Skip to content

A primeira edição da Copa Interbairros de Futebol 7, competição patrocinada pelo governo do Estado e pelo Camiño Supermercados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte e que possui o apoio da Federação Maranhense de Futebol 7, vai agitar os fins de semana de janeiro e fevereiro em São Luís com disputas nas categorias Sub-11 e Sub-13. Os jogos serão realizados no A&D Eventos, no Bairro do Turu, a partir do dia 19 deste mês sempre começando às 8 horas.

A Copa Interbairros de Futebol 7 reunirá 16 times no total, sendo que oito equipes disputarão o campeonato Sub-11, e outras oito, o torneio Sub-13. Além de fomentar a prática do fut7, esta competição tem o caráter de inclusão social, uma vez que todas as equipes serão formadas por jovens carentes da capital maranhense.

De acordo com a organização do torneio, os jovens atletas receberão “kits” completos para participar da Copa Interbairros de Futebol 7. Os “kits” são compostos com uniforme, chuteira, caneleiras, meiões e bolsas esportivas e serão entregues no próximo dia 12 de janeiro, durante o lançamento oficial da competição.

“A importância dessa competição é muito grande para a fomentação do esporte no Estado. A prática do futebol 7 vem crescendo no Brasil e no Maranhão, e a Copa Interbairros vem para abrilhantar mais ainda a modalidade. Por ser disputada nas categorias Sub-11 e Sub-13, vai abranger as escolinhas que têm um trabalho social com crianças nessa idade. Essa competição é o carro-chefe do calendário maranhense do futebol 7 e, com certeza, só tem a crescer a cada ano”, afirmou Waldemir Rosa, presidente da Federação Maranhense de Futebol 7.

Siga a Copa Interbairros de Futebol 7 no Instagram e no Facebook (@copainterbairrosfut7ma) e fique por dentro de todas as informações da competição.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

9

Cursos de graduação presenciais poderão ofertar até 40% das aulas a distância. O limite anterior era de 20%. A medida está prevista em portaria publicada nessa segunda-feira (31/12) no Diário Oficial da União pelo Ministério da Educação (MEC). A medida não vale para cursos da área da saúde e de engenharia.

A portaria estabelece que os estudantes devem ser informados pelas instituições de ensino superior que parte do curso presencial será ministrada a distância. As instituições devem detalhar, de maneira objetiva, as disciplinas, conteúdos, metodologias e formas de avaliação dessas aulas.

Além disso, mesmo que sejam ministradas em formato de educação a distância (EaD), as avaliações e as atividades práticas exigidas devem ser realizadas presencialmente na sede ou em algum dos “campi” da instituição de ensino.

De acordo com a portaria, para ofertar até 40% da carga horária do curso a distância, a instituição de ensino superior deve cumprir alguns requisitos como estar credenciada no MEC nas modalidades presencial e a distância e ter um Conceito Institucional (CI) igual ou superior a 4. O curso que terá parte das aulas a distância deve ter Conceito de Curso (CC) igual ou superior a 4. Ambos conceitos são calculados a partir de avaliações do MEC e seguem uma escala que vai de 1 a 5.

A instituição deve ainda ter um curso de graduação na modalidade a distância, com CC igual ou superior a 4. Esse curso deve ser equivalente, ou seja, ter a mesma denominação e grau, a um dos cursos presenciais ofertados pela instituição.

Para as instituições que não cumprem esses requisitos, o limite da oferta de EaD em cursos presenciais segue sendo de até 20% da carga horária total do curso.

Repercussão

A medida foi elogiada pelas mantenedoras de ensino privado. As particulares detêm a maior parte das matrículas no ensino superior no Brasil, 75,3%, de acordo com o último Censo da Educação Superior. Detêm também 90,6% das matrículas em EaD.

