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Covid-19: Fiocruz amplia capacidade nacional de testagem

Após ter sequenciado os primeiros genomas do novo coronavírus na América Latina, a cientista brasileira Jaqueline Goes de Jesus foi convidada, na última quinta-feira (5), para integrar uma equipe de pesquisadores da Organização das Nações Unidas (ONU). Batizada de #TeamHalo, a iniciativa visa apoiar a colaboração entre cientistas de todo o mundo na pesquisa de vacinas seguras e eficazes contra a covid-19.

Jaqueline ficou conhecida por ter sido uma das responsáveis pelo sequenciamento genético do novo coronavírus dos primeiros casos de covid-19 na América Latina. Entre outras ações, os cientistas integrantes da equipe postam vídeos em redes sociais mostrando o cotidiano de trabalho, além de responder perguntas do público e esclarecer sobre boatos e informações incorretas.

Segundo a ONU, os cientistas desejam enfatizar a natureza global do trabalho e reconhecer a contribuição de milhares de pessoas ao redor do mundo para conter a pandemia. Os vídeos podem ser acessados no Twitter e no Tik Tok.

"A campanha envolve profissionais de vários países do mundo e de respeitadas instituições, como a Universidade de São Paulo (USP), Harvard, Imperial College London e Wits University, que estão em busca da vacina para pôr fim à pandemia. Eles aceitaram o desafio de atualizar e aproximar o público de seus trabalhos em perfis nas redes sociais", informou a ONU.

Atualmente, Jaqueline é pesquisadora bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em nível de pós-doutorado, no Instituto de Medicina Tropical de São Paulo – Universidade de São Paulo (IMT-USP). Para a cientista, a iniciativa favorece uma comunicação mais acessível e didática com o público e ajuda a combater a onda de desinformação que tem levado um número significativo de pessoas a desconfiar da eficácia das vacinas.

“Trazer informações para a população sobre o que temos feito em uma linguagem mais simples é uma forma de devolver à sociedade todo o investimento que tem sido feito ao longo dos anos. Eu criei um perfil no TikTok para começar a produzir conteúdos para o projeto e estou gostando bastante. Estou aprendendo a usar a ferramenta e descobrindo um mundo de possibilidades criativas”, disse.

Além da cientista, o Brasil conta com mais três parceiros: os pesquisadores Natalia Pasternak, Gustavo Cabral de Miranda e Rômulo Neris. Natalia Pasternak atua como pesquisadora visitante do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas (LDV), e diretora-presidente do Instituto Questão de Ciência. Gustavo de Miranda lidera a pesquisa de desenvolvimento de vacinas contra o novo coronavírus, assim como vacinas para chikungunya e zika vírus, no Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Enquanto Rômulo Neris tem como foco de sua pesquisa de doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a forma como o sistema imune reage ao novo coronavírus.

(Fonte: Agência Brasil)

A artista plástica Sônia Muniz está na Galeria de Mulheres de Expressão. Ela será homenageada nesta sexta-feira (6/11), em noite de premiação, no Panette Buffet, localizado na Avenida dos Holandeses, em São Kuís.

Destacamos, neste espaço, a artista plástica Sônia Muniz ou Rosita Costa Muniz. Ela é catarinense, formada em Licenciatura, Desenho e Plástica pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Exerceu atividade docente de Educação Artística em escolas particulares e públicas.

“Estou sempre aprendendo. Por isso, busquei aprimorar meus conhecimentos nessa atividade. A princípio, utilizando tinta a óleo e, hoje, desenvolvo estilo próprio fixando uma identidade artística com o uso da tinta acrílica. Na maioria das vezes, monocromática, tendo como tema central a figura humana, em especial. as mulheres. Assim, participando de várias exposições e concursos, conquistando o primeiro lugar nacional e o segundo lugar estadual”.

Sônia Muniz é casada com o procurador de Justiça aposentado Clésio Muniz, que será um dos integrantes da mesa de honra reservada para os padrinhos da grande e perfumada noite. Eles também receberão uma placa de participação.

