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Em estudo publicado no periódico científico internacional Historical Biology, pesquisadores do Museu Nacional, da Universidade Regional do Cariri e da Universidade do Contestado identificaram que a maioria dos fósseis da espécie de pterossauro Caiuajara dobruskii, pertencia a indivíduos que estavam em seus primeiros anos de vida.

Segundo a pesquisa, esses animais jovens tinham comportamento semelhante ao das aves atuais. O Caiuajara dobruskii era um pterossauro de pequeno porte, com uma envergadura que podia variar de 0,65 metro (m) a 2,35m, que viveu durante o período Cretáceo (~90-70 milhões de anos).

Descoberta em 2014, fósseis da espécie foram encontrados no interior do Paraná, em rochas do município Cruzeiro do Oeste e representou um importante achado para a paleontologia nacional. Essa foi a primeira vez que esses répteis alados foram encontrados fora da Região Nordeste. No local do achado, estavam presentes centenas de ossos dessa espécie.

Os pesquisadores constataram que a maior parte dos exemplares, cerca de 80% da amostra, pertencia a indivíduos ainda em estágio juvenil. Desse modo, muito possivelmente os pterossauros usaram a localidade como ponto de reprodução.

“Estes pterossauros quando juvenis, aparentemente, ficavam reunidos em grupos, um comportamento também visto em aves atuais. Esta estratégia de agrupamento dos juvenis é denominada creching, e costuma ser um mecanismo de sobrevivência que permite melhor regulação da temperatura e proteção dos juvenis contra predadores”, disse o líder da pesquisa, o doutorando Esaú Araújo, em nota. Ele é aluno do programa de pós-graduação em Zoologia do Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“Pela primeira vez, foi feito um estudo paleohistológico com um número expressivo de ossos de pterossauros, e isto só foi possível dada a abundância de registros desta espécie, um cenário normalmente raro para os paleontólogos que estudam os pterossauros".

Com um bom número de amostras, foi possível compreender, a partir das microestruturas dos ossos, o grau de desenvolvimento dos indivíduos, sua taxa de crescimento, fisiologia e aspectos comportamentais.

Na constituição óssea do Caiuajara dobruskii, foi observado um córtex ósseo extremamente fino com a presença de um complexo ósseo tecidual denominado fibrolamelar. O padrão em questão é bem conhecido na literatura, estando presente em diferentes espécies de pterossauros.

Esse tipo de tecido ósseo sugere que o Caiuajara dobruskii apresentava taxas de crescimento altas, também comparáveis às das aves atuais. Ele crescia a um ritmo superior ao de outras espécies de pterossauros, como espécies encontrada na China, Argentina e Alemanha.

“Esse trabalho é fruto da união de cientistas de diferentes instituições que, além da descoberta, estão auxiliando na reconstrução do Museu Nacional/UFRJ. É também mais uma demonstração de que o Museu Nacional Vive”, afirmou, em nota, Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, cuja sede ficou destruída por um incêndio em 2 de setembro de 2018.

(Fonte: Agência Brasil)

Brena Carvalho foi aluna do curso preparatório ao vestibular do Projeto de Ensino Cultural e Educação Popular (Pecep) em 2017. No ano seguinte, depois de passar para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), retornou ao projeto, já como voluntária. Hoje, recém-formada em pedagogia, ela reconhece o papel transformador do Pecep.

“Foi muito essencial para mim. Se eu não tivesse entrado, teria uma perspectiva muito diferente sobre faculdade, sobre visão de mundo mesmo”, diz ela. Uma trajetória similar vem sendo trilhada por Thiago Lins. Morador do Rio de Janeiro, ele está de malas prontas para João Pessoa. Em julho, começam suas aulas do curso de letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para ser aprovado, ele estudou no curso preparatório da UniFavela. Assim como Brenda, ele é grato pela experiência e também resolveu contribuir com o projeto como voluntário: ele agora faz parte do grupo pedagógico e vem atuando tirando dúvidas dos alunos.

“Por mais difícil que seja o ensino público, que eles sempre tenham em mente que é um avanço na vida deles. É uma experiência nova que eles conseguem; é uma oportunidade de conhecimento maior, de conhecer novos lugares, novas pessoas, sem esquecer de onde vieram”, disse Lins à Agência Brasil.

O Pecep e o Unifavela são atualmente organizações não governamentais consolidadas na capital fluminense. O Pecep surgiu em 2001 após o marcante sequestro do ônibus 174 em 2000, no qual os passageiros foram feitos de reféns por Sandro do Nascimento quase cinco horas. Um documentário do diretor José Padilha retratou o caso, associando a personalidade criminosa do sequestrador às vivências de sua infância e à falta de oportunidades na vida.

Na época, os alunos que costumavam usar o ônibus 174 como meio de transporte para chegar à Escola Parque, localizada no Bairro da Gávea e próximo à Rocinha, decidiram dar início a um projeto que pudesse contribuir para mudar a realidade da comunidade à sua volta. Assim, surgiu o Pecep, um cursinho pré-vestibular comunitário que prepara alunos que concluíram ou estão no último ano do ensino médio a um custo de R$ 40 mensais, já com o material incluído.

O projeto desenvolve suas atividades para moradores de comunidades de baixa renda da zona sul carioca, entre as quais a Rocinha. Os professores voluntários são alunos e ex-alunos da Escola Parque, que cede seu espaço para a iniciativa. O curso abre 70 vagas anualmente. Nos últimos sete anos, o Pecep atendeu a mais de 450 estudantes. Dentre os alunos que ficam no pré-vestibular por três anos, a taxa de aprovação alcança 100% e, por dois anos, 89%.

