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O Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) conquistou o Prêmio Nobel da Paz, nesta sexta-feira (9), por seus esforços para combater a fome e melhorar as condições para a paz em áreas atingidas por conflitos.

A entidade, sediada em Roma, afirma que ajuda 97 milhões de pessoas em cerca de 88 países todos os anos, e que uma em cada nove pessoas no mundo ainda não tem o suficiente para comer.

"A necessidade de solidariedade internacional e cooperação multilateral é mais notável do que nunca", disse a presidente do Comitê Norueguês do Nobel, Berit Reiss-Andersen, em entrevista coletiva.

O prêmio é de 10 milhões de coroas suecas, ou cerca de US$ 1,1 milhão, será entregue em Oslo, no dia 10 de dezembro.

(Fonte: Agência Brasil)

Às vésperas do Dia Internacional da Menina – celebrado em 11 de outubro – e em uma semana em que as mulheres brilharam nas premiações do Nobel de Física, Química e Literatura, o recado às brasileiras vem do escritor e professor do Instituto de Física, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alan Alves.

''Acreditem nos sonhos e não negociem os sonhos de vocês. Eu acho muito importante fortalecer a autoestima, acreditar que são capazes, construir o sonho olhando em volta, coletivamente, com as pessoas que estão próximas para proteger, como professores. Acreditem na escola, na escola pública, sobretudo. E sonhem. Lembrem que, antes de vocês, outras pessoas vieram, e vocês não estão sozinhas”.

Inspirado em garotas que amam a ciência, ele criou a personagem Antonia. Uma menina negra, com altas habilidades, que estuda em escola pública e é apaixonada por astronomia.

A história virou o livro “Antonia e a Caça ao Tesouro Cósmico”, escrito a partir de experiências pessoais de Allan, mas com a intenção de inspirar meninas Brasil afora.

''Costumo dizer que é autobiográfico, um menino negro que não se via representado nos livros de ciência. Às ciências exatas ainda falta muito essa diversidade. Eu quis trazer uma menina negra, do interior da Bahia, que tem sotaque e fala 'oxente', com altas habilidades, inteligente, que faz perguntas incríveis sobre como o universo se formou, o que acontece com as estrelas. Tinha, desde o início, a preocupação de trazer esta representatividade negra que falta nas carreiras científicas”.

Além de trazer a representatividade negra às carreiras científicas e destacar como transformador o ambiente escolar, o pesquisador toca em um ponto que Andrea Ghez, Emannuelle Charpentier e Jennifer Doudna reforçaram ao comemorar o Nobel de Física e Química, respectivamente, nesta semana.

Mulheres na ciência são espelhos para as meninas que hoje ainda estão em idade escolar.

Mas, para a igualdade de gênero em áreas científicas e, mais especificamente, em profissões ligadas ao espaço, a caminhada é longa, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com a Unoosa – Escritório das Nações Unidas para o Espaço Exterior – a representatividade das mulheres em áreas ligadas à astronomia é de 20%, enquanto os homens são 80% dessa força de trabalho.

No Brasil, projetos como o Meninas no Mast - Museu de Astronomia e Ciências Afins, em parceria com o Observatório Nacional, buscam ampliar a participação feminina em atividades de pré-iniciação científica, realização de pesquisas e divulgação, informa uma das coordenadoras do projeto, Cláudia Matos.

Selecionada no projeto, Yasmin Batista conta que sempre teve habilidade com experimentos em sala de aula e que foi fundamental ter uma escola com estrutura para iniciações científicas. Mesmo sem acreditar que seria possível, ela participou do processo seletivo. “Eu achei que não ia conseguir, mas fiz a seleção de toda forma. Fui chamada e fiquei muito feliz. Encontrei, no projeto, uma família e desenvolvi bastante”, diz.

Foi a partir do Meninas no Mast que Mylena Larrubia decidiu entrar para a graduação em astronomia, em 2017, na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela conta que assim como Antonia, personagem do livro, o gosto pela astronomia veio desde criança. E que, além da afinidade com matemática e ciências, foi na família que ela encontrou o principal apoio.

''Fui criada livre para escolher o que queria. Eu comecei a faculdade logo após o Meninas no Mast, então estava com muito incentivo e acho que depois que entrei na faculdade, isso continuou de todas as partes. O que considero muita sorte, um privilégio”, afirma.

