Skip to content

**

Há 67 anos, em 21 de outubro de 1953, foi formalmente criado, pela Lei estadual nº 996, o município de Amarante do Maranhão, que era distrito de Grajaú.

Mas a história de Amarante vem desde 1916, quando o povoamento do lugar iniciou-se com os lavradores Francisco Rodrigues dos Santos e José Cobiça, que foram atraídos pela fertilidade do solo, fixaram residência e desbravaram as matas.

Existe um município no Piauí com o nome “Amarante”, fundado em agosto de 1871 (149 anos). Por isso, o nome do município do nosso Estado adicionou o complemento: Amarante do Maranhão.

A palavra “amarante” é nome de flor e de árvore (alta, madeira avermelhada, com óleo semelhante à resina, com propriedades medicinais). Há várias espécies dessa árvore, delas recebendo o nome popular de pau-roxo e, também, guarabu.

Parabéns aos amarantinos maranhenses!

* EDMILSON SANCHES
_
Ilustrações:
Amarante do Maranhão e sua bandeira. (Foto da bandeira: Ítalo Miranda)

Representantes das forças de segurança de todas unidades federativas, integrantes do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), dos Correios, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal se reuniram ontem (20), para apresentar e debater as estratégias que serão adotadas para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2020.

O Encontro Técnico Enem 2020 foi promovido pelo Ministério da Justiça (MJ), que é responsável por integrar as forças de segurança pública e os órgãos incumbidos pela realização, logística, transporte e segurança das provas.

Os representantes dos Estados e do Distrito Federal vão acompanhar, em tempo real, possíveis ocorrências durante a realização das provas, o que abrange, desde policiamento e patrulhamento de vias de acesso aos locais de exame até o transporte e guarda das provas, passando por eventuais investigações sobre possíveis fraudes. Segundo o MJ, toda a ação será acompanhada diretamente do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional.

O Enem 2020 será aplicado em 1.729 municípios, nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, devido à pandemia do novo coronavírus. As provas impressas serão aplicadas nos dias 17 e 24 de janeiro. Já a versão digital será em 31 de janeiro e 7 de fevereiro. Pessoas privadas de liberdade farão o exame nos dias 24 e 25 de fevereiro.

Segundo o Inep, há 5.783.357 inscritos para o Enem, sendo 5.687.271 para o exame impresso e 96.086 para o digital, que é novidade nessa edição.

(Fonte: Agência Brasil)

A Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) informou que a nave espacial Osiris obteve sucesso em sua missão de pousar no asteroide Bennu para, em seguida, coletar poeira e grãos de seixo com seu braço robótico e disparar seus propulsores, a fim de sair da órbita do asteroide. Se tudo der certo, a Osiris retornará à Terra em 2023.

Localizado, atualmente, a mais de 321 milhões de quilômetros da Terra, Bennu é um asteroide antigo e bem preservado que servirá, para os cientistas, como uma “janela para o início do sistema solar de bilhões de anos atrás, possivelmente lançando ingredientes que poderiam ter ajudado a semear a vida na Terra”, ressaltou, por meio de nota, a Nasa.

Se tudo correr como o esperado com o evento de coleta denominado “Touch-And-Go” (TAG), e ele fornecer uma quantidade suficiente de amostras, as equipes da missão iniciarão os comandos para que a espaçonave armazene a “preciosa carga primordial” e, em seguida inicie, em março 2021, a jornada de retorno à Terra. Caso contrário, outra tentativa só será feita em janeiro.

“Este é um feito da Nasa, é um desafio que vai expandir as fronteiras do conhecimento”, disse o administrador da agência Jim Bridenstine. “Nossos parceiros industriais, acadêmicos e internacionais tornaram possível segurar um pedaço do sistema solar mais antigo em nossas mãos”, acrescentou.

Após ter disparado seus propulsores para atravessar a órbita e chegar a Bennu, Osiris estendeu o ombro, depois o cotovelo e o pulso de seu braço de amostragem de 3,35 metros e transitou pelo asteroide em direção à superfície. A descida durou quatro horas. A espaçonave fez, então, a primeira de duas manobras para permitir que chegasse com precisão ao local de coleta de amostra conhecido como Nightingale – um dos poucos pontos relativamente limpos nessa rocha espacial inesperadamente coberta de pedras. O pouso foi em uma cratera localizada em um local claro do hemisfério norte de Bennu.

“Após mais de uma década de planejamento, a equipe está radiante com o sucesso da tentativa de amostragem de hoje”, disse o pesquisador principal da Osiris na Universidade do Arizona, Dante Lauretta. “Embora tenhamos algum trabalho pela frente para determinar o resultado do evento, o contato bem-sucedido com o asteroide, a queima de gás e o afastamento de Bennu já representam uma grande conquista para a equipe. Estou ansioso para analisar os dados para determinar a massa da amostra coletada”, disse ele por meio de nota divulgada pela Nasa.

Ainda segundo a agência, todos os dados de telemetria da espaçonave indicam que o evento TAG foi executado conforme o esperado. No entanto, levará cerca de uma semana para a equipe confirmar a quantidade de amostra que a espaçonave coletou. Dados em tempo real indicam o sucesso da operação no contato com a superfície e na explosão de gás nitrogênio feita com o objetivo de levantar poeira e seixos da superfície de Bennu. A expectativa é que esse material tenha sido capturado. Os engenheiros da Osiris confirmaram que, logo depois que a espaçonave fez contato com a superfície, ela disparou seus propulsores e se afastou com segurança de Bennu.

“A manobra de hoje foi histórica”, disse a diretora da Divisão de Ciência Planetária na sede da Nasa, em Washington, Lori Glaze. Agora, a equipe Osiris começará a avaliar se a espaçonave capturou o material, conforme esperado e, em caso afirmativo, quanto foi coletado. A meta é de, pelo menos, 60 gramas, o que é mais ou menos o equivalente a uma barra de chocolate de tamanho normal.

