Em sua primeira edição, o Projeto Vida Ativa: integração e bem-estar, iniciativa patrocinada pelo El Camiño Supermercados e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, já completou dois meses de aulas gratuitas, que são realizadas sempre às quintas-feiras, a partir das 18h, na Praça Mestre Antônio Vieira, no Bairro do Monte Castelo, em São Luís. O projeto tem como objetivo proporcionar lazer para pessoas de diversas faixas etárias, com atividades teóricas e práticas, destacando os benefícios da atividade física.
Com aulões de dança, ginástica localizada e alongamento, que contam com suporte de profissionais de educação física e todo o material necessário para a prática desses exercícios, o Projeto Vida Ativa estimula os participantes a abandonarem o sedentarismo, em um clima leve e descontraído. Para as pessoas da melhor idade, a atividade física é ainda mais importante, pois promovem a sensação de bem-estar, melhorando o sistema imune e fortalecendo ossos e músculos, fazendo com que o idoso caminhe melhor e previna doenças como depressão, diabetes e osteoporose.
“Estamos muito felizes por completar dois meses de atividades do Projeto Vida Ativa, cumprindo bem os nossos objetivos de levar qualidade de vida para toda a comunidade e incentivar a prática da atividade física. É uma satisfação enorme ver a animação dos praticantes, que abraçaram a ideia do nosso projeto e estão saindo do sedentarismo. Agradecemos ao El Camiño Supermercados e pelo governo do Estado por apoiarem o Vida Ativa e se preocuparem com a saúde da população", disse Kléber Muniz, coordenador do Projeto Vida Ativa.
Todas as atividades do Projeto Vida Ativa são gratuitas. Para a professora de dança do projeto, não tem preço proporcionar qualidade de vida para as pessoas. “A importância do projeto é levar qualidade de vida para toda a nossa comunidade. Toda semana estamos fazendo com que a comunidade tenha acesso a uma qualidade de vida melhor e saia do sedentarismo. A dança é uma atividade física muito diversificada que pode ser praticada por pessoas de qualquer idade. Nesse momento que a gente vive, é importante que as pessoas saiam do sedentarismo e pratiquem atividades físicas. E nada melhor do que se divertir dançando. O Projeto Vida Ativa está de portas abertas a todos que desejem mexer o corpo”, afirmou Zíngara Pereira, professora de dança do projeto.
Vale destacar que os participantes do Vida Ativa têm suporte de profissionais de educação física e recebem todo o material e instrumentos necessários para a prática das atividades. Todas as informações sobre esta edição do Projeto Vida Ativa: integração e bem-estar estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@projetovidaativaslz) no Instagram e no Facebook.
O time do Udinese sagrou-se campeão da categoria Adulto Masculino da primeira edição da Copa Golzinho de Praia, competição de futebol de travinha patrocinada pelo governo do Estado e pelo El Camiño Supermercados, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Na decisão, realizada no último fim de semana, na arena montada na Praia do Calhau, a equipe superou o Alecrim por 2 a 1 e garantiu o título do torneio.
A trajetória do Udinese na Copa Golzinho de Praia foi consistente e com classificações nos pênaltis. Nas oitavas de final, o time superou o Solar nas penalidades, após empate por 2 a 2 no tempo normal. Na fase seguinte, o Udinese passou fácil pelo Fasc: 3 a 0. Nas semifinais, nova vitória nas penalidades: dessa vez, sobre os Veteranos, após empate por 1 a 1.
Além do título, o Udinese ainda levou duas premiações individuais: Ítalo foi eleito o Melhor Técnico e Aidano dividiu a artilharia da competição com Glaucio (Veteranos) e Kleiton (Alecrim). Já o troféu de Melhor Jogador do torneio ficou com Kleiton, do vice-campeão Alecrim.
Quer saber mais sobre a Copa Golzinho de Praia? Nas redes sociais oficiais do torneio no Instagram e no Facebook (@copagolzinhodepraia) estão disponíveis todos os detalhes da competição.
Copa Golzinho de Praia
A iniciativa é inédita e nasceu do desejo em realizar um campeonato organizado e com toda a estrutura necessária para os praticantes do futebol de travinha da capital maranhense. Ao todo, a primeira edição da Copa Golzinho de Praia contou com a participação de 32 equipes distribuídas nas categorias Adulto Masculino e Adulto Feminino.
“A Copa Golzinho de Praia contemplou clubes amadores e associações desportivas que praticam o futebol de travinha em São Luís. A competição reuniu cerca de 320 atletas no total, entre homens e mulheres. Nosso objetivo é fomentar a prática esportiva em nossa cidade”, destacou o diretor-técnico da competição, Waldemir Rosa.
Todas as equipes participantes desta edição da Copa Golzinho de Praia receberam, durante a solenidade de lançamento da competição, coletes e bolsas esportivas personalizados para serem utilizados durante todo o torneio.
Praça Ramos de Azevedo, centro da capital paulista. Ladeado por duas ruas estreitas, está o suntuoso prédio do Theatro Municipal de São Paulo. Da escadaria externa, uma mulher entra no teatro, ainda fechado para o público, com um livro em mãos. Da escadaria acarpetada do saguão principal, entre estátuas de mármore, ela abre o livro e começa a recitar Ode ao Burguês, conhecido poema da obra Pauliceia Desvairada, de Mário de Andrade. A voz potente, ouvida por poucos, ecoa pelos corredores do prédio que, 100 anos antes, ouviu pela primeira vez esta mesma poesia.
O episódio acima celebra e rememora a Semana de Arte Moderna, realizada entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922. A leitura do poema é parte integrante do processo de gravação para o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil. A poeta é a slammer (que participa de batalhas de poesia) e atriz Luz Ribeiro, que traz sua interpretação da obra de Mário de Andrade, considerada por muitos como um dos marcos inaugurais do Modernismo brasileiro.
Além de Mário, nomes hoje conhecidos do grande público, como o escritor Oswald de Andrade, o compositor Heitor Villa-Lobos, o escultor Victor Brecheret e os artistas plásticos Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Vicente do Rego Monteiro, participaram da Semana de Arte Moderna.
Marcada por controvérsias, a Semana de 22 é ainda hoje objeto de estudo para artistas e pesquisadores que, de diversas formas, refletem sobre os processos artísticos propostos pelos primeiros modernistas, também chamados de modernistas canônicos. De um lado, estão pesquisadores que refletem a Semana de Arte Moderna como um grande momento de ruptura para as artes no país; de outro, estudiosos que defendem que a Semana de 22 foi somente um evento entre os diversos espaços de discussão e criação sobre o Modernismo espalhados pelos Estados brasileiros.
Apesar de a Semana de 22 ser considerada um marco – senão transformador, mas simbólico – para as artes plásticas, música, literatura, teatro e arquitetura brasileiras, as propostas começaram a ser gestadas anos antes, por artistas e escritores de diversas partes do país. Daí, a necessidade de compreender não somente a Semana de 22 e seu legado, mas também os passos anteriores à sua realização.
O ANTES – A cidade, os parnasianos e os pré-modernistas
Em 1972, para celebrar os 50 anos da Semana de Arte Moderna, Carlos Drummond de Andrade publicou o texto A Semana continua, no Jornal do Brasil. Para ele, a Semana de 22 foi “um grito no salão bem-comportado, e para dar grito não se pede licença ao distinto auditório: grita-se”.
O excerto, detalhado no prefácio da obra Semana de 22 – antes do começo, depois do fim, de José e Lucas de Nicola, não versa somente sobre a Semana de 22, mas sobre o espaço onde ela foi realizada: o Theatro Municipal de São Paulo, fundado em 1911.
O teatro, bem como outras edificações construídas no período, representa o modelo de cidade que São Paulo aspirava ser. No site da instituição, o texto de apresentação traz indícios desse desejo: “a luxuosa construção, visivelmente influenciada por teatros de ópera da Europa, foi erguida como símbolo aspiracional da alta sociedade paulistana, que com a fartura do ciclo do café desejava uma casa de espetáculos à altura de suas posses e pretensões europeias para receber os grandes artistas da música lírica e do teatro”.