Tão logo terminou o ensino médio, Brena Carvalho tentou o Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem) mas não teve boas notas para entrar no ensino superior e decidiu esperar mais um ano. Encorajada pela família, decidiu entrar no curso do Pecep, que dava para conciliar com o trabalho em uma creche da Rocinha, onde mora com os pais.

“Foi bem cansativo. Não foi fácil por conta do trabalho e dos desafios da vida. Mas o Pecep me ensinou muita coisa. Foi onde eu criei muita consciência crítica e política. Vi que eu poderia expor minhas opiniões sem medo. Me vi encorajada. Sou muito grata ao Pecep. Por isso, retornei depois como voluntária. É um ambiente de muito acolhimento e, de certa forma, torna tudo mais leve, porque o ambiente de pré-vestibular costuma ser muito pesado. O Pecep fez tudo parecer mais fácil”.

Já o Unifavela surge em 2018, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, de forma improvisada. Um estudante de letras e duas de história começaram a dar aula para dez jovens na laje da residência de um desse alunos. Todos eles foram aprovados em universidades públicas, impulsionando o projeto. No ano passado, a organização não governamental (ONG) recebeu o prêmio Sim à Igualdade Racial 2022, organizado pelo Instituto de Identidades do Brasil (ID_BR).

Além de facilitar o acesso de jovens às universidades, a meta é estimular também os adultos da região a ingressar no ensino superior. No curso, jovens e adultos adquirem conhecimento por meio de uma ação interativa e gratuita. São oferecidas vagas para 39 alunos. Em 2022, foram 11 alunos regulares durante todo o ano, e nove ingressaram na universidade até março de 2023, o que significa quase 100% de aprovação.

Em sua dissertação de mestrado defendida no ano passado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), a pesquisadora Carolina Campagni estudou os cursinhos populares e observou que eles englobam questões que vão além do ingresso nas universidades, atuando como espaço emancipador que tem a potência de ampliar a visão de mundo. São também espaços de afeto e de identificação de seus participantes, o que poderia explicar por que muitos alunos voltam posteriormente como voluntários.

Segundo Carolina Campagni, os cursinhos populares começam a emergir com maior intensidade no fim do século XX, como forma de enfrentamento das desigualdades sociais. Foi uma resposta à falta de políticas que garantam equidade de direitos no acesso ao ensino superior para camadas mais vulneráveis e marginalizadas da população. “Isso se deu junto com o levante populacional pelas ações afirmativas para a população negra, ambos conduzidos por movimentos sociais”, escreve em sua pesquisa.

Ao analisar a experiência do Cursinho Popular TRIU, em Campinas, Carolina pontuou que a pedagogia do afeto e o acolhimento praticados “são fundamentais para que exista um aprendizado efetivo dos conteúdos, desencadeando no ingresso de seus estudantes nas instituições de ensino superior”. Apesar disso, ela pontua que somente estes projetos não são suficientes para sanar as lacunas causadas pelas injustiças sociais, já que existem inúmeras questões de ordem econômica, social, cultural, estrutural com as quais eles não são capazes de lidar. “Algumas antecedem e outras sucedem o ingresso dos estudantes nos cursinhos”, observa.

Apoio

Os cursinhos populares oferecem aulas gratuitas ou a preços acessíveis para alunos de baixa renda. Por isso, muitas vezes, precisam estabelecer parcerias para desenvolverem e ampliarem suas atividades, podendo atender a um maior número de alunos. Uma das parcerias firmadas pelo Pecep e pelo Unifavela foi com o Instituto Phi, uma ONG que atua criando pontes entre doadores individuais ou empresariais e projetos considerados investimentos que dão retorno social e que possibilitam a mensuração os resultados. Os dois cursinhos recebem apoio por meio de recursos humanos, alimentação, material e equipamentos.

A parceria está ocorrendo pelo segundo ano consecutivo. Segundo o analista de projetos do Instituto Phi, Matias Hernandez, os resultados dos dois cursinhos chamam a atenção, com altas taxas de aprovação. Segundo ele, o Unifavela já impactou diretamente a vida de mais de 100 estudantes durante os últimos quatros anos.

“Sempre que os doadores quiserem continuar apoiando causas de educação, a gente pode continuar”, afirmou. O Instituto Phi levanta dados dos projetos que atendam às demandas que chegam dos doadores. Segundo Hernandez, um mapeamento junto ao pré-vestibular do Pecep mostrou que o curso preferido pelos alunos no Enem foi pedagogia. Levando em conta também o Unifavela, os estudantes dos dois projetos optaram ainda por direito, enfermagem, administração, matemática, ciências econômicas e da computação, física, arquitetura, engenharia elétrica e civil, música, educação física, letras, saúde coletiva, nutrição e produção cultural.

Um dos desafios dos cursinhos populares ao firmar parcerias envolve a manutenção de sua autonomia de gestão. O pesquisador Felipe Pinto Simão, que também estudou os cursinhos populares em dissertação na Unesp concluída em 2020, chamou atenção para casos em que empresas privadas financiam material didático que perpetua uma visão meritocrática pautada em um ensino que valoriza apenas a memorização e repetição de conteúdos. Ele questiona a capacidade de se oferecer uma formação crítica a partir dessas apostilas.

“Apesar de a pesquisa não oferecer dados suficientes para compreender os interesses dessas empresas privadas que financiam o material didático nos cursinhos populares, questiona-se aqui o papel destes últimos – que 'dependem' de um sistema apostilado – enquanto espaços de (trans) formação social”, escreveu.

