Skip to content

5

Resolução do Ministério da Educação (MEC), homologada nessa quarta-feira (17), autoriza o uso do nome social de travestis e transexuais nos registros escolares da educação básica. A norma busca propagar o respeito e diminuir estatísticas de violência e abandono da escola em razão de bullying, assédio, constrangimento e preconceitos. O nome social é aquele pelo qual as travestis, mulheres trans ou homens trans optam por ser chamados, de acordo com sua identidade de gênero.

“Essa era uma antiga reivindicação do movimento LGBTI [lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais] que, na verdade, representa um p0rincípio elementar do respeito às diferenças, do respeito à pessoa e, ao mesmo tempo, de um combate permanente do Ministério da Educação contra o preconceito, o bullying, que, muitas vezes, ocorre nas escolas de todo o país. É um passo relevante para o princípio do respeito às diferenças e o combate aos preconceitos”, enfatizou o ministro Mendonça Filho ao homologar o texto, que foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação em setembro do ano passado.

A resolução ainda será publicada no Diário Oficial da União. Com a edição da medida, o ministério atende à demanda de pessoas trans que querem ter sua identidade de gênero reconhecida. Em 2015, uma resolução do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNDC/LGBT) definiu parâmetros para acesso e permanência de pessoas trans em diferentes espaços sociais, entre eles o direito ao uso do nome social nas redes de ensino.

A realidade, no entanto, não está de acordo com essa recomendação do conselho, que não tem força de lei. Presidenta da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson afirma que a exclusão sofrida pelas pessoas trans no Brasil também é visível no ambiente escolar. “Quem mais está fora desse espaço da escola é a população trans, porque a escola não se preparou para nos receber”, critica.

No Ceará, essa situação foi vivenciada pela estudante Lara, de 13 anos. No ano passado, ela passou a se reconhecer como mulher e, por causa disso, a sofrer preconceitos no ambiente escolar, chegando a ser “convidada” a sair da Escola Educar Sesc. A mãe, Mara Beatriz, conta que a adolescente foi vítima de várias violências por causa de sua identidade de gênero. O nome civil dela, masculino, era utilizado em todos os registros escolares escritos, como em provas e boletins. A estudante não tinha acesso ao banheiro feminino e, para não usar o masculino, teve que se limitar a ir apenas ao banheiro da coordenação. Até o direito de ter o nome social garantido na carteirinha de estudante, que era assegurado pelo órgão emissor do documento, foi inviabilizado pela escola, que não confirmou a matrícula da estudante ao órgão.

“Era algo que causava muito sofrimento, porque antes aquele era um ambiente em que ela se sentia muito bem na escola, onde estudava desde os 2 anos de idade”, lembra a mãe, que decidiu usar as redes sociais para denunciar o preconceito contra a filha. Sete dias depois das denúncias e de o caso ter ganhado repercussão na mídia, o Sistema Fecomércio, que controla a escola, informou que havia ocorrido “uma falha pontual interna” e que o nome social da estudante havia sido regularizado em todos os documentos.

Além disso, a instituição se comprometeu a estimular o debate sobre questões de gênero com toda a comunidade escolar e a adotar ações permanentes de combate ao preconceito.

Para evitar que esse tipo de situação se repita, a nova resolução do MEC estimula que as escolas de educação básica estabeleçam diretrizes e práticas para o combate a quaisquer formas de discriminação em função de orientação sexual e identidade de gênero de estudantes, professores, gestores, funcionários e respectivos familiares na elaboração e implementação de suas propostas curriculares e projetos pedagógicos, além de estimular e respaldar quem já utiliza o nome social. A educação básica inclui a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.

A falta de reconhecimento leva à ausência de dados sobre a situação. Não há estudos específicos ou informações oficiais sobre o número de pessoas trans nas escolas, algo que poderá a ser mensurado a partir da adoção da resolução do MEC. “A partir disso, a gente espera ter uma dimensão de quem são as pessoas trans que estão nas escolas”, disse Keila, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Ela destaca que o acompanhamento das pessoas trans que fazem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) só se tornou possível em 2014, quando os candidatos passaram a poder usar o nome social. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas 303 pessoas optaram por usar nome social no Enem do ano passado.