(Fonte: Blog da Rosenira Alves)

Sala de aula vazia

A partir do dia 1º de janeiro de 2021, o primeiro grande desafio dos novos gestores municipais na educação será decidir como serão as aulas durante o ano. Isso porque, às vésperas das eleições, muitos municípios adiaram o retorno às aulas presenciais para o ano que vem, temendo aumento do contágio de alunos e professores pelo novo coronavírus. Eles terão que decidir se as aulas voltam a ser presenciais, se serão ofertadas de forma remota ou em um modelo misto e de que forma isso será feito.

Prestes a entregar as prefeituras, alguns dos atuais gestores sequer elaboraram planos para garantir a segurança de professores e estudantes na pandemia. São questões que terão de ser resolvidas por aqueles que assumirem o comando das prefeituras no início do próximo ano. Tudo isso em um cenário de baixa arrecadação e, possivelmente, de orçamentos mais enxutos.

A Agência Brasil conversou com especialistas sobre as ações que são esperadas dos novos gestores e o papel dos municípios na educação, além de ouvir deles dicas sobre como avaliar um plano de governo no campo educacional para decidir em quem votar.

No dia 15 deste mês, 5.570 municípios escolherão prefeitos e vereadores. “A maioria esmagadora dos municípios não tem ainda previsão de volta às aulas presenciais, não sabe dizer se volta neste ano ou no ano que vem. Muitos já declararam a volta no ano que vem”, diz o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia.

De acordo com o último levantamento da Undime, em agosto, cerca de 50% dos municípios brasileiros ainda não tinham estruturado um protocolo de retorno às aulas, ou seja, não haviam definido qual seria a distância a ser mantida entre os estudantes e quais equipamentos de proteção individual e itens de higienização estariam disponíveis nas escolas.

“O início das novas gestões em 2021 se dará em um contexto inédito e, talvez, no contexto mais desafiador da história da educação brasileira, por conta da pandemia de covid-19 e do fechamento prolongado das escolas”, afirma o líder de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Gabriel Corrêa.

Para Corrêa, os novos gestores públicos precisarão, inicialmente, dar muita ênfase às ações de retomada das aulas presenciais, quando isso for permitido pelas autoridades sanitárias “em cada local do território brasileiro, e também às de mitigação dos efeitos que a pandemia trouxe e continua trazendo, para alunos, professores e comunidade escolar”.

Creches e alfabetização

Além de ações emergenciais, os gestores têm várias obrigações a cumprir durante o mandato. De acordo com a Constituição brasileira, os municípios são prioritariamente responsáveis pelas etapas iniciais da educação – creche, pré-escola e primeiros anos do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano. Cabe a eles, portanto, a tarefa de alfabetizar as crianças.

Segundo o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei 13.005/2014, que estabelece metas para melhorar a qualidade da educação no Brasil até 2024, o país precisa ampliar as vagas em creches, para crianças até 3 anos de idade. Até 2024, 50% delas devem estar matriculadas – os últimos dados, de 2018, mostram que o atendimento chega a 35,7%.

Já a pré-escola, que atende os alunos de 4 e 5 anos, deveria estar universalizada, desde 2016, mas 328 mil crianças ainda estão fora das salas de aula. Os dados são do monitoramento do PNE feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Outra meta trata da alfabetização das crianças. Pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estipula o que deve ser ensinado em todas as escolas, a alfabetização deve ocorrer até o 2º ano do ensino fundamental. Avaliações nacionais, no entanto, mostram que há dificuldades nesse aprendizado: mais da metade dos estudantes está nos dois primeiros níveis de proficiência em leitura e em matemática e cerca de um terço, em escrita.

Está, portanto, nas mãos dos municípios o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para os anos iniciais. “Investir na primeira infância, na faixa etária até 6 anos, investir na criança é a melhor forma de nivelar, de trazer igualdade de oportunidade para todas as crianças, sejam pobres, de renda média ou ricas. Investir nessa fase é uma forma de garantir o pleno potencial das pessoas. A criança que tem investimento qualitativo entra com melhores condições de absorver conhecimento nas etapas seguintes”, diz a diretora de Relações Institucionais da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Heloisa Oliveira.