(Fonte: Agência Brasil)

Nove mulheres negras protagonizam o espetáculo de dança Iyamesan, que estreou na última quinta-feira  (18), no Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro. O nome é inspirado em uma lenda da cultura Iorubá, em que uma orixá foi cortada em nove partes e se tornou mãe de nove filhos e de nove céus. No palco, as bailarinas movimentam corpos e palavras em um ritmo harmônico: coreografias são entrelaçadas com narrativas de histórias pessoais.

A proposta é que as diferentes individualidades sejam representativas de experiências coletivas de mulheres negras no país. O espetáculo vai até o dia 28 de maio, com oito dias de apresentações.

“A gente está trazendo as nossas histórias, que têm a ver com o fato de sermos mulheres negras e de como conseguimos nos reinventar a partir da arte. Nesse sentido, é um espetáculo extremamente político”, conta Aline Valentin, uma das nove bailarinas. “Eu sou a mais velha desse elenco. Estou nessa trajetória há 20 anos, sou professora de dança afro, pesquisadora, criadora. Para mim, é uma oportunidade linda estar aqui com uma nova geração de bailarinas, com diferentes linguagens de dança negra”.

A bailarina e bacharel em dança Bellas da Silveira traz para o palco as experiências e os desafios que vive como mulher trans.

Tradições afro-brasileiras

“Os meus movimentos no palco dizem muito sobre mim. E eu falo um pouco do meu processo de transição como artista, como mulher trans e preta, que não tem um corpo padrão. É um corpo de transição para o feminino, ainda andrógino. E, no palco, eu trago os meus desconfortos. É basicamente um grito de liberdade”.

O espetáculo é dirigido por Luna Leal, pesquisadora de dança afro e produtora cultural. Ela explica que a ideia do espetáculo surgiu de uma roda de conversa sobre o poder feminino nas tradições afro-brasileiras.

Diretora e coreógrafa Luna Leal

“Tudo nasce a partir do que elas partilharam comigo lá atrás e da reflexão sobre como as histórias delas se conectam. É um espetáculo que tem muita verdade. Como elas trazem experiências delas e não de outros personagens, a emoção vai tomar conta”, diz Luna. “É sobre a gente poder ser protagonista da nossa própria história, construir as nossas próprias narrativas, quebrar algumas expectativas padrões que as pessoas têm de um espetáculo de dança afro. Também é sobre a gente conseguir ocupar espaços de poder”.

O espetáculo foi contemplado no edital Pulsar Sesc RJ e integra a terceira edição do projeto O Corpo Negro, voltado para a valorização de artistas negros do país. A programação inclui uma variedade de eventos culturais ao longo do mês de maio e passa por outras unidades do Sesc no Estado: Petrópolis, Niterói, Nova Friburgo e Nova Iguaçu.

Diretora e bailarinas do Iyamesan reforçam a necessidade de iniciativas e editais como esse para que o talento de homens e mulheres negros sejam reconhecidos, e possam alcançar públicos cada vez maiores.

“É muito importante pensar que nós nunca éramos contempladas em outras oportunidades. Tem companhia de teatro que ganha o mesmo edital há anos. Pensar em ações afirmativa é o mínimo. A gente precisa falar de democracia e igualdade também dentro da cultura”, diz a diretora Luna Leal.

“O Corpo Negro virou um edital permanente e isso é muito importante porque, infelizmente, ainda somos sub-representadas dentro das diferentes esferas artísticas e nos editais. E nós somos a maioria da população brasileira. Temos muito a criar e a mostrar. É superimportante ter editais como esse e esperamos que ele continue com toda força”, diz a bailarina Aline Valentin.

Bailarina Aline Valentim

"A gente precisa dançar, precisa questionar. Os editais precisam melhorar muito ainda. Mas, pelo menos, estamos em um caminho melhor. Editais como esse são uma reparação histórica dos nossos corpos em cena. Vamos estar no palco, sim, e vamos fazer uma arte de qualidade”, afirma Bellas da Silveira.

Serviço

Data: entre os dias 18 e 28 de maio, de quinta a domingo

Horário: 19h

Local: Arena do Sesc Copacabana. Multiuso do Sesc Copacabana

Endereço: Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana, Rio de Janeiro (RJ)

Ingressos: gratuito

Bilheteria: funcionamento de terça a sexta (das 9h às 20h); sábados, domingos e feriados (das 14h às 20h)

Classificação indicativa: livre

Duração: 60 minutos

Informações: (21) 2547-0156

(Fonte: Agência Brasil)

Domingo (21) de disputas pela segunda edição da Copa Golzinho de Praia, competição de futebol de travinha patrocinada pelo governo do Estado, pelo El Camiño Supermercados e pela Potiguar. A partir das 10h, a Praia do Calhau, em São Luís, recebe os duelos das oitavas de final do torneio Adulto Masculino. Ao todo, oito jogos vão movimentar a competição. 

Os duelos das oitavas de final são os seguintes: Olímpica x VP Chopp, Coringão x Paredão, P12 x Alemanha, Alecrim x Jeito Moleque, Ponte Preta x Academy Alemanha, Juventude x Craques da Veneza, Veteranos x R13 e CTFC x 13 de Fátima. As equipes que vencerem avançam à próxima fase. 

O torneio Adulto Masculino da Copa Golzinho de Praia conta com a participação de 16 equipes, que receberam coletes e bolsas esportivas personalizados para serem utilizados durante toda a competição.

Outras  categorias

As disputas da Copa Golzinho de Praia já tiveram início nas categorias Sub-17 Masculino e Adulto Feminino, e em ambos os torneios, já estão na fase de quartas de final. No Sub-17, seguem na competição os seguintes times: RAF 07, Athletico, Comercial, Palmeirão, Audax, América, Geração Jovem e Revelação. 

