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O escritor e pesquisador Jeferson Tenório, que se consagrou com o premiado O Avesso da Pele, obra de ficção de teor antirracista, defende uma literatura capaz de garantir espaço para contar as histórias das vítimas. “Como a realidade é muito difícil, a gente precisa, através da ficção, inventar uma outra realidade”, afirmou o autor em entrevista à Agência Brasil. 

Professor de literatura, o escritor estará no Festival Literário de Paracatu-MG (Fliparacatu), para uma palestra sobre literatura como direito humano, a partir das 15h30 deste sábado (26). No evento, estará acompanhado pela escritora e jurista Lívia Sant’Anna Vaz. O escritor defende que a literatura é um direito  humano.

“Todos nós temos o direito de ter acesso aos livros, à ficção à imaginação. A maior resistência que se possa encontrar na periferia seria o direito à invenção, o direito a ter futuro”.

Imaginação como ato de resistência

Ele argumenta que a violência contra a população negra é recorrente e a ideia de imaginar o futuro quase não existe. “A literatura traz justamente a possibilidade de conseguir sair dessa realidade tão dura e poder imaginar. E, para mim, imaginação é um ato de resistência”. 

No próprio caso do professor, ele entende que a literatura foi “salvadora”.

“A literatura me salvou justamente por ter me dado essa possibilidade de olhar para realidade de outro jeito. Não com apenas um jeito de viver, mas para demonstrar que eu poderia sair da ideia de “sobrevivência” para poder existir de fato”. 

O contato com a literatura o modificou. “O ato mais transgressor que eu fiz na minha vida foi me tornar leitor”. Em busca de novos leitores, ele vibra com a estreia do Fliparacatu. “Eu vejo com muita alegria. Acho que é um espaço para mostrar o quanto a população negra e quilombola precisa também desses espaços, que também são políticos”. Para ele, a literatura pode contribuir também para dar visibilidade para as causas das populações tradicionais. 

Jeferson Tenório explica que, nos últimos anos, tem lido mais autores negros e negras, como Eliane Alves Cruz, Conceição Evaristo, Carolina Maria de Jesus, Paulo Lins e Cidinha da Silva. “Há também uma série de autores que estão surgindo, como a Calila das Mercês. Tem muita gente interessante para ler”. 

Aniquilação

Tenório celebra que as mensagens do livro sobre as violências racistas têm encontrado ecos com reflexões sobre um país que se repete em violências há séculos. “O Brasil foi fundado a partir da violência e do sequestro de corpos negros, da aniquilação dos povos originários. Os efeitos da escravidão têm sido sentidos até hoje”. O assassinato de Bernadete Pacífico de 72 anos, a Mãe Bernadete, na semana passada, em comunidade quilombola, na cidade de Simões Filho (BA), traduz a realidade dessa tentativa de aniquilação.

Para o autor, a recorrência da violência é fruto das políticas do Estado Brasileiro, com a indiferença em relação às desigualdades, que provocam violência.

“Essas pessoas que acabam sofrendo com a violência são trazidas para o meu trabalho. A literatura não denuncia (como o jornalismo), mas é capaz de causar uma reflexão talvez mais profunda do que a própria notícia”. Isso porque o texto literário, no entender dele, traz uma profundidade capaz de tensionar as certezas.

São essas pessoas mais sofridas que inspiram os pensamentos e as mãos do escritor Jeferson Tenório.  “Eu sempre tenho que prestar atenção nas coisas que têm acontecido no Brasil de modo geral. Para a gente contar uma boa história, é preciso olhar ao nosso redor. Para ser universal, você tem que falar dos que estão perto”.

(Fonte: Agência Brasil)

Revelação do esporte maranhense, o surfista Kadu Pakinha, que conta com o patrocínio do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, foi um dos destaques da 2ª etapa do Circuito de Surf Cyclone, que foi disputado nos dias 19 e 20 de agosto, na Praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Com muita determinação e grande habilidade sobre a prancha, Kadu chegou às semifinais das categorias Sub-16 e Sub-18, no evento em águas cariocas, melhorando o seu desempenho em relação à primeira etapa, quando atingiu as quartas de final. 

O desempenho no Circuito de Surf Cyclone aumenta a confiança de Kadu Pakinha para mais uma importante competição na temporada de 2023. O jovem surfista maranhense está confirmado na 3ª etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, que ocorre entre os dias 12 e 15 de outubro, em Garopaba (SC). 