Mais direitos

A luta pela garantia dos direitos da população trans tem provocado mudanças em outras áreas. Desde 2013, o Ministério da Saúde possibilitou que travestis e transexuais passassem a usar o nome social no Cartão SUS. “Não é uma tarefa simples, a gente trabalha todo dia para que os espaços adotem iniciativas como essa e respeitem o que está posto”, afirma Keila. Em 2017, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que transexuais têm direito à alteração do gênero no registro civil, mesmo sem realização de cirurgia de mudança de sexo.

No Supremo Tribunal Federal (STF), estão em debate o direito dessas pessoas usarem o banheiro condizente com a identidade de gênero que elas reivindicam, bem como a possibilidade de transexuais alterarem o nome no registro civil sem a realização de cirurgia de mudança de sexo.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) escolheu o Ceará para começar a elaborar as estratégias de instalação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a educação infantil e o ensino fundamental. As diretrizes, que definem a aprendizagem essencial que todos os alunos, tanto na rede pública como particular, devem adquirir na escola, foram homologadas em dezembro e entram em vigor em janeiro de 2019.

O secretário da Educação Básica do MEC, Rossieli Silva, reuniu-se nessa terça-feira (16), em Fortaleza, com o secretário da Educação do Ceará, Idilvan Alencar, e com o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais (Undime), Aléssio Costa Lima, para debater o assunto e conhecer as experiências do Estado que podem auxiliar na construção e revisão dos currículos, material didático e formação de professores.

Silva destacou o modelo do Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic), criado há 10 anos, no Ceará, e que reduziu de 32% para 0,7% o número de crianças não alfabetizadas até o fim do segundo ano.

“A base trouxe essa decisão de, na alfabetização, seguir o exemplo do Ceará e ter a alfabetização feita até o segundo ano. O restante será feito respeitando o contexto local. O currículo não será definido por Brasília ou por gabinetes, mas pela participação dos professores num processo que já é feito aqui no Estado”, disse o representante do MEC.

Idilvan Alencar, que também preside o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), explicou que o programa cearense criou formas de cooperação entre o Estado e os municípios que podem facilitar a instalaação da BNCC e servir de exemplo para o Brasil.

“Implantar a base significa desenvolver currículos e materiais didáticos novos. É um grande desafio, pois o documento oportuniza direitos iguais para todos. Defendemos uma boa implantação, com a participação de professores e diretores e, aqui do Ceará, vamos ajudar nacionalmente”, acrescentou Idilvan.

A elaboração ou atualização dos currículos é um dos primeiros passos da instalação da Base Nacional Comum Curricular. Segundo Aléssio Costa Lima, da Undime, os currículos podem ser municipais, regionais ou estaduais e devem envolver todos os atores.

“Queremos uma discussão articulada, subsidiada pelo Ministério da Educação, que propicie aos municípios criar redes de colaboração para ter currículos que reflitam as realidades locais. É preciso ter uma formação intensa das equipes técnicas das secretarias de Educação e, a partir daí, traçar os passos para que esta discussão chegue na ponta, ao professor, e que ele participe de forma muito crítica para poder vivenciar a BNCC de forma prática”, enfatizou Rossieli.

Nesta quarta-feira (17), em Brasília, o MEC dá prosseguimento aos debates sobre a instalação da Base Comum Curricular, em reunião com representantes de outros Estados e de entidades da sociedade civil.

(Fonte: Agência Brasil)

6

As inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) do primeiro semestre de 2018 estarão abertas do dia 6 a 9 de fevereiro. A inscrição é feita, exclusivamente, pela internet, no site do ProUni.