Já pelo torneio Adulto Feminino, os 8 times classificados para as quartas de final são: Vasco, Cruzeiro, Atlético Cohab, Espias, Boa Esperança, AFA, Fênix e Trivela. 

Quer saber mais sobre a Copa Golzinho de Praia? Nas redes sociais oficiais do torneio no Instagram e no Facebook (@copagolzinhodepraia) estão disponíveis todos os detalhes da competição. 

TABELA DE JOGOS

Domingo (21/5) / Praia do Calhau (Campo 1)

10h - Olímpica x VP Chopp

10h40 - P12 x Alemanha

11h20 - Ponte Preta x Academy Alemanha

12h - Veteranos x R13

Domingo (21/5) / Praia do Calhau (Campo 2)

10h - Coringão x Paredão

10h40 - Alecrim x Jeito Moleque

11h20 - Juventude x Craques da Veneza

12h - CTFC x 13 de Fátima

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Diversão garantida para toda a família. Neste sábado (20), vai haver atividades culturais e de lazer para crianças, adultos, idosos e pessoas com deficiência. E o melhor: tudo de graça para a comunidade do Bairro da Cohab e adjacências. As atividades fazem parte do Projeto Divertir: cultura e lazer nas comunidades, iniciativa que conta com os patrocínios do governo do Estado e do Grupo Audiolar por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura. A programação está prevista para começar às 16h, na Praça Maria da Paz, na Cohab. 

Jogos, brincadeiras lúdicas, oficinas, apresentações artísticas e culturais são algumas das atividades que vão movimentar o Projeto Divertir. Além disso, haverá, ainda, aulão de zumba para toda a comunidade. É importante destacar que todas as atividades são gratuitas. 

“É importante ressaltar que o Projeto Divertir é para todos. Vamos ter diversas atividades que serão desenvolvidas por uma equipe especializada em lazer, esporte recreativo, arte e cultura. A programação começa, inclusive, com apresentação de palhaço e um show de mágica”, explicou Kléber Muniz, coordenador do projeto. 

Projeto Divertir

O Projeto Divertir: cultura e lazer nas comunidades consiste em oferecer atividades de cultura e lazer, atendendo da criança ao idoso, no propósito da inclusão social, com ações em quatro bairros/comunidades de São Luís. A primeira ação é justamente na Cohab e, a segunda, está prevista para ocorrer no próximo dia 27 de maio, no Bairro do Quebra-Pote, zona rural da capital maranhense. 

Por meio das ações do projeto, será possível ampliar o acesso à cultura e lazer nessas comunidades fomentando assim, à prática da cultura e do lazer. “O projeto tem como objetivo geral ampliar o acesso à cidadania pela inclusão socioeducativa por meio do desenvolvimento de atividades pedagógicas de lazer, arte e cultura. Nosso muito obrigado ao governo do Estado, à Secretaria de Cultura e ao Grupo Audiolar por incentivarem essa importante inciativa”, concluiu Muniz. 

Tudo sobre Projeto Divertir está disponível no Instagram oficial @projetodivertir.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Os Jogos Escolares Ribamarenses (JERIs) continuam a todo vapor. Principal competição esportiva escolar promovida pela Prefeitura de São José de Ribamar (MA), os JERIs 2023 têm proporcionado disputas emocionantes em 12 modalidades (coletivas e individuais). Aliado a isso, esta edição dos jogos já é considerada histórica por quebrar o recorde de escolas participantes: são 29 instituições de ensino públicas e particulares. E, neste fim de semana, os JERIs prosseguem com disputas no tênis de mesa, futsal, natação, judô, caratê e ginástica rítmica. 

“Estamos ansiosos para mais um fim de semana dos Jogos Escolares Ribamarenses. Em 2023, a Prefeitura de São José de Ribamar, na gestão do Dr. Julinho, está comprometida em promover um  evento [JERIs] grandioso. Além de fomentar a prática esportiva nas escolas públicas e privadas, o prefeito não mediu esforços para dar condições adequadas para que nossos atletas desempenhem o seu melhor. Estamos na torcida por cada jovem ribamarense”, afirmou o secretário-adjunto de Esporte e Lazer de São José de Ribamar, Clineu Coelho. 

Das modalidades em disputas no sábado e domingo (20 e 21), destaque para as partidas de futsal, que reunirão a maior quantidade de atletas ribamarenses. Os duelos da fase de grupos dos torneios Infantil (12 a 14 anos) e Infanto (15 a 17 anos) vão ocorrer no Liceu Ribamarense I, no Colégio Patronato e no Iema Pleno SJR. 

Já as competições de judô e de natação serão realizadas na manhã de sábado (20) no Colégio Marista Araçagi. A escola, inclusive, será palco da seletiva de ginástica rítmica na manhã de domingo (21). No domingo, também haverá as disputas do caratê na Escola Renascer Kids/Colégio Prassi. 

Abertura dos JERIs

A edição 2023 dos Jogos Escolares Ribamarenses (JERIs) foi aberta oficialmente na semana passada em solenidade realizada no Liceu Ribamarense, resultado de uma parceria técnica que reúne a Secretaria de Educação (professora Conceição Leite), a Secretaria Adjunta de Esporte e Lazer (Clineu Coelho) e a Secretaria de Saúde (Bernadete de Lourdes). 

