O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações está com um edital aberto até 2 de setembro para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação que visem o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias e ferramentas de bioinformática em biotecnologia. O valor total do edital é de R$ 15 milhões, com recursos do Fundo Setorial de Biotecnologia do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
O edital abrange duas linhas de ação: novas ferramentas de bioinformática (que terá R$ 5 milhões em recursos e, nessa opção, cada projeto financiado poderá ter o valor máximo de R$ 500 mil) e novas tecnologias em biotecnologia com foco em edição genômica, drug delivery e sequenciamento genético (com recursos estimados em R$ 10 milhões e projetos que podem obter até R$1 milhão em financiamento). Os projetos poderão ter duração de até 36 meses.
A biotecnologia é a aplicação da ciência e da tecnologia aos organismos vivos, assim como às suas partes, produtos e modelos, com o objetivo de alterar materiais vivos ou não vivos para a produção de conhecimentos, bens e serviços.
A bioinformática é uma área multidisciplinar, que envolve química, física, computação e ciências biomédicas e, por transitar por várias áreas do conhecimento, permite o acesso e gerenciamento eficientes de diferentes tipos de informações, com destaque para as áreas de fronteira de conhecimento. As aplicações da bioinformática permitem: montagem de genomas, genômica comparativa, análise de expressão gênica, redes de regulação gênica, estudo do metabolismo, análise da estrutura de macromoléculas, desenho de fármacos e avanços na biologia evolutiva e sintética.
Com o lema Transformar para Reconstruir em todas as atividades artísticas, o Festival Movirio, considerado um dos mais importantes eventos de dança da América Latina, lança sua quinta edição hoje (8), às 11h, durante live no Instagram. Este ano, o festival será totalmente presencial, com classificação livre, disse o idealizador e diretor-geral do evento, Carlos Fontinelle.
O Movirio foi o único festival do Brasil que promoveu apresentações presenciais de solos, duos e trios de bailarinos em 2020, no Teatro João Caetano, da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Devido à pandemia de covid-19, não houve público, mas a organização manteve as apresentações de dança, para ajudar os profissionais naquele momento difícil para o setor de entretenimento. Foi adotada a versão híbrida (presencial e virtual) para as atividades.
Em 2021, foi mantido o formato híbrido, mas com um diferencial. A programação foi distribuída durante o ano, de março a outubro, em diversos pontos da cidade do Rio, como o Parque Lage, a parte externa da Casa França Brasil, entre outros locais. “A gente pensou em fazer tudo ao ar livre por causa da covid,-19, mas de uma forma muito mais ampla. Saímos do teatro para conseguir trazer mais participantes ao festival”, afirmou o diretor.
Ações inovadoras
Após dois anos de programação no formato híbrido, o Festival Movirio em 2022 é totalmente presencial. A quinta edição do evento, que já faz parte do calendário cultural da capital fluminense, se estenderá de 8 a 28 deste mês, trazendo a ideia de construção de um conjunto de ações inovadoras que intensificam a relação da dança em inúmeras atividades cênicas. “A gente está voltando como presencial, até porque precisa fomentar a cadeia artística e econômica”, destacou Fontinelle. Haverá espetáculos nacionais e estrangeiros, com ações conectadas por quatro diretrizes, que são criação artística, intercâmbio, diversidade e formação de público.
Carlos Fontinelle disse que, em média, o Movirio envolve, em cada edição, de 5 mil a 7 mil participantes em todas as atividades. Este ano, a meta é atingir de 5,5 mil a 5,7 mil bailarinos do Brasil e do exterior. Haverá espetáculos gratuitos no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ), no Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (Crab), e ao ar livre, na Praia do Flamengo, com o espetáculo Ecos, da Cia. Garopaba Atitude, de Santa Catarina. A preços populares, as atrações serão realizadas nos teatros João Caetano e Cesgranrio, com valores que variam entre R$ 60 e R$ 20.
Os destaques são a Mostra de Curtas e Vídeo Dança, Movie Rio, no CCBB RJ, os espetáculos Sobre as Ondas do Mar, no Teatro João Caetano, a Vivá Cia. de Dança e o internacional Só20, também no João Caetano, além da Cia. Claudio Bernardo, da Bélgica. O evento contará com residência artística, roda de negócios, espetáculo para crianças, mostras competitivas, espetáculos nacionais e internacionais, mesa de debates, audições, workshops, intervenções artísticas urbanas e programação on-line durante o mês de agosto. Toda a programação do Movirio pode ser conferida no site moviriofestival.comOceano
Oceano
O diretor ressaltou que o Movirio é uma incubadora de movimentos e ideias, cuja finalidade é proporcionar interações com atividades simultâneas. Com a colaboração do Fundo de Ajuda para Artes Ibero-Americanas – Programa Iberescena, Carlos Fontinelle afirmou que este é o primeiro ano em que o Movirio “começou a atravessar o oceano”.