Em franca expansão, a cidade, que até o fim do século XIX tinha ares de vilarejo, começava a apresentar os indícios da megalópole que se tornaria. “Em 1872, que é o ano que foi feito o primeiro censo populacional no Brasil, ainda nos tempos do Império, São Paulo contava com pouco mais de 31 mil habitantes. Ao longo da década de 1920, a população vai chegar a mais de 580 mil habitantes. Houve um crescimento exponencial num período muito curto de tempo, acompanhado de uma grande inversão de capitais, que criou a infraestrutura que trouxe riqueza”, diz o pesquisador Lucas de Nicola.
Dessa forma, a Semana de 22 é realizada num espaço recém-construído pela aristocracia paulistana que, com olhos voltados para a Europa, busca fazer de São Paulo uma capital da cultura erudita.
No que se refere à arte, o olhar também era voltado para as terras europeias. O Parnasianismo, movimento vigente, originalmente francês, que se intensificou em meados do século XIX, propunha a retomada de uma cultura clássica. O preciosismo da escrita, a valorização da estética e a métrica rigorosa eram as tônicas da escola literária parnasiana. Um dos maiores expoentes do Parnasianismo brasileiro é o escritor Olavo Bilac. Um de seus mais conhecidos poemas, A um poeta, representa, com clareza, os ideais do Parnasianismo, tanto na métrica quanto no conteúdo:
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha e teima, e lima, e sofre e sua!
Mas que na força se disfarce o emprego
Do esforço: e trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua
Rica mas sóbria, como um templo grego
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E natural, o efeito agrade
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.
(A um poeta, poema publicado em 1888, no livro Poesias, de Olavo Bilac)
É em meio a esse contexto sociocultural que começa a se formar um grupo de jovens artistas, muitos deles filhos da aristocracia paulistana, interessados em política e cultura brasileiras.
Num pequeno apartamento no centro da capital paulista, o escritor e jornalista Oswald de Andrade promovia encontros com outros escritores e artistas. A garçonnière da Rua Libero Badaró, onde o autor viveu entre os anos de 1917 e 1918, era frequentada pelos principais intelectuais paulistas do Pré-Modernismo, como Guilherme de Almeida, Monteiro Lobato, Menotti Del Picchia, Léo Vaz, Edmundo Amaral, entre outros. Nesses encontros, os frequentadores do apartamento escreviam um diário, que foi alimentado entre maio e setembro de 1918. Amigo de infância de Oswald, Pedro Rodrigues de Almeida batizou o diário de O Perfeito Cozinheiro das Almas deste Mundo.
O escritor José Roberto Walker, autor do livro Neve na Manhã de São Paulo, diz que o pequeno apartamento era um espaço onde Oswald reuniu o que havia de mais moderno naquela época, em São Paulo, e que o diário “virou um documento da vida cultural e da vida social daquele período, e aquilo se tornou uma espécie de primeiro documento do Modernismo em São Paulo”.
Apesar de os encontros promovidos por Oswald tratarem de temas que viriam a ser importantes para a criação da Semana de 22, foi nas artes plásticas que o movimento começou a tomar forma. Os precursores foram Lasar Segall e Anita Malfatti.
Segall, lituano radicado na Alemanha, chega ao Brasil pela primeira vez, em 1913, para expor em São Paulo e em Campinas (SP). Inicialmente de natureza impressionista, Segall passa a se interessar pelo Expressionismo a partir do ano seguinte, 1914. Somente em 1923, o pintor se muda para o Brasil e fixa residência na capital paulista.
Malfatti, brasileira, foi para a Europa, em 1910, para estudar na Academia Real de Belas Artes de Berlim, capital alemã. O primeiro contato com o Expressionismo fez com que ela, ao retornar ao Brasil, em 1914, apresentasse a Exposição de Estudos de Pintura Anita Malfatti, realizada em São Paulo.
Foi com a “Exposição de Pintura Moderna – Anita Malfatti”, também realizada na capital paulista, entre os dias 12 de dezembro de 1917 e 11 de janeiro de 1918, que a artista entrou no radar modernista. A mostra é considera por diversos pesquisadores um marco na história da arte moderna brasileira.
Em entrevista à TV Brasil, o escritor Jason Tércio, autor do livro Mário de Andrade – em busca da alma brasileira, diz que a exposição de Anita marcou a entrada do Brasil na modernidade cultural e artística.
“Foi uma exposição que causou bastante impacto não só no público, como também ajudou a reunir esse grupo que, mais tarde, iria promover a Semana de Arte Moderna. Foi a partir desses contatos, nessa exposição, inclusive com a própria Anita, que não era conhecida de nenhum deles, que Di Cavalcanti, Guilherme de Almeida... todos eles acabaram se encontrando nessa exposição e, a partir daí, começaram a manter contatos. O Mário de Andrade, inclusive, considera que o Modernismo começou com essa exposição em 1917”.
Atualmente exposta na Pinacoteca de São Paulo, a tela Tropical – inicialmente chamada de Negra Baiana – era uma das obras presentes na exposição de 1917. Doada para o museu pela própria artista em 1929, a obra é uma das mais representativas do período modernista. Cercada de elementos tipicamente brasileiros, a mulher representada no quadro, negra e trabalhadora, traz à tona um dos principais anseios dos primeiros modernistas: construir as bases para pensar uma cultura genuinamente brasileira, com olhos para o Brasil real e não para o Brasil que se pretendia europeu.
Em entrevista à TV Brasil, a curadora-chefe da Pinacoteca, Valéria Piccoli, diz que a obra traz uma representação iconográfica que era recorrente nas obras de arte brasileiras desde o século XIX, mas que o colorido da obra não é naturalista, porque a artista não quer tornar a imagem próxima do real. “Pelo contrário, ela trabalha muito nesse contraste do verde, do laranja, que são cores que se chocam, que não se harmonizam, e que criam justamente essa vibração, esse certo incômodo quando você olha para elas”.
Mais tarde, em 1921, um almoço no Belvedere Trianon, point da alta sociedade paulistana da época, firma o compromisso da primeira geração de modernistas paulistanos. Em um irônico discurso em homenagem ao escritor Menotti Del Picchia, Oswald de Andrade confere o “primeiro grito coletivo dos modernistas”, de acordo com o pesquisador José de Nicola. Para o autor, “a gente pode dizer que a Semana foi preparada ao longo desse ano, de 9 de janeiro de 1921 [data do almoço citado acima] até 13 de fevereiro de 1922 [data de início da Semana de Arte Moderna]”.
No discurso, Oswald de Andrade elucida o desejo dos primeiros modernistas em representar a cidade, suas transformações e seus desvarios:
“S. Paulo é já a cidade que pede romancistas e poetas, que impõe pasmosos problemas humanos e agita, no seu tumulto discreto, egoísta e inteligente, as profundas revoluções criadoras de imortalidades”.
(Trecho do discurso de Oswald de Andrade, de 9 de janeiro de 1921. Retirado da obra Semana de 22 – antes do começo, depois do fim, de José e Lucas De Nicola, página 238)
O DURANTE – Semana prematura, divertida e inútil
“Oh! Semana sem juízo. Desorganizada, prematura. Irritante. Ninguém se entendia. Cada qual pregava uma coisa. Uns pediam liberdade absoluta. Outros não a queriam mais. O público vinha saber. Mas ninguém lembrava de ensinar. Os discursos não esclareciam coisa nenhuma. Nem podiam, porque não havia tempo: os programas estavam abarrotados de música. Noções vagas; entusiasmo sincero; ilusão engraçada, ingênua, moça, mas duma ridiculez formidável. [...] A Semana de Arte Moderna não representa nenhum triunfo, como também não quer dizer nenhuma derrota. Foi uma demonstração que não foi. Realizou-se. Cada um seguiu para seu lado, depois. Precipitada. Divertida. Inútil”.
(Trecho do periódico Crônicas de Malazarte-VII, na Revista América Brasileira, em abril de 1924.Retirado da obra Mário de Andrade – em busca da alma brasileira, de Jason Tércio, página 185)
Entre 1923 e 1924, Mário de Andrade publicou o periódico mensal Crônicas de Malazarte, na Revista América Brasileira. O trecho acima é publicado em 1924, na 28ª edição da revista. O excerto traz uma avaliação da Semana de Arte Moderna e, também, termos já usados, anteriormente, por Mário para descrever o trabalho dos modernistas. “Inútil”, diz Mário, tanto na crônica quanto no prefácio de Pauliceia Desvairada, intitulado “Prefácio Interessantíssimo”, considerado o primeiro texto que pontua os anseios dos modernistas participantes da Semana de 22.
