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A Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), entidade que representa oficialmente a modalidade no Estado, realiza uma das maiores competições da temporada a partir desta quinta-feira (15). Com expectativa de grandes partidas e muita emoção, a quarta etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis será disputada na Arena Império Beach Tennis, em Imperatriz, reunindo atletas de alto nível em evento que será finalizado na manhã de domingo (18).

A quarta etapa do Maranhense Oficial de Beach Tennis já tem mais de 400 inscritos. Além de atletas de Imperatriz, o torneio reunirá beachtenistas de São Luís, Grajaú, Barra do Corda, Presidente Dutra, Pedreiras, Santa Inês e Lago da Pedra, que também vão competir com representantes dos Estados do Pará, do Tocantins e de Minas Gerais.

Com uma estrutura de 10 quadras na Arena Império Beach Tennis, a quarta etapa do Maranhense de Beach Tennis terá disputas acirradas em busca de uma premiação cujo valor total ultrapassa R$ 70 mil. Além disso, o torneio vale 300 pontos nos ranking estadual e nacional da modalidade.

A disputa da quarta etapa do Maranhense Oficial de Beach Tennis ocorre poucos dias após o Time Maranhão, convocado pela FBTM, garantir o terceiro lugar na Copa Norte/Nordeste, realizada em Cabo de Santo Agostinho-PE, se consolidando entre as potências da modalidade na região. Nomes de destaque da seleção maranhense estarão competindo em Imperatriz e ressaltando a força do beach tennis do Estado.

"É uma alegria imensa poder realizar uma das maiores etapas do Maranhense Oficial de Beach Tennis em Imperatriz, que é uma cidade apaixonada por esporte e que abraçou a modalidade com muito carinho. Esperamos uma competição de nível muito elevado, reforçando a evolução e a habilidade dos atletas maranhenses, que fazem o beach tennis crescer cada vez mais no nosso Estado. Fica o nosso convite para que a população de Imperatriz venha prestigiar o Maranhense Oficial e se encante pelo esporte", declara Menezes Júnior, presidente da FBTM.

Outras informações sobre Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis 2025 estão disponíveis no Instagram oficial da Federação de Beach Tennis do Maranhão (@maranhaobeachtennis).

Programação da quarta etapa do Maranhense Oficial:

Quinta-feira (15)

19h - Categorias de Idade

Sexta-feira (16)

18h - Mista D e Grupo 1 da Mista C

19h30 - Demais grupos da Mista C e Mista B

Sábado (17)

8h - Masculino D e sequência das categorias de Gênero

Domingo (18)

9h - Categoria Sub e sequência das categorias de Gênero

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Médicos chegam ao local de prova para a segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2020, em Brasília.

O período para os candidatos entrarem com recursos referentes às notas provisórias da prova discursiva da primeira edição de 2025 do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) termina nesta quinta-feira (15).

Os participantes que não concordarem com o resultado provisório devem realizar o procedimento online, diretamente no Sistema Revalida. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarece que não serão aceitos recursos apresentados fora do Sistema Revalida ou fora do prazo.

O Revalida avalia profissionais brasileiros e estrangeiros formados em medicina fora do Brasil que querem exercer a profissão em território nacional. O objetivo do exame é garantir a qualidade do atendimento médico prestado no Brasil.

Recursos

De acordo com o edital da 1ª etapa do Revalida 2025/1, o recurso contra o resultado provisório da prova escrita deverá conter somente questionamentos relacionados às pontuações atribuídas a cada quesito avaliado, conforme a versão definitiva do padrão de resposta.

O participante também não poderá se identificar em quaisquer dos espaços de texto destinados ao recurso contra o resultado provisório da prova escrita discursiva, sob pena de ter o recurso reprovado automaticamente.

O resultado final será divulgado pelo Inep aos participantes na Página do Participante, com login  da conta do portal de serviços digitais do governo federal, o Gov.br, em 3 de junho. A análise feita pela banca corretora do exame trará as justificativas individualizadas de deferimento ou indeferimento.

Edição de 2025

A primeira etapa do Revalida 2025/1 ocorreu no dia 23 de março, com a participação de 93,63% dos 17.778 inscritos no exame.

As provas objetiva e discursiva foram aplicadas pelo Inep em 11 capitais: Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Porto Alegre, Porto Velho, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

A prova teórica teve 100 questões de múltipla escolha, além das questões discursivas.

As notas provisórias juntamente com o padrão de respostas definitivo foram divulgados pela autarquia na última sexta-feira (9).

Revalida

Desde 2011, o exame que autoriza aos aprovados ter o diploma revalidado no Brasil é aplicado pelo Inep, enquanto a revalidação é de responsabilidade das universidades públicas do Brasil que aderiram ao exame.

Anualmente, as provas são divididas em duas etapas eliminatórias (teórica e prática), aplicadas em momentos distintos.