Na solenidade de abertura, participaram alunos/atletas de todas as 29 instituições de ensino participantes desta edição dos jogos com seus respectivos parentes. O prefeito de São José de Ribamar, Dr. Julinho, também marcou presença no evento acompanhado pelo secretário-adjunto de Esporte e Lazer, Clineu Coelho, pelo professor Reginaldo Soares Junior, secretário-adjunto de Educação, vereador João Carlos e o presidente da Federação Maranhense do Desporto Escolar (Femade), professor Hamilton Ferro.

Programação dos JERIs 2023

FUTSAL

Sábado (20) | Ginásio Liceu Ribamarense

8h - E.M MARIA ELISIA x E.M MIRITÍUA (INFANTIL MASCULINO)

8h45 - CMCB II LICEU RIBAMARENSE II x E.M LICEU RIBAMARENSE III (INFANTIL MASCULINO)

9h30 - PATRONADO SJR x ESCOLA MENINO JESUS (INFANTIL MASCULINO)

10h15 - E.M ANITA ROCHA x E.M RAIMUNDO ROCHA (INFANTIL MASCULINO)

Sábado (20) | Ginásio Colégio Patronato SJR

8h - COLÉGIO APRENDER x LICEU RIBAMARENSE I (INFANTIL FEMININO)

8h50 - E.M JOSÉ MORAIS E SILVA x E.M ANITA ROCHA (INFANTIL FEMININO)

9h40 - E.C.I.M GONÇALVES DIAS x CMCB III LICEU RIBAMARENSE II (INFANTIL FEMININO)

10h20 - E.M SANTO ATÔNIO x CMCB II EM DIOMEDES (INFANTIL FEMININO)

Sábado (20) | Ginásio Iema Pleno SJR

8h - E.M HUMBERTO DE CAMPOS x E.M SÃO JOSÉ DE RIBAMAR (INFANTO MASCULINO)

8h50 - IEMA PLENO SJR x RECANTO DO SABER (INFANTO MASCULINO)

9h40 - C.E TARQUINIO LOPES x E.M RAIMUNDO ROCHA (INFANTO MASCULINO)

14h - C.E SÃO JOSÉ DE RIBAMAR x E.M MIRITÍUA (INFANTO MASCULINO)

14h50 - CMCB III LICEU RIBAMARENSE II x CMCB XIII ESTADO DA GUANABARA (INFANTO MASCULINO)

15h40 - E.M JOSÉ GREGÓRIO x E.M MARIA ELISIA (INFANTO MASCULINO)

16h30 - C.E POETA CUNHA SANTOS x C.E.M CAIC (INFANTO MASCULINO)

Domingo (21) | Ginásio Iema Pleno SJR

8h - C.E POETA CUNHA SANTOS x CMCB XIII ESTADO DA GUANABARA (INFANTO FEMININO)

9h - CMCB II EM DIOMEDES x C.E.M CAIC (INFANTO FEMININO)

NATAÇÃO

8h de sábado (Colégio Marista Araçagi)

JUDÔ

13h de sábado (Colégio Marista Araçagi)

GINÁSTICA RÍTMICA

8h de domingo (Colégio Marista Araçagi)

CARATÊ

8h de domingo (Escola Renascer Kids/Colégio Prassi)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Amazonia Fund e o programa BFUCA Unesco (Federação Nacional das Associações, Centros e Clubes da Unesco) lançarão, nos dias 21 e 22 de maio, a Aliança Fundo Amazônia (Amazonia Fund Alliance, em inglês) no Festival de Cannes, na França. O festival é um dos principais eventos do cinema mundial.

Na cerimônia, está prevista presença de celebridades do mundo do cinema e de importantes lideranças indígenas brasileiras. Entre elas, a deputada federal Célia Xakriabá (PSol-MG), presidente da Comissão da Amazônia e Povos Originários na Câmara dos Deputados e primeira indígena a assumir a presidência de uma comissão no Congresso. O cacique Raoni, conhecido internacionalmente pela defesa dos povos indígenas e da Amazônia, já está no Festival.

O fundo tem o objetivo de financiar projetos de organizações sem fins lucrativos voltados à criação de uma renda fixa para os povos indígenas que habitam a região amazônica. A Aliança Fundo Amazônia também apoia projetos de reflorestamento, preservação de rios e nascentes e redução da emissão de carbono. A aliança vai reunir empresários, fundações, marcas internacionais e artistas de projeção global.

Amazonia Fund e a BFUCA Unesco alertam, conforme dados divulgados pela revista Science, que o desmatamento na Amazônia ultrapassou a marca de 10 mil quilômetros quadrados por ano, área dez vezes superior a registrada há uma década.

No primeiro ano, a projeção do programa é arrecadar US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 25 milhões). A campanha prevê realização de jantares, leilões em Cannes, concertos e eventos sociais no Brasil e em outras partes do mundo. Em setembro, está previsto um baile de gala beneficente no Festival de Cinema de Veneza, na Itália.

A aliança é uma iniciativa dos empresários franceses de entretenimento Jean-Charles Jougla e Thierry Klemeniuk.

Brasil em Cannes

O cinema brasileiro está presente no 76º Festival de Cannes com cinco longas-metragens e um curta-metragem nas mostras principais. O diretor cearense Karim Aïnouz concorre na mostra competitiva principal pela direção do filme Firebrand, do Reino Unido.

As produções brasileiras concorrentes nas mostras paralelas são: “A Flor do Buriti”, de Renée Nader Messora e João Salaviza; “Retratos fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho; “Levante”, da diretora Lillah Halla; “Os Deliquentes”, de Rodrigo Moreno; “Nelson Pereira dos Santos, Vida de Cinema”, de Ivelise Ferreira e Aída Marques; e “Solos”, de Pedro Vargas.