O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 14 de fevereiro, e o da segunda, no dia 2 de março. O ProUni seleciona estudantes para receber bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Pode participar do programa o candidato que não tenha diploma de curso superior e tenha feito a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 e obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas do Exame. Outra condição é ter obtido nota na redação que não seja zero.

É preciso ainda que atenda a, pelo menos, uma das condições: ter cursado ensino médio completo em escola pública; ter cursado ensino médio na rede privada com bolsa integral; ter cursado ensino médio parcialmente da rede pública e privada, nesse caso como bolsista integral; ser pessoa com deficiência; ser professor da rede pública no efetivo exercício do magistério da educação básica.

Poderá concorrer a uma bolsa integral quem tem renda familiar bruta mensal per capta de até um salário mínimo e meio. Pode se inscrever para as bolsas parciais quem tem a renda familiar bruta mensal per capta de até três salários mínimos.

(Fonte: Agência Brasil)

6

O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no centro do Rio de Janeiro, comemorou, nesse sábado (13), 81 anos de fundação com a inauguração de duas exposições: A reinvenção do Rio de Janeiro: Avenida Central e a Memória Arquitetônica do MNBA e O Espaço da Arte. A primeira traz pinturas, documentos, objetos, gravuras e fotografias que resgatam a história da instituição, que teve origem na Academia Imperial de Belas Artes, e a segunda é uma prévia do cenário da nova Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea do museu, que, em breve, será reformulada.

Os curadores dividiram a mostra A reinvenção do Rio de Janeiro: Avenida Central e a Memória Arquitetônica do MNBA em três eixos. No primeiro, são enfocados a Academia Imperial de Belas Artes, fonte da coleção do MNBA, e os desenhos do arquiteto que concebeu a academia, o francês Grandjean de Montigny.

O segundo eixo, intitulado Avenida Central, trafega pela modernização do Rio de Janeiro. Dele faz parte a inauguração, em 1904, da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco. A terceira parte da exposição aborda a preservação do museu, mostrando a restauração do prédio, cuja inauguração completa 110 anos neste ano.

“A exposição coroa o final das comemorações dos 80 anos do museu e trata especificamente do prédio. A gente trata o prédio como se fosse a primeira obra de arte do museu”, disse uma das curadoras, Lúcia Ibrahim. “A gente conta a história dele inserida no contexto da criação da Avenida Central”.

O Espaço da Arte

A outra mostra aberta nesse sábado, O Espaço da Arte, constitui uma prévia do cenário da nova Galeria de Arte Brasileira Moderna e Contemporânea do museu, que, em breve, será reformulada. A exposição reúne 51 obras da coleção do MNBA, incluindo nomes como Iberê Camargo, Guignard, Ivan Serpa, Cândido Portinari, Flávio de Carvalho, Djanira e Fayga Ostrower.

Segundo a diretora do MNBA, Monica Xexéu, a exposição busca refletir a noção do espaço e as transformações visuais na arte brasileira ao longo das últimas décadas.

“O objetivo foi trabalhar a espacialidade da obra de arte. A mostra foi dividida em três núcleos que mostram como o artista trabalhou o espaço da obra”, disse uma das curadoras, Laura Abreu. “No primeiro núcleo, a gente vê alguns artistas como Guignard, Portinari e Djanira. Nas obras selecionadas, ainda é possível identificarmos uma relação com a realidade”, ressaltou Laura.

No segundo núcleo, dizem os curadores, as obras assumem a postura investigativa de experimentar e entender as possibilidades e caminhos para a espacialidade num lugar entre a figuração e a abstração. É exemplo desse momento o quadro Cidade Iluminada, de Antonio Bandeira.

No terceiro núcleo, a abstração é assumida, informou o curador Daniel Barreto. “Em todas as salas, a gente colocou uma obra do Iberê Camargo, porque ele acompanha a transformação e vivencia todas essas espacialidades na sua obra. É muito didático porque você identifica todos esses momentos com muita clareza”.

