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O primeiro dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 digital e impresso teve 26% de abstenção. Do total de 3,1 milhões de candidatos inscritos, cerca de 2,3 milhões compareceram às provas desse domingo (21), em mais de 1,7 mil municípios. Os números foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Considerando apenas o Enem impresso, que concentra a maior parte das inscrições, 3.040.907, as faltas chegaram a 25,5%. O Estado com a maior porcentagem de faltas foi o Amazonas, com 40,6%. No Enem digital, 46,1% dos 68.893 inscritos não compareceram ao exame. 

“Acredito que o Enem foi um sucesso”, avaliou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em coletiva de imprensa. Segundo ele, mesmo com número reduzido de inscritos, menor que edições anteriores, a porcentagem de faltas, ainda em período de pandemia, foi baixa e se equipara aos índices de abstenção observados antes da pandemia. “Isso demonstra que, mesmo em pandemia, tivemos uma boa assiduidade”, complementou o presidente do Inep, Danilo Dupas.  

Na edição de 2020, aplicada em janeiro deste ano, o primeiro dia do Enem impresso registrou a abstenção recorde de 51,5%. Já no primeiro dia do Enem digital 2020, 68,1% dos 93 mil candidatos inscritos faltaram às provas. 

No primeiro dia do Enem 2021, os estudantes fizeram as provas de redação, linguagens e ciências humanas. O exame continua no próximo domingo (28), quando serão aplicadas as provas de matemática e ciências da natureza. 

Segundo o Inep, os dados apresentados são preliminares. Ainda não há um balanço de quantos estudantes tiveram intercorrências de aplicação, como falta de luz. Esses estudantes terão direito a reaplicação da prova, que será nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022. O período para pedir a reaplicação é de 29 de novembro a 3 de dezembro. 

Os dados da segurança também foram apresentados na pandemia. Segundo a Polícia Federal, foram cumpridos 27 mandados de prisão. Todos de pessoas que já eram procuradas pela polícia por crimes como tráfico de drogas e estupro de vulnerável, e que fizeram inscrição no exame. Não houve intercorrências nas provas. 

Interferência

Na coletiva, Ribeiro voltou a afirmar que não houve interferência no Enem por parte da atual gestão. “Acho que os senhores que tiveram acesso a perguntas que foram feitas, puderam notar que eventualmente segue o mesmo padrão”, disse. E acrescentou: “Se tivesse interferência, poderia ser que algumas perguntas nem estivessem ali”. 

O Enem ocorre em meio a várias polêmicas com a atual gestão do Inep. Na última sexta-feira (19), às vésperas do exame, a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) coletou, organizou e compilou as principais situações enfrentadas pelos funcionários da autarquia, que, segundo a organização, indicam assédio institucional. Neste mês, 37 servidores pediram exoneração de seus cargos, entre eles estão pessoas ligadas ao Enem. O documento foi entregue a uma série de órgãos e instituições, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União. O TCU negou o afastamento do presidente da instituição, Danilo Dupas. 

Enem 2021

O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep. 

Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar, gratuitamente, o Questões Enem, um banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2020. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória.

(Fonte: Agência Brasil)

O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desta edição é “Invisibilidade e Registro Civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”, segundo divulgou o ministro da Educação, Milton Ribeiro, em suas redes sociais. Nesta edição, de acordo com Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o tema da redação é o mesmo tanto para o Enem impresso quanto para o digital.

A aplicação do Enem teve início hoje (21), com uma prova contendo a redação dissertativo-argumentativa e 90 questões objetivas: 45 delas dos componentes linguagens, códigos e suas tecnologias, e 45 de ciências humanas e suas tecnologias. Os candidatos terão até as 19h para terminar o exame. No próximo domingo (28), terão vez as provas de ciências da natureza e suas tecnologias, e matemática e suas tecnologias.

As notas do Enem podem ser usadas para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (Prouni). Para tanto, o candidato não pode tirar nota zero na redação. Os participantes do Enem podem ainda pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), e se candidatar a uma vaga em instituições de ensino superior portuguesas que têm convênio com o Inep.

Motivos para nota zero

Segundo o edital do Enem, são motivos para zerar a redação: 

• fuga total do tema proposto;

• não obediência ao tipo dissertativo-argumentativo;

• extensão de até sete linhas manuscritas, qualquer que seja o conteúdo, ou extensão de até dez linhas escritas no sistema Braille;

• cópia de texto(s) da Prova de Redação e/ou do Caderno de Questões sem que haja pelo menos oito linhas de produção própria do participante;

• impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, em qualquer parte da folha de redação;

• números ou sinais gráficos sem função clara em qualquer parte do texto ou da folha de redação;

• parte deliberadamente desconectada do tema proposto;

• assinatura, nome, iniciais, apelido, codinome ou rubrica fora do local devidamente designado para a assinatura do participante;

• texto predominante ou integralmente escrito em língua estrangeira;

• folha de redação em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho; 

• texto ilegível, que impossibilite sua leitura por dois avaliadores independentes.

