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Podcast Crianças Sabidas: 75 anos da Declaração de Direitos Humanos

A Radioagência Nacional estreia, nesre domingo (10), o podcast Crianças Sabidas, com jornalismo voltado para o público infantil. O primeiro episódio explica o que são os direitos humanos, para marcar a celebração dos 75 anos do lançamento da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento internacional foi proclamado no contexto do pós-guerra e depois da criação da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1945, no intuito de assegurar a paz no mundo. 

Com produção, roteiro e narração da jornalista da Agência Brasil Akemi Nitahara, que é autora da série de livros infantis Naomi e Anita, o podcast conta também com a locução da menina Maria Eduarda Arcoverde, de 8 anos. 

Destacando os principais artigos da declaração, o trabalho traz explicações das especialistas Irene Rizzini, professora do Serviço Social da PUC-Rio e diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisa sobre a Infância (Ciespi); e Andréa Sepúlveda, defensora pública do Estado do Rio de Janeiro que trabalha na coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.  

“Ao nascer, é muito importante que a criança seja muito bem cuidada, né? Porque ela nasce com muitos potenciais, todas as crianças, mesmo aquelas que, depois, vão mostrar que tem alguma doença, alguma deficiência qualquer, algum atraso no seu desenvolvimento. Mesmo assim, todo mundo tem potenciais”. 

 “Agora, para atingir esses potenciais, a criança precisa comer bem, ela precisa de afeto, de cuidados, ela precisa se sentir protegida, ela precisa se sentir segura. E essas coisas, não basta dinheiro. O dinheiro é importante para assegurar que ela tenha uma casa, que ela se sinta protegida, que, nessa casa, ela tenha alimentação pro corpo desenvolver, pro cérebro desenvolver. Mas, junto com isso, tem toda a parte emocional, que depende dela estar se sentindo segura, protegida e amada no seu contexto”, destaca a professora Irene. 

Dialogando com as crianças, Andréa fala que os direitos humanos são como “superpoderes”, porque, apesar de não estarem garantidos e muitas pessoas passarem por sérias violações, com eles é possível reivindicar seu cumprimento.  

“Quando eu falo que os direitos são como superpoderes, é porque eles são instrumentos. Se eles fossem totalmente implementados, a gente teria a sociedade ideal, né? Mas a gente vive numa luta de poderes. Então, quanto mais poder um determinado grupo tem na sociedade, mais os direitos daquelas pessoas são assegurados. As pessoas que têm menos poder, que estão numa situação de vulnerabilidade, não conseguem virar esse jogo. E, por isso, é muito importante que a gente tenha movimentos sociais, que a gente tenha educação para a política, que as pessoas saibam que elas podem lutar pelos seus direitos”.  

O primeiro episódio de Crianças Sabidas está disponível também, nos tocadores de áudio e com interpretação em Libras no YouTube.   (Fonte: Agência Brasil)