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Professores e escolas não estão preparados para colocar em prática todos os pontos previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. É o que mostra o documento entregue pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), entidade que reúne os secretários estaduais de Educação, ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

O documento é resultado de ação promovida no dia 2 de agosto, quando gestores e professores de 21,5% das escolas públicas e privadas que ofertam ensino médio no país debruçaram-se sobre a BNCC. Eles apontaram fragilidades na proposta e sugeriram mudanças.

Os professores identificaram conteúdos que consideram muito complexos, que, para eles, deveriam ser aprendidos apenas no ensino superior, e mostraram também que as escolas precisarão de adequações e profissionais, de formação, para colocar em prática determinados pontos, sobretudo os que demandam o uso de tecnologias.

A BNCC estabelece, por exemplo, que os estudantes aprendam a apresentar-se por meio de perfis variados, como “gifs” biográficos, biodata, currículo “web” e videocurrículo e de ferramentas digitais, como “gif”, “wiki” e "site”. Segundo os professores e gestores, o problema não é a habilidade, mas “a falta de recursos tecnológicos nas escolas públicas para desenvolvê-la”.

A mesma questão de falta de estrutura aparece quando se trata da habilidade esperada dos alunos de analisar redes sociais, comparando os “feeds” e discutindo manipulações e formas de diminuir o chamado efeito bolha – que, de forma simplificada, faz com que os usuários de redes sociais recebam, majoritariamente, conteúdos com os quais já têm afinidade, dificultando o contato com ideias diferentes.

Outras habilidades demandam ainda a capacitação dos professores, como “utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/ou matemática”. Para os docentes e gestores, ela “só poderá ser implementada caso haja capacitação dos professores para o domínio da área e laboratórios de informática para os alunos”.

Para a presidente do Consed, Cecília Motta, a BNCC não deve trazer apenas o que poderá ser executado imediatamente, mas objetivos ambiciosos. Ela enfatiza que ainda haverá um prazo para que ela seja implementada, suficiente para escolas e professores serem preparados. “Eu acho que a Base tem que mirar coisas mais altas, a gente tem que parar com essa hipocrisia de ficar nesse patamar que estamos no ensino médio”.

“Em 2019, ainda vamos estar em processo formativo dos professores, no processo de escrita dos currículos, com pretensão de mudar o que está posto para o ensino médio”, disse.

Habilidades

Em uma escala de 1 a 5, os professores e gestores classificaram cada uma das habilidades e competências previstas na Base quanto à clareza e quanto à pertinência. Todas as áreas receberam notas acima de 4.

Os professores também analisaram os conteúdos mais presentes e os que estão menos beneficiados nas competências previstas na BNCC. Na área de ciências humanas e sociais aplicadas, filosofia foi o componente considerado menos beneficiado. Em três das seis habilidades previstas, menos de 70% dos professores reconheceram a presença do componente.

O ensino da disciplina foi alvo de polêmica durante a discussão do novo ensino médio ainda no Congresso Nacional. Para mudar a etapa, foram feitas alterações em normas vigentes que obrigavam o ensino de filosofia nas salas de aula. Com a nova lei, ficou estabelecido que a BNCC deveria, obrigatoriamente, prever o ensino de filosofia, assim o de educação física, arte e sociologia.

Na área de linguagens, professores e gestores apontaram língua inglesa como o componente menos beneficiado e, na área de ciências da natureza, química.

“A construção desse documento vem sendo feita há muitos anos. Faz muito tempo que nós professores estamos vendo que a educação não está satisfatória. Já discutimos e não vejo o porquê de parar mais tempo para discutir. Não está boa a Base? Não é perfeita? Não é perfeita, mas podemos consertar. Vamos colocar o trem em cima do trilho e consertar no caminho”, defendeu Cecília.

Novo ensino médio

O ensino médio é considerado o maior gargalo da educação básica, com os piores indicadores. Para tentar mudar o cenário, o novo ensino médio, previsto em lei aprovada no ano passado, estabelece que as escolas passem a ensinar um conteúdo comum em todo o país, que deverá ocupar 1,8 mil horas dos três anos da etapa de ensino e que, no tempo restante, os estudantes possam receber formações específicas em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico, escolhendo uma de preferência.

A parte comum será definida pela BNCC, que, atualmente, está em discussão no CNE. Além da Base, o conselho discute ainda diretrizes que vão orientar as redes de ensino na implementação da nova lei.

