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Sambistas do Instituto Cultural Glória ao Samba lançaram, na tarde de hoje (29), o livro “Primeiras lições de samba e outras mais”, do historiador da música popular brasileira José Ramos Tinhorão, durante uma roda de samba no Instituto Moreira Salles, capital paulista. O lançamento teve a presença do autor, que acaba de completar 90 anos. No evento, foi festejado também o centenário do compositor Geraldo Pereira, com um repertório de composições de sua autoria que são pouco conhecidas.

Quando Tinhorão começou a pesquisa sobre o samba, nos anos 1960, para escrever a série de artigos “Primeiras lições de samba” para o “Jornal do Brasil”, a bibliografia do assunto era rasa, com apenas dois livros da década de 1930. Foi necessário, então, cobrir uma lacuna de cerca de 30 anos de defasagem sobre o tema. Tinhorão catalogou mais de mil títulos sobre música popular que tinham sido publicados na imprensa até então, além de colher depoimentos com sambistas pioneiros como Heitor dos Prazeres, Bide e Ismael Silva.

Na época, ele trabalhava como “copydesk” no jornal, redigindo ou revisando textos, mas gostava muito de música popular desde bem jovem e, de vez em quando, escrevia para o suplemento cultural do jornal. Em 1961, o “Jornal do Brasil” publicou a série de artigos “Primeiras lições de jazz” e, quando acabou, a direção lembrou da afinidade de Tinhorão com a música e deu espaço para a nova série sobre o samba.

“Eu me lembro que eu falei para ele [diretor do jornal] 'você acha que é assim? Sobre jazz, tem uma vasta bibliografia. E nós não temos nada, a música popular das cidades não está ainda registrada'. Você conhece os nomes, Cartola, Donga, João da Baiana, Pixinguinha. Tem nomes, nomes que eram entrevistados às vezes na imprensa, falavam sobre aquele assunto no momento e acabou. Não tinha registro bibliográfico. Aí ele falou 'se não tem, você procura e passa a ter', e me jogou a responsabilidade”, contou Tinhorão.

O resultado dessa dedicação foi o primeiro grande estudo sobre o samba, na série de artigos que durou um ano no “Jornal do Brasil”, entre 1961 e 1962. Tinhorão tornou-se próximo dos sambistas e usou um método pouco convencional pra escrever sobre eles, em que não colhia depoimentos, mas convivia com as fontes, alimentando, quase sempre, conversas informais que resultavam em revelações.

Foi assim que escreveu um ensaio sobre a vida e a obra de Nelson Cavaquinho, um dos destaques do livro. A obra é encerrada com um texto sobre o compositor Geraldo Pereira, que, neste ano, faria 100 anos de nascimento, e é definido por Tinhorão como “um dos maiores estilistas renovadores do samba” a partir da década de 1940.

O selo que promove o livro, Instituto Cultural Glória ao Samba, foi criado a partir do agrupamento Glória ao Samba – que se dedica à pesquisa e divulgação do samba tradicional – e tem como objetivo lançamentos que possam difundir a obra dos sambistas pioneiros. Essa primeira publicação homenageia músicos que, em sua maioria, não atingiram o estrelato e nunca viveram de suas músicas, mas que são os grandes criadores do samba, entre eles, Bide, Marçal, Xangô, Mano Décio, Carlos Cachaça, Iracy Sera, Aniceto, Jamelão, Ivone Lara, Monarco.

(Fonte: Agência Brasil)

Uma frase do dia é bem pertinente para discutir a grafia dos nomes de feriados e eventos históricos.

Ao trecho (com sutis adaptações):

– O grupo, depois de ter sofrido duros golpes após o 11 de setembro, está se reconstruindo na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão

A recomendação é que as iniciais de datas ou eventos históricos sejam escritas com maiúsculas.

O ataque sofrido pelos Estados Unidos em 2001 (o evento histórico) é chamado, então, de 11 de Setembro (“setembro” em maiúscula).