Para cumprir o PNE, cada cidade teve que aprovar um Plano Municipal de Educação (PME) adaptado à própria realidade. “Poucos municípios olham para os seus PMEs. Neste ano, com a questão da covid-19, o foco mudou totalmente. A gente ignorou. Quando se ignora o plano, perde-se a condição de avançar no médio e no longo prazos de forma consistente”, alerta Garcia. Ele enfatiza que é importante cada gestor que esteja deixando o cargo avaliar o cumprimento dos dados do Plano Municipal de Educação e fazer uma transição informando tudo. Segundo Garcia, é preciso dizer aos candidatos a prefeito que existem PMEs.

Financiamento

Responsáveis pela maioria das vagas nas escolas do país, os municípios investem R$ 4 de cada R$ 10 gastos na educação básica, que vai do ensino infantil ao ensino médio. Há, no entanto, grande desigualdade de arrecadação entre as prefeituras, e isso, em um período de pandemia e de crise econômica, fica ainda mais acentuado.

“Tem uma agenda da pandemia que os gestores terão que enfrentar, que vai da distribuição de equipamentos de ‘internet’ banda larga, que, agora, será imprescindível, ao redimensionamento de turmas e readequação arquitetônica das escolas [para maior ventilação das salas e redução do número de alunos por turma]”, destaca o professor Daniel Cara, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e integrante da Campanha Nacional pelo Direito à Educação. O professor ressalta que isso ocorrerá no meio de uma enorme crise arrecadatória e que vai ser “um desafio grande”.

De acordo com Cara, nesse contexto, é importante a regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O fundo é composto por recursos que provêm de impostos e transferências da União, Estados e municípios e é a principal fonte de recursos para a educação pública. A vigência do Fundeb terminaria neste ano, mas o Congresso Nacional o tornou permanente.

Agora, o Fundeb precisa ser regulamentado. “O alento para que os secretários municipais possam trabalhar com qualidade é uma regulamentação do Fundeb de fato robusta, que fortaleça o amparo por parte do governo federal a estados e municípios”, diz Daniel Cara.

“A maioria dos municípios brasileiros depende quase integralmente do Fundeb para manter o sistema educacional funcionando”, complementa Corrêa. “Os municípios mais pobres terão mais recursos que podem compensar a queda de arrecadação esperada por conta da crise econômica que a gente vive. O Fundeb é o principal mecanismo de financiamento da educação básica e precisa ser regulamentado com urgência no Congresso Nacional, para que se consiga atender com a devida qualidade especialmente os alunos mais pobres do país”.

Escolha de candidatos

Segundo Daniel Cara, a educação, que já ocupa espaço de destaque nas campanhas eleitorais, ganhou mais destaque no contexto da pandemia. “A falta da escola gerou um impacto grande no cotidiano familiar. Aquilo que era naturalizado passa a ser percebido como uma parte importante da vida. O espaço social para a realização da infância e da adolescência é a escola. A educação está sendo bastante debatida”.

Para saber se os planos dos candidatos têm propostas relevantes na área da educação, o diretor-presidente da Escola do Parlamento da Câmara Municipal de São Paulo, Alexsandro Santos, diz que os eleitores precisam estar atentos a alguns aspectos: “A primeira coisa é ter muita clareza de qual é o papel dos municípios no direito à educação.

Se o candidato promete, por exemplo, construir escolas técnicas na rede municipal, esta não é uma pauta do município. E isso significa que ele vai gastar o dinheiro da educação em uma pauta que não é de responsabilidade dele, “que tem que cuidar da educação infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental. Aí que tem que focar”, alerta.

É preciso também verificar se os candidatos têm propostas para melhorar as condições de trabalho e carreira dos professores, uma vez que valorizar os profissionais do setor produz impacto na qualidade da educação ofertada.

Santos recomenda ainda que os eleitores verifiquem se os programas de governo são baseados em dados. “Se o candidato apresenta uma proposta, e esta não tem dados que a sustentem, o eleitor deve correr. Se falar, por exemplo, que vai construir 300 unidades de creche, [o eleitor pode questionar], com que dinheiro e em que lugares da cidade, porque esses dados são importantes para saber se a proposta faz sentido e não cair em promessas vazias dos candidatos”.