(Fonte: Agência Brasil)

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Você devia querer, sim! Claro, diabos! Você chega a minha casa, diz que leu, na revista, minha nota curtísssima (Minha Nossa, você é belíssima!) e me prova que também é fanática por fenômenos paranormais. E, no momento em que agora a provo neste feno, observo que seu corpo não é normal, olha só: Acaso são essas pernas pernas de mulher comum? Aliso espremo tremo martirizo gemo, já estou no recôncavo baiano, carne de mão contra carne de pernas, nervo de Touro em carnes de Virgem, você delira, quer, não quer... E este busto farto, macio, carnudo, é de mocinha qualquer? Não, não é. É tudo. Acoplo minhas mãos em concha sobre o contorno destas mamas, viro criança, menino do buchão, neném. E choro – quem não chora, não mama. E mamo. E beijo. Você quer, não quer, se treme, se torce, se mexe, se se, se sem, só céu, só cio, sacio, silêncio. Silencio. Como, provo (e como provo!), comprovo: seu corpo é paranormal. Precisa ser estudado, em minúcias. Cada parte. Cada órgão. Talhado. Retalhado. Desfraldado. Por um especialista. Por mim – que tanto gosto das coisas fenomenais, paranormais. Você quer, não quer.

Você veio, de revista na mão, rostinho lindo na cabeça, muitos recortes de jornais na bolsinha pontuda. Você veio. De blusinha. E de bermuda. Veio da capital. Férias. Familiares. Leu a revista. Me viu. Sobre tapetes e travesseiros – o “feno” de sonos e sonhos meus – espalhamos enigmas, discos voadores, fim do mundo. Sobre o tapete nos espojamos. Nos despojamos. Trocamos de roupa. Adão e Eva. Você quer, não quer. Aqui estamos. Nós. Nus. Recortes revoam e pousam, descansando as letras que cochicham incertezas. Pedaços de papel grudados nos corpos suados. Um deles sobre o Triângulo das Bermudas. Ele, como todos os mistérios, apenas um jogo de palavras. E de amor. Você vibra. Você quer.

Um homem. Uma mulher.

* EDMILSON SANCHES

José Mario Molina — Foto: Reuters/Gerardo Garcia

O mexicano Mario Molina, que ganhou o Prêmio Nobel de Química nos anos 90, morreu nessa quarta-feira (7) aos 77 anos, informaram autoridades, que lamentaram a perda do engenheiro químico que ganhou notoriedade como um dos descobridores das causas do aparecimento de buracos na camada de ozônio.

Em 1995, Molina se tornou o primeiro - e até agora o único – mexicano a receber o Prêmio Nobel de Química.

Com o holandês Paul J. Crutzen e o norte-americano Frank Sherwood Rowland, o mexicano conquistou o prêmio por seu papel em elucidar as ameaças à camada de ozônio da Terra, causadas em parte pelos gases cloro, bromo e dióxido de carbono, entre outros.

"Lamento profundamente o falecimento de Mario Molina Henriquez, Prêmio Nobel mexicano, cientista comprometido e capaz. Abraço solidário a seus familiares e amigos. Descanse em paz", escreveu o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, em sua conta no Twitter.

As pesquisas de Molina, que nasceu em 19 de março de 1943, levaram à elaboração do Protocolo de Montreal, da Organização das Nações Unidas (ONU), o primeiro tratado internacional que enfrentou com eficiência um problema ambiental de escala global.

"Mario Molina foi um mexicano exemplar, que dedicou sua vida a investigar e a trabalhar a favor da proteção do nosso meio ambiente. Será sempre lembrado com orgulho e agradecimento", disse, em nota, o Centro Mario Molina, uma associação civil criada para dar continuidade ao seu trabalho.

(Fonte: Agência Brasil)

Os inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 têm até as 23h59 desta quinta-feira (8), para cadastrar ou alterar a foto de inscrição na Página do Participante, para concluir esta etapa do exame. O prazo anterior terminaria no dia 1º de outubro.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a mudança na data foi devido ao grande número de acessos em um só dia. "A prorrogação tem o objetivo de garantir a realização do procedimento por parte dos inscritos. Participantes que já incluíram a foto anteriormente não precisam repetir a operação", informou o Inep.