Veja os temas das redações de anos anteriores:

Enem 2009: O indivíduo frente à ética nacional

Enem 2010: O trabalho na construção da dignidade humana

Enem 2011:  Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado

Enem 2012: O movimento imigratório para o Brasil no século XXI

Enem 2013:  Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

Enem 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil

Enem 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Enem 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil e Caminhos para combater o racismo no Brasil - Neste ano houve duas aplicações regulares do exame.

Enem 2017: Desafios para formação educacional de surdos no Brasil

Enem 2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet

Enem 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil

Enem 2020: O Estigma Associado às Doenças Mentais na Sociedade Brasileira (Enem impresso), O desafio de reduzir as desigualdades entre as regiões do Brasil (Enem digital) e A falta de empatia nas relações sociais no Brasil (Enem PPL e reaplicação)

(Fonte: Agência Brasil)

lollapalooza 2022

Plateias que podem chegar a 600 mil pessoas reunidas em torno de um palco, cena impensável no auge do período pandêmico, voltarão a ser realidade na capital paulista. Os principais festivais de música internacional já divulgaram datas e algumas atrações. A venda de ingressos de um deles, Lollapalooza, teve início na quinta-feira (18).

Em entrevista à Agência Brasil, o secretário estadual de Turismo de São Paulo, Vinicius Lummertz, disse que a retomada está diretamente relacionada à ampliação da aplicação de vacinas. “Temos que dar a garantia de uma retomada segura. Este ano, foi parcial em eventos médios, mas, no ano que vem, tem Lollapalooza, o The Town [em 2023]; teremos a normalidade, sempre com os cuidados”.

O governo do Estado de São Paulo tem como referência os cuidados sanitários contra a covid-19 aplicados no Grande Prêmio de Fórmula 1, no último domingo (14). Participantes que apresentaram a carteira de vacinação com as duas doses puderam entrar livremente; aqueles cuja carteira tinham apenas uma dose precisaram mostrar um exame PCR negativo realizado até 48 horas antes do evento. Crianças que ainda não receberam a vacina só entraram mediante apresentação do PCR negativo.

Entretanto, os protocolos podem se diversificar, de acordo com Lummertz. “Esse é um quadro evolutivo, vai depender do que acontecer com a vacinação. Por outro lado, continuamos monitorando todos os índices de saúde, internação etc. Monitoramos também, com atenção, qualquer eventual necessidade futura de ampliação de UTIs, o que nós não acreditamos [que seja preciso]”, disse.

A quatro meses do Lollapalooza, os organizadores informam que aplicarão as medidas governamentais que estiverem vigentes.

O festival está marcado para 25, 26 e 27 de março de 2022 no Autódromo de Interlagos. “Esses eventos serão realizados dentro de normas que não colocarão em risco as vidas das pessoas. Mas serão realizados com seu público máximo”, disse o secretário.

As pessoas que adquiriram os ingressos para a edição de 2020, precisaram esperar dois anos para ver seus ídolos de perto. De acordo com a organização, esses mesmos ingressos comprados em 2020 continuam válidos para março. O festival nasceu em 2012 no país e reuniu, em sua última edição, 246 mil pessoas.

The Town

Outro megaevento, com previsão de 600 mil espectadores, foi confirmado em São Paulo, o The Town. Diante da confiança na retomada do setor de entretenimento, o investimento será de R$ 300 milhões, vindos dos mesmos criadores do Rock in Rio, produzindo impacto de R$ 1,2 bilhão no Estado de São Paulo e 27 mil empregos. O evento também está programado para ocorrer no Autódromo de Interlagos em 2, 3, 8, 9 e 10 de setembro de 2023, com a promessa de trazer ao país os principais nomes da música mundial.

Pesquisa realizada pelos organizadores apontaram que 25% dos ingressos vendidos para o Rock in Rio eram para pessoas de São Paulo, e que 85% desses fãs da música gostariam de um evento do mesmo porte acontecendo na capital paulista. “O público do Rio de Janeiro vai vir pra cá [São Paulo] também, como o paulista vai para lá [Rio de Janeiro]. São Paulo é tão grande que o problema não é falta de público, é falta do que fazer aqui. Tem estrada, tem aeroporto, tem tudo. O Brasil precisa disso”, disse o secretário de Cultura, Lummertz.

