a água para fazer alimentação, para poder dar banho, fazer a higiene pessoal”, disse. “As educadoras tiveram que trazer de casa a água. Eu precisei trazer o almoço já pronto para as crianças, e nós tivemos que avisar os pais que elas iam para casa sem banho”, contou.

Há duas semanas, as aulas presenciais foram retomadas na creche a pedido das famílias. Apenas os estudantes em situação mais vulnerável estão sendo atendidos, e o número de professoras também está reduzido, por causa da pandemia do novo coronavírus.

“Estamos aqui para ajudar as crianças. Elas vêm para serem alimentadas. Se eu mandar voltar por falta d'água, eu estou quebrando o serviço, e a criança fica prejudicada”, contou, ressaltando que os serviços de saneamento faltam não apenas na escola, mas em toda a comunidade e, muitas vezes, nas casas dos próprios alunos.

A falta de saneamento básico impacta diretamente a saúde e a qualidade de vida, que, pelo Marco Legal da Primeira Infância, Lei 13.257/2016, devem ser garantidas às crianças. Sem saneamento, tanto as crianças quanto o restante da população ficam mais expostas a doenças como hepatite A, verminoses, dengue e outras arboviroses e à própria covid-19, uma vez que uma das recomendações para evitar o contágio é lavar as mãos com frequência.

Se a falta de saúde, educação, saneamento básico e outros serviços tem consequências na vida de qualquer pessoa, na primeira infância, etapa que vai até os seis anos de idade, ela pode ser ainda mais grave, de acordo com a coordenadora técnica da plataforma Observa, Diana Barbosa.

“A gente está falando de uma etapa do desenvolvimento que abre uma série de possibilidades. É como se fosse uma janela de desenvolvimento para essa criança, em que ela tendo acesso aos estímulos adequados, tendo as condições econômicas adequadas, ela pode ter um avanço significativo no seu desenvolvimento”, explicou.

Desigualdade

Os dados da Observa mostram, ainda, que há desigualdades entre regiões do país, localização das escolas – se estão em áreas urbanas ou rurais –, e mesmo relativas à cor e raça dos estudantes.

A Região Norte tem a maior porcentagem de matrículas em escolas sem saneamento básico, 75% das crianças matriculadas em pré-escolas e 71% das matriculadas em creches não têm acesso a esses serviços. Na Região Sudeste, estão as menores porcentagens, apenas 6% das matrículas em pré-escolas e 5% em creches não têm acesso a saneamento básico. O levantamento considera as escolas que não têm, pelo menos, um dos itens de saneamento.

Em todo o país, 80% das matrículas em creches localizadas em áreas urbanas e 55% em creches de áreas rurais contam com todos os itens de saneamento. Entre as pré-escolas, essas porcentagens são 76% e 47%, respectivamente.

De acordo com o observatório, mais crianças negras estudam em áreas de maior vulnerabilidade do que crianças brancas. Faltam itens de saneamento básico nas creches onde estão matriculadas 27% das crianças negras e nas pré-escolas onde estão 34% delas. Entre as crianças brancas, esses percentuais são menores: 15% estão matriculadas em creches sem saneamento e 17% em pré-escolas sem esses serviços.

“O que a gente percebe hoje é que a gente ainda não consegue chegar. A gente avançou muito em vários aspectos, mas a gente não conseguiu chegar para essas múltiplas infâncias. Não existe uma primeira infância, existem várias. Uma criança negra que mora em uma região periférica vulnerabilizada socialmente vive uma realidade completamente diferente de uma criança branca em uma área mais privilegiada socioeconomicamente”, disse Diana.

As desigualdades existem também entre cidades dentro de um mesmo estado e entre bairros. De acordo com a secretária-executiva da Rede Primeira Infância de Pernambuco, Solidade Menezes Cordeiro, no Estado, a falta de saneamento básico é mais grave no interior do que na capital. Construção de cisternas, abastecimento por carro-pipa e o uso de poços artesianos fazem parte do cotidiano de parte da população de Pernambuco.