Segundo o Inep, não serão aceitas imagens de pessoas com óculos escuros ou artigos de chapelaria (boné, chapéu, viseira, gorro ou similares). A fotografia também deve mostrar o rosto inteiro do participante, com uma boa iluminação e foco, além de estar nos formatos de arquivo JPEG e PNG (tamanho máximo de 2 MB). Imagens em PDF não serão permitidas. O Inep e o Ministério da Educação (MEC) não realizam validação da foto.

Provas

Por causa da pandemia do novo coronavírus, as provas da edição 2020 do exame foram adiadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021 (versão impressa); e 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2021 (versão digital). Além de uma redação e 45 questões, os candidatos terão que responder questões sobre quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias.

Dúvidas

As informações a respeito do Enem 2020 podem ser acompanhadas nos portais do Inep e do MEC, assim como nas redes sociais oficiais dos dois órgãos do governo federal. Dúvidas podem ser sanadas pelo Fale Conosco do instituto, por meio do autoatendimento “on-line” ou do 0800 616161, a central aceita apenas chamadas feitas de telefone fixo.

(Fonte: Agência Brasil)

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Uma vez, numa das minhas andanças por São Luís, garimpando livros, dei com uma obra, publicada por Jomar Moraes, com o título “Frutuoso Ferreira: o poeta devolvido”. O livro era uma coletânea de poemas deste que era qualificado como um dos poetas parnasianos de São Luís, que viveu meio recluso, na época em que fazia sucesso na capital do Maranhão o grupo da Oficina dos Novos, com Antônio Lobo como um dos seus próceres. Era um bom livro, os poemas eram bons, dignos mesmo de parear com Olavo Bilac, o príncipe dos poetas brasileiros.

Mas Frutuoso, dizia Jomar na obra, morreu esquecido, à margem do cânone literário.

E, assim como Frutuoso, o Maranhão tem um verdadeiro cemitério dos livros esquecidos, para trazer de empréstimo o título e a metáfora do grande livro do espanhol Carlos Zafón – que morreu milionário e famoso, há poucos meses.

Pode-se citar numa cova deste cemitério a professora, negra, colaboradora e jornais, que viveu no município de Guimarães e foi reconhecida como a primeira mulher a publicar um romance em toda a literatura brasileira. Maria Firmina dos Reis publicou o seu “Úrsula” em 1859, uns 40 anos, portanto, antes de Frutuoso. Na época, dadas as coerções discursivas próprias daquele tempo – tempo de autores homens, brancos, com carreiras que se dividiam entre a academia, a banca de advocacia ou os empregos na burocracia estatal – ela publicou o romance sob o pseudônimo “Uma maranhense”. Só muitos anos depois a literatura veio a ostentar seu nome verdadeiro na capa do romance – que, não fosse pelo empenho de Nascimento Morais Filho, talvez ainda estivesse no esquecimento. Ele, Nascimento Morais Filho, assim como o pai, também morador deste cemitério de esquecidos.

Também estão lá neste cemitério nomes de quem hoje quase ninguém lembra. Ou se lembra, não faz a menor re(v)ferência.

Penso em Viriato Correia e seu “Cazuza”; penso em Odylo Costa, filho (que, se não fosse pelo centro cultural que leva seu nome, situado na Praia Grande, ninguém saberia quem é/foi); penso em José Louzeiro, que introduziu, no Brasil, um gênero de livro chamado livro-reportagem (ou romance-reportagem), um misto de reportagem com literatura – algo pelo qual autores como Laurentino Gomes, Fernando Morais e Ruy Castro ficaram ricos; penso em José Chagas, cujos poemas (tão lindos que quase chegam a ser música!) pouquíssima gente conhece, e menos gente ainda lê…; penso em Bandeira Tribuzzi, cujo memorial, na hoje disputadíssima Península, em São Luís, dorme o sono do esquecimento, poeta de grande inventividade, autor do Hino de São Luís (alguém por acaso sabe que existe?).

Há muitos esquecidos. O cemitério é grande, tem muitas lápides. E abriga também gentes de outros lugares do Maranhão, como Bacabal, Imperatriz, Caxias.

