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O xokleng é uma língua falada apenas por uma comunidade indígena no Vale do Alto Itajaí, na região central de Santa Catarina, onde vivem mais de 2 mil pessoas. Boa parte das 170 línguas indígenas existentes no Brasil corre o risco de desaparecer. Por isso, desde a década de 1990, o linguista Namblá Gakran tem trabalhado para resgatar e manter vivo o idioma nativo. “Eu não sonhei em ser linguista, mas hoje eu sou”, diz o indígena sobre como se tornou um especialista durante a luta pela preservação da cultura do seu povo.

Gakran leciona em escolas indígenas da região e já formou duas turmas de licenciatura intercultural, para que também possam dar aulas e repassar os conhecimentos. A pandemia de covid-19 impediu a continuidade do curso neste ano. No entanto, o isolamento, devido à crise sanitária, também abriu a porta para uma pequena iniciativa de difusão da língua nativa.

WhatsApp

Desde o ano passado, a comunidade, que vive em áreas distantes fisicamente, se aproximou por meio de um grupo de WhatsApp onde compartilha seu dia a dia. Até indígenas que estão fora das aldeias, nas cidades, usam o canal para se comunicar com os que ainda vivem no território tradicional. A única diferença dos outros grupos de família e amigos da rede de comunicação é que nesse só é permitido se comunicar em xokleng. “Não se pode falar em português”, afirma Gakran.

Assim, as pessoas com menos conhecimento têm a oportunidade de praticar o idioma, especialmente em texto, com aqueles que têm maior domínio. “As pessoas que falam mais ou menos a língua entram no grupo e ali começam a aprender” explica o professor. Além dos fatos do dia a dia, como uma pescaria ou uma boa caça, o grupo, aos poucos, vai se tornando espaço para compartilhar as histórias tradicionais. “Quando surge uma oportunidade, nós contamos uma história do passado”, diz.

Importância da escrita

Reforçar a escrita do xokleng é um dos trabalhos que Gakran desenvolve ao longo dos últimos anos e considera fundamental para evitar que o idioma se perca. “O que falta é registro dessa língua. Não adianta só falarmos verbalmente, mas é preciso que a comunidade também possa manusear esse material”, defende, ao destacar a importância de publicações no idioma.

Foi justamente esse trabalho de registro que levou Gakran a se tornar doutor em linguística. Ele conta que, há mais de 30 anos, começou a gravar as histórias da comunidade, contadas pelos anciãos, em parceria com um pesquisador norte-americano. À época, a comunidade vivia um processo de afastamento da língua, impulsionado pela chegada de muitos não indígenas, com a construção da Barragem Norte no Rio Itajaí.

Hoje, ele avalia que o esforço de resgate da língua já apresenta bons resultados. “Antes, só tínhamos falantes mais velhos da língua materna. Hoje, temos crianças monolíngues na língua xokleng”, comenta. Agora, ele busca parcerias com entidades ou empresas que ajudem a financiar publicações no idioma nativo. Segundo o professor, até mesmo o material didático para o ensino é escasso. “A gente busca parcerias com empresas e organizações para que possamos fazer um projeto que venha produzir material dessa língua”, ressalta.

Histórias ao redor do fogo

Em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, o cineasta Ariel Ortega trabalha justamente na perspectiva de resgatar a tradição oral do povo guarani mbya, muito mais numeroso e com uma língua falada em vários Estados brasileiros. “De manhã, quando a gente acordava, e todos os saberes do dia a dia eram contados ao redor do fogo, tinha que prestar atenção”, lembra sobre uma tradição que perdeu força com a chegada de novas atividades, como as escolas.

Em 2007, Ortega enxergou a oportunidade de fazer as rodas de histórias, com mitos e fatos passados da comunidade, presentes novamente. “Com a chegada da tecnologia, quando a gente teve o acesso às câmeras de filmar, fomos aprendendo que poderíamos usar essas tecnologias para resgatar histórias antigas, mitologias, conversando e registrando essas falas dos mais velhos”, conta.

No início, houve desconfiança, e o cineasta precisou convencer aos poucos a comunidade. “No começo, os mais velhos principalmente tinham certo cuidado para não falar muito. Muitos não queriam ser gravados”, lembra. Mas Ortega insistiu na necessidade de que os conhecimentos ancestrais fossem registrados. “Fui explicando muito bem a importância desse registro. Falei que muito dos nossos saberes e conhecimentos foram se perdendo porque a gente não tinha acesso a essas tecnologias”.

Desde então, Ortega já produziu cinco filmes, mesmo com dificuldades, como a falta de recursos. “A gente faz sem grana mesmo”, diz o artista que teve as produções exibidas em diversos festivais no Brasil e no exterior.

Mesmo sendo um defensor do uso da tecnologia, Ortega diz que tenta alertar os mais jovens para os perigos dos novos aparelhos que chegam com força às aldeias. “A tecnologia de celular tem muitas coisas boas. Mas ele tira uma coisa muito sagrada: a conexão com o que é real, com a natureza. Você ir pescar no rio, ver as estrelas à noite. Você não está mais ouvindo os pássaros cantarem. Você para de ir à casa de reza, para de meditar, porque foca horas no YouTube, nas redes sociais”.