(Fonte: Agência Brasil)

6

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, deu posse nessa sexta-feira (12), no Rio de Janeiro, à nova diretora do Centro Técnico Audiovisual (CTAv), Daniela Pfeiffer. Na cerimônia, ambos apresentaram um projeto para a realização de várias atividades previstas até o fim de 2018. O foco do órgão será a capacitação, mas também haverá preocupação com a preservação de acervo, a divulgação de conteúdo audiovisual e o estimulo à pesquisa.

Daniela Pfeiffer é produtora cultural, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e possui 17 anos de experiência no mercado audiovisual. Em seu discurso, o ministro Sá Leitão disse que ela terá o desafio de realizar quatro anos em um. "Identificamos que o CTAv pode ser o principal executor de uma política de formação e de capacitação no audiovisual e que tenha alcance nacional", avaliou.

Fundado em 1985, o CTAv é fruto de uma parceria entre a extinta Embrafilme e a canadense National Film Board (NFB). Na época, o acordo de cooperação tinha como objetivo o apoio ao desenvolvimento da produção cinematográfica brasileira, dando prioridade ao realizador independente de filmes de curta, média e, eventualmente, longa-metragem. De lá pra cá, o CTAv passou por diversas transformações, vinculou-se a distintos órgãos, mas permaneceu sendo um referência como polo de apoio à produção independente. Em 2003, foi incorporado à estrutura da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, na qual permanece desde então.

Entre as atividades previstas para 2018, estão cursos presenciais em diversos Estados e, também, virtuais por meio de ferramentas digitais, apoio técnico a produções audiovisuais incluindo o empréstimo de equipamentos e a disponibilização de estúdios para produções de baixo orçamento, além da oferta de suporte aos realizadores. Também faz parte do projeto uma interlocução com a população do entorno da sede do CTAv, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, uma área cercada por comunidades.

“Hoje, um desafio que todos nós temos é dar um sentido e muitas vezes um sentido profissional aos nossos jovens, sobretudo nas periferias. Muitas vezes, os jovens não se sentem estimulados pelo tipo de emprego que lhes é ofertado. Sobretudo aqueles que já têm uma inserção no mundo digital ou que já têm uma tendência para a proatividade e não se interessam por atividades meramente mecânicas. E aí entra a atração da economia criativa”, disse Sá Leitão. Haverá cursos presenciais específicos para os jovens que vivem nas proximidades da sede de Benfica. O CTAv também planeja oferecer uma sala de cinema com programação regular e aberta à comunidade. Outra meta é abrir, em cidades diferentes, mais salas de cinema vinculadas ao órgão.

Mudanças

A chegada de Daniela Pfeiffer ao CTAv é parte das mudanças em curso no Ministério da Cultura. Recentemente, houve mudanças nas dinâmicas do comitê gestor do Fundo Setorial do Audiovisual e do Conselho Superior de Cinema. Além disso, na semana passada, foi nomeado Christian de Castro como novo diretor-presidente da Agência Nacional de Cinema (Ancine), substituindo Débora Ivanov.

“Acho que nós podemos nos desenvolver mais e obter mais resultados para o setor de audiovisual e para a própria sociedade. O CTAv tem um potencial imenso que não vinha sendo trabalhado. Talvez por ficar ali em Benfica e longe de Brasília, ele ficou esquecido pelo ministério”, disse o ministro. Segundo ele, o Ministério da Cultura precisa pensar grande e, por isso, será entregue, em breve, ao presidente Michel Temer uma minuta para um Projeto de Lei ou para uma Medida Provisória que determine o repasse de 3% da arrecadação das loterias federais para a pasta. "Esse repasse já é estabelecido pela legislação atual, mas não acontece porque os recursos vão para o Tesouro e acabam não cumprindo a sua finalidade legal”.

Para Sá Leitão, com estes recursos seria possível ter o maior programa de fomento direto à cultura já realizado no Brasil, com, aproximadamente, R$ 350 milhões, investimento que ajudaria a produzir renda e emprego no país. “O nosso desafio central é tornar o Ministério da Cultura relevante para a cultura e para a sociedade brasileira. Fazer com que ele retome a relevância. Ao longo do tempo, ele foi perdendo a sua importância e se apequenando de alguma maneira”, acrescentou.