As provas escritas e prova de habilidades clínicas abordam, de forma interdisciplinar, as cinco grandes áreas da medicina: clínica médica, cirurgia, ginecologia e obstetrícia, pediatria, e medicina da família e comunidade (saúde coletiva).

Para serem aprovados, os candidatos devem demonstrar conhecimentos, habilidades e competências necessárias ao exercício da medicina. 

O participante somente poderá avançar para a segunda etapa, a da prova prática, se for aprovado na prova teórica.

Esta última fase avalia as habilidades clínicas em cenários de prática profissional, como atendimento de atenção primária, ambulatorial, internação hospitalar, pronto-socorro para casos de urgência e emergência, além da medicina comunitária, com base na Diretriz Curricular Nacional do Curso de Medicina, nas normas e na legislação profissional.

Saiba mais sobre o Revalida aqui.

(Fonte: Agência Brasil)

Curitiba (PR), 15/05/2025 - A exposição

A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) apresenta até 11 de julho, em Curitiba, em seu Centro Cultural, a exposição Entre a Vila e a Cidade: A Curitiba do Samba. A mostra explora a história do samba na capital paranaense e sua relação com a ocupação do espaço urbano, a resistência cultural e a identidade negra.

"Essa exposição é um convite para enxergar Curitiba pelo olhar de quem faz o carnaval acontecer. É sobre resistência, criatividade e a força coletiva do samba na cidade, celebrando os territórios, as escolas, os blocos e, principalmente, as pessoas que fazem o samba pulsar", disse Gustavo Paris, curador da exposição e integrante da PUCPR Cultura.

Em Curitiba, o samba, sendo uma expressão cultural nascida da mistura de ritmos, tradições e memórias da diáspora africana, encontrou um terreno próprio para se desenvolver. Um dos principais pontos da exposição é a relação entre samba e a ferrovia, e como isso está ligado à história da cidade. 

“A história do samba e do carnaval de Curitiba é muito interessante, porque conta a história da própria cidade. É a formação da primeira escola de samba, que é ligada aos ferroviários, à população negra que chega pelas ferrovias para trabalhar. A vila que o título da exposição traz é a extinta Vila Tassi, um local que é invisibilizado pela história oficial”, explica a antropóloga Caroline Blum, em um vídeo nas redes sociais da PUCPR Cultura.

A exposição aborda o movimento dos blocos de rua evidenciando a aproximação com o carnaval como forma de ocupação do espaço público e das manifestações culturais coletivas.

A mostra tem o apoio da Casa da Memória; Fundação Cultural de Curitiba; Museu Paranaense; Secretaria de Estado da Cultura e governo do estado do Paraná. 

O horário de visitação é de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 22h, e sábado, das 9h às 13h, na Rua Imaculada Conceição, 1155 - Prado Velho.

(Fonte: Agência Brasil)

O surfista maranhense Kadu Pakinha está preparado para um dos momentos mais importantes da temporada de 2025, com três competições sendo realizadas em pouco mais de um mês. Kadu, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Potiguar por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, está confirmado nas disputas da 2ª etapa do Circuito Maranhense de Surf, do CBSurf Pororoca e da 2ª etapa da Taça Brasil, eventos onde o jovem atleta projeta a conquista de resultados expressivos.

O primeiro desafio de Kadu Pakinha nessa sequência de eventos será o Monkey Surfcamp, competição válida como 2ª etapa do Circuito Maranhense de Surf e organizada pela Federação Maranhense de Surf (Femasurf). A etapa do Estadual ocorre neste sábado (17) e domingo (18), na Praia do Olho d'Água, em São Luís.

Em seguida, Kadu Pakinha viajará para Arari, a 165 km de São Luís, onde vai competir no CBSurf Pororoca entre os dias 27 de maio e 1° de junho. Organizado pela Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), o evento é disputado na pororoca do Rio Mearim, aproveitando o fenômeno natural em que ondas grandes são formadas pelo encontro das águas do mar com as águas do rio.

Fechando a maratona de competições, Kadu Pakinha vai disputar a 2ª etapa da Taça Brasil de Surf entre os dias 16 e 22 de junho, em Itacaré, na Bahia. O surfista maranhense quer lutar pelas primeiras posições da competição, que é a segunda divisão do surf profissional brasileiro e reúne nomes promissores da modalidade.

"A expectativa é muito boa para essas competições tão importantes. A preparação foi intensa e me sinto capaz de conquistar excelentes resultados nesses três eventos. Estou muito focado para representar bem o Maranhão no cenário nacional do surf. Agradeço ao patrocínio da Potiguar e do governo do Estado, que são fundamentais para que eu possa disputar torneios de alto nível em todo o país e evoluir no esporte", destaca Kadu Pakinha.