(Fonte: Agência Brasil)

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 começa a ser aplicado hoje (21), em todo o país, nas modalidades impressa e digital. Tanto as provas quanto o tema da redação serão iguais nas duas versões. Ao todo, 3,1 milhões de candidatos devem fazer o exame em mais de 1,7 mil municípios.

No primeiro dia do Enem, os candidatos responderão a questões objetivas de linguagens e ciências humanas, além de fazer a única prova subjetiva da avaliação, a redação. Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. Não é permitido entrar após o fechamento dos portões. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 e terminam às 19h. O horário é o de Brasília.

Assim como a edição de 2020, o Enem 2021 terá regras especiais por causa da pandemia. O uso de máscara facial será obrigatório nos locais de aplicação. Participantes que estejam com covid-19 ou com outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer ao exame e podem solicitar a reaplicação. O descumprimento das regras poderá levar à eliminação do candidato.

Além da máscara de proteção facial, é obrigatório levar documento de identificação original, com foto. Não são aceitos documentos digitais. Entre as identificações aceitas, estão a Carteira de Identidade, a CNH, o passaporte e a Carteira de Trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997.

Outro item obrigatório é a caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente. Ela é necessária para preencher o cartão de respostas no Enem impresso e para escrever a redação tanto no Enem impresso quanto no Enem digital. É recomendado ainda que os participantes levem lanche e água, já que a prova tem uma duração longa.

É recomendado ainda que se leve o Cartão de Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante.

Caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem, também, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho.

O Enem continua no próximo domingo (28), quando os candidatos farão as provas de matemática e ciências da natureza.

O exame seleciona estudantes para vagas do ensino superior públicas, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.

Questões do Enem

Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar gratuitamente o Questões Enem, um banco que reúne as questões do Enem de 2009 a 2020. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória.

Mais informações sobre a cobertura do Enem na Empresa Brasil de Comunicação (EBC) estão disponíveis aqui.

Acompanhe a cobertura da Agência Brasil sobre o Enem 2021: 

(Fonte: Agência Brasil)

Um sol de verão na paisagem geográfica da ILHA. Um céu límpido, diáfano, num azul esmaecido, um azul na suavidade da cor, um azul com borrões das nuvens alterando o quadro, dando-lhe outra colorização. Mas dominando, totalmente, o Sol-VIDA, o Sol-CALOR. O Sol radiante, fecundando a terra, a terra rica, a terra acolhedora. Um Sol fixo, aparentemente rodando, um Sol que nasce todos os dias e que morre todos os dias. Agoniza. Um Sol que desfalece e que ressurge mais vivo, mais faiscante, mais Sol, exuberante na abundância da luz, no esbanjamento da claridade que fascina, que deslumbra, que irradia, que se extasia diante da Natureza Criadora.

É a paisagem na sua mensagem de Vida. Com as árvores, a descolorização do verde-escuro, do verde molhado de chuva. Do verde suspenso nos galhos distribuindo sombras, sombras do dia, de tarde no envolvimento do Poente. Da manhã na expansão magnífica do nascer, ressurreição da luz, luz em estágios, luz no milagre das energias que criam, que produzem a colheita da fartura.

Tudo assim dominante. Tudo assim que impressiona, que encanta o espírito, que rejuvenesce os sonhos. Tudo assim, festivamente assim, assim luz, assim Vida.

E, diante de todos, a cidade, a cidade que adormece e que acorda, a cidade que se eterniza em nós, em nossas vidas, que está na infância que é o começo, e na velhice, que é o fim. Vida e morte. Sonho e esperança. Alegria e dor. Tristeza e saudade. Depois, este realismo brutal: a vida fugindo da gente, da paisagem, do Sol, da iluminação fascinante dos astros. A vida na moldura de todas as vidas. A vida saindo da VIDA. A vida na caminhada longa das noites intermináveis.

Tudo assim. Assim encantadoramente. Assim desesperadamente.

E, lá no alto, o SOL. O céu azul. As nuvens escrevendo o simbolismo das nossas impressões. Ali, uma criança nasce. Ali, uma criança morre. Ali, a fartura. Ali, a miséria. Ali, um coração que parou. Ali, um coração que começou a pulsar. É sempre isto: os contrastes. Mas com todos, no íntimo, a conformação. Com todos, sempre há a palavra que embala as esperanças e que consola os desenganos. É a vida. É o SOL. Depois, a Noite. Estrelas na iluminação. Focos de luz alumiando a cidade. Adormecendo os sonhos acalentando-os. A noite que sempre chega. Tudo dentro destas impressões que ficam. Impressões que vivem, vibração de nós na Vida, na exaltação dos desejos. Isto sempre.