Kadu Pakinha continua com o processo de evolução no cenário nacional do surf. Além de chegar às semifinais do Canto Open, disputado em julho, na Praia do Recreio, o jovem atleta participou de duas etapas do tradicional Circuito Brasileiro de Surf de Base, garantindo vaga na segunda fase durante a segunda etapa, que foi realizada entre os dias 10 e 13 de agosto, em Guarujá (SP). 

Também na temporada de 2023, Kadu Pakinha teve um ótimo desempenho no Grumari Masters, que ocorreu em maio, na Praia de Grumari, no Rio de Janeiro. Com uma boa apresentação, o atleta maranhense garantiu a quarta posição na categoria Sub-16 Masculino da competição em águas cariocas. Além disso, Kadu representou o Maranhão na primeira etapa do Circuito Brasileiro de Surf de Base, disputada em maio, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca-PE, e no Saquarema Surf Pro Am, em julho. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O esporte é uma ferramenta importante para promover a inclusão social. E foi pensando nisso que o projeto Vila de Campeões: Ensinando pelo Judô foi idealizado. A iniciativa, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar via Lei de Incentivo ao Esporte, vai atender 100 crianças e adolescentes da Vila Conceição, bairro localizado na região do Altos do Calhau, em São Luís (MA), proporcionando aulas de judô de maneira gratuita. O lançamento oficial do projeto ocorrerá neste sábado (26), a partir das 8h, no Instituto Valdimiro Soares, na Vila Conceição. 

O Vila de Campeões funcionará com aulas para crianças e adolescentes (de 7 a 17 anos) nos turnos matutino e vespertino. As atividades vão ocorrer no Instituto Valdimiro Soares às segundas, quartas e sextas-feiras. 

Os alunos do projeto não terão custo algum para participar do Vila de Campeões. Eles, inclusive, receberão quimonos, além de contar com toda a estrutura necessária para participar das aulas de judô. 

“Educar e formar indivíduos por meio da prática do judô, com determinação, respeito e disciplina, permitindo que eles disseminem uma cultura de paz, dentro e fora do tatame. Além do mais, pretendemos incentivar, por meio do esporte, o interesse das crianças e jovens pelos estudos, garantindo a conclusão do ensino fundamental e médio com boas notas, contribuindo na formação de cidadãos do bem e ainda com o futuro profissional. Nosso muito obrigado ao governo do Estado e à Potiguar por acreditarem no nosso projeto”, explicou Kléber Muniz, coordenador do Vila de Campeões. 

Tudo sobre o Vila de Campeões: Ensinando pelo Judô está disponível no perfil oficial do projeto no Instagram (@viladecampeoes). Vale destacar que a primeira edição dessa iniciativa social conta com os patrocínios do governo do Estado do Maranhão e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Faltou muito pouco para o judoca maranhense Antônio Eduardo Rocha (-66kg), da Academia Monte Branco, subir ao pódio na edição de 2023 do Campeonato Mundial de Judô Sub-18, evento realizado em Zagreb, na Croácia, nesta semana. Atual campeão pan-americano na categoria, o atleta do Maranhão fez uma bela campanha ao vencer três lutas, mas acabou sendo derrotado pelo georgiano Giorgi Givishvili na disputa pela medalha de bronze. 

Antônio Eduardo Rocha chegou ao Mundial da Croácia como um dos principais nomes da Seleção Brasileira. Logo em sua primeira luta, já mostrou que estaria na briga por medalha. O maranhense superou o modávio Maris Golban com dois waza-ari. No combate seguinte, aplicou, novamente, dois waza-ari para ter uma grande vitória sobre o azeri Jasur Iadli e avançar às quartas de final. 

Nas quartas, o judoca maranhense acabou sendo superado pelo polonês Szymon Szulik. A derrota colocou Antônio Eduardo Rocha na repescagem, onde enfrentou e venceu o tajique Myhammadin Loiqov. Com o triunfo, o atleta da Academia Monte Branco ficou a uma luta da medalha de bronze. Em duelo difícil contra o georgiano Giorgi Givishvili, o maranhense acabou sendo derrotado por ippon e terminou o Mundial Sub-18 na quinta colocação. 