Em meio à preparação para essas três competições, Kadu Pakinha participou do Circuito Surf de Base, também organizado pela CBSurf e disputado entre os dias 3 e 11 de maio, na Praia do Borete, em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca-PE. Com muita habilidade, Kadu chegou até a terceira fase da categoria Sub-18 da competição nacional.

Últimos resultados

Kadu Pakinha se destacou em várias competições realizadas durante a temporada de 2024. Nas três etapas do Circuito Gotrix - Aberto de Surf Recreio, no Rio de Janeiro, o surfista maranhense garantiu um vice-campeonato, um terceiro lugar e uma quarta colocação. Pouco antes, Kadu faturou o vice-campeonato da categoria Sub-18 na 3ª e última etapa do Circuito da Associação de Surf da Barra da Tijuca (ASBT).

Também em 2024, Kadu Pakinha passou por um período de treinos em Lobitos, cidade do Peru que é mundialmente conhecida pela qualidade das ondas, e chegou nas semifinais de duas etapas do Circuito Tríplice Coroa Sundek Classic Saquarema de Surf, em Saquarema-RJ.

Kadu Pakinha faturou ainda o vice-campeonato da categoria Sub-16 do Barra Surfin Festival e chegou até as quartas de final da categoria Sub-18 do Semillero Olas Pro Tour, torneio que integra o Circuito Latino-Americano de Surf e reuniu os atletas mais promissores da modalidade no continente. Os dois eventos foram realizados no Rio de Janeiro.

Além disso, Kadu Pakinha representou o Maranhão nas duas primeiras etapas do Circuito Brasileiro de Surf de Base, um dos eventos mais importantes da temporada, que ocorreu em abril e contou com a organização da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf). Na abertura da competição nacional, realizada em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca-PE, Kadu teve uma boa performance na categoria Sub-18, chegando até à segunda fase, e também competiu na categoria Sub-16.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Rio de Janeiro (RJ), 13/05/2025 – Os acadêmicos Gilberto Gil e Joaquim Falcão na conferência

A roda de conversa do ciclo de debates Em Torno de Ariano Suassuna, na sede da Academia Brasileira de Letras (ABL), transformou-se, nessa terça-feira (13), em um show do cantor e compositor Gilberto Gil, que estava em casa, uma vez que é um imortal da academia. O encontro Cantos/encantos nordestinos foi conduzido pelo também acadêmico Joaquim Falcão.

“Ariano era o Nordeste como vida, e o Gil disse: 'vamos cantar o Nordeste como vida', e assim estamos cantando Ariano, que é mais do que intelectual, é mais do que um nordestino”, disse Falcão na abertura do encontro, para logo depois apresentar uma lista só de ritmos nordestinos considerados patrimônio musical do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional [Iphan]. "Lá estavam baião, frevo, maracatu, samba de roda do Recôncavo Baiano, repente, entre outros que fazem parte da identidade diversa e autêntica da música brasileira."

“Escolhi uma série de canções que dão conta dessa abrangência do escopo geral do trabalho de Ariano”, afirmou Gil.

A pedido do pernambucano Joaquim Falcão, Gil começou com o famoso frevo canção Evocação Nº 1 e foi seguido pela plateia que lotou o auditório. Na sequência, Gil elencou uma série de músicas e nomes de instrumentos que se relacionam com o universo musical nordestino para concluir: 

“Por intermédio dos nordestinos e nordestinados, como disse Joaquim, e dos sulinos, dos baiões e das polcas, o forró vem se tornando espaço de cultivo musical, criação coreográfica e ambiente de convívio para pequenas populações rurais e grande acumulados urbanos em que se produzem ricas trocas entre cultura e religião dentro do grande caldeirão étnico, político e religioso que vem se constituindo neste híbrido sociocultural chamado Brasil”, disse, sendo muito aplaudido.

Falcão lembrou que o ciclo Em torno de Ariano Suassuna foi criado pela acadêmica Heloísa Teixeira, que morreu em março deste ano, aos 85 anos. Foi a segunda roda de conversa da programação de maio em homenagem a Ariano Suassuna, o paraibano de múltiplos talentos: escritor, filósofo, intelectual, dramaturgo, professor, romancista, artista plástico, ensaísta, poeta, político e advogado brasileiro.

Ainda na lista de ritmos do patrimônio do Iphan, Falcão incluiu a ciranda do Nordeste, os repentes, as matrizes do Nordeste, o choro, e perguntou a Gil o que ele preferia cantar em seguida.

“São gêneros, ainda que muito deles de origem propriamente local e nordestina, que se tornaram gêneros brasileiros. Com o advento do rádio, desses meios de difusão que o século 20 forneceu ao Brasil, a música nordestina, através dos seus intérpretes mais entusiasmados, se esparramou pelo Brasil inteiro. Acho natural e justo citar o nome de um deles, o mais renomado, mais importante, que foi e é Luiz Gonzaga”, afirmou.

