Terminam, no dia 10 de junho, as inscrições para a 4ª Olimpíada Mirim de Matemática direcionada a alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. Criada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) ), a competição é aberta para escolas públicas e privadas de todo o país.
Nas três edições anteriores, quase 11 milhões de alunos participaram da competição que também envolve professores, como explica o diretor-geral do Impa, Marcelo Viana.
“A Olimpíada Mirim está voltada tanto para as crianças dos anos iniciais quanto para seus professores, visando levar a matemática para dentro da sala de aula numa perspectiva lúdica e instigante”.
Ao despertar o interesse pela matemática logo na infância, a Impa contribui para formar uma geração mais preparada para os desafios do século 21. “Acreditamos que a educação é um dos caminhos mais potentes para a transformação social. Apoiar a Olimpíada Mirim é uma forma de estimular o interesse das crianças pela matemática desde cedo, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades fundamentais e para a redução das desigualdades educacionais no país”, diz Fabiana Prianti, da área de investimento da B3 Social, associação sem fins lucrativos que atua no campo social, com foco em reduzir desigualdades sociais e contribuir para o desenvolvimento sustentável. Eles financiam projetos sociais através de doações diretas e leis de incentivo fiscal.
Um exemplo do impacto da Olimpíada Mirim é o estudante Guilherme Dangió, de 11 anos, morador do Rio de Janeiro. Vencedor de uma medalha de prata em 2024 e de ouro em 2023, ele conta como a experiência tem impulsionado sua trajetória escolar.
“As Olimpíadas oferecem um desafio maior do que na escola e são muito importantes para o nosso desenvolvimento acadêmico. Uma medalha pode fazer diferença no currículo e mudar a nossa vida”, afirma Guilherme, que ingressou neste ano no 6º ano do Ensino Fundamental.
Prova
Realizada em duas fases, as provas da Olimpíada Mirim-Obmep são aplicadas pelas escolas. A 1ª etapa será em 26 de agosto e consiste em uma prova classificatória composta de 15 questões objetivas (múltipla escolha). Estudantes classificados nesta etapa poderão participar da 2ª fase, em 11 de novembro. A prova também é composta de 15 questões objetivas.
A Olimpíada Mirim vai disponibilizar certificados digitais correspondentes a medalhas de ouro, prata e bronze. “A iniciativa tem se consolidado como um importante estímulo ao raciocínio lógico e matemático entre alunos do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Esperamos uma participação expressiva de escolas públicas e privadas de todo país em mais esta edição”, informa o diretor-adjunto e gerente de olimpíadas do Impa, Jorge Vitório Pereira.
Inscrições
As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelas escolas públicas municipais, estaduais, federais, secretarias de educação e pelas unidades privadas até 10 de junho. É necessário acessar o siteolimpiadamirim.obmep.org.br e utilizar o código MEC/INEP para cadastrar uma senha. O acesso à área restrita será feito a partir do login (código MEC/INEP) e senha criada no ato de inscrição.
A inscrição das escolas públicas é gratuita. Para as escolas privadas, é necessário pagar a taxa de inscrição no prazo estipulado. No ato de inscrição, o responsável pela candidatura deve informar o número total de alunos participantes por nível: Mirim 1 e Mirim 2. Não é necessário fazer a inscrição nominal de cada estudante.
A Bienal do Lixo 2025 começa nesta quarta-feira (21) e vai até domingo (25), no Parque Villa Lobos, em São Paulo. O evento propõe reflexões sobre consumo consciente e soluções sustentáveis a partir de oficinas, mostras de cinema, desfile de moda sustentável e painéis de diálogo.
A programação é gratuita, com inscrições pelo Sympla e inclui acessibilidade em Libras e audiodescrição.
Na bienal serão expostas duas esculturas de grande porte, uma girafa e um elefante, ao lado de obras de nove artistas brasileiros que trabalham transformando materiais descartáveis em arte.
O evento conta com a participação da ONG Ocean Sole, do Quênia, África, que transforma chinelos descartados nas praias e oceanos em obras de arte, como forma de conscientizar a população da capital Nairóbi sobre a poluição dos oceanos e a ameaça de extinção das tartarugas marinhas.
"Estamos honrados em trazer nossa história para o Brasil. Por meio da arte, destacamos a poluição por resíduos plásticos, protegemos a vida marinha e criamos meios de subsistência sustentáveis", disse Erin Smith, CEO da Ocean Sole.
A bienal vai das 9h às 18h, e o Parque Villa Lobos fica na Avenida Professor Fonseca Rodrigues, 2001, Alto dos Pinheiros, em São Paulo.
