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A 16ª edição do Festival Latinidades de Mulheres Negras, Latino-americanas, Caribenhas e da Diáspora Negra teve início nessa quinta-feira (6), no auditório do Museu da República, em Brasília, promovido pelo Instituto Latinidades e que tem apoio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Este ano, o tema do festival é “Bem viver” dessas mulheres. A produtora cultural e diretora-geral do Festival Latinidades, Jaqueline Fernandes, destacou a relevância dos debates dentro do evento.

“Quando olhamos para os indicadores da condição da mulher negra na sociedade, vemos que ainda tem muita coisa para mudar. É isso que tentamos provocar aqui, com o tema do bem viver, com atividades e tentando expandir o 25 de julho, que é o Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha”, disse.

“O objetivo é ir além dos movimentos sociais. Para que toda a população em geral e a grande mídia possam olhar para essa data. Desejo que ela seja um marco de luta e que possamos celebrar a potência de mulheres negras, mas também denunciar a condição que a mulher negra vive na sociedade racista e machista”, completou.

O primeiro painel do evento dialogou sobre o Bem Viver, políticas públicas e urgências sociais. E contou com a participação das ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco; e da Cultura, Margareth Menezes. Também estiveram presentes a secretária-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Rita Cristina de Oliveira, e a deputada federal Celia Xakriabá (PSOL-MG). A mediação da roda de conversas foi feita pela assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Carmela Zigoni.

Anielle Franco enfatizou que a representatividade é transformadora e que políticas públicas estão sendo traçadas de forma intersetorial em temas como raça, gênero, renda e religião. “As mulheres negras brasileiras, latinas e caribenhas são formuladoras, executoras e beneficiárias de políticas públicas. São múltiplas com demandas complexas e fazem a economia do país girar. O Brasil feito com mulheres negras é um Brasil muito melhor para todos”, concluiu Anielle.

Margareth Menezes, que já se apresentou no palco da edição de 2011 do Festival Latinidades, ontem falou na condição de ministra da Cultura. Ela listou os editais de projetos abertos pelo ministério para valorizar a cultura do povo brasileiro, em especial das mulheres negras, além de outros recursos federais disponíveis para fomentar o setor, como a Lei Paulo Gustavo, o edital Ruth de Souza para viabilizar projetos de audiovisual; e o edital literário Prêmio Carolina Maria de Jesus, para promover a literatura brasileira escrita por mulheres.

“Quando a mulher negra se movimenta, tudo se movimenta, porque é a base que se movimenta. Ao mesmo tempo, essa potência e a tecnologia que temos de sobrevivência fortalece o Brasil, porque agora, que estamos chegando nos lugares de poder, é uma revolução que se faz, sem armas na mão, que fazemos com a nossa competência, com muita luta, com muito sangue. É uma revolução inteligente”, comemorou Margareth Menezes.

Celia Xakriabá, repudiou homenagens feitas a personalidades consideradas escravocratas de negros e indígenas, opressores e colonizadores europeus, em monumentos e nomes de locais públicos, como ruas, praças e pontes. Por outro lado, a parlamentar apontou que as mulheres indígenas e negras sempre estiveram organizadas contra o conservadorismo e o machismo vigente na sociedade brasileira.

“A luta não começa só quando chegamos a um ministério ou ao parlamento. Começa quando, lá no território, eu falo que para enfrentar a mineração e a colonização, somente ‘mulheração’. Nós chegamos para ‘mulherizar’, para reflorestar e para indigenizar essa política”.

Por fim, a secretaria-executiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Rita Oliveira, repetiu trechos do discurso de posse como ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, em janeiro deste ano. E exaltou: “Homens e mulheres pretos e pretas do Brasil, vocês existem e são valiosos para nós”.

A secretaria do MDHC relembrou a participação de mulheres negras em momentos históricos do país. “Assim como as mulheres negras foram fundamentais na luta contra a escravidão, para independência desse país, para construção do SUS, para a ciência, para educação, para a política, para o meio ambiente, em todos os espaços sociais, apesar da violência, da invisibilização, nós estamos aqui, nós sempre estivemos aqui e nós resistimos. Nós, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, contamos com vocês para fazer do Brasil o país do bem viver para todas, para todos e para todes”, finalizou Rita Oliveira.