Segundo o diretor da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Sólon Caldas, a medida “vem ao encontro do movimento que o mundo todo está fazendo no que diz respeito ao acesso à educação por meio da tecnologia. O benefício para os estudantes é maior ainda ao flexibilizar e permitir que tenham acesso ao conteúdo da forma e em horário que melhor lhes convier”.

O diretor disse ainda que, com relação à qualidade, as instituições que oferecerem essa possibilidade aos seus alunos “vão estar amparadas em um alto padrão de qualidade, haja vista os requisitos de oferta, quais sejam: CI e CC com no mínimo 4”.

Para o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) a preocupação é com a qualidade do ensino, uma vez que cursos a distância têm pior desempenho que os presenciais nas avaliações do MEC. O sindicato reclamou que a comunidade acadêmica não foi consultada antes da medida ser tomada.

“Uma coisa é país que universalizou a educação com qualidade introduzir aulas a distância como tecnologia para uma parte, uma parcela ou um segmento. Outra coisa é um país, como o Brasil, que sequer universalizou um ensino básico, e o superior não atinge nem 40% da população. O ensino superior no Brasil é algo que já é restrito, não é para todos e vai ser de mais baixa qualidade”, disse a secretária-geral do Andes-SN, Eblin Farage.

Segundo o ex-secretário-executivo do Ministério da Educação Henrique Sartori, exonerado no último dia 28, a portaria coloca condições importantes para que a oferta de EaD chegue a 40%, como os requisitos de desempenho nas avaliações do MEC. “[A medida] foi aprovada com consulta ao CNE [Conselho Nacional de Educação]. A portaria nasce de uma provocação da Seres [Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior] ao CNE, e o CNE retifica essa possibilidade”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)

4

Sessenta e cinco dias após ter sido eleito, Jair Bolsonaro assume a Presidência da República, em uma cerimônia marcada para o início da tarde de hoje (1º), com atos no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto e no Itamaraty. Acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente eleito deixará a Granja do Torto, por volta das 14h10, seguindo para a Catedral de Brasília, na Esplanada dos Ministérios, onde se encontrará com o vice-presidente Hamilton Mourão.

Na Catedral, ocorre a troca de carros e se inicia o deslocamento dos dois casais, em veículos separados, até o Congresso Nacional. No trajeto, que deve durar cerca de 10 minutos, a comitiva presidencial é acompanhada por policiais a pé, por batedores da Polícia do Exército e pelo 1º Regimento de Cavalaria de Guardas – Dragões da Independência.

A sessão solene de posse de Bolsonaro será aberta às 15h, pelo presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE). Nessa sessão, Bolsonaro assume o compromisso de "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil".

O juramento é seguido do primeiro discurso de Bolsonaro como 38º presidente do Brasil. Parlamentares e convidados participam da solenidade que deve durar cerca de 45 minutos e ocorre no plenário da Câmara dos Deputados. Na saída do Congresso, Bolsonaro acompanhará a execução do Hino Nacional, a salva de 21 tiros de canhão e a exibição da Esquadrilha da Fumaça, bem como passará em revista às tropas.

Bolsonaro e Mourão, acompanhados das respectivas esposas, subirão a rampa do Palácio do Planalto por volta das 16h20. Serão recebidos pelo presidente Michel Temer e pela primeira-dama Marcela Temer. Todos seguirão para o parlatório. Depois de passar a faixa presidencial, Temer e a primeira-dama se despedem do Palácio do Planalto.

Já com a faixa presidencial, Bolsonaro se dirigirá à nação, em um pronunciamento de, aproximadamente, 30 minutos, que será acompanhado pelo público presente na Praça dos Três Poderes. Após o discurso, o presidente vai para o Salão Nobre onde receberá os cumprimentos dos convidados e dará posse aos 22 ministros. O ato é seguido da fotografia oficial. A partir das 18h30, o casal Bolsonaro receberá os convidados em um coquetel no Palácio Itamaraty.