“Está fundado o Desvairismo.
Este prefácio, apesar de interessante, inútil. (...) Quando sinto a impulsão lírica escrevo sem pensar tudo que meu inconsciente me grita. Penso depois: não só para corrigir, como para justificar o que escrevi. Daí a razão deste Prefácio Interessantíssimo.
Aliás muito difícil nesta prosa saber onde termina a blague, onde principia a seriedade. Nem eu sei”.
(Trecho inicial do Prefácio Interessantíssimo, da obra Pauliceia Desvairada, de Mário de Andrade, lançada em 1922)
A escolha dessas palavras por Mário de Andrade – “desorganizada”, “prematura”, “irritante”, “inútil” – faz parte da concepção artística proposta não somente pelo autor, mas por outros participantes da Semana de Arte Moderna. A “blague”, sinônimo de piada, caminha com a seriedade.
Para o pesquisador José de Nicola, a Semana de 22 “foi um grande grito coletivo, grande grito público que, na verdade, representou várias conquistas, de renovações, de tentativa de inovar, esteticamente, a arte brasileira, ao longo de toda uma década. E a Semana de 22 acabou sendo esse momento em que aflorou, em que esse grito se tornou público”.
A Semana de Arte Moderna, ao contrário do que o nome indica, durou apenas três dias. Literatura, artes plásticas e música foram a tônica da programação. Dentre os escritores participantes, além de Mário de Andrade, estão Oswald de Andrade, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia, Sérgio Milliet, Tácito de Almeida, Ronald de Carvalho, Luís Aranha e Agenor Fernandes Barbosa. Nas artes plásticas, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, John Graz, Regina Graz, Zina Aita, Yan de Almeida Prado e Antônio Paim Vieira. Na escultura, Victor Brecheret, Wilhelm Haarberg e Hildegardo Velloso. Na música, Heitor Villa-Lobos, Ernani Braga, Lucília Villa-Lobos, Guiomar Novaes, entre outros.
Tarsila do Amaral, artista-referência do Modernismo brasileiro, não participou do evento. Contudo, de acordo com Tarsilinha do Amaral, sobrinha-neta da artista, Tarsila sabia das articulações para a realização da Semana de 22. “Apesar de ela não ter participado da Semana, ela ficou sabendo através das cartas da Anita [Malfatti], pois elas eram amigas. A minha tia estava em Paris estudando”, diz.
Boa parte dos artistas participantes da Semana de Arte Moderna, assim como Tarsila, viveu um tempo em terras europeias. O contato com movimentos artísticos, como o Expressionismo e o Cubismo, trouxe uma gama de aprendizados que, de volta ao Brasil, foram mesclados a figuras, cores e formas que remetiam ao imaginário nacional, que traziam à tona um Brasil indígena, africano, caboclo e caipira que, até então, não era objeto de vislumbre artístico.
No campo da literatura, a escrita livre, sem métrica, a experimentação, a renovação da linguagem, o coloquialismo, o “escrever sem pensar”, a sátira, o deboche e a ironia são as características propostas para o texto. Uma clara afronta aos ideais propostos pelo movimento artístico vigente: “No início do século XX, o modelo de poesia no Brasil era um modelo parnasiano, que era o soneto parnasiano rimado com verso de ouro certinho, quadradinho. É exatamente contra esse movimento que os modernistas vão lutar. Eles vão combater esse modelo de poesia”, enfatiza José de Nicola.
Durante o segundo dia do evento, Ronald de Carvalho leu o poema Os Sapos, de Manuel Bandeira, que não participou da Semana de Arte Moderna devido a uma crise de tuberculose. O texto, vaiado pelo público, falava diretamente aos poetas parnasianos.
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
(Trecho de “Os Sapos”, poema publicado em 1919, no livro “Carnaval”, de Manuel Bandeira)
Assim como Bandeira, Mário e Oswald também foram vaiados. Mário por recitar Ode ao Burguês e Oswald pela leitura do trecho da obra Os Condenados.
Na música, um dos principais expoentes foi o maestro Heitor Villa-Lobos. Desde 1914, com o lançamento de Danças Africanas, o compositor já criticava o modelo de produção europeu. Os bailados Amazonas e Uirapuru, ambos de 1917, firmam o compromisso do autor em unir a música erudita da época com as tradições do folclore e da música regionalista brasileira.
Para o maestro Júlio Medaglia, a criação de Villa-Lobos não partiu do nacionalismo, e sim, de grandes estudos. “Se você conhece as músicas de Villa-Lobos, da segunda década do século XX, parece Strawinski, Ravel... Ele se informou na cultura ocidental da época, muito para depois elaborar então o nacionalismo. Por isso que criou relacionamento, polêmica, entre a cultura universal e nacional, em vez de fazer uma coisa provinciana. A música dele teve universalidade”, disse.
Nas artes plásticas, as obras de Anita Malfatti, Vicente do Rego Monteiro, Di Cavalcanti, John Graz e Victor Brecheret também causaram impacto pelo traço e cor diferenciados, mas, de acordo com José de Nicola, a recepção do público foi melhor.
“Você tinha as obras do Brecheret que, em termos de artes plásticas, foi o grande nome. O nome que encantou todos os participantes da Semana. O pessoal entrava por essa porta, andava por esse salão que nós estamos e se deparava com coisas nunca vistas em termos de arte. As esculturas do Brecheret eram uma proposta totalmente diferente do que se conhecia”, diz o pesquisador.
Apesar do traço, da forma e do conteúdo pouco convencionais, os artistas plásticos participantes da Semana de 22 ainda refletiam sobre os caminhos estéticos que adotariam futuramente. Um bom exemplo é Di Cavalcanti. Uma das obras apresentadas por ele durante o evento, Amigos, de 1921, integra a exposição de longa duração da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Ao analisar a obra, a curadora Valéria Piccoli diz que a tela é distinta de outros trabalhos posteriores do artista.
“O que a gente vê aqui é um Di Cavalcanti que não era o Di Cavalcanti que a gente conheceu depois. O que a gente vê é uma imagem muito mais monocromática e é muito mais baseada nos desenhos, nos traços, que tem a ver com esse ponto da caricatura. E que depois vai se transformar numa obra muito mais sobrevida, uma obra que tem um traço muito mais solto. E que vai dar à pintura dele outro sabor, bastante diferente”, diz.
A repercussão da Semana de Arte Moderna nos jornais foi, majoritariamente, negativa. O tom jocoso e as manifestações artísticas, até então, incompreendidas, fizeram com que o evento fosse entendido como piada. A fúria dos jornalistas era motivo de celebração para Mário de Andrade, que os chamava de “araras”. Em carta enviada a Menotti Del Picchia, que a publicou em sua coluna no jornal Correio Paulistano, o escritor diz:
“Conseguimos enfim o que desejávamos: celebridade. (...) Realmente, amigo, outro meio não havia de conseguirmos a celebridade. Era só assim: aproveitando a cólera dos araras.
(...) Compreendes que com todas essas qualidades só havia um meio de alcançar celebridade: lançar uma arte verdadeiramente incompreensível, fabricar o carnaval da “Semana de Arte Moderna” e… deixar que os araras falassem.
Caíram como araras. Gritaram. Insultaram-nos. Vaiaram-nos. Mas o público já está acostumado com descomposturas: não leva a sério. O que fica é o nome e um sentimento de simpatia que não se apagam mais da memória do leitor.
Estamos célebres! Enfim! Nossos livros serão lidíssimos! Insultadíssimos, celebérrimos. Teremos nossos nomes eternizados nos jornais e na História da Arte Brasileira”.
(Carta de Mário de Andrade a Menotti Del Picchia, publicada originalmente no jornal Correio Paulistano. Retirada do livro 1922 – A semana que não terminou, de Marcos Augusto Gonçalves)
Cem anos depois, o escritor Jason Tércio referenda o que foi escrito por Mário de Andrade. “A Semana foi um evento bastante controverso e cheio de limitações, mas colocou o país no mapa-múndi da cultura”.
O DEPOIS – Os antropófagos e o desvendar dos Brasis
“A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos.
O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica. Riqueza vegetal. O minério. A cozinha. O vatapá, o ouro e a dança”.