“Agradeço à minha família, à Academia Monte Branco e à Confederação Brasileira de Judô por todo o apoio. Retorno para casa com um gosto amargo, mas motivado a treinar mais”, escreveu Antônio Eduardo Rocha em uma rede social. 

Orgulho

A quinta colocação no Campeonato Mundial Sub-18 foi motivo de orgulho para o judô do Maranhão. Para o presidente da Federação Maranhense de Judô (FMJ), Rodolfo Leite, Antônio Eduardo Rocha “fez história” ao chegar tão longe na competição em Zagreb. O dirigente ressaltou, ainda, a qualidade da atual geração de judocas do Estado. 

“O Antônio Eduardo fez história sim ao fazer uma disputa de pódio num Campeonato Mundial Sub-18. Uma performance que nos emocionou muito, lutando no mesmo nível, encarando os adversários com um judô bonito, agressivo. Só temos que aplaudir. O Antônio Eduardo é um atleta muito elogiado pela comissão técnica da CBJ e mostrou, mais uma vez, o porquê desse reconhecimento. Nosso judô foi muito bem representado, assim como tem sido com os outros atletas destaques em várias classes. Tenho muito orgulho de poder viver esse momento. Fico muito feliz com tudo isso que tem acontecido no nosso judô. Somos privilegiados de ter uma geração de judocas excepcionais”, afirmou. 

Próximo desafio

Após competir no Campeonato Mundial de Judô Sub-18, o judoca maranhense Antônio Eduardo Rocha foca suas atenções em outra disputa internacional. Entre os dias 7 e 10 de setembro, o atleta estará, com a Seleção Brasileira, disputando o Campeonato Pan-Americano Cadete Sub-18. O evento será realizado em Calgary, no Canadá. Antônio é um dos 19 atletas selecionados pela Confederação Brasileira de Judô (CBJ) para o evento continental, sendo 10 para o torneio masculino e 9 para a disputa feminina.  

(Fonte: Assessoria de imprensa)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou o resultado preliminar da segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2023/1. A consulta pode ser feita por meio do Sistema Revalida.

Em nota, o instituto informou que a segunda etapa do exame é estruturada em um conjunto de dez estações, percorridas ao longo dos dois dias de aplicação. “Os participantes realizam tarefas específicas, que podem incluir investigação de história clínica, interpretação de exames, formulação de hipóteses diagnósticas, demonstração de procedimentos médicos, aconselhamento a pacientes ou familiares”.

As provas foram aplicadas nos dias 24 e 25 de junho, em dez cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Salvador, São Luís e Uberlândia (MG).

Revalida

O exame é composto por duas etapas (teórica e prática), que abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica; cirurgia; ginecologia e obstetrícia; pediatria; medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

O objetivo é avaliar habilidades, competências e conhecimentos necessários para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).

(Fonte: Agência Brasil)

Pacificador e soldado de vocação, “seus atos de bravura, de magnanimidade e de respeito à vida humana conquistaram a estima e o reconhecimento dos adversários”. Genocida e racista, liderou uma repressão militar que “matou, de forma atroz, cerca de 10 mil pessoas entre a população pobre, negros e mestiços”.

Descrições completamente opostas, mas que tratam do mesmo sujeito: Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. A primeira está no site do Exército brasileiro, do qual ele é o patrono. A segunda, no site Galeria de Racistas, projeto idealizado pelo Coletivo de Historiadores Negros Teresa de Benguela, pelo site Notícia Preta e por um grupo de publicitários negros. As diferenças mostram controvérsias entre a história e a imagem do homem que nasceu há exatos 220 anos, em 25 de agosto de 1803. Data em que até hoje é comemorado o Dia do Soldado.

Caxias é figura comum nas paisagens urbanas do país. Municípios, instalações e monumentos homenageiam o militar. Há estátuas públicas dele em lugares como Curitiba (PR), Marabá (PA), Ipameri (GO), Rio de Janeiro (RJ), Santo Ângelo (RS), Vitória (ES), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). 

Por muito tempo, a narrativa que exalta os feitos e o caráter de Caxias foi hegemônica na sociedade. Hoje, ela é sustentada principalmente dentro das instituições militares. Entre os historiadores, há consenso de que para entender melhor a trajetória do militar é preciso, primeiro, desconstruir o culto criado em torno dele na primeira metade do século XX. Caxias nem sempre foi considerado o modelo ideal de soldado da pátria.

