A Academia Maranhense de Trovas (AMT) está em festa. Nesta terça-feira (7/12), a instituição comemora 53 anos de fundação e dá posse coletiva a 40 novos integrantes. A cerimônia será realizada durante a 14ª Feira do Livro de São Luís (FeliS), na Praça Mara Aragão, às 16 horas.
Fundada, em 7 de dezembro de 1968, pelo educador, jornalista, poeta e escritor maranhense Carlos Cunha, a academia ficou inativa por 30 anos, após a morte do fundador. Em agosto deste ano, a instituição foi revitalizada por um grupo de trovadores da atualidade, entre eles, a escritora e jornalista Wanda Cunha, filha de Carlos Cunha, atual delegada da União Brasileira de Trovadores em São Luís.
A AMT foi reativada em agosto deste ano, com o intuito de resgatar o Trovadorismo no Maranhão, movimento literário e histórico difundido, no Estado, por Carlos Cunha. Ele fundou a academia em 1968, com outros trovadores. Com a morte do escritor em outubro de 1990, a instituição entrou, aos poucos, em processo de inatividade.
Trinta anos depois, a academia ganha vida nova pelas mãos de Wanda Cunha e de outros trovadores da atualidade. A nova AMT tem como patrono o multiartista Carlos Cunha, em uma justa homenagem a esse representante da literatura de nosso Estado.
No século XXI, a nova academia mescla experiência e juventude na composição de seus integrantes que tomarão posse amanhã. Eles passarão a escrever a nova história do Trovadorismo no Maranhão e o resgate da memória de seus precursores.
Nomes como João Lisboa, Maria Firmina dos Reis, Gonçalves Dias, José Nascimento Moraes Filho, João Mohana, Paulo Augusto Nascimento Moraes, Bandeira Tribuzi, Nicanor Azevedo, Mariana Luz, Laura Rosa (Violeta do Campo), Artur Azevedo, Nauro Machado e tantos outros da literatura maranhense são homenageados como patronos das 40 cadeiras dos novos acadêmicos.
Carlos Cunha, o patrono da AMT atuou de forma direta na cultura do Maranhão e coexistiu como se fosse muitos. Poeta romântico, simbolista e moderno; jornalista independente; professor autêntico; historiador aguçado; trovador revolucionário; e exímio declamador; crítico literário e um estudioso que transpôs as fronteiras acadêmicas comportadas. Pertenceu a várias entidades culturais, entre as quais, a Academia Maranhense de Letras; o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão; a União Brasileira de Trovas (UBT), sendo o primeiro delegado no Maranhão e teve assento em outras entidades de respaldo no Brasil. Fundou escola, jornais e publicou mais de 35 livros.
(Fonte: Assessoria de imprensa)