Os engenheiros e cientistas usarão várias técnicas para identificar e medir a amostra remotamente. Primeiro, vão comparar as imagens da região Nightingale antes e depois do TAG, para ver quanto material de superfície se moveu em resposta à explosão de gás. “Nossa primeira indicação sobre se tivemos sucesso na coleta de uma amostra virá em breve, quando acessarmos a filmagem feita a partir da espaçonave”, disse o gerente de projeto adjunto da Osiris no Goddard Space Flight Center Michael Moreau. “Se o TAG causou uma perturbação significativa na superfície, provavelmente coletamos muito material”, acrescentou. Só em seguida, a equipe tentará determinar a quantidade de amostra coletada.

Caso constate que não foram coletadas amostras suficientes em Nightingale, outra manobra será tentada em 12 de janeiro de 2021, quando a espaçonave pousará no local chamado de Osprey, uma área relativamente livre de pedras, dentro de uma cratera perto do equador de Bennu.

Lançada da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral na Flórida, em 8 de setembro de 2016, a Osiris chegou a Bennu em 3 de dezembro de 2018 para, em 31 de dezembro, começar a orbitar em sua órbita pela primeira vez. A espaçonave está programada para retornar à Terra em 24 de setembro de 2023, quando lançará, com a ajuda de um paraquedas, sua cápsula de coleta no deserto de Utah.

(Fonte: Agência Brasil)

Desde 2018, o projeto “Escolinha Gol de Placa” tem transformado a vida de crianças carentes na cidade de Bacabal. A iniciativa, que conta com o patrocínio do governo do Estado e do El Camiño Supermercados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, chega a sua segunda edição, sendo reconhecida pela maneira positiva em aliar educação e esporte a quem necessita. No último fim de semana, foi realizado o lançamento oficial da sequência desse importante projeto que tem contribuído na formação de cidadãos.

A “Escolinha Gol de Placa” pode ser considerada um marco social valioso em Bacabal. A essência do projeto vai além de apenas proporcionar a prática esportiva a estudantes das redes municipal e estadual. Na verdade, o objetivo é inserir, nas vidas dessas crianças, valores fundamentais utilizando-se a união do esporte com a educação.

Nesta edição, o projeto cresceu e atenderá mais de 60 meninos com idade entre 8 e 12 anos. O funcionamento da “Escolinha Gol de Placa” é bem simples, mas bastante eficiente. Durante a semana, as crianças recebem acompanhamento pedagógico em sala de aula e, em seguida, participam dos treinos de futebol dentro de campo. Todas as atividades são ministradas por profissionais multidisciplinares e com experiência no ensino educacional e esportivo.

“O projeto vem contribuindo para o processo formativo e de saúde das crianças, estimulando-as a concluir as etapas do ensino escolar, a respeitar as regras da sociedade, a refletir sobre uso de drogas e sobre a violência, além de democratizar o acesso ao esporte e ao lazer. Os treinamentos da escolinha ocorrerão às segundas e quartas-feiras, sempre no turno vespertino, na Associação Atlética Boa Vida, localizada no Bairro Areal”, explicou o coordenador do projeto, Kléber Muniz.

Assim como na edição anterior do projeto, todas as crianças beneficiadas pela “Escolinha Gol de Placa” receberam um “kit” com todo o material esportivo necessário (uniforme, chuteiras, caneleiras e bolsas esportivas) para participar das aulas. Além disso, elas também receberam cadernos e garrafinhas de água individuais.

Outro ponto positivo é que, nos dias de treinos, cada aluno terá alimentação garantida pelo projeto, além de receber acompanhamento escolar e pedagógico. “Só temos a agradecer o apoio do governo do Estado e do El Camiño Supermercados por acreditarem em um projeto tão significativo para essas crianças e suas famílias, consequentemente”, concluiu Kléber Muniz.

Mais sobre o projeto

O projeto “Escolinha Gol de Placa” tem como perspectiva executar uma escolinha de iniciação e treinamento de futebol como expressão de cultura e rendimento, enfatizando a inclusão social, traduzida como um fator de desenvolvimento e transformação humana. Isso irá proporcionar mais saúde, equilíbrio, agregando valores e, principalmente, um importante instrumento para capacitar pessoas a ingressarem construtivamente na sociedade.

Esta iniciativa nasceu do desejo de atender crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social oriundas de comunidades carentes da cidade de Bacabal por meio da prática do futebol.

O projeto será desenvolvido por profissionais capacitados no esporte futebol que seguirá uma metodologia especializada com teorias e práticas desenvolvidas, exclusivamente, para os participantes do projeto.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O prazo de adesão para que as escolas maranhenses das redes pública e privada de ensino participem da edição de 2020 dos Jogos Escolares Ludovicenses (JELs) termina nesta quarta-feira (21). As instituições, que estiverem interessadas na participação de seus alunos no evento, devem preencher e enviar, por “e-mail” ([email protected]), o termo de adesão à Federação Maranhense do Desporto Escolar (Femade), documento que está disponível no “site” da entidade (http://femade.cbde.org.br/). Vale destacar que esta edição dos JELs será disputada totalmente de forma “on-line” e, excepcionalmente, é aberta para estudantes de todo o Maranhão.

Os Jogos Escolares Ludovicenses é uma competição promovida pela Prefeitura de São Luís por meio da Secretaria Municipal de Desportos e Lazer (Semdel), cuja execução é de responsabilidade da Federação Maranhense do Desporto Escolar. Neste ano, excepcionalmente, o evento esportivo será virtual e contará com disputas de nove modalidades: basquete, capoeira, futsal, ginástica rítmica, judô, caratê, surfe, tae-kwon-do e xadrez.

“Por ser um ano atípico, planejamos esse JELs como alternativa para nossos alunos/atletas. Sabemos da importância de você manter o público escolar em atividade. A gente sabe da importância da atividade física, principalmente nessa época de pandemia”, explicou Hamilton Ferro, presidente da Femade.

