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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) divulgou, nesta quinta-feira (2), a lista dos municípios que estão aptos a receber o pagamento do recurso de apoio à manutenção de novas matrículas em turmas da educação infantil – creches e pré-escolas.

A verba é destinada a instituições educacionais públicas ou filantrópicas sem fins lucrativos conveniadas com o Poder Público que tenham cadastradas novas matrículas em novas turmas e que ainda não foram beneficiadas com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Segundo a Portaria 121/22, serão distribuídos pouco mais de R$ 18 milhões a 12 municípios de 12 Estados brasileiros – Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima e Rio Grande do Sul.

(Fonte: Agência Brasil)

Após uma edição totalmente on-line por causa da pandemia do novo coronavírus, a cidade de São Paulo volta a receber a Mostra Internacional de Teatro (MITsp) de forma presencial. A oitava edição do evento tem início amanhã (2) e permanece em cartaz até o dia 12 de junho.

“Estamos felizes com a retomada da MITsp, com trabalhos presenciais, embora esta seja uma edição mais concisa, nos limites do que foi possível trazer em um tempo pós-pandemia”, disse Antônio Araújo, diretor-artístico e um dos idealizadores do festival.

Neste ano, serão apresentadas três montagens internacionais, sete espetáculos nacionais e mais quatro estreias. Além disso, o festival conta, também, com oficinas, debates, bate-papos e discussões sobre as artes cênicas.

A peça de abertura é Estádio (Stadium), concebida pelos diretores franceses Mohamed El Khatib e Fred Hocké. A peça, que coloca o espectador de teatro frente a frente com o público dos estádios e se desenrola em dois tempos de 45 minutos, como se fosse um jogo de futebol, será apresentada no Sesc Pinheiros, na noite de amanhã (2).

Além da peça, também serão apresentadas outras duas internacionais: O Martelo e a Foice (Le Marteau et La Faucille), adaptação do conto homônimo do americano Don DeLillo e dirigido por Julien Gosselin; e Vale da Estranheza (Uncanny Valley), da companhia de teatro Rimini Protokoll . Já Tragédia e Perspectiva 1 – O Prazer de Não Estar de Acordo, do diretor argentino Lisandro Rodríguez, fará sua estreia no festival.

Entre as montagens nacionais, três delas farão sua estreia no festival: História do Olho – Um Conto de Fadas Pornô NoirAntes do Tempo Existir; e Um Jardim Para Educar as Bestas.

A programação do festival pode ser consultada no site do evento.

(Fonte: Agência Brasil)

As inscrições para o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) 2022 ficam abertas até o próximo sábado (4). A avaliação é voltada a jovens e adultos que não concluíram os estudos na idade apropriada para cada etapa de ensino. 

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a participação no Encceja Nacional 2022 é voluntária e gratuita. Para candidatos do ensino fundamental, a idade mínima é de 15 anos na data da prova, e para o ensino médio, de 18 anos completos.

Provas

Para fazer a inscrição, basta acessar a página do Encceja 2022 , do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Em todas as Unidades da Federação, as provas, tanto para os ensinos fundamental e médio, serão aplicadas no dia 28 de agosto.  As cidades onde haverá prova podem ser consultadas no sistema do exame e no portal do Inep.

Nesta edição, não será necessário apresentar justificativa de ausência para aqueles que se inscreveram, mas acabaram não fazendo a prova da edição anterior. “Também não será necessário o pagamento da taxa de ressarcimento para os ausentes no ano passado que vão fazer as provas novamente. A medida foi tomada tendo em vista o contexto da pandemia de covid-19 que impediu a realização da última edição”, informou o instituto.

Encceja

O exame é realizado pelo Inep, desde 2002, em colaboração com as secretarias estaduais e municipais de Educação. O Encceja avalia competências, habilidades e saberes adquiridos no processo escolar ou extraescolar dos jovens e adultos.

Com isso, estabelece uma referência nacional de avaliação para esse público, tendo, assim, uma relevância multidimensional para a educação brasileira. As secretarias de Educação e os institutos federais utilizam os resultados do exame como parâmetro para certificar os participantes em nível de conclusão do ensino fundamental e médio.

(Fonte: Agência Brasil)

O Senado aprovou, nessa terça-feira (31), um projeto de lei que permite que estudantes da zona rural tenham seu período letivo dividido entre aulas teóricas em sala de aula e atividades práticas no campo, metodologia conhecida como “pedagogia da alternância”. O texto segue para sanção presidencial.