O dia em que o evento ocorreu é grafado com minúscula.

Dois exemplos para ficar mais claro:

– Livro usa Bin Laden e agente do FBI para investigar o 11 de Setembro (nome do evento histórico)

– As quedas foram as maiores desde a semana dos ataques de 11 de setembro de 2001 (dia em que ocorreu, por isso a minúscula)

Revendo a frase inicial, temos:

– O grupo, depois de ter sofrido duros golpes após o 11 de Setembro, está se reconstruindo na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão

É por isso que o feriado desta semana é escrito com maiúsculas: 1º de Maio (ou Primeiro de Maio,  tanto faz).

Acrescentando...

Manual da Redação – jornal Folha de S.Paulo
data
Para designar datas, use algarismos arábicos para o dia, letras minúsculas para o mês e algarismos arábicos para o ano, sem ponto de separação do milhar: 31 de outubro de 1952. Apenas o primeiro dia de cada mês é grafado com ordinal. Ao utilizar barras na grafia de datas, despreze os zeros à esquerda: escreva 2/8/00, e não 02/08/00. Em crédito de fotografia, o mês deve ser abreviado por suas três primeiras letras, e o ano, por seus dois últimos algarismos: 6.jul.60.

Nomes de datas, feriados, eventos históricos importantes ou festas religiosas e populares são grafados pela “Folha” com maiúsculas: Primeiro de Maio (ou 1º de Maio), Dia do Trabalho, Sete de Setembro (ou 7 de Setembro), Natal, Carnaval, Revolução Francesa, Dia D, Ramadã, lom Kipur, Dia da Bandeira.

Manual de Redação e Estilo – jornal O Estado de S.Paulo
Datas
1 – Vão sempre em algarismos: Chega dia 9. / O prazo vence em 1º de junho. / Avenida 9 de Julho, Largo 7 de Setembro, Rua 2 de Outubro. 2 – Ver expressões de tempo.

expressões de tempo:
(...)
3 – Dias do mês

(...)
d) O dia 1º deverá ser escrito sempre desta forma, em ordinal: Trabalhadores decretam greve para o dia 1º (e não para o dia 1). / O governo fixa a data do recenseamento: 1º de fevereiro.
(...)
f) Escreva os dias do mês em algarismos, e não por extenso: 1º de agosto (e não primeiro de agosto), 16 de novembro (e não dezesseis de novembro), dia 1º, etc. A única exceção admitida são as datas históricas, e assim mesmo quando se quiser dar realce a elas: o Sete de Setembro, o Nove de Julho.
(...)
h) Em nenhuma hipótese, use o dígito 0 antes do número referente a dia ou mês: Dia 5 de novembro (e não 05 de novembro). / 8/4/95 (e nunca 08/04/95).
(...)

Michelis –Português Fácil: Tira-dúvidas de redação-douglas tufano

data
Na escrita de datas: 1 não se usa ponto na indicação do milhar do ano. 2 o nome do mês é escrito com minúscula. 3 o nome do local é separado por vírgula: Brasília, 25 de outubro de 2003.

Só o primeiro dia do mês pode ser escrito com ordinal (1º).

Manual de Redação e Estilo - Fundação Assis Chateaubriand (por Dad Squarisi)
Data
Faça a concordância com o numeral: Hoje é 1º de novembro. Hoje são 15 de março.

Mais dicas da Dadportuguês com humor – Dad Squarisi
Você escolhe
(datas: número)
Qual é a maneira de separar os números das datas? Usam-se barras ou pontos? Ambas as formas são usadas (3.2.04 ou 3/2/04). Mas a generosidade da língua para aí. Evite o zero à esquerda (03.02.2001). Ele não tem função. Pior: desperdiça tempo e espaço. Fora!

Nota dez
(abreviatura: datas)
Qual é a forma nota dez – 19.9.2001 ou 19.9.01?
Discriminação é crime. Para não parar no xilindró, decida-se. Escreva tudo por extenso ou tudo abreviado: 19 de setembro de 2001 ou 19.9.01.