De 16 a 27 de maio, o evento reunirá mais de 15 mil profissionais da indústria cinematográfica de 120 países.

Além da participação dos representantes dos filmes brasileiros, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Instituto Guimarães Rosa e a embaixada do Brasil em Paris, levará ao festival integrantes do grupo +Mulheres Lideranças do Audiovisual Brasileiro e do Instituto Nicho 54, que estimula a carreira de profissionais negros do audiovisual no Brasil.

(Fonte: Agência Brasil)

A Academia Maranhense de Trovas (AMT) promove a exposição Trovas em Azulejos e o Sarau das Rosas para homenagear as mães patronas e patronos da  academia. O evento ocorre nesta quinta-feira (18), a partir das 18h30, no Salão de Artes da Livraria Amei, localizado no Shopping São Luís.

A exposição conta com 44 azulejos com trovas de fundadores da academia, de patronos, de patronas e dos trovadores atuais integrantes da instituição. O evento terá, ainda, declamações dos trovadores, performances e apresentação musical das irmãs Ana Tereza e Carol Cunha, filhas da patrona da cadeira 40, Isabel Cunha, uma das homenageadas da noite.

Neste dia, 18 de maio, comemora-se o nascimento do professor, jornalista, poeta e historiador Carlos Cunha, patrono e fundador da academia. Para celebrar os 90 anos de Carlos Cunha, o Sarau das Rosas abrirá, também, espaço para o elogio ao escritor com explanação sobre sua vida e seus trabalhos pela presidente da AMT, Wanda Cunha, filha de Carlos Cunha.

E, como a AMT celebra, também, o Ano Cultural Gonçalves Dias, por ocasião do seu bicentenário de nascimento, o poeta de Caxias será também homenageado com performance de uma de suas poesias.

90 anos de Carlos Cunha

No cenário das letras contemporâneas, o ludovicense Carlos Cunha, em seu tempo, deu grande contribuição para sobrelevar a cultura do Maranhão, não apenas na literatura, mas também nas artes em geral, na educação e no jornalismo.

Ingressou no jornalismo aos 17 anos, no Jornal Pequeno. Trabalhou no Jornal do Dia, Jornal da Rua, O Coruja, em O Imparcial, ocasião em que ganhou prêmio de jornalismo por consagração pública. Colaborou também no jornal O Estado do Maranhão e redigiu editoriais para a Rádio Timbira. Na década de 1980, fundou o próprio jornal, chamado Posição, que tinha como slogan “o jornal que não suja as mãos e nem a consciência”.

De origem humilde, trabalhava e estudava desde cedo. Depois de adulto, o educador fundou o Colégio Nina Rodrigues, na Rua do Sol, onde promovia educação de qualidade a estudantes de baixa renda.

Ativista Cultural, foi incentivador de novos talentos e coexistiu como se fosse muitos: poeta, crítico, ensaista, cronista, jornalista, professor e historiador; um trovador revolucionário e exímio declamador. Morreu em 22 de outubro de 1990, aos 57 anos, deixando um legado de 30 obras publicadas, algumas reeditadas.

Sarau das Rosas – Sonho que virou realidade

Sarau das Rosas é um projeto que nasceu de um sonho da cordelista e trovadora Maria Goreth Cantanhede Pereira, integrante da AMT, ocupante da cadeira 18, patroneada por Vicente Maya. A cordelista sonhara com a saudosa Isabel Cunha, cantora, compositora e artista plástica maranhense, já falecida. Sob um olhar espiritual, Goreth Pereira descreve, de forma inspirada e contemplativa, o sarau proposto por Isabel: “Nem eu entendi o mistério, mas ela me disse em sonho que cada pessoa, ao participar do Sarau das Rosas, dedicaria sua trova a uma outra rosa (mulher) e dançaria ao som de uma música”.

O sarau proposto por Isabel Cunha, em sonho é uma homenagem a Rosas que falam e que também ocupam um espaço significativo na sociedade e que são deveras importantes para a construção de uma sociedade melhor: as mulheres, as mães, as trovadoras, as escritoras que hoje são patronas da AMT.

No projeto, foi incluída a exposição de Trovas em azulejos que contou com a colaboração de todos os integrantes efetivos da AMT.

O projeto foi desenvolvido por uma comissão formada por Clores Holanda, Elistia Mendes, Franci Montele, Goreth Pereira e Wanda Cunha.

Serviço:

O quê:

Exposição de Trovas em Azulejos e Sarau das Rosas

Quando:

18 de maio de 2023

Onde:

Livraria Amei, São Luís Shopping

Hora:

A partir das 18h30

(Fonte:  Inspirar Inovação e Comunicação)

Quase 40% dos estudantes brasileiros do 4º ano do ensino fundamental (EF) não dominam habilidades básicas de leitura, ou seja, apresentam dificuldades em recuperar e reproduzir parte da informação declarada no texto.

Os dados são do Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS) de 2021. Ele foi realizado em 65 países e regiões do mundo pela Associação Internacional para Avaliação do Desempenho Educacional (IEA), responsável por avaliar habilidades de leitura dos estudantes matriculados no 4º ano de escolarização. Os técnicos entendem que nessa fase da trajetória escolar, o aluno, normalmente, já aprendeu a ler e essa leitura é um instrumento para novos aprendizados.

Enquanto, no Brasil, 38% dos estudantes não dominam a leitura, em outros 21 países esse percentual não passa de 5%. Dentre eles, Irlanda (2%), Finlândia (4%), Inglaterra (3%), Singapura (3%) e Espanha (5%).