Construindo o mito

Um artigo do pesquisador Celso Castro, da Fundação Getúlio Vargas, mostra que, desde a Proclamação da República, em 1889, o Exército Brasileiro vivia um processo de crise interna, com divisões profundas entre os integrantes da instituição. Elas envolviam questões doutrinárias, organizacionais e políticas.

Um projeto interno começou a ganhar força e considerava que, para unir o Exército, era preciso construir outra identidade institucional e outros símbolos. A escolha de um patrono e de um modelo de soldado era parte importante desse processo. Até então, o general Manuel Luís Osório era o principal herói das forças brasileiras. E a principal comemoração militar ocorria no dia 24 de maio, em referência à Batalha de Tuiuti, na Guerra do Paraguai. Era conhecida popularmente como O Dia do Exército ou A Festa do Exército.

Nas primeiras décadas do século XX, o nome de Caxias passou a ser visto como mais representativo dos novos interesses militares e políticos do período. Em 1923, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) propôs uma celebração oficial para o Duque, que foi atendida pelo ministro do Exército no mesmo ano. A Festa de Caxias entrou oficialmente no calendário militar. Em 1925, um aviso ministerial oficializou o dia de nascimento de Caxias como Dia do Soldado em todo o país, data que continua sendo comemorada nos dias atuais.

Ao longo da década de 30, principalmente durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945), o fechamento político do país foi acompanhado de uma narrativa militar que evocava Caxias como símbolo de autoridade, disciplina e união. Valores que interessavam aos líderes das Forças Armadas e do próprio Estado brasileiro.

Em 1935, o então Forte do Vigia, no Leme (zona sul do Rio de Janeiro), mudou de nome para o atual Forte Duque de Caxias. O marco mais representativo veio em 1949, quando o prédio do Ministério da Guerra, inaugurado na Avenida Presidente Vargas (centro do Rio) foi batizado de Palácio Duque de Caxias. Uma estátua do militar, que estava no Largo do Machado, foi transferida para a frente do prédio. Também foi construído um panteão na área, que recebeu os restos mortais de Caxias, da esposa e do filho, que estavam no cemitério São João Batista.

Patrono do Exército

Um decreto do governo federal em 1962 oficializou Duque de Caxias como o patrono do Exército Brasileiro. No site oficial da instituição, uma biografia ressalta como ele foi galgando posições nas patentes militares e na hierarquia da nobreza do século XIX. Os títulos de marechal e duque vieram depois das atuações na Guerra da Cisplatina (1825-1828), na Balaiada (1838-1841), na Revolução Farroupilha (1835-1845), na Guerra do Paraguai (1864-1870) e contra movimentos de independência em Minas Gerais, São Paulo e na Bahia.

O patrono ainda é um dos nomes mais celebrados em publicações militares. Uma busca pelo verbete "Caxias” na Biblioteca Digital do Exército encontra 504 itens. Desses, 476 se referem ao período entre 2000 e 2023. Em relação ao conteúdo, monografias mais recentes do acervo trazem análises predominantemente positivas. Um trabalho de conclusão do Curso de Oficiais Médicos, por exemplo, elogia Caxias pela “competência lideracional e a habilidade de negociar” durante os conflitos da Balaiada e da Revolução Farroupilha. Em outro texto, produzido na especialização em Ciências Militares do Exército, o autor afirma que Caxias criou “um modelo de liderança que viabilizou a vitória brasileira” na Guerra do Paraguai e seria, portanto, “um exemplo a ser seguido no que se refere à união da tropa”.

Derrubando o mito

Em 2008, a historiadora Adriana Barreto de Souza publicou o livro Duque de Caxias: o homem por trás do monumento. Em entrevista à Agência Brasil, ela explica que a imagem institucional do militar é baseada em, pelo menos, dois mitos que não se sustentam historicamente. O primeiro deles diz respeito ao rigor e à disciplina. É comum uma pessoa com essas características ser chamada de “caxias”.