(Trecho inicial do Manifesto Pau-Brasil, de Oswald de Andrade, publicado em 1924)
Após a Semana de Arte Moderna, os artistas participantes passaram por situações diversas de encontros e rupturas. Contudo, a partir das sementes germinadas antes e durante o evento, muitos deles passaram a incorporar, cada vez mais, práticas do universo modernista ao seu repertório artístico.
No Manifesto Pau-Brasil, de 1924, Oswald de Andrade, assim como outros modernistas de primeira geração, passou a repensar o lugar do povo brasileiro nas artes. Elementos das culturas indígena, negra e cabocla, bem como temas de natureza regional e folclórica tornaram-se mais comuns nos textos, traços, cores e sons produzidos pelos modernistas.
Mais tarde, com a publicação do Manifesto Antropófago em 1928, Oswald passa a chamar de “antropofagia” o movimento de “deglutir” a cultura estrangeira e, a partir da incorporação de elementos da cultura nacional, transformá-la em algo genuinamente brasileiro. Para o autor, a antropofagia deve ser vista como um processo diverso e coletivo de formação de outra identidade cultural para o país.
“Só a ANTROPOFAGIA nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi, or not tupi that is the question”.
(Trecho inicial do Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade, publicado em 1928)
No que se refere ao processo de criação poético, Oswald faz uso do verso livre, do coloquialismo e da ironia para reimaginar a terra brasilis. Erro de português, um de seus poemas mais conhecidos, é um bom exemplo dessas práticas, tanto na forma quanto no conteúdo.
Quando o português chegou
Debaixo d’uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
(Erro de Português, poema publicado em 1927, no livro Primeiro caderno de poesia do aluno, de Oswald de Andrade)
A professora Maira Mesquita diz que a proposta do autor é incitar uma dúvida no leitor. “Você acha que ele vai falar de alguma coisa relacionada à gramática, à língua portuguesa e, na verdade, é sobre o sujeito português que colonizou. Então, ele vem trazer uma crítica à colonização, a esse processo de aculturação”, explica a pesquisadora.
De acordo com os ideais antropófagos, Tarsila do Amaral passa a incorporar elementos da cultura brasileira nas cores e nas figuras representadas em suas obras.
Curador do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), Fernando Oliva diz que “as cores da Tarsila, chamadas cores brasileiras, terracota, maneira como ela imprimia nos azuis e ocres tons terrosos, que foram associados a uma ideia de Brasil, uma ideia de luminosidade brasileira e, portanto, parte desse primeiro Modernismo que ressaltava muito essa ideia de identidade brasileira”.
O quadro Antropofagia, de 1929, em exposição na Pinacoteca do Estado de São Paulo, demarca, com clareza, a dimensão das culturas negra e indígena nas obras da artista. A curadora Valéria Piccoli explica que a obra é uma junção de elementos de outras duas obras: A Negra, de 1923, e Abaporu, de 1928.
O Abaporu, que em tupi-guarani significa “antropófago”, é considerado seu trabalho mais célebre. Trata-se, também, da tela brasileira mais cara do mundo, com valor estimado em US$ 40 milhões. Atualmente, o quadro faz parte do acervo do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba).
Em 1928, mesmo ano de finalização de Abaporu e da publicação do Manifesto Antropófago, é publicada outra obra que busca, também, desvendar as entranhas do povo brasileiro. Trata-se de Macunaíma, o herói sem nenhum caráter, de Mário de Andrade, considerada sua obra-prima.
Se em Pauliceia Desvairada o autor retrata a vida e os costumes no ambiente urbano por meio da poesia, em Macunaíma, texto em prosa, Mário de Andrade concentra a narrativa em dois espaços, a selva amazônica e a selva de pedra, representada pela cidade de São Paulo. Apesar de a obra se concentrar majoritariamente nesses dois lugares, o anti-herói Macunaíma transita por diversas regiões do país em busca da pedra mágica muiraquitã, presente de Ci, a Mãe do Mato, seu grande amor. A pedra perdida acaba nas mãos de Venceslau Pietro Pietra, o Piaimã, gigante comedor de gente representada pela figura do burguês que vive na capital paulista. De difícil classificação, devido à combinação de diferentes gêneros, a obra é hoje um dos grandes clássicos da literatura brasileira.
Para o escritor Jason Tércio, a obra não é de fácil leitura, já que tem uma linguagem bastante revolucionária, com vocábulos de todas as regiões brasileiras e palavras que não se encontram nem no dicionário. “[O livro] foi recebido com muita estranheza e até rejeição também, por que como rotular? Ele não era um romance no sentido convencional de contar uma historinha, com começo, meio e fim. Não era uma crônica, não era um ensaio. Causou um forte impacto, foi resultado das pesquisas do Mário de Andrade sobre o Brasil, a grande riqueza regional que o Brasil tem, cultural. Ele quis sintetizar, nesse livro, toda a cultura brasileira e a geografia também”.
A pesquisa para Macunaíma, assim como para outras obras e projetos de Mário de Andrade, é fruto do desejo do autor em conhecer as diversas faces da cultura brasileira. Em 1924, o escritor viaja com outros artistas por terras mineiras, em momento que ficou conhecido como “caravana modernista”. De maio a agosto de 1927, viajou “do Amazonas até o Peru, pelo Madeira até a Bolívia, por Marajó até dizer chega”, conforme escreveu em um relato da viagem. De novembro de 1928 a fevereiro de 1929, o escritor viajou por Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
As impressões do escritor, relatadas em diários e crônicas para jornais, foram compiladas no livro O turista aprendiz, organizado, em 1976, por Telê Ancona Lopez, pesquisadora do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo (USP).
A partir de 1935, quando Mário de Andrade fundou o Departamento Municipal de Cultura de São Paulo, do qual se tornou o primeiro diretor, o trabalho com as pesquisas folclóricas torna-se uma política pública. Nesse mesmo ano, criou a Discoteca Pública Municipal e convidou a pianista e pesquisadora Oneyda Alvarenga para assumir a direção do espaço.
De fevereiro a julho de 1938, Mário enviou um grupo de pesquisadores ao Norte e ao Nordeste do país. Batizada de “Missão de Pesquisas Folclóricas”, a expedição gravou, fotografou, filmou e estudou diversas melodias cantadas em festas e rezas. Foram registradas manifestações populares em cidades dos Estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão e Pará.
Na bagagem, os pesquisadores trouxeram instrumentos musicais, anotações de campo e registros musicais, fílmicos e fotográficos que fazem parte do acervo histórico da discoteca que, hoje em dia, leva o nome de Oneyda Alvarenga e está localizada no Centro Cultural São Paulo, no centro da capital paulista.
Para o escritor Jason Tércio, “Mário de Andrade tinha como objetivo abrasileirar o Brasil” e esse é um dos maiores legados não só do escritor, mas de vários outros artistas e pesquisadores modernistas.
O AGORA – Cem anos e algumas lições
“Eu creio que os modernistas da Semana de Arte Moderna não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição”. A frase foi dita por Mário de Andrade durante a conferência “Movimento Modernista”, que celebrava, em 1942, os 20 anos da Semana de Arte Moderna.
Hoje em dia, com o centenário, pesquisadores têm enfatizado a necessidade de repensar a própria Semana de 22 como marco inaugural do Modernismo no Brasil.
Para o pesquisador Lucas de Nicola, o Modernismo não foi um movimento único.
“Existem várias propostas, várias manifestações. A Semana de Arte Moderna é a expressão de um Modernismo que foi formado a partir desse grupo aqui em São Paulo. Não que não existam outras possiblidades. E, de fato, aqui em São Paulo, houve uma aproximação desses artistas com elementos da elite cafeeira, que estava interessada em transformar São Paulo num centro importante culturalmente. Essa questão também é fundamental a gente compreender”.
A aquisição, pelo governo de São Paulo, de um dos quadros de Tarsila do Amaral, demonstra bem os anseios da elite paulistana em fazer da cidade um centro cultural moderno. O quadro São Paulo, finalizado pela artista em 1924, foi adquirido em 1925, para compor o acervo da Pinacoteca.
Para a curadora Valéria Piccoli, a obra representa os núcleos de modernidade da cidade de São Paulo. “A gente vê a ponte de metal, que é a ponte do Vale do Anhangabaú, o bonde, o poste de luz, o edifício em construção... Você vê todos esses elementos. Simbolicamente, você representa essa potência do desenvolvimento”.