O relatório mostra ainda que cerca de 24% dos alunos brasileiros dominam apenas as habilidades básicas de leitura. Somente 13% dos avaliados no país podem ser considerados proficientes em compreensão da leitura no 4º ano de escolarização, pois alcançaram nível alto ou avançado desta habilidade.

Participantes

O estudo avaliou mais de 400 mil estudantes em mais de 13 mil escolas, em 57 países e oito regiões classificadas como “padrões de referência”, como localidades do Canadá, dos Emirados Árabes (Abu Dhabi e Dubai) e Moscou, na Rússia.

A pontuação média alcançada pelos estudantes brasileiros (419 pontos) está no nível mais baixo da escala pedagógica de proficiência, com quatro níveis. De acordo com relatório do PIRLS 2021, o desempenho dos estudantes brasileiros na leitura “é significativamente inferior a outros 58 países, de total de 65 países e regiões de referência participantes”.

O Brasil teve desempenho semelhante ao dos estudantes do Kosovo (421) e Irã (413), e superior somente aos desempenhos da Jordânia (381), Egito (378), Marrocos (372) e África do Sul (288). No outro extremo, no nível Avançado, com os melhores resultados, estão: Singapura (587 pontos); Irlanda (577 pontos) e Hong Kong (573).

A edição de 2021 contou com participação do Brasil pela primeira vez. Ao todo, 187 escolas brasileiras participaram das avaliações, com 248 turmas de 4º ano do ensino fundamental e 4.941 estudantes, distribuídos em 143 municípios de 24 Estados.

Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Instituto Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Martins, destacou a importância de o país integrar uma pesquisa educacional comparativa. “É um marco o Brasil participar do PIRLS, essa avaliação de leitura, porque é importante o Brasil se comparar com o mundo para a gente ver de fato se a aprendizagem, o ensino que a gente está fazendo aqui, está bem na perspectiva internacional”.

Desigualdades educacionais

O PIRLS 2021 mostrou que o Brasil, além de se destacar negativamente pelo baixo desempenho na qualidade da leitura, também apresenta desigualdades no sistema educacional associadas às origens socioeconômicas dos estudantes, ao sexo e à cor.

No Brasil, o levantamento internacional de 2021 apontou que as meninas se sobressaem no desempenho em compreensão leitora com um resultado médio de 431 pontos, significativamente superior ao resultado médio dos meninos (408 pontos). Os estudantes autodeclarados brancos e amarelos apresentaram desempenho médio em compreensão leitora de 457 pontos, enquanto os estudantes pretos, pardos e indígenas têm uma estimativa pontual média de 399 pontos.

Pandemia

Em relação ao Brasil, o PIRLS declarou que a pandemia de covid-19 impactou na aplicação dos testes no país, uma vez que a maioria das escolas operavam em regime remoto ou híbrido com o presencial, o que reduziu a participação das unidades de ensino e dos alunos.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela logística da aplicação da avaliação internacional no Brasil, ressaltou o contexto dessa avaliação, ocorrida durante a pandemia.

Já o diretor do Iede, Ernesto Martins, discorda e argumenta que os resultados ruins são anteriores à pandemia. “É uma pena a gente não ter aderido ao PIRLS antes da pandemia. Seria bom a gente entender melhor qual foi o efeito da pandemia e o que é efeito de uma etapa que já não funcionava tão bem antes da pandemia. Acho difícil imaginar que o resultado ruim do Brasil se deve só à pandemia, porque o Brasil está muito atrás dos países desenvolvidos”.

Desafios

O PIRLS recomendou intervenção do governo brasileiro por meio de políticas públicas ainda na etapa educacional avaliada pelo PIRLS, mas também pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) do 2º e 5º ano para evitar a repetição do baixo desempenho dos estudantes do primeiro ciclo do ensino fundamental ao longo de sua trajetória educacional.

O diretor do Iede elegeu prioridades ao governo brasileiro na gestão da educação para diminuir a distância para o desempenho de nações desenvolvidas. “Precisamos de um sistema de ensino que dê muito suporte aos estudantes, acompanhe de perto, entendendo o contexto das crianças. Além de criar o hábito de leitura desde cedo. Porque esse estudante pode não ter o hábito de ser leitor fora do ambiente escolar, até por questões de família”. Ele acrescentou ser necessário trabalhar em políticas estruturantes, como formação de professores, para garantir uma melhora.

Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou a ampliação de vagas de tempo integral em escolas do ensino fundamental. O governo federal planeja também o lançamento de um Pacto pela Alfabetização na Idade Certa e realiza uma pesquisa nacional com professores alfabetizadores para compreender quais são os conhecimentos e as habilidades que uma criança alfabetizada deve ter.

Avaliações nacionais e internacionais

O diretor do Iede, Ernesto Martins, comparou a avaliação internacional do PIRLS às avaliações nacionais gerenciadas pelo Inep: o Saeb e o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que, de acordo com ele, avaliam apenas alguns domínios da educação básica brasileira.

“Temos uma preocupação em relação ao Saeb ser pouco exigente. Se você comparar o Saeb com o PIRLS, por exemplo, não vê no Saeb textos tão longos como existem no PIRLS. Então, tem uma questão de complexidade diferente das avaliações”.

Para Martins, a solução passa por aumentar o nível de exigência das avaliações nacionais. “Acho que o Saeb e Ideb trouxeram uma grande contribuição para a gente fazer um monitoramento maior das aprendizagens. Ajudou as escolas a garantirem habilidades básicas que antes não estavam sendo garantidas, mas a gente precisa puxar a barra da avaliação [para cima]. Porque tem uma avaliação externa dizendo que o Brasil está muito mal nos anos iniciais. E, ao mesmo tempo, há uma avaliação nacional que diz que os alunos vão muito bem. Tem um problema com a nossa régua”, conclui.