O Festival Latinidades tem programação no Museu Nacional da República até domingo. Estão previstos debates, palestras, oficinas, vivências, painéis, conferências, lançamentos literários, rodada de negócios, desfiles e apresentações de dança, teatro e música, nos diferentes espaços internos e externos do complexo cultural, no centro de Brasília. Confira no site do evento.

(Fonte: Agência Brasil)

Atual campeão brasileiro Sub-18 de judô, o maranhense Antônio Eduardo Rocha (-66kg) continua em grande fase na atual temporada. Desta vez, o judoca da Academia Monte Branco sagrou-se campeão da Copa Pan-Americana Sub-18 de Judô, competição realizada na Arena de Esportes da Bahia, em Lauro de Freitas, nessa quarta-feira (5). O evento integra o Circuito Pan-Americano de Judô sob chancela da Confederação Pan-Americana de Judô. 

Na grande final da Copa Pan-Americana Sub-18, Antônio Eduardo Rocha precisou de apenas 17 segundos para derrotar Elias Moreira Neto, de Mato Grosso do Sul. Com um golpe perfeito, o maranhense venceu por ippon e garantiu a medalha de ouro. 

“Foi um excelente resultado para o judô do Maranhão com o atleta Antônio Eduardo Rocha, campeão da Copa Pan-Americana Sub-18 de Judô na categoria -66kg. Ele deu um grande passo para conquistar a vaga para disputar o Campeonato Mundial Sub-18 entre os dias 23 e 27 de agosto, em Zagreb, na Croácia”, afirmou Rodolfo Leite, presidente da Federação Maranhense de Judô (FMJ). 

Curiosamente, esta foi a segunda final consecutiva entre Antônio Eduardo Rocha e Elias Moreira Neto. No mês passado, os dois atletas haviam decidido o título do Campeonato Brasileiro Sub-18. Na ocasião, o judoca maranhense levou a melhor na competição nacional. 

Rumo ao Mundial

Com a medalha de ouro pan-americana, Antônio Eduardo Rocha deu um passo muito grande para representar o Brasil nas próximas edições dos Mundiais das equipes de base. Isso porque a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) atribuiu à Copa o peso de um Estágio Internacional no ranking nacional Sub-18. Os campeões e campeãs na Bahia somaram 200 pontos nesta que foi a última etapa classificatória para o Mundial.  

“O grande mérito do evento foi a gente trazer esse formato internacional em que os atletas podem pontuar e ranquear internacionalmente, eles terem acesso à estrutura de uma competição internacional dentro do Brasil. Esse é um bônus na parte de evolução técnica deles. Para a formação da equipe do Mundial, a grande vantagem é que a gente teve os melhores atletas do Brasil competindo numa competição aberta e sendo possível verificarmos quem são os melhores. De maneira geral, os que chegaram às finais eram os atletas que a gente esperava. Então, essa competição vai ser determinante para algumas escolhas. Nem todos os atletas atingiram os critérios para convocação direta. Então, para análise técnica, essa competição vai ser um parâmetro importante”, explicou José Olívio Júnior, treinador da seleção Sub-18 do Brasil.  

Excelentes resultados

Vale lembrar que em 2022, o judoca maranhense já havia sido destaque no cenário nacional. Antonio Eduardo Rocha chegou a ser convocado para integrar a Seleção Brasileira de Base que participou do Circuito Europeu de Judô e do Campeonato Mundial Cadete/Sub-18 de Judô, em Sarajevo, na Bósnia e Herzegovina, onde ele foi o único atleta nordestino na competição internacional. Na temporada passada, o atleta da Academia Monte Branco ainda foi campeão do Meeting Nacional, vice-campeão da Seletiva Nacional Sub-18 e vice-campeão pan-americano Sub-18.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Dando sequência à preparação em busca da tão sonhada vaga olímpica, o kitesurfista maranhense Bruno Lobo, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Bolsa-Atleta e da Revista Kitley, está pronto para mais uma importante competição na temporada de 2023. Principal nome da modalidade no país, Bruno vai participar do evento-teste da Olimpíada, que contará com a participação de 20 atletas e será realizado entre os dias 7 e 16 de julho, na Marina de Marselha, na França. 