(Fonte: Agência Brasil)

O pequeno helicóptero espacial Ingenuity, da agência espacial norte-americana, a Nasa, subiu aos céus de Marte às 11h50 (horário de Lisboa). A manobra era esperada com grande expectativa pelos controladores da missão, devido à fina atmosfera marciana.

Os primeiros dados recebidos informavam que tudo ocorreu como previsto e pouco depois chegou a confirmação de que o teste foi executado com perfeição.

As imagens transmitidas pela Nasa mostram a equipe comemorando, depois de terem recebido as primeiras informações e um pequeno vídeo, registrado pelo rover Preserverance, revelando o pequeno voo do Ingenuity.

De acordo como a equipe da Nasa, o helicóptero fez um curto voo vertical e subiu a uma velocidade de 28 metros.

Uma entrevista coletiva dos controladores da missão está prevista para as 15h, quando eles darão mais detalhes sobre o voo teste.

(Fonte: Agência Brasil)

A ceramista pernambucana Socorro Rodrigues (foto destaque), 66 anos, completados na última quarta-feira (14), carrega a tradição da arte popular da família. O interesse pelos trabalhos feitos do barro veio de acompanhar o pai Zé Caboclo, um dos primeiros seguidores de Mestre Vitalino, um símbolo dessa cultura popular no Alto do Moura, em Caruaru, Pernambuco. Socorro começou a esculpir pequenas peças de brinquedos já aos seis anos e aos nove fazia peças para vender. Toda essa experiência de vida, Socorro vai contar no encontro virtual que o Museu do Pontal, do Rio de Janeiro, vai fazer nesta segunda-feira (19), às 17h.

A arte popular, no Alto do Moura, começou como uma tradição masculina a partir da obra do Mestre Vitalino, seguido por nomes como o pai de Socorro, por Manuel Eudócio e por Manuel Galdino, entre outros. As gerações seguintes começaram a mudar este comportamento, e as mulheres passaram a ser reconhecidas como artistas e ceramistas.

A proximidade da participação do encontro virtual, que ela vê como mais um incentivo para tornar a sua arte conhecida, a deixou ansiosa. “Com esses tempos difíceis e a situação toda que está o nosso país, mas que se Deus quiser vai passar, né? Aí é muito importante. É mais uma divulgação para a gente poder vender. A pessoa fica mais conhecida, como eu estou vendendo na internet”, informou, à Agência Brasil, acrescentando que o seu site foi feito pela neta.

Preservação

Na região do Vale do Jequitinhonha, em Minas, foram as mulheres que começaram a tradição de arte cerâmica, como dona Isabel Mendes da Cunha, da comunidade Santana do Araçuaí; e Noemisa, de Caraí; entre outras. Há cerca de 20 anos, o fotógrafo mineiro Lori Figueiró tem feito registros de benzedeiras e parteiras, como forma de preservar a cultura popular da região. Nesse tempo, tem encontrado muitas histórias, como a da dona Generina Isidório da Silva, uma benzedeira de 106 anos, que está completamente lúcida e tem tataranetos. Lori contou que a conhece há mais de 10 anos e, durante esse tempo, vem fazendo registros fotográficos dela, de Blandina Silva Souza, mais conhecida como dona Baranda, que tem mais de 90 anos e não é possível precisar a idade porque perdeu os documentos e de Vera Lúcia Marques de 72 anos. Todas as três moram em Araçuaí, no médio Jequitinhonha. “Eu venho fotografando constantemente com a ideia de fazer um livro em homenagem a essas três benzedeiras. Nenhuma delas está deixando seguidores. As três lamentam”, completou Lori à reportagem da Agência.

Tantos registros depois de várias manifestações artísticas, pela primeira vez Lori vai participar de uma live. Embora seja sobre um assunto que conhece bastante, está com grande expectativa e com certa ansiedade para falar dos conhecedores tradicionais, como costuma chamar os artistas, especialmente, da região do alto e do médio Vale do Jequitinhonha. “Eu registro benzedeiras, parteiras, artesãos de um modo geral, os grupos de congado, tambozeiros de Nossa Senhora do Rosário, as pessoas que ainda fazem os saberes mais tradicionais mesmo, a farinha de mandioca, a rapadura. Trabalho com essas pessoas”, disse.

Para Lori Figueiró, parte do trabalho que faz é o registro do fim de uma era, uma vez que alguns ofícios não estão sendo repassados para novas gerações, como é o caso de quem produz a farinha e a mandioca pelos métodos tradicionais. “Os mais jovens não querem mais este tipo de trabalho ou esse tipo de ofício”, observou.

Essa situação, conforme o fotógrafo, muda um pouco quando a manifestação cultural é mais relacionada à cerâmica e às esculturas em madeira. “Acredito que isso vai perdurar um pouco mais, mas as benzedeiras, as pessoas que fazem algum tipo de culinária, isso vem se perdendo muito. Os jovens não querem muito, e os pais e avós não estão conseguindo repassar”, completou, destacando que uma das razões é o maior interesse pelas redes sociais.