O encontro com os acadêmicos faz parte das atividades do Curso de Formação de Escritores da Universidade das Quebradas, criada em 2009 no Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por iniciativa da professora e acadêmica Heloísa Teixeira.

Rio de Janeiro (RJ), 13/05/2025 – Público da Universidade das Quebradas na conferência com os acadêmicos Gilberto Gil e Joaquim Falcão

O grupo composto por alunos que estão tendo aulas na ABL estava bastante animado, mas não era o único. Na plateia estavam também estudantes do convênio da modalidade língua estrangeira dos ministérios da Educação e das Relações Exteriores, em parceria com diversas instituições de ensino superior, mas, neste caso, com a UFRJ. Os alunos que estavam presentes foram selecionados em países da África e vão fazer toda a graduação no Brasil. Como não são falantes de língua portuguesa, têm a oportunidade de cursar o idioma um ano antes do ingresso na universidade.

O aluno Ange Frédéric Meyong Megne, de 19 anos, que é do Gabão, estava entre eles. Mesmo sem ter ainda o português fluente, deixou a emoção falar mais forte para expressar o que tinha sido participar do encontro. 

“Eu gostei muito porque foi uma oportunidade única de ouvir este cantor que se chama Gilberto Gil. Essas canções são muito lindas. Acho que a maior parte das pessoas que estão aqui também gosta. Eu compreendi tudo. Eu dancei muito. Eu estou muito feliz, porque foi uma oportunidade única para todo mundo. É magnífico”, disse, emocionado, o estudante gabonês. “Não tenho muitas palavras para expressar o que sinto agora”.

(Fonte: Agência Brasil)

Rio de Janeiro (RJ) 12/05/2025 - Centro Cultural Banco do Brasil CCBB. Foto: CCBB/Divulgação

O escritor, dramaturgo e jornalista Marcelo Rubens Paiva e a também jornalista, escritora e apresentadora Juliana Dal Piva têm trabalhos que se entrelaçam pelas histórias abordadas. Essa ligação levou o Clube de Leitura do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro, no centro da cidade, a convidar os dois para a terceira edição deste ano. O encontro será nesta quarta-feira (14), às 17h30.

Rio de Janeiro (RJ) 12/05/2025 - Marcelo Rubens Paiva. Foto: Cia das Letras/Divulgação
Marcelo Rubens Paiva

Enquanto Marcelo vai conversar com o público sobre as histórias do seu livro Ainda Estou Aqui, que baseou vencedor do Oscar de Filme Internacional em março deste ano, a participação de Juliana é sobre Crimes sem Castigo: Como os Militares Mataram Rubens Paiva, o livro documental que foca na investigação do desaparecimento do ex-deputado federal Marcelo Rubens Paiva durante a ditadura militar.

Em Ainda Estou Aqui, a personagem principal é Eunice Paiva, casada com o deputado Rubens Paiva, que esteve ao lado dele quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, entre eles Marcelo, teve que criá-los sozinha após o marido ter sido preso por agentes da ditadura, em janeiro de 1971, torturado e morto. Mesmo diante de tanto sofrimento resistiu, voltou a estudar, formou-se em direito e tornou-se defensora dos direitos indígenas. No livro, ao falar da doença de Alzheimer da mãe, Marcelo traz memórias da família, incluindo os momentos difíceis sem a presença do pai que foi levado sem explicações.

O engenheiro e ex-deputado federal Rubens Paiva nunca mais voltou para casa depois de ser levado, pelo grupo de militares, na presença da mulher e de filhos. Foram anos de tentativas de Eunice para saber o que tinha ocorrido na verdade com o marido e onde ele estava.

Investigação

No livro Crime sem Castigo: Como os Militares Mataram Rubens Paiva, Juliana Dal Piva trata da investigação do caso e mostra como o processo, aberto em 26 maio de 2014, por homicídio e ocultação de cadáver do ex-deputado federal Rubens Paiva, deu um novo rumo no poder Judiciário brasileiro para a impunidade contra os crimes cometidos por militares durante a ditadura iniciada em 1964. Pela primeira vez, a ação de um juiz pedia a punição criminal de um assassinato cometido naquele período.

A tarefa de desvendar o caso não foi fácil e teve monitoramento da ditadura a cada passo dado no sentido de descobrir o que tinha ocorrido e impedir que a verdade aparecesse. Somente em 2014, foi possível que o grupo de Justiça de Transição do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPRJ) resolvesse o caso, o que resultou em cinco militares apontados pelo assassinato de Rubens Paiva.

Juliana Dal Piva disse que costuma conversar com Marcelo, inclusive decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) de retomar discussão sobre limites da Lei de Anistia para não atingir crimes contra a humanidade como é o caso de Rubens Paiva.