Redação Forense e Elementos da Gramática – Eduardo de Moraes Sabbag
(...)
Importante:
(...)
c) Na designação do primeiro dia do mês, deve-se usar, preferencialmente, o ordinal. Exemplos:
O curso iniciar-se-á em 1º de fevereiro.
Mente-se muito em Primeiro de Abril*.
(...)
* Recomenda-se que, quando se tratar de datas históricas, mantenham-se as iniciais maiúsculas. Exemplos: Primeiro de Abril, Sete de Setembro, Quinze de Novembro, Primeiro de Janeiro.

Tira-dúvidas da língua portuguesa – Antônio Mesquita
Data
Não abrevie datas como 20/12/97, em textos. O amontoado de números no meio do texto quebra a uniformidade. Escreva 20 de dezembro de 1997. Esta é a forma que deve ser usada em cartas.

A abreviação pode ser usada para crédito de foto ou de texto.

Para períodos de sequência de anos, é melhor abreviar a segunda data.
1991/92 (1991 e 1992)
"Na história recente do Brasil, houve apenas dois períodos de forte recessão: 1981/83 e 1990/92..."
O Estado de S. Paulo, página A3, 4/4/99.

Não coloque o mês com a primeira letra maiúscula
20 de Dezembro (errado).
20 de dezembro (certo).

Para dia, mês e ano, use o sistema ordinal.
Para datas, use números:
Amanhã, 7 de setembro, é o Dia da Independência.

Também não use ponto nos que se referem a ano:
Estamos chegando ao ano 2000.

Mas, às vezes, é necessário escrever por extenso:
Estamos a mais de dois mil anos do início do cativeiro.

Não use a fórmula
Estamos a 2 mil anos...
Nos 3 primeiros séculos da Igreja...
Nos primeiros 6 meses...

Prefira a uniformidade:
Nos três primeiros séculos da Igreja...
Nos primeiros seis meses...

Não use zero antes de números. O zero, antes de número, não tem nenhum valor.
Dia 02 volto ao médico. (errado)
Dia 2 volto ao médico. (certo)

Morreu neste sábado (28), aos 86 anos, no Leblon, Rio de Janeiro, o humorista Agildo Ribeiro. De acordo com a Rede Globo, emissora em que ele trabalhava, o ator sofria de problemas cardíacos.

Conhecido como Capitão do Riso, Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho começou no teatro de revista, passou pelo rádio e se tornou conhecido pelos personagens cômicos na televisão. A última atuação dele foi no programa "Tá no Ar: a TV na TV".

Nascido no Rio de Janeiro em 26 de abril de 1932, o ator estava na televisão desde a década de 1960. Segundo informações da emissora, ele estrelou “shows” e humorísticos como “Chico City”, “Satiricom”, “Planeta dos Homens”, “Estúdio A... Gildo”, “Escolinha do professor Raimundo” e “Zorra Total”.

Filho do político Agildo Barata, Agildo foi casado cinco vezes. Suas esposas foram mulheres famosas como Consuelo Leandro e Marília Pera, mas passou 35 anos casado com a bailarina e também atriz Didi Barata Ribeiro, falecida em 2009.

Agildo foi o primeiro ator a ter interpretado João Grilo, o personagem central da peça de Ariano Suassuna “Auto da Compadecida”.

Um humorista de enorme sucesso nos anos 70 tanto no Brasil como em Portugal, coestrelou diversos programas de humor da Rede Globo ao lado de Jô Soares, Paulo Silvino e Chacrinha. Naquela fase, o seu programa mais famoso foi “Planeta dos Homens”.

Auditório

A carreira artística foi escolhida logo cedo, quando Agildo era aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro e buscava fazer os colegas rirem com suas imitações. O maior ídolo era o humorista Oscarito.