O livro de Maria Firmina, a propósito, não é nada mais que uma obra no mais autêntico formato do “romance romântico”, como tudo o que a fórmula exigia: uma mocinha, um vilão, um herói, muita religiosidade e um final trágico. No melhor estilo Iracema, A Escrava Isaura, Helena. Mas, talvez por isso mesmo, devesse figurar no rol dos bons livros do Romantismo, pois não lhes fica atrás. Mas está esquecido, dorme o sono profundo. Aliás, dormem ele e a mão que lhe trouxe à luz.

* Marcos Fábio Belo Matos – jornalista, professor e escritor.

Ganhar eleições não é fácil. Fácil é perdê-las. Neste caso, para que tudo dê certo e se perca uma eleição, o candidato deve contratar auxiliares mais ou menos medíocres e medrosos. Gente de personalidade bissexta, cambiante, furta-cor, mimética, camaleônica. Auxiliares que funcionem no máximo como assessores, jamais como consultores.

O assessor tem com o candidato uma relação de hierarquia. O consultor, de parceria.

O assessor faz o que o candidato manda. O consultor manda o candidato fazer.

O assessor obedece, de olho na contraprestação salarial. O consultor recomenda, de olho no resultado eleitoral.

Assessores trabalham na campanha do candidato. Consultores trabalham o candidato na campanha.

O assessor pensa numa campanha para o candidato. O consultor pensa numa campanha para um Governo.

Para o assessor, toda campanha é uma coisa só, uma atividade técnica, uma relação profissional com o candidato. O consultor vai mais além: a campanha é um processo ético-político, é parte de um plano governamental, uma relação contratual com o eleitor – o que for prometido hoje deve ser realizado amanhã.

Para candidato que quer perder, eleição é guerra e adversário é inimigo. Por isso não tem cocorocó nem bico de pato: vai logo mandando brasa. Afinal, o único jeito de fazer gol é partindo pro ataque. Despacha assessores-perdigueiros para farejar podres dos adversários. Se não encontrar, melhor ainda: inventam-se os podres. Mentira pega fácil: basta ser dita com solenidade ou, de outra forma, com simplicidade, como quem não quer nada. Mentira eleitoral é semente boa, embora fraca: dá frutos rapidinho e, convenientemente, dura só o período de campanha, embora permaneça plantada na memória e no coração do adversário, que pode regá-la com lágrimas, sangue, suor e, muitas das vezes, bebida.

Candidato que quer perder eleição considera-se órfão e solteiro. Assim, para ele, adversário também não tem pai nem mãe, nem mulher ou filhos, parente ou aderente. E, se tem, não merecem respeito também. Pelo efeito osmose, se o adversário não presta, igualmente não prestam os que dele derivam ou que em volta dele gravitam. São farinha de um mesmo saco. Rapa do mesmo tacho. Gatos do mesmo saco. Banha do mesmo toucinho. Trechos do mesmo mau caminho. Pedras do mesmo embornal. Grãos do mesmo sal. Etcétera e coisa e tal.

Candidato que quer perder eleição vai pra tevê e “bota quente” nos adversários. Quer ocupar todo o horário. Fala de tudo e de todos – e fala mal e taca o pau: o eleitor, afinal, quer mais “pimenta” no programa eleitoral.

Candidato que quer perder eleição não apresenta plano nenhum ou apresenta logo todos. Enche o eleitor ou de promessas vazias ou de propostas vadias.

Candidato que quer perder eleição fica doido pra dar uma de vítima. Torce pra que lhe dirijam acusações, calúnias, injúrias, difamações. E se os adversários não fizerem isso por ele, não tem nada, não: na calada da noite, ele se fará essa imolação, para, nos dias seguintes, em ressurreição, e escondendo toda a sua manha, dizer-se indignado ou penalizado com o baixo nível da campanha.

Candidato que quer perder eleição autoriza ou faz vista grossa para auxiliares que espalham boatos, criam fatos e perturbam os atos e pronunciamentos dos adversários. E, intimamente, torce para que, pelo menos, um desses auxiliares leve um soco na cara, um chute nos ovos ou um tiro nos peitos, e a Polícia, daquele jeito, entre na estória. E aí já será a glória – e, supõe, a quase vitória.