O evento é um projeto apresentado pelo Ministério da Cultura e Rabobank, viabilizado pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.
A programação completa pode ser acessada no site do evento.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aderiu à segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU). Com a adesão, agora o número de órgãos federais participantes do certame subiu de 35 para 36. A confirmação foi dada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), nesta terça-feira (19).
A pasta esclarece que as 36 entidades da administração pública federal não são as mesmas participantes da primeira edição do certame, em 2024.
Vagas
A adesão do INSS resultou em um aumento de 300 vagas, elevando o total de 3.352 para 3.652 vagas agrupadas em nove blocos temáticos. Todas essas 300 vagas adicionais são para o cargo de analista do seguro social na autarquia federal vinculada ao Ministério da Previdência Social.
Confira aqui as vagas de ensino médio e superior do concurso unificado.
No cálculo das 3,6 mil vagas estão incluídas as vagas para as novas carreiras transversais do governo federal de analista técnico de justiça e defesa, com 250 vagas, e analista técnico de desenvolvimento socioeconômico, outras 250 vagas.
A maior parte das vagas será para ocupação imediata e haverá vagas para provimento no curto prazo, após a homologação dos resultados, prevê o Ministério da Gestão.
Banca
A banca examinadora para a segunda edição do chamado Enem dos Concursos, ainda está em processo de escolha.
No modelo de chamamento público, com dispensa de licitação, as empresas apresentam suas ofertas ao poder público. O formato é o mesmo adotado na primeira edição do concurso unificado, quando a banca responsável escolhida foi a Fundação Cesgranrio.
A partir da contratação da banca examinadora, o ministério estima que o edital do CNU 2 será publicado no início de julho, mesmo mês destinado às inscrições dos interessados em participar do processo de seleção.
Segunda edição
O segundo concurso público unificado tem a previsão de aplicação de provas em 228 cidades das cinco regiões do país, como ocorreu na edição de 2024.
“O CPNU 2 mantém a proposta de democratizar o acesso ao serviço público, com aplicação de provas em todas as regiões do país e um sistema de seleção por blocos temáticos”, disse em nota o MGI.
As provas estão previstas para ocorrer em duas etapas, em outubro e dezembro deste ano. Somente participarão da última etapa os candidatos aprovados na primeira.
Cronograma previsto CPNU 2
ho de 2025;
prova objetiva: 5 de outubro de 2025;
prova discursiva (2ª fase): 7 de dezembro de 2025;
Os órgãos prisionais e socioeducativos interessados em aplicar as provas do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) para Pessoas Privadas de Liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade (PPL) de 2025 deverão aderir ao exame entre 16 de junho e 4 de julho.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC), aplicará as provas do Encceja PPL nos dias 23 e 24 de setembro, dentro das unidades participantes desta edição, indicadas pelos responsáveis estaduais dos órgãos de administração prisional e/ou socioeducativa. As datas foram definidas em edital publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (19).
O Encceja representa uma oportunidade para quem busca a certificação dos ensinos fundamental e médio. As provas avaliam competências, habilidades e saberes adquiridos pelos candidatos no processo escolar e/ou extraescolar.
Adesão das instituições
As entidades prisionais e socioeducativas interessadas em aplicar o exame deverão assinar o termo de adesão, indicar as unidades para a aplicação e, também, o responsável pedagógico na unidade. A adesão da instituição ao exame e as indicações necessárias deverão ser formalizadas por ofício enviado ao Inep por e-mail ([email protected]), com o assunto da mensagem "Adesão Encceja Nacional PPL 2025".
Inscrições de participantes
A participação das pessoas privadas de liberdade ou sob medida socioeducativa que inclua privação de liberdade no exame é voluntária e gratuita. Os responsáveis pedagógicos das unidades prisionais deverão inscrever os interessados em participar do Encceja 2025, no período de 23 de junho a 11 de julho.
No momento da inscrição, será necessário indicar quais provas o participante realizará e, se for o caso, solicitar atendimento especializado e tratamento pelo nome social, destinado à pessoa que se identifica e quer ser reconhecida socialmente conforme sua identidade de gênero.
Provas
O exame terá quatro provas objetivas, por nível de ensino, cada uma contendo 30 questões de múltipla escolha e uma proposta de redação. Para o ensino fundamental, serão avaliadas as áreas do conhecimento ciências naturais, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira moderna, educação artística, educação física e redação, história e geografia.
Para o ensino médio, serão avaliadas as áreas de ciências da natureza, matemática, língua portuguesa, língua estrangeira moderna, educação artística, educação física e redação, história, geografia, filosofia e sociologia.