“A formação na Academia Militar no início do século XIX, quando o jovem Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias) a frequentou, funcionava precariamente e, para os padrões atuais, era totalmente desmilitarizada: o regime era de externato, as regras disciplinares eram as mesmas das escolas civis e os alunos sequer usavam uniformes”, diz a historiadora. “O padrão atual, que faz uma associação direta entre a carreira militar e a incorporação de um conjunto de valores orientados por uma disciplina rigorosa, pela aquisição de conhecimentos técnicos específicos e por uma forte unidade corporativa, não valia para o Exército do século XIX”.

Outro mito é o de que Caxias não se envolvia em questões políticas. Segundo Adriana Barreto, isso era simplesmente impossível na época. Todas as patentes altas eram distribuídas diretamente pelo monarca brasileiro, e esses militares eram parte constituinte da Corte Imperial. Além disso, Caxias tinha vínculo partidário bem explícito. O currículo político é extenso: chefe militar do Partido Conservador; deputado pelo Maranhão em 1841, presidente das províncias do Maranhão (1839-1841) e do Rio Grande do Sul (1842-1846 e 1851-1852); vice-presidente de São Paulo (1842), senador pelo Rio Grande do Sul em 1845 (cargo vitalício); e ministro da Guerra em 1853, 1861 e 1875.

Galeria de Racistas

Com o objetivo de descontruir narrativas históricas enviesadas, o Coletivo de Historiadores Negros Teresa de Benguela criou a Galeria de Racistas. O site lista monumentos de brasileiros que cometeram crimes contra a humanidade. O projeto surgiu no contexto dos protestos pela morte de George Floyd, nos Estados Unidos, e a derrubada da estátua de um traficante de escravos na Inglaterra, ambos em 2020. O Duque de Caxias foi incluído na galeria por causa de ataques contra escravizados e quilombolas.

“Podemos falar em um herói com a estátua suja de sangue. Um exemplo é que ele agiu de forma diferente na Revolução Farroupilha, liderada por uma população mais branca, de descendência europeia, e na Balaiada, uma revolta que tinha quilombolas, uma população negra e pessoas de origem ameríndia. Foi por causa desse último conflito que recebeu o nome de Caxias: era o mesmo nome da cidade no Maranhão onde a repressão liderada por ele matou cerca de 10 mil pessoas”, diz Jorge Santana, do Coletivo de Historiadores Negros.

Segundo o historiador, o racismo de Caxias ficou mais evidente quando ele lidou com dois grupos diferentes da Revolução Farroupilha. Com os líderes brancos, o militar preferiu negociar a ir para o confronto armado. E o acordo envolveu a traição a um grupo de soldados negros que se tinha  juntado à Revolução, com a promessa de ser libertado ao fim do conflito. Um dos comandantes farroupilhas, David Canabarro, enviou carta para Caxias com as coordenadas geográficas do local onde estavam os soldados que ficaram conhecidos como lanceiros negros. Pelo menos, 100 foram mortos pelo Exército, no que ficou conhecido como o Massacre dos Porongos.

“Ele agiu com repressão armada, mas também com estratégias de espionagem, suborno e intriga. Porque ele aprendeu que uma maneira de manter a hierarquia da sociedade não era somente por meio do açoite, mas também por meio de outras estratégias”, complementa a historiadora Camilla Fogaça.

Um novo patrono?

Já que o nome de Caxias simbolizava um projeto político específico do início do século XX, seria o caso de escolher um novo patrono para o Exército?

“O Caxias foi construído em torno de uma imagem disciplinada, hierarquizada e apolítica. É um tipo de Exército mais violento que vai ser exaltado em 1920. E, agora, qual a imagem que se quer passar do Exército?”, questiona Camilla Fogaça. “Monumentos  como os de Caxias emitem valores. Querer que ele continue sendo um herói e um pacificador nos termos do passado é muito problemático. Ainda mais quando a gente tem hoje assassinatos de crianças por agentes do Estado”.

“Não há dúvidas de que ele colocou suas habilidades de militar a serviço de um projeto de Brasil ultraconservador. Como chefe militar do Partido Conservador, defendeu uma monarquia assentada na escravidão”, analisa a historiadora Adriana Barreto. “Uma cultura militar que, infelizmente, persiste ainda nos nossos dias: a de um Exército que se construiu não na defesa do inimigo estrangeiro, mas na repressão a cidadãos brasileiros e a outros projetos políticos de Brasil”.