Heloisa concorda que é importante analisar as propostas incluídas nos planos de governo. “Em geral, as pessoas até ouvem o que os candidatos falam em debates ou propagandas eleitorais, mas não prestam atenção e não leem os planos de governo”, diz. Ela ressalta que quem está concorrendo a um cargo executivo tem a obrigação legal de divulgar o plano de governo no momento que se inscreve como candidato. “Na prática, se fizer uma analogia, é um candidato a um cargo público remunerado, e o plano é como se fosse um currículo”.

Os planos são documentos obrigatórios que trazem a visão e as propostas dos candidatos para cada setor.

Os documentos apresentados pelos candidatos estão disponíveis na “internet” para consulta, no “site” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério das Comunicações entregou, nesta quinta-feira (5), uma antena com rede banda larga gratuita para o Povoado de Lagoa Nova, a 22 quilômetros de Piranhas, no interior de Alagoas. A entrega foi feita pelo ministro Fábio Faria, acompanhado do presidente Jair Bolsonaro.

Desde a semana passada, o ministério inaugurou 14 pontos de acesso à “internet” como esse. Três antenas foram instaladas no Maranhão e dez antenas no Piauí. A iniciativa faz parte do programa Wi-Fi na Praça.

Segundo nota do ministério, o novo ponto de conexão dispõe de 20 megabits de velocidade, “o suficiente para assistir às aulas ‘on-line’, conversar com amigos e parentes distantes e acessar serviços públicos, como os do INSS”.

Além da nova antena do programa Wi-Fi na Praça, o Ministério da Comunicação contabiliza que foram instalados em Alagoas “outros 438 pontos de “internet” por satélite do governo federal”. Esses pontos são do programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac).

O Gesac oferta 10 megabits de velocidade, preferencialmente em comunidades em estado de vulnerabilidade social, em instituições públicas de ensino, de saúde, e de segurança e unidades de serviço público localizadas em áreas remotas, de fronteira ou de interesse estratégico, além de telecentros, comunidades tradicionais, quilombos e comunidades indígenas.

Conforme o ministério, “mais de 12 mil antenas já foram entregues pelo governo federal em, aproximadamente, 3 mil municípios brasileiros. Cerca de 9,5 mil estão em escolas, dando apoio pedagógico aos professores e ajudando os alunos a acessar conteúdos ‘on-line’”.

(Fonte: Agência Brasil)

O caricaturista Lan, de 95 anos, morreu na noite de ontem (4), no Hospital SMH - Beneficência Portuguesa de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Ele estava internado desde o dia 26 de setembro de 2020. O hospital não informou a causa da morte.

Nascido na Itália e radicado no Rio de Janeiro, Lanfranco Aldo Ricardo Rossini, ou simplesmente Lan, é um dos artistas que ajudaram a criar a iconografia que representa o Brasil em todo o mundo. Nascido em 1925, ainda criança, foi morar no Uruguai, onde desenvolveu um estilo único de desenhar.

Apaixonado pelo Brasil, em 1952, Lan foi convidado pelo jornalista Samuel Wainer para trabalhar no jornal “Última Hora”. Antes passou pela redação de jornais como “Mundo” uruguaio, e “El País”, onde trabalhou como caricaturista. Amigo dos criadores da Bossa Nova, Lan fez caricatura memoráveis de artistas como Tom Jobim, Milton Nascimento e Chico Buarque. Uma das marcas de seus trabalhos são as curvas sinuosas utilizadas para retratar as mulheres brasileiras.

(Fonte: Agência Brasil)

O Brasil tem 3.299 espécies de animais e plantas ameaçadas, o que representa 19,8% do total de 16.645 espécies avaliadas. É o que aponta a pesquisa Contas de Ecossistemas: Espécies ameaçadas de extinção no Brasil 2014, divulgada, hoje (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Atualmente, são reconhecidas, no país, 49.168 espécies de plantas e 117.096 espécies de animais. Desse total, a pesquisa analisou as 4.617 espécies da flora e as 12.262 espécies da fauna listadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pelo Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, para as quais existem informações sobre seu estado de conservação. Elas representam, respectivamente, 11,26% e 10,13% do total de espécies reconhecidas.