Segurança

A posse terá um esquema de segurança reforçado, o maior para uma cerimônia presidencial. Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro sofreu um ataque à faca, um dos motivos para a segurança reforçada. Desde sábado (29), carros e outros veículos não podem circular na Esplanada dos Ministérios, onde ocorrerá a cerimônia. Quem quiser assistir à posse terá que descer a Esplanada a pé. Não serão permitidos o acesso com bicicletas, skates e patins, por exemplo.

Outros itens proibidos para levar para posse: guarda-chuva, objetos cortantes, máscaras, carrinhos de bebês, fogos de artifício, bebidas alcoólicas, garrafas, sprays, bolsas e mochilas.

Quatro linhas de revistas serão montadas a partir da Rodoviária do Plano Piloto, com fiscalização manual da Polícia Militar. Detectores de metais também serão usados ao longo do percurso. A população só poderá passar pelas barreiras com frutas e pacotes de biscoitos, preferencialmente em sacola transparente.

A navegação no Lago Paranoá também será limitada, assim como há um esquema especial para defesa aérea e o controle de tráfego aéreo na capital federal.

A previsão é que 250 mil até 500 mil acompanhem a posse na Esplanada. Mais de 2,6 mil policiais militares trabalharão na região, com agentes do Exército, Polícia Federal, Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e Detran.

(Fonte: Agência Brasil)

O escritor israelense Amos Oz, de 79 anos, morreu hoje (28) em decorrência de complicações causadas pelo câncer. A informação foi confirmada pela filha. Ele ficou mundialmente conhecido por sua defesa na busca por soluções para o conflito entre israelenses e palestinos.

O israelense é fundador do movimento pacifista Paz Agora. Nos seus livros, ele relatou a reconstrução do povo judeu após o holocausto e as disputas territoriais envolvendo Israel.

Amos Oz nasceu em Jerusalém, em 1939, em uma família de estudiosos e professores, alguns dos quais militantes de direita sionistas vindos da Rússia e da Polônia.

Desde a guerra de 1967, Amos Oz publicou artigos e ensaios sobre o conflito árabe-israelense, lançando opiniões em defesa do reconhecimento mútuo e da coexistência entre Israel e um Estado palestino na Cisjordânia e em Gaza.

O autor recebeu o prêmio de maior prestígio de seu país: o Prêmio Israelense de Literatura em 1998. Em 2002, foi agraciado com o Prêmio de Liberdade de Expressão da União de Autores da Noruega e uma indicação para o Prêmio Nobel de Literatura. Em 2005, ele recebeu o prêmio Goethe e, em 2007, o Prêmio Príncipe das Astúrias de Letras.

Em 2004, Amos Oz e o acadêmico palestino Sari Nusseibeh receberam, conjuntamente, a Premi Internacional Catalunya pelo governo catalão por sua “contribuição decisiva para o desenvolvimento de valores culturais, científicos e humanos em todo o mundo”.

Entre suas principais obras, estão “Uma História de Amor e Trevas”, “Uma Certa Paz” e “Pantera no Porão”.

(Fonte: Agência Brasil)

O governo federal publicou hoje (28), no “Diário Oficial da União”, a lista com os feriados e pontos facultativos da administração federal em 2019. A lista não inclui feriados estaduais e municipais.

No próximo ano, os feriados que cairão no fim de semana serão: Tiradentes (domingo), Independência (sábado), Dia de Nossa Senhora da Aparecida (sábado) e Finados (sábado). Os demais vão cair em dias de semana.

A portaria, publicada pelo, Desenvolvimento e Gestão, diz que os dias de guarda dos credos e religiões, não relacionados, poderão ser compensados, desde que “previamente autorizados pelo responsável pela unidade administrativa do exercício do servidor”.

O texto diz ainda que o cumprimento dos feriados não deve trazer prejuízo da prestação dos serviços considerados essenciais e que caberá aos dirigentes dos órgãos e entidades “a preservação e o funcionamento dos serviços essenciais afetos às respectivas áreas de competência”.