Na mesma linha, Valéria corrobora também com o cuidado ao demarcar o pioneirismo da Semana de 22. “Obviamente, havia muitas coisas acontecendo no Rio de Janeiro, em Belém, em outras partes do Brasil. Você tem, aí, vários modernismos acontecendo em diversos lugares do Brasil. Porém, esse momento [a Semana de 22] é escolhido pela historiografia como esse momento inaugural, digamos, da modernidade no Brasil. Mas é preciso ver com muita cautela”.
Um dos grandes legados da Semana de 22 é a ocupação dos espaços pelos artistas e a maneira pela qual essas pessoas projetam suas vozes nesses espaços. Para o pesquisador Lucas de Nicola, a Semana de Arte Moderna surge do incômodo que alguns artistas passavam a sentir diante daquele mundo que viviam.
“E acho que o legado que a Semana deixa é não temer em pensar e criar a partir dessas incertezas que se apresentam diante de si. A ideia dessa coragem de você enfrentar seus próprios incômodos com o contexto no qual você vive. Um legado cada vez mais necessário”.
A Escolinha Meninas do Futebol, iniciativa patrocinada pelo governo do Estado do Maranhão e pela Construnorte Materiais de Construção, por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, teve seu pontapé inicial no último sábado (12), com uma solenidade de lançamento na Associação Atlética Boa Vida, no Bairro Areal, na cidade de Bacabal. (MA). Em sua primeira edição, o projeto atenderá 60 meninas carentes, que ganharam um kit com todo o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas) para participarem dos treinos, além de receberem cadernos e garrafinhas de água individuais.
As alunas da Escolinha Meninas do Futebol participarão de aulas teóricas e práticas, voltadas para iniciação e treinamento do esporte, em atividades desenvolvidas por profissionais capacitados, que seguirão uma metodologia especializada e pensada exclusivamente para as participantes do projeto. Além de contarem com acompanhamento escolar e pedagógico semanal, as meninas também terão alimentação nos dias de treinos.
De acordo com o coordenador da Escolinha Meninas do Futebol, Kléber Muniz, o projeto visa desenvolver o futebol feminino em Bacabal, ser uma referência para iniciativas similares em todo o Maranhão e contribuir para a formação das jovens atletas, não só dentro dos gramados, mas, principalmente, na sociedade.
"Estamos muito felizes com o início das atividades da Escolinha Meninas do Futebol. É gratificante fazer parte de um projeto tão importante e ver a felicidade dessas jovens atletas que terão uma grande oportunidade com essa iniciativa. O esporte, aliado aos estudos, é fundamental para a construção da cidadania, e a escolinha dá essa chance a quem tanto precisa, democratizando o acesso à prática do futebol. Mais uma vez, agradecemos ao governo do Maranhão e à Construnorte por acreditarem no nosso projeto", afirmou Kléber.
Todas as informações sobre a primeira edição da Escolinha Meninas do Futebol estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@projetomeninasdofutebol) no Instagram e no Facebook.
O Ministério da Cidadania publicou hoje (15), no Diário Oficial da União (DOU), as diretrizes do programa Vem Ser!, que visa proporcionar o desenvolvimento integral de alunos de 8 a 17 anos, por meio do esporte.
A Portaria nº 749 traz as diretrizes do programa e entrará em vigor no dia 2 de março. O objetivo "é oportunizar o acesso de crianças e adolescentes à iniciação esportiva de qualidade, prioritariamente daqueles que se encontram em áreas de vulnerabilidade social e que preferencialmente estejam matriculados na rede pública de ensino".
O programa poderá ser realizado em escolas ou espaços comunitários, públicos ou privados, no contraturno ou como complemento das atividades escolares.
“Esse programa abrange múltiplos cenários com essa atividade virtuosa que é o esporte. O esporte simboliza para todos nós superação, mas envolve outros valores e propicia o desenvolvimento social e a qualidade de vida”, afirmou o ministro da Cidadania, João Roma.
De acordo com o Ministério da Cidadania, os núcleos esportivos do Vem Ser! são projetados para 100 crianças e adolescentes em cada centro, com 25 alunos por turma. São quatro horas semanais (16 horas/aula por mês) para cada grupo.
Os núcleos são viabilizados por parcerias entre a Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social (Snelis) da Secretaria Especial do Esporte e governos estaduais, municipais e Distrito Federal, além de instituições públicas federais de ensino e Organizações da Sociedade Civil (OSC), com apoio de recursos financeiros próprios do Ministério da Cidadania ou por meio de emendas parlamentares.
A Organização Pan Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam uma média de 60 minutos de atividade aeróbica de moderada a vigorosa por dia para crianças e adolescentes e apontam que 81% deles não atingem essa meta no Brasil.
“É mais alarmante ainda para as meninas, pois 89% não atingem essa quantidade de minutos por dia. A faixa dos meninos também é bem alta, 78%, aqui no Brasil. Entendemos que é na escola que podemos começar a fazer essa transformação. É na escola onde podemos promover o acesso de crianças e adolescentes ao esporte”, apontou a secretária nacional da Snelis, Fabíola Molina.
Pedagogia, administração, ciências biológicas, matemática, direito, química, física, agronomia, interdisciplinar em ciência e tecnologia e engenharia civil são os dez cursos com maior oferta de vagas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), na primeira edição de 2022.
As inscrições começam nesta terça-feira (15) e vão até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 18. No total, estão sendo oferecidas aos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), 221.790 vagas em 125 instituições públicas de ensino superior, em cursos de graduação e de ensino a distância (EaD). Segundo o Ministério da Educação (MEC), 84,5% das vagas são para instituições federais (universidades e institutos).
Os interessados podem verificar as vagas oferecidas por modalidade de concorrência, cursos e turnos, instituições e localização dos cursos. Na página do Sisu também será possível acessar a íntegra do documento de adesão de cada uma das instituições de ensino participantes.
Para se inscrever, é necessário que o estudante tenha obtido, no mínimo, 450 pontos na prova do Enem e não tenha zerado a redação. Candidatos que participaram do exame como treineiros não estão habilitados a fazer inscrição no programa.
Cronograma
Inscrições: 15 a 18 de fevereiro.
Resultado da chamada única: 22 de fevereiro.
Inscrição para a lista de espera: de 22 de fevereiro a 8 de março.
Matrícula ou registro acadêmico: de 23 de fevereiro a 8 de março.
Resultado da lista de espera: a partir do dia 10 de março.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu, nesta segunda-feira (14), a necessidade de combater a corrupção para garantir que os recursos públicos atendam a população.
“Nós não temos mais ladrões assentados nos ministérios. Chega disso. Nós temos agora é que usar o dinheiro público com os brasileiros”, disse ao discursar no 1º Encontro de Prefeitos e Gestores Municipais da Educação da Região Península dos Grandes Lagos, em Andradina, interior paulista.
Ribeiro diz estar empenhado em combater o mau uso do dinheiro repassado pelo Ministério da Educação aos municípios. “Eu sou obstinado contra político ladrão. Já mandei mais de 700 prefeitos para o Tribunal de Contas da União”, disse.
O ministro destacou, ainda, a necessidade de valorizar a educação básica ao fazer referência ao aumento de 33% no piso salarial dos professores, oficializado pelo governo federal no início do mês.
“O alicerce da educação é aprender a ler e escrever, é educação básica. Não adianta construir universidades pelo Brasil, é a mesma coisa que começar uma obra pelo telhado”, disse.
A portaria que elevou para R$ 3.845,63 o piso dos profissionais da educação básica foi assinada no último dia 4 de fevereiro pelo presidente Jair Bolsonaro.
Também participou do evento em Andradina o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. Ele também ressaltou a importância da atenção à educação dos jovens.
“Se a gente oferecer a oportunidade de eles terem educação e, logo depois, a gente oferecer a possibilidade de eles abrirem empresas ou trabalharem em empresas e terem a vida digna, dessa forma a gente vai construir um país”, disse Pontes.
Apontada como marco zero do Modernismo no Brasil, a Semana de Arte Moderna comemora seu centenário este mês. Celebrada atualmente em exposições, livros, seminários, eventos e reportagens, a efeméride é também uma oportunidade para se rediscutir a importância histórica do evento – realizado no Theatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, por artistas e intelectuais da elite paulistana que defendiam estar rompendo com o conservadorismo das artes no Brasil.
“Nesse momento em que a gente está, em 2022, o que está sendo mais bacana de olhar para a Semana de 22 é justamente questionar o seu mito”, afirma Heloisa Espada, curadora do Instituto Moreira Salles.