Segundo o estudo, das espécies analisadas, 0,06% está extinas, 0,01% está extinta na natureza, 4,73% estão criticamente em perigo, 9,35% estão em perigo, 5,74% são vulneráveis, 3,98% estão quase ameaçadas de extinção, 62,82% são menos preocupantes e 13,33% foram classificadas como dados insuficientes, indicando a necessidade de mais pesquisas para avaliação. São consideradas ameaçadas as espécies nas categorias vulnerável, em perigo e criticamente em perigo.

Biomas

A Mata Atlântica foi o bioma com mais espécies ameaçadas, tanto em números absolutos (1.989) quanto proporcionalmente (25%). Em seguida, vêm o Cerrado, com 1.061 espécies ameaçadas, 19,7% do total de espécies do bioma, e a Caatinga (366 espécies ou 18,2%). O Pampa tem194 espécies ameaçadas, o que equivale a 14,5%.

Já o Pantanal e a Amazônia têm as maiores proporções de espécies na categoria menos preocupante (88,7% e 84,3%, respectivamente) e também o menor percentual de espécies consideradas ameaçadas (3,8% e 4,7%, respectivamente). Em números absolutos, são 54 espécies ameaçadas no Pantanal e 278 na Amazônia.

A pesquisa analisou a fauna e a flora segundo sua ocorrência nos biomas – Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Mar e ilhas oceânicas – e tipos de ambiente (terrestre, água doce e marinho). Uma mesma espécie pode ocorrer em diferentes biomas e ambientes. Nesse sentido, 47,7% das espécies eram observadas na Mata Atlântica, 35,7% na Amazônia, 32,4% no Cerrado, 12,4% no Mar e ilhas, 12,1% na Caatinga, 8,4% no Pantanal e 8% no Pampa.

Em relação à fauna no ambiente terrestre, a maior proporção de espécies ameaçadas se encontra nas ilhas oceânicas, com 30 espécies, ou 38,5% do total de espécies terrestres no Mar e ilhas. A Mata Atlântica tem um número absoluto maior de animais terrestres ameaçados (426), mas uma proporção menor (12,8% do total de espécies terrestres na Mata Atlântica).

Espécies extintas

Ao menos dez espécies estão extintas: as aves maçarico-esquimó (Numenius borealis), gritador-do-nordeste (Cichlocolaptes mazarbarnetti), limpa-folha-do-nordeste (Philydor novaesi), peito-vermelho-grande (Sturnella defilippii), arara-azul-pequena (Anodorhynchus glaucus), e caburé-de-pernambuco (Glaucidium mooreorum); o anfíbio perereca-verde-de-fímbria (Phrynomedusa fimbriata); o mamífero rato-de-Noronha (Noronhomys vespuccii); e os peixes marinhos tubarão-dente-de-agulha (Carcharhinus isodon), e tubarão-lagarto (Schroederichthys bivius).

Além dessas, uma espécie está extinta na natureza, ou seja, depende de programas de reprodução em cativeiro: a ave mutum-do-Nordeste (Pauxi mitu), observada na Mata Atlântica.

(Fonte: Agência Brasil)

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou, para 30 de novembro, o prazo para a renovação semestral dos contratos de financiamento concedidos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) do segundo semestre de 2020. Os aditamentos dos contratos deverão ser feitos pelo sistema SisFies.

A Portaria nº 655/2020 que prorroga o prazo foi publicada hoje (3), no “Diário Oficial da União”. A medida vale para contratos simplificados e não simplificados.

No caso de aditamento não simplificado, quando há alteração nas cláusulas do contrato, como mudança de fiador, por exemplo, o aluno precisa levar a documentação comprobatória ao banco para finalizar a renovação. Já nos aditamentos simplificados, a renovação é formalizada a partir da validação do estudante no sistema.