Em relação aos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal, eles ficam proibidos de antecipar ou postergar ponto facultativo.

Veja as datas:

1º de janeiro: Confraternização Universal (feriado nacional);

4 de março: Carnaval (ponto facultativo);

5 de março: Carnaval (ponto facultativo);

6 de março: quarta-feira de Cinzas (ponto facultativo até as 14 horas);

19 de abril: Paixão de Cristo (feriado nacional);

21 de abril: Tiradentes (feriado nacional);

1º de maio: Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional);

20 de junho: Corpus Christi (ponto facultativo);

7 de setembro: Independência do Brasil (feriado nacional);

12 de outubro: Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional);

28 de outubro: Dia do Servidor Público (ponto facultativo);

2 de novembro: Finados (feriado nacional);

15 de novembro: Proclamação da República (feriado nacional);

24 de dezembro: véspera de Natal (ponto facultativo após as 14 horas);

25 de dezembro: Natal (feriado nacional);

31 de dezembro: véspera de ano-novo (ponto facultativo após as 14 horas)

(Fonte: Agência Brasil)

Hoje, há uma parte da obra de Pablo Neruda (1904-1973) que ganhou mais visibilidade no Chile que seus famosos poemas de amor, odes ou o celebrado livro “Canto Geral”.

Desde o início de novembro, viraram foco da atenção alguns parágrafos que, segundo especialistas na obra do poeta, passaram por anos de certa forma despercebidos – e, agora, são destacados e criticados por movimentos feministas. Eles fazem parte de cartas enviadas a amigos e do livro de memórias de Neruda, “Confesso que Vivi” (1974).

Os trechos vieram à tona depois que a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados do Chile propôs alterar o nome do aeroporto de Santiago, capital do país, acrescentando o nome deste que foi o terceiro latino-americano a ganhar um prêmio Nobel de Literatura.

"Não é tempo de homenagear alguém que maltratou as mulheres, que abandonou uma filha doente e confessou um abuso. Menos ainda para representar a imagem do país", escreveu, no Twitter, a deputada Pamela Jiles.

Mas quais são as acusações contra o poeta mais conhecido do Chile?

“Um erro da juventude”

Um dos casos sob polêmica foi relatado, ao que se sabe, apenas pelo próprio Neruda. Não há provas além do que ele escreveu, e também não se sabe porque o poeta decidiu falar do episódio em seu livro de memórias.

Em alguns parágrafos de “Confesso que Vivi”, o autor menciona um "encontro" que teve, quando era um jovem diplomata, com uma mulher pobre no Ceilão (atualmente Sri Lanka). Ela era encarregada de recolher uma lata onde ele deixava suas fezes.

"Certa manhã, muito determinado, segurei-a firmemente pelo pulso e olhei-a no rosto. Não havia linguagem com a qual eu pudesse falar. Ela se deixou ser guiada por mim sem um sorriso e logo ficou nua na minha cama", diz o trecho.

"Foi o encontro de um homem com uma estátua. Ela permaneceu todo o tempo com os olhos bem abertos, impassível. Ela fazia bem em me desprezar. A experiência não se repetiu", conclui.

Mark Eisner, autor de “Neruda: O chamado do poeta” (2018), a mais recente biografia do Nobel chileno, destacou à BBC News Mundo (serviço em espanhol da BBC) que este episódio esteve publicado desde 1974, e ninguém se questionou sobre o que de fato se contava ali.

"Estamos diante da descrição de uma violação, o testemunho de um homem que fala como um impulso sua força sem consentimento contra uma mulher pobre", diz.

Rodolfo Reyes, sobrinho de Neruda, opinou que o relato pertence a memórias poéticas e que, por isso, nem tudo escrito deve ser tomado literalmente.

"Além disso, Neruda era um jovem de 24 anos, sozinho na Ásia", disse Reys à BBC News Mundo. "O que ele relata deve ser visto naquele contexto. E, se aconteceu, foi em sua juventude, com uma falta de experiência total. Mais tarde, na mesma passagem, ele disse que não voltou a fazer aquilo, e pede desculpas nesse sentido".