“É claro que foi um evento importante em São Paulo. Reuniu ali alguns artistas e literatos de várias áreas e que se tornaram muito importantes para a história do Modernismo, como Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Anita Malfatti e Victor Brecheret. Tem nomes que são muito importantes para a nossa compreensão da arte moderna no Brasil. Mas, hoje, estamos em um momento de rever isso, de olhar para os outros Estados, entender a temporalidade dos outros Estados, o que estava acontecendo nos outros lugares e tentar ampliar a compreensão desta produção para além do Sudeste”, reforça Heloisa.
A ideia de que a semana foi um marco do Modernismo brasileiro, na realidade, foi uma construção histórica, que só veio a surgir décadas depois, defendem historiadores e especialistas.
“Acho que o que marca essa comemoração de 100 anos é entender como a Semana de Arte Moderna se tornou um marco. Isso é uma construção histórica. Mas eles fizeram de tudo para que realmente ela fosse polêmica e para se alinhar à ideia de vanguarda que estava sendo discutida e da qual eles tinham notícias que vinham de outros países, principalmente do Hemisfério Norte”, disse Heloisa.
Um dos pontos que passa por revisão histórica é o regionalismo da iniciativa, afinal a semana não foi composta apenas por artistas e intelectuais paulistas. “Há pessoas de Pernambuco; alemães, como o [Wilhelm] Haarberg, por exemplo, que estava recém-emigrado e participa. Temos o arquiteto polonês [Georg] Przyrembel; o espanhol Antonio Garcia Moya, que fez desenhos de arquitetura e participou da semana. Temos mineiros”, destacou Luiz Armando Bagolin, professor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP).
Além disso, houve iniciativas modernas em outras partes do país, como as revistas ilustradas do Rio Grande do Sul; o trabalho do pintor Vicente do Rego Monteiro, em Pernambuco; e o samba, no Rio de Janeiro.
“Tem uma coisa importante não só no Rio, mas em vários lugares também, que é a música, o surgimento do samba nesse momento, que é muito próprio do Brasil. Olhar as manifestações culturais brasileiras e tentar entender o que é próprio da nossa cultura, de cada lugar, de cada Estado e entender o quanto aquilo desafiava, o quanto o samba desafiava convenções. Acho que esse é um jeito de olhar e de pensar o Modernismo”, disse.
Controvérsias
O Modernismo brasileiro também viveu suas ambiguidades e controvérsias. A começar pelo fato de que o movimento, cuja efervescência aconteceu nas cidades, foi bancado pela elite cafeeira, que vivia no interior, em fazendas. “É a riqueza do campo que paga essa ideia da arte moderna”, explicou Heloisa.
“A ideia de modernidade era um peixe que o regime republicano queria vender. Essa ideia de modernidade, de abrir grandes avenidas e criar cidades mais modernas e que fossem mais salubres, destruiu um passado imperial e colonial ou colocou de lado todo um passado que era conveniente politicamente esquecer naquele momento”, destacou Heloisa.
“Para algumas pessoas, a modernidade seria um projeto de branqueamento do país no início do século. Modernidade também é isso, também tem um lado nefasto. Há quem diga que é mais nefasto que moderno”.
A especialista questiona o motivo de nomes como o do escritor e político Plínio Salgado, que fez parte da semana, terem sido “apagados” pela história. “Temos ali a participação do Menotti del Picchia [escritor] e do Plínio Salgado, figuras que, depois, se tornaram controversas politicamente, ligadas ao movimento do verde-amarelismo [que se opunha ao movimento pau-brasil de Oswald de Andrade e pregava um ufanismo exacerbado]. Depois, o Plínio Salgado é expoente do Integralismo [que tinha grande afinidade com o fascismo italiano]”, disse Heloisa.
Nessa análise política, também é importante entender como o movimento modernista foi utilizado pelo Estado Novo, de Getúlio Vargas. “O Gustavo Capanema [ministro forte do governo Getúlio Vargas] era o homem, digamos, por detrás dessa estratégia de assumir o Modernismo como uma política cultural estatal”, disse Bagolin, explicando que a busca por uma arte brasileira, com identidade nacional, “serviu como uma luva para o projeto do Estado Novo”.
“O Estado Novo buscava demonstrar que o povo brasileiro, apesar de ser composto por uma miscigenação de etnias e culturas, ele deveria se apresentar como um povo, no singular; como uma cultura, no singular; uma arte brasileira, no singular. Até hoje, falamos isso. Não falamos ‘as artes brasileiras’, que seria o mais correto porque são diferentes e somos diferentes”, disse o professor da USP.
Quando a ideia do Modernismo surge em território brasileiro, há a utopia, por parte dos artistas, de que essa arte nacional seria utilizada para modificar o país. Mas, quando essa ideia passa a ser apropriada pelo Estado, Mário de Andrade se desencanta com o movimento.
“Para o Mário de Andrade e para outros, quando o Modernismo é cooptado, se transforma no establishment ou na arte estatal, na arte defendida pelo Estado – e por um Estado ainda muito conservador – o Modernismo morre. Todas aquelas iniciativas, todas as suas experiências, tudo o que eles fizeram, foi em vão”, destacou o professor do IEB.
Problematização
O principal objetivo da Semana de Arte Moderna de 1922 foi repensar, de maneira crítica, o tradicionalismo cultural, muito associado às correntes literárias e artísticas europeias, ao Parnasianismo e ao academicismo formal.
Esse movimento foi liderado e protagonizado pela elite paulistana, bancado pela cafeicultura e ocorrido apenas 34 anos após a abolição da escravatura.
Temas como o colonialismo, a escravidão, a opressão indígena e a violência não entraram na agenda dos modernistas brasileiros, e essa é uma das principais problematizações acerca da Semana de Arte Moderna, sob o ponto de vista crítico do século XXI.
“O Brasil tinha acabado de sair da escravidão. O Brasil tinha acabado de sair da monarquia e era uma jovem república. E, em 1922, o grande acontecimento daquele ano não foi a Semana de Arte Moderna. Foi a comemoração do primeiro centenário da nossa independência”, disse Bagolin.
“Dizer que o negro e o indígena não estavam representados na semana é um anacronismo. A participação de indígenas ou de afrodescendentes, o lugar de fala das pessoas, as suas expressões próprias, essas questões são demandas da nossa época. Elas são justas e devem ser defendidas, devemos brigar por elas. Mas não eram questões que se apresentavam nos anos 20 do século passado”, explicou o professor do IEB, que também é curador da exposição Era Uma Vez o Moderno, que está em cartaz no Centro Cultural da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
O que os modernistas fizeram naquela época foi a apropriação de outras artes, como a indígena, com as quais tiveram contato por meio de viagens e expedições que fizeram pelo interior do Brasil.
“Numa perspectiva hoje de decolonialidade, essas iniciativas são vistas com reserva. Às vezes, mais do que vistas com reserva, elas são criticadas, censuradas, porque, de novo, é o branco europeu, explorador, que vem e se apropria de parte de uma cultura que não é dele. Depois a expõe, vende, revoluciona o campo da arte e da cultura moderna com uma coisa que foi apropriada de um povo, de um outro povo, que está sendo esquecido, vilipendiado, roubado, trucidado. Então, numa perspectiva de decolonialidade, acho que é muito pertinente essa crítica”, disse Bagolin.
Atualmente, intelectuais e artistas indígenas têm se pronunciado sobre o Modernismo, olhando para essa tradição. “Antes, tínhamos esses intelectuais, criados e formados nos centros urbanos, olhando para outras culturas brasileiras e para as culturas originais. Hoje, temos a possibilidade de ouvir indígenas revisando Macunaíma [livro escrito por Mário de Andrade] e se posicionando sobre isso. Isso também é coisa do nosso tempo e acho que precisamos, nesse momento, ouvir muito. É a hora que temos para aprender muito sobre esse ponto de vista que, até agora, não esteve no centro dos debates”, destacou Heloisa.
Modernismo além de 22
Cem anos depois, especialistas como Heloisa defendem a importância da Semana de Arte Moderna, mas também enfatizam que o movimento e a construção do Modernismo no Brasil contaram com outros elementos.