Em resposta, o Inep destacou o rigor técnico das avaliações nacionais e internacionais sob responsabilidade do instituto vinculado ao Ministério da Educação (MEC). “[As avaliações] têm características próprias, mas todas são realizadas com o rigor técnico necessário para garantir a fidedignidade da medida. O que se deve observar é que, de fato, o Saeb e o PIRLS avaliam públicos diferentes com metodologias diferentes. Mas não se verifica contradição entre os resultados. As informações são complementares e ajudam a entender melhor o cenário educacional, a fim de planejar intervenções mais eficientes para sanar as lacunas de aprendizagem identificadas”.

O Inep detalhou que os resultados da última edição do Saeb, em 2021, mostram que, no 2º ano do ensino fundamental, 33,6% dos estudantes ainda leem apenas palavras isoladas. E, no 5º ano, 28,4% dos estudantes localizam informações explícitas em textos narrativos curtos, informativos e anúncios, e interpretam linguagem verbal e não verbal em tirinhas de ilustrações quadrinhos, mas, de fato, ainda não compreendem o sentido de palavras e expressões, por exemplo.

PIRLS

O PIRLS é realizado desde 2001 pela Associação Internacional para Avaliação do Desempenho Educacional (IEA), que reúne instituições de pesquisa, órgãos governamentais e especialistas que se dedicam à realização de diferentes estudos e pesquisas educacionais comparativas.

A avaliação das habilidades de leitura pelo PIRLS está dividida em dois eixos. A experiência literária, com textos com função estética e lúdica. E a leitura de textos informativos que têm o objetivo de comunicar e esclarecer sobre um determinado tema. As provas aplicadas no fim de 2021 e início de 2022 foram nos formatos digital e em papel, conforme a localidade do mundo. No Brasil, o modelo adotado pelo Inep foi no papel.

(Fonte: Agência Brasil)

A kitesurfista maranhense Socorro Reis, que é patrocinada pela Fribal e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Grupo Audiolar, da Revista Kitley e do programa Bolsa-Pódio, vive a expectativa pela participação em mais uma importante competição no cenário mundial da modalidade. Principal atleta do kitesurf feminino do Brasil, Socorro está confirmada na disputa da Allianz Regatta, que ocorre entre os dias 31 de maio e 4 de junho, em Lelystad, na Holanda. 

A Allianz Regatta será um dos maiores testes de Socorro Reis antes dos principais desafios na temporada de 2023: o Campeonato Mundial de Vela, entre os dias 10 e 20 de agosto, na cidade de Haia, na Holanda, e os Jogos Pan-Americanos, que serão disputados entre 25 de outubro e 5 de novembro, em Santiago, no Chile. Os dois eventos valem vaga para os Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, na França. 

Socorro Reis viaja para a Holanda com a confiança em alta após grandes resultados nas primeiras competições que participou em 2023. Em fevereiro, a maranhense garantiu o segundo lugar das Américas e a nona posição na classificação geral do Clearwater US Open, que ocorreu em Clearwater, nos Estados Unidos. Pouco depois, em março, Socorro brilhou no Campeonato Pan-Americano de Fórmula Kite, em Cabarete, na República Dominicana, onde conquistou o vice-campeonato continental e ficou na terceira colocação na classificação geral. Além disso, Socorro Reis representou o Maranhão e o Brasil na tradicional Semana Olímpica Francesa, disputada em abril, na cidade de Hyères. 

"Esse ano é muito decisivo, com os maiores desafios da minha carreira, que são os eventos classificatórios para os Jogos Olímpicos. A vaga olímpica é meu grande objetivo, estou me preparando, me ajustando e evoluindo para estar presente nesse evento que é o sonho de todo atleta. A cada campeonato que participo, volto para casa com ajustes que serão colocados em prática no evento seguinte. Estou bem feliz pela oportunidade de representar o Maranhão e o Brasil mundo afora, e busco sempre dar o meu melhor em busca de grandes resultados", afirmou Socorro. 

Últimas conquistas

Em novembro de 2022, Socorro Reis faturou pela primeira vez o título da categoria feminina do Campeonato Pan-Americano de Fórmula Kite, em São Luís, e também garantiu o hexacampeonato brasileiro de Fórmula Kite. Já em outubro, a maranhense foi campeã da Copa Brasil de Vela, que ocorreu em Ilhabela (SP) e foi válida como segunda etapa do Campeonato Brasileiro de Fórmula Kite. 

Também na temporada de 2022, Socorro Reis foi a quarta melhor kitesurfista das Américas e 15ª colocada da Flotilha Silver do Mundial de Fórmula Kite, em Cagliari, na Itália, conquistou a Copa Brasil de Vela de Praia, que ocorreu em agosto, na cidade de Fortaleza, e representou o Maranhão no Circuito Europeu de Fórmula Kite, no início de outubro, em Lepanto, na Grécia. 

Além disso, Socorro Reis também garantiu a segunda posição no Campeonato Asiático, realizado em março, na Tailândia, esteve na disputa da Semana Olímpica Francesa, em abril, e ficou no Top 20 da Copa do Mundo de Vela, ocorrido em junho, na Holanda. Já em 2021, Socorro foi pentacampeã brasileira, vice-campeã pan-americana e terceira colocada na categoria Master Feminina do Campeonato Mundial.

(Fonte: Assessoria de imprensa)