“Isso é imprescindível. Uma cidade com saneamento básico é o básico para que as crianças tenham dignidade”, opinou. “Nos bairros onde não há saneamento básico, os postos de saúde ficam superlotados de crianças alérgicas, de crianças com alta complexidade de verminoses e também com anemia, porque a alimentação não é digna”, complementou.

Em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, falta saneamento básico na escola onde Edileide de Lima é diretora. Lá, a água vem de uma cacimba, que é uma espécie de poço e, para os dejetos, é usado um sumidouro. Para beber, é preciso comprar água mineral. “Isso já é uma questão [no município] de antes da pandemia, é de anos, não é de agora. Precisa de uma pressão forte para mudar”, opinou.

Saneamento básico

A disponibilidade ou não de serviços de saneamento básico é uma questão que deverá ser levada em consideração na decisão pelo retorno ou não das aulas presenciais nas escolas, que seguem funcionando de maneira remota na maior parte do país por causa da pandemia. Principais responsáveis pela educação infantil, etapa que compreende a creche e a pré-escola, caberá aos novos gestores municipais eleitos este ano tomar essa decisão.

A eles caberá também adaptar os municípios ao novo Marco Legal do Saneamento, que prevê a universalização do acesso ao saneamento básico até 2033. Os novos prefeitos deverão atender às exigências da lei para acessar recursos para melhoria desses serviços, como participar de consórcios regionais com outras cidades na prestação dos serviços, aderir a uma agência reguladora e estabelecer novos mecanismos de cobrança.

“O desafio do saneamento é um desafio para as estruturas de educação, mas também é um desafio para além das estruturas de educação. Ao se falar de saneamento, a gente está pensando em estruturas da cidade como um todo. É essencial ter um saneamento adequado. A gente sabe que, no contexto da pandemia, o acesso ao saneamento é uma estrutura essencial para a população”, afirmou a também coordenadora técnica da Observa, Thaís Malheiros.

Na plataforma Observa, estão disponíveis também outros indicadores das áreas de educação, assistência social e saúde, além de outras informações relativas ao acompanhamento de políticas públicas voltadas a primeira infância.

A plataforma é uma realização da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI), formada por mais de 260 organizações de todas as regiões do país. A Andi – Comunicação e Direitos é responsável pela implementação do projeto, que conta também com a parceria da Fundação Bernard van Leer.

(Fonte: Agência Brasil)

A votação dos semifinalistas do Festival de Música da Rádio Nacional FM termina neste sábado (21), às 18h. A relação das 50 músicas que concorrem a uma vaga entre as 12 finalistas pode ser acessada pelo “site” da Rádio Nacional. Além de votar, também é possível ouvir e conhecer as composições concorrentes.

O espaço da música brasileira

A cantora, compositora e professora de canto Yara Gambirasio já participou três vezes do festival e, este ano, concorre novamente com a música “A Rosa de São João”. Para Yara, o festival é uma oportunidade de descobrir novos talentos, além de difundir mais a música brasileira.

“Com a globalização, a música internacional entrou muito na nossa cultura, e não que isso desqualifique a música brasileira, mas a impressão que a gente tem é que as composições brasileiras não aparecem muito. Daí a importância de um festival como esse”.

Ao longo de 12 anos, o festival já ajudou a projetar nomes importantes de Brasília no cenário nacional, entre instrumentistas, cantores, cantoras e compositores que se orgulham de suas premiações conquistadas e destacam as conquistas em suas biografias.

A edição deste ano teve recorde de votação e de músicas inscritas, 319 músicas, um nível elevado de qualidade e grande participação de novos artistas.

De acordo com o organizador do festival e gerente de Programação da Rádio Nacional, Carlos Senna, não foi fácil escolher as melhores músicas. “O trabalho de avaliação e seleção das músicas foi difícil, mas acho que conseguimos chegar a uma lista de finalistas que contempla a diversidade e a competência da produção musical de Brasília e do Entorno do DF”.