E a cidade é o palco. O cenário. A personagem. A vida de tantas vidas, o romance de tantos romances. A cidade que continua sempre: que é berço e que é túmulo. A cidade que cresce. Que tem a adubagem do desenvolvimento. Que se veste de ONTEM e de HOJE. Que é Passado e Presente.

E o Sol dominando. Sombras debruçadas nas calçadas, nos caminhos, tomando banho nas fontes, nos córregos, nos rios, nas lagoas quietas. Sombras “na cara geral dos edifícios”. Sombras na luz que é dia e na luz que é noite.

E a vida vivendo, a vida morrendo. A vida em luta, em trabalho. A vida na tormenta de todas as nossas angústias, nossos sofrimentos, nossas alegrias, o nosso pouco de felicidade. Tudo assim no esbanjamento das nossas emoções. Tudo cheio de nós, da poesia que é eterna. Uma canção que se canta sempre. Um verso que se declama sempre. É a paisagem. E este Sol de verão clareando a vida. O Sol filtrando-se por toda a parte, reflexos de luz no ninho dos pássaros e quietude das alcovas, alegrando as almas, despertando-as para o AMOR que é Vida, que é pureza, que é consolação.

No alto, o Sol. Cá embaixo, com o cronista, suas divagações, sua vida na iluminação da luz.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia, 25 de novembro de 1968 (terça-feira).

Neste domingo, continuamos com as...

Flexões Verbais (8ª parte)

Verbos terminados em “-ear” e “-iar”

a) Todos os verbos terminados em “-ear” fazem um ditongo “ei” nas formas rizotônicas (sílaba tônica dentro da raiz = a 1ª, a 2ª  e a 3ª pessoa do singular + a 3ª pessoa do plural dos tempos do presente): ele passeia, freia, saboreia, que eu passeie; nas formas arrizotônicas (a 1ª e a 2ª pessoa do plural dos tempos do presente, todas as pessoas dos tempos do pretérito e do futuro + formas nominais), não há ditongo: passeamos, freando, saboreou:

Formas rizotônicas:

eu passeio, tu passeias, ele passeia, eles passeiam (presente do indicativo);

que eu passeie, tu passeies, ele passeie, eles passeiem (presente do subjuntivo).

Formas arrizotônicas:

nós passeamos, vós passeais (presente do indicativo);

que nós passeemos, que vós passeeis (presente do subjuntivo);

eu passeei, ele passeou, eles passearam; eu passeava, passeara (pretérito);

eu passearei, ele passeará, nós passearemos; eu passearia (futuro);

passeando (gerúndio); passeado (particípio); passear (infinitivo).

b) Os verbos terminados em “-iar” são regulares (= não fazem ditongo): ele copia, premia, anuncia.

Há alguns verbos irregulares (Mediar/intermediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar = grupo do MARIO, como são conhecidos): ele medeia, intermedeia, anseia, remedeia, incendeia e odeia (fazem o ditongo “ei” nas formas rizotônicas).

Exercício

Complete as lacunas com as formas verbais corretas:

1. Alguns pilotos só __________ (fream OU freiam) em cima da curva.

2. Nós __________ (freamos OU freiamos) bem antes.

3. Antes de bater, ele __________ (freou OU freiou) forte.

4. Ele deu uma bela __________ (freada OU freiada).

5. Ela __________ (recea OU receia) viajar de avião.

6. Trata-se de uma pessoa muito __________ (receosa OU receiosa).

7. O filme __________ (estreou OU estreiou) na semana passada.

8. Este ano, ele __________ (ceará OU ceiará) com os pais.

9. É bom que __________ (passeemos OU passeiemos) pela manhã.

10. Eles estão __________ (saboreando OU saboreiando) um bom sorvete.

11. A verdade é que isto não __________ (varia OU vareia).

12. O festival sempre __________ (premia OU premeia) atores novos.

13. Ela nunca se __________ (maquia OU maqueia).

14. Ele sempre __________ (arria OU arreia) a cortina no fim da tarde.

15. Ordenaram que o diretor __________ (negocie OU negoceie) estes títulos.

16. O diretor __________ (ansia OU anseia) por novos contratos.

17. Ele já disse que não__________ (media OU medeia) este caso.

18. Um bom advogado __________ (intermedia OU intermedeia) as negociações sem emoção.

Respostas

Exercício

1. Alguns pilotos só FREIAM em cima da curva.

2. Nós FREAMOS bem antes.

3. Antes de bater, ele FREOU forte.

4. Ele deu uma bela FREADA.

5. Ela RECEIA viajar de avião.

6. Trata-se de uma pessoa muito RECEOSA.

7. O filme ESTREOU na semana passada.

8. Este ano, ele CEARÁ com os pais.

9. É bom que PASSEEMOS pela manhã.