A nova diretora do CTAv, Daniela Pfeiffer, disse ter ciência de que o orçamento do ministério não cobrirá todos os projetos, mas avaliou que eles são viáveis buscando recursos e parcerias fora da pasta. Ela também afirmou que as atividades de capacitação, sejam cursos, oficinas ou workshops, deverão levar em conta demandas do mercado. Segundo Pfeiffer, são quase 2 mil produtoras credenciadas na Ancine. “Não queremos só formar, queremos formar e ter interlocução com o mercado. E também para que esses formados possam ter uma fonte de renda e possam fazer disso uma carreira”.

(Fonte: Agência Brasil)

6

O Ministério da Educação antecipou em um dia a divulgação do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. A partir de 18 de janeiro, os estudantes poderão consultar os resultados individuais na Página do Participante, na internet. A nova data foi divulgada, nesta sexta-feira (12), pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

É necessário informar o CPF e a senha cadastrada no momento da inscrição no Enem. Quem não se lembra da senha pode recuperá-la na Página do Participante. É com ela que o estudante também terá acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que ficará aberto de 29 de janeiro a 1º de fevereiro.

Os resultados dos participantes com menos de 18 anos, comumente chamados de treineiros, serão liberados 60 dias depois da divulgação regular. O mesmo prazo vale para os espelhos de correção das redações. O acesso ao espelho de correção é uma forma de o participante saber como se saiu em cada uma das cinco competências avaliadas pela prova.

Os estudantes podem usar o resultado das provas do Enem em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sisu, para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

(Fonte: Agência Brasil)

Manual de redação e estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Saldo
Não use “saldo” para acidentes, incêndios, tumultos etc., em frases como: O “saldo” do acidente foram X mortes. Uma opção: O acidente deixou 3 mortos e 12 feridos.

O português do dia a dia – Prof. Sérgio Nogueira
SALDO
É tão repetido que pegou ares de lugar-comum. “Saldo” não serve para acidentes, catástrofes ou epidemias. Evite: “O saldo do terremoto na Índia foram 30 mil mortes”.

Tira-dúvidas da língua portuguesa – Antônio Mesquita
Saldo / saudo
Saldo está diretamente ligado a valores financeiros e transações comerciais. Evite seu uso para enumerar valores humanos ou conquistas espirituais.
A cruzada rendeu um saldo de cem conversões.
A cruzada rendeu cem conversões a Cristo.
A cruzada teve o saldo de cem conversões.

Também é cacoépia de saúdo.
Saldo a todos com a Paz do Senhor!

Acrescentando...
DICIONÁRIO “AURÉLIO”
saldo1[Do it. saldo.]
Substantivo masculino.
1. Diferença entre receitas e despesas: saldo orçamentário; O saldo das transações com o exterior foi positivo. 2. Cont. Diferença entre o total de créditos e o total de débitos lançados numa conta. 3. Resto1 (2). 4. Resto do estoque de certa mercadoria vendida com desconto pelos negociantes. 5. Diferença entre o número de pontos, etc., a favor e contra: saldo de gois, saldo de vitórias. 6. Resultado, consequência: A brincadeira acabou em conflito, envolvendo todo o mundo, e o saldo foi um morto e dois feridos.  7. Fig. Desforra, vingança, desforço.

Saldo credor
1. Cont. Saldo (2), quando o total de créditos é superior ao de débitos.

Saldo devedor
1. Cont. Saldo (2), quando o total de débitos é superior ao de créditos.

Saldo médio
1. Econ. Numa conta bancária, a média do saldo credor de depósitos, em certo período: Este banco só dá cheque especial a clientes com saldo médio alto.