Secretário-executivo da Fundação Pablo Neruda, Fernando Sáez destaca que a releitura desse episódio se relaciona com o auge dos movimentos feministas, mas que é preciso não "distorcer a história encaixando os fatos do passado nos princípios de hoje".

"Não quero justificar o que aconteceu, mas infelizmente, naqueles anos e no Chile, houve abusos dos homens contra seus serventes, por décadas. Era algo normal e atual. Às vezes com consentimento e às vezes sem, mas sempre a partir do poder que o homem tinha como patrão", comenta o representante da fundação.

Conotação política

Fernando Sáez diz também que, por trás das críticas que permeiam o debate sobre o aeroporto, está uma "desconfiança" contra o poeta por causa de sua militância no Partido Comunista.

"É a direita mais dura aquela que exerce um poder para desmerecer sua imagem (a de Neruda)", diz ele.

Já para Mark Eisner, biógrafo de Neruda, "uma violação é uma violação não importa em qual século nem em qual contexto cultural, político e legal".

"As ações descritas ali, chamemos de abuso sexual, estupro ou o que quisermos, são o comportamento de um homem que impôs sua sexualidade a uma mulher", diz o escritor.

"E o fato de ele se arrepender ou não, não torna a ação menos questionável. Posso admitir que matei ou estuprei alguém e depois me desculpar, mas isso não tira minha culpa e responsabilidade".

A filha “esquecida”

Outra faceta do poeta questionado por feministas, na verdade... Não está no livro de memórias.

O que se critica é justamente a ausência: nas mais de 500 páginas do título, não há uma única referência do autor à sua única filha, Malva Marina. Ela nasceu com hidrocefalia e morreu aos oito anos, sob os cuidados de amigos da mãe da menina.

Uma das raras menções de Neruda à criança está em uma carta que ele enviou a alguns amigos na Argentina, por meio de palavras duras.

"Minha filha, ou como a chamo, é um ser perfeitamente ridículo", escreveu à amiga Sara Tornú.
De acordo com Eisner, Neruda "teve vergonha" da filha por ela ter nascido com uma doença congênita que a impedia de andar e falar. Quando a menina tinha dois anos, o poeta abandonou ela e sua mãe, a holandesa Maria Antonieta Hagenaar.

"Há várias cartas conservadas em que a mãe pedia dinheiro desesperadamente, que ele fizesse as tarefas de pai. Neruda as ignorou, muitas vezes não enviou dinheiro. Elas passavam por uma situação muito difícil, era Segunda Guerra Mundial", diz o biógrafo.

Mario Amorós, autor de outra biografia - "Neruda: O Príncipe dos Poetas” (2015), afirma que a atual interpretação dos laços com Malva Marina descontextualiza as circunstâncias da época.

"Após se separar de sua esposa holandesa, ele continua com sua vida no Chile e, depois, vai para o México. Mas ele não abandonou a filha. Tampouco foi o melhor pai, isso é indiscutível. Mas, naquele mundo e naquela época, eram as mulheres que cuidavam das crianças, e os homens desconsideravam as tarefas domésticas", diz.

Amorós, que decidiu não incluir em sua biografia o episódio do Sri Lanka, concorda, no entanto, que quem busca atacar Neruda pode encontrar nessa história e na relação com a filha uma base para controvérsias.

"Curiosamente, aqueles que se lembram dessas questões esquecem a dimensão humanista de Neruda, uma pessoa cuja poesia e vida estão no alto da literatura e do compromisso político", disse à BBC Mundo.

Para a poeta e feminista Paula Ilabaca, a divulgação desses episódios polêmicos foram "um duro golpe para os chilenos, porque, nesse país, Neruda é como um pai". Crítica ao projeto de mudar o nome do aeroporto em Santiago, ela aponta como principal preocupação diante da história de Neruda o endosso a atitudes semelhantes que podem repetir-se hoje.