“O grande aprendizado é esse: a gente tentar entender a potência e os limites do que foi a Semana de 22, porque acho que o que não dá mais hoje é, nas escolas, continuar falando da arte moderna e só da Semana de 22. Porque muita coisa aconteceu, muita coisa além. As experiências do Modernismo no Brasil vão muito além da Semana de 22”, frisou Heloisa.
Na avaliação de Luiz Armando Bagolin, ser modeno hoje implica aprender com as diversidades brasileiras. “Eu acho que ser moderno hoje é encarar as diferenças. Nós somos diferentes. O Brasil é muito vasto, tem coisas que os brasileiros não conhecem. Não somos iguais e nós temos que nos entender nas diferenças. A gente não pode resolver essa história, formulando, a título de um projeto político ou ideológico, um Brasil no singular, um brasileiro no singular, todo mundo com a mesma nação”, destacou.
“Ser moderno hoje implica fazer a revisão de toda a norssa história e de toda a nossa cultura numa perspectiva decolonial, de decolonialidade. Isso é um dado recente. Aliás, é um conceito sociológico que data do final dos anos 90. Então, é importante não perder esse instrumento sociológico porque ele nos formula muitos desafios”, acrescentou.
As músicas estrangeiras predominaram entre as mais tocadas nas rádios brasileiras nos últimos dez anos. A conclusão está em levantamento do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que fez a análise em homenagem ao Dia Mundial do Rádio, celebrado hoje (13).
O estudo considerou apenas as emissoras em dia com o pagamento de direitos autorais ao Ecad nos últimos 10 anos. O levantamento constatou diferenças regionais na preferência pelas músicas.
Na Região Nordeste, houve divisão igual entre canções nacionais e estrangeiras. Entre as 10 músicas mais tocadas, cinco foram brasileiras. Na outra ponta, está o Sudeste, onde apenas uma canção nacional entrou no ranking.
No Centro-Oeste, a lista das dez músicas mais executadas teve seis internacionais e quatro nacionais. No Sul, a proporção ficou em sete canções estrangeiras e três brasileiras no top 10. A Região Norte teve oito internacionais e duas nacionais entre as dez mais tocadas.
A canção nacional que mais conseguiu entrar na lista das dez mais executadas foi Flores em Vida, interpretada por Vanessa da Mata, que entrou no ranking das regiões Centro-Oeste, Norte, Sul e foi a mais tocada nos últimos dez anos no Nordeste. O segundo lugar entre as canções brasileiras foi dividido entre as canções Mandou Bem, da banda Jota Quest, e Ai Se Eu Te Pego, de Michel Teló.
A canção Mandou Bem ficou em quarto lugar na Região Centro-Oeste e foi a mais executada no Sul. O hit Ai Se Eu Te Pego obteve o sexto lugar no Centro-Oeste e alcançou a mesma posição no Sul.
Veja os rankings regionais com as músicas mais tocadas em rádios que pagaram direitos autorais nos últimos dez anos
Centro-Oeste
1) Get Lucky – Daft Punk / Pharrell / Nile Rodgers / Christo Guy Manuel Homem
2) Flores em Vida – citação: boa sorte/good luck – Vanessa Da Mata / Ben Harper / Felipe Duram / Alberto Araujo
3) 7 Years – Morten Pilegaard / Lukas Graham / Morten Jensen / La Brel David James / Stefan Forrest / Brody Brown
4) Mandou Bem – Pj / Gigi / Barnes Jerry / Rogerio Flausino / Nile Rodgers / Marcos Tulio Lara / Fabio O'brian / Paulinho Fonseca / Marcio Buzelin
5) Sugar – Cirkut / Adam Levine / Ammo / Jacob Kasher / Luke Gottwald / Mike Posner
6) Aí Se Eu Te Pego – Karine Vinagre / Duda / Amanda Cruz / Aline Medeiros Da Fonseca / Sharon / Antonio Dyggs
7) Timber – Buddy L Hank / Cirkut / Pitbull / Carter Charles Cedel / Roger Parker / Greg Errico / Sermstyle / Priscilla Renea Hamilton / Kesha / Steve Arrington / Lee Oskar / Luke Gottwald / Breyan Isaac / Oskar Keri
8) Regime Fechado – Juan Marcus / Jenner Melo / Vinicius / Thiago Alves / Samuel Alves / Natanael Silva 9) Piece of Your Heart – Nathan C / Simon De Jano / Madwill / Blake Cooper / Joshua Alexander Grimmett / Luke
10) Hey Brother – Veronica Maggio / Ash Pournorui / Fire Frank / Damien Adore / Avicii
Nordeste 1) Flores em Vida – citação: boa sorte/good luck – Vanessa Da Mata / Ben Harper / Felipe Duram / Alberto Araujo
2) Jenifer – Fred Willian / Thawan Alves / Joao Pala / Leo Sousa / Abel Junior / Junior Avelar / Allef Alcino / Thales Gui
3) Medo Bobo – Vinicius O Poeta / Juliano Tchula / Francisco Araújo / Maraisa / Junior Pepato
4) Halo – Ryan Tedder / Beyonce / Bogart
5) Get Lucky – Daft Punk / Pharrell / Nile Rodgers / Christo Guy Manuel Homem
6) A Noite – Tie / Giuseppe Anastasi / Adriano Cintra / Rita Wainer / Andre Whoong
7) Regime Fechado – Juan Marcus / Jenner Melo / Vinicius / Thiago Alves / Samuel Alves / Natanael Silva
8) Sugar – Cirkut / Adam Levine / Ammo / Jacob Kasher / Luke Gottwald / Mike Posner
9) When I Was Your Man – Andrew Wyatt / Phillip Lawrence / Bruno Mars / R E
10) Shape of You – Briggs Kevin Jerome / Ed Sheeran / Maccutcheon Steven / John Macdaid / Tameka D Cottle / Kandi L Burruss
Norte
1) Irreplaceable – Espen Lind / Bjorklund Amund / Beyonce / Ne Yo / Eriksen Mikkel Storleer / Tor Erik Hermansen
2) Timber – Buddy L Hank / Cirkut / Pitbull / Carter Charles Cedel / Roger Parker / Greg Errico / Sermstyle / Priscilla Renea Hamilton / Kesha / Steve Arrington / Lee Oskar / Luke Gottwald / Breyan Isaac / Oskar Keri
3) Sugar – Cirkut / Adam Levine / Ammo / Jacob Kasher / Luke Gottwald / Mike Posner
4) Flores em Vida – citação: boa sorte/good luck – Vanessa Da Mata / Ben Harper / Felipe Duram / Alberto Araujo
5) Hey Brother – Veronica Maggio / Ash Pournorui / Fire Frank / Damien Adore / Avicii
5) (empate) Dancing with a stranger – Sam Smith / Eriksen Mikkel Storleer / Tor Erik Hermansen / Normani Kordei / James John Napier
6) Halo – Ryan Tedder / Beyonce / Bogart
7) Get Lucky – Daft Punk / Pharrell / Nile Rodgers / Christo Guy Manuel Homem
8) Aí Eu Ligo – Alcebias Flausino / Kaua Rodrigues / Paulinha Goncalves / Matheus Mattos / Arthur Castro
10) Señorita – Shawn Mendes / Camila Cabello / Benny Blanco / Ali Tamposi / Magnus Hoiberg / Andrew Watt / Jack Patterson / Charli Xcx
Sudeste 1) Get Lucky – Daft Punk / Pharrell / Nile Rodgers / Christo Guy Manuel Homem
2) Sugar – Cirkut / Adam Levine / Ammo / Jacob Kasher / Luke Gottwald / Mike Posner
3) Timber – Buddy L Hank / Cirkut / Pitbull / Carter Charles Cedel / Roger Parker / Greg Errico / Sermstyle / Priscilla Renea Hamilton / Kesha / Steve Arrington / Lee Oskar / Luke Gottwald / Breyan Isaac / Oskar Keri
4) Irreplaceable – Espen Lind / Bjorklund Amund / Beyonce / Ne Yo / Eriksen Mikkel Storleer / Tor Erik Hermansen
5) Mandou Bem – Pj / Gigi / Barnes Jerry / Rogerio Flausino / Nile Rodgers / Marcos Tulio Lara / Fabio O'brian / Paulinho Fonseca / Marcio Buzelin
6) Shape of You – Briggs Kevin Jerome / Ed Sheeran / Maccutcheon Steven / John Macdaid / Tameka D Cottle / Kandi L Burruss
7) Piece of Your Heart – Nathan C / Simon De Jano / Madwill / Blake Cooper / Joshua Alexander Grimmett / Luke
8) Paradise – Brian Eno / Coldplay / A Martin
9) Closer – Isaac Slade / Joe King / Andrew Taggart / Shaun Frank / Halsey / Louis The Child
10) Hey Brother – Veronica Maggio / Ash Pournorui / Fire Frank / Damien Adore / Avicii
Sul 1) Mandou Bem – Pj / Gigi / Barnes Jerry / Rogerio Flausino / Nile Rodgers / Marcos Tulio Lara / Fabio O'brian / Paulinho Fonseca / Marcio Buzelin
2) Get Lucky – Daft Punk / Pharrell / Nile Rodgers / Christo Guy Manuel Homem
3) Timber – Buddy L Hank / Cirkut / Pitbull / Carter Charles Cedel / Roger Parker / Greg Errico / Sermstyle / Priscilla Renea Hamilton / Kesha / Steve Arrington / Lee Oskar / Luke Gottwald / Breyan Isaac / Oskar Keri
4) Sugar – Cirkut / Adam Levine / Ammo / Jacob Kasher / Luke Gottwald / Mike Posner
5) Flores em Vida – citação: boa sorte/good luck – Vanessa Da Mata / Ben Harper / Felipe Duram / Alberto Araujo
6) Aí Se Eu Te Pego – Karine Vinagre / Duda / Amanda Cruz / Aline Medeiros Da Fonseca / Sharon / Antonio Dyggs
7) Piece of Your Heart – Nathan C / Simon De Jano / Madwill / Blake Cooper / Joshua Alexander Grimmett / Luke
8) Hey Brother – Veronica Maggio / Ash Pournorui / Fire Frank / Damien Adore / Avicii
9) Mirrors – J Roc / Garland Waverly Mosley Jr / James Edward Fauntleroy Ii / Chris Godbey / Timbaland / Justin Timberlake
10) Shape of You – Briggs Kevin Jerome / Ed Sheeran / Maccutcheon Steven / John Macdaid / Tameka D Cottle / Kandi L Burruss
Em diversas partes do Brasil, eventos culturais celebram o centenário da Semana de Arte Moderna. Além da comemoração, a programação também ajuda a contar um pouco sobre a história da semana e rediscute sua importância e legado.