Os contratos do Fies devem ser renovados semestralmente. O pedido de aditamento é feito, inicialmente, pelas instituições de ensino e, em seguida, os estudantes devem validar as informações inseridas pelas faculdades no SisFies. Inicialmente, o prazo seria até 31 de outubro, para contratos assinados até dezembro de 2017. Os contratos do Novo Fies, firmados a partir de 2018, têm prazos definidos pela Caixa Econômica Federal.

Prazo

O dia 30 de novembro também é a data limite para a realização de transferência integral de curso ou de instituição de ensino e de solicitação de aumento do prazo de utilização do financiamento, referente ao segundo semestre deste ano.

Os Documentos de Regularidade de Matrícula, emitidos pelas instituições de ensino, que tiveram os seus prazos de validade expirados, deverão ser acatados pelos bancos, para renovação do financiamento até 30 de novembro.

O Fies é o programa do governo federal que tem como meta facilitar o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior oferecidos por instituições privadas. Criado em 1999, ele é ofertado em duas modalidades desde 2018, por meio do Fies e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

O primeiro é operado pelo governo federal, sem incidência de juros, para estudantes que têm renda familiar de até três salários mínimos por pessoa; o percentual máximo do valor do curso financiado é definido de acordo com a renda familiar e os encargos educacionais cobrados pelas instituições de ensino. Já o P-Fies funciona com recursos dos fundos constitucionais e dos bancos privados participantes, o que implica cobrança de juros.

(Fonte: Agência Brasil)

O Maranhão está mais uma vez no topo do pódio em eventos nacionais de kitesurfe. A kitesurfista maranhense do Time Fribal, Socorro Reis, conquistou, nessa segunda-feira (2/11), o título do Floripa Foil Festival, competição realizada na Praia de Canajurê, em Santa Catarina. A atleta, que é patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, foi simplesmente impecável durante os três dias de competição para levar o troféu de campeã na categoria feminina. Além disso, Socorro ainda terminou na terceira colocação na classificação geral, que leva em conta os resultados de homens e mulheres.

Com o belo desempenho na Praia do Canajurê, a maranhense amplia sua boa fase no cenário nacional e chega ainda mais confiante para as disputas de dois importantes eventos, que ocorrerão simultaneamente, durante esta semana, em Itajaí (SC): o Campeonato Brasileiro e a etapa do Mundial (Hydrofoil Pro Tour).

“A conquista do Floripa Foil Festival me faz ver que estou no caminho certo, que toda a dedicação e empenho é gratificante no final. Isso me motiva mais a continuar acreditando. Agora, é seguir em busca do tetracampeonato brasileiro e de uma boa colocação no Hydrofoil Pro Tour”, afirmou a maranhense após ser campeã no feminino e terceiro colocada no geral do Floripa Foil Festival.

O atual momento de Socorro Reis é simplesmente espetacular. A kitesurfista maranhense é um dos nomes mais importantes da modalidade no país. No fim de agosto, ela já havia brilhado na disputa da Fórmula Kite Ceará, competição realizada na Praia de Iracema. Na categoria feminina, a maranhense não deu chances às adversárias e ficou com o primeiro lugar. Já na classificação geral, que contabiliza resultados de homens e mulheres, a kitesurfista do Time Fribal terminou na terceira posição.

Vale destacar que a maranhense é, ainda, a atual tricampeã brasileira de hydrofoil e está entre as favoritas da disputa nacional desta semana em Itajaí. Os últimos resultados da kitesurfista a credenciam a brigar pelo tetra no Campeonato Brasileiro deste ano. Além disso, Socorro Reis venceu o Campeonato Centro e Sul-Americano do ano passado e representou o Brasil nos Jogos Mundiais de Praia.