Para língua estrangeira moderna, nos dois níveis de ensino, o participante realizará as provas de inglês e espanhol, não sendo possível optar por apenas uma delas.
De acordo com as regras do novo edital, a aplicação do Encceja PPL 2025 será realizada em dois turnos. Pela manhã, os candidatos terão quatro horas para responder às questões, de 9h às 13h, no horário oficial de Brasília. No turno da tarde, o tempo para a realização das provas é de cinco horas (das 15h às 20h).
Encceja
Desde 2002, o Encceja possibilita a retomada da trajetória escolar por jovens e adultos que não concluíram seus estudos na idade regular para cada nível de ensino: no mínimo 15 anos completos para o ensino fundamental e, no mínimo, 18 anos completos para o ensino médio na data do Exame,
Há quatro tipos de aplicação do Encceja, cada uma com público-alvo e cronograma específicos:
Encceja Nacional para residentes no Brasil,
Encceja Nacional PPL, para residentes no Brasil privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas,
Encceja Exterior, para brasileiros residentes no exterior, e
Encceja Exterior PPL, para residentes no exterior privados de liberdade ou que cumprem medidas socioeducativas.
As aplicações fora do Brasil são realizadas em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE).
As secretarias de Educação e os institutos federais usam os resultados obtidos pelos participantes do Encceja como parâmetro para certificar os participantes em nível de conclusão do ensino fundamental e médio. O exame também estabelece uma referência nacional para a avaliação de jovens e adultos, tendo, assim, uma relevância multidimensional para a educação brasileira.
O Encceja ainda orienta o poder público sobre a implementação de políticas para a melhoria da qualidade na oferta da educação de jovens e adultos e contribui para o desenvolvimento de estudos e indicadores sobre o sistema educacional brasileiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou, nessa terça-feira (20), a extraordinária contribuição da cultura para a defesa da democracia no Brasil. Ao participar da entrega da Ordem do Mérito Cultural, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro (RJ), Lula agradeceu aos artistas brasileiros.
“Vocês não desistiram nunca e resistiram sempre. E graças a pessoas como vocês, a gente consegue manter a democracia capengando, mas a democracia andando”.
Segundo Lula, a arte e a cultura serão sempre alvos prioritários dos autoritários de plantão. Ele lembrou que o Ministério da Cultura sobreviveu a tentativas de esvaziamentos e sofreu um duro golpe durante quatro anos, quando foi extinto.
"A arte e a cultura foram demonizados, e os artistas foram tratados como inimigos do povo quando são, na verdade, a mais completa tradução da alma do nosso povo. Os saudosos do autoritarismo tentaram matar o MinC porque queriam matar a cultura, mas o MinC está de volta e a cultura hoje conta com recursos que jamais imaginou que poderia contar, graças à aprovação das Leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc”, disse Lula.
O presidente lembrou que o Brasil vive o tempo mais longevo de democracia contínua e, mesmo assim, sofreu uma tentativa de golpe no dia 8 de janeiro de 2023.
“A sociedade mais uma vez repeliu a tentativa de golpe. E se depender de todos nós aqui, esse país nunca mais haverá de sofrer um golpe. E se sofrer um golpe, nós haveremos de destruí-lo”.
Homenagens
No evento, o presidente Lula e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, entregaram a Ordem do Mérito Cultural a 112 personalidades brasileiras e 14 instituições que contribuem para o desenvolvimento da cultura e impulsionam a diversidade cultural do país.
Entre as personalidades agraciadas no Grau Grã-Cruz, que é a principal condecoração da Ordem, estão o diretor de cinema Walter Salles, a atriz Fernanda Torres e o escritor Marcelo Rubens Paiva.
“Ao relembrar a história de sua mãe, Eunice Paiva, Marcelo Rubens Paiva contou a história de tantas mulheres brasileiras, órfãs de maridos, filhos e filhas, mas que não se deixaram vencer pela tirania. Walter Salles e Fernanda Torres, com o filme Ainda Estou Aqui, lançaram luzes sobre esse passado que não temos o direito de esquecer e resgataram em muitos de nós o orgulho de torcer mais uma vez pelo Brasil”, destacou Lula.
A premiação estava suspensa desde 2019. Neste ano, o prêmio celebra as quatro décadas de criação do Ministério da Cultura com o tema 40 anos do MinC: Democracia e Cultura.
Capanema
A solenidade de entrega da Ordem do Mérito Cultura também marcou a reinauguração do Palácio Gustavo Capanema, símbolo da arquitetura modernista, que estava fechado há 10 anos.