Informações sobre os Jogos Escolares Ludovicenses, assim como os detalhes de como serão realizadas as competições esportivas de forma “on-line” estão disponíveis no “site” oficial do evento (http://femade.cbde.org.br/) e nas redes sociais (@femadeoficial). Quem preferir, pode entrar em contato com a organização dos JELs pelos telefones (98) 98895-8474 ou (98)98329-2709.

Capacitação

Para este ano, a Federação Maranhense do Desporto Escolar (Femade) inovou e confirmou a realização de cursos e oficinas de capacitação na área do desporto escolar. As atividades são destinadas a professores, gestores e acadêmicos de Educação Física. Informações sobre os cursos e oficinas estão disponíveis no “site” http://femade.cbde.org.br/ e no aplicativo da Femade, disponibilizado nas lojas de aplicativos Google Play (Android) e Apple Store (iOS).

Curta e sigam nossas redes sociais
Instagram - @femadeoficial
Facebook - Femadeoficial
Youtube - FEMADE - MA
Aplicativo - FEMADE

(Fonte: Assessoria de comunicação)

O Ministério da Educação (MEC) divulgou, hoje (20), o resultado prévio da avaliação pedagógica das obras didáticas que serão distribuídas ao ensino médio no ano que vem, no âmbito do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). A portaria foi publicada no “Diário Oficial da União”.

Todos os pareceres sobre as obras estarão disponíveis amanhã (21), na página do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec) (módulo Livros, aba Avaliação). O acesso aos pareceres será feito por meio do representante legal, detentor de direito autoral, já cadastrado no sistema no momento da inscrição da obra, ou por seu substituto, se for o caso.

A portaria traz a lista de obras reprovadas e de obras aprovadas mas que necessitam de correção em falhas pontuais. Nesse último caso, a obra didática deverá ser reapresentada corrigida no prazo de dez dias corridos. Ela só será considerada aprovada para compor o Guia de Livros Didáticos se as falhas apontadas no parecer forem devidamente sanadas.

Os editores, tanto das obras reprovadas quanto daquelas aprovadas condicionadas à correção, poderão apresentar recursos fundamentados, também no prazo de dez dias. De acordo com a portaria, não serão aceitos pedidos genéricos de revisão da avaliação e o detentor de direito autoral poderá enviar apenas um recurso por obra. A decisão sobre os recursos será divulgada em até 30 dias, na página do Simec.

Em dezembro de 2019, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC e que coordenada o programa do livro didático, convocou, por meio de edital, os editores interessados em participar da edição de 2021 do PNLD para aquisição de obras didáticas, literárias e de recursos digitais destinados aos estudantes, professores e gestores escolares do ensino médio das redes públicas de todo o país. As obras a serem adquiridas foram divididas em cinco objetos, cada um com prazo de inscrição específico.

Objetos

O resultado divulgado hoje (20) diz respeito ao objeto 1: Obras de Projetos Integradores e Projeto de Vida, que serão distribuídas em 2021. No dia 30 de setembro, encerraram-se as inscrições para as obras do objeto 2: Obras por Área do Conhecimento, que incluem livro das quatro grandes áreas do conhecimento – linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e ciências humanas e sociais aplicadas.

As inscrições para objeto 3: Obras de Formação Continuada para Professores e Gestores, e objeto 5: Obras Literárias, estão previstas para janeiro e março de 2021, respectivamente. Os livros desses objetos e do objeto 2 serão distribuídos em 2022.

Os critérios de aquisição para o objeto 4: Recursos Educacionais Digitais foram publicados na semana passada em edital específico e os prazos para inscrição começam em fevereiro do ano que vem. Todos os editais estão disponíveis na página do FNDE.

Após passarem pelas etapas de análise das obras e das empresas produtoras dos materiais, as obras aprovadas ficarão à disposição para a escolha de professores, coordenadores pedagógicos e diretores escolares. O material escolhido e contratado deve estar em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o ensino médio e serão distribuídos para as escolas públicas de todo o país.

A execução do PNLD é realizada de forma alternada. São atendidos, em ciclos diferentes, educação infantil; anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º); anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º); e ensino médio. Os segmentos não atendidos em um determinado ciclo recebem livros de forma complementar, correspondentes a novas matrículas registradas ou à reposição de livros avariados ou não devolvidos.

Em 2019, o programa distribuiu 126 milhões de exemplares para mais de 35 milhões de estudantes, em 90 mil escolas da rede pública. Além dos livros didáticos, as unidades também receberam no ano passado, pela primeira vez, cerca de 53 milhões de livros literários, tanto para acervo de biblioteca quanto para o uso dos estudantes em sala de aula.

(Fonte: Agência Brasil)

Estudantes de universidades públicas federais e de cursos presenciais têm os melhores desempenhos em avaliações que medem a qualidade dos cursos de educação superior no país, de acordo com os resultados divulgados, hoje (20), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Entre os cursos que entraram na avaliação, estão medicina, enfermagem e engenharias.

Os resultados são do chamado Conceito Enade, calculado com base no desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2019. A cada ano, um conjunto diferente de cursos é avaliado. No ano passado, foram os cursos das áreas de ciências agrárias, ciências da saúde e áreas afins; engenharias e arquitetura e urbanismo; e os cursos superiores de tecnologia nas áreas de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e de segurança.

Levando em consideração o desempenho dos estudantes nas provas, os cursos são classificados seguindo uma escala de 1 a 5. O conceito 3 é uma espécie de média. Aqueles que tiveram um desempenho menor que a maioria recebem conceitos 1 ou 2. Já os que obtiveram desempenho superior, recebem os conceitos 4 ou 5.