“A história é sempre feita em relação ao presente. Então, o presente olha para o passado e vê aquelas ações como erradas, criminosas e incompatíveis com a carta constitucional vigente de 1988. Portanto, para a sociedade do presente, essa figura não pode estar em um pedestal como um herói, porque o herói é um modelo que inspira a sociedade. Com uma Constituição que condena a escravidão e os crimes de guerra, ter um herói nacional como Caxias é uma contradição”, diz Jorge Santana.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o Exército para comentar as críticas ao patrono da instituição, mas, até o momento, não houve resposta.

(Fonte: Agência Brasil)

A Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) recebe, nesse fim de semana, o 1º Festival Nacional de Curtas Flávio Migliaccio (FestFlávio), em homenagem ao ator, que morreu em 2020 e completaria 89 anos neste sábado (26). O festival recebeu 168 produções de todo o país, nas categorias animação, documentário, experimental e ficção. Desse total, foram selecionados 16 filmes que receberão o troféu do festival. Os ingressos podem ser retirados gratuitamente na internet, mas estão sujeitos à capacidade do espaço de 180 lugares. A programação completa pode ser conferida no site.

O idealizador e diretor do FestFlávio, cineasta Francis Ivanovich, salientou que a realização de um festival de cinema “sempre foi um ato celebratório, quer da relação do público com a arte das imagens em movimento, quer de promoção de novas criações para as diversas telas que nos acompanham desde fins do século XIX”. Segundo Ivanovich, a proposta do I Festival de Curtas Flávio Migliaccio é, ao mesmo tempo, uma “homenagem ao doce Tio Maneco e ao eterno Xerife, mas também uma celebração do compromisso do ator, produtor, diretor e roteirista Flávio Migliaccio, sobretudo com a arte da interpretação e da realização audiovisual, em termos artísticos, políticos e humanos. A escolha da data, no dia do seu aniversário, completa a homenagem” afirmou.

Criatividade

O filho de Migliaccio, o jornalista e documentarista Marcelo Migliaccio, disse, nessa quinta-feira (24), à Agência Brasil ter ficado duplamente feliz com a homenagem, porque Ivanovich já havia criado, durante a pandemia da covid-19, o Concurso Nacional de Dramaturgia Flávio Migliaccio para descoberta de novos textos para teatro.

“Com o festival de curtas agora, eu fiquei duplamente feliz, porque meu pai sempre incentivou a criatividade não só do filho, mas em toda pessoa com quem ele convivia. Com o nome dele batizando, esse festival de curtas, que tem muitos autores iniciantes, ele ficaria muito feliz, se soubesse”.

O 1º FestFlávio começa neste sábado (26), às 11h30, com a sessão de animações selecionadas, com classificação indicativa de 12 anos de idade. Às 14h, começa a exibição de curtas experimentais; às 15h, de documentários; e, às 17h, de curtas de ficção, com a classificação indicativa subindo para 16 anos. Às 19h, será apresentado o documentário Migliaccio – o Brasileiro em Cena, de Alexandre Rocha, Marcelo Pedrazzi e João Mariano, de 2021, também para maiores de 16 anos. A solenidade de premiação será realizada em seguida. No domingo (27), serão exibidos os mesmos filmes, com novos horários: 14h30 (animações), 15h45 (curtas experimentais), 17h (documentários) e 18h30 (curtas de ficção). Às 20h, está prevista exibição do filme Os Mendigos, do próprio Flávio Migliaccio, com Vanja Orico, Oswaldo Loureiro e Ruy Guerra. Classificação indicativa de 12 anos.

Fotos

O público que comparecer ao FestFlávio poderá ver, no corredor de acesso à sala de exposição, cerca de 50 fotografias sobre a vida e carreira de Flávio Migliaccio, do acervo de família do ator.

Marcelo Migliaccio comentou que vai ser uma boa oportunidade para as pessoas conhecerem um pouco da trajetória artística de seu pai. “Porque as pessoas mais novas só o conheceram da TV, das novelas, mas não têm ideia que ele começou lá atrás, no Teatro de Arena, no Cinema Novo. Então, é uma boa retrospectiva que dá uma visão geral da carreira dele, de mais de 60 anos”.