As obras de reforma, iniciadas em fevereiro de 2019, receberam investimento de R$ 84,3 milhões e foram conduzidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) registrou 144 casos de agressões contra profissionais da imprensa ao longo de 2024. O número é o menor desde 2018 e representa queda de 20,44% em relação a 2023, quando foram contabilizados 181 casos.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) registrou 144 casos de agressões contra profissionais da imprensa ao longo de 2024. O número é o menor desde 2018 e representa queda de 20,44% em relação a 2023, quando foram contabilizados 181 casos.
Os dados fazem parte do Relatório da Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil 2024, divulgado nesta terça-feira (20). Apesar da redução no número de casos, a Fenaj avalia que a violência contra jornalistas no país segue em patamar preocupante.
“O que chama a atenção da federação é o fato de ainda estarmos vivendo um patamar elevado de violações ao direito de informar. Porque os 144 casos ainda são maiores do que os 135 registrados em 2018”, avaliou a presidente da Fenaj, Samira de Castro, durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Samira ressalta que a violência explode no Brasil a partir do ano de 2019, com o governo anterior, de Jair Bolsonaro. "A gente tem que fazer esse marcador, que não é um marcador meramente cronológico, mas resulta do fato da violência ter sido institucionalizada durante aqueles quatro anos”.
“Ao proferir discursos que descredibilizavam jornalistas, ao atacar veículos de imprensa, aquele governo acabou gerando um clima beligerante contra a imprensa de uma forma geral”, completou Samira.
Para a presidente da Fenaj, os dados corroboram um cenário de violência persistente contra profissionais da imprensa e sugerem que a prática pode estar se tornando estrutural na sociedade brasileira. “Virou comum atacar jornalista. E não é porque você é crítico ao trabalho da imprensa. Não é isso”.
“A imprensa precisa ser criticada, precisa ser avaliada. Mas muitos casos acontecem vindos de políticos, assessores, correligionários e eleitores que simplesmente se acham no direito de ameaçar, agredir e processar jornalistas”, explicou.
Tipos de violência
Entre os tipos de violência citados como mais recorrentes, o relatório aponta um crescimento proporcional do assédio judicial, que passou de 13,81% do total de casos em 2023 para 15,97% em 2024, somando 23 registros.
A Fenaj destaca que o termo “cerceamento por meio de ação judicial” foi substituído por “assédio judicial” para explicitar “o caráter abusivo e recorrente dessas ações, muitas vezes promovidas por políticos, empresários e lideranças religiosas, com o objetivo de intimidar e censurar jornalistas”.
Outro dado classificado como preocupante é o aumento de 120% nos casos de censura, que saltaram de cinco para 11 episódios no período, impulsionados, segundo a federação, sobretudo por decisões judiciais e pressões de agentes públicos.
Já os casos de agressões físicas caíram de 40 para 30 registros, uma redução de 25%. “Apesar disso, a Fenaj alerta que os episódios continuam sendo alarmantes, incluindo tentativas de homicídio e ataques com arma de fogo”.
As ameaças e intimidações, por sua vez, somaram 35 ocorrências, o equivalente a 24,31% do total, mantendo-se estáveis em números absolutos.
Eleições
Durante o período eleitoral de 2024, entre maio e outubro, foi registrado o maior número de ataques contra jornalistas: 38,9% dos casos, com julho sendo o mês mais violento do ano. A entidade atribui esse aumento “ao acirramento do discurso de ódio, em especial, promovido por grupos de extrema direita”.
Locais mais violentos
A Região Sudeste concentrou o maior número de casos de violência contra profissionais de imprensa em 2024, com 38 episódios – 26,39% do total. O Nordeste aparece em segundo lugar, com 36 casos – 25% do total. Juntas, as duas regiões respondem, portanto, por mais de 51% dos episódios registrados no relatório.
Em termos absolutos, houve crescimento do número de casos nas regiões Norte (que passou de 19 para 22 casos) e Sul, com 31 casos, contra 30 no relatório anterior.
Já a maior redução foi registrada no Centro-Oeste, onde os casos caíram de 40 para 17. “A queda é expressiva, mas há suspeitas de subnotificação, já que parte dos ataques pode não ter sido reportada aos sindicatos”, avaliou a Fenaj.
“Nos anos anteriores, a região — especialmente o Distrito Federal — havia liderado o ranking nacional, impactada por ataques verbais e simbólicos institucionalizados durante o governo de Jair Bolsonaro”, completou a entidade.