Rio de Janeiro (RJ) 12/05/2025 - Juliana Dal Piva. Foto: Custódio Coimbra/Clube de Leitura CCBB
Juliana Dal Piva

“O filme e sobretudo o trabalho do livro do Marcelo gerou isso. Eu fico feliz em me somar a isso e somar a esse trabalho. Para o Marcelo é a vida, a história, a biografia dele. Ele vai com este olhar de dentro da família e eu sou uma jornalista que faz investigação. Me dediquei a investigar o desaparecimento do pai dele. O meu livro reúne muito mais do que o meu trabalho em torno disso, mas todas as iniciativas que se fizeram de investigação sobre o assassinato e o desaparecimento de Rubens Paiva desde 1971”, analisou em entrevista à Agência Brasil.

O encontro será uma oportunidade de juntar a literatura da obra de Marcelo Rubens Paiva com o testemunho da história do país do livro de Juliana Dal Piva.

“Como o Marcelo não trata especificamente do crime com os detalhes, com tudo que eu trago como jornalista, acho que a gente consegue fazer uma conversa em que a literatura está no cenário dos dois modos, mas eu trago o jornalismo, a investigação e a luta por justiça por um lado e ele por outro", pontuou a escritora.

"Acho que o Oscar simbolizou uma vitória em algum sentido, alguma justiça para a família do Rubens Paiva, para o Marcelo e demais filhos. Para além da família Paiva, acho que o Oscar do filme Ainda Estou Aqui também faz justiça às demais vítimas da ditadura e seus familiares, porque fazer com que o mundo conheça quão brutal e monstruosa a ditadura brasileira foi, é uma vitória importante mesmo que ainda assim seja incompleta, mesmo que o desejo por justiça seja mais amplo”, concluiu.

Linguagem

A curadora e mediadora do Clube de Leitura, Suzana Vargas, disse que esta edição trará um mesmo fato à luz da literatura com a vivência de uma família dentro da ditadura, ao mesmo tempo em que trata da sua parte documental sobre o que aconteceu com o ex-deputado federal.

“Vamos poder pensar qual o sentido da literatura e o valor de um documento, como essas duas linguagens são importantes. Em um Clube de Literatura, que trabalha literatura, não existe nada melhor do que se conscientizar de que a literatura nos devolve a vida de uma forma mais humana. O livro Ainda Estou Aqui mostra esse fato por dentro como foi vivenciado pelas pessoas que fizeram parte desse acontecimento, como afetou as pessoas em volta, a família, amigos e principalmente a personagem principal do livro e do filme que é a Eunice Paiva”, disse à Agência Brasil.

“A Eunice surge com muito mais força na literatura. A literatura é que mostra a Eunice protagonizando, mas no livro da Juliana o protagonismo é do desaparecido, do Rubens Paiva”, acrescentou.

O poeta Ramon Nunes Mello, que será mediador da conversa com Suzana Vargas, revelou que está com uma expectativa muito grande, porque o encontro trata da memória do país e sobretudo do livro do Marcelo que inspirou o filme que ganhou o Oscar.

Para o mediador o relato do Marcelo neste livro é muito emocionante porque trata não somente da questão do desaparecimento do Rubens Paiva pela ditadura, mas também traz a mãe dele com um olhar muito humano e afetivo sobre a questão de uma mulher que lutou pela memória do marido e que perdeu a memória com a doença.

“Acompanhar este trajeto dela de luta política, não só pelo Rubens Paiva, mas pelos indígenas, e ver ela na sua intimidade perdendo memória e cuidada pelos filhos é muito forte. Quando vem o livro da Juliana Dal Piva em que ela pesquisa justamente o episódio do Rubens Paiva é um complemento grande porque é um trabalho primoroso de jornalismo investigativo político tratando de uma questão que é muito atual, política no sentido de se preservar a democracia e a luta dos direitos humanos. Vai ser uma conversa muito interessante”, adiantou à reportagem.

Evento

O Clube de Leitura CCBB, que tem patrocínio do Banco do Brasil, completa quatro anos e busca a interface da literatura com outras artes como a música, o teatro e o cinema. A participação de Marcelo será online, em tempo real, enquanto Juliana estará presente na companhia dos mediadores Suzana Vargas e Ramon Nunes Mello. A entrada é gratuita e os ingressos ficam disponíveis a partir das 9h do dia do evento.

Os eventos realizados no Salão de Leitura da Biblioteca Banco do Brasil, no quinto andar do CCBB Rio, são gravados e os vídeos ficam disponíveis, na íntegra, no canal do Banco do Brasil no YouTube, na semana seguinte ao evento. As edições de 2025 seguem até dezembro, sempre na segunda quarta-feira de cada mês. Nos 30 minutos finais o microfone é aberto para a plateia fazer perguntas.