DICIONÁRIO “HOUAISS”
SALDO
 substantivo masculino
1 Rubrica: contabilidade.
diferença entre duas somas de débito e de crédito que as iguala ou fecha
2 excedente da receita sobre a despesa prevista ou empenhada
3 resto de uma quantia a pagar ou a receber
Ex.: resta um pequeno s. para quitar o apartamento
4 resto do sortimento de certas mercadorias, posto à venda por preço mais baixo
5 diferença de vantagem por uma de duas coisas comparadas e confrontadas
Ex.: s. de pontos
6 resultado, consequência
Ex.: o s. da tragédia foi mais de uma centena de mortos

DICIONÁRIO “CALDAS AULETE”
SALDO (sal.do)
sm.
1. Numa conta bancária, diferença entre o crédito e o débito; total de dinheiro disponível 2. O restante de uma quantia que se paga ou se recebe em prestações 3. A diferença estabelecida entre o ativo e o passivo de um patrimônio 4. Mercadoria em final de estoque vendida com desconto; LIQUIDAÇÃO 5. Fig. Resultado ou consequência de um fato: A enchente deixou um saldo de 35 barracos destruídos 6. Diferença entre o número de pontos (a favor ou contra) concedidos a duas ou mais pessoas, grupos. equipes esportivas etc. (saldo de vitórias) 7. Fig. Desforra, vingança [F.: Do it. saldo. Hom./Par.: saldo (sm.), saldo (fl. de saldar).]

Saldo credor
1 Cont. A diferença entre o total dos créditos e o total dos débitos de uma conta, quando aquele é maior do que este.

Saldo devedor
1 Cont. A diferença entre débitos e créditos, quando aqueles são superiores a estes.

Saldo médio
1 Econ. Média dos saldos diários de uma conta bancária.

4

O Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (Profsocio) está com as inscrições abertas até 30 de janeiro. O Profsocio é gratuito e presencial, em nível de pós-graduação stricto sensu, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), autarquia vinculada ao Ministério da Educação. O programa é oferecido em nove instituições de ensino superior públicas brasileiras, sob coordenação da Universidade Federal do Ceará (UFC). As inscrições custam R$ 60. As aulas estão previstas para começar em março.

A oferta de vagas é simultânea em todo o Brasil, por meio do Sistema Universidade Aberta Brasil, conferindo o título de Mestre em Sociologia. O objetivo do programa é propiciar um espaço de formação continuada para professores de sociologia que atuam na educação básica ou aos que desejam atuar nesta área. As aulas poderão ser ministradas de segunda-feira a sábado, em períodos determinados, segundo o calendário de cada uma das instituições, a ser divulgado em edital específico de matrícula.

As linhas de pesquisa são educação, escola e sociedade; juventude e questões contemporâneas, e práticas de ensino e conteúdos curriculares. O Profsocio tem a duração de 24 meses, período em que deverão ser cursadas seis disciplinas obrigatórias e duas optativas, equivalentes a 450 horas e 30 créditos, com defesa de trabalho final de conclusão de curso.

O processo de seleção será realizado em duas fases. A primeira é a prova escrita de conhecimentos e a segunda é a defesa da carta de intenções. A prova tem caráter eliminatório e classificatório, com peso equivalendo a 60% do resultado final, e terá duração de quatro horas. Já a defesa da carta será presencial perante a comissão de seleção e admissão da instituição associada escolhida no ato da inscrição pelo candidato.

Instituições

Os candidatos poderão se inscrever para o mestrado em uma das instituições que participam do programa: Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), em Recife; Universidade Estadual de Londrina (UEL), em Londrina (PR); Universidade Estadual do Vale do Acaraú (UVA), em Sobral (CE); Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), em Marília (SP); Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em Campina Grande e em Sumé (PB); Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza; Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Juazeiro (BA).

A coordenadora nacional do programa, Danyelle Nilin, professora da UFC, explica que é a primeira vez que o programa é realizado nacionalmente. Antes, o mestrado profissional nos moldes do que está em curso era oferecido pela Fundaj.