A maior parte dos eventos está programada para ocorrer em São Paulo, cidade que abrigou a Semana de Arte Moderna em fevereiro de 1922. O governo paulista, por exemplo, criou um site para promover parte da programação comemorativa que vai ocupar museus, teatros e outros equipamentos culturais.
Já a prefeitura de São Paulo promove o Projeto 22+100, que trará uma série de atividades marcadas para ocorrer no período de 100 dias, até 1º de maio.
A Agenda Tarsila, iniciativa que faz parte do projeto Modernismo Hoje, com realização da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, também reúne um compilado de exposições e de eventos que vão ocorrer este ano em celebração ao centenário.
Mas a programação não é uma exclusividade de São Paulo. Há eventos marcados no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e na Bahia, por exemplo.
Contra parte da programação:Paulo
São Paulo
Conjunto Nacional
Com curadoria de Vera Simões, 13 artistas contemporâneos prestam homenagem aos artistas modernistas de 22, durante todo o mês de fevereiro. Banners com arte impressa desses 13 artistas estampam a fachada do Conjunto Nacional, que fica na Avenida Paulista. Cada banner homenageia um artista modernista.Fiesp
Fiesp
No Centro Cultural Fiesp, localizado na Avenida Paulista, está em cartaz a exposição Era uma Vez o Moderno. A mostra, gratuita e com curadoria de Luiz Armando Bagolin e de Fabrício Reiner, reúne diários, cartas, manuscritos, fotos e obras dos artistas e intelectuais que fizeram parte de diversas iniciativas em torno da implantação de uma arte moderna no Brasil, entre os anos de 1910 e 1944. A exposição conta com mais de 300 obras e documentos e segue até o dia 29 de maio. Entre os quadros em exibição está O Homem Amarelo, um dos mais conhecidos de Anita Malfatti. A pintura esteve na exposição de 1917 e na Semana de Arte Moderna de 1922.CCBB
CCBB
No centro da capital paulista está em cartaz a exposição Brasilidade Pós-Modernismo. A mostra vai até o dia 7 de março no Centro Cultural Banco do Brasil e apresenta trabalhos contemporâneos de 51 artistas como Tunga, Adriana Varejão e Cildo Meireles, entre outros. A mostra chama a atenção para as diversas características da arte contemporânea brasileira da atualidade cuja existência se deve, em parte, ao legado da ousadia artística cultural proposta pelo Modernismo. A entrada é gratuitaPinacoteca
Pinacoteca
Na Pinacoteca, a exposição Modernismo: destaques do acervo fica em cartaz até o dia 31 de dezembro. A mostra é composta por 134 obras de artistas ligados ao modernismo e que estarão espalhadas por diversas salas do museu. Dentre as obras está a pintura Amigos, de Di Cavalcanti, que fez parte da exposição histórica que inaugurou a Semana de Arte Moderna, no Theatro Municipal de São Paulo. Também estará em destaque a obra Antropofagia, de Tarsila do Amaral.Museu Afro
Museu Afro
Padre Jesuíno do Monte Carmelo aos Olhos de Mário de Andrade é a exposição em cartaz no Museu Afro Brasil, que traz ao museu 27 obras do padre Jesuíno do Monte Carmelo, provenientes de igrejas das cidades de Itu e de São Paulo. A pesquisa sobre as pinturas das igrejas e dos conventos da cidade de Itu foi uma das últimas feitas por Mário de Andrade, um dos grandes nomes do Modernismo brasileiro. A mostra pode ser conferida até o dia 30 de junho.IMS
IMS
Modernidades fora de foco: a fotografia e o cinema no Brasil é a exposição que o Instituto Moreira Salles está preparando para este ano para dialogar com o centenário, apresentando duas expressões artísticas que ficaram de fora da Semana: a fotografia e o cinema. A exposição, prevista para o segundo semestre, deve explorar o processo de urbanização ocorrido nas principais cidades brasileiras à época – Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belém, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre – durante a Primeira República (1889-1930).Theatro Municipal
Theatro Municipal
O Municipal terá, entre os dias 10 e 17 de fevereiro, uma programação especial, que conta com apresentações da Orquestra Sinfônica Municipal, Coral Paulistano, Quarteto de Cordas e Balé da Cidade, ciclo de encontros, shows, sarau e expedições e diversas atividades. A programação é uma celebração à Semana de Arte Moderna, que aconteceu no mesmo museu há 100 anos. Memorial da América Latina
Memorial da Amperica Latina
O público que visitar o Memorial da América Latina poderá conferir, nas pilastras do Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro, a exposição de 16 caricaturas gigantes de artistas ligados ao movimento de 22. A mostra tem curadoria de Jal, presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil. A entrada é gratuita.
Bahia
Casa Imperial Régis Pacheco, em Vitória da Conquista
A exposição multilinguagem Arte Conquista, no Memorial Governador Régis Pacheco apresenta obras de 20 artistas, das mais variadas artes – plásticas, fotografia, música, teatro, literatura e dança - e com influências que remetem ao movimento modernista. Até 28 de fevereiro.
Belo Horizonte
Palácio da Liberdade
Já o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, apresenta a exposição Recortes Modernos do artista Alfredo Ceschiatti. A mostra conta com obras que compreendem o período de 1942 a 1969. São 13 esculturas de Ceschiatti, que é um dos mais notáveis nomes do modernismo brasileiro e mundial. A exposição poderá ser vista gratuitamente até 13 de março.
Rio de Janeiro
Paço Imperial
No Paço Imperial, o público confere, até o dia 20 de março, a exposição A Afirmação Modernista – A Paisagem e o Popular Carioca na Coleção Banerj, com mais de 120 pinturas, desenhos, gravuras e esculturas.
Festa Literária das Periferias
Até o dia 18 de fevereiro, o Museu de Arte do Rio (MAR) e o Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab) apresentam a Festa Literária das Periferiras (Flup), que vai celebrar o modernismo negro, homenageando Lima Barreto, Pixinguinha e Josephine Baker. A programação abrange shows, mesas de debate, performances e espetáculos de dança. A programação do evento pode ser consultada na internet.