(Fonte: Agência Brasil)

O encontro Conversações de Além-mar: Encontro Internacional de Literatura de Língua Portuguesa de São Luís é um projeto concebido pelos escritores Alexandre Maia Lago e Adonay Moreira e consiste em uma conversa com um autor de renome internacional de língua portuguesa, que, a partir dos temas de sua escolha, dialoga com o público sobre sua obra, suas impressões acerca do mundo, da condição humana ou apenas do simples ato de criar.

Após o sucesso das cinco primeiras edições do evento, que receberam os escritores Mia Couto, José Eduardo Agualusa, Laurentino Gomes, Ondjaki e Mary del Priore, a sexta edição, que ocorrerá no dia 22 de maio de 2025, contará com a presença de um dos mais importantes autores da literatura de língua portuguesa contemporânea, o escritor angolano Pepetela, ganhador do Prêmio Camões de Literatura de 1997, o mais importante galardão literário do idioma.

Tal encontro será promovido pela Casa do Autor Maranhense e consistirá em uma conferência, a qual terá duração de, aproximadamente, 1h30min, tempo no qual o autor terá oportunidade não só de relatar suas experiências, mas dialogar e interagir com nossa cidade, fortalecendo nosso senso de identidade e reforçando nossa confiança  na palavra e na cultura.

Assim, consciente do legado cultural e da grande produção literária do Maranhão, a referida instituição promove tal evento, consolidando o papel de destaque que a cultura maranhense sempre desempenhou no cenário nacional.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Nome de destaque do beach tennis maranhense, Augusto Neto conquistou mais um grande resultado na temporada de 2025. Augusto, que conta com os patrocínios do governo do Estado, do Mateus Supermercados e do Coco da Canoa, além dos apoios da Maniacs, da Adidas e da Arena Premium, chegou às quartas de final da World Tour BT 100 de Campo Grande-MS, importante competição que reuniu alguns dos principais beachtenistas de todo o país. O evento, realizado no início do mês de maio, contou, ainda, com a presença de atletas internacionais. 

Augusto Neto competiu na World Tour BT 100 ao lado de Guilherme Lima e teve uma performance de muita consistência, ressaltando a sua evolução e habilidade no cenário nacional do beach tennis. A dupla formada por Augusto e Guilherme fez um torneio de altíssimo nível técnico, garantindo vitórias impactantes até chegar às quartas de final. No duelo eliminatório, eles foram derrotados em um jogo emocionante contra a dupla formada por Davi Ballerini e Mateus Buemo, que acabaram conquistando o título do evento em Campo Grande.

"Estou muito feliz com o desempenho no BT 100 de Campo Grande, pude jogar em alto nível, contra grandes adversários, e fazer uma campanha de destaque. Esse resultado me motiva a continuar trabalhando duro e evoluir ainda mais em busca de novas conquistas nos próximos desafios. Agradeço ao patrocínio do Mateus e do Governo do Estado via Lei de Incentivo, esse apoio é fundamental para que eu possa representar o Maranhão da melhor maneira possível nas competições nacionais e internacionais de beach tennis", destaca Augusto Neto.

Após brilhar na World Tour BT 100 de Campo Grande, Augusto Neto já está focado na disputa da quarta etapa do Campeonato Maranhense Oficial de Beach Tennis, que será realizada na cidade de Imperatriz, em um dos maiores eventos da modalidade no Estado nesta temporada. Organizada pela Federação de Beach Tennis do Maranhão (FBTM), a competição será realizada entre quinta-feira (15) e domingo (18), na Arena Império Beach Tennis.

Outros resultados

No início da temporada de 2025, Augusto Neto mostrou todo o seu talento e habilidade ao sagrar-se campeão do torneio BT10 de Foz do Iguaçu, que foi realizado em março, formando dupla com Breno Garcia. O maranhense também disputou o BT 200 na cidade paranaense e atuou na chave principal do BT 200 de Guarujá-SP, em fevereiro, onde encarou alguns dos melhores beachtenistas do país. O objetivo do maranhense é conseguir bons resultados durante a temporada para conseguir subir no ranking nacional da modalidade.

Com muita habilidade e dedicação, Augusto Neto está se firmando como destaque do beach tennis maranhense, participando de eventos de destaque em todo o país e subindo nos rankings nacionais e internacionais. Em 2024, o beachtenista maranhense foi campeão de dois BT 10 em Imperatriz e faturou o segundo lugar no BT 10 realizado na cidade de Campinas-SP.

Em meio aos títulos, Augusto Neto participou de chaves principais em grandes competições de beach tennis, mostrando a sua evolução entre os melhores nomes da modalidade no Brasil. Além de chegar às semifinais do BT 50 de Imperatriz, Augusto disputou o BT 200 de Campinas, o BT 200 do Rio de Janeiro e o BT 400 de Tucuruí, onde travou duelos emocionantes e aperfeiçoou seu jogo para os próximos desafios na carreira.