10. Eles estão SABOREANDO um bom sorvete.

11. A verdade é que isto não VARIA.

12. O festival sempre PREMIA atores novos.

13. Ela nunca se MAQUIA.

14. Ele sempre ARRIA a cortina no fim da tarde.

15. Ordenaram que o diretor NEGOCIE estes títulos.

16. O diretor ANSEIA por novos contratos.

17. Ele já disse que não MEDEIA este caso.

18. Um bom advogado INTERMEDEIA as negociações sem emoção.

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 começa a ser aplicado amanhã (21), em todo o país nas modalidades impressa e digital. Tanto as provas quanto o tema da redação serão iguais nas duas modalidades. Ao todo, 3,1 milhões de candidatos farão o exame. 

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela realização das provas, divulgou, nesta semana, os números oficiais do exame, que é a principal forma de ingresso no ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), de obtenção de bolsas por meio do Programa Universidade para Todos (Prouni) e de participação no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Ao todo, 3.109.762 candidatos farão o Enem impresso e 68.891, o Enem digital. A maioria está nos Estados de São Paulo (470.809), Minas Gerais (300.868) e Bahia (239.101). As mulheres representam 61,6% dos candidatos, e as pessoas negras, soma de pretos e pardos, 54% dos inscritos. 

O Enem impresso será realizado em 11.074 locais de prova em 1.747 municípios. Nessa modalidade, são mais de 460 mil pessoas envolvidas na aplicação do exame, entre coordenadores estaduais, municipais, aplicadores, corretores de redação e supervisores. Quase 50 mil pessoas atuam apenas no transporte, segurança e distribuição das provas. Outros mais de 20 mil profissionais dos Correios também fazem parte da operação

Já o Enem digital envolve mais de 17 mil pessoas na realização das provas. O exame nesse formato será aplicado em 831 locais de prova em 99 municípios. 

Este será o segundo Enem aplicado neste ano, já que as provas de 2020 foram adiadas por causa da pandemia e acabaram sendo aplicadas em janeiro e fevereiro.

O que é preciso saber

Assim como a edição de 2020, o Enem 2021 terá regras especiais devido à pandemia. O uso de máscara facial será obrigatório nos locais de aplicação. Participantes que estiverem com covid-19 ou com outras doenças infectocontagiosas não devem comparecer ao exame e podem solicitar a reaplicação. O descumprimento das regras poderá levar à eliminação do candidato.

No dia da prova, além da máscara de proteção facial, é obrigatório levar documento de identificação original, com foto. Não são aceitos documentos digitais. Entre as identificações aceitas, estão a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o passaporte e a Carteira de Trabalho emitida após 27 de janeiro de 1997. 

Outro item obrigatório é a caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente. Ela é necessária para preencher o cartão de respostas no Enem impresso e para escrever a redação tanto no Enem impresso quanto no Enem digital. É recomendado ainda que os participantes levem lanche e água, já que a prova tem uma duração longa. 

É recomendado também que se leve no dia do exame o Cartão de Confirmação da Inscrição. Nele está, entre outras informações, o local de prova. O cartão pode ser acessado na Página do Participante

Caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem, também, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho. 

Primeiro dia de prova

No primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, no próximo domingo (21), os candidatos farão, além das provas objetivas de linguagens e ciências humanas, a única prova subjetiva da avaliação, a redação.

Os portões abrem às 12h e fecham às 13h. Não é permitido entrar após o fechamento dos portões. As provas começam a ser aplicadas às 13h30 e terminam às 19h. O horário é o de Brasília. No próximo domingo (28), os participantes fazem as provas de matemática e ciências da natureza.

Questões do Enem

Para testar os conhecimentos, os estudantes podem acessar, gratuitamente, o Questões Enem, um banco que reúne todas as questões do Enem de 2009 a 2020. No sistema, é possível escolher quais áreas do conhecimento se quer estudar. O banco seleciona as questões de maneira aleatória. 

(Fonte: Agência Brasil)

Publicados por pequenas editoras, selos independentes e até grandes casas editoriais, livros infantis com protagonistas negros, escritos por autores não brancos, são um segmento consistente no Brasil atual. “A gente tem muita oferta”, afirma a pesquisadora e blogueira Luciana Bento (foto em destaque), especialista no tema.