“A intenção é qualificar mais o professor de sociologia, refletindo sobre as práticas pedagógicas, tentando dialogar sociologicamente com a realidade em sala de aula onde o professor já atua, aplicar diferentes ferramentas de ensino, desenvolver pesquisas e, por fim, ter um intercâmbio de experiências, já que temos instituições de todo o país participando do programa”, explicou a coordenadora.

Para Joanildo Burity, pesquisador da Fundaj que, ao lado da também pesquisadora Viviane Toraci, coordena o Profsocio pela Fundação, o mestrado cumpre um papel importante para o cenário educacional nacional.

"Há um diagnóstico de que, entre os professores que ensinam sociologia, menos de 20% tem formação em sociologia, seja graduação ou pós-graduação. Então, o Profsocio também é voltado para esses profissionais", aponta Burity. “Participamos da concepção do Profsocio, em 2015, e lideramos esse processo de concretização da proposta. Todas as instituições estão empenhadas para cumprir os objetivos estabelecidos”.

As inscrições deverão ser realizadas exclusivamente pela internet, por meio do preenchimento de formulário eletrônico disponível na página do programa, onde também está disponível o edital do certame.

(Fonte: MEC)

8

O Ministério da Educação publicou no Diário Oficial da União da última sexta-feira (5), a Portaria nº 4/2018, que institui o Programa Mais Alfabetização. O objetivo é fortalecer e apoiar as escolas no processo de alfabetização dos estudantes de todas as turmas do primeiro e segundo anos do ensino fundamental. Entre as principais ações estão a garantia do assistente de alfabetização ao professor em sala. A expectativa é atender a 4,6 milhões de estudantes em 200 mil turmas em todo o país. O investimento será de R$ 523 milhões em 2018.

A ministra da Educação substituta, Maria Helena Guimarães de Castro, defende o apoio aos professores como importante ferramenta para melhorar a alfabetização das crianças de todo o país. “O apoio virá tanto no mestrado profissional para os professores que atuam no primeiro e segundo anos do ensino fundamental, como a residência pedagógica para os futuros professores, com 80 mil vagas a partir de 2018 e ênfase na alfabetização”, disse.

No Mais Alfabetização, todo professor regente contará com o apoio de um assistente de alfabetização para o desenvolvimento de atividades pedagógicas. Haverá apoio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), com recursos específicos para a contratação desses assistentes e para a realização de atividades voltadas para as turmas de primeiro e segundo anos do ensino fundamental.

Tudo será feito de acordo com a organização de cada escola, que deverá seguir orientação da secretaria de educação e o seu próprio projeto político pedagógico. O apoio também se dará por meio do fortalecimento da gestão das secretarias de educação e escolas, da formação inicial e continuada, além de material didático, que serão selecionados pelos Estados e que podem ser próprios ou pré-qualificados. Em qualquer das opções, deverá ser focado na prática para professores e alunos, realizado em regime de colaboração e privilegiando o protagonismo das redes.

Nas escolas mais vulneráveis, onde mais da metade dos estudantes tiveram desempenho insuficiente na Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), em 2016, serão 10 horas por semana com os assistentes de alfabetização. Nas demais, as atividades terão cinco horas semanais. No Programa Mais Alfabetização, as escolas e redes farão ainda avaliações periódicas para acompanhar a aprendizagem das crianças e dar suporte ao replanejamento do trabalho desenvolvido pelas escolas considerando os resultados obtidos com o programa.

Formação

A formação também será focada no protagonismo para as redes, centrada na prática e realizada em serviço. A formação continuada de professores regentes beneficiará também mestrado profissional em alfabetização e didática aplicada, com foco na alfabetização e gestão da aprendizagem. No caso dos assistentes de alfabetização, serão realizadas oficinas com foco na alfabetização e gestão da aprendizagem. Gestores das escolas e equipes técnicas também serão capacitados.