"Me causou muita dor também conhecer o episódio do abuso (sexual). Mas isso passou. Agora, me preocupo mais com o fato de que essas atitudes possam continuar sendo tomadas por escritores diante de mulheres jovens, algo que acontece com muitas de nós em festivais literários", disse à BBC Mundo.

(Fonte: Portal Globo.com)

Morreu nessa quinta-feira (27), aos 93 anos, a ialorixá baiana Mãe Stella de Oxóssi, considerada uma das referências do candomblé no país. Ela estava internada desde o início do mês no Hospital Incar, em Santo Antônio de Jesus (BA), por causa de uma infecção.

Em comunicado, o hospital informa que a ialorixá teve sepse urinária, insuficiência renal crônica e hipertensão arterial sistêmica, morrendo às 16h.

Nascida em 2 de maio de 1925, em Salvador, Maria Stella de Azevedo Santos, Mãe Stella de Oxóssi, Odé Kayode, era a quinta ialorixá do terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, um dos mais tradicionais da Bahia. Foi levada a um terreiro e conheceu o candomblé por meio de uma tia quando era adolescente. Trabalhou como enfermeira ajudando, principalmente, os mais pobres. Escreveu vários livros, entre eles, “Meu tempo é agora”, “Òsósi – O Caçador de Alegrias”, “Epé Laiyé – terra viva” e “Ófun”, sendo uma das primeiras mulheres a escrever sobre candomblé no país.

Defensora da cultura negra, foi agraciada com diversos títulos, como o de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia (2005) e da Universidade do Estado da Bahia (2009). Em 2013, foi eleita para a Academia de Letras da Bahia, onde tomou posse da cadeira número 33 – já havia sido ocupada pelos escritores Castro Alves e Ubiratan Castro de Araújo.

(Fonte: Agência Brasil)

Morreu, no fim da tarde desta quinta-feira (27/12), a cantora e compositora Miúcha, aos 81 anos, em decorrência do tratamento de um câncer. Ela foi internada às pressas e teve uma parada respiratória.

Filha do historiador e jornalista Sérgio Buarque de Holanda e da pintora e pianista Maria Amélia Cesário Alvim, Miúcha lançou 14 álbuns ao longo de sua carreira de mais de 40 anos.

Ela é mãe da também cantora Bebel Gilberto, fruto de seu casamento com o músico João Gilberto, e irmã de Chico Buarque.

Heloísa Maria Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1937, e mudou-se para São Paulo com a família quando tinha 8 anos. Começou a cantar ainda criança, vindo a formar um grupo com seus irmãos — Chico, inclusive. Suas primeiras noções de violão foram dadas por um amigo da família, o poeta Vinicius de Moraes. "Depois, eu ensinava pro Chico o pouco de violão que tinha aprendido com Vinicius. E Chico logo começou a brincar de fazer música", contou Miúcha em entrevista ao “Globo” em 2016.

Nos anos 1960, ela estudou História da Arte em Paris, na École du Louvre. Em Roma, foi apresentada pela cantora chilena Violeta Parra a João Gilberto, com quem viria a casar, tempos depois, em Nova York.

"Não sabia nem falar inglês, mas arrumei um emprego de datilógrafa. Eu era desenhista, tinha feito publicidade. Uma das perguntas que me fizeram, na entrevista, foi se eu era boa com ‘figures’ (cálculos, números, em português). Eu disse 'oh, yes', pensando que era desenhar figuras (risos)", revelou Miúcha na entrevista ao “Globo” de 2016. "Casei com João em 1965. Na época, viajávamos muito, nos mudamos muito. Uma vez peguei um ônibus errado, fui parar em New Jersey, gostei e voltei com uma casa alugada.