O documento, que está disponível na “internet”, está dividido em quatro áreas do conhecimento – matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas e sociais aplicadas. Para cada área, são estipuladas competências para serem aprendidas pelos estudantes e, para cada competência, são definidas habilidades que garantirão esse aprendizado.

Etapas da BNCC

O CNE realiza nesta sexta-feira (14), em Brasília, a última audiência pública regional para discutir a BNCC. As audiências têm sido alvo de manifestações e chegaram a ser canceladas em São Paulo e em Belém.

Além das contribuições feitas nas audiência e em reuniões, o CNE tem recebido documentos com sugestões de alterações da BNCC, como o entregue pelo Consed e o elaborado conjuntamente por entidades que atuam no ensino de arte.

“A gente está dentro do cronograma traçado inicialmente. A partir daí [do fim das audiências], o trabalho será mais interno, de aprimoramento do documento enviado pelo Ministério da Educação”, disse o presidente do CNE, Eduardo Deschamps, presidente da comissão da BNCC e da Comissão das Diretrizes do Ensino Médio no conselho.

Segundo Deschamps, ainda não há uma data prevista para a aprovação do documento final. “O MEC queria que fosse aprovado [este ano], o Consed também acredita que seria importante que fosse concluído ainda este ano. Vamos [fazer a análise da BNCC] com muito cuidado e segurança”.

Após aprovada pelo CNE, a BNCC será encaminhada para a homologação do Ministério da Educação. A partir de então, os Estados, que detêm a maior parte das matrículas no ensino médio público, e as escolas particulares, deverão elaborar os currículos que serão aplicados nas escolas, tendo por base a BNCC. A previsão é que ela comece a ser implementada em 2020.

(Fonte: Agência Brasil)

Marcado por uma história de conquistas, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) tem mais um motivo para comemorar: a inclusão no Programa de Escolas Associadas (PEA) da Unesco. A comitiva do Iema – composta pelo reitor Jhonatan Almada, o diretor de Ensino do Instituto, Elinaldo Silva, a gestora da UP Cururupu Marileide Costa, a técnica da Diren Natália Abreu e o professor da unidade plena de Coroatá Marcos Antônio Viana – recebeu na tarde dessa quarta-feira (12/9), em Salvador (BA), o título de Escola Associada da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O Instituto é a primeira escola pública do Estado a participar do Programa de Escolas Associadas (PEA). A certificação ocorreu durante o Fórum da Unesco realizado em Salvador, durante os dias 11 a 15 deste mês.

De acordo com o reitor do Iema, Jhonatan Almada, o evento é um momento de troca de experiências e consolidação do trabalho do Instituto em âmbito internacional. “Nosso sentimento é de alegria, gratidão e orgulho de toda a nossa equipe. A certificação é um reconhecimento desse trabalho, a projeção da escola pública do Maranhão para o mundo e a aceitação internacional a esse trabalho. Por isso, a sensação é de grande alegria e gratidão. Nós vamos participar, também, dos debates da inovação pedagógica e das práticas desenvolvidas por outras escolas, tanto do Brasil quanto do mundo”, frisou.

Segundo o diretor de Ensino, Elinaldo Silva, a conquista é fruto do trabalho que o Iema vem desenvolvendo. “Estamos muito felizes com essa vitória que é de todas as unidades plenas e vocacionais do Instituto. Tivemos nossa candidatura apresentada há dois anos e, somente agora, fomos contemplados, pois é um processo bastante burocrático. Hoje, estarmos como escola associada. Para nós, é um momento de glória e de extrema alegria, porque prova de que compartilhamos dos mesmos princípios que a Unesco no mundo inteiro”, destacou o diretor. “Poderemos trocar experiências com as escolas brasileiras que são associadas, bem como escolas estrangeiras. Como pioneiro, o Iema tem, agora, a missão de divulgar o programa e expandir essa rede no Estado”, acrescentou.

O objetivo principal do Programa de Escolas Associadas é criar e interligar uma rede internacional de escolas que trabalhem pela cultura da paz. Dessa forma, o PEA realiza um estímulo a projetos ligados a um tema central que é o Ano Internacional proposto pela Unesco ou, simplesmente, dirigidos à ampliação da consciência de cidadania. Toda escola que se associa ao programa recebe um certificado internacional de escola-membro e tem o direito de utilizar a logomarca do Programa de Escolas Associadas e, também, do Ano Internacional do ano corrente, podendo receber, ainda, material produzido pela Unesco, além de participação em concursos e eventos de âmbito internacional.