Além dos 17 países ibero-americanos abrangidos pelo Iberescena (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, Espanha, Guatemala, México, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai), a 5ª edição do Movirio tem parceria também do Consulado da Bélgica, que traz a Cia. Claudio Bernardo. A ideia este ano, disse o diretor, é criar pontes por meio de conexões socioculturais e artísticas com companhias internacionais, democratizando o acesso e o intercâmbio de grandes profissionais reconhecidos mundialmente.
Quando estreou, em 2018, o festival movimentou o centro do Rio de Janeiro, com a participação de mais de 5 mil profissionais, direta e indiretamente, em suas oficinas, espetáculos, palestras e ações em prol do fomento da dança carioca, ganhando visibilidade. No ano seguinte, a convite da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio, ampliou a programação para 21 dias consecutivos, alcançando público de mais de 1 milhão de pessoas. É considerado um dos maiores festivais de dança da América Latina, pela duração e pluralidade artística.
A Academia Brasileira de Letras (ABL) reabriu esta semana, para o público, as bibliotecas Lúcio de Mendonça e Rodolfo Garcia.
A Biblioteca Lúcio de Mendonça reúne obras dos acadêmicos, e em razão do seu perfil especializado, funcionará em regime de agendamento, que pode ser feito no site da ABL. Já a Biblioteca Rodolfo Garcia (BRG), devido ao seu caráter geral, abrirá de segunda-feira a quinta-feira, no horário das 13h às 17h, para consulta local e empréstimo de obras.
Segundo o diretor das bibliotecas, acadêmico Arno Wehling, ocupante da cadeira 37 da instituição, o recesso forçado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19) e pelo isolamento social, a partir de março de 2020, limitou as atividades da academia. Mudadas as circunstâncias, disse o acadêmico à Agência Brasil, após a amenização da crise sanitária este ano, a ABL anunciou a reabertura das duas bibliotecas, com todos os cuidados ainda exigidos pela situação.
“Será importante recebermos na biblioteca a visita de todos os interessados na difusão do conhecimento”, disse Wehling. “A cultura só é fecunda se contribui para a circulação e o debate das ideias. A ABL, desde sua fundação, tem esse objetivo. Nunca é demais lembrar o que repetiu Machado de Assis na sessão de encerramento, quando da fundação da academia: A ocupação mais honrosa e útil dos homens é trabalhar pela extensão das ideias humanas”, disse o diretor.
Acervos
A BRG fica no segundo andar do Palácio Austregésilo de Athayde, sede da ABL, região central do Rio de Janeiro. O espaço é composto por terminais de acesso ao acervo, rede wi-fi, salas de estudo individuais. O público pode levar seu próprio material de estudo ou notebook e, ainda, utilizar o serviço de empréstimo de livro.
Com um acervo de, aproximadamente, 130 mil obras, a BRG objetiva perpetuar o conhecimento e integrar a sociedade para além do âmbito institucional. A biblioteca foi inaugurada em setembro de 2005 com a proposta de atender um público diversificado, como estudantes, profissionais de múltiplas áreas e pesquisadores. O nome homenageia o quarto ocupante da cadeira 39 da academia, o historiador e intelectual Rodolfo Garcia.
O acervo reúne obras de temática cultural, ampla, voltada para a literatura, filosofia, linguística, história e ciências sociais. É composto por obras de referência, periódicos, monografias, materiais especiais (audiovisuais, por exemplo) e de coleções particulares de personalidades históricas dos meios políticos, intelectuais e literários, além de raridades dos séculos XIX e XX, informou a ABL.
Já a Biblioteca Acadêmica Lúcio de Mendonça teve origem na própria época de criação da ABL, a partir da doação do romance Flor de Sangue, por Valentim Magalhães, registrada na ata de 28 de dezembro de 1896. Sua criação oficial, entretanto, ocorreu em 13 de novembro de 1905, por proposta de Rodrigo Octavio, seu primeiro diretor, sob a presidência de Machado de Assis.
Desde sua fundação, a ABL recebe doações de coleções particulares de acadêmicos, de personalidades do mundo literário e cultural e de bibliófilos. Fazem parte do seu acervo primeiras edições de obras clássicas da literatura mundial, além de um grande número de obras raras dos séculos XVI a XX. Destaque para a edição princeps (primeira edição) de Os Lusíadas, de 1572, e um raríssimo exemplar das Rhythmas, impresso em Lisboa, no ano de 1595, de Luís de Camões.