Segundo Luciana, um dos fatores que elevaram a produção desse tipo de conteúdo foi a inclusão do estudo das culturas afro-brasileiras no currículo escolar, definida por lei, em 2003. “Tivemos um boom de publicações com personagens negros”, afirma, ao comentar o impacto da medida.

Proprietária da Africanidades, livraria especializada em autores negros, Ketty Valêncio confirma que há não só um bom número de títulos disponíveis, como publicações que atraem cada vez mais o interesse. “É um mundo muito rico, e tem muita gente procurando”, destaca. É um momento que abre oportunidades que ela mesmo não teve. “Eu penso muito na minha infância. Minha introdução à literatura foi através dos itãs dos orixás. Minha geração desconhecia literatura infantil com recorte étnico-racial”.

Identidade e possibilidades

O contato com os itãs – contos tradicionais da cultura ioruba – ajudaram a abrir as perspectivas de Ketty quando ainda era criança. “Eu me reconhecia nelas, mulheres pretas incríveis”, diz, sobre impressões deixadas pelas histórias dos orixás femininos que conheceu nessa época. É justamente uma ampliação dessa oportunidade que ela enxerga nas infâncias negras no Brasil de hoje. “A literatura infantil é o início de um acolhimento, porque ali você trabalha diversas questões que vão ocorrer na sua vida adulta: autoestima, pertencimento, orgulho da sua história, de onde você vem, da sua ancestralidade”.

Pensando nisso, a professora e pesquisadora Evelin Oliveira se esforça para trabalhar histórias com esse recorte na escola onde dá aulas para crianças, em Carapicuíba, na Grande São Paulo. “No meu planejamento anual, trabalho desde o primeiro dia a vertente da diversidade étnico-racial, com foco na construção dessa identidade. Porque são crianças de 4 a 5 anos e, neste momento, a diversidade precisa estar presente o ano inteiro e não somente em novembro”, afirma, sobre o processo educacional que desenvolve, levando, inclusive, jogos que ela mesmo cria.

Histórias e tradições

Os quebra-cabeças e os jogos de memória são construídos com elementos tradicionais de culturas africanas, como os adinkras – símbolos que remetem a conceitos e histórias. Segundo Evelin, o contato com essas referências ajuda as crianças a estabelecer a própria identidade. “Principalmente as crianças negras, que não se enxergam enquanto negras. Se tem uma criança com pele mais escura, tem aquela pequena discriminação que precisa ser trabalhada em sala de aula”, ressalta, a partir de sua experiência como educadora.

“O passado é uma forma de abrir a conversa com as questões do presente”, relata, em seu trabalho, o historiador e escritor Allan da Rosa. “Pensar família, abrir o linguajar, viajar, mas com as unhas agarradas no tempo da molecada”, diz o autor, sobre os sentimentos durante o processo de construção do livro Zumbi Assombra quem?, publicado em 2017.

O livro surgiu da conversa com uma colega que teve dificuldade em contar a trajetória do líder quilombola Zumbi dos Palmares a um grupo de jovens em um festival literário. “Ela disse que a oficina tinha sido terrível, que ficou uma hora com a molecada, que falou de Zumbi. A molecada ficou com nojo, disse que Zumbi era um cadáver que anda, que assombra. E ela não conseguia lidar com isso”, lembra.

A partir da provocação, Rosa resolveu trabalhar com fantasmas reais e imaginários que rodeiam crianças e adolescentes, mostrando como surgiu a ideia do livro. “Na hora, eu brinquei e disse que Zumbi assombra mesmo os fazendeiros, os racistas”, disse o escritor, trazendo uma desconstrução do imaginário feito por filmes e jogos da cultura de massa.

De acordo com o autor, o diálogo com o público jovem não torna o livro necessariamente infantojuvenil. “Eu o considero um livro para adultos e crianças, poroso. Cada linha ali tem uma razão, um pulso, que é ser lido em voz alta com a molecada ou com os coroas, nossas pessoas mais velhas”. Para Rosa, o projeto é uma publicação para ser lida de forma compartilhada por duas pessoas, ritual que repetiu todos os dias durante a infância do filho, hoje com 14 anos.

Obras que extrapolam o racismo são fundamentais, na opinião de Luciana Bento. “Poder ver histórias em que as crianças negras têm famílias, sonhos, que não estão sofrendo, é muito importante nesse lugar que a gente se encontra, e nesse espelho em que vivemos nossa realidade”, diz a pesquisadora.