Agildo começou no teatro de revista, mas logo seus tipos passaram a fazer sucesso também no rádio. Foi um dos primeiros artistas contratados pela TV Globo. Integrou o elenco de programas pioneiros como “TNT” (1965) e “Bairro Feliz” (1965), em que satirizava fatos do cotidiano ao lado de nomes como Grande Otelo, e “TVO – TV1”, o primeiro programa da Globo a fazer paródias de outras atrações da TV, que o comediante comandava ao lado de Paulo Silvino.

No programa de auditório “Mister Show” (1969), Agildo estourou no Brasil inteiro ao lado do ratinho Topo Gigio. Entre os destaques da carreira do ator na TV, também estão “Balança, mas não cai”, que reeditou sucessos da Rádio Nacional e se tornou líder de audiência em 1968; “Satiricom” (1973), “Estúdio A...Gildo” (1982) e “A ‘Festa é Nossa” (1983).

O comediante também atuou em Portugal por dois anos e, em 1999, aceitou o convite de Chico Anysio para voltar ao Brasil e integrar o elenco do “Zorra Total”, no papel de aluno da “Escolinha do professor Raimundo”. No programa, também interpretou personagens como o professor português Laércio Falaclaro e integrou a reformulação da atração em 2015.

Ao longo da carreira, Agildo Ribeiro participou, ainda, de mais de 30 filmes. Entre eles, “O Pai do Povo” (1976), dirigido por Jô Soares, e “A Casa da Mãe Joana” (2008), de Hugo Carvana.

(Fonte: Agência Brasil)

Neste sábado (28), é comemorada uma importante data instituída na cidade de Dakar, no Senegal, há 18 anos: o Dia Mundial da Educação. Naquele 28 de abril de 2000, líderes de 164 países, inclusive o Brasil, durante o Fórum Mundial de Educação, decidiram simbolizar o dia unidos por um movimento pela educação mundial com compromissos firmados até 2030.

Para reforçar a importância não apenas da data especial, mas também das metas firmadas durante a conferência para uma educação com mais qualidade e equidade em todo o mundo, o ministro da Educação, Rossieli Soares, observou que esse dia deve ser lembrado pelo grande esforço, não só do governo federal, para a melhoria da educação como um todo.

“É um dia simbólico para comemorarmos, lembrarmos e lutarmos, cada vez mais, por uma educação melhor, de qualidade, com o esforço que o MEC e os governos têm feito pela educação”, disse Rossieli. “Estamos discutindo a Base Nacional Comum Curricular, que vai definir aquilo que as crianças brasileiras precisam aprender; o Programa Mais Alfabetização, para garantir que as nossas crianças realmente sejam alfabetizadas na idade correta, e também temos o novo ensino médio, que está sendo implementado em todo o Brasil”, declarou.

Rossieli Soares lembrou que todo o trabalho que tem sido realizado no Brasil, na busca por uma educação de qualidade que também contribua para o desenvolvimento mundial, deve ser comemorado. No entanto, o titular de uma das pastas mais importantes para o desenvolvimento nacional ressaltou que a participação das famílias é essencial neste processo. Para ele, quando a família abraça a escola toda a sociedade ganha.

O ministro também enviou um recado de esperança e incentivo a todas as famílias brasileiras ao comentar o Dia Mundial da Educação. “São mudanças importantes e que hoje devem ser celebradas, mas sempre lembrando que educação. se faz também com a participação da família. Isso é muito importante. Participe da educação de seu filho e lembre que hoje é um dia importante para olhar para isso também”

O Dia Mundial da Educação incentiva a construção de valores essenciais para uma sociedade justa e saudável, por meio da educação e participação familiar. Na assembleia do Senegal, que teve a presença da Organização das Nações Unidas (ONU) o pacto firmado previu, ainda, ações inspiradas em outras conferências internacionais ocorridas nos anos 1990, como a do Meio Ambiente e Desenvolvimento (1992), a Mundial de Direitos Humanos (1993) e a Mundial sobre Necessidades Especiais da Educação: Acesso e Qualidade (1994), além das cúpulas Mundial pelas Crianças (1990) e a Mundial sobre Desenvolvimento Social (1995).