De acordo com o projeto de lei, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) passa a incluir essa metodologia. A pedagogia da alternância prevê que, durante duas semanas do mês, os jovens aprendam na escola conhecimentos gerais e técnicos voltados para a realidade agrícola. Na quinzena seguinte, os estudantes terão a oportunidade de aplicar esses conhecimentos no campo, geralmente em propriedades familiares ou nos arredores da escola.

Para o relator do projeto, senador Pedro Chaves (MS), “engessar” as escolas pode resultar em evasão, repetência e exclusão e organizar de forma dinâmica e múltipla a sala de aula é um dos fatores que conduzem à qualidade na educação. Segundo o senador, 270 instituições adotam o modelo no Brasil, atendendo cerca de 17 mil estudantes.

(Fonte: Agência Brasil)

Um deputado atuante e que não mede esforços para destinar recursos para melhorar a vida das pessoas. É dessa forma que importantes lideranças do Maranhão têm se manifestado sobre o trabalho do deputado federal Juscelino Filho (União-MA). O reconhecimento aos serviços prestados em favor da população faz com que o projeto de reeleição do parlamentar esteja, cada vez mais, consolidado. Na região do Médio Mearim, por exemplo, prefeitos, ex-prefeitos, lideranças e a população de um modo geral já oficializaram apoio a Juscelino Filho.

O deputado é considerado por muitos como um dos responsáveis em ajudar de maneira decisiva no desenvolvimento dos municípios do Médio Mearim. Em Pedreiras, durante evento do Maranhão Mais Feliz, de apoio à pré-candidatura de Weverton Rocha ao governo do Maranhão, Juscelino recebeu o carinho das pessoas da região e a certeza de que seu projeto de reeleição está bastante fortalecido.

“É um deputado que tem ajudado a gente a reerguer Pedreiras em todos os sentidos: na saúde, na infraestrutura. Eu tenho certeza que essa nossa parceria vai fazer a grande diferença, não só em Pedreiras, não só no Médio Mearim, mas em todo o Maranhão, fazendo o que o povo quer, que é a transformação de vida, é a valorização do ser humano”, afirmou a prefeita de Pedreiras, Vanessa Maia.

Prefeito de Trizidela do Vale, Deibson Balé também destacou a importância de Juscelino Filho para o desenvolvimento da cidade. “Juscelino Filho, não apenas em Trizidela do Vale, mas em todo o Médio Mearim, tem muito trabalho, muito serviço prestado. E é por isso que estamos aqui para retribuir toda a gratidão por todo o trabalho que ele vem fazendo em nosso município”, disse.

Político de palavra

Como deputado federal, Juscelino Filho tem se mostrado um “político de palavra”, e isso faz toda a diferença para que os recursos destinados sejam utilizados da melhor maneira possível pelos gestores públicos. “Meu deputado federal honra cada voto. Juscelino Filho é um bom deputado, que pega as emendas dele e investe na saúde, na infraestrutura, na educação”, observou Junior Xavier, prefeito de Bernardo do Mearim.

Considerada uma das cidades mais desenvolvidas do Médio Mearim, Lima Campos também “abraçou” Juscelino Filho. “Por que Lima Campos é hoje uma cidade referência? Porque Lima Campos aprendeu a escolher políticos que respeitassem o nosso povo e a nossa cidade. E o Juscelino Filho é uma pessoa que eu recomendo, porque Lima Campos é, hoje, uma cidade transformada graças ao apoio e empenho do deputado”, afirmou o ex-prefeito Jailson Fausto.

Todo o apoio em prol de sua reeleição à Câmara dos Deputados é combustível para Juscelino Filho seguir trabalhando ainda mais pelas pessoas do Maranhão, em especial do Médio Mearim.

“Tive a oportunidade de ouvir de cada um dos gestores aqui o quanto todos os municípios dessa região reconhecem o trabalho que a gente tem feito. E eu quero ter a oportunidade de poder continuar lá no Congresso Nacional trabalhando cada vez mais por essa região. Eu tenho tido oportunidade de colocar recursos na saúde, na infraestrutura, na educação e ver esses recursos aplicados melhorando a vida do povo de toda essa região do Médio Mearim. Isso é uma satisfação muito grande. Muito obrigado por tudo”, agradeceu Juscelino Filho.    