A relação de Flávio Migliaccio com o cinema começou na infância, brincando de fazer teatrinho de sombras em um lençol que a mãe dele, Jandira, pendurava na janela. O pai de Flávio e de seus dez irmãos, Domingos, era barbeiro e músico e tocava violino nas sessões de filmes mudos de um velho cinema na periferia de São Paulo. Na exposição, o público conhecerá também o Flávio desenhista e chargista. O MAM está situado no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro.

(Fonte: Agência Brasil)

O Senado aprovou, nesta quinta-feira (24), o projeto de lei que cria a Política de Bem-Estar, Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho e Valorização dos Profissionais da Educação. O texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e, agora, vai para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O programa deve prever ações de qualidade de vida para reduzir as faltas ao trabalho e melhorar o desempenho dos educadores. A proposta é obrigatória para o sistema público de ensino e optativa para as instituições privadas. 

A União, Estados, municípios e o Distrito Federal terão prazo de um ano, a partir da publicação da lei, para apresentar os planos, que deverão ser atualizados até seis após a posse do chefe do Poder Executivo de cada Unidade da Federação.

 Nos planos, devem constar indicadores e mecanismos para medir os resultados e o clima organizacional, entre eles o número de faltas, acidentes de trabalho e readaptação funcional. Essas avaliações terão de ser publicadas a cada ano e ao término da gestão do chefe do Poder Executivo (presidente, governador e prefeito).

“O projeto alinha a missão institucional do professor às suas necessidades de bem-estar – definido como a satisfação do profissional em relação à organização, às condições de trabalho e às práticas de gestão. A proposta pretende que o sistema educacional trabalhe com uma visão integrada da saúde do trabalhador. No quesito valorização do profissional, o texto prevê o reconhecimento institucional da boa atuação dos servidores”, diz material publicado pela Agência Senado.

(Fonte: Agência Brasil)

Principal atleta de kitesurf do Brasil e destaque nas Américas, o maranhense Bruno Lobo, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Bolsa-Atleta e da Revista Kitley, está pronto para mais um evento importante no calendário da modalidade em 2023. Após garantir o Top 10 no Campeonato Mundial de Vela e conquistar a tão sonhada vaga para os Jogos Olímpicos de 2024, Bruno vai disputar a Copa Internacional de Kitesurf Araruama 2023 – Festival de Vela, que ocorre entre sexta-feira (25) e domingo (27), na Pontinha do Outeiro, em Araruama (RJ), e é válida como etapa do Campeonato Brasileiro de Kitesurf, evento onde o atleta maranhense é hexacampeão. 

Bruno Lobo volta a competir no Brasil após dois resultados históricos em eventos internacionais. Além de garantir a vaga olímpica com a nona posição do Mundial de Vela, que foi encerrado no último sábado (19), em Haia, na Holanda, o kitesurfista maranhense ficou em quinto lugar no evento-teste da Olimpíada, disputado em julho, na Marina de Marselha, na França, sendo o único atleta da América do Sul na disputa e lutando pelo título contra os principais nomes da modalidade no planeta. 

A Copa Internacional de Kitesurf em Araruama também será um bom teste para outro grande desafio de Bruno Lobo na sequência da temporada. Entre os dias 25 de outubro e 5 de novembro, o kitesurfista maranhense vai lutar pelo bicampeonato nos Jogos Pan-Americanos, em Santiago, no Chile, após faturar a medalha de ouro na competição de 2019, em Lima, no Peru. 

Antes de brilhar no Mundial e no evento-teste da Olimpíada, Bruno Lobo se destacou na Allianz Regatta, evento válido como etapa da Copa do Mundo de Vela e disputado no início de junho, em Lelystad, na Holanda. O atleta maranhense foi o melhor kitesurfista das Américas e conquistou a nona posição na classificação geral da competição. Já em abril, Bruno foi o melhor atleta das Américas, ficou em sétimo lugar entre os países e, também, conquistou a 11ª posição na classificação geral do Troféu Princesa Sofia, um dos eventos mais tradicionais da vela, em Palma de Mallorca, na Espanha. 

Socorro Reis

Além de Bruno Lobo, o kitesurf do Maranhão também será representado na Copa Internacional por Socorro Reis, que é patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Grupo Audiolar, da Revista Kitley e do programa Bolsa-Pódio. Hexacampeã brasileira e principal nome do kitesurf feminino do país, Socorro luta pelo sétimo título nacional após defender o Brasil no Campeonato Mundial de Vela. 