Próximas fases

As 12 finalistas serão anunciadas nesta segunda (23), a partir das 16h, no “site” e na programação da Rádio Nacional. A partir daí, já começa a votação da fase final que garante o prêmio de Música Mais Votada pela Internet.

Premiação

Nesta edição, são sete categorias de premiação: Melhor Música com Letra; Melhor Música Instrumental; Melhor Intérprete Vocal; Melhor Intérprete Instrumental; Melhor Letra; Melhor Arranjo e Música Mais Votada pela Internet.

Grande Prêmio

Além das premiações para os finalistas, o prêmio maior, de acordo com o organizador do festival, é a execução das músicas na rádio. Todos os 50 semifinalistas já ganham o direito de ter sua obra veiculada na programação da Rádio Nacional.

Presença “on-line”

Este ano, por causa da pandemia do novo coronavírus, o festival passou por adaptações como maior presença “on-line”. Além da inscrição e da votação, os participantes também puderam enviar vídeos com as músicas selecionadas.

Também está prevista uma transmissão ao vivo (“live”) com o resultado dos vencedores pelas redes sociais e pelo “site” da Rádio Nacional. E para evitar a aglomeração de pessoas, a tradicional festa do “show” da final não será realizada, as apresentações dos concorrentes serão gravadas para um programa especial do festival que será exibido pela TV Brasil.

Festival de Música Nacional FM 2019 - Marcello Casal Jr Agência Brasil

História

Tudo começou em 2009, no Teatro Silvio Barbato, onde também foram realizadas as edições de 2010 e de 2011. Com o sucesso de público e o aumento da participação de concorrentes, a festa passou pelo Teatro Garagem do Sesc (2012), pelo Teatro do CCBB (2013) e pelo Cine Brasília (2014), até chegar ao Teatro da Caixa Cultura, onde o festival é realizado desde 2015.

Ao longo dessas 12 edições, foram mais de 4 mil músicas inscritas, milhares de execuções das músicas classificadas na programação da Nacional FM, acessos e votações recordes no “site” do festival, programas especiais apresentados pela TV Brasil, lançamentos de CDs com as músicas finalistas e a participação vibrante de torcidas nos “shows” das finais.

(Fonte: Agência Brasil)

Três vitórias em três jogos. Com uma campanha perfeita na fase de classificação, o Sampaio Corrêa está nas semifinais da Etapa Final do Campeonato Brasileiro de Beach-Soccer, competição que está sendo realizada esta semana, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Na tarde desta sexta-feira (20), o time maranhense mostrou toda a sua força ao golear o Flamengo (RJ) por 5 a 2. O grande triunfo garante ao Sampaio a primeira colocação de sua chave. Neste sábado (21), a Bolívia Querida disputa as semifinais do torneio nacional.

Para superar a forte equipe do Flamengo, o Sampaio contou com uma atuação incrível de Datinha. O camisa 10 mostrou o porquê é considerado um dos melhores jogadores de beach-soccer da atualidade. O maranhense brilhou com três gols marcados e foi decisivo.

Renan e Alisson também foram às redes e ajudaram o time tricolor a construir a vitória por 5 a 2. Pelo lado rubro-negro, o destaque foi Thanger, autor de dois gols, que não foram suficientes para evitar o revés dos cariocas.

Amanhã (21), o Sampaio volta à quadra montada no Parque Olímpico da Barra ao meio-dia para a disputa da segunda semifinal. A partida terá transmissão ao vivo do SporTV.

Mais sobre o Sampaio Corrêa na Etapa Final do Campeonato Brasileiro de Beach-Soccer está disponível nas redes sociais da Federação Maranhense de Beach Soccer (FMBS): @beachsoccerma.

Fotos:
Nelson Malfacini/NB Photopress

(Fonte: Assessoria de comunicação)

A universitária Luiza Ventura Lima, de Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense, aguarda o término deste semestre para se formar em Jornalismo no Centro Universitário Carioca, uma universidade privada que funciona no Bairro do Méier, subúrbio do Rio de Janeiro.