(Fonte: Assessoria de imprensa)

A temporada especial do Grupo Moitará em São Luís começou a todo vapor – com espetáculo e roda de conversa já nos primeiros dias pela capital maranhense. Na segunda semana do projeto “A BUSCA – trocas, acessibilidade e pesquisa”, o coletivo continua com várias atividades, como intercâmbio com grupos teatrais maranhenses, oficina, palestra-espetáculo.

Fomentado pela Bolsa Funarte de Teatro Myriam Muniz, a variedade de ações culturais e sociais ocorrerão até o dia 20 de maio, em diversos pontos de São Luís, de forma gratuita e aberta a todos os públicos.

Com o projeto, o Grupo Moitará, do Rio de Janeiro, aborda pesquisa dos saberes ancestrais femininos e fomento à acessibilidade de qualidade junto ao público e artistas surdos e ouvintes em todas as suas atividades.

Nesta segunda semana, um dos destaques será a palestra-espetáculo “A Máscara na Energia do Ator/Atriz”, que ocorre nesta quarta-feira (14), às 19h, no Xama Teatro, localizado na Rua das Esmeraldas 3, no Bairro do Araçagi. Nela, são destacados os princípios de trabalho com a máscara teatral, além de apresentados, de forma lúdica, a pesquisa desta linguagem, abordando a importância desse elemento cênico para o treinamento de atores e sua contribuição na criação dos personagens e do processo criativo da cena.

Outro ponto alto será a oficina sobre treinamento de atores e atrizes na linguagem da máscara teatral, que ocorre nos dias 15, 16 e 17 de maio (das 14h às 18h), na Sala de Dança do Teatro Arthur Azevedo, na Rua do Sol, S/n, no Centro de São Luís.

A programação contará, ainda, com outros destaques, como a reunião do Grupo Moitará com  os grupos Xama Teatro, Núcleo Atmosfera e Companhia Cambalhotas. Essa atividade será nesta terça-feira (13), das 14h às 18h, no Xama Teatro, e terá como foco central compartilhar pesquisas e experiências criativas a partir do tema sobre saberes e ancestralidades femininas.

Pesquisa

Além disso, a passagem do projeto pelo Maranhão também será acompanhada por trabalhos de pesquisa e entrevistas com grupos de mulheres quebradeiras de coco-babaçu. Esses conteúdos serão uma das fontes de inspiração para o novo espetáculo do Moitará sobre saberes ancestrais femininos em terras brasileiras e que estará concluindo a trilogia que o Grupo vem trabalhando de espetáculos criados sobre o tema.

Prevista para os dias 18, 19 e 20 de maio, a pesquisa objetiva aproximar os integrantes do grupo aos saberes, tradições, técnicas, hábitos e comportamentos que sejam expressões de ancestralidades femininas das quebradeiras de coco-babaçu do Maranhão.

Grupo Moitará

O Grupo Moitará foi criado, em 1988, por Erika Rettl e Venício Fonseca. Há 36 anos, desenvolve uma pesquisa continuada sobre o trabalho de preparação de atores e atrizes, buscando compreender os princípios que fundamentam sua arte, tendo nos estudos dos aspectos e funções da Máscara Teatral a base para a elaboração de uma metodologia própria. Ao longo desses anos, vem realizando projetos artísticos, didáticos e socioculturais por meio de oficinas, espetáculos e palestras-espetáculos, sendo reconhecido nacionalmente por sua contribuição na área artística e didática.

Em 2008, o Grupo Moitará criou o projeto “Palavras Visíveis”, voltado à capacitação técnica para atores surdos a partir da linguagem da máscara teatral. Se caracteriza por ser um projeto bilíngue (Libras/Português) que tem como objetivo unir experiências teatrais entre surdos e ouvintes, fortalecer e ampliar a produção artística da comunidade surda na cena contemporânea brasileira.

Mais informações sobre o grupo no site oficial: www.grupomoitara.art.br. Já para mais detalhes sobre a programação do projeto “A BUSCA – trocas, acessibilidade e pesquisa” em São Luís, acesse o Instagram: https://www.instagram.com/grupomoitara/.

Serviço

O QUÊ: projeto “A BUSCA – trocas, acessibilidade e pesquisa”, do Grupo Moitará, em São Luís;

QUANDO: até o dia 20 de maio;

ONDE: em diversos espaços da Região Metropolitana de São Luís;

Mais informações:

no site oficial www.grupomoitara.art.br e/ou no Instagram https://www.instagram.com/grupomoitara/;

Assessoria de comunicação: (98) 99968-2033 (Gustavo Sampaio); (98) 99613-6521 (Aidê Rocha).

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Rio de Janeiro (RJ), 25/05/2023 – O refugiado congolês, Serge Makanzu Kiala, durante debate no Back2Black Festival 2023, na zona portuária da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O artista plástico congolês Serge Makanzu Kiala (foto), 43 anos, mora no Rio de Janeiro desde 2016. Quando chegou, não falava a língua portuguesa, mas como fez um curso de espanhol antes de chegar no país, participou de aulas na Cáritas Brasil, organização de assistência social a refugiados sem fins lucrativos, que o acolheu de início. Assim, ele conseguiu se comunicar nos primeiros contatos no país.