Segundo o fotógrafo, em 2011, quando fez um trabalho em Jenipapo de Minas, a associação das tecelãs do local tinha em torno de 60 mulheres e, hoje, está praticamente fechada. Na mesma época, a associação de tecelãs da cidade Berilo tinha 120 pessoas e, agora, em torno de sete pessoas entre homens e mulheres trabalhando no tear. “Isso vem se perdendo”, completou.

“Embora eu fale que venho registrando o final de uma era, ainda tem muita coisa para registrar. É impressionante a força do povo, principalmente, as mulheres que são a força motriz do Vale”.

Para Joana Corrêa, que vai ser a mediadora do encontro, o aprimoramento técnico dos artistas vem colaborando para a preservação de parte da cultura popular da região. Ela é carioca, mas se mudou para o alto do Jequitinhonha de onde acompanha os trabalhos de artistas locais. O encontro virtual, na visão dela, vai permitir também o debate de uma arte feita por mulheres, que originalmente era produzida por homens. Como antropóloga, ela disse que a ação do tempo não consegue preservar tudo e, cada geração, traz uma nova contribuição. “Eu não tenho um olhar negativo com relação a essas mudanças. Os jovens vão encontrar os seus caminhos. O que tem hoje de produção cerâmica no Vale do Jequitinhonha, em relação há 20 anos, é infinitamente mais amplo e complexo”, observou, concordando com Lori, que no caso das benzedeiras isso é mais difícil.

Encontro

Além de Socorro Rodrigues e do fotógrafo Lori Figueiró, o encontro vai ter a presença da ceramista Ducarmo Barbosa, de Minas Novas e Turmalina, em Minas Gerais, e da ativista cultural e congadeira quilombola Sanete Esteves de Sousa, do Quilombo Mocó dos Pretos, em Berilo, também em Minas. Sanete vai mostrar também os aspectos intersecções sociais e raciais que se misturam nos desafios de ser liderança e artista da cultura popular. “O Vale sempre foi tratado como muito caboclo, mas, na verdade, tem uma tradição negra, da região das Minas fundada por uma população majoritariamente de origem africana. Essa tradição muitas vezes é apagada. A Sanete traz essa força e muita raiz do Vale”, disse Joana em entrevista à Agência Brasil. 

Livro

O encontro vai celebrar, ainda, o lançamento da segunda edição do livro Mulheres do Vale, substantivo feminino, de Lori Figueiró, pelo Centro de Cultura Memorial do Vale, no Serro. |Além de fotos, a publicação traz depoimentos das pessoas que fazem algum tipo de trabalho, que, segundo o autor, deve ser preservado e poemas sobre elas. “É uma seleção de imagem de um vale mais tradicional e mais preservado. As casas com seus fogões de lenha, as paredes revestidas de imagens sacras misturadas com fotografias dos parentes, As benzedeiras, as mulheres que foram parteiras, as artesãs. O livro tem esse conjunto de imagens mais tradicionais do Vale”, revelou. A primeira edição foi em 2019. 

(Fonte: Agência Brasil)

O Sítio Roberto Burle Marx, onde morou e fez experimentos o mais famoso dos paisagistas brasileiros, é candidato a entrar para a lista do patrimônio mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) este ano.

Localizado em Barra de Guaratiba, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, o sítio abriga uma coleção de mais de três mil e quinhentas espécies de plantas de regiões tropicais e semitropicais.

Burle Marx comprou a propriedade em parceria com o irmão, Siegfried, em 1949, e fez dela um laboratório para conhecer o comportamento da flora brasileira, até então pouco valorizada nos projetos paisagísticos.  A partir dessas experiências, ele criou o jardim tropical moderno, que representou “uma mudança de paradigma no paisagismo, uma grande contribuição para a humanidade”, explica a diretora do sítio, Claudia Storino.

Boa parte das plantas que podem ser vistas no sítio hoje veio das excursões que Burle Marx fazia pelos diversos biomas brasileiros. O arquiteto e paisagista José Tabacow participou de várias delas, primeiro como estagiário e depois como sócio de Burle Marx. Ele relembra que a única situação que deixava o amigo irritado durante as viagens eram os flagrantes de destruição do meio ambiente. 

O auxiliar em preservação e defesa ambiental, Sinval Pereira Filho, que começou a trabalhar no sítio aos 20 anos, ainda sob o comando de Burle Marx, conta que, nessas expedições, o paisagista chegou a descobrir cerca de 50 novas espécies, muitas batizadas com o seu nome, como o orthophytum burle-marxii (foto).

Na visita ao sítio, também é possível apreciar como o paisagista aproveitou material de prédios demolidos em calçamentos, cascatas, portas e fachadas na propriedade. “Ele foi precursor em muitas coisas”, diz a educadora Suzana Bezerra, que apresentou o espaço à equipe do Caminhos da Reportagem e ressaltou a genialidade do artista.