“Agora, sigo focada para o Campeonato Brasileiro e o Hydrofoil Pro Tour. Só tenho a agradecer o patrocínio da Fribal e do governo do Estado que, pela Lei de Incentivo ao Esporte, me possibilitam acreditar e me dedicar ao esporte, e a todos que, de alguma forma, me apoiam”, concluiu a maranhense.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

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“(...) A escola enche o menino de matemática, de geografia, de linguagem, sem, via de regra, fazê-lo através da poesia da matemática, da geografia, da linguagem. A escola não repara em seu ser poético, não o atende em sua capacidade de viver poeticamente o conhecimento e o mundo. (...)”
(Carlos Drummond de Andrade, em “A Educação do Ser Poético”, 20/7/1974)

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Nascemos poesia e morremos pó. E entre um e outro momento nos perdemos daquilo que, bebê, criança, viam em nós: emoção, inspiração, razão de ser.

É isso mesmo: Por que retiram ou retiramos de nós o encanto de nascença e, como vítimas de Medusa, tornamo-nos pedras, calcificamos os sentidos, endurecemos a sensibilidade?

Estamos sempre em busca de TORNAR SONHOS EM OBRAS CONCRETAS quando deveríamos TRANSFORMAR A CONCRETUDE EM OBRA DE SONHOS.

A escola, como espaço de alimentação de cérebros, de formação de pessoas, poderia ser esse espaço de sensações... sentimentos... sensibilidades. Um espaço com/sentido, com/sentimento.

A escola não deveria envergonhar-se de seguir uma “receita”: aplicar “injeções” de poesia, por via intraneural, diariamente, no início de cada aula. Uma leitura de texto poético, selecionado pelos próprios alunos... e pronto.

Não é para “descobrir” poetas no meio deles – É PARA NÃO ENCOBRIR A HUMANIDADE DENTRO DELES.

Não é, muito menos, para formar escritores – é para não deformar gentes.

A poesia não faz milagres – o milagre somos nós. Somos poesia, somos “poiésis” – “criação”, “obra poética”, em grego.

O mundo precisa de médicos, de engenheiros, de advogados...

O “mercado” precisa de trabalhadores, de profissionais, de consumidores...

A escola não precisa ser só fábrica de doutores. A “schole” significa “lazer”, não “fazer”. Escola, portanto, é espaço de libertação, imaginação... De MAIS poesia.

Mas o que se vê são conteúdos demais, formalistas demais – não é à toa que eles se chamam “disciplina”).

O que se vê são conteúdos duros demais – não é à toa que eles também se chamam... “matéria”.

Claro que quase sempre não é fácil a “leitura” poética. Aí, bem... aí vai depender da formação/informação/afirmação de cada leitor da poesia. Vai depender de seu cardápio de conteúdos, seu “menu” de sensibilidade.

Cada aluno, em fases etárias diversas, tem seu próprio “apanhado” de coisas – o que lê, o que ouve, o que conversa, o que sonha, o que faz, o que reflete...

O caldeirão de saberes, fazeres e pensares poderá conter algo mais denso ou, por enquanto, ainda ralo, mas existente. Todos temos algo a dizer de tudo. Pode faltar vontade ou oportunidade para expressar isso, mas que temos, temos!

Há, sim, espaço para a poesia.

Dentro das pessoas.

Dentro das escolas.

* EDMILSON SANCHES

31 de outubro – Dia Nacional da Poesia. Nessa data, em 1902, nasceu, em Minas Gerais, o poeta Carlos Drummond de Andrade, falecido no Rio de Janeiro há 30 anos, em 17/8/1987. O Dia Nacional da Poesia foi instituído pela Lei federal nº 13.131, de 3/6/2015. Antes, a data "não oficial" do Dia Nacional da Poesia era 14 de março, dia de nascimento do poeta baiano Castro Alves, em 1847 (falecido em 6/7/1871).

O Sampaio Corrêa, afirmava-nos um motense, está sem condições para ganhar o Moto Club. E mais “difícil será o Maranhão”. O Sampaio Corrêa “está em liquidação”. E outro motense: “o Sampaio está jogando mal”. E acrescentava: “não há milagres em futebol”. E rematando: “Moraes, em futebol prevalece a técnica”. E parece que esse diagnóstico circulava até mesmo no meio da torcida do “mais querido da cidade”. Mas havia, com muitos sampaínos, a tradição. E de pé aquele “slogan”: “Sampaio é sempre Sampaio”.