Bruno Lobo chega a Marselha com a confiança renovada pelo excelente desempenho na Allianz Regatta, evento válido como etapa da Copa do Mundo de Vela e disputado no início de junho, em Lelystad, na Holanda. O atleta maranhense foi o melhor kitesurfista das Américas e conquistou a nona posição na classificação geral da competição, que reuniu os principais nomes da modalidade no planeta. 

“Estou muito feliz de representar o Brasil no evento-teste da Olimpíada, como único atleta da América do Sul. Espero fazer um grande evento, fiz uma boa preparação e estou muito confiante. Vou continuar batalhando e me dedicando para, se Deus quiser, voltar a Marselha no ano que vem para a disputa da Olimpíada e brigar por uma medalha. Agradeço aos meus patrocinadores, apoiadores e a todo mundo que está na torcida”, afirma Bruno Lobo. 

Antes do Top 10 na Allianz Regatta, Bruno Lobo também teve um desempenho de destaque na 52ª edição do Troféu Princesa Sofia, um dos eventos mais tradicionais da vela, em Palma de Mallorca, na Espanha. Na competição, Lobo foi o melhor atleta das Américas, ficou em sétimo lugar entre os países e também conquistou a 11ª posição na classificação geral, que contou com a participação dos 115 melhores kitesurfistas do mundo. Também em abril, Bruno representou o Brasil na tradicional Semana Olímpica Francesa, disputada em Hyères.  

Rumo a Paris 2024 

A temporada de 2023 é a mais importante da carreira de Bruno Lobo, que terá duas oportunidades para carimbar a vaga nos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, na França. O primeiro seletivo olímpico para o kitesurfista número 1 do Brasil será o Campeonato Mundial de Vela, entre os dias 10 e 20 de agosto, na cidade de Haia, na Holanda.

Depois do Campeonato Mundial, Bruno Lobo ainda terá outro evento classificatório para os Jogos Olímpicos pela frente. Entre os dias 25 de outubro e 5 de novembro, o kitesurfista maranhense vai competir nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile. O Pan traz ótimas recordações para Bruno, que teve um desempenho histórico e faturou a medalha de ouro na competição de 2019, em Lima, no Peru.  

Referência no Brasil e nas Américas

Nos últimos anos, o maranhense Bruno Lobo tornou-se a principal referência no kitesurf tanto no Brasil quanto nas Américas. Hexacampeão brasileiro de Hydrofoil, o atleta é dono de uma vasta coleção de títulos: foi campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, tricampeão das Américas (2020-2021-2022), octacampeão maranhense, entre outros. 

“Só tenho a agradecer aos patrocínios do Grupo Audiolar, do governo do Estado, do Bolsa-Atleta federal e da Revista Kitley por estarem ao meu lado nesse sonho de representar o Maranhão e o Brasil na Olimpíada de Paris. A cada competição, buscamos evoluir para conquistar a vaga olímpica. Muito obrigado pelo apoio e incentivo”, concluiu Bruno Lobo.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Tradicional palco das disputas de beach soccer, a Arena Domingos Leal, em São Luís, agora também é a casa do beach tennis. Pela primeira vez, um grande torneio da modalidade foi realizado em uma das principais praças esportivas do Maranhão. Promovida pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM) e contando com os patrocínios do governo do Estado e do Grupo Mateus por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, a 2ª etapa do Campeonato Maranhense foi um sucesso e reuniu mais de 300 atletas de diversas cidades no último fim de semana. O evento somou pontos para o ranking estadual da modalidade. 

Ao longo de quatro dias, a Arena Domingos Leal foi palco de disputas emocionantes entre os principais nomes do beach tennis no Maranhão. Nesta etapa do Campeonato Maranhense, atletas de oito cidades (Balsas, Caxias, Codó, Imperatriz, Pedreiras, Presidente Dutra, Santa Inês e São Luís) abrilhantaram o evento. 

“Foi um verdadeiro sucesso essa segunda etapa do Campeonato Maranhense de Beach Tennis. Conseguimos transformar a Arena Domingos Leal em um local onde só se respirava beach tennis. A modalidade é a que mais cresce no Estado e estamos provando que é possível fomentar o esporte e realizar eventos grandiosos. Ficamos felizes em contar com o governo do Maranhão e com o Grupo Mateus como patrocinadores por acreditarem e valorizarem, cada vez mais, o nosso esporte”, afirmou Menezes Júnior, presidente da FBTM. 