Miúcha inicou a carreira artística de fato em 1975, cantando no disco "The best of two worlds", de João Gilberto e Stan Getz. Ainda naquele ano, apresentou-se no Newport Jazz Festival, fez “shows” com Stan Getz e participou da faixa "Boto", do LP "Urubu", de Tom Jobim.

Ela seguiu a parceria com o maestro no LP "Miúcha e Antônio Carlos Jobim" (de 1977), que se destacou pelas faixas "Maninha" (composta especialmente para ela por Chico), "Pela luz dos olhos teus" e "Vai levando". Ainda em 77, entrou no “show” "Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha", que ficou quase um ano em cartaz no Canecão antes de percorrer América do Sul e Europa. O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado em disco. No mesmo ano, Miucha participou do musical "Os Saltimbancos", adaptado para o Brasil por Chico, interpretando a Galinha, com a filha Bebel no coro infantil.

Em 1979, a cantora gravou com Tom o LP "Miúcha & Tom Jobim", que trouxe as faixas "Triste alegria", de sua autoria, "Falando de amor" (de Tom) e "Dinheiro em penca", única parceria de Tom Jobim com o poeta Cacaso. No ano seguinte, ela lançou o disco "Miúcha", com arranjos de João Donato e com a participações da filha Bebel (cantando na faixa "Joujoux et Balangandans"), e de João Gilberto (violão em "All of me" e "O que é, o que é").

(Fonte: Portal Globo.com)

A Seleção de João Lisboa conquistou o título da sétima etapa do Campeonato Maranhense de Beach Soccer, competição promovida pela Federação Maranhense de Beach Soccer (FMBS) com o patrocínio do governo do Estado e da Cerveja Glacial por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Na decisão, a equipe joão-lisboense não teve dificuldades para derrotar Cidelândia por 8 a 1. O torneio foi realizado na cidade de Imperatriz.

Com o título, João Lisboa se classificou para a fase final do Campeonato Maranhense. Apesar da goleada sofrida na decisão, Cidelândia também se garantiu na fase decisiva do Estadual.

Para chegar ao título, João Lisboa não teve vida fácil. Após estrear com vitória por 3 a 2 sobre Itinga, a equipe foi goleada por Governador Edson Lobão: 6 a 2. Mesmo com o revés na fase de grupos, os joão-lisboenses conseguiram avançar às semifinais, onde reencontraram a Seleção de Governador Edson Lobão.

Desta vez, a história do confronto foi bastante diferente, e João Lisboa venceu por 4 a 3 para chegar à decisão contra Cidelândia, que havia eliminado a Seleção de Imperatriz nas semifinais: 5 a 4.

Com a definição desta etapa, 14 seleções estão classificadas na fase final do Campeonato Maranhense de Beach Soccer. São elas: São Luís, Paço do Lumiar, Pinheiro, Santa Helena, Parnarama, Matões, Trizidela do Vale, Lima Campos, Barreirinhas, Santo Amaro, Tutoia, Paulino Neves, João Lisboa e Cidelândia.

No site da FMBS (www.beachsoccerma.com.br) e em suas redes sociais oficiais (@beachsoccerma), estão disponíveis todas as informações da competição estadual. O Campeonato Maranhense de Beach Soccer de Seleções Municipais é uma realização da Federação Maranhense de Beach Soccer (FMBS) e conta com o patrocínio do governo do Estado e da Cerveja Glacial por meio da Lei de Incentivo ao Esporte.

Guido Schäffer, seminarista e surfista

Florianópolis, 18 de outubro de 1991. O papa João Paulo II cumpria uma maratona no país — em dez dias, visitou dez capitais. Na capital catarinense, aproveitou a celebração da beatificação de Madre Paulina para encaixar uma opinião pessoal: “O Brasil precisa de santos, de muitos santos!”.

Foi a senha para o início de uma força-tarefa que está inserindo cada vez mais compatriotas na fila pelo título mais prestigiado da Igreja Católica. Por enquanto, poucos conquistaram a canonização.

