Skip to content

Maior exibição de Adriana Varejão começa na Pinacoteca São Paulo

Fachada da Pinacoteca São Paulo

A Pinacoteca São Paulo inaugura, hoje (26), a exposição mais abrangente da obra produzida pela artista Adriana Varejão. A mostra reúne mais de 60 trabalhos da artista carioca, realizados entre os anos de 1985 e 2022, alguns deles inéditos e produzidos especialmente para a ocasião. A exposição Adriana Varejão: Suturas, Fissuras e Ruínas fica em cartaz até o dia 1º de agosto.

Adriana Varejão

As obras vão ocupar sete salas da Pinacoteca, além de um espaço especial no Octógono, área central do museu, que vai exibir cinco trabalhos, sendo dois deles inéditos: Moedor e Ruína 22. Também estará em exibição a obra Ruína Brasilis, que foi doado pela artista para o acervo da Pinacoteca. A curadoria da mostra é de Jochen Volz, diretor-geral do espaço.

“O que para mim é latente nesta mostra é a maneira como Adriana Varejão trabalha com a pintura, pois, desde o início, ela segue uma direção que vai além da bidimensionalidade da tela, usa elementos que rompem a matéria; são frestas, cortes, vazamentos que descortinam uma situação e dão um novo significado, como as ‘vísceras’ e ‘carnes’ que se derramam em muitos dos seus trabalhos”, diz o texto do curador sobre a exposição.

A obra de Adriana Varejão mescla elementos barrocos com a arte contemporânea e questiona o passado colonial. Em seu trabalho, a superfície da tela não é apenas um suporte: ela é cortada, rachada, talhada e fissurada, expondo suas entranhas e vísceras e adquirindo novos sentidos.

Além desses trabalhos, estarão expostos também os seus famosos azulejos. Uma das salas de exposição estará dedicada a essas pinturas influenciadas pela azulejaria portuguesa, como a instalação Azulejões, composta por 27 telas.

Outra sala será dedicada às obras de Varejão que versam sobre as ficções históricas, em que ela busca dar novos significados a mapas, paisagens e interiores do passado colonial. Nessa sala, será exibida a pintura Autorretratos coloniais, em que a artista discute assuntos relacionados à violência racial.

Mais informações sobre a exposição podem ser obtidas no site da Pinacoteca. A Pinacoteca tem entrada gratuita aos sábados.

(Fonte: Agência Brasil)