Ao todo, foram realizadas disputas em 19 categorias nesta edição do Campeonato Maranhense de Beach Tennis. Além dos torneios nos naipes masculino e feminino, a FBTM promoveu disputas nas categorias Sub-14 e Sub-16. 

Campeonato Maranhense

Na temporada 2023, o Campeonato Maranhense de Beach Tennis será disputado em quatro etapas. Dessas, duas já foram realizadas: a primeira ocorreu na cidade de Imperatriz, enquanto que São Luís sediou a segunda. 

Em agosto, a FBTM vai promover mais uma etapa válida pela competição estadual. Desta vez, a competição ocorrerá em Santo Amaro. Já a quarta e última etapa será em setembro, na cidade de Balsas. Vale destacar que os quatro eventos somam pontos para o ranking estadual, que definirá os atletas da equipe maranhense que serão convocados para o Campeonato Brasileiro da Confederação Brasileira de Beach Tennis, que ocorrerá em Recife (PE), entre os dias 2 e 5 de novembro. 

Transmissão ao vivo

Como forma de divulgar a modalidade, a segunda etapa do Campeonato Maranhense de Beach Tennis contou com transmissão ao vivo pelo novo canal Linha dos 3, no YouTube. “O Linha dos 3 é um canal 100% maranhense ligado aos esportes de areia. A estreia das transmissões ocorreu justamente nesta etapa do Estadual e deverá continuar nas próximas também. Estamos conseguindo valorizar a nossa modalidade e, com isso, vamos alcançar ainda mais pessoas e divulgar ainda mais as nossas competições”, explicou Menezes Júnior. 

RESULTADOS 2ª ETAPA

Sub-14

  1. Enzo Maia e Leonardo Regadas
  2. Davi Leite e Roberto Neto

Sub-16

  1. João Rodrigues e José Reis
  2. Carlos Lobo e Thiago Lopes

Feminino D

  1. Fernanda Rocha e Luciana Rocha
  2. Barbara Mendes e Paulinha Borges

Feminino C

  1. Paloma Trinta e Thálya Albuquerque
  2. Ana Coelho e Paola Marão

Feminino B

  1. Ludimila Araújo e Nathalia Couto
  2. Fernanda Santana e Tayara Carvalho

Feminino 40+

  1. Danielle Costa e Patrícia Monteiro
  2. Emmanuella Peixoto e Talyta Fialho

Feminino 30+

  1. Ludimila Araújo e Larissa Lassance
  2. Nathalia Couto e Tayara Carvalho.

Masculino D

  1. Artur Lobão e David Alencar
  2. Jesus Victor e Uriarle Campos

Masculino C

  1. Igor Sousa e Samir Sotão
  2. Luciano Paiva e Matheus Fialho

Masculina B

  1. Enzo Pedrosa e Geovane Messias
  2. Kassyo Pereira e Victor Vale

Masculino A

  1. Rafael Diniz e Valeriano Sousa
  2. Carlson Bandeira e Diego Nunes

Masculino 50+

  1. Henrique Filho e Marcelo Moreira
  2. Geraldo Melo e Walter Nunes

Masculino 40+

  1. Francisco Neto e Igor Costa
  2. Bernardo Jr e Thiago Perez

Masculino 30+

  1. Igor Sousa e Samir Sotão
  2. Manoel Souza e Mickson Guedes

Mista 40+

  1. Caroline Aguiar e Thiago Perez
  2. Danilo Azevedo e Ivonete Carneiro

Mista 30+

  1. Daniel Alencar e Tayara Carvalho
  2. Emmanuella Peixoto e Paulo Cardoso

Mista D

  1. Matheus Marques e Raphaela Duailibe
  2. Axel Jhone e Jamilly Oliveira

Mista C

  1. Andréa Hachem e Samir Sotão
  2. Diego Gadelha e Kizzy Pinheiro

Mista B

  1. Guilherme Mafra e Ludimila Araujo
  2. Larissa Lassance e Thiago Perez

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Em sua 51ª edição, o Festival de Gramado irá reiterar sua aposta em uma programação que transita por diversos formatos. Além de ampliar a aposta no cinema documental, o evento abrirá espaço, pela primeira vez, para o lançamento de uma série, em parceria com a plataforma Amazon Prime. Nessa terça-feira (4), foram divulgadas as principais novidades deste ano, as homenagens e a seleção dos filmes que serão exibidos na cidade gaúcha, entre 12 e 18 de agosto.