Na casa onde Burle Marx morou são preservados alguns objetos pessoais, como óculos, roupas e calçados, assim como um vasto acervo de obras do paisagista, que era um artista de múltiplas faces: pintor, escultor, designer de joias e até cantor de ópera. A professora de História da Arte da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Vera Beatriz Siqueira,  avalia que tanto no paisagismo quanto na pintura a produção de Burle Marx mantém vínculos com as nossas tradições culturais, com a nossa realidade e com a nossa paisagem mesmo quando se apresenta na forma abstrata. “Ele cria uma espécie de ambiente que eu chamo de ecologia da forma moderna”, explica a professora.  

As salas também abrigam a enorme coleção de arte popular que Burle Marx adquiriu ao longo da vida. A auxiliar de serviços gerais, Maria Goreti Ferreira de Lima, que começou a trabalhar na casa durante os preparativos para a festa de 80 anos do paisagista, diz que limpa as peças com mãos de seda e zela para manter viva a memória do Seu Roberto, como se refere a ele.

“Se eu procurei compreender o jardim aplicado à nossa natureza, vamos dizer, à nossa natureza humana e sobretudo às necessidades brasileiras, é porque eu não quero fazer apenas jardins para uma casa de milionários. Eu gostaria de fazer jardins que o povo pudesse participar”, eternizou Burle Marx, em entrevista ao programa O Mundo Mágico, que faz parte do arquivo da TV Brasil.

Preocupado com a preservação do seu acervo, Burle Marx doou o sítio ainda em vida para o governo federal, em 1985, nove anos antes de morrer. Hoje, o espaço está sob a responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan.  Carlos Alberto Moreira da Silva, coordenador da manutenção do acervo botânico, conta que o desafio dos funcionários mais antigos agora é preparar os mais novos para cuidar desse presente deixado pelo paisagista. “As pessoas precisam saber disso aqui pra dar o valor que o sítio tem e merece”, afirma. 

Herdeira do escritório de paisagismo criado por Burle Marx, a paisagista Isabela Ono comemora a candidatura do sítio a patrimônio mundial. No fim de 2019, ela e os dois sócios criaram o Instituto Burle Marx com a finalidade de tornar público também o acervo de projetos, croquis, fotos, maquetes, entre outras peças, que pertencem ao escritório. “Estamos na torcida. Só junta forças pra celebrar esse legado tão importante e tão grande que o Burle Marx deixou pra nós”, diz Isabela. Por causa da pandemia, a reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco será realizada on-line este ano, entre os dias 16 e 31 de julho. 

Caminhos da Reportagem “Sítio Roberto Burle Marx, um legado para a humanidade” vai ao ar neste domingo, às 20h, na TV Brasil. 

(Fonte: Agência Brasil)

Programa de qualificação profissional que une jovens e empresas, o Qualifica Mais reabriu as inscrições para o processo seletivo. Os interessados poderão se inscrever até o próximo dia 25, por meio de um novo acesso para inscrição.

Parceria entre a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia e o Ministério da Educação, o programa deve qualificar mais de 6 mil profissionais em três áreas de tecnologia da informação e comunicação: programador web, programador de dispositivos móveis e programador de sistemas. Os cursos terão duração de cerca de 200 horas cada um. Além da qualificação, os estudantes que concluírem os cursos serão auxiliados para inserção no mercado de trabalho.

Atualmente, o programa opera em 11 regiões metropolitanas: Salvador, Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Florianópolis, Joinville (SC), Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Campinas (SP). A primeira fase de inscrição foi aberta em março  e durou quase um mês. Com a reabertura do prazo, o governo pretende preencher as vagas restantes.

De acordo com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação, a escolha dos estudantes está sendo realizada pela plataforma EduLivre. Nesse ambiente virtual, os candidatos participam de uma trilha educacional, onde recebem informações sobre postos de trabalho e cursos na área e resolvem alguns exercícios sobre o conteúdo apresentado.

A trilha ficou aberta até a última segunda-feira (11). Quem se inscreveu e concluiu os módulos teve a inscrição validada na quinta-feira (15). Os candidatos que iniciaram a trilha, mas não concluíram, devem preencher novamente o formulário de inscrição e escolher, ao término, duas opções de cursos.

Os novos inscritos que forem selecionados receberão o e-mail de pré-matrícula no próximo dia 29. Os calendários foram adiados em duas semanas, e as aulas devem ter início a partir de 24 de maio.

O Qualifica Mais tem um canal para auxiliar os candidatos na fase das inscrições e matrículas, as dúvidas podem ser encaminhadas para o e-mail [email protected]. Outras informações estão disponíveis na página do programa na internet.

(Fonte: Agência Brasil)

Neste domingo (18), comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil. A data foi escolhida porque, nesse dia, em 1882, nasceu o escritor Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira. A data celebra esse gênero literário e homenageia o escritor, autor de clássicos como Sítio do Pica-Pau AmareloO SaciFábulas de NarizinhoCaçadas de Hans Staden e Viagem ao Céu.