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Rádio Nacional de Brasília

A Rádio Nacional de Brasília completa 64 anos de história e de bons serviços prestados à sociedade nesta terça-feira (31). Há mais de seis décadas, a emissora pública oferece informação confiável e entretenimento aos ouvintes não apenas do Distrito Federal, mas de todo o país.

A trajetória da Nacional se confunde com a história do Brasil e da capital federal. Criada em 1958, com a finalidade de apoiar a construção de Brasília, a rádio serviu como meio de comunicação para os trabalhadores que estavam construindo a cidade.

Para celebrar a data, a emissora já antecipou os festejos com vinhetas veiculadas durante a sua programação. São mensagens de artistas, ouvintes, internautas, empregados da Nacional e entrevistados de diversas áreas, em um tributo à rádio.

As homenagens começaram no sábado (28), com o programa Especial Rádio Nacional Brasília – 64 anos, que foi transmitido diretamente do estacionamento 13 do Parque da Cidade de Brasília. A ideia foi reunir âncoras da emissora para interagir com o público e com os artistas que se apresentaram no local: Ray Titto e Calabares e grupo de dança Country; da dupla sertaneja Fábio e Maicon; de Valvox e Luciana Andrade da banda de MPB Som A+; de Repentistas da Casa do Cantador; de Os Correntes do Forró; e de performances de capoeira e maculelê com o Grupo Grito de Liberdade.

Também participou da programação, a Gerência de Educação no Trânsito do Detran/DF, com o grupo de teatro que distribuiu material educativo referente ao Maio Amarelo, campanha de conscientização sobre mortes no trânsito.

Nesta terça-feira (31), dia que marca os 64 anos da Nacional de Brasília, os ouvintes poderão conferir, ao vivo, uma programação especial temática transmitida ao longo de todo o dia.

#VemOuvir

Entretenimento, esporte, bate-papo e notícia são alguns dos conteúdos que estão no ar pela nova programação da Rádio Nacional. As faixas musicais trazem gêneros nacionais e prestigiam astros que fazem sucesso na nova MPB e no pop contemporâneo do país, além dos clássicos da música brasileira.

Personalidades da nova geração que mobilizam o público nas plataformas digitais de streaming ganham espaço nas atrações e na seleção de músicas da rádio. O repertório abrange hits de artistas que repercutem junto aos jovens como banda Melim, Tiago Iorc, Vitor Kley e Duda Beat.

A estratégia de fortalecer a presença digital da emissora é outra iniciativa para incrementar o relacionamento com seus públicos e alcançar novos ouvintes. Para isso, a Nacional está no Instagram e intensifica as transmissões no YouTube.

A rádio também marca presença no Spotify com o perfil Rádio Nacional. Os fãs podem ouvir novas playlists com os conteúdos dos programas da emissora. A participação do público é assegurada por meio das redes sociais e pelo WhatsApp. Os locutores buscam essa integração durante a programação da Nacional.

A consolidação da rede da Rádio Nacional é uma das realizações de 2021. Além da tradicional frequência FM 96,1MHz, em Brasília, a emissora ganhou, em maio, presença em outras quatro capitais brasileiras, na chamada banda estendida, em FM 87,1, no Rio de Janeiro, que se mantém ainda no AM, e em São Paulo, Belo Horizonte e Recife. A Nacional também está em São Luís, no dial FM 93,7MHz. Agora, os conteúdos entram no ar em rede. Uma das metas para 2022 é estender o alcance da rede com a expansão para outras capitais.

Serviço

Aniversário de 64 anos da Rádio Nacional de Brasília – terça-feira, dia 31/5

Rádio Nacional na internet e nas redes sociais

Site: https://radios.ebc.com.br/radionacional

Instagram: https://www.instagram.com/radionacionalbr

Spotify: https://open.spotify.com/user/vpj3k8ogjwf1nkv4nap3tlruv

YouTube: http://youtube.com/radionacionalbr

Facebook: https://www.facebook.com/radionacionalbr

Twitter: https://twitter.com/radionacionalbr

WhatsApp – (61) 99674-1536

Saiba como sintonizar a Rádio Nacional

Brasília: FM 96,1MHz e AM 980kHz

Rio de Janeiro: FM 87,1MHz e AM 1130kHz

São Paulo: FM 87,1MHz

Belo Horizonte: FM 87,1MHz

Recife: FM 87,1MHz

São Luís: FM 93,7MHz

Amazonas: 11.780kHz e 6.180kHz

OC Alto Solimões: FM 96,1MHz

Aplicativo Rádios EBC, disponível para Android e iOS

(Fonte: Agência Brasil)