A sessão de abertura levará para as telas o documentário Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho. O diretor tem uma trajetória bastante vinculada ao Festival de Gramado, onde lançou ficções como O Som ao Redor (2012) e Bacurau (2019). Seu novo trabalho foi apresentado em maio, no Festival de Cannes, na França, e foi bem recebido: ao fim, a plateia o aplaudiu de pé.

“Vocês estão percebendo como o documentário tem crescido em qualidade e em quantidade no universo brasileiro. E o Kleber nos brindou com um documentário que, pela primeira vez, vai abrir o Festival de Gramado. Vocês devem se lembrar que a gente costuma abrir com ficções”, observou o crítico Marcos Santuario. Ele integra a curadoria do evento há mais de dez edições e, neste ano, tem ao seu lado o ator Caio Blat e a atriz argentina Soledad Villamil.

O crescimento do cinema documental brasileiro já havia levado o Festival de Gramado a criar, no ano passado, uma categoria específica para o gênero. Na ocasião, cinco filmes selecionados foram exibidos no Canal Brasil, emissora de televisão por assinatura e uma das parceiras do evento. Nesta edição, a categoria está mantida com uma novidade: os documentários poderão ser vistos, presencialmente, pela plateia em Gramado. A seleção envolve uma diversidade de temas que abordam desde as trajetórias do escritor Luís Fernando Veríssimo e do cineasta Roberto Farias até conflitos sociais, efeitos da pandemia de covid-19 e impactos ambientais.

Outra novidade desta edição é a abertura para as séries. “A gente não poderia deixar de dar esse passo importante. A gente acompanha também outros festivais tradicionais do mundo. Quem acompanhou o Festival de Cannes neste ano viu que estrearam lá dois episódios de uma série da HBO com atuação da filha do Johnny Depp. E a gente está fazendo isso em Gramado com uma série brasileira. A Amazon Prime é nossa primeira parceira e outras virão. Essa série, que se chama Novo Cangaço, tem um protagonismo do Alan Souza e promete um envolvimento com um Brasil para ser conhecido pelo Brasil”, diz Marcos Santuário.

Ele lembrou ainda que o Festival de Gramado já dialoga com o mundo do streaming desde 2017, quando decidiu incluir, em sua programação, o longa-metragem O Matador. Dirigido por Marcelo Galvão, ele foi produzido pela plataforma Netflix.

Além do filme de abertura, dos cinco documentários e da série, a programação será composta por seis longas-metragens brasileiros, cinco longas-metragens gaúchos, 12 curtas-metragens brasileiros e 23 curtas-metragens gaúchos. Um pré-requisito para os curadores é o ineditismo no Brasil, o que impede a seleção de trabalhos que já estiveram presentes em outros festivais nacionais. Finalizando a programação do evento, serão anunciados, no dia 19 de agosto, os vencedores em diversas categorias: filme, roteiro, edição, fotografia, diretor, ator e atriz, entre outros. Os agraciados recebem o troféu Kikito, símbolo do festival.

Referência da agenda anual do audiovisual brasileiro, o Festival de Gramado é organizado pela Gramadotur, autarquia criada, em 2012, pela prefeitura para gerir o calendário oficial de eventos do município e realizar outras ações. Desde 2021, ela é presidida por Rosa Helena Volk, que também anunciou novidades para esta edição.

“Eu sou a primeira mulher presidindo a Gramadotur. Eu acho que nós mulheres temos ocupado, cada vez mais, os espaços que temos direito por mérito, por merecimento, por dedicação. E a gente tem visto como as mulheres do cinema são importantes e têm feito trabalhos diferenciados em todas as áreas, na frente e atrás das câmeras. Para confirmar essa posição relevante no cinema e no audiovisual brasileiro e mundial, nós teremos apenas homenageadas mulheres este ano”, revelou.