Socorro Reis continua se preparando com foco total na conquista da vaga nos Jogos Olímpicos. A maranhense terá a chance de carimbar o passaporte para Paris 2024 nos Jogos Pan-Americanos, competição na cidade de Santiago, no Chile. 

Antes de representar o Maranhão e o Brasil no Mundial de Vela, Socorro Reis conquistou um resultado expressivo na tradicional Allianz Regatta, evento válido como etapa da Copa do Mundo de Vela e que reuniu as principais kitesurfistas do mundo no início de junho, em Lelystad, na Holanda. Principal nome do kitesurf feminino do Brasil, Socorro Reis foi a segunda melhor atleta das Américas e a 21ª colocada geral na competição em águas holandesas. 

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Apcef/Cruzeiro/São Luís Academy

A Federação de Futsal do Maranhão (Fefusma) realizou a solenidade de premiação dos campeões e destaques da edição de 2022 do Campeonato Maranhense de Futsal. O evento ocorreu na última terça-feira (22), no Auditório da Faculdade Estácio e contou com a participação de atletas e dirigentes das equipes participantes do Estadual. 

Ao todo, a cerimônia coroou as equipes campeãs e vices das 15 categorias promovidas pela Fefusma na temporada passada: Sub-6, Sub-7, Sub-8, Sub-9, Sub-10, Sub-11, Sub-12, Sub-13, Sub-14, Sub-15, Sub-16, Sub-17, Sub-19, Adulto Feminino e Adulto Masculino. Em cada uma das categorias, a Fefusma premiou os destaques individuais: Melhor Jogador, Artilheiro, Melhor Goleiro e Melhor Técnico. 

“Nos últimos anos, decidimos fazer uma solenidade de premiação para valorizar os atletas e as equipes. Nós só temos a agradecer às equipes e aos atletas que fizeram o máximo dentro de quadra para conquistarem os títulos, sejam eles coletivos ou individuais. A Fefusma se orgulha de todos que abrilhantaram o Campeonato Maranhense”, destacou Alex Ricarte, presidente da Fefusma. 

Vale destacar, ainda, o título de campeão geral do Estadual 2022 que foi conquistado pela equipe da Apcef/Cruzeiro/São Luís Academy. “Foi uma temporada incrível que foi encerrada com chave de ouro com esse título de campeão geral. Agora, é seguir firme no trabalho porque o Campeonato Maranhense 2023 está prestes a começar e vamos com tudo para, mais uma vez, sermos campeões. Parabéns aos nossos atletas e seus familiares e, também, aos nossos professores. Essa conquista é de todos”, afirmou Nathalia Couto, diretora da equipe. 

Campeões e vices estaduais da temporada 2022

Sub-6: 

Apcef/São Luís Academy (campeão)

Balsas Futsal (vice)

Sub-7: 

Apcef/Cruzeiro Soccer (campeão)

Apcef/São Luís Academy (vice)

Sub-8: 

Juventude Fluminense (campeão)

AFC/UDC (vice)

Sub-9: 

Apcef/Cruzeiro Soccer (campeão)

School Futsal Alemanha (vice)

Sub-10: 

IVBM/Palmeirinha/Túnel (campeão)

Metropolitano/Sto André (vice)

Sub-11: 

Juventude Fluminense (campeão)

Apcef/Cruzeiro Soccer (vice)

Sub-12: 

Juventude Fluminense (campeão)

IVBM/Palmeirinha/Túnel (vice)

Sub-13: 

Nova Era (campeão)

IVBM/Palmeirinha/Túnel (vice)

Sub-14: 

Apcef/Cruzeiro Soccer (campeão)

Juventude Fluminense (vice)

Sub-15: 

Projeto Alvorada (campeão)

Apcef/Cruzeiro Soccer (vice)

Sub-16: 

Independente Juniors (campeão)

Instituto Iziane Castro (vice)

Sub-17: 

Codó Esporte Clube/SBR (campeão)

Mercado Esporte Clube (vice)

Sub-19: 

Ruf Futsal (campeão)

Arari Futsal (vice)

Adulto Feminino: 

2 de Julho/AFC (campeão)

Magnólia CT Sports (vice)

Adulto Masculino: 

Balsas Futsal (campeão)

Sampaio Araioses (vice) 

(Fonte: Assessoria de imprensa)