“Toquem o Hino Nacional!” Essas foram as primeiras palavras que o padre brasileiro Roberto Landell de Moura (1861-1928) disse na inédita demonstração pública de transmissão de rádio, em 16 de julho de 1899. A revelação é do escritor Hamilton Almeida biógrafo do inventor do rádio, graças a uma obstinada pesquisa em jornais da época. O escritor dedica-se a desvendar há 45 anos a vida daquele brasileiro injustiçado pela história e que ainda pouca gente conhece. 

Padre Landell de Moura

Todos os detalhes sobre esse evento histórico, de caráter mundial, ainda muito pouco reconhecido e que tem mais elementos de brasilidade do que poderia supor-se, estarão nas páginas do livro sobre o ousado padre, e que deve chegar às livrarias ainda neste ano, mês de junho. Padre Landell: o brasileiro que inventou o wireless (editora Insular) é a quinta obra de Almeida sobre o inventor. O evento ocorreu 23 anos antes da primeira transmissão oficial de rádio no Brasil, em 7 de setembro de 1922.  A 100 dias do centenário da rádio, conhecer de onde vieram as primeiras ondas que se espalharam no ar ajuda a compreender, neste século XXI, a dimensão do feito pioneiro dessa tecnologia.

Aventura em São Paulo

Naquele fim de século XIX, o público ficou boquiaberto com as palavras e com o hino. Não havia dúvida de que aquele 16 de julho de 1899 simbolizava a genialidade humana. Houve até quem chamasse de bruxaria. Mas era um padre que fazia a transmissão de áudio entre o Colégio Santana, de onde ele era pároco, na zona norte de São Paulo, até a Ponte das Bandeiras, a cerca de quatro quilômetros de distância. Aquela data, de primeira demonstração pública de transmissão radiofônica, que vai completar 123 anos.

Hamilton Almeida buscou rastros e desvendou lacunas da vida do inventor pelo Brasil e em outros países. Quando fazia faculdade de jornalismo, ouviu de um professor chileno (Julio Zapata) que um padre brasileiro era o verdadeiro inventor do rádio e não o físico italiano Guglielmo Marconi, que criou o telégrafo. 

“Vi que a história do brasileiro estava incompleta e que ele era vítima de uma injustiça. Eu fui juntando as peças. Busquei centenas de pessoas que trabalharam e conviveram com ele, além dos documentos espalhados por muitos lugares”, afirma o biógrafo.  

Duas experiências públicas de Landell de Moura em São Paulo foram documentadas. A segunda experiência, no ano seguinte da primeira, foi publicada em apenas um veículo, o Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro,

O primeiro livro publicado por Hamilton saiu nos anos 1980, em Porto Alegre, terra do padre Landell. Em 2004, o autor publicou obra na Alemanha. Na obra mais recente, o autor resolveu desvendar detalhes sobre o dia da transmissão de rádio e também sobre a busca do padre por patentear as descobertas. “Quando ele colocou a voz em em uma onda de rádio, ele abriu a porta para as comunicações sem fio. E isso é legado para os nossos dias, como o telefone celular. Ele fez descobertas que acabaram provocando várias outras descobertas desde então.

Landell, segundo explica o biógrafo, patenteou o rádio no Brasil e nos Estados Unidos. “Eu consegui aprofundar uma série de aspectos nessa nova pesquisa. Tem uma informação também que eu considero muito importante é que a invenção dele nos Estados Unidos foi reconhecida por outros inventores. Consegui encontrar provas disso (e estão no livro)”.

O escritor explica que Landell queria continuar pesquisando. Por isso, ele buscou correr para patentear a descoberta. Ele não tinha recursos da igreja ou público para isso. “Ele solicitou recurso, mas ninguém deu apoio nenhum. Nunca ganhou nenhum dinheiro. Apenas perdeu, na verdade. Ele saiu dos Estados Unidos endividado porque foi para lá com a intenção de ficar um ano (em 1901). Mas acabou ficando três anos e meio”. Para o invento, ele conseguiu dinheiro emprestado com um comerciante de Nova Iorque e ficou devendo uma pequena fortuna que só conseguiu pagar anos depois. A dívida era de US$ 4 mil. “Seria o equivalente a hoje uns R$ 600 mil”. 