Homenagens

Entre as homenageadas, está a atriz Alice Braga, que receberá o Kikito de Cristal pela sua carreira sólida no cinema, tendo participado de mais de 30 produções no Brasil e no exterior. Aos 40 anos, ela cresceu em uma família de artistas – incluindo a mãe Ana Braga e a tia Sônia Braga – e responde por atuações em filmes como Cidade de Deus (2002), Cidade Baixa (2003) e Eduardo e Mônica (2022). Fora do país, já trabalhou em produções ao lado de atores renomados como Anthony Hopkins, Margot Robbie e Matt Damon.

O troféu Oscarito será entregue a duas atrizes nonagenárias que ainda estão em atividade. Laura Cardoso, com 95 anos, e Léa Garcia, com 90 anos, serão homenageadas pela grande contribuição ao cinema nacional. Ainda serão posteriormente divulgadas as agraciadas com o troféu Eduardo Abelin, entregue a diretores e entidades com trabalhos relevantes, e com o troféu Cidade de Gramado, concedido a pessoas que têm ligação com a história do município e do evento.

Ao longo de sua história, o Festival de Gramado contou com a presença de grandes nomes não apenas do cinema brasileiro, mas também internacional. No ano passado, o evento chegou a 50 edições realizadas anualmente de forma ininterrupta. Não deixou de ser realizado nem mesmo durante a pandemia de covid-19, quando adotou, em 2020 e 2021, formato híbrido, com exibição on-line de filmes. A iniciativa influenciou outros grandes eventos a seguirem o mesmo caminho, como a Mostra de Cinema de Tiradentes e o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

De acordo com Rosa Helena Volk, houve diversos momentos em que o Festival de Gramado precisou se repensar, e a 51ª edição é mais um marco nessa trajetória. “Nos reinventamos há pouco tempo por conta da pandemia de covid-19, onde misturamos o remoto e o digital com o presencial. E foi uma iniciativa que acabou pautando outros eventos do gênero no Brasil. Agora, com a 51ª edição, estamos iniciando o primeiro ano de uma nova década. A marca desta edição é trazer novos formatos para dentro do festival”, destaca.

Confira os longas-metragens e os documentários selecionados:

ABERTURA
Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho (PE)

LONGAS BRASILEIROS

Angela, de Hugo Prata (SP)

O Barulho da Noite, de Eva Pereira (TO)

Uma Família Feliz, de José Eduardo Belmonte (PR)

Mais Pesado É o Céu, de Petrus Cariry (CE)

Mussum, o Filmis, de Silvio Guindane (RJ)

Tia Virgínia, de Fabio Meira (RJ)

LONGAS GAÚCHOS

Céu Aberto, de Elisa Pessoa (RS)

Hamlet, de Zeca Brito (RS)

O Acidente, de Bruno Carboni (RS)

Sobreviventes do Pampa, de Rogério Rodrigues (RS)

Um Certo Cinema Gaúcho de Porto Alegre, de Boca Migotto (RS)

DOCUMENTÁRIOS

Anhagabaú, de Lufe Bollini (SP)

Roberto Farias - Memórias de um Cineasta, de Marise Farias (RJ)

Luis Fernando Verissimo - O Filme, de Luzimar Stricher (RS)

Da Porta pra Fora, de Thiago Foresti (DF)

Memórias da Chuva, de Wolney Oliveira (CE)

(Fonte: Agência Brasil)

O Festival Latinidades terá no palco, na próxima quinta (6), às 19h30, o espetáculo Engasgadas, segundo rito para regurgitar o mundo. A apresentação, de autoria do grupo Zona Agbara, de São Paulo, tem acesso gratuito e pode ser assistida no auditório 1 do Museu Nacional da República, em Brasília (DF). O Festival Latinidades conta com apoio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

No palco do espetáculo que estreou em maio em São Paulo, há o resultado explícito de muita pesquisa e também de indignação. “Foram oito meses de pesquisa e criação para chegar ao resultado. O Zona Agbara é um coletivo formado exclusivamente por mulheres pretas e gordas. Então, a gente pauta as questões ligadas à luta antigordofobia”, afirma a diretora Gal Martins, que também atua e é responsável pela coreografia.