Luíza é negra, seus pais não têm curso superior, assim como os seus avós. Quase com o diploma na mão, ela se recorda do primeiro dia de aula. “Assim que eu cheguei na faculdade, minha turma tinha uns setenta alunos. De negro, tinha eu e mais duas pessoas”, recorda.

Em quatro anos na faculdade, Luiza não teve nenhum professor negro, mas lembra-se de ser atendida por funcionários pretos ou pardos administrativos e da inspetoria, além dos faxineiros da faculdade. “É uma coisa para parar e pensar”, comenta a formanda. Ela vai concluir o curso aos 21 anos, dentro da faixa etária esperada para alunos que não entraram com defasagem de idade e série no curso superior, nem tiveram que trancar algum semestre já na faculdade.

Segundo a pesquisadora Tatiana Dias Silva, autora de estudo sobre ação afirmativa e população negra na educação superior, publicado, em agosto, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 36% dos jovens brancos naquela faixa etária estão estudando ou terminaram sua graduação. Entre pretos e pardos, esse percentual cai pela metade: 18%. A Meta 12 do Plano Nacional de Educação (Lei nº 13.005/2014) prevê que, até 2024, 33% da população de 18 a 24 anos estejam cursando ou concluindo a universidade.

A preocupação da especialista é que a desigualdade persista por muito tempo e afete o desenvolvimento do país. “Como sociedade, isso é inadmissível. Se a questão racial é um elemento estruturante, ele precisa ser enfrentado. Como a gente pode pensar o projeto de desenvolvimento do país que não incorpora esse desenvolvimento para todos os grupos?”, pergunta em entrevista à Agência Brasil.

A partir da base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo de Tatiana Silva contabiliza que, em 2017, 22,9% de pessoas brancas com mais de 25 anos tinham curso superior completo. A proporção de negros com a mesma escolaridade era de 9,3%.

Aumento de 400%

Outro levantamento, também a partir dos dados do IBGE, feito pelo “site” Quero Bolsa, informa que – entre 2010 e 2019 – o número de alunos negros no ensino superior cresceu quase 400%. Os negros chegaram a 38,15% do total de matriculados, percentual ainda abaixo de sua representatividade no conjunto da população – 56%.

O “site” ainda verifica que, em alguns cursos, a presença de negros não chega a 30%. Esses são os casos de Medicina, Design Gráfico, Publicidade e Propaganda, relações internacionais e Engenharia Química.

Lucas Gomes, diretor de Ensino Superior do Quero Bolsa, assinala a importância da política de cotas (Lei nº 12.711/2012), do acesso a programas de financiamento (Programa Universidade Para Todos, o Prouni, e o Programa de Financiamento Estudantil, Fies) e da educação a distância para o crescimento do número de universitários negros na última década. Ele é otimista. “A tendência é que, nas próximas gerações, isso se torne mais perto da realidade”, prevê.

Fora dos cargos de liderança

O diretor assinala, no entanto, que, além de formar mais pessoas negras, é preciso que, após a universidade, o mercado de trabalho contrate mais pretos e pardos. “Ainda temos um abismo de contratação entre pessoas brancas e negras”, alerta. “O último levantamento que o Quero Bolsa realizou, com dados do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados], indica que apenas dois de cada dez profissionais em cargos de liderança em empresas privadas eram negros, em 2018”.

“Nos primeiros seis meses deste ano, de 42 mil vagas de liderança abertas em empresas privadas, apenas 23,7% foram ocupadas por homens e mulheres negros. O restante foi ocupado por brancos, outras etnias ou que não declararam cor", acrescenta Lucas Gomes.

O especialista em diversidade Carlos Paes acrescenta que a evolução no mercado de trabalho ainda tem mais obstáculos para as pessoas negras. “Criamos outras barreiras além da formação em curso superior, como falar outro idioma (inglês)”. Para ele, a ocupação de bons postos de trabalho não aumentou na mesma proporção. “Ainda estamos vendo pessoas negras e pobres em empregos que não correspondem à sua formação”, lamenta.