Ciência e fé

Diferentemente de outros inventores contemporâneos de Landell, como Alberto Santos Dumont, que tinha seus próprios recursos, o padre vivia com o pires na mão. “Ninguém deu atenção realmente para o que ele fazia. Além disso, padre cientista não era bem visto dentro da igreja nem fora dela”.

Era um momento histórico também de início da república no Brasil e também com a conquista do Estado laico. Ciência para um lado, fé para o outro. Mas não era nisso que Landell acreditava. Ele achava que os dois campos poderiam conviver e interagir. “O padre estava um pé em cada lado. Mas tem declarações dele que ele achava que religião e ciência eram compatíveis”. 

Curioso desde antes de ser padre

Landell, quando tinha 16 anos de idade, antes de ser padre, criou uma espécie de telefone. O menino era curioso e gostava de ler sobre tudo, de telecomunicações à astronomia. “Ele  examinava animais mortos e tinha um interesse variado, em biologia, física, astronomia…Ao mesmo tempo, ele tinha uma vocação religiosa também por influência da família”. 

Tanto que quando Landell foi para Roma ajudar no seminário, ele também buscou estudar física e química na Universidade Gregoriana. Foram duas formações ao mesmo tempo. “Brigavam com ele também por causa dessa situação de ser padre e cientista. Quando ele inventou o rádio, pediu licença para voltar ao Brasil e ir aos Estados Unidos”. 

Empreendedor

Seis jornais deram destaque ao invento com a experiência de 1899. Três veículos em São Paulo e outros três no Rio de Janeiro. “Era uma novidade, mas não foi o suficiente para traduzir em patrocínio que é o que ele precisava. Ele investiu nisso, mas infelizmente não teve resultado para continuar pesquisando. Acabou ficando marginalizado assim na história”, afirma. 

“Quando ele veio da Itália para o Brasil, ele tinha uma ideia de que era possível fazer comunicação pelo ar. Naquele momento, só existia o telégrafo”. Almeida explica que o inventor demorou mais de 10 anos para desenvolver o equipamento. Landell voltou ao Brasil em 1886. Os registros mostram que em 1893, apesar dos pedidos para a igreja, ele não conseguiu recursos. Em 1895, o italiano Marconi apresentou o telégrafo. “Mas a diferença fundamental é que Landell conseguiu transmitir a voz”. 

Em 1899, ele convidou empresários em São Paulo para apresentar a novidade, da capela de Santa Cruz, mais precisamente do Colégio Santana, ele conseguiu transmitir os sons até a Ponte das Bandeiras, sobre o Rio Tietê. “Depois, ele fez a mesma experiência em direção à Avenida Paulista. Ele teve a presença do cônsul britânico que assistiu à demonstração”. 

Gênio esquecido

O biógrafo lamenta que, até hoje, Landelll de Moura não tem a fama que poderia ter, inclusive internacionalmente. Também por isso, o biógrafo compreende, que diante dessa injustiça, passou a se dedicar a perseguir os rastros da fantástica história do padre. Para o novo livro, foi aos Estados Unidos e pesquisou também na Itália atrás das pistas. “Cheguei a contratar uma pesquisadora na biblioteca de Nova Iorque para me ajudar. Assim, foi se juntando esse quebra-cabeça. Às vezes, nos livros da igreja, ele não escrevia nada”. 

Por isso, conversar com testemunhas fez as peças se juntarem. Como todas já faleceram, os livros tentarão fazer justiça ao inventor. “Para os fiéis da igreja, não era algo simpático porque ele fugia do tradicional de ficar lá só dentro da igreja. Mas ele tinha essa capacidade intelectual de criar”. Mas voz pelo ar parecia coisa do demônio, apontavam aqueles que davam de ombros para a ciência.

Nos Estados Unidos, ele buscou patentear o rádio, o rádio por ondas de luz e um telégrafo. “Mas ele não ficou lá para comercializar. Ele quis voltar, mas ficou endividado. Infelizmente, no caso dele, o obscurantismo venceu. Caso tivesse vingado a história do padre brasileiro, o Brasil poderia estar na vanguarda da industrialização do aparelho”. 