Confira programação aqui 

Gal Martins, que é socióloga, explica, em entrevista à Agência Brasil, que o trabalho leva ao palco as questões raciais e do feminismo preto também. “Esse trabalho especificamente é uma continuidade da nossa pesquisa que trazia uma perspectiva do que é engolir o mundo. Há no imaginário popular de que pessoas gordas só comem”, critica. Ela contextualiza que vem dessa reflexão o título “Engasgadas”, no sentido de ter que encarar todas as violências a que as mulheres estão submetidas.

Por isso, o grupo Zona Agbara (palavra yorubá que significa potência), que se formou há seis anos, busca, segundo a artista, visibilidade no cenário da dança, que ainda é padronizado com olhar ocidental. “É um grito para dizer que a gente não vai mais engolir o mundo. A gente aprendeu a engolir, mas a gente não quer mais”.

As seis bailarinas têm formações diferentes, e com ideais semelhantes. “Gordofobia e racismo andam interligados. Há um imaginário da obesidade como doença. Olham para o corpo gordo como um corpo doente e improdutivo. Quando se insere a ideia da racialidade do preto, a violência piora”, diz a diretora.

Ataques

Gal Martins lamenta que, desde que o espetáculo subiu ao palco em São Paulo, vem sofrendo muitos ataques nas redes sociais com comentários violentos e criminosos sob as fotos de divulgação. “A gente não consegue se acostumar às violências. A gente não desiste. Nós insistimos”.

Mas a violência, segundo ela testemunha, não ocorre apenas a distância. Porém, de outras formas. “Há olhares. A gente percebe que algumas pessoas que vão assistir aos espetáculos se constrangem ao olhar um corpo gordo em cena. É como se ela não conseguisse aceitar”. Mesmo assim, os espetáculos em São Paulo têm lotado os teatros.

Dança de indignação

A diretora Gal Martins salienta que o espetáculo é fruto de pesquisas baseadas em depoimentos de mulheres pretas e gordas. “Nós realizamos laboratórios de criação. Eu aplico alguns procedimentos da minha metodologia, que é a dança da indignação (inclusive baseado em um livro da artista e socióloga com esse mesmo nome), que eu sistematizei de criação em dança”.

A luta artística começou há mais de 20 anos quando percebeu que não havia referências na dança que representassem corpos pretos. “Eu fui buscar referências na sociologia para entender esses fenômenos dessa política racial que tem no Brasil e no mundo”.

O grupo ficou entusiasmado de se apresentar no Festival Latinidades, em Brasília. “É um festival prioriza a mulher preta, tanto a brasileira como a latina. Então, para nós, está sendo uma honra participar desse evento”.

(Fonte: Agência Brasil)

Começa, nesta terça-feira (4), o período de inscrição para o processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao segundo semestre de 2023. Os interessados têm até as 23h59 (horário de Brasília) da próxima sexta-feira (7) para efetuar a inscrição por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.  

De acordo com o Ministério da Educação, para esta edição do Fies estão sendo ofertadas 77.867 vagas em 1.265 instituições privadas. O candidato pode consultar as vagas no momento da inscrição – o sistema apresenta as ofertas de vagas por Estado, município e instituição de ensino superior. 

Critérios

Pode se inscrever para o processo seletivo do Fies o candidato que, cumulativamente, atenda às seguintes condições:

 - tenha participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010, com nota válida até o momento anterior à abertura das inscrições para o Fies 2023;

 - tenha obtido média aritmética das notas nas cinco provas do Enem igual ou superior a 450 pontos e nota na prova de redação superior a zero;

 - não tenha participado do Enem na condição de treineiro – candidato que não concluiu o ensino médio e participa do exame para fins de autoavaliação;

- possua renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos. 

No momento da inscrição, o candidato deve informar o CPF; um endereço de e-mail pessoal válido; os nomes dos integrantes do grupo familiar, com o número de CPF daqueles com idade igual ou superior a 14 anos, as respectivas datas de nascimento e, se for o caso, a renda bruta mensal de cada componente do grupo familiar. 