Conceitos

Entre as federais, 46% dos cursos ofertados conseguiram conceito 4, e 24,1%, conceito 5, que é o mais alto. Já entre as instituições privadas com fins lucrativos, aquelas que concentram o maior número de estudantes matriculados que fizeram a avaliação, 11% dos cursos obtiveram conceito 4 e, 1,4%, conceito 5. A maior porcentagem dos cursos em instituições privadas com fins lucrativos obteve conceito 2, ou seja, “abaixo da média”, 40,9%.

Em números, de acordo com o Inep, considerando todas as instituições de ensino avaliadas, públicas e privadas, foram quase 144 mil estudantes se formando em cursos com desempenhos 1 ou 2 no país, em 2019.

Os cursos presenciais também obtiveram melhores desempenhos que os cursos a distância. Entre os presenciais, no total, considerando todas as instituições de ensino, 20,7% obtiveram conceito 4, e 6,3%, conceito 5. No ensino a distância, 10,7% alcançaram conceito 4, e 6%, conceito 5. Cerca da metade desses cursos ficou “abaixo da média”, 46% com conceito 2, e 5,3%, com conceito 1.

Os cursos a distância são, no entanto, minoria entre os avaliados em 2019. De acordo com o Inep, a educação a distância representa, apenas, 2% dos cursos participantes.

Evolução

O Inep divulgou, também, os resultados do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). Esse indicador considera, além do Enade, o desempenho dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A meta é avaliar o quanto os estudantes progrediram no curso de ensino superior, verificando como entraram e como deixaram a faculdade.

Por esse indicador, as universidades federais continuam com as maiores porcentagens entre os cursos com os maiores conceitos, concentrando, no conceito 4, 21% dos cursos que oferecem, e no 5, 6,2%. Mas, a diferença cai em relação às privadas com fins lucrativos – 14,1% ficaram com conceito 4, e 4,5%, conceito 5.

Na educação presencial, 16,7% alcançaram conceito 4, e 4,8%, conceito 5. Já na modalidade a distância, 14,3% conseguiram conceito 4, e 3,1%, conceito 5.

O Enade é um exame feito por estudantes – ao término dos cursos de graduação – para avaliar conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas ao longo do curso.

A prova é composta de 40 questões, divididas em formação geral, que avalia aspectos da formação profissional relativas a atuação ética, competente e comprometida com a sociedade em que vive, e componente específico, voltada para as competências, habilidades e objeto de conhecimento de cada uma das áreas de conhecimento avaliadas.

(Fonte: Agência Brasil)

(No último 18 de outubro, Dia do Médico, publiquei um texto que fiz a um jovem imperatrizense que se formou em Medicina em 2008)

**

Doutor: Não faz muito tempo, em outubro deste ano de 2008, você espontânea e abertamente deu uma demonstração de confiança em mim. Votou em mim. A esse gesto juntaram-se os de alguns milhares de pessoas, que ainda acreditam em certos referenciais humanos validados pela idade dos tempos e pelo que resta de sério e digno no mundo.

Agora, tomo conhecimento da sua formatura em Medicina. “Herança” dos pais, importância no “mercado”, vocação pessoal, chamamento interior – o que importa, agora, não é a razão da escolha dessa carreira, mas a responsabilidade na execução dela.

Coincidentemente, você e eu iniciaremos o próximo ano com a obrigação de zelar pela saúde – saúde física e psíquica em um caso, política e social em outro. Você, com certeza, se sairá melhor. É mais fácil receitar um medicamento para uma pessoa do que buscar “remédios” para uma comunidade. Entre você e seu receituário, apenas o acerto de seu diagnóstico. Entre um político e seu ideário, a interferência de “acertos”, a conveniência de (im)postura. (Já me darei por vencedor se me mantiver descontaminado...).

Outra coisa: os erros médicos, embora de todo indesejáveis, têm repercussão individual (quando muito, grupal, familiar); os erros políticos – e como são frequentes, Doutor!... – causam sofrimento coletivo e comprometem vidas e estruturas presentes e futuras. Os políticos desonestos fazem morrer muito mais gente em mesas de “negociações” do que os médicos não podem salvar em mesas de operações.

A frase do seu convite de formatura – “Somos médicos. Nada do que é humano nos é indiferente” – deveria caber a toda profissão. Buscada em Terêncio quase 2.200 anos atrás (“Sou homem, e nada do que é humano me é estranho”), essas palavras deveriam despertar não só no médico mas em qualquer outro profissional um senso de humildade, uma sensação de alteridade, um sentido de dever, um sentimento de humanidade.

A Medicina tem poucos Patch Addams. Talvez não deseje ter outros... Para mim, simbolicamente, consultórios médicos não deveriam ter mesas – onde um fica frente ao outro –, mas sofás – onde um fica ao lado do outro. Sentimento. Sentido. Sensação. Sensibilidade. “Se toda Medicina não está na bondade, menos vale dela separada” – é Miguel Couto, médico, quem diz.

“Medicina antes de mais nada é conhecimento humano. E este está tanto nos livros de patologia e clínica como nas obras de Proust, Flaubert, Balzac, Rabelais, poetas de hoje, de ontem...” – é a vez de Pedro Nava, raro caso de médico e autor que escrevia livros tão bem quanto prescrevia receitas.

O mundo está precisando de médicos humanos. Conheço um que não tem telefone em sua sala, nem mesa, nada formal ou agressivo. Se precisa passar três horas na consulta, ele passa.

Nenhum gesto ríspido, nenhuma presunção, onisciência, onipotência. Apenas fluidez, leveza, interesse real, companheirismo. Isso soma o paciente com o médico... e contra o mal. A cura começa na conversa. Evidentemente, não se está recomendando um diálogo estimulante quando o que se precisa é de uma traqueotomia. Poesia é rima, mas não uma indicação, para hemorragia. Há momento para fórceps, há situações de força. Mas até estas se geraram porque antes faltou humanidade à Humanidade.

Pois é, Doutor, o mundo está precisando de novos médicos. Dos que não precisam curar-se a si mesmos pois que não se deixaram/não se deixarão contaminar, adoecer, na alma sobretudo.