Depois do rádio, ele começou a estudar outros temas fora das telecomunicações e da religião, incluindo psicologia e outras ciências. Mas ele continuava sendo admoestado pelo bispo. Padre Landell morreu em 1928, vítima da tuberculose, aos 67 anos. “Ele fumava. Não se agasalhava naquele frio de Porto Alegre. Ele dizia que dava a roupa para os pobres. Ele estava muito triste mesmo”. A vacina da tuberculose havia sido descoberta naquela década, mas não a tempo de salvar o homem que se dedicou a Deus e à ciência ao mesmo tempo.

Série de reportagens

Em comemoração aos cem anos do rádio no Brasil, completados em 7 de setembro de 2022, a Agência Brasil  publica uma série de 10 reportagens sobre as principais curiosidades históricas do rádio brasileiro. 

O centenário do rádio no país também será celebrado com ações multiplataforma em outros veículos da EBC, como a Radioagência e a Rádio MEC que transmitirá, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo para abordar diversos aspectos históricos relacionados ao veículo. A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes.

(Fonte: Agência Brasil)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar a formação continuada de professores da rede pública de ensino de dez Estados por meio da realização de novas turmas do Programa de Especialização Docente (PED). A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (30), pela instituição.

Serão capacitados 730 professores, o que deve beneficiar cerca de 292 mil alunos do ensino fundamental e do médio até 2025. Terão prioridade professores que atuem em escolas localizadas em áreas vulneráveis e que tenham menor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Coordenada pelo Instituto Canoa, a iniciativa prevê expansão da rede de formadores do programa, cujo foco é o ensino de matemática e ciências naturais. O Programa de Especialização Docente é desenvolvido em parceria pelo Instituto Canoa, o Lemann Center for Educational Entrepreneurship and Innovation in Brazil, da Universidade de Stanford, Estados Unidos, e 20 instituições de ensino superior brasileiras. O programa prevê abertura de 23 turmas de formação em quatro regiões do Brasil.

Segundo o diretor do BNDES, Bruno Aranha, o projeto contribui diretamente com a Meta 16 do Plano Nacional de Educação, promovendo formação continuada de qualidade, baseada em metodologias inovadoras. “Educação é um dos pilares do desenvolvimento do Brasil. O BNDES está debruçado sobre os desafios para melhorar a qualidade do ensino do país”, disse Aranha.

Ele destacou que o projeto beneficiará mais de 290 mil alunos da rede pública de ensino, buscando reduzir os índices de evasão escolar e melhorando os resultados educacionais do país.

Ampliação

A rede já atua com 376 docentes de 20 instituições de ensino superior brasileiras. Para ampliar a capacidade, o projeto realizará um ciclo de capacitação de mais 100 professores formadores do PED, o que resultará em aumento de 26% sobre o número atual. Haverá ainda esforços para expansão do número de instituições parceiras e do atendimento do programa a novos Estados, inclusive da Região Centro-Oeste, que não foi beneficiada, informou o banco. Os investimentos do projeto somam R$ 11,2 milhões, e haverá ainda apoio financeiro não reembolsável do BNDES no valor de R$ 5,6 milhões, com recursos do Fundo Socioambiental.

De acordo com a diretora-executiva do Instituto Canoa, Mila Molina, o apoio do banco à formação continuada ocorre em um momento muito importante para os professores da educação básica. “Após a interrupção das aulas presenciais causada pela pandemia, os professores terão, pelos próximos anos, o desafio de lecionar em salas de aula extremamente heterogêneas. O currículo da especialização oferecida pelo PED Brasil ajudará os professores a lidar com este novo cenário, transformando a heterogeneidade da turma em um recurso valioso para a aprendizagem de todos os estudantes”.

Programa

O PED consiste em um curso de pós-graduação lato sensu (com carga horária de 360 horas presenciais e duração de 18 a 24 meses), desenvolvido para professores de matemática e ciências naturais atuantes no ensino fundamental ou médio. O curso ocorre de forma sincronizada com o trabalho em sala de aula e enfatiza a conexão entre teoria e prática.