Efeito simbólico

O ingresso em melhores empregos impacta na renda, na possibilidade de ascensão social e, para muitos, no ingresso na classe média. O aumento de “status” ainda tem efeito simbólico e duradouro: abre novas perspectivas para crianças negras e amplia a visão de mundo de crianças não negras, como salienta Janine Rodrigues, educadora, escritora e fundadora da Piraporiando, que trabalha com educação para a diversidade.

“É importante”, acredita, porque mostra a possibilidade de pretos e pardos ocuparem todos os espaços sociais. Segundo a educadora, “quando as crianças veem os negros em todos os lugares da sociedade, elas também constroem a percepção de poder”.

Janine Rodrigues aponta que o racismo institucional e nas interações sociais tem efeitos perversos. “Dia desses, um pai me disse que seu filho foi racista com uma coleguinha. Mas que ele, como pai, não sabia o que dizer, pois o filho só tinha cinco anos e, falar de racismo com uma criança de cinco anos era algo muito forte” segundo ele.

“Ora, se o filho de cinco anos não pode ouvir sobre o racismo, a coleguinha da mesma idade é obrigada a sofrer racismo e ter maturidade? Perguntei. É isso o que o racismo faz. Desumaniza”.

Para a educadora, outro efeito do racismo é limitar conhecimento, diminuir repertórios e alimentar a exclusão social. “Nossa academia, nossas escolas, nosso olhar sobre a cultura (ou a hierarquização dela) ainda têm uma visão eurocentrada. Então, o que representa o negro, a cultura negra, não está dentro. A sociedade está sempre falando de nós como 'os outros'. Tudo isso reflete nas percepções das crianças negras”, alerta.

(Fonte: Agência Brasil)

Nascido em Salvador, em 1830, filho de uma africana livre e de um português, Luiz Gama foi vendido, ainda criança, pelo pai, como pagamento de uma dívida de jogo, e enviado a São Paulo como escravo. Foi alfabetizado apenas aos 17 anos, um ano antes de conseguir, judicialmente, a própria liberdade.

Por ser negro, foi impedido de frequentar o curso da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, a mais antiga instituição do gênero no país. Determinado, o baiano passou a estudar direito de forma autodidata e atuou na prática como advogado, libertando mais de 500 negros da escravidão. Em 2015, 133 anos após a sua morte, foi reconhecido pela OAB como advogado e, em 2018, foi declarado por lei como patrono da abolição da escravidão no Brasil, além de ter o nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria.

O abolicionista, que também foi jornalista e poeta, é tema do estudo de Ligia Fonseca Ferreira, professora da Unifesp que pesquisa a vida e obra de Luiz Gama há cerca de 20 anos e publicou três livros sobre ele. O último, “Lições de Resistência: Artigos de Luiz Gama na Imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro”, foi lançado neste ano.

Em entrevista exclusiva à TV Brasil, a pesquisadora fala sobre o papel importante de Luiz Gama no movimento abolicionista, de sua atuação relevante na imprensa e também no campo literário.

Leia a entrevista a seguir:

Professora Ligia Fonseca Ferreira publicou três livros sobre Luiz Gama - Arquivo pessoal

TV Brasil
Neste livro, que traz 61 artigos de Luiz Gama, 42 deles inéditos, quais são as lições de resistência que o leitor vai encontrar?
Ligia Fonseca Ferreira
Essas lições de resistência são, em primeiro lugar, a defesa dos escravizados, a defesa dos direitos humanos, sobretudo o direito dos escravos que já existia, já estava, inclusive, assegurado pelas nossas leis, mas que, muitas vezes, não era respeitado. Ele conseguiu desenterrar leis que ficaram como letra morta, como a lei de 7 de novembro de 1831, que deveria garantir que os africanos que desembarcassem no Brasil a partir daquela data deveriam ser considerados livres e que os traficantes de escravos deveriam sofrer penalidades. Então, de 1831 até 1888, quando houve a abolição, são 57 anos. Mas o Luiz Gama vai fazer com que essas leis possam ser aplicadas antes da abolição. Ele diz que a função dos juízes é de estudar e aplicar as leis, e ele vai bater, insistentemente, nessa tecla, e é, a partir disso, portanto, que ele alcança, como declara numa carta, a liberdade de cerca de 500 escravos.