Não é sem razão que, quando tiveram de dar um nome a essa ciência/arte/técnica de diagnosticar/curar, foram buscar na raiz indo-europeia o nome “Medicina”: “med-” significa “pensar”, “refletir”, “meditar”.

É isso, Doutor. Antes da medicação, a meditação.

É o que lhe trago aqui. E daqui lhe desejo felicidades.

Você é jovem e, presumo, também idealista. Mas não precisa salvar o mundo.

Que o sorriso dos clientes que você atender, dos pacientes que você tratar lhe baste como recompensa maior ao seu esforço de cuidar das pessoas... para que elas, saudáveis, cuidem deste mundo doente.

Saúde, Doutor!

E parabéns!

* EDMILSON SANCHES

(Apresentação ao livro de Arthur Almada Lima Filho)

**

Explique-se logo: efêmero é uma coisa; efeméride, outra. Efêmero é o transitório; efeméride, o histórico. Efêmero pode até durar o dia todo. Efeméride, resiste todo dia. O que é efêmero passa em branca nuvem. O que é efeméride inscreve-se em alva celulose.

Todos e tudo têm suas efemérides: o universo, o planeta, países, Estados, municípios, profissões, academias...

Tem as “Efemérides Astronômicas” e as “Efemérides da Aeronáutica”. As “Efemérides Navais”, as “Efemérides Judiciárias” e “Efemérides Médicas”. As “Efemérides do Teatro Brasileiro”. Das Artes Plásticas.

Tem as “Efemérides Acadêmicas”, da Academia Brasileira de Letras. As “Efemérides da Academia Mineira de Letras”. E da Pernambucana de Letras também.

Tem as “Efemérides Universais”, de M. A. Silva Ferreira. Tem as “Efemérides Luso-brasileiras”, de Heitor Lyra. As “Ephemerides Nacionaes”, de 1881, de Teixeira de Mello. As “Efemérides Brasileiras”, do Barão do Rio Branco. As “Efemérides da Campanha do Paraguai” e as “Efemérides de La Historia del Paraguay”. As “Efemérides y Comentários”, de G. Maragñon. As “Efemérides e Sinopse da História de Portugal”, as “Efemérides Literárias Argentinas”, as de Macau...

Tem as “Efemérides Alagoanas”, de Moacir Medeiros. As “Efemérides Cariocas”, de Antenor Nascentes. As “Efemérides Mineiras”, de Xavier da Veiga. E, completando 90 anos em 2013, as “Efemérides Maranhenses”, de José Ribeiro do Amaral.

As “Efemérides de Brasília”, de Cáceres, do Cariri, de Diamantina, da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia, de Guarapuava, de Itaúna, de Juiz de Fora, de Júlio de Castilhos, de Porto Feliz, de Rio Claro, de São João del-Rei...

Portanto, seja no Universo infinito ou na limitada localidade coisas acontecem, fatos ocorrem. E há, entre essas acontecências e ocorrências, há as que duram, perduram... e que merecem ser registradas como efemérides, como legado de memória e história que se passou, a ser herdado e, no mínimo, respeitado pelos tempos que haverão de vir.

E entre tantas efemérides – de diferentes atividades, de diversas instituições, de distintos lugares (países, Estados, municípios)... – faltava a de Caxias, uma cidade cujo solo, segundo a geologia humana, se assenta fundamente sobre camadas e camadas de (form)ações políticas, sociais, econômicas e culturais.

Pois bem: não falta mais a Caxias seu livro de efemérides. E para costurar retalhos do passado, para colher e coser pedaços dos ontens, para cerzir nesgas d’antanho, para retrazer esses registros à memória das gerações viventes e vindouras, o desafio encontrou quem o arrostasse. Alguém com o conhecimento, a determinação, a vivência e, entre outras pré-condições, a paixão pela cidade onde nasceu – Arthur Almada Lima Filho, jurista, desembargador aposentado, professor, escritor, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias.

Ante a historicidade do município, parece que as “Efemérides Caxienses” teriam demorado a chegar. Não importa. Chegaram.

**

Quem pegar deste livro e suas páginas manusear, um favor por gentileza: faça-o com respeito; a obra é recente, mas o que ela contém é basicamente mais velho que nós – e devemos respeitar os mais velhos...

Cada entrada, vale dizer, cada data que aqui se perfila e enfileira, cada data deste que é o repositório cronológico pioneiro senão o mais extenso da bibliografia e historiografia caxiense, quiçá maranhense, cada entrada daria, pelo menos, um livro – e cada esforço para fazê-la, dois... tanto é o que há neste livro de trabalho, de talento, de tempo, de tino e de tesão pelo que se faz, tudo empregado em cada item cronográfico. Trabalho, porque é ação, fazimento. Talento, pois que é conhecimento, raciocínio, intuição. Tempo, posto que é chama e limitação, devendo ser aproveitado antes que o murrão encurte e a chama enfraqueça... e tudo escureça. Tino, vez que é “queda” para algo, para o alto, inclinação, tendência, propensão. E tesão por ser a energia intensa e impulsionadora para ritmados movimentos de (pro)criação.

Seus “Ensaios”, Montaigne já os apresentava como “um livro de boa fé” (“c’est icy un livre de bonne foy”). Mas, sabia o notável francês, um livro vai além, muito além da pureza de intenção, do agir com correção.

Livro é gestação e parição. Alegria e dor. Realidade e incerteza. Sou testemunha ocular e auricular do enorme esforço do autor, Arthur Almada Lima Filho, de seus exigentes cuidados, da busca, localização e posterior seleção de dados e eventos e o texto final para esta coleção de datas. Para encontrar algumas agulhas, vi Arthur Almada mover toneladas de palha e feno no armazém sem-fim da História: livros, jornais, revistas, documentos, mídias digitais e espaços virtuais – enfim, todo tipo de suporte crível, confiável, onde pousava e repousava a informação acerca de algum aspecto da caxiensidade, em especial filhos e fatos da terra.