A Bahia segue como o estado com mais registros (nove), seguida por Alagoas e Paraíba (seis casos cada). O Maranhão contabilizou quatro registros, sendo um deles, segundo a Fenaj, um dos mais graves de 2024: um incêndio criminoso à sede da TV Cidade, em Codó, e uma ameaça de morte a um repórter.
Ceará e Pernambuco apresentaram três ocorrências cada — metade dos números de 2023. Rio Grande do Norte e Piauí tiveram dois casos, e Sergipe, um.
O Sudeste continua concentrando o maior número absoluto de casos: 38 no total. São Paulo lidera com 23 ocorrências, respondendo por 60,5% da região e quase 16% do total nacional. A maior parte dos ataques ocorreu fora da chamada “grande mídia”, em cidades menores. O Rio de Janeiro teve nove casos, Minas Gerais, cinco, e o Espírito Santo, um.
No Sul, o número passou de 30 para 31. O Paraná responde pelo maior salto na região, de 11 para 15 casos, e passou a responder por 10,42% dos casos nacionais. Rio Grande do Sul e Santa Catarina registraram oito ocorrências cada, sendo que Santa Catarina registrou um caso a mais que no ano anterior.
A Região Norte que, no ano anterior era a menos violenta para jornalistas, passou de 19 para 22 casos. O Amazonas lidera com oito registros, seguido pelo Pará (seis), Tocantins (três), Acre (dois), por Rondônia (dois) e Roraima (um). O Amapá não teve ocorrências registradas, mas, segundo a federação, há possibilidade de subnotificação. O Pará mostra queda consistente desde 2022, quando teve 21 casos.
Agressores
O relatório aponta que políticos seguem liderando o ranking dos agressores a profissionais de imprensa. Em 2024, 48 episódios envolveram agressões físicas e verbais, tentativas de intimidação, ofensas em atos públicos de campanha, tentativas de censura a matérias e assédio judicial, um dos itens que mais cresceu no último período.
“A esses 48 agressores políticos, que representaram 33,33% de todos os ataques, acrescente-se apoiadores diretos (cinco ocorrências), manifestantes de extrema direita (seis casos) e servidores públicos ou órgãos como prefeitura e governo de estado (nove casos), que, em última análise, estão a serviço de interesses de políticos”, destacou a Fenaj.
Violência por gênero
A violência de gênero, segundo a federação, é outro ponto de atenção. De acordo com o relatório, jornalistas mulheres não aparecem numericamente como alvos preferenciais, mas são vítimas de ataques misóginos, incluindo insultos, desqualificações profissionais e ameaças simbólicas.
Em 2024, foram contabilizadas 81 vítimas do sexo masculino, 47 do sexo feminino e 26 casos configurados como ataques coletivos ou contra profissionais de maneira genérica em uma determinada mídia. Ao todo, 52,6% dos registros tiveram como alvo jornalistas do sexo masculino; 30,52%, mulheres; e 16,86% foram ataques coletivos ou em que não foi possível apurar o gênero.
Nenhum ataque a jornalistas trans foi relatado.
Cenário internacional
Em 2024, 122 jornalistas foram assassinados em todo o mundo, com a maioria das mortes registrada na Faixa de Gaza. O relatório também alerta para riscos à liberdade de imprensa com a reeleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e o papel das big techs na disseminação de desinformação e na tolerância a projetos autoritários.
“Para a Fenaj, os dados exigem atenção e ação imediata”, destacou a nota. “A entidade reforça a necessidade de garantir salários dignos, segurança no trabalho e combate sistemático aos discursos de ódio, especialmente com a aproximação do próximo ciclo eleitoral em 2026”.
Depois de viver uma temporada inesquecível em 2024, o kitesurfista maranhense Bruno Lobo retornou ao cenário das grandes competições da modalidade ao participar do Campeonato Europeu de Fórmula Kite, que reuniu os principais atletas do mundo e foi realizado entre os dias 11 e 19 de maio, em Urla, na Turquia. Mesmo sofrendo uma lesão durante o evento, Bruno se superou, chegou até as quartas de final e foi o melhor atleta das Américas na disputa, garantindo o 7° lugar na classificação geral.
Bruno Lobo, que é patrocinado pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com o patrocínio do Bolsa Atleta, teve um desempenho consistente desde as primeiras regatas do Europeu de Fórmula Kite, se mantendo na briga pelas primeiras posições e se consolidando na zona de classificação para as regatas decisivas do evento, que reuniu 37 atletas na disputa masculina. Mesmo sofrendo uma queda e uma lesão no decorrer da fase classificatória, o maranhense mostrou garra e avançou de fase em 6° lugar.