TV Brasil
Mesmo sem formação acadêmica, Luiz Gama demonstrava muito conhecimento jurídico e advogava de graça para libertar os escravizados?
Ligia Fonseca Ferreira
Ele traz à tona essa condição muito singular de ser um homem de uma imensa cultura jurídica e de aplicá-la em benefício dos escravizados. Ele tinha uma autorização especial para advogar em primeira instância e fazia anúncios a serviço das causas da liberdade, tudo sem retribuição alguma. Ele abraça a causa abolicionista e também foi um dos primeiros brasileiros a abraçar a causa republicana. Para Luiz Gama, a luta abolicionista também se desdobrava na luta pelos ideais republicanos, no combate à monarquia. Então, a gente não pode se esquecer desse papel muito importante que ele vai ter nesse momento.

TV Brasil
Luiz Gama advogava de graça e tinha como ganha-pão o trabalho de jornalista. Inclusive fundou o primeiro jornal ilustrado de São Paulo, chamado “Diabo Coxo”. De que forma as facetas de abolicionista e jornalista se uniam?
Ligia Fonseca Ferreira
O Luiz Gama é esse trabalhador incansável do jornalismo que nós também precisamos conhecer. Além do abolicionista, que se funde com esse homem que está olhando para o Brasil e mostrando um retrato a partir de uma perspectiva diferente, que a sua condição de homem negro lhe dava. No ano de 1871, quando Luiz Gama é acusado de promover insurreições escravas, ele vem a público através da imprensa, que era uma arma importante para ele, dizer que não estava promovendo insurreições, mas que, quando a Justiça falhasse em garantir o direito dos escravos, ele fala que promoveria a resistência como virtude cívica.

TV Brasil
E além de atuar como abolicionista e jornalista, Luiz Gama também foi poeta e lançou o primeiro livro apenas 12 anos depois de ser alfabetizado?
Ligia Fonseca Ferreira
Estamos falando aqui do século XIX, em que pouquíssimos negros estiveram ligados ao mundo das letras, à produção literária, que é outro aspecto no qual ele se destaca. Ele lança as “Primeiras Trovas Burlescas” em 1859. É um conjunto de sátiras políticas, sociais e raciais, nas quais o Luiz Gama faz uma grande descrição do funcionamento da sociedade imperial da época. Se a gente ler a maneira como ele aponta o funcionamento da sociedade em vários níveis, a gente tem a impressão de que o Luiz Gama está fazendo um retrato da nossa sociedade de hoje. É isso que garante a sua extrema atualidade. E ele também escreve poemas líricos. É o primeiro poeta afro-brasileiro, porque ele era filho de uma africana, a ter louvado a mulher negra. Então, ele já tem um papel bastante interessante dentro de uma produção que mais tarde a gente vai poder chamar de literatura negra, trazendo essa temática.

TV Brasil
Nesses 190 anos do nascimento de Luiz Gama, ainda falta reconhecimento para a obra dele?
Ligia Fonseca Ferreira
Ele deveria estar presente na história da literatura, do período romântico; na história do Brasil, especialmente das lutas abolicionistas e da campanha republicana; ele deveria estar na história das ideias jurídicas, e ele deveria estar na história da imprensa, pelo papel que desempenhou e que agora uma parte está reunida no livro “Lições de Resistência”, em artigos que tratam sobre escravidão, liberdade, república e direitos humanos.