As 20 instituições de ensino superior que compõem a Rede PED Brasil oferecem a especialização com base em uma estrutura curricular comum, sobre a qual são feitas adaptações aos contextos educacionais de cada território. Na prática, o programa está dividido em dez módulos presenciais que incluem aulas, tarefas, leituras e atividades em sala de aula. Além disso, haverá um treinamento estruturado de mentoria, no qual cada professor é acompanhado e apoiado individualmente por uma mentora ao longo do curso.

O tema educação é uma prioridade estratégica para o BNDES, cujo objetivo é contribuir para a transformação da realidade da educação básica e promover a requalificação profissional, priorizando atividades relacionadas a uma nova economia, neutra em carbono e intensiva em tecnologia.

(Fonte: Agência Brasil)

Milton Gonçalves - Rádio Nacional

Morreu nesta segunda-feira (30), no Rio de Janeiro, o ator Milton Gonçalves. Aos 88 anos de idade, ele se recuperava de um acidente vascular cerebral (AVC), sofrido em 2020. Milton deu vida a inúmeros personagens e também se destacou em defesa da categoria artística e pelo movimento negro.

Nascido em 9 de janeiro de 1934, na pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, filho de camponeses, mudou-se com a família ainda pequeno para São Paulo, onde foi aprendiz de sapateiro, de alfaiate e de gráfico. Fez teatro infantil e amador e estreou profissionalmente em 1957, no mítico Teatro de Arena, na peça Ratos e Homens. Depois de uma turnê nacional, decidiu morar no Rio.

“Sofri todos os percalços entendendo, mas não concordando, com o preconceito racial, que foi um trauma na minha vida. Assim, o teatro para mim foi a grande salvação”, revelou, em entrevista ao site Memória Globo.

Milton participou do primeiro elenco de atores da Globo. Ele chegou à emissora a convite do ator e diretor Otávio Graça Mello, de quem fora companheiro de set no filme Grande Sertão (1965), dos irmãos Geraldo e Renato Santos Pereira. Dirigido por Graça Mello, participou das primeiras experiências dramatúrgicas da Globo: o seriado Rua da Matriz, de Lygia Nunes, Hélio Tys e Moysés Weltman, e a novela Rosinha do Sobrado, de Moysés Weltman.

Estreou como diretor de TV na novela Irmãos Coragem (1970), de Janete Clair. A partir daí, esteve em várias produções da emissora: foi o Professor Leão, do infantil Vila Sésamo (1972); o médico Percival, de Pecado Capital (1975); o Filé, de Gabriela (1975), de Walter George Durst; dirigiu os primeiros capítulos da novela Selva de Pedra (1972), de Janete Clair; e, em Roque Santeiro (1985), de Dias Gomes, interpretou o promotor público Lourival Prata.

Milton também participou de uma vasta produção cinematográfica. Foram mais de 50 títulos como Cinco Vezes Favela (1962), Gimba, presidente dos Valentes (1963), A Rainha Diaba (1974), O Beijo da Mulher Aranha (1985), O Que É isso, Companheiro? (1997). Carandoru (2003).

Em 2011, trabalhou na novela Insensato Coração, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares, como Gregório Gurgel. No ano seguinte, voltaria a atuar numa trama de época, ao interpretar o Afonso Nascimento, em Lado a Lado, novela de João Ximenes Braga e Claudia Lage, que ganhou o prêmio Emmy Internacional. Participou ainda de Pega Pega (2017), como Cristovão, e de O Tempo não Para (2018), como Eliseu.

Milton teve passagens pela política, sendo candidato ao governo do Rio, em 1994. Foi também superintendente da Rádio Nacional, nos anos 1980. “A Rádio Nacional é a rádio que estava na minha infância. Eu ouvia suas novelas, com minha mãe passando roupa, com aquele ferro quente à brasa. Era uma rádio que chegava no Brasil inteiro”.

Repercussão

A morte do ator repercutiu nas redes, com diversos artistas se despedindo dele e lembrando o seu legado para a cultura brasileira.

“Me sinto privilegiado por ter te assistido em cena, testemunhado toda sua inteligência cênica e por termos nos encontrado tantas vezes no trabalho. Obrigado por ser inspiração e pelo seu pioneirismo. Receba meu mais caloroso aplauso, seu Milton Gonçalves!”, escreveu Lázaro Ramos

“Quando alguém de tanta importância se despede de nós, sempre me faltam palavras, como agora. Milton Gonçalves era dos mais importantes atores que este país já teve. Milton faz parte da história da TV brasileira. Um gigante da nossa cultura. Um gênio, elegante, brilhante profissional. Foram muitos sets juntos, muitas histórias, muitas famílias. Descanse em paz meu querido colega. Obrigada por tanto, você é eterno”, disse Zezé Motta.