Schopenhauer observou que “livros são escritos ora sobre esse, ora sobre aquele grande espírito do passado, e o público os lê, mas não as obras desses próprios; porque só quer ler o recém-impresso (...)”. Com o índice de venda de livros e o nível de leitura que temos em nosso país, Estado e município, bem que um autor se daria por satisfeito por, pelo menos, sua obra “recém-impressa” ser lida.

Mas tem razão o filósofo alemão, autor de “Sobre Leitura e Livros”: um livro, em especial um livro como o “Efemérides Caxienses”, é do tipo que deve(ria) suscitar o gosto, instigar o espírito, provocar a inteligência, estimular a curiosidade, ampliar o orgulho do leitor, em relevo o leitor caxiense e maranhense, para o conhecimento mais encorpado acerca dos homens e mulheres, dos fatos e feitos aqui expostos com comedimento, pois que em obra deste gênero não cabe desmedir.

Tenho certeza, pelas conversas e debates que (man)tivemos e pelo que nele “leio”, tenho certeza de que Arthur Almada Lima Filho se sentiria agradecido se este livro incitasse uma saudável “ressurreição” de parte(s) do passado histórico e glorioso de nossa cidade ou ampliasse o interesse de mais e mais caxienses pelas bases, pelas fundações, pelos alicerces do passado sobre os quais os anos posteriores e os dias atuais alevantaram paredes, assentaram pisos e construíram tetos. Alicerce de que não se cuida compromete a estrutura que por sobre ele se pôs ou que a partir dele se ergue.

Sabemos, nós caxienses, que não cuidamos de nosso passado como ele deveria ser cuidado... e não é por vergonha dele – muito pelo contrário! Nós nos descuidamos de nossa ancestralidade sobretudo porque a desconhecemos, ou somos apáticos, preguiçosos, somos esse coletivo de pessoas, essa ruma de gentes atarefadas com o “hic et nunc”, o aqui e agora de nossa vida presente, paradoxalmente passadiça – passadiça porque nela (nessa vida) somos passageiros, consumidores, quando dela (dessa vida) temos de ser motorneiros, condutores. (Afinal, é a vida que nos conduz ou nós é que devemos conduzi-la?)

Os ditos países e comunidades desenvolvidos são aqueles que têm e se sabem fortes em seus fundamentos históricos e em suas fundações de historicidade, que enriquecem sua Cultura e enrijecem sua Identidade, cada vez mais afirmadas e reafirmadas com o passar das eras. No mundo todo, paga-se muito dinheiro para (vi)ver cultura, para (re)viver história(s).

A Caxias de hoje parece (parece?!) fazer questão de eleger o fugidio, o fugaz, o presente que está em trânsito, daí tão transitório...

Caxias parece (parece?!) fazer questão de não querer conhecer-se a si mesma, não escutar seu grito primal, não analisar seu DNA mitocondrial, sua vida ancestral.

Como querer sermos reconhecidos, se de nós mesmos somos desconhecidos?

Como lembrar aos outros o que somos pelo que fomos se, no dizer de Pierre Chanou, somos amnésicos do que somos (“se nous sommes amnésiques de ce que nous sommes”)?

Quem sabe até cairia bem, em muitos aspectos, a máxima do espanhol George Santayana (1863-1952): “Os que são incapazes de recordar o passado, são condenados a repeti-lo”. Com certeza há tempos, pessoas, modos e feitos do passado caxiense que pegaria bem se pudessem ser reproduzidos, copiados, repetidos, adequadamente adotados no presente – descontados os pecados veniais e tais e mais que cada um possa ter, já que adiante não se verá uma lista hagiográfica, um rol de santos. De toda sorte, teríamos talentos à maneira de

ADERSON FERRO (“Glória da Odontologia Nacional”),

ADERSON GUIMARÃES (cônego, latinista, jornalista, professor),

ALDERICO SILVA (empresário pioneiro, jornalista, acadêmico),

ANICETO CRUZ (empresário pioneiro, jornalista),

ARTHUR ALMADA LIMA (desembargador, presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, juiz de Direito, promotor público, professor concursado da Universidade Federal do Maranhão, orador, com obra inédita de discursos),

BENEDITO JOAQUIM DA SILVA (primeiro prefeito de Caxias pós-Revolução de 1930),

CÂNDIDO RIBEIRO (“O maior industrial do Maranhão dos séculos XIX e XX”),

CARLOS GOMES LEITÃO (magistrado, político, fundador do município de Marabá/PA),

CELSO MENEZES (pintor, professor, considerado um dos maiores escultores do Brasil),

CÉSAR FERREIRA OLIVEIRA (“revolucionário constitucionalista” em São Paulo e “Herói da Guerra de Canudos”),

CÉSAR MARQUES (médico e historiador),

CHRISTINO CRUZ (criador do Ministério da Agricultura; agrônomo, com estudos em outros países; presidente honorário da Sociedade Nacional de Agricultura),

CID ABREU (escritor, professor, latinista, acadêmico),

CLÓVIS VIDIGAL (monsenhor, educador),

COELHO NETTO (escritor, “Príncipe dos Prosadores Brasileiros”),

DÉO SILVA (poeta, jornalista),

DIAS CARNEIRO (os dois: o industrial e jornalista e o magistrado e desembargador),

ELEAZAR SOARES CAMPOS (advogado, professor, magistrado, escritor, interventor federal do Maranhão),

ELPÍDIO PEREIRA (músico de renome internacional, autor do Hino de Caxias),

FLÁVIO TEIXEIRA DE ABREU (advogado, jornalista, escritor, poeta, professor),

GENTIL MENESES (administrador, jornalista, escritor),

GONÇALVES DIAS (poeta, etnógrafo, professor, fundador do Indianismo na literatura brasileira),