Até o ano passado, o único brasileiro a ser declarado santo, com decreto assinado em 2007 pelo papa Bento XVI, havia sido o Frei Galvão. O jejum acabou quando Francisco deu a mesma honraria a 30 mártires do Rio Grande do Norte.

Também são considerados santos nacionais a Madre Paulina, nascida na Itália, e o espanhol São José de Anchieta, mas o país corre atrás de mais reconhecimentos. Por isso, hoje, estima-se que cerca de 90 comissões postuladoras da causa dos santos estejam montando processos de quase cem candidatos à canonização.

Odete Vidal de Oliveira, a Odetinha

Os passos para a santidade

É um caminho complexo e demorado. Normalmente, o postulante se torna um “servo de Deus”, com a abertura do procedimento. Se ele apresentar as virtudes necessárias, é proclamado “venerável”. Caso se prove um milagre por sua graça, é beatificado. A canonização acontece com a comprovação de um segundo milagre.

Hoje, mais de 130 brasileiros são considerados pela Igreja servos de Deus, veneráveis ou beatos.

— O Brasil, um imenso país católico, olha para o exterior e ignora que também abriga santos — avalia o português Miguel de Salis Amaral, consultor da Congregação da Causa dos Santos do Vaticano. — a Igreja e a população devem assumir o desafio de identificá-los. E não se deve procurá-los apenas entre padres e freiras. Até crianças podem inspirar devoção.

É o caso de Odete Vidal de Oliveira, a Odetinha, uma menina que viveu na década de 1930, em Botafogo, na zona sul do Rio. A menina, morta aos 9 anos de paratifo, uma doença de origem bacteriana, impressionou os católicos por suas obras de caridade. Organizava refeições beneficentes, fazia doações para mendigos e convenceu os pais a começar uma obra social para meninas órfãs. Hoje, ela é considerada serva de Deus.

Odetinha chegou ao Vaticano graças à dedicação do padre João Cláudio, que passou quatro anos montando sua biografia, baseado em entrevistas com testemunhas, pesquisas de campo e análise de documentos. E assegura que está pronto para levar o caso a um tribunal eclesiástico, que investigará a santidade da menina.

— Uma pessoa só pode ser canonizada se for comprovado que ela cumpriu dois milagres. Vi centenas de relatos interessantes, como pessoas que, após orarem por ela, curaram-se de câncer terminal e sobreviveram a acidentes e a atos de violência, como tentativas de assassinato — explica.

João Cláudio integra a Comissão da Arquidiocese do Rio de Janeiro para a Causa dos Santos, presidida por dom Roberto Lopes. A equipe, formada em 2011, também conseguiu o título de servo de Deus para Guido Vidal França Schäffer. O médico e seminarista atendia, gratuitamente, a moradores de rua. Ele morreu afogado aos 34 anos, enquanto surfava, em 2009.

— Entrevistamos mais de 30 pessoas para mostrar o caso de Guido ao Vaticano e, depois, será montada sua biografia oficial. E estamos recebendo milagres que serão apurados por uma equipe científica. Esperamos que ele e Odetinha sejam os primeiros beatos do Rio, o último passo antes da canonização — diz dom Roberto. — Nossa equipe conversa praticamente todos os dias e, uma vez ao ano, há a reunião nacional das comissões postuladoras de santos.

Dom Roberto assinala que as dioceses estão, cada vez mais, organizadas, formando padres e trazendo leigos especificamente para organizar os trabalhos de canonização.

Princesa Isabel em 2019

No ano que vem, a comissão pode iniciar a candidatura à canonização da Princesa Isabel, que assinou a abolição da escravatura no país, em 1888. Mas o processo já provoca controvérsias, porque uma corrente de historiadores defende que outras pessoas, que não tiveram uma posição privilegiada na sociedade, foram mais combativas na libertação dos escravos. Desta forma, seriam mais dignos de reconhecimento.

(Fonte: Portal Globo.com)