“Um gigante nos deixa! Que perda! Vá em paz e com muita luz, Milton Gonçalves. Um dos maiores atores da televisão brasileira! Milton nos deixou hoje, aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Meus sentimentos aos familiares e amigos”, disse o dramaturgo e escritor Walcyr Carrasco.

“Milton. O seu legado é eterno. Tantas portas você abriu com seu talento, sua firmeza, suas veias saltando. Me sinto honrada de ter seu olhar pra me banhar. Foi meu pai em cena e fora dela. Seu pioneirismo será sempre celebrado. Muito amor a ti”, escreveu Camila Pitanga.

O velório será nesta terça-feira (31), aberto ao público, a partir das 9h30, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.  

(Fonte: Agência Brasil)

Para iniciar as comemorações em homenagem aos 100 anos do início das transmissões de rádio no país, a Rádio MEC e a Rádio Nacional, emissoras públicas geridas pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), organizam um painel para debater o tema no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, amanhã (31), às 18h.

O evento 100 dias para o Centenário do Rádio no Brasil traz um bate-papo a respeito da história e uma projeção sobre as perspectivas para o futuro do veículo. A mesa vai contar com representantes de rádios públicas, do mercado de estações comerciais e de emissoras comunitárias, além de um podcaster.

A plateia também poderá participar fazendo perguntas e interagindo com os debatedores. O evento será transmitido em tempo real pelas redes sociais. Os interessados podem acompanhar o encontro pelo YouTube, Facebook e Twitter da Rádio MEC e da Rádio Nacional.

Durante o encontro com especialistas no assunto, serão lançados o spot da campanha 100 anos do rádio no Brasil, que envolve emissoras públicas e comerciais, e o primeiro interprograma da série de 100 produções diárias de curta duração para a data celebrada em 7 de setembro. 

Outra novidade é o lançamento da playlist do Spotify “Rádio 1950”. A seleção reúne o repertório musical que tocava na programação das estações entre os anos de 1950 e 1959.

Campanha em rede com diversas emissoras

As ações conjuntas para promover as festividades pelos 100 anos das transmissões de rádio no Brasil mobilizam diversas emissoras e organizações do meio. O spot comemorativo para começar a festejar a efeméride conta com várias vozes conhecidas do rádio.

A produção envolveu profissionais de rádios públicas e comerciais. Além da MEC e da Nacional, o spot conta com a participação de radialistas da Rádio Cidade, Paradiso FM, Antena 1, Transamérica, Band News FM e JB FM, emissoras em que o conteúdo de 30 segundos também será levado ao ar. A iniciativa tem o apoio da Associação de Rádios do Estado do Rio de Janeiro.

#VemOuvir

Com cinco minutos de duração, os interprogramas diários sobre o centenário do rádio no país mesclam entrevistas e pesquisas de acervo para abordar diversos aspectos históricos relacionados ao veículo. A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes.

A produção original vai ao ar na Rádio MEC  todos os dias em três horários. O conteúdo também será transmitido por emissoras parceiras da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP) como a Rádio Inconfidência, em Belo Horizonte, e a FM Cultura, em Porto Alegre. Os programetes também serão distribuídos pela Radioagência Nacional e ficarão disponíveis para as emissoras que quiserem utilizá-los.

A locução dos interprogramas é da jornalista Claudia Bojunga, profissional da EBC e bisneta de Edgard Roquette-Pinto, pai da radiodifusão no país. As primeiras edições remetem ao início das transmissões de rádio no país.

Os programetes recordam a importância das experiências pioneiras do Padre Landell de Moura e da Rádio Clube de Pernambuco. Os primeiros conteúdos também destacam a Semana de Arte Moderna de 1922 e a Semana da Independência, no mesmo ano. A Rádio Sociedade do Rio de Janeiro também é lembrada.

Produções especiais em outros veículos da EBC

O centenário do rádio no país também será celebrado com ações multiplataforma em outros veículos públicos da EBC. A Agência Brasil vai publicar dez matérias especiais temáticas enquanto a Radioagência Nacional vai fazer 100 posts com os interprogramas em seu site.

(Fonte: Agência Brasil)