A possibilidade de ser retratada passa até por coisas simples, como no caso de sua filha mais velha, Aisha, que tem 9 anos e gosta de encontrar o próprio nome, de origem africana, nas histórias que lê. “Meninas negras que são cientistas, que tem orgulho do seu cabelo, que fazem várias coisas e conseguem se ver como possibilidade de existência”. São horizontes que se abrem pelas várias histórias.

Livros que precisam, segundo Allan da Rosa, trazer os conflitos e contradições do mundo. “Não fugir das nossas contradições é uma marca da nossa ancestralidade, da epistemologia ancestral, da encruzilhada, a roda com a sua abertura. Muito mais do que uma linha que só vai para frente, do que o maniqueísmo. Eu vejo isso na nossa história estética”, diz o escritor.

(Fonte: Agência Brasil)

Quem é o autor da frase que está na Bandeira Nacional do Brasil?

Dois nomes logo são lembrados na resposta: o primeiro é o de Raimundo Teixeira Mendes, escritor, filósofo, maranhense de Caxias, que, em novembro de 1889, repassou, para os governantes da época, o modelo da bandeira brasileira, prontamente adotado e elogiado (claro, registraram-se algumas insatisfações).

O segundo nome vinculado ao lema “Ordem e Progresso” é o do francês Auguste Comte, escritor e filósofo, que queria uma “religião da Humanidade”, criou o Positivismo – filosófico-religioso ou religioso-filosófico – e, em seus textos sobre a causa, cunhou a frase: “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”. Em francês: “L'Amour pour principe, et l'Ordre pour base; le Progrès pour but”.

É patente que o caxiense Teixeira Mendes, à época morando no Rio de Janeiro (RJ), inspirou-se na frase do francês Comte quando pensou no dístico que integraria a Bandeira brasileira, que ele, Teixeira Mendes, criou – e que substituiu a “cópia servil” da bandeira americana então adotada (por quatro dias) como bandeira da novel República sul-americana, em 1889.

Alguns creditam a frase como constante no livro “Testament d'Auguste Comte”, 570 páginas, de novembro de 1896.

Fui pesquisar. Fui ver. Realmente, está ali, na página 90 do “Testament”. A frase francesa distribui-se pela oitava e nona linhas da página e inicia o segundo parágrafo (ou o primeiro, já que as sete linhas anteriores são continuação de parágrafo da página 89).

O “Testament” tem, na verdade, nome mais longo; intitula-se: “TESTAMENT D'AUGUSTE COMTE AVEC LES DOCUMENTS QUI S'Y RAPPORTENT PIÈCES JUSTIFICATIVES PRIÈRES QUOTIDIENNES, CONFESSIONS ANNUELLES, CORRESPONDANCE AVEC Mme. DE VAUX PUBLIÉ PAR SES EXÉCUTEURS TESTAMENTAIRES, CONFORMÉMENT À SES DERNIÈRES VOLONTÉS”.

Como diz o título, foi publicado de acordo com as “últimas vontades” de Comte. Mas o ano de 1896 refere-se à segunda edição. A primeira é de 12 anos antes, 1884. A obra foi publicada por um “fundo tipográfico” da “execução testamentária de Auguste Comte” (“Fonds typographique de l'exécution testamentaire d'Auguste Comte”).

Fui adiante nas pesquisas. A citação constante da edição de novembro de 1896 do “Testament” não caberia, pois a proclamação da república no Brasil dera-se sete anos antes, em 1889 (coincidentemente, em novembro também). Portanto, repita-se, foi neste ano, 1889, que o caxiense Teixeira Mendes apresentou o desenho do nosso pavilhão. Mas como a primeira edição do “Testament” comtiano é de 1884, cinco anos antes da proclamação da república brasileira, a fonte poderia ser essa.

Como disse, fui adiante. Fui ao “site” do prestigioso jornal francês “Le Monde”, um dos mais importantes e mais respeitados do mundo, publicado há 77 anos, desde 19 de dezembro de 1944. Pois bem: no “site” encontro a frase de Comte e o crédito de que ela vem do livro “Système de Politique Positive”, daquele autor. O próprio “site” registra a data de publicação do livro: 1852.

Se forem considerados apenas esses registros, poder-se-ia reivindicar que o caxiense Antônio Gonçalves Dias escreveu a expressão “ordem e progresso” seis anos antes de aparecer, em 1852, a obra “Sistema de Política Positiva”, do francês Auguste Comte.

Com efeito, no dia 8 de maio de 1846, na sua obra “Meditação”, Gonçalves Dias escreveu:

“E não pelejais por amor do progresso, como vangloriosamente ostentais.