De acordo com a última pesquisa Retratos da Leitura do Brasil, o número de crianças leitoras cresceu de 2015 a 2019, período em que 48% disseram que leem por gosto. A prática da leitura contribui para o desenvolvimento de capacidades como pensar, interpretar, falar, aprender e conviver.

Em tempos de uso de tantas telas, como tablets, celulares e televisão, e agora com o ensino remoto, os livros infantis ainda têm espaço na rotina das crianças? A doutora em educação pela Universidade de São Paulo Diva Albuquerque Maciel diz que sim.

“As telas são grandes concorrentes do livro, mas temos que usar todos esses recursos em favor do livro, e não como concorrente. O livro tem um formato muito importante para a formação da língua escrita, temos que usar estratégias para aliar, já que a língua escrita precisa ser estimulada. Uma das estratégias é saber quais são as motivações das crianças, por exemplo, quais heróis e personagens elas buscam na internet, que possam estimular a leitura escrita de textos mais densos como gibis”. Diva é professora aposentada do departamento de psicologia escolar do desenvolvimento da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB).

A pedagoga Daniela Denise Batalha Santini, que, atualmente, é professora do 1º ano do ensino fundamental do Colégio Parque Sevilha, na zona leste de São Paulo, afirma que, mesmo com a habilidade que o aluno de hoje tem de manusear telas, o livro ajuda muito a melhorar o interesse pela aprendizagem e a capacidade de concentração.

“O livro físico tem seu valor e não pode ser deixado totalmente para trás. O livro físico precisa se fazer presente em sala de aula como instrumento palpável. O sentir o livro, o explorar, o virar de páginas fazem toda a diferença no dia a dia do aprendizado dos pequenos. Fora as experiências sensoriais, tem a visualização, o concreto. Aguçar a curiosidade, proporcionar momento de troca”, observa Daniela Denise.

Também pedagoga, Fernanda Gadelha de Freitas Miranda é professora na Escola Municipal de Educação Infantil 22 de Março e no Centro de Educação Infantil Bryan Biguinati Jardim. Para Fernanda, o hábito da leitura precisa ser estabelecido desde a infância para que se formem cidadãos autônomos, questionadores e protagonistas de sua conduta e pensamentos. “Assim, acredito que a leitura, os livros infantis, sejam facilitadores desse processo. Costumo, todos os dias, oferecer aos meus alunos oportunidades de ampliar a visão de mundo e seu repertório, com os livros que lemos”.

Fernanda destaca que muitas crianças, devido às condições sociais, não têm acesso às tecnologias. “O livro impresso ainda é uma ferramenta facilitadora nesse processo, pois permite que mais adultos e crianças sejam contemplados nesse universo. Para a criança, o concreto do livro impresso é mais atraente e aceitável, ao contrário do adulto, que tende buscar à praticidade do e-book, por exemplo”.

Incentivo e diversidade temática

Diva Maciel considera fundamental o papel dos professores para estimular a leitura pelas crianças. “É preciso que os professores façam pesquisa dos livros que podem ser adotados em sala de aula, mesmo na sala remota. Ver o que elas estão buscando espontaneamente nas séries da TV, da internet. E, a partir daí, oferecer bons textos, ler com elas numa roda de leitura, ou estimulá-las a escrever e ler para turma na roda, por exemplo”.

É o que tem feito a professora Daniela, que trabalha os livros de forma descontraída, em rodas de conversa. “Com momentos dirigidos e outros momentos livres, fazendo sempre um trabalho educativo, alinhando com o conteúdo desenvolvido, com temas atuais e, muitas veze,s trazendo discussões acerca de fatos do cotidiano. O momento da roda de conversa é mágico e encantador. É gratificante ver os pequenos interagindo com este universo da leitura, com seus colegas e professores”.

A professora Diva chama a atenção também para o estímulo à diversidade étnica e cultural na literatura infantil. “Lemos muito para os nossos filhos as histórias clássicas dos contos de fadas, mas, hoje em dia, temos que lembrar que são histórias que estão no formato de reis e rainhas brancos. Hoje, sabemos que é importante trazer os contos em que os personagens são negros e têm outras etnias, e já existe muita coisa publicada. Nós somos um país miscigenado. No entanto, a cultura branca continua sendo dominante. É importante trazer outros tipos de livros infantis para ler para as nossas crianças”.

Diva indica a Afroteca Audiovisual Infantil, com livros com diversidade étnica e destaca que o Brasil é rico nessa diversidade cultural. “Nós temos uma oferta de grandes textos que envolvem a nossa cultura popular, nosso cancioneiro, nossos personagens. Monteiro Lobato foi um autor que utilizou bastante essas possibilidades”.

Nova tributação pode desestimular leitura

Apesar de pais e professores incentivarem a leitura, a proposta de nova tributação sobre os livros pode desestimular a compra deles. O governo federal propôs, em julho do ano passado, um projeto de lei para fusão do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) em um único tributo, a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Entre as alterações, estão o fim da isenção do PIS e da Cofins para o mercado de livros e a cobrança da CBS com alíquota de 12%. O Congresso Nacional estuda a proposta no âmbito da reforma tributária.