Candidato que quer perder eleição pede depoimento até de ex-namorada, com quem o rival deu uma brochada. Ou uma mãe sumida e um filho não assumido. Qualquer coisa vale a pena, embora a alma não seja pequena: campanha não tem alma. Só corpo a corpo.

Candidato que quer perder eleição aumenta os defeitos e reduz os feitos dos adversários. É um cientista maluco: com microscópio ajustado, enxerga monstros em coisas minúsculas. Ou, com binóculo invertido, vê pequena uma grande coisa ou causa.

Candidato que quer perder eleição age rápido e contrata uma ameaçazinha de morte para si mesmo, na hora certa, ou um tiro de festim incerto, para garantir o destaque na Imprensa e inviabilizar outras explorações de ameaças pelos adversários. Muda de telefone. Desautoriza a Companhia a fornecer o número. Pede garantias de vida. Acompanhamento policial. Vigilância ostensiva na residência. Se colar, até presença do Exército. Vai com ar grave à televisão e denuncia e desafia, clama, reclama, proclama e conclama o eleitor para, juntos, acabarem de vez com essa corja, súcia, que pretende instalar-se em posições políticas de destaque e, durante o mandato, enriquecer-se mamando nas tetas do Poder, nas burras do Erário, dinheiro público, dinheiro do contribuinte, que é você, cidadão.

Como se nota, são muitos os jeitos e estilos para se perder uma eleição. Portanto, eleitor, se o seu candidato está cometendo algum desses pecados (e outros mais), você já sabe o que ele quer: perder a eleição. Então, “fiat voluntas tua” – faça a vontade do seu candidato: não vote nele.

Se os candidatos não prestam e perderam a moral, o eleitor – pelo menos este – tem de conservar sua dignidade pessoal.

Por isso, eleitor, vote, vote como quem dá uma porrada.

Pois, ao que parece, só assim a baixaria será castigada.

* EDMILSON SANCHES

(Texto escrito e publicado na Imprensa na década de 1980. Em que os políticos mudaram nos últimos 40 anos?)

Passamos por vários momentos... situações que deixam marcas... ensinamentos... E, às vezes, não percebemos ou não valorizamos... Há justificativas para tudo... Mas...

Tivemos a oportunidade de encontrar uma pessoa em nossa caminhada... um ser simples, humilde... E, com o passar dos dias, meses, anos... aprendemos a admirar... escutar/ouvir histórias... `despertando interesse em continuar aproveitando a sua companhia... viajamos juntos – algumas vezes... boa companhia...

Além de escutar/ouvir histórias, as pessoas, principalmente os parentes mais próximos, acrescentavam outras histórias... ele sendo o centro das atenções...

Bem... hoje, recebemos a notícia... “Vovô nos deixou...” Pensei... intimamente... “Não me despedi...” Ele nem avisou que... Como ele era apressado! Gostava de almoçar sempre às 11 horas... agoniado... Acreditamos que, nesta manhã de quarta-feira (7/10), apressou-se... adiantou o relógio... Ainda não eram 11 horas...

Acreditamos que ele foi ao encontro de mais uma curica...

Até mais...

As cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna venceram o Prêmio Nobel de Química de 2020 pelo desenvolvimento de um método de edição de genoma, informou, hoje (7), a Real Academia Sueca de Ciências, que concede a premiação.

"Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna descobriram uma das principais ferramentas da tecnologia genética: a tesoura genética CRISPR/Cas9", disse a Real Academia ao anunciar o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a US$ 1,1 milhão.

"Essa tecnologia teve um impacto revolucionário na vida das ciências, está contribuindo com novas terapias para o câncer e pode tornar realidade o sonho de curar doenças hereditárias".

Charpentier, que é francesa, e Doudna, norte-americana, se tornaram a sexta e a sétima mulheres a vencerem um Nobel de Química, juntando-se a nomes como Marie Curie, que venceu em 1911, e mais recentemente Frances Arnold, em 2019.

Mantendo a tradição, o prêmio de Química é o terceiro Nobel anunciado todos os anos, após os de Medicina e de Física.

Os prêmios por conquistas nas áreas de ciências, literatura e paz foram criados e financiados pelo empresário sueco e inventor da dinamite Alfred Nobel e são entregues desde 1901, com o prêmio para a Economia vindo depois.