Classificado para as quartas de final do Europeu de Fórmula Kite, Bruno Lobo travou uma disputa acirrada contra Gian Andrea Stragiotti (Suíça), Vojtech Koska (República Tcheca) e Jan Marciniak (Polônia) por duas vagas nas semifinais. O atleta maranhense lutou muito, mas se despediu do evento em 7° lugar após as classificações de Stragiotti e Marciniak. O campeão do evento em Urla foi o italiano Riccardo Pianosi.
"Estou muito feliz em voltar às competições e representar o Maranhão e o Brasil nesse grande evento que marca o meu retorno após as Olimpíadas. Lutei do início ao fim, mesmo com uma lesão na cartilagem que liga a costela ao esterno, após uma queda no quarto dia de competição. Obrigado a todos que estavam na torcida e a todos os meus patrocinadores, que fazem isso acontecer! Vamos voltar mais fortes!", afirmou Bruno Lobo após a competição na Turquia.
Bruno Lobo volta a competir após excelentes resultados em 2024. Além de garantir o sexto lugar da Fórmula Kite nos Jogos Olímpicos de Paris, cujas regatas ocorreram na Marina de Marselha, no Sul da França, Bruno foi eleito o melhor atleta da vela na 25ª edição do Prêmio Brasil Olímpico, que é considerado o Oscar do Esporte Brasileiro e homenageia os principais esportistas do país por suas performances na temporada.
Também na temporada de 2024, Bruno Lobo foi vice-campeão do Sertões Kitesurf, faturou o nono lugar no Campeonato Mundial de Fórmula Kite, garantiu o quarto lugar no Campeonato Europeu de Fórmula Kite e conquistou a 11ª colocação no Troféu Princesa Sofia, que foi válido como etapa da Copa do Mundo da modalidade. Bicampeão pan-americano e multicampeão brasileiro, o kitesurfista maranhense se manteve como principal nome das Américas e destaque mundial da modalidade com esses resultados.
Socorro Reis
Além de Bruno Lobo, o Maranhão foi representado no Europeu de Fórmula Kite por Socorro Reis na disputa da categoria feminina. Socorro, que é patrocinada pelo Grupo Audiolar e pelo governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, além de contar com os patrocínios do Brasilcap e do programa Bolsa Atleta, garantiu o 17° lugar na competição, que serve de preparação em busca da tão sonhada vaga para os Jogos Olímpicos de 2028, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Maior campeã da história do Brasileiro de Fórmula Kite, Socorro Reis garantiu o vice-campeonato do Sertões Kitesurf e participou do Mundial de Fórmula Kite durante a temporada de 2024. Com larga experiência em competições nacionais e internacionais, a kitesurfista maranhense também já foi campeã do Pan-Americano de Fórmula Kite, terceira colocada no Mundial Master e medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2023, em Santiago, no Chile.
O maior festival de divulgação científica do mundo, o Pint of Science, completa dez anos no Brasil e, neste ano, ocorre em 169 cidades do país. Trazido da Inglaterra pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, o evento objetiva levar cientistas a interagirem diretamente com pessoas em ambientes descontraídos como bares, restaurantes, cafés e praças públicas. O evento vai até esta quarta-feira (21). Uma rede de colaboração nacional, com mais de 2 mil voluntários, está mobilizada para trazer ao palco a pesquisa científica que nasce e cresce em cada região brasileira.
Segundo os organizadores, o cenário atual na ciência mundial é bastante diferente de dez anos atrás, mas os desafios persistem.
“Estamos passando por um momento de muitas transformações no mundo. Além das acentuadas mudanças no clima, na temperatura e na vida no planeta, está se alterando também a forma como compreendemos o que é política, qual a ordem global do mundo, e temos nos questionado mais e mais sobre como funciona a ciência, a educação e as nossas universidades”, disse o coordenador nacional do Pint of Science Brasil, Eduardo Bessa, professor da Universidade de Brasília (UnB).
Tempo de Mudanças é o tema escolhido para o festival deste ano em parceria com o Instituto Clima e Sociedade, que apoia o evento em 2025. Segundo Bessa, a comunidade científica tem sentido o impacto atual das mudanças climáticas. Para o coordenador, antes, mudanças climáticas, era um assunto que remetia apenas a um futuro longínquo.
“Por muito tempo predominou aquele discurso de que a gente precisava fazer alguma coisa a respeito das mudanças climáticas porque senão, no futuro, não teríamos os ursos polares e afetaríamos a vida dos nossos bisnetos. Mas ninguém fez nada a respeito, talvez porque o futuro não fosse uma preocupação. O problema é que, agora, a gente está sentindo na pele o que imaginávamos que aconteceria com os ursos polares e com os nossos bisnetos”, afirmou.