Porque a ORDEM E PROGRESSO são inseparáveis: – e o que realizar uma obterá a outra”. (Destaque meu).

*

Portanto, façamos a cronologia:

– 1846, 8 de maio: Gonçalves Dias escreve “ordem e progresso” em seu livro “Meditação” (43 anos antes da proclamação da república no Brasil). A frase é: “Porque a ORDEM E PROGRESSO são inseparáveis: – e o que realizar uma obterá a outra”;

– 1852: publicação do livro “Système de Politique Positive”, de Auguste Comte, onde originalmente está a frase inspiradora do lema “Ordem e Progresso”, constante na Bandeira do Brasil. A frase comtiana, seis anos após a de Gonçalves Dias, é: “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”;

– 1884: primeira edição do “Testament” do francês Auguste Comte;

– 1889, 15 de novembro: Proclamação da República no Brasil;

-- 1889, 19 de novembro (depois oficializado como o Dia da Bandeira brasileira): o caxiense Teixeira Mendes apresenta o desenho da Bandeira brasileira por ele idealizada. Sua sugestão foi imediatamente adotada e não foi demovida por insatisfações de alguns políticos e outros movimentos;

– 1892, novembro: segunda edição do “Testament” de Auguste Comte.

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Em 5 de setembro de 2021 completaram-se 164 anos da morte do escritor e filósofo francês Auguste Comte, que aconteceu em Paris em 5 de setembro de 1857. O nome completo do talentoso francês era Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, e ele nasceu em Montpellier, em 19 de janeiro de 1798. Assim, neste ano de 2021, são 223 anos de nascimento do criador do Positivismo.

Este é um texto aligeirado sobre “anterioridades” relacionadas ao lema “Ordem e Progresso”, que foi apropriado pelo caxiense Raimundo Teixeira Mendes de texto (e ideias) de autoria de um filósofo de que ele era seguidor, Auguste Comte.

Claro que há distinções, diferenciações na textualização de “Ordem e Progresso”: Gonçalves Dias escrevia um romance; Auguste Comte defendia uma causa, queria instituir uma nova religião, por ele considerada a “religião da humanidade”, o Positivismo.

Assim, a palavra “ordem” e a palavra “progresso”, isoladamente ou em conjunto, permeiam os livros, os textos do autor francês, inclusive mesmo antes de sua obra de 1852, considerada a obra-fonte da frase que inspirou o caxiense, maranhense e brasileiro Teixeira Mendes na elaboração da Bandeira de seu país.

Gonçalves Dias dominava o francês, conhecia Paris. Poderia ter tido acesso à obra comtiana? Sim, poderia. Por sua vez, Teixeira Mendes – que conhecia Comte, que conhecia a França e sabia francês – TAMBÉM conhecia seu conterrâneo, o igualmente caxiense, o talqualmente maranhense e patrioticamente brasileiro Gonçalves Dias.

Não tenho dúvidas de que Teixeira Mendes verdadeiramente bebeu na frase de Auguste Comte.

Também não tenho dúvidas de que, consideradas as datas das obras do francês Comte (“Sistema de Política Positiva”) e do caxiense Gonçalves Dias (“Meditação”), este, no mínimo, tem uma certa anterioridade na construção frasal, acrescida de complemento explicativo.

Evidentemente, ninguém tem domínio de tudo o que se escreve e já se escreveu em nosso planeta, nos diversos idiomas, existentes e já extintos. Registros estatísticos nos informam que surge 1 livro novo a cada 30 segundos. Que em UM ANO são UM MILHÃO (1.000.000) de livros, os quais precisariam de 20 quilômetros de estantes para acomodá-los. Tristemente se registra que, para cada livro que um ser humano lesse em 1 dia, ele teria de não ler outros QUATRO MIL livros (4.000).

Desse modo, é quase impossível não haver construções frasais iguais ou assemelhadas nos livros e literaturas deste mundo. Como já escrevi, nós humanos temos de ser ilimitados em nossos limites: temos, em caracteres latinos, apenas 26 letras para escrevermos todos os poemas de amor – e também todas as declarações de guerra;...

... temos apenas 10 algarismos para com eles calcularmos todas as distâncias astronômicas e medirmos as variadas dimensões microscópicas;...

... temos apenas 7 notas musicais, para com elas elaborarmos a sinfonia mais enlevadora e a música brega mais rasgada...

Enfim, somos incontidos em nossas contenções. Somos superposições.

Somos humanos – buscando uma ORDEM no caos ético e o PROGRESSO ante desigualdades sociais.

Somos humanos.

* Edmilson Sanches