No caso da formação inicial, a articulação do Mais Alfabetização com a Política Nacional de Formação de Professores vai direcionar os estudantes de pedagogia e licenciaturas afins para residência pedagógica nos primeiros e segundo anos do ensino fundamental.

“Recentemente, divulgamos os resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização e vimos que os resultados são muito preocupantes, sem qualquer avanço nos últimos anos”, ressaltou o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares. “Como resposta nós criamos o Mais Alfabetização, que vai levar um assistente de alfabetização para cada um dos professores do Brasil, em todas as turmas com mais de 10 alunos matriculados, garantindo que o professor possa dar mais tempo de qualidade no atendimento aos alunos, visando a melhoria e a qualidade da aprendizagem no processo, que é o mais importante de toda a educação”.

Alfabetização

O programa Mais Alfabetização faz parte de várias ações que respondem a um cenário preocupante revelado pelos resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) de 2016, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) no final de 2017.

De acordo com a ANA, os níveis de alfabetização das crianças brasileiras em 2016 são praticamente os mesmos que em 2014. Os resultados revelaram que 54,73% dos estudantes acima dos 8 anos, faixa etária de 90% dos avaliados, permanecem em níveis insuficientes de leitura. Encontram-se nos níveis 1 e 2 (elementares). Na avaliação realizada em 2014, esse percentual era de 56,1. Outros 45,2% dos estudantes avaliados obtiveram níveis satisfatórios em leitura, com desempenho nos níveis 3 (adequado) e 4 (desejável). Em 2014, esse percentual era de 43,8.

O desempenho dos estudantes do terceiro ano do ensino fundamental matriculados nas escolas públicas permaneceu, estatisticamente, estagnado na avaliação durante esse período. Os resultados revelam ainda que parte considerável dos estudantes, mesmo tendo passado por três anos de escolarização, apresentam níveis de proficiência insuficientes para a idade. A terceira edição da ANA foi aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) entre 14 e 25 de novembro de 2016. Foram avaliadas 48.860 escolas, 106.575 turmas e 2.206.625 estudantes.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, determina o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo.

A Portaria 4/2018 observa que “em média, 97% das crianças brasileiras estão matriculadas no primeiro ano e que o processo de alfabetização é a base para garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem durante toda a vida para todos”. Diante disso, o programa Mais Alfabetização vem para reforçar a necessidade de fortalecer o aprendizado desses alunos em sua fase inicial.

Para ser considerado alfabetizado, o estudante deve compreender o funcionamento do sistema alfabético de escrita; construir autonomia de leitura e se apropriar de estratégias de compreensão e de produção de textos. Já em matemática, deve aprender a raciocinar, representar, comunicar, argumentar, resolver problemas em diferentes contextos, utilizando conceitos, procedimentos e fatos matematicamente.

Adesão

A partir de 12 de janeiro, os Estados e municípios terão 30 dias para fazer a adesão ao programa pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do MEC (Simec). A expectativa é que o programa esteja em pleno funcionamento a partir de março.

(Fonte: MEC)

Morreu, na noite dessa sexta-feira (5), o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, aos 91 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro.

Quinto ocupante da Cadeira nº 3 da Academia Brasileira de Letras (ABL), foi eleito em 23 de março de 2000 e tomou posse em 31 de maio do mesmo ano.

Cony nasceu no Rio em 14 de março de 1926. Começou a carreira em 1952 como redator da Rádio Jornal do Brasil. Também passou pelas redações do Correio da Manhã, da Folha de S. Paulo e da rádio CBN.

Como escritor, ganhou três prêmios Jabuti pelos romances Quase Memória, A Casa do Poeta Trágico e Romance sem Palavras.

Segundo a ABL, com o golpe militar de 1964, foi preso várias vezes e passou um período na Europa e em Cuba. Cony deixou esposa e três filhos.

Cony foi internado no dia 26 de dezembro por problemas gástricos. Ele morreu por falência múltipla dos órgãos devido a complicações decorrentes de uma cirurgia a que foi submetido no dia 1º.

(Fonte: Agência Brasil)