A Biblioteca Lúcio de Mendonça atende os acadêmicos da casa e pesquisadores com um acervo bibliográfico de, aproximadamente, 20 mil volumes. O acervo é formado pelas coleções Acadêmica, ABL, Referência, Camoniana, Periódicos e obras raras dos séculos XVI a XVIII, além de coleções particulares de Alberto de Oliveira, Afrânio Peixoto, Domício da Gama, Machado de Assis, Manuel Bandeira e Olavo Bilac.
Instalada no 2º andar do Petit Trianon, a biblioteca ocupa área de 250 metros quadrados e é dividida em três ambientes. Além de livros, tem um acervo museológico composto por móveis de época, esculturas e quadros de grandes pintores.
Uma folheada em panfletos de um hotel na Califórnia fez a jornalista Tina Evaristo descobrir que o Vale do Silício e o Brasil estão intrinsecamente unidos pelo passado. Em 2018, durante uma viagem a trabalho a San José, polo tecnológico próximo a São Francisco, Tina deparou-se com a propaganda de um museu dedicado à família de uma das figuras mais enigmáticas da história brasileira. A região foi o local onde viveu e prosperou Pedro de Alcântara Brazileiro de Saisset, filho bastardo do imperador Pedro I.
A curiosidade e o tempo disponível durante a pandemia levaram a jornalista a empreender uma pesquisa. O trabalho envolveu a leitura de cartas e documentos e reuniões virtuais com uma pesquisadora americana, que estuda a família Saisset há 20 anos, e com uma pesquisadora francesa. O esforço culminou em um blog, cujas postagens começaram em fevereiro e terminarão em 7 de setembro, no bicentenário da Independência do Brasil.
Em março deste ano, um mês após o início do blog, Tina voltou à Califórnia, onde manteve reuniões diárias com a pesquisadora americana que começavam de manhã e iam, pelo menos, até as 22h. “Acordávamos e passávamos os dias respirando Pedro de Saisset”, diz Tina, que pretende ir à França em outubro para continuar a pesquisa. “Tive de ler muitos documentos em francês e em português do século XIX. Até comprei uma lupa para entender a caligrafia”, recorda a jornalista.
Falta de reconhecimento
Para a jornalista, Pedro de Saisset tem muito menos reconhecimento no Brasil do que merece. “Ele [Pedro de Saisset] nunca foi tratado como um ser humano, mas como um problema pela família imperial e pelos amigos de dom Pedro I. Pela impressão que tenho, após ler várias cartas, foi o único irmão de dom Pedro II que poderia apresentar uma ameaça ao poder oficial. Porque era inteligente, visionário, trabalhador e conseguiu acumular uma fortuna nos Estados Unidos”, afirma Tina.
No Vale do Silício, o legado da família é prestigiado até hoje. Mantido pela Universidade de Santa Clara, o museu cujo panfleto deu origem à pesquisa homenageia Ernst de Saisset, filho de Pedro que virou pintor.
A filha mais nova, Isabel, doou toda a fortuna à mesma universidade, ao morrer, consolidando o mecenato da família. “Existe uma grande possibilidade de o nome ter sido dado em homenagem à princesa Isabel”, destaca a jornalista.
Mistérios
Quase 200 anos após o nascimento, Pedro de Saisset ainda tem a biografia envolta em mistérios. Nascido em Paris, em 28 de agosto de 1829, era filho da modista Henriette Josephine Clémence de Saisset, que secretamente deixou o Brasil grávida de dom Pedro I. A viagem teve a aceitação do marido de Henriette, o comerciante francês Pierre Joseph Felix de Saisset, que fechou um acordo com o imperador para assumir a criança em troca de ajuda financeira.
Em 1848, pouco antes de fazer 19 anos, Pedro de Saisset foi para o Rio de Janeiro cuidar dos negócios do pai adotivo, que tinha uma loja de tecidos e de roupas na Rua do Ouvidor. A temporada em terras cariocas, no entanto, durou apenas seis meses. Em fevereiro de 1849, Saisset abandonou o Rio escondido da família e pegou um navio em direção à Califórnia.
Os motivos para deixar repentinamente o Brasil estão entre os principais mistérios em torno no filho bastardo do imperador. Com base nas cartas, Tina diz que ele pode ter fugido ao saber do parentesco com dom Pedro I. “Não consigo imaginar ele chegando ao Brasil, depois de todo o escândalo, e ninguém contar quem ele era de verdade”, acrescenta a jornalista. Ela pondera, no entanto, que a hipótese precisa de investigação.
Prosperidade
Na viagem para os Estados Unidos, Pedro de Saisset teve todas as economias roubadas pelo capitão do navio. Chegando à Califórnia, sem recursos, inicialmente virou estivador, aproveitando-se da movimentação trazida pela corrida ao ouro. O sonho americano, no entanto, realizou-se. Em cinco décadas de vida na Califórnia, Saisset conquistou riqueza e prestígio, exercendo por mais de 30 anos a função de cônsul da França em San José.