O presidente da Associação Brasileira de Editores e Produtores de Conteúdo e Tecnologia Educacional (Abrelivros), Ângelo Xavier, afirma que o livro impresso é uma ferramenta muito importante na formação da criança e defende a manutenção da imunidade tributária dos livros no país. Xavier considera “um equívoco” a proposta de reforma encaminhada pelo Ministério da Economia que tributa os livros.

“Seja para os livros infantis, seja para a literatura adulta, para livros escolares, qualquer que seja a categoria de livros, isso vai dificultar ainda mais o acesso. As famílias menos favorecidas vão sofrer ainda mais. Vai haver uma concentração muito grande e poucos lançamentos de novos autores pelas editoras. Tudo que temos de positivo no mercado de livro tende a cair por terra com essa tributação. E muitas empresas, editoras, livrarias e distribuidoras tendem a ter dificuldades e até podem quebrar com a nova política, que esperamos que não se concretize”, afirma.

Como escolher um bom livro infantil

A coordenadora de Engajamento Social e Leitura do Itaú Social, Dianne Melo, dá dicas de como escolher um bom livro infantil. A primeira é a qualidade textual: o registro linguístico deve ser literário, ou seja, a linguagem é conotativa, utiliza figuras, e há preocupação com a escolha das palavras. “A construção textual deve estimular uma boa leitura em voz alta por parte do mediador”.

O projeto gráfico deve ter também qualidade visual, ou seja, ter capacidade de motivar e enriquecer a interação do leitor com o livro; a fonte deve oferecer boa legibilidade, e as ilustrações não devem reforçar estereótipos sociais, históricos, raciais e de gênero.

É preciso ainda ter qualidade temática: o conteúdo não deve ser “didatizante” e sim dialogar com o imaginário infantil. “É importante contemplar a diversidade de contextos culturais, sociais, históricos e econômicos, além de possibilitar a reflexão das crianças sobre si próprias, os outros e o mundo que as cerca”, completa a especialista.

(Fonte: Agência Brasil)

Neste domingo,

Vamos concordar

1ª) Vascaínos só precisam de um empate para CHEGAR ou CHEGAREM à final?

O uso do infinitivo sempre nos dá dor de cabeça.

Temos, aqui, um caso polêmico. Há quem considere um caso de concordância facultativa, ou seja, as duas formas estariam corretas. Por outro lado, há quem só considere correta a concordância no singular.

É importante observarmos que, no exemplo, temos duas orações: “Vascaínos só precisam de um empate” (oração principal) + “para chegar à final” (oração subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo). A concordância do infinitivo no plural se justificaria porque seu sujeito determinado simples (eles = os vascaínos) está no plural: “Vascaínos só precisam de um empate para (eles) CHEGAREM à final”. A concordância do infinitivo no plural seria aceitável, mas não obrigatória.

A maioria dos estudiosos, porém, prefere seguir a regra clássica que determina o uso do infinitivo não flexionado quando o sujeito do infinitivo for o mesmo da oração principal: “Vascaínos só precisam de um empate para CHEGAR à final”.

Sugiro o uso do infinitivo no singular, porque é uma concordância indiscutivelmente correta e aceita por todos.

2ª) É maior o número de pessoas que TENTA ou TENTAM diagnosticar a doença?

Maior é o número, mas quem tenta diagnosticar a doença são as pessoas. Em razão disso, a concordância correta é: “É maior o número de pessoas que TENTAM diagnosticar a doença”.

3ª) Grande parte das vítimas É CRIANÇA ou SÃO CRIANÇAS?

Trata-se de uma concordância facultativa. Pela concordância lógica, o verbo concorda com o núcleo do sujeito (= parte) no sigular: “Grande parte das vítimas é criança”. Hoje em dia, é incontestável a preferência pela concordância atrativa, isto é, o verbo concorda no plural com o especificador (= vítimas): “Grande parte das vítimas são crianças”.

4ª) A professora tinha uns TRINTA ou TRINTAS anos?

O correto é: “A professora tinha uns TRINTA anos”. Os numerais não fazem flexão de número.

Os numerais só apresentam plural quando são substantivos (= nomes dos numerais): “No meu CPF, há três OITOS”.

Para ficar claro, observe a comparação:

1ª) “A criança comeu QUATRO biscoitos” (numeral sem flexão);

2ª) “Na prova de ontem, houve dois QUATROS” (nome do numeral faz plural).

5ª) Ela está MEIO ou MEIA triste?

O correto é: “Ela está MEIO triste”.

MEIO, quando significa “um pouco, mais ou menos”, é advérbio. Em razão disso, é uma forma invariável (sem feminino nem plural). Os advérbios não se flexionam: “Ela está MUITO triste”; “Ela está POUCO triste”; “Ela está MEIO triste”.

6ª) Ela está com dor NA ou NAS costas?

O correto é: “Ela está com dor NAS COSTAS”.