(Fonte: Agência Brasil)

O Senado aprovou, nessa quinta-feira (19), o Projeto de Lei (PL) 6.549/2019, que incentiva a chamada Internet das Coisas. Esse projeto reduz a zero as taxas de fiscalização de instalação e as taxas de fiscalização de funcionamento dos sistemas de comunicação máquina a máquina. A isenção tem prazo de cinco anos. O projeto também dispensa a licença para esses equipamentos funcionarem. O texto segue para sanção presidencial.

O termo Internet das Coisas vem ganhando visibilidade na sociedade. As coisas, neste caso, são todo tipo de equipamento que pode ser conectado de distintas formas, de um caminhão para acompanhamento do deslocamento de frotas de transporte de produtos a microssensores que monitoram o estado de pacientes a distância em hospitais ou fora deles.

Na Internet das Coisas, novas aplicações permitem o uso coordenado e inteligente de aparelhos para controlar diversas atividades, do monitoramento com câmeras e sensores até a gestão de espaços e de processos produtivos. Essa utilização de redes por dispositivos, sem intervenção humana, que trocam dados entre si é o chamado sistema máquina a máquina.

Em seu parecer, o relator do PL, senador Izalci Lucas (PSDB-DF), afirmou que o projeto estimulará aumentos de produtividade. “Julgo inadequado que se exija o licenciamento prévio e que se tribute essa tecnologia da mesma forma que se fez com os tradicionais serviços de telecomunicações. A Internet das Coisas deverá ser ainda mais impactante para a economia do que foi a introdução da telefonia móvel celular, que transformou a maneira como as pessoas se comunicam diariamente”, argumenta Lucas no relatório.

(Fonte: Agência Brasil)

Os vencedores da edição “on-line” dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) na modalidade xadrez foram finalmente conhecidos. A definição dos medalhistas ocorreu durante o último fim de semana depois de partidas de alto nível técnico e bastante equilibradas. Ao todo, a competição de xadrez foi realizada em quatro categorias: Pré-Infantil Masculino, Infantil Masculino, Infantil Feminino e Infanto Feminino.

Nos torneios masculinos, o Patronato São José de Ribamar levou a melhor e garantiu duas medalhas de ouro. Na categoria Pré-Infantil, Ulisses de Souza foi o campeão e, no Infantil, Sebastião Kauã foi o grande destaque e garantiu o lugar mais alto do pódio.

Já nas disputas do feminino, Sara Goes, do COC São Luís, sagrou-se campeã. Enquanto isso, no Infantil, o título ficou com Yrlana Bezerra, do Colégio Leonel Amorim. Suzane Waleska e Ana Cecília, ambas do Colégio Batista, completaram o pódio e levaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente.

Os Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) é uma competição promovida pela Prefeitura de São Luís por meio da Secretaria Municipal de Desportos e Lazer (Semdel), cuja execução é de responsabilidade da Federação Maranhense Desporto Escolar (Femade). Neste ano, excepcionalmente, o evento esportivo está sendo virtual e conta com disputas nas seguintes modalidades: capoeira, futsal, ginástica rítmica, judô, caratê, surfe, tae-kwon-do e xadrez.

Informações sobre os Jogos Escolares Ludovicenses assim como os detalhes de como estão sendo realizadas as competições esportivas de forma “on-line” estão disponíveis no “site” oficial do evento (http://femade.cbde.org.br/) e nas redes sociais (@femadeoficial). Quem preferir, pode entrar em contato com a organização dos JELs pelos telefones (98) 98895-8474 ou (98)98329-2709.