O público das 169 cidades onde está sendo realizado o Pint of Science Brasil também poderá compreender como funciona o processo de criação de novos conhecimentos científicos. A proposta dos bate-papos com os cientistas é explicar, de um jeito descomplicado e atraente, como surgem as evidências científicas, para que as pessoas possam diferenciá-las das opiniões.
Rio de Janeiro
No Rio, as atividades ocorrem em cinco bairros da cidade: Barra da Tijuca, Botafogo, Gávea, Méier e Tijuca. O festival tem entrada gratuita e começa sempre às 19h30. Nesta edição carioca, o Pint of Science Rio 2025 contará com mais de 40 pesquisadores e pesquisadoras abordando temas como psicodélicos e saúde mental, inteligência artificial, cannabis medicinal, mudanças climáticas, carnaval, astrobiologia, comportamento humano, finanças pessoais entre outros.
“O nosso objetivo é mostrar que a ciência está presente no cotidiano, é feita por pessoas reais e pode – e deve – ser discutida em espaços informais”, explica Isalira Peroba Ramos, coordenadora do festival no Rio e diretora de extensão do Centro Nacional de Biologia Estrutural e Bioimagem da UFRJ.
O Pint of Science Rio 2025 conta com apoio institucional da UFRJ e da FAPERJ. O festival busca aproximar ciência e sociedade de forma democrática, divertida e sem formalidades – com espaço para perguntas e trocas. “Acreditamos que só com mais ciência na vida das pessoas é possível combater a desinformação, estimular o pensamento crítico e valorizar o trabalho científico brasileiro”, completa Isalira.
A 2ª edição da Festa Internacional da Palavra, a ser realizada na cidade de Itaúnas, no Espírito Santo, de 21 a 24 de maio, terá entre os convidados Itamar Vieira Junior - ganhador de dois prêmios Jabuti -, o escritor e ativista indígena Ailton Krenak e o cantor Chico César. O evento contará ainda com a presença da escritora e atriz capixaba Elisa Lucinda, idealizadora e diretora artística da festa.
O evento proporciona o protagonismo às narrativas decoloniais, indígenas, afro-brasileiras e quilombolas, reunindo autores que reafirmam a força da oralidade como um dos pilares da identidade nacional, além de ressignificar a literatura.
“A curadoria da festa da palavra foi norteada pelo interesse de dar voz justamente aos autores brasileiros de grupos que antes não encontravam espaço nas editoras e nos meios de comunicação, tais como indígenas e negros”, explicou a escritora e dramaturga Guiomar de Grammont, que assina a curadoria do evento junto à jornalista Lívia Corbellari.
Outro propósito da festa é o diálogo com a juventude e a educação, incentivando a formação de leitores críticos e conscientes.
“Precisamos que nossas crianças e jovens tenham acesso às obras que reflitam suas realidades e heranças culturais. Quando um jovem negro, indígena ou quilombola se vê na literatura, ele entende que seu lugar no mundo também pode ser escrito, contado e celebrado”, avalia Elisa Lucinda.
Nesse contexto, o evento conta ainda com a pensadora e ativista indígena Yakui Tupinambá e do filósofo Renato Nogueira. Outro destaque é a participação da roteirista e ativista social cubana Teresa Cárdenas nesta edição.
Com programação gratuita, a Festa da Palavra vai ocupar Itaúnas, uma vila localizada no município de Conceição da Barra. Ao longo de quatro dias, escritores, poetas, artistas, educadores e leitores se reúnem para debates, oficinas criativas, lançamentos de livros e apresentações musicais.
Homenagens
Neste ano, a festa homenageia dois grandes nomes da literatura e da luta pelos direitos culturais no Brasil: Antonio Bispo dos Santos, conhecido como Nêgo Bispo, e Bernadette Lyra. “Nêgo Bispo é o farol deste tempo, um homem que vem com a inteligência quilombola. Ele reconfigura uma filosofia contracolonial e nos põe nus diante de nós mesmos”, disse Elisa Lucinda.
Filósofo, poeta, escritor, professor e líder quilombola, Bispo deixou um legado de resistência e pensamento crítico sobre identidade, terra e ancestralidade. Filha de Nêgo Bispo, a pesquisadora Joana Maria é uma das convidadas desta edição.
“Quilombolas e povos originários, em geral, têm papel central na Festa da Palavra de 2025, que homenageia o pensador Nêgo Bispo, recentemente falecido, que construiu uma obra na oralidade. As narrativas orais são fundamentais na Festa da Palavra, um evento que busca resgatar a herança ancestral desses povos”, ressaltou Guiomar.