E as partidas decisivas surgiram. E o Sampaio “arrasado” acabou com as pretensões dos atleticanos. O “Maranhão” saiu de campo com a derrota, liquidado. Mas havia o Moto Club. Havia o “perigo”. E, com o Moto, “tudo seria diferente”. A expectativa era geral. Um amigo nosso, entendido no “assunto”, repetia-nos a advertência: “O Moto vai vencer. Tem todas as possibilidades. Está em ‘forma’, ‘tinindo’. Tecnicamente é o melhor conjunto que temos. No momento, não há mesmo adversário capaz de “surpreendê-lo. E o Sampaio, meu caro, não está preparado para vencer o Moto. Ultimamente, o Sampaio decaiu. Atravessa uma fase precária. E você vai sofrer uma decepção”.

E a vitória sobre o Maranhão? “Bem... aquilo... sim, o Sampaio jogou com a sorte... pura sorte... Você foi ao jogo?” Não. Fico em casa ouvindo às vezes. Então, dizia o informante, “você não pode ter uma noção exata da partida Sampaio X Maranhão. Os atleticanos jogaram melhor... mas, com o Sampaio, prevaleceu o fator sorte”.

Mas conosco a certeza e a confiança no Sampaio Corrêa. Não nos deixamos envolver pelos informáticos, para nós, desencontrados. E, dentro de nós, aquela velha advertência: “futebol não tem lógica”. E o impossível sempre acontece. Mas acontece que, com o Sampaio, não há o impossível. Há a “raça”, o amor à “camisa”. Há a tradição. Há o “espírito de luta”. Há a grandiosidade duma vontade determinada. E, com esse raciocínio, a confiança inabalável. Viria a vitória esmagadora. Viria o resultado certo e justo. Um pensamento firme. E veio o jogo com o Moto. Não ouvimos NADA. Uma inquietação dentro de nós. De momento, a notícia alvissareira: “Sampaio ganhando por 1 a 0. Uma vibração esticando-se dentro da gente. Uma sensação muito íntima se esmagando na pressão das dúvidas e das incertezas. E já no “apagar das luzes”, no esgotamento do tempo regulamentar, a grita do empate. Um resultado que afastava uma decisão tranquila, mas que garantia, para o Moto, uma oportunidade. Conosco as preocupações mais fortes. No pensamento, desfilavam aquelas advertências terríveis: “Sampaio está liquidado”. Mas contra isso o “slogan” da esperança: “Sampaio é sempre Sampaio”.

E a segunda “partida” foi realizada. Uma tarde de Sol. Um Sol meio escondido lá no alto. Um “azul e branco” maravilhoso. Lá no Santa Izabel, as duas equipes. E, quando o locutor anunciava o começo da jornada, nós, alma inquieta, coração em pulos, fechamos o rádio. Os cigarros se sucediam. Um andar miúdo pela varanda. Um abrir e fechar de janelas. E, de momento, a “história” daquele gol de Tonho. Abrimos o rádio e escutamos a descrição do lance. Maravilha! Mas seria mesmo maravilha?! Bem, não importava. Era gol. E abandonamos o rádio. Ficamos agora quieto. Um silêncio trancado dentro de nós. Agora, com o segundo tempo, tínhamos os olhos fixos nos ponteiros do relógio. Os quarenta e cinco minutos pareciam uma eternidade. Abrimos o rádio e ouvimos, por alguns instantes, o descritivo alucinante da insistência motense empurrando a bola para o arco de Brito. E Brito “pegando tudo”. Brito fenomenal. Com os demais jogadores, a luta heroica, a fibra, a determinação de vencer. E acabaram-se os quarenta e cinco minutos! Sampaio Corrêa sagrava-se Bicampeão Maranhense. Com o Moto, o “adversário que soube perder”.

Vitória, para nós, de gigantes. Vitória maiúscula. Vitória do Sampaio Corrêa. E repetimos, não sabemos quantas vezes: “Sampaio, sempre Sampaio”. E a alma liberta das inquietações. E, na valentona, gritamos para um motense: “conheceu papudo! E ele, revidou: “SORTE”.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 13 de fevereiro de 1966 (domingo).