(Fonte: MEC)

O Ministério da Educação prorrogou, para 23 de maio, o prazo para a pré-seleção dos candidatos participantes da lista de espera do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa de Financiamento Estudantil (P-Fies).

Inicialmente, a data final seria 25 de abril, mas a Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC alterou a data para que todos os estudantes pré-selecionados possam complementar a sua inscrição.

A contratação do financiamento só pode ocorrer após a complementação das informações. Poderão ser financiados os cursos de graduação com conceito maior ou igual a três no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), ofertados pelas instituições de ensino superior participantes do Fies.

No total, em 2018, o número de vagas chegará a 310 mil. Dessas, 100 mil terão juro zero para os estudantes que comprovarem renda “per capita” mensal familiar de até três salários mínimos.

(Fonte: MEC)

O Ministério da Cultura (MinC) lançou, nesta sexta-feira (27), a edição de 2018 do prêmio Culturas Populares. Os prêmios somam R$ 10 milhões, que serão destinados a 500 projetos em todo o país. No total, serão 100 iniciativas beneficiadas por região. Cada vencedor vai receber R$ 20 mil.

Os prêmios serão divididos em 200 para mestres, voltado a pessoas físicas; 180 para grupos não profissionais, sem Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ); 70 para associações e outros tipos de pessoas jurídicas sem fins lucrativos e 30 para organizações com ações em acessibilidade cultural.

O objetivo é reconhecer e valorizar expressões culturais e populares com profunda inserção e que digam respeito às tradições culturais do país, além de permitir, com apoio financeiro, que essas expressões possam ganhar visibilidade.

“É fundamental que possamos, a partir do Ministério da Cultura, contribuir para a preservação e para a expansão das expressões culturais que compõem o nosso repertório simbólico, artístico e que fazem parte da nossa identidade cultural”, diz o ministro Sérgio Sá Leitão.

Será constituída uma comissão julgadora formada por especialistas no tema. A avaliação das candidaturas será feita com base em critérios definidos no âmbito do ministério. Na análise, serão considerados aspectos como a importância, o grau de inserção, a vinculação com as tradições e o reconhecimento. A referência do exame será a carreira ou história das pessoas ou projetos.

Inscrições

A expectativa é receber cerca de 3 mil inscrições, que poderão ser feitas entre 29 de maio e 28 de julho deste ano. Os candidatos poderão se inscrever pela “internet”, no “site” SalicWeb, do MinC, ou pelos Correios. Mais informações sobre o processo estão disponíveis na página oficial do prêmio.

Homenagem

Neste ano, a homenageada foi a cantora Selma do Coco, que morreu em 2015. A artista nasceu em 1929, em Vitória de Santo Antão, em Pernambuco, e se constituiu uma das principais referências do gênero musical nordestino no país, ganhando reconhecimento internacional. Apesar de nascer nos anos 1920, somente em 1995 gravou o primeiro disco, “Coco de Roda, elogio da festa”. Em 1998, recebeu o prêmio Sharp, hoje conhecido como Prêmio da Música B

(Fonte: Agência Brasil)

Hoje (27) é o último dia para a inscrição no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional). As inscrições ficam abertas até as 23h59, na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep).

Até a última terça-feira (24), o Inep já havia registrado mais de 1 milhão de inscrições, sendo196,4 mil para o ensino fundamental e 824,7 mil para o ensino médio. Em 2017, quando o exame voltou a certificar o ensino médio, foram registrados 1,5 milhão de inscritos.

O Encceja é direcionado a jovens e adultos que não conseguiram concluir os estudos na idade apropriada. Quem quer a certificação de conclusão do ensino fundamental precisa ter 15 anos completos na data de realização do exame, em 5 de agosto. Já os candidatos à certificação de conclusão do ensino médio devem ter 18 anos completos. A participação é voluntária e gratuita.