RESULTADOS DO XADREZ
INFANTO FEMININO
1. Sara Goes (COC São Luís)

INFANTIL FEMININO
1. Yrlana Bezerra (Colégio Leonel Amorim)
2. Suzane Waleska (Colégio Batista)
3. Ana Cecília (Colégio Batista)

PRÉ-INFANTIL MASCULINO
1. Ulisses de Souza (Patronato São José de Ribamar)
2. João Marcelo (Colégio Batista Ludovicense)
3. Henrique Haiashi (Escola São José)

INFANTIL MASCULINO
1. Sebastião Kauã (Patronato São José de Ribamar)
2. Luiz Augusto (C.E. Estado do Mato Grosso)
3. João Pedro (Colégio Batista)

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(Fonte: Assessoria de comunicação)

O Sampaio Corrêa continua muito bem na Etapa Final do Campeonato Brasileiro de Beach-Soccer, competição que está sendo realizada esta semana, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Na tarde desta quinta-feira (19), em jogo válido pela segunda rodada do torneio nacional, o time tricolor derrotou o Murici (AL) por 6 a 3, manteve os 100% de aproveitamento e, de quebra, se classificou para as semifinais.

Os gols do time maranhense foram marcados por Datinha (2), Edinho, Alisson, Denner e Gerlan. Pela equipe alagoana, Anderson e Juninho Alagoano (2) foram às redes, mas não evitaram a segunda derrota consecutiva do Murici.

“Foi um jogo muito complicado. O Murici tem jogadores de alto nível e jogaram bem. Agora, é hora de descansar porque, nesta sexta-feira, teremos mais uma batalha pela frente”, disse o técnico tricolor, Jacques Sousa.

Nesta sexta-feira (20), às 15h, o Sampaio volta à quadra para enfrentar o Flamengo (RJ). O duelo terá transmissão ao vivo do SporTV e decidirá a liderança da chave. As semifinais do Campeonato Brasileiro ocorrerão no sábado pela manhã.

O jogo

Contra o Murici, o Sampaio não começou bem. Logo no início do jogo, Juninho Alagoano abriu o marcador para a equipe alagoana. Em desvantagem, o time tricolor pressionou em busca do gol de empate. E a igualdade não demorou a acontecer: Edinho foi às redes e fez 1 a 1. Ainda no primeiro tempo, Datinha marcou o segundo gol: 2 a 1.

No segundo período, apesar do equilíbrio em quadra, o Sampaio foi cirúrgico. Alisson marcou o terceiro gol do time boliviano e ampliou a vantagem: 3 a 1.

No terceiro tempo, a equipe tricolor se impôs e chegou à goleada. Datinha, Denner e Gerlan marcaram para o Sampaio, enquanto que Juninho Alagoano e Anderson descontaram para o Murici. No fim, vitória tricolor por 6 a 3.

Mais sobre o Sampaio Corrêa na Etapa Final do Campeonato Brasileiro de Beach-Soccer está disponível nas redes sociais da Federação Maranhense de Beach Soccer (FMBS): @beachsoccerma.

Fotos: Nilton Brito/NB Photopress

(Fonte: Assessoria de comunicação)

A Advocacia Geral da União divulgou na noite dessa quarta-feira (18), em suas redes sociais, que garantiu, no Supremo Tribunal Federal (STF), que o programa “Voz do Brasil”, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), volte a ser veiculado em horário nobre nas rádios brasileiras.

Segundo a AGU, a motivação da veiculação em horário fixo é "para que as informações de interesse público cheguem ao maior número de brasileiros possível".

Em 2018, foi sancionada a lei que flexibilizou o horário do programa, que, até então, era transmitido pelas emissoras, obrigatoriamente, das 19h às 20h. Em agosto deste ano, o governo federal regulamentou as obrigações das rádios na retransmissão obrigatória do programa, que, via de regra, deve ter início entre as 19h e as 21h, no horário de Brasília.

No dia 23 de outubro, o Ministério das Comunicações publicou, no “Diário Oficial da União”, uma portaria em que estabeleceu as condições, critérios e procedimentos para flexibilização de horário ou dispensa da retransmissão obrigatória do programa “A Voz do Brasil” pelas emissoras de radiodifusão sonora. Na última terça-feira (17), foi publicada uma portaria que autoriza a flexibilização do horário de retransmissão do programa além dos horários originalmente previstos no caso de emissoras que desejarem transmitir jogos de futebol da Seleção Brasileira.

(Fonte: Agência Brasil)