Segundo Tina Evaristo, em breve, o blog publicará uma estimativa do valor atualizado da fortuna acumulada por ele.
Pedro de Saisset casou-se com Maria Palomares, viúva que tinha três filhos. Com ela, teve seis filhos, dos quais quatro sobreviveram. O mais velho, Pierre, estudou música na França. O segundo, Ernst, estudou pintura em Paris e tem um museu em sua homenagem na Califórnia. A terceira, Henriette, casou-se e teve filhos, mas as crianças morreram. A mais nova, Isabel, perdeu o noivo pouco antes do casamento e teve uma vida reclusa até 1951, quando morreu e encerrou a linhagem dos Saisset.
Desdobramentos
De acordo com a jornalista, o blog não se encerrará após narrar os últimos dias de Pedro de Saisset. “Após 7 de setembro, pretendo contar sobre os filhos. Tive acesso a algumas correspondências e a tudo da família. A história não para por aí. Tem a segunda geração”, destaca Tina.
Na viagem que pretende fazer à França, a jornalista tentará desvendar um dos mistérios que apareceram no blog. Aquela que é, supostamente, a única imagem de Henriette Josephine Clémence (mãe de Pedro), a fotografia de uma pintura arquivada no porão do Museu Ernst de Saisset, teve a autoria questionada após ser publicada no site.
Um leitor disse que a pintura seria cópia de um retrato da cantora lírica Maria Malibran, exposto no Musée de La Vie Romantique, em Paris. “A imagem que está no blog foi feita por mim na Califórnia. A pintura tem a assinatura de Ernst com o título ‘Vovó’. Agora, estou tentando conversar com o museu na França”, explica a jornalista.
Para divulgar o blog, Tina abriu perfis nas redes Instagram e Twitter, onde informa a publicação de novas postagens. Ela também abriu um canal no Youtube, com depoimentos dos historiadores Bruno Antunes de Cerqueira e Mary del Priore sobre o projeto.
Tinha nele um amigo. E a cidade nele um jornalista dentro das suas limitações. A gente pobre, humilde, desesperada, encontrava nele um defensor.
Muitos anos na área oposicionista. Esteve com Neiva Moreira em todas as crises políticas desta nossa “política de aldeia”. Era uma inteligência viva. Um espírito inquieto.
Sabia resistir. Sabia ser corajoso. Enfrentava qualquer situação. Um corpo magro, uma alma liberta. Um espírito lúcido. Fez-se jornalista dentro da oficina do “Jornal do Povo”. Primeiro, as notas policiais. Depois, a notícia. Depois, estreou na reportagem. Cresceu na sua especialização. Sentia-se que lhe faltava o adubo fertilizante.
Com ele, talvez, a “pintura das primeiras letras”. Talvez, tivesse cursado o primário. Nunca lhe perguntei nada sobre isto. Sabia-o inteligente. Uma vontade firme para realizar, para fazer qualquer coisa, para sair do anonimato, sair da noite, da noite escura. E saiu. Venceu as primeiras dificuldades. Estava na Imprensa. No jornalismo. Estava na luta oposicionista. Uma vida útil.
Com ele, sempre a disposição de enfrentar a fúria, o ódio dos maus governos, dos péssimos administradores. Muito tempo vivendo assim. Ganhando um vencimento fome. Mas estava vivendo. Vivia a sua vida. Ia suportando o máximo.
Brigou com muita gente. Insultou muitos políticos. Despiu muitas “virtudes”, desmascarou muitos tabus. Trazia, nos seus informativos, a caricatura moral de muita gente de BEM. “Gente da elite”, como ele me dizia.
Estava em dia com os acontecimentos políticos do Maranhão. Estava em dia com os fatos mais escabrosos, afirmava-me ele, “da sociedade maranhense”. Conhecia “o podre de muitos políticos”. Esteve na oposição todo um tempo, o melhor tempo da sua vida. Passou fome. Às vezes, não tinha onde dormir. Dormia na polícia. Dormia na noite.
Havia nele um pouco de boêmio. Uma vibração de sentir a vida a sua maneira. Tinha defeitos? Não. Tinha virtudes. Tinha a grandeza de ser BOM, de ser Amigo. De defender os interesses do povo.
Trabalhou em todos os jornais de oposição da terra. Fazia a oferta da sua colaboração. E, já por último, anunciara a publicação de um livro. Um livro que ele vinha escrevendo sobre aspectos da vida social da cidade, o lado ruim da cidade. Registro de observações suas. Um livro dele. Seus amigos esperavam este livro. Um ensaio talvez. Seria a marca da sua vida na imprensa. Seria a sua presença na vida intelectual da cidade.