Resultado

O ministério deve divulgar a ordem de classificação e pré-seleção no próximo dia 11, em chamada única. O cronograma completo do Fies pode ser acessado aqui

(Fonte: Agência Brasil)

O prazo para os selecionados na chamada regular do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), referente ao segundo semestre de 2023, realizarem a matrícula diretamente nas instituições de ensino termina nesta terça-feira (4). Cada instituição tem um edital próprio, onde definiu os dias, horários e locais de atendimento dos candidatos. E cabe aos candidatos verificarem essas informações.

O resultado da chamada única do Sisu foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) em 27 de junho, no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. As inscrições estão abertas desde quinta-feira (29).

De acordo com o MEC, ao todo, a segunda edição de 2023 do programa federal teve 305.797 inscritos. Puderam se inscrever, gratuitamente, os candidatos que prestaram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2022 e obtiveram nota maior do que zero na prova de redação. Porém, o estudante que fez o Enem na condição de treineiro não poderá concorrer a vagas.

Lista de espera

Os candidatos que não foram selecionados na chamada regular do Sisu, neste segundo semestre, podem manifestar interesse em participar da lista de espera até as 23h59 (horário de Brasília) também desta terça-feira, pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.

A nova convocação dos candidatos da lista de espera para a matrícula está prevista para 10 de julho e será feita pelas próprias instituições de ensino.

O estudante deve buscar informações sobre as convocações da lista de espera na mesma instituição para a qual se inscreveu. As convocações são gerenciadas e realizadas pelas unidades.

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada gerencia as vagas oferecidas aos candidatos pelas universidades e instituições públicas de ensino superior, em todo o país, duas vezes ao ano, sendo uma por semestre. Pelo programa federal, o estudante se inscreve gratuitamente para concorrer à vaga. Se for selecionado e realizar a matrícula dentro do prazo, o estudante não pagará mensalidades, já que ingressará em uma instituição de ensino superior pública.

O edital do Sisu prevê que as instituições públicas de ensino superior participantes adotem notas mínimas e/ou médias mínimas para inscrição em seus cursos, como os de bacharelado ou de licenciatura.

Para esclarecer dúvidas sobre o Sisu, o MEC disponibiliza o telefone de atendimento 0800 616161.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação divulgou nesta terça-feira (4), em Brasília, o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os interessados em participar do processo seletivo do segundo semestre de 2023 devem acessar o Portal Único de Acesso ao Ensino Superior.            

Foram disponibilizadas 276.566 bolsas – 215.530 integrais e 61.036 parciais – em cursos de graduação e cursos superiores sequenciais de formação específica.  

Exigência

Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até três salários mínimos por pessoa. Desde 1º de maio, o salário mínimo no Brasil é de R$ 1.320.  

Para fins de classificação e eventual pré-seleção no Prouni, o ministério utiliza a edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em que o participante obteve o melhor desempenho. 

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) está com as inscrições abertas para compor a Rede Nacional de Certificadores (RNC). Os selecionados vão trabalhar nas atividades de certificação e na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, nos dias 5 e 12 de novembro.  

Os interessados poderão se inscrever até o dia 24 de julho, pelo Sistema RNC. O Inep publicou no Diário Oficial da União o Edital nº 43 com as diretrizes sobre a seleção.  

Podem se candidatar servidores públicos do Executivo federal e professores das redes públicas de ensino estaduais e municipais, efetivos e em exercício da docência em 2023. É necessário ter o ensino médio como formação mínima e não é permitida a inscrição de quem possui cônjuge, companheiro ou quaisquer parentes de até terceiro grau inscritos no exame. No momento da inscrição, é possível escolher até três cidades ou sub-regiões de atuação. 

A relação dos convocados para realizar o curso de capacitação e as demais etapas do processo seletivo poderá ser consultada no Sistema RNC. “Os interessados com inscrição confirmada poderão realizar o curso de capacitação promovido pelo Inep na modalidade a distância, pela plataforma virtual, conforme o número de vagas disponíveis”, diz o Inep. 

Atribuições

Os colaboradores da rede serão responsáveis por certificar, in loco, os procedimentos corretos de aplicação nos dias de prova do Enem 2023.

Entre outras funções, os selecionados também serão responsáveis por registrar as informações da aplicação em sistema eletrônico, bem como por comunicar ao Instituto possíveis ocorrências identificadas. 

(Fonte: Agência Brasil)