HERÁCLITO RAMOS (jornalista, escritor, poeta; irmão de Vespasiano Ramos),

JOÃO LOPES DE CARVALHO (pintor e desenhista, estudou sua arte em Portugal, onde, por seu grande talento, já aos 16 anos foi elogiado por diversos jornais de Lisboa),

JOÃO MENDES DE ALMEIDA (considerado o mais completo jornalista brasileiro; advogado, abolicionista, redator da Lei do Ventre Livre),

JOAQUIM ANTÔNIO CRUZ (médico, militar e político, participou da demarcação de fronteira do Brasil com a Argentina e votou pela lei que terminou por abolir os castigos corporais nas Forças Armadas),

LAURA ROSA (educadora, poeta, escritora, nascida em São Luís),

LIBÂNIO LOBO (escritor, acadêmico),

MÃE ANDRESA (Andresa Maria de Sousa Ramos, sacerdotisa de culto afro-brasileiro de renome internacional, última princesa da linhagem direta fon, comandou, durante 40 anos, a Casa de Mina em São Luís),

MARCELLO THADEU DE ASSUMPÇÃO (médico humanitário, professor, criador e mantenedor de escola gratuita, prefeito de Caxias),

NEREU BITTENCOURT (professor, escritor),

NILO CRUZ (magistrado, desembargador),

ODORICO ANTÔNIO DE MESQUITA (advogado, político, magistrado),

OSMAR RODRIGUES MARQUES (jornalista e escritor),

PAULO RAMOS (advogado, deputado federal, interventor e governador do Maranhão, criador, entre outras instituições, do Banco do Estado do Maranhão e da Rádio Timbira),

RAIMUNDO FONSECA FREITAS NETO (poeta; ex-funcionário do Banco da Amazônia),

SINÉSIO SANTOS (fotógrafo),

SINVAL ODORICO DE MOURA (bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, ainda hoje um raro caso de alguém que governou quatro Estados – Amazonas, Ceará, Paraíba e Piauí),

TEIXEIRA MENDES (escritor, filósofo, autor da Bandeira Brasileira),

TEÓFILO DIAS (advogado, jornalista e escritor, sobrinho de Gonçalves Dias, introdutor do Parnasianismo e colocado por Sílvio Romero entre os “quatro dos maiores poetas do Brasil”),

TIA FILOZINHA (Filomena Machado Teixeira, professora),

UBIRAJARA FIDALGO DA SILVA (primeiro dramaturgo negro brasileiro, ator, diretor, produtor, bailarino, apresentador de TV e criador do Teatro Profissional do Negro),

VESPASIANO RAMOS (poeta),

VÍTOR GONÇALVES NETO (jornalista, escritor),

WALFREDO DE LOYOLA MACHADO (jornalista, bacharel em Direito, escritor),

WILSON EGÍDIO DOS SANTOS (professor universitário, escritor, odontólogo)...

Em todos os campos – Administração (Empresarial e Pública), Artes, Cultura, Direito e Justiça, Literatura, Política, Ciências etc. –, são inúmeros os nomes, muitos deles desconhecidos, poucos deles reconhecidos, no sentido de que (não) são lembrados, cultivados, publicados e republicados, biografados, estudados, pesquisados (eles e seus trabalhos, suas atividades, sua obra). E a listagem acima (não intencional, aleatória) é só uma impressão digital, marca pequena no grande “locus” e “corpus” cultural, artístico, político, histórico e social do município caxiense. É patente que o céu histórico-cultural de Caxias tem mais estrelas. Muito mais.

Claro, temos orgulho de nossos atuais professores, historiadores, cientistas, pesquisadores, escritores, poetas, músicos, artistas, intelectuais... Para citar três caxienses, três mulheres, que saltaram obstáculos, quebraram barreiras e transpuseram limites (inclusive geográficos), temos orgulho de gente que nem Aline de Lima, que cantou e encantou na França e em mais uma dezena de países; de Tita do Rêgo Silva, que faz artes (plásticas) na Alemanha; de Bruna Gaglianone, bailarina, premiada pelo Bolshoi Brasil e integrante do corpo de dançarinos do Teatro Bolshoi de Moscou...

... Mas o de que se trata aqui não é a transposição pura e simples de um passado que tem seu tempo. Trata-se de um presente que não tem memória – pelo menos não com a desejada consistência, não com o necessário zelo e a sadia revivificação ou reviçamento.

Que os caxienses procurem saber mais acerca do passado de Caxias, e reforcem em si o sadio orgulho do porque ele é sinônimo, em igual tempo, de reverência e referência.

**

“Efemérides Caxienses” quer lembrar isso para nós. Dia a dia. De janeiro a dezembro. E mais: do ponto de vista editorial e didático, o livro traz um aporte de, digamos, instrumentos para facilitar a vida do leitor ou corresponder às expectativas do pesquisador. Assim, veem-se aqui índices onomástico e cronológico, com os quais, no primeiro caso, o interessado encontrará rapidamente as páginas onde determinado nome próprio é citado; e, no outro caso, a listagem em ordem crescente dos anos, cobrindo séculos de história caxiense.

Claro que um livro de poucas centenas de páginas não poderia cobrir, abarcar todos os fatos, todas as pessoas, toda a quadrissecular e multivariada História de Caxias. Testemunhei a vontade imensa do autor à cata de mais dados e percebi as imensamente maiores limitações materiais e de tempo que se impunham, imperiais, em desfavor do escritor. Até que ele se convenceu da verdade borgeana: um livro não se termina – se abandona.