Como em outras áreas, a pandemia do novo coronavírus reformulou o Nobel deste ano, com eventos tradicionais, como um grande banquete, cancelados ou transformados em “on-line”, enquanto as pesquisas sobre a covid-19 – especialmente a busca por uma vacina – dominaram os holofotes científicos.

(Fonte: Agência Brasil)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) concedeu, nessa terça-feira (6), uma liminar que suspende por tempo indeterminado o retorno das aulas presenciais na rede estadual. A decisão atende a mandado de segurança impetrado pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).

De acordo com a decisão do desembargador Pedro Carlos Bitencourt Marcondes, a volta às aulas está suspensa até que o Estado seja capaz de cumprir com as necessidades mínimas para garantir a segurança dos profissionais de educação em relação à covid-19.

“Infelizmente, ainda não existem vacinas ou medicamentos comprovadamente hábeis para combate do vírus e, a despeito dos informativos disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde, que apontam para uma provável estabilização da pandemia no Estado, os números de casos de contaminações e óbitos continuam a crescer a cada dia, conforme se depreende dos boletins epidemiológicos divulgados pelas autoridades sanitárias competentes”, destacou o desembargador.

Segundo o magistrado, até o momento, a única medida eficaz no combate à pandemia do novo coronavírus ainda é o distanciamento social.

“[O retorno às aulas resulta] no deslocamento e aglomeração de inúmeras pessoas, causa sérios riscos à vida e saúde dos profissionais, alunos e de suas respectivas famílias. Porquanto, face à indisponibilidade de medicamentos e vacinas específicas que curem e impeçam a transmissão do novo coronavírus, a única medida eficaz existente para o combate à pandemia ainda é o distanciamento social”, ressaltou Bitencourt Marcondes.

Para o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação, a retomada das aulas presenciais submeteria os profissionais da educação, estudantes e toda a comunidade escolar a grave risco de contaminação e de vida, tendo em vista o alto nível de transmissão da doença e o quantitativo de casos e óbitos já confirmados.

O sindicato destaca que ainda não há dados que indiquem redução de contágio pela doença ou estabilização e redução do número de mortes para autorizar o retorno das atividades presenciais com a devida segurança.

Secretaria destaca protocolo

A Secretaria de Educação informou, por meio de nota, que ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão liminar do TJ-MG.

“A SEE/MG ressalta que, para o retorno das atividades presenciais, foi criado um protocolo sanitário pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) e que, na rede pública estadual de ensino, as recomendações e orientações contidas no documento serão obrigatoriamente aplicadas”, diz a nota.

A secretaria ressalta que, antes do retorno presencial dos estudantes na rede estadual, está sendo aplicado nas escolas, desde segunda-feira (5), um “checklist” do protocolo sanitário para reforçar a segurança de servidores, alunos e comunidades escolares.

“O ‘checklist’ será finalizado, assinado pelos diretores e validado pelos inspetores escolares do Estado até o dia 9 de outubro, com o objetivo de garantir a disponibilidade de álcool, sabonete líquido e máscaras, EPIs [equipamentos de proteção individual] para funcionários, bem como a organização das escalas, considerando os parâmetros de distanciamento”, acrescenta a nota.

Retorno

A retomada das aulas presenciais estava prevista para o dia 19, restrita aos alunos do 3º ano do ensino médio da rede pública estadual de educação. De acordo com o protocolo adotado pelo governo mineiro, o retorno seria realizado de forma gradual, apenas nos municípios localizados na onda verde do plano Minas Consciente, e que tivessem autorização das prefeituras para ofertar atividades presenciais.

Segundo a Secretaria de Educação, o atendimento dessa etapa da educação básica foi considerado prioridade por causa da aproximação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A aplicação das provas foi adiada por causa da pandemia do novo coronavírus e remarcada para os dias 17 e 24 de janeiro, na sua versão impressa. A versão digital do exame será aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. [

Pelo protocolo de retorno, a presença dos alunos nas escolas será optativa, e a decisão será das próprias famílias. Quem preferir não frequentar as atividades presenciais não terá falta computada ou perderá o dia letivo. Para os alunos que não comparecerem, será mantido o Regime de Estudo não Presencial.

(Fonte: Agência Brasil)