Os resultados individuais do Encceja permitem a emissão de dois documentos: a certificação de conclusão de ensino fundamental ou do ensino médio, para o participante que conseguir a nota mínima exigida nas quatro provas objetivas e na redação, e a declaração parcial de proficiência, para o participante que conseguir a nota mínima exigida em uma das quatro provas ou em mais de uma, mas não em todas.

O Encceja Nacional será realizado em 5 de agosto. O Encceja Exterior, para brasileiros que vivem em outros países, será no dia 16 de setembro. Também serão realizadas em setembro edições para pessoas privadas de liberdade no Brasil e no exterior.

(Fonte: Agência Brasil)

Com o objetivo de despertar nos estudantes o interesse por assuntos relacionados ao controle social, à ética e à cidadania, por meio do incentivo à reflexão e ao debate destes assuntos nos ambientes educacionais, na família e na comunidade, o Ministério da Transparência e a Controladoria Geral da União (CGU) promovem, anualmente, o concurso de desenho e redação da CGU. Na edição de 2018, que tem como tema “Ser honesto é legal!”, as inscrições podem ser feitas até o próximo dia 31 de agosto.

O concurso, realizado desde 2007, é direcionado a estudantes regularmente matriculados em escolas públicas e privadas de todo o Brasil. Assim, o público-alvo são alunos da educação básica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Dividida em 14 categorias, a competição já mobilizou, nesses 11 anos, mais de dois milhões de participantes.

Nas categorias do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental, os alunos poderão concorrer com trabalhos do tipo desenho. Já os trabalhos do tipo redação devem ser inscritos por candidatos das categorias do sexto ao nono ano do ensino fundamental e primeiro ao terceiro ano do ensino médio, incluindo estudantes matriculados na modalidade EJA. Há, ainda, a categoria Escola Cidadã, pela qual as escolas poderão concorrer com trabalhos do tipo plano de mobilização, que subentende o planejamento de estratégias de mobilização para debater o tema do concurso com os alunos por meio de atividades conduzidas no ambiente escolar ou na comunidade.

A primeira etapa de julgamento dos trabalhos é realizada na escola, que escolhe um trabalho por categoria para ser enviado ao concurso. Em 2017, foram mobilizados mais de 350 mil estudantes, e mais de 7 mil trabalhos foram finalistas para julgamento.

Serão premiados os três melhores trabalhos em cada categoria, desenho e redação. Os alunos e os professores orientadores receberão um “tablet” e um certificado de premiação e reconhecimento emitido pela CGU. Na categoria Escola Cidadã, também serão premiados os três melhores trabalhos do tipo plano de mobilização, sem distinção de posição, sendo destinados às escolas vencedoras um “notebook” e um certificado de premiação e reconhecimento emitido pela CGU.

Edital

O concurso tem edital próprio, portaria de comissão julgadora composta por servidores da CGU e conta com um sistema exclusivo de processamento de inscrições, envio e julgamento dos trabalhos. Trata-se de um recurso tecnológico que confere rapidez e confiabilidade a todas as fases da competição. A equipe da CGU se coloca à disposição de professores e diretores de escolas para prestar quaisquer orientações acerca do processo de inscrições e envio de trabalhos.

A inscrição e o envio dos trabalhos deverão ser realizados pela escola, somente pela “internet”, no “site” Criança Cidadã.

Clique aqui para acessar todas as informações relativas ao concurso.

(Fonte: MEC)

Até as 10h desta terça-feira (24), o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja Nacional) 2018 registrou 1.021.233 inscrições, sendo 196.435 para o ensino fundamental e 824.798 para o ensino médio. As inscrições ficam abertas até as 23h59 desta sexta-feira (27), na página do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação. Em 2017, quando o exame voltou a certificar o ensino médio, foram registrados 1,5 milhão de inscritos

O Encceja é direcionado a jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de concluir seus estudos na idade apropriada. A participação é voluntária e gratuita, mas existe uma idade mínima exigida. Quem visa à certificação de conclusão do ensino fundamental precisa ter 15 anos completos na data de realização do exame, em 5 de agosto. Já os candidatos à certificação de conclusão do ensino médio devem ter 18 anos completos. Maiores de 18 anos, se desejarem, podem se inscrever diretamente para o ensino médio.