E ele estava na vida. Pensava assim. Mas ele estava hospitalizado. Estava num leito da Santa Casa de Misericórdia. “Uma doença pertinaz” acabou por afastá-lo da vida. No sábado, Ilmar Furtado deixou de existir para a Vida, para a cidade, para a sua terra natal.
Seu coração parou. Seus olhos se fecharam para sempre. Eu não sabia de Ilmar doente. De Ilmar morrendo. De Ilmar na Dor e no Sofrimento. Não. Não o vi um só instante. Domingo, uma notícia do “Jornal do Dia”, jogada na quarta página, em destaque, dava-me a notícia da morte de Ilmar Furtado. Só li uma vez. Meu pensamento foi para ele. Ele na Vida, ele no último encontro, ali na Rua Joaquim Távora. Estivemos juntos alguns instantes. Conversamos e ele se foi.
Ali, sem que eu sentisse, Ilmar Furtado se despedia de mim. Ali, com ele, sem que ele soubesse, a “vigília da morte”. Ela na ronda da vida do jornalista Ilmar Furtado. Sim, foi isto. Faltava a desculpa, e esta veio, a doença! Uma pertinaz doença... e um coração deixa de bater, uma vida sai da Vida. Um amigo se ausenta para não mais ser encontrado. Só a notícia: morreu. Morreu... estava doente. Só isto. Sempre isto assim.
Mas, seu Ilmar Furtado, eu estou aqui sentindo a sua ausência. E esta ausência tem um nome: SAUDADE. E, até logo, Ilmar.
* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 8 de novembro de 1966 (terça-feira).
Neste primeiro domingo de agosto/22, continuamos com as...
Dúvidas dos leitores
1ª dúvida:
Lugares haviam ou havia, mas faltava ou faltavam torcedores?
A resposta é:
Lugares havia, mas faltavam torcedores.
Pelo visto, “aulas de concordância havia, mas faltavam alunos”. As regras de concordância mandam o verbo concordar com o sujeito. No caso do verbo faltar, o sujeito é “torcedores”. Como o sujeito está no plural, o verbo deve concordar: “faltavam torcedores”. Quanto ao verbo haver, o problema é outro. O verbo haver, quando usado com o sentido de “existir”, torna-se impessoal, isto é, sem sujeito. Por isso, deve ser usado sempre no singular. Da mesma forma que dizemos “há lugares” (e não “hão” lugares), devemos dizer “havia lugares”, “houve acidentes”, “haverá problemas”…
“Faltavam torcedores, mas faltava convidar mais torcedores”. Em “faltavam torcedores”, o verbo deve concordar no plural porque o sujeito (= torcedores) está no plural. No caso de “faltava convidar mais torcedores”, o sujeito do verbo faltar é “convidar mais torcedores”. Trata-se de uma oração devido à presença do verbo convidar. Quando o sujeito de um verbo é uma oração, a concordância deve ser feita no singular: “faltava convidar mais torcedores”; “basta conseguir três mil pontos”; “é necessário convocar onze craques”; “está faltando resolver duas questões”…
2ª dúvida:
Nós não nos víamos haviam ou havia dois anos?
A resposta é:
Nós não nos víamos havia dois anos.
O verbo haver, quando usado em referência a tempo decorrido, é impessoal, ou seja, não há sujeito. Deve, por isso, permanecer numa forma não flexionada. Isso significa que não concorda (= não deve ser usado no plural).
É interessante observar que, no tempo presente, ninguém seria tentado a usar o verbo no plural. Ninguém diria: “Nós não nos vemos hão dois anos”. Todos falam corretamente: “Nós não nos vemos há dois anos”.
A mesma regra se aplica ao verbo fazer: “Não nos vemos faz dois anos” e “Não nos víamos fazia dois anos”.
Agora que nós já sabemos que os verbos haver e fazer (= em relação a tempo passado) só devem ser usados no singular, vamos aprender a diferença entre há e havia, faz e fazia. Devemos usar há ou faz, quando a ideia de tempo passado é em relação ao presente: “Nós não nos vemos (= presente) há (ou faz) dois anos”; devemos usar havia ou fazia, quando a ideia de tempo passado é em relação ao passado: “Nós não nos víamos (=p assado) havia (ou fazia) dois anos”.
É interessante observar uma diferença significativa: no primeiro caso, nós continuamos sem nos ver e o nosso último encontro ocorreu dois anos atrás; no segundo caso, significa que entre o penúltimo e o nosso último encontro (= ocorrido em algum tempo no passado) passaram-se dois anos.
3ª dúvida:
É ou são 1h50min?
A resposta é:
É 1h50min.
Plural só a partir das duas: são 2h, são 3h, são 20h… Abaixo de duas é singular: é 1h, é 1h30min, é 0h.