O trabalho, durante 8 anos, no serviço de atendimento a visitantes do Museu do Amanhã, o ajudou a conhecer a língua portuguesa. “O que facilitou falar português aqui no Brasil foi meu trabalho. Quando fui trabalhar no Museu do Amanhã, no atendimento, estava sempre com o público e sempre praticando. Aquele contato com os cariocas, os brasileiros, praticado no dia a dia, foi o que me deu mais acessibilidade para entender a língua portuguesa”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Serge, que deixou o emprego no Museu no mês passado, continua empenhado em aprofundar o conhecimento da língua portuguesa e confiante em arranjar nova vaga de trabalho.

“A língua não é só falar, é escrever e ler para ser completa. Eu escrevo e faço testes em português, mas se for um teste longo, vou ter dificuldade e quem vai ler, vai ver que é de uma pessoa que ainda está praticando. O meu português escrito ainda é difícil”, revelou, acrescentando que acredita na prática para ampliar o seu conhecimento do idioma.

Em 2023, quando participou de um painel sobre refugiados no Festival Black2Black, no centro do Rio, revelou que a falta de intimidade com o idioma nacional foi para ele o primeiro preconceito enfrentado por aqui. Passado o tempo, apesar de hoje já falar português, embora com acento francês, seu idioma original, ainda não se livrou do preconceito.

Serge identifica pelo pouco conhecimento no Brasil sobre a África, ao contrário do que ocorre em seu continente, onde tinha muita informação sobre o Brasil, o que despertou nele a vontade de se mudar para cá. Segundo ele, depois desse tempo no país, continua sendo identificado como angolano.

“Isso é uma coisa que está na cabeça dos brasileiros. Tem muitas pessoas que não sabem a história da África. Até hoje as pessoas me chamam sempre de angolano. Mesmo que eu fale que sou do Congo, perguntam o Congo fica onde? Amanhã te chamam de novo: angolano”, explicou.

Serge vê semelhanças entre o português e o francês e isso têm contribuído para conseguir diminuir a distância e as dificuldades em avançar no conhecimento do idioma do Brasil.

CPLP

Embora seja o mais falado no Hemisfério Sul e um dos idiomas com mais falantes em todo o mundo, de acordo com o diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Armindo Fernandes, somos mais de 280 milhões de pessoas em cinco continentes, o entendimento da língua portuguesa não ocorre com facilidade entre pessoas com outras línguas.

Fernandes citou o dado na segunda-feira (5), quando se comemorou mais um Dia Mundial da Língua Portuguesa, em São Tomé e Príncipe, durante a 3ª Reunião Extraordinária de Ministros da Cultura da CPLP.

Parceira oficial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) desde 2000, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa estabeleceu a data em 2009 e em 2019, proclamou na 40ª sessão da Conferência Geral da UNESCO, e o 5 de Maio de cada ano como Dia Mundial da Língua Portuguesa.

Acadêmico

Para o vice-presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Antônio Carlos Secchin, doutor em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de literatura brasileira em universidades no exterior, o primeiro passo para difusão da língua portuguesa é fazer com que seja reconhecida como língua oficial da ONU.

“Pelas divergências do português do Brasil para Portugal e para Angola e Moçambique, acaba que a língua portuguesa não se oficializa na ONU. Do ponto de vista diplomático, isso é o mais importante a ser feito a curto prazo, porque o espanhol é, o inglês, o francês também e o português está fora das línguas oficiais da ONU”, defendeu em entrevista à Agência Brasil.

Apesar disso, o acadêmico vê com muito interesse o fato do português estar presente na Ásia, na África, na América e na Europa. “Isso é uma prova da vitalidade, porque é um dos idiomas mais falados do mundo com certeza”, disse.

No entanto, ele afirmou que a repercussão do idioma não está à altura da sua importância.

“É falado como primeira língua. Infelizmente é muito pequeno o número de pessoas que adotam o português como uma segunda ou terceira língua. A projeção de uma língua não se mede apenas pelo número de pessoas que a falam, mas se mede muito pelo número de pessoas que a falam como segunda ou terceira língua. Isso é que é importante. Tem o mandarim que é a língua mais falada do mundo pelo número de chineses, mas quantos não chineses falam o mandarim? Não é o número falado no país. É o número falado em outros lugares por pessoas que escolhem aquela língua como segunda ou terceira, Enquanto uma língua como o espanhol, o inglês ou o francês o número é imenso de pessoas não espanholas, americanas e francesas falam", disse, acrescentando que o árabe tem a mesma situação.

(Fonte: Agência Brasil)