Os resultados individuais do Encceja permitem a emissão de dois documentos distintos: a certificação de conclusão de ensino fundamental ou do ensino médio, para o participante que conseguir a nota mínima exigida nas quatro provas objetivas e na redação; e a declaração parcial de Proficiência, para o participante que conseguir a nota mínima exigida em uma das quatro provas, ou em mais de uma, mas não em todas.

Requisitos

Com o objetivo de auxiliar os participantes, o Inep preparou um tutorial com orientações para as inscrições. Os candidatos devem ficar atentos, algumas escolhas não podem ser alteradas – caso das respostas ao questionário socioeconômico. Outras informações só podem ser modificadas durante o período de inscrição, caso da cidade onde prefere fazer as provas, o nível de ensino e áreas do conhecimento.

Durante o processo de inscrição, o participante deve escolher a instituição certificadora na qual pretende solicitar o certificado ou a declaração parcial de proficiência, caso consiga a nota mínima exigida. Também é necessário ficar atento à seleção das áreas de conhecimento. Quem visa ao certificado de conclusão do ensino fundamental ou do ensino médio precisa ter proficiência nas quatro áreas do conhecimento e na redação.

O estudante que já tem alguma declaração parcial de proficiência, obtida em edições passadas do Enem ou do próprio Encceja, fica liberado de fazer a prova da área na qual já tem proficiência comprovada. Quem não possui uma declaração parcial de proficiência deve escolher fazer todas as provas do nível de ensino para o qual busca a certificação.

Inovações

Uma novidade da edição de 2018 é que o participante que obteve nota mínima em qualquer área do conhecimento no Encceja 2017 não terá a opção dessa área. Automaticamente, o sistema de inscrição apresentará para seleção apenas as áreas de conhecimento que o participante ainda precisa fazer para solicitar o certificado.

Outra melhoria é relacionada aos atendimentos. Os participantes que solicitaram atendimento especializado no Encceja 2017 e tiveram seu documento comprobatório aprovado não precisarão enviar novamente a documentação. Se a solicitação for a mesma, será aprovada automaticamente. As solicitações de atendimento por nome social são posteriores à inscrição, devendo ser feitas entre 30 de abril e 4 de maio.

O Encceja Nacional será realizado em 5 de agosto. As provas no turno matutino serão aplicadas às 9h e as do turno vespertino, às 15h30. Em todas as localidades, deverá ser seguido o horário de Brasília (DF). A divulgação dos resultados está prevista para o último trimestre de 2018. Além do Encceja Nacional, o Inep aplicará o Encceja Exterior, em 16 de setembro, para brasileiros que vivem em outros países. Também serão realizadas edições para pessoas privadas de liberdade (PPL) no Brasil e no exterior. Essas duas edições serão realizadas em setembro, sendo no exterior entre os dias 17 e 21, e no Brasil, nos dias 18 e 19.

Encceja

O exame é composto por quatro provas objetivas por nível de ensino e uma redação. Cada prova tem 30 questões de múltipla escolha. No ensino fundamental, as áreas de conhecimento avaliadas são ciências naturais; matemática; língua portuguesa, língua estrangeira moderna, artes, educação física e redação; e história e geografia. No ensino médio, as áreas são ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; linguagens e códigos e suas tecnologias e redação; e ciências humanas e suas tecnologias.

Clique aqui para fazer a inscrição.

O passo a passo pode ser conferido nesta página.

(Fonte: MEC)

Quando a escola se adapta para receber seus estudantes, provoca mudanças não apenas na vida de quem precisa de atenção especial, mas em todos da comunidade escolar. Foi o que aconteceu na Escola Classe 115 Norte, em Brasília, com a chegada da pequena Thalita Natália Dias da Silva, de seis anos. A única estudante surda da instituição tem mostrado o quão enriquecedor é o convívio com pessoas diferentes. Agora, ela está aprendendo a Língua Brasileira de Sinais (Libras), que tem sua data nacional comemorada nesta terça-feira (24).