Devemos dizer que “é 1h da tarde” e que “são 13 h”. Não importa se no relógio é a mesma hora. “Uma” é singular, e “treze” é plural. O certo é dizer “é uma e cinquenta, mas são dez para as duas” (é 1h50min = são 10 minutos para as 2h).
Quanto às abreviaturas, é importante lembrar que para “horas” devemos usar simplesmente “h” (minúsculo, sem “s” no plural e sem ponto), e para “minutos”, a abreviatura oficial é “min”. No meio jornalístico, por questão de espaço, também é adotada a seguinte forma: 1h50.
Como se faz a concordância do verbo “ser” em 12h30min? Ou você diz que “são doze horas e trinta minutos” ou então que “é meio-dia e meia”. “Doze horas” é plural (= são doze), mas “meio-dia” é singular (= é meio-dia).
4ª dúvida:
Ainda não se atingiu ou atingiram as metas estabelecidas pelo governo?
A resposta é:
Ainda não se atingiram as metas estabelecidas pelo governo.
Certamente, não é por culpa das nossas regras de concordância verbal que as metas não foram atingidas. A regra é clara: o verbo deve concordar em pessoa e número com o seu sujeito.
No caso, devido à presença da partícula apassivadora “se”, a voz fica passiva, e o sujeito é “quem sofre a ação verbal”, ou seja, “as metas estabelecidas pelo governo”. Assim sendo, o verbo deve concordar no plural: “ainda não se atingiram as metas”. É o mesmo que se dissesse que “as metas não foram atingidas”.
Na frase, “O céu escurece e se ouve os primeiros relâmpagos”, temos dois problemas sérios: um é a falta de concordância e outro é essa estranha história de “ouvir” relâmpagos. Ou “se ouvem os primeiros trovões” ou “se veem os primeiros relâmpagos”.
Quanto à concordância, é interessante observarmos que o plural é obrigatório, pois “os primeiros trovões são ouvidos” ou “os primeiros relâmpagos são vistos”. Trata-se de voz passiva sintética devido à presença da partícula apassivadora “se”.
5ª dúvida:
Tem ou têm acontecido coisas estranhíssimas?
A resposta é:
Têm acontecido coisas estranhíssimas.
Temos, nesse caso, uma dúvida sutil de concordância verbal. A locução verbal “tem acontecido” deve concordar com o seu sujeito (= coisas estranhíssimas). Eu não posso dizer que “aconteceu coisas estranhíssimas”, e sim que “aconteceram coisas estranhíssimas”.
O problema é que o verbo ter merece uma atenção especial: tem (sem acento gráfico) é singular; têm (com acento circunflexo) é plural. Assim sendo, se o sujeito está no plural (= coisas estranhíssimas), o verbo deve concordar no plural: “Têm acontecido coisas estranhíssimas”.
Em “Tem havido coisas estranhíssimas”, o correto é sem acento. Em locuções verbais em que o verbo principal é o haver no sentido de “existir”, a concordância deve ser feita obrigatoriamente no singular. Da mesma forma que “houve coisas estranhíssimas”, “havia coisas estranhíssimas” e “haverá coisas estranhíssimas”, “tem havido, deve haver, poderá haver coisas estranhíssimas”.
O Museu de Arte do Rio (MAR) recebe, a partir de hoje (6), a mostra individual Ramificar, do artista plástico RAMO. A entrada é gratuita e o museu fica na Praça Mauá, na zona portuária do Rio de Janeiro.
A mostra vai até o dia 6 de novembro, no Espaço Orelha, ao lado da biblioteca, no quarto andar do museu, com funcionamento de quinta-feira a domingo, sempre das 11h às 18h, sendo que a entrada ao pavilhão ocorre até 17h.
Falando à Agência Brasil, RAMO conta que o tema central da exposição é um exercício de conexão entre os dois territórios que são muito importantes para ele: a cidade de Mauá, no ABC Paulista, onde nasceu, com a Praça Mauá e a Pequena África.
“É uma justaposição entre as culturas que estão sendo trabalhadas ali, pensando e produzindo a partir do corpo de homens pretos e periféricos, ou favelados”.
A região do Rio de Janeiro que compreende a zona portuária, Gamboa e Saúde, e também onde se encontra a Comunidade Remanescentes de Quilombos da Pedra do Sal, Santo Cristo, assim como outros locais habitados por escravizados alforriados, ficou conhecida como Pequena África, entre os anos de 1850 e 1920.
RAMO explicou que, ao olhar para esse exercício social, buscou soluções práticas, visuais e poéticas para lidar com a constante negligência do Estado brasileiro em relação a essa população específica. O artista levanta o debate sobre o racismo e a violência contra o negro. “A ideia é discutir território e, ao mesmo tempo, criar soluções práticas no campo das artes visuais para essa vereda com que a gente precisa lidar”.