A concordância deve ser feita obrigatoriamente no plural, porque o substantivo COSTAS (= parte posterior) é plural.

COSTA, no singular, é outro substantivo. É a zona litorânea: “É linda a costa brasileira”.

7ª) OBRIGADO ou OBRIGADA?

A concordância depende de quem está agradecendo:

1º) Homem agradece: “Obrigado, por sua gentileza!”;

2º) Mulher agradece: “Obrigada, por sua gentileza!”.

8ª) Ela já teve duas GRAVIDEZ ou GRAVIDEZES?

O plural de GRAVIDEZ é GRAVIDEZES, como todas as palavras terminadas em “Z”: rapazes, felizes, capazes, gizes, avestruzes, gravidezes…

Teste da semana

Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas das frases a seguir:

1ª) É preciso que isto se _________ ao anterior;

2ª) Eles não se  _________ com minhas explicações;

3ª) Ele _________ seus direitos.

a) equivala / satisfazeram / requis;

b) equivalha / satisfizeram / requereu;

c) equivalha / satisfizeram / requis;

d) equivala / satisfazeram / requereu;

e) equivalha / satisfazeram / requis.

Resposta do teste: letra (b).

EQUIVALER é derivado do verbo VALER. O presente do subjuntivo do verbo VALER é “que ele valha”, por isso o correto é EQUIVALHA. O verbo SATISFAZER é derivado de FAZER. Se eles FIZERAM, o correto é SATISFIZERAM. O verbo REQUERER não é derivado de QUERER. É um verbo normal da segunda conjugação. Se ele VENDEU, PERDEU e COMPARECEU, o correto é REQUEREU.

O líder popular, governador José Sarney, está visitando os bairros. Ele e os seus secretários imediatos. Sarney entra em contato com o povo. Realiza, assim, a sua prestação de contas. Informa o que já fez o governo. Informa todo o seu trabalho no sentido de cumprir as promessas feitas durante a sua campanha eleitoral.

Dele, a palavra simples, a palavra orientadora. Dele, a sinceridade. Dele, a melhor compreensão para ouvir, para sentir, de perto, as necessidades do povo. Fala. Esclarece. Registra as ocorrências. O povo ouve e o aplaude. Para os adversários, Sarney está fazendo demagogia. Mas, para os que ouvem Sarney, o governo está conversando com o povo, mostrando as providências tomadas para resolver o problema da água, da luz. Fala apresentando fatos.

E o povo sabe que Sarney não está mentindo. Os adversários se encolhem, e outros utilizam a campanha do desespero. Utilizam uma oposição sem brilho, sem o fortalecimento das argumentações capazes de convencer. Criam. Inventam. Sarney realiza. Sarney governa. Sarney trabalha. Sarney mantém a liderança. É um fato.

Outro dia, surpreendemos Sarney na Coreia. E a Coreia iluminou-se. Parecia uma noite de festa. E perguntamos: “O que houve?” “O governador está no bairro”. E um boêmio que bebericava: “– Sarney está aí, veio falar com a gente. Já o vi. O branco fala bem. E olhe, vai recuperar o Maranhão. E deixa os outros falarem...” E Sarney estava no bairro, falando. Fazendo a reportagem do seu governo, do que tem feito. O povo ouvindo, aplaudindo Sarney.

E a verdade é que o líder popular vem fazendo muito. Exigir de Sarney mais não é possível. Encontrou um Estado arrasado. Um Estado sem identificação própria. Cid Carvalho afirmou isto e Renato também. O povo também dizia isto. Até os amigos da Copa, quando Newton estava no governo, diziam isto cá fora.Mas Newton fez umas coisinhas. Podia até ter mais. A política não deixou. O PSD não deixou. O ódio contra os adversários não deixou. Mas o “cassado” fez. Deixou marcas da sua presença no Executivo. É verdade que prevaleceu o aproveitamento. Newton ficou rico. Na sombra de Newton, muitos ficaram ricos. Havia mesmo campeando, por toda a parte, a licenciosidade. O furto generalizou-se. Mas o Brasil também estava submetido. Muitos outros governos roubaram!

A revolução pegou muita gente na fartura dos negócios mais escusos. Mas não se pode esconder que Sarney encontrou um Estado em situação difícil. E, em poucos meses de gerência, o ex-deputado udenista tem realizado. Deu outra feição na vida administrativa do Estado. Verdade. Tem contrariado alguns amigos. Tem irritado alguns inimigos. Mas Sarney governa. E o povo sabe e sente isto.

Mas dizíamos que o governador José Sarney está visitando os bairros. Está fazendo a sua prestação de contas. Está ouvindo o povo. Anotando as reclamações. Explicando. Submetendo-se ao julgamento popular. E isto é bom. Todos os governos deviam fazer isto. Conversar diretamente com o povo. Olhar de cara o povo, de perto. Prestar esclarecimentos. Mostrar a realidade da sua administração. Mostrar as dificuldades. Isto não é demagogia, é democracia. Democracia pura, boa e da melhor.