Com origem no Espírito Santo e reconhecida pela contribuição à literatura brasileira, explorando os gêneros de ficção e narrativa histórica, Bernadette Lyra tem presença confirmada no evento. “Acho lindo que a festa tenha esses dois ícones e que possa trazer para a comunidade o brilho que a literatura deles tem, que o brilho dessa literatura possa interagir com a comunidade. Tem um brilho na vila de Itaúnas e um brilho na literatura, essa festa é a união dos dois”, acrescentou Elisa Lucinda.
Estímulos à leitura
A curadora Guiomar de Grammont acrescentou que a festa pretende formar leitores, além do encontro com autores, estimulando a leitura das obras. “Queremos sobretudo fazer com que o público reflita criticamente sobre os temas apresentados, de forma a influir positivamente sobre a realidade no sentido da democracia e da liberdade de expressão. Esperamos que as pessoas sejam também envolvidas afetuosamente pela Festa da Palavra, que se sintam acolhidas por ela. Por isso, demos muita atenção aos autores independentes, muitos terão na festa um lugar para apresentar suas obras.”
Na lista de escritores convidados, estão ainda a pedagoga Kiusam de Oliveira; o quadrinista Estevão Ribeiro; o autor e poeta popular Arquimino dos Santos; e a liderança quilombola Selma Dealdina Mbaye, organizadora do livro Mulheres Quilombolas - territórios de existências negras femininas.
Além deles, participarão da festa a jornalista Eliana Alves Cruz, autora das obras O Crime do Cais do Valongo, Água de Barrela e Solitária; a atriz, poeta e autora Suely Bispo; e o ex-deputado federal Jean Wyllys. Na música, além de Chico César, o evento terá a cantora e compositora Sandra Sá e a cantora Bia Ferreira.
Em menos de um mês, terá início um projeto astronômico sem precedentes, que vai mapear o céu do hemisfério Sul, a partir de milhões de fotos de alta definição, feitas por um telescópio de última geração. Cerca de 170 cientistas brasileiros participarão do projeto, liderado pelo Estados Unidos, e que deve se estender por mais de 10 anos.
O supertelescópio instalado no Observatório Vera C. Rubin, no Chile, tem oito metros de diâmetro, e carrega a maior câmera digital já construída no mundo, com resolução de 3,2 gigapixels. O equipamento é capaz de gerar mais de 200 mil imagens por ano, permitindo a visualização de bilhões de objetos celestes e sua catalogação.
Mas isso também significa um volume gigantesco de dados e é aí que entra a contribuição brasileira. O Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA) será responsável pelo processamento, análise e distribuição de boa parte desses dados, armazenando pelo menos 5 petabytes de informações (1 petabyte equivale a mais de 1 milhão de gigabites).
Para isso, está concluindo o seu Centro Independente de Acesso a Dados, nas dependências do Laboratório Nacional de Computação Científica, que opera o maior supercomputador científico público do país, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.
De acordo com o coordenador do LIneA, Luiz Nicolaci da Costa, o trabalho de análise deve começar em 2026, mas o laboratório ainda precisa de recursos para concluir suas instalações e garantir a sustentabilidade do trabalho.
"Nós temos um total de 170 pesquisadores brasileiros envolvidos, dos quais 80% são estudantes ou pós-doc. Quer dizer, é um projeto para o futuro, e o aluno de hoje será o pesquisador principal amanhã. E o projeto é muito amplo em termos de objetivos, então ele é dividido em grupos temáticos. E esses alunos podem trabalhar nesses grupos temáticos com as maiores lideranças científicas do mundo inteiro, de igual para igual", explica.
Nicolaci também destaca a importância estratégica para o país de participar de uma iniciativa desse porte:
"São 1.500 pesquisadores de 48 instituições internacionais, então você tem essa rede de centros de ciência, onde você tem um intercâmbio tecnológico e você se mantém atualizado. E o que está envolvido de engenharia mecânica, de engenharia ótica, de engenharia eletrônica e de ciência de dados mostra que, apesar da aplicação final, talvez, ser uma coisa meio abstrata, o que você cria em termos de formação de pessoal nesse projeto é incomparável".
Na parte de astronomia, o mapeamento vai permitir avanços nas pesquisas sobre a energia escura, que compõe a maior parte do universo, e outros corpos celestes pouco estudados. A estimativa é catalogar cerca de 17 bilhões de estrelas e 20 bilhões de galáxias, além de objetos difíceis de serem observados com instrumentos menos potentes.