Obras
Ao todo, são 29 obras expostas, sendo três produzidas exclusivamente para a exposição: duas pinturas (Amor e Tereza) e uma instalação 111 (Neo Ex-Votos).
A instalação traz a proposta de cura para a vilanização do homem preto e periférico a partir da memória do Massacre do Carandiru, chacina resultou em 111 mortos e que completa 30 anos no dia 2 de outubro.
Já a obra Tereza traz um momento de esperança e afeto para a exposição, ao mostrar um autorretrato de RAMO e sua companheira, Ester Lopes.
RAMO conta que a exposição pretende entender a periferia carioca em sua complexidade, a partir da troca e do aprendizado com os moradores locais.
“Ramificar também é refletir sobre esse movimento, essas idas e vindas, esses fluxos e refluxos, partindo do meu corpo de homem preto e periférico e do desejo de dialogar com os meus pares, porque a periferia é extremamente múltipla. Eu espero que as pessoas se sintam tocadas, reflitam e ramifiquem”.
Artista
Roger Ramos começou a demonstrar talento para as artes plásticas ainda novo, apoiado pelos pais, que o incentivavam a ler e escrever. Desenhava desde criança e sempre esteve ligado a processos pedagógicos e educativos que lidam com a arte. Profissionalmente, o artista RAMO surgiu em 2016.
Ele estará na abertura da mostra e convidou outros artistas plásticos cariocas para participar de uma feira de arte paralela, chamada O corre, gíria que se refere à rotina corrida, à luta diária de artistas e produtores, em geral.
No início de 2020, RAMO participou com duas obras da exposição Rua!, também no MAR.
Diálogo
O curador-chefe do MAR, Marcelo Campos, afirmou que a exposição mantém o museu em diálogo com os jovens e os artistas contemporâneos.
“RAMO não trabalha diretamente com a cena violenta. Há uma espécie de imaginário da violência. Você vai ter na obra, por exemplo, um elemento como o rosto coberto pela camiseta, que é a referência ao Carandiru e à ideia de vilão. Ou seja, na obra do RAMO, você vai ter elementos que te colocam em diálogo e reflexão sobre a violência, mas você não tem a cena”, destaca Campos.
“A mostra ajuda a cumprir a nossa missão no MAR de manter o diálogo com os jovens e os artistas contemporâneos. Com Ramificar conseguimos, também, colocar a arte a favor de discussões fundamentais para a nossa sociedade e, principalmente, para a região onde estamos”, acrescenta Raphael Callou, diretor da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI), que é gestora do MAR desde janeiro deste ano.
A 17ª Edição do Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro já recebeu, até o dia 2, a inscrição de 535 filmes de cineastas brasileiros, a maioria de curta-metragem. O festival ocorrerá na Paraíba, no período de 1º a 7 de dezembro. Devido a várias solicitações de produtores e realizadores, a organização do Fest Aruanda decidiu prorrogar as inscrições até o próximo dia 27. Quem quiser ainda pode inscrever-se na plataforma especial do festival, no site oficial do evento.
O produtor-executivo do festival, Lúcio Vilar, disse à Agência Brasil que a expectativa é se aproximar, este ano, de 700 trabalhos inscritos. Em 2022, o festival volta a ser 100% presencial e será realizado no Cinépolis, no Manaíra Shopping, em João Pessoa, com convites distribuídos, gratuitamente, uma hora antes de cada sessão.
“O festival oferecerá, durante uma semana, sessões de graça para o público, visando a democratização”, disse Vilar.
Homenagens
Este ano, o Aruanda terá homenageados pós-morte, que são o jornalista, poeta, crítico e cineasta paraibano Jurandir Moura, que morreu prematuramente em 1980, aos 40 anos de idade, em um acidente de carro; e o professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), cineasta e encenador teatral Eliezer Rolim, que morreu este ano de complicações da covid-19. Serão exibidos três curtas-metragens de Jurandir Moura em sessões especiais do festival.
No ano passado, o festival fez uma revisão histórica do cinema nacional, a partir da homenagem ao ator Othon Bastos. Nessa 16ª edição, o festival teve sua identidade visual inspirada no cangaceiro e no filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, de 1964, do diretor Glauber Rocha, que eternizou a imagem de Othon Bastos.
Lúcio Vilar disse que, como todo festival, o Aruanda trabalha muito com produções contemporâneas, mas tem sempre um olhar voltado para a história do cinema brasileiro ou da cinematografia paraibana.
“O festival sempre se pauta por essa necessidade de se voltar para nossa própria história, até porque ela não foi ainda devidamente contada, principalmente a cinematografia paraibana. E o festival é sempre uma oportunidade de reavivar nomes, trajetórias, filmes e atores”, disse.