Sarney está falando ao povo. Mostrando as medidas “determinadas ao Departamento de Estrada de Rodagem para o asfaltamento das vias públicas dos bairros e outras melhorias para os subúrbios”. Com Sarney, o exemplo, a melhor maneira de responder aos ataques dos seus adversários. É a melhor maneira de continuar oposicionista! Tá certo ou não tá? – Tá!

Anil viu Sarney numa noite magnífica. Um céu na iluminação das estrelas. Um pedaço de luz no crescimento. Com o povo, a iluminação de novas esperanças. E Sarney falou. O povo aplaudindo o líder oposicionista. O político evoluído que há em Sarney. E parece que Sarney vai prosseguir, visitando os bairros e os subúrbios. Com os adversários, o desespero. A raiva. E, com raiva e despeito, eles trabalham, estão trabalhando em favor de Sarney. O povo gosta de ouvir Sarney. E, no Anil, ouvimos as mais encantadoras impressões. E, enquanto houver a confiança do povo, o governo vai bem. O Maranhão vai progredindo. Sarney, acreditamos ainda, não decepcionará.

O governador está falando nos bairros, falando ao povo.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 28 de outubro de 1966 (sexta-feira).

Em meio à pandemia da covid-19, o Festival Caleidoscópio, realizado há sete anos na Baixada Fluminense, no Estado do Rio de Janeiro, começará, hoje (17), mais uma edição virtual para discutir temas e apresentar atrações ligadas à cultura hip hop. Neste ano, o tema principal do festival será a representatividade.

A programação conta com Master Classes, exposição de artes, feira criativa, painel de graffiti, apresentações de DJs, batalhas de MCs e plantio de espécies nativas da Mata Atlântica na Serra do Vulcão, em Nova Iguaçu.

A abertura do festival será realizada pelo rapper Dudu de Morro Agudo (DMA), que apresentará atividades e discussões propostas na edição. Tudo será transmitido no site do festival e nas redes sociais do Instituto Enraizados, fundado por DMA. 

As Master Classes ocorrerão ao longo da semana que vem. Para segunda-feira (19), está previsto o tema Maternidade e Arte Independente, com a MC/rapper Lisa Castro, a produtora-executiva, artística e mãe Yvie e a produtora cultural, empreendedora, artista e mãe Naitha.

Na terça-feira (20), a discussão abordará Racismo e Internet, com o rapper DMA, a codiretora-executiva do Olabi e coordenadora da PretaLab Sil Bahia, e o gerente do hub Nós, Duda Vieira;

Na quarta-feira (21), a Master Class terá o tema Pluralidades e Vivências Trans, com o jornalista e criador de conteúdo Thiago Peniche, a produtora e fundadora do Baphos Periféricos Quitta Pinheiro, e a escritora, cantora e slammer Valentine.

E, na quinta-feira (22), será debatido o Rap de Ontem, de Hoje e de Amanhã, com o rapper Léo da XIII, a rapper Edd Wheller, integrante do grupo feminino pioneiro Damas do Rap, e o também rapper Kall FBX.

(Fonte: Agência Brasil)

Trabalhadores encontraram fragmentos de fósseis de dinossauros enquanto faziam a escavação de uma galeria para escoamento de água de chuva na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294). As peças foram encontradas nas obras de uma praça de pedágio, a uma profundidade de 20 metros da superfície do solo, no quilômetro 623 da rodovia, entre as cidades paulistas de Irapuru e Pacaembu.

Segundo a concessionária da rodovia, a Eixo SP, as obras foram paradas imediatamente para que os trabalhos paleontológicos fossem feitos. Os trabalhos foram desenvolvidos pelo paleontólogo Fabiano Vidoi Iori e pelo biólogo Leonardo Paschoa, ambos pesquisadores do Museu de Paleontologia Pedro Candolo, em Uchoa (SP).

De acordo com a Eixo SP, as pesquisas indicam que, entre as dezenas de fragmentos fósseis encontrados, estão ossos dos gigantes titanossauros – os dinossauros “pescoçudos”, quadrúpedes e herbívoros que podiam alcançar por volta de 20 metros de altura – e dentes de abelissaurídeos, dinossauros predadores bípedes, que chegavam a até nove metros de comprimento.

Outros fragmentos extraídos sugerem que, no período Cretáceo – que durou de 145 milhões a 65 milhões de anos atrás – a região era formada por rios e lagos. O material encontrado também inclui ossos, escamas e dentes de crocodiliformes; escamas de peixes; e restos de cascos e esqueletos de cágados, uma fauna que viveu por volta de 85 milhões de anos atrás.

“Dentre os fósseis coletados, temos peças bem importantes, em especial os fragmentos cranianos, que vão permitir investigar mais a fundo se as espécies descobertas são inéditas ou já catalogadas na região”, destacou o paleontólogo Fabiano Vidoi Iori.

Os fósseis foram levados para o Museu de Paleontologia de Uchoa e estarão expostos na reabertura do espaço, atualmente fechado em cumprimento às medidas restritivas de combate à pandemia de covid-19.

(Fonte: Agência Brasil)