Thalita entrou na escola no ano passado. Sua mãe, Renata Natália da Silva, lembra que ela era muito tímida e tinha dificuldade de interagir com os colegas e com a professora, porque não conhecia a linguagem especial. Mas, desde a chegada do professor intérprete, este ano, a situação tem mudado bastante para a estudante e toda a sua família.

“Ela conhece o alfabeto, os números e outras coisas, como banheiro, pai, mãe”, comemora Renata. “Ela sabe, entende. Tem vezes que ela quer conversar comigo e já chega da escola fazendo os sinais com a mãozinha. Ela faz o alfabeto e mistura com os números. Não consegue ainda me mostrar o que quer me falar, mas algumas coisas ela entende”.

Thalita nasceu surda e logo foi encaminhada para acompanhamento no Centro Educacional de Audição e Linguagem Luduvico Pavoni (Cealp) e no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Mas a família não tinha tempo nem recursos para seguir o acompanhamento semanal necessário.

A situação se complicou quando, forçada a interromper o tratamento e o desenvolvimento cognitivo de Thalita, Renata teve de enfrentar também a rejeição da filha ao aparelho auditivo. “Ela não queria usar e, muitas vezes, tirava o aparelho e o destruía. Acabou que ela passou um tempo sem usá-lo, e isso atrasou bastante”. Agora, que a família mora em Brasília – antes eles viviam em Planaltina de Goiás (GO), distante 60 quilômetros do Plano Piloto –, tudo ficou mais fácil.

Adaptação

A diretora da Escola Classe 115 Norte, Marta Caldas, conta que, antes da chegada de Thalita, nenhuma professora sabia se comunicar em Libras. Atualmente, tanto a menina quanto sua mãe estudam a linguagem de sinais, assistindo juntas a duas aulas por semana no Centro de Apoio ao Surdo (CAS).

A escola também solicitou à Secretaria de Educação do Distrito Federal o apoio de um professor intérprete, que atua em conjunto com a professora da turma em que a menina estuda. No momento da escrita ou dos comandos passados pela professora, quando são repassadas as tarefas, ele trabalha diretamente com a menina. Quando são realizadas atividades coletivas, ela interage com a turminha.

“Em menos de dois meses, Thalita já conhece o alfabeto, se comunica com os coleguinhas e está surpreendendo todo mundo”, relata a diretora. “O que a gente tem percebido é que, quando há condições favoráveis como essa – a de poder contar com um professor especialista –, as crianças dificilmente demonstram alguma reação de exclusão. Pelo contrário: a tendência é que incluam e cuidem dessas crianças”.

Marta destaca, ainda, o aspecto positivo da integração entre a família e a escola. “É importante que haja esclarecimento para essa comunidade sobre os direitos dessas crianças e que a família esteja junto com a escola, pois é mais uma cidadã se formando”, valoriza. “E na escola, mesmo achando que não vamos dar conta, é preciso estarmos dispostos a receber todos os alunos”.

Política pública

A secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC, Ivana de Siqueira, ressalta que Libras é a primeira língua de um aluno surdo. “É importante que o mais cedo possível a criança possa utilizar a língua para ter um vocabulário maior”, afirma. “A inclusão é importante para todos – não só para os surdos, mas para todas as pessoas. Desde pequena, [a aluna] vai conviver numa sociedade que tem diferentes pessoas e vai se comunicar com elas, tanto com quem conhece essa língua quanto com quem não está familiarizado”.

No Ministério da Educação, a principal política voltada para esse público especial está na formação de professores e intérpretes. “O MEC tem feito grande esforço para que esses profissionais estejam nas salas de aula e também a formação de professor bilíngue”, frisa Ivana.

(Fonte: MEC)