Em 2020, em razão do início da crise sanitária, o festival foi realizado no formato híbrido, com apenas as sessões de abertura e encerramento presenciais. O restante, englobando debates, mesas-redondas, conferências e oficinas, ocorreu virtualmente. Em 2021, o evento também foi no formato híbrido, mas com uma capacidade maior de sessões presenciais.
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Lúcio Vilar revelou que, este ano, a organização do Aruanda pretende trabalhar com o TikTok, aplicativo de mídia para criar e compartilhar vídeos curtos, a exemplo do que já está ocorrendo com outros festivais, como o Festival de Cinema de Gramado. Em parceria com a Secretaria de Educação da Paraíba, a ideia é promover um concurso para incentivar estudantes da rede pública de ensino a produzirem filmes de até 3 minutos, que possam ser editados nesse formato e concorrer a prêmios.
Outra novidade da edição 2022 é o lançamento da Plataforma AruandaPlay, criada em 2020 por causa da pandemia da covid-19, mas agora em caráter permanente.
“Pensamos que ela pode oferecer tela para quem não tem tela, o ano inteiro. O streaming é uma tendência que veio para ficar. Já não é uma tendência. É uma realidade. E essas plataformas nos salvaram do tédio completo durante a pandemia”, disse o produtor-executivo do Fest Aruanda.
A expectativa é que a plataforma AruandaPlay esteja no ar até setembro próximo, constituindo uma ferramenta adicional e ligada ao festival, com outros focos, inclusive na educação.
Mais uma vez, o evento tem patrocínio master da Energisa/Usina Cultural, Cagepa-PB, PBGás e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), com chancela da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
A tradicional Festa das Cerejeiras no Parque do Carmo retomou o modelo presencial, depois de dois anos suspenso por causa da pandemia de covid-19. O evento ocorre desde 1981 e é organizado pela Federação Sakura e Ipê do Brasil, com apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da prefeitura. O evento termina no domingo.
No mês de agosto, cerca de quatro mil árvores rosadas, dispostas em todo o parque, floreiam. As cerejeiras são um símbolo do Japão e, na capital paulista, tornaram-se a marca dos descendentes nipônicos que vivem na região de Itaquera, na zona Leste.
Reduto nipônico em São Paulo, o bairro abriga o maior número de descendentes de japoneses da província de Okinawa no Brasil, mais de 500 famílias, segundo dados da associação Okinawanos.
Além da Festa das Cerejeiras, o Parque do Carmo abriga outros símbolos da cultura nipônica, como o Monumento dos 100 anos da Imigração Japonesa que, em sua inauguração em 2008, contou com a presença da princesa japonesa Norinomiya. O local já recebeu visitas também da princesa da Associação das Cerejeiras do Japão, Emiko Kondo, e do príncipe Naruhito.
A festa tem apresentações de danças folclóricas, de cantores e bailarinos da comunidade. O público também poderá saborear diversos pratos típicos japoneses.
A entrada gratuita é feita pelo portão 3 do Parque do Carmo. O horário de funcionamento é das 9h às 17h, hoje (6) e amanhã (7). Mais informações sobre a comemoração podem ser conferidas na página da festa.
Os cadernos de prova da edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já foram montados em ambiente seguro, e as mídias digitais já estão prontas para serem enviadas para a gráfica na próxima semana. Quem antecipou as informações foi Carlos Moreno, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em entrevista para o programa A Voz do Brasil dessa sexta-feira (5).
O presidente do Inep lembrou as datas de realização das provas: 13 e 20 de novembro para o público em geral e 10 e 11 de janeiro para a população privada de liberdade.
Novidades
Neste ano, tanto a edição impressa quanto a digital do Enem serão realizadas no mesmo dia. “Com os mesmos itens e com o mesmo tema de redação”. Dentre as novidades nesta edição, está a possibilidade de os candidatos apresentarem documentos digitais no dia das provas, como o e-Título, Carteira Nacional de Habilitação Digital e o RG digital como documentos válidos. No entanto, só serão aceitos documentos apresentados em seus respectivos aplicativos, como o Gov.Br. Imagens de tela não serão aceitas.
Os protocolos contra a covid-19 se mantêm. Entre eles, a alocação dos estudantes nas salas de aula com distanciamento; o uso de máscara por parte dos aplicadores, fiscais e coordenadores e a higienização de ambientes. “Nós recomendamos que cada participante leve o seu próprio kit de proteção”, disse.
Segundo Moreno, o Enem é a principal porta de entrada para o ensino superior pois dá acesso a iniciativas como o Fundo de Financiamento da Educação (Fies), o Programa Universidade Para Todos (Prouni), o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e a Lei de Cotas. “O Enem ancora essas políticas públicas já consolidadas”, diz.