Foi para chegar a esta obra – repita-se: sem a inútil pretensão de ser completa – que Arthur Almada Lima Filho dedicou muito do seu tempo, muito de sua saúde física e de sua energia intelectual, além de outros recursos, a serviço da materialização desse seu desejo pessoal e dessa nossa necessidade coletiva: ter um livro de referência histórico-cronológica das acontecências mais pretéritas de nossa Caxias, mas sem esquecer alguns registros da recentidade. Um livro que estudantes e professores, jornalistas e historiadores, curiosos e pesquisadores, aquele escritor em especial e todo o povo em geral pudessem diariamente folhear e consultar: o que aconteceu? quem nasceu? quem morreu? o que houve em determinado dia de determinado mês de determinado ano em minha cidade? Este livro traz as respostas, e a partir dele podem ser iniciados ou referenciados trabalhos escolares, pesquisas universitárias, matérias jornalísticas, pronunciamentos políticos, festas comemorativas, reuniões familiares... ou simplesmente enriquecer uma conversa, um discurso, o orgulho e amor pela terra natal.

Ao lado de fazeres cotidianos e afazeres especiais, o autor, desembargador aposentado, deveria ter saído do ofício para o ócio... mas Arthur Almada não larga dos ossos de uma ocupação útil (coletivamente falando) e quase sempre dá expediente com fidelidade bancária, de manhã e à tarde (às vezes entrando pela noite), no Instituto Histórico e Geográfico de Caxias que ele, há dez anos, fundou e dirige com amor, gosto e dedicação de recém-casados. No escritório ou na residência, tal qual o pintor Apeles, “nulla dies sine linea” – ao menos uma linha todo dia. O autor-arqueólogo, à maneira do que escreveu Shakespeare, vai retirando dos escombros da História as “ruínas amorfas” e o “pó do olvido”, que recobrem tanto “o que passou” quanto “o que está por vir”. E, assim, foi-se formando e formatando este livro.

Arthur Almada é um homem de Hoje que sabe cuidar do Ontem. Que seu exemplo comunique aos de Amanhã para cuidarem eles do Agora – a que os pósteros chamarão Passado. Pois, no dizer do poeta brasileiro-nordestino-universal Manuel Bandeira, “só o passado verdadeiramente nos pertence. O presente... O presente não existe (...)”.

Parabéns, Arthur! Esta obra do Passado tem tudo para estar presente. Tem tudo para ter futuro. Tem tudo para permanecer no Tempo. Confirma-o o poeta brasileiro Dante Milano:

“O Tempo é um velho leitor, eterno leitor, atento e incansável. Nem um instante larga o livro”.

E finaliza:

“Parece que da vida só existe para o Tempo aquilo que ficou escrito. O resto desaparece, o Tempo não o lê”.

Pois é, Arthur. Está escrito.

**

Caxias, a partir deste instante, tem sua cronologia de fatos notáveis, seu calendário de eventos históricos.

Passado caxiense, doravante, é igual a Efemérides.

Pois efêmero, agora, só o presente...

* EDMILSON SANCHES

Fotos:
O autor aniversariante e seu livro “Efemérides Caxienses”; e no Instituto Histórico e Geográfico de Caxias, com membros do IHGC – as professoras universitárias Erlinda Bittencourt e Deuzimar Serra e o jornalista Edmilson Sanches.

A população de Itinga do Maranhão está em festa. E o motivo para comemoração é o início da reforma do Estádio Municipal Pedro Mourão, localizado no Povoado Cajuapara. Considerada como uma das principais praças esportivas da cidade, o estádio será completamente reformado e ampliado para atender toda a comunidade itinguense. A obra é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Armazém Paraíba, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e conta com o apoio da Prefeitura de Itinga do Maranhão.

De acordo com o projeto da obra, a revitalização do Estádio Municipal Pedro Mourão custará R$ 491.702,13 e será executada em quatro meses. Nesse período, todas as estruturas já existentes na praça esportiva serão devidamente renovadas para dar mais conforto e segurança às pessoas que frequentarem o local, sejam elas atletas ou o público em geral.

O projeto de reforma inclui, além da renovação das estruturas existentes, a construção de uma área de lanchonete, dos banheiros para os torcedores, arquibancadas, vestiários para os atletas, banco de reservas, mureta/alambrado para separar os limites do campo. O Estádio Municipal Pedro Mourão contará, ainda, com uma nova iluminação de LED para poder sediar jogos no período noturno.

Apaixonado por esporte, o prefeito Lúcio Flávio foi um dos principais defensores da necessidade em reformar o Estádio Municipal Pedro Mourão, local que, além de receber, periodicamente, partidas do Campeonato Amador da Zona Rural, é utilizado para o lazer de pessoas de todas as idades do Povoado Cajuapara e regiões adjacentes. Com o início das obras, o gestor agradeceu o patrocínio do governo do Estado e do Armazém Paraíba, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e disse que a reforma do estádio valorizará as práticas esportivas, além de propiciar um espaço de lazer de qualidade à comunidade.

“O projeto de revitalização do Estádio Pedro Mourão é muito importante para a comunidade itinguense, principalmente para aquele distrito, que possui um campo que precisava ser revitalizado há muito tempo. Agora, com essa reforma, toda, a juventude do Cajuapara e os desportistas em geral vão ganhar, assim como as crianças, os times femininos, os masculinos, os atletas veteranos. Acredito que acertamos muito, buscando apoio no governo Flávio Dino, na Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel) com o secretário Rogério Cafeteira, que muito tem sido atuante com essa Lei de Incentivo. É preciso também agradecer o apoio do Armazém Paraíba que concede esse patrocínio. Parabéns a todos, principalmente do Cajuapara”, afirmou o prefeito Lúcio Flávio.

Com o novo Estádio Municipal, o fomento do esporte na cidade de Itinga do Maranhão está garantido. “Queremos tornar esse local mais bem estruturado. Dessa forma, o objetivo deste projeto é servir de forte estímulo ao esporte entre as comunidades que ali residem, criando condições propícias para o desenvolvimento do convívio esportivo, social, da educação e da saúde. O esporte é um mecanismo de eficácia comprovada, como fator de crescimento humano, comportando vários benefícios, tanto para individualidade como para a coletividade”, explicou o secretário de Esporte e Lazer, Rogério Cafeteira.

(Fonte: Assessoria de comunicação)