A gestora da unidade plena de Cururupu, Marileide Costa, que, também, compôs a comitiva, reiterou que o evento consolida a proposta de educação do Iema. “Para o nosso Instituto, é uma certificação que nos traz mais responsabilidade, do ponto de vista que é a única escola pública associada do Estado. É um feito que está além do que poderíamos imaginar, porque o Iema só tem três anos de criação. Esse reconhecimento nos mostra que estamos no rumo certo”, reiterou.

Atualmente, o PEA conta com cerca de 11.000 escolas associadas em 182 países ao redor do mundo. As escolas associadas ao programa trabalham na promoção de projetos em um tema central, como o Ano Internacional das Organizações das Nações Unidas (ONU).

(Fonte: Portal Página Dois)

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O Ministério da Educação (MEC) adiou, para sexta-feira (14), o fim do prazo para os estudantes pré-selecionados na lista de espera do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) fornecerem os dados necessários para contratar o financiamento. O prazo terminaria no último dia 9. A lista de espera vale para os estudantes que se inscreveram no Fies do segundo semestre e não foram selecionados no processo regular. Segundo a pasta, o objetivo do adiamento é “ampliar as oportunidades de financiamento para os alunos”.

Pelas regras do Fies, quem está na lista dos pré-selecionados deve acessar o Sistema Informatizado do Fies – FiesSeleção e complementar a inscrição no prazo de cinco dias úteis, a contar da divulgação do resultado no sistema. Os nomes dos pré-selecionados foram divulgados aos poucos, desde o dia 6 de agosto. Nesta sexta-feira, terminam os últimos prazos para os estudantes complementarem as inscrições.

Após concluir o procedimento no sistema, o candidato deverá validar as informações prestadas no ato de inscrição na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da instituição de educação superior em até cinco dias.

O Fies concede financiamento a estudantes em cursos superiores de instituições privadas com avaliação positiva pelo Ministério da Educação. Pode concorrer quem tenha feito uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010, com média igual ou superior a 450 pontos e nota acima de zero na redação.

O Novo Fies tem modalidades de acordo com a renda familiar. A modalidade Fies tem juro zero para os candidatos com renda mensal familiar “per capita” de até três salários mínimos. Nesse caso, o financiamento mínimo é 50% do curso, enquanto o limite máximo semestral é R$ 42 mil. A lista de espera vale para essa modalidade.

A modalidade chamada de P-Fies é para candidatos com renda familiar “per capita” entre três e cinco salários mínimos. Nesse caso, o financiamento é feito por condições definidas pelo agente financeiro operador de crédito que pode ser um banco privado ou fundos constitucionais e de desenvolvimento. O P-Fies não tem lista de espera.

(Fonte: Agência Brasil)

Por 9 votos a 2, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, nessa quarta-feira (12), não reconhecer o ensino domiciliar de crianças, conhecido como “homeschooling”. Conforme o entendimento da maioria, a Constituição prevê apenas o modelo de ensino público ou privado, cuja matricula é obrigatória, e não há lei que autorize a medida.

O julgamento começou na semana passada, quando o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, votou a favor do ensino domiciliar. Para ele, alguns pais preferem comandar a educação de seus filhos diante das políticas públicas ineficazes na área de educação, dos resultados na qualidade no sistema de avaliação básica, além de convicções religiosas.

Barroso também citou que o modelo de “homeschooling” está presente nos Estados Unidos, Finlândia e Bélgica, entre outros países. "Sou mais favorável à autonomia e emancipação das pessoas do que ao paternalismo e às intervenções do Estado, salvo onde eu considero essa intervenção indispensável", argumentou.

Votos divergentes

Na sessão de ontem, o julgamento foi concluído com os votos dos demais ministros. Primeiro a votar, Alexandre de Moraes abriu a divergência e entendeu que o ensino domiciliar não está previsto na legislação: “O ensino familiar exige o cumprimento de todos os requisitos constitucionais. Não é vedado o ensino em casa desde que respeite todos os preceitos constitucionais. Há necessidade de legislação”.

O ministro Ricardo Lewandowski também entendeu que não é possível que os pais deixem de matricular os filhos nas escolas tradicionais. Segundo ele, “razões religiosas não merecem ser aceitas" pelo Judiciário para que os pais possam educar os filhos em casa. O ministro argumentou que os pais "não podem privar os filhos de ter acesso ao conhecimento” na escola tradicional.

“Não há razão para tirar das escolas oficiais, públicas ou privadas, em decorrência da insatisfação de alguns com a qualidade do ensino”, afirmou Lewandowski.

Os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio e a presidente, Cármen Lúcia, também votaram no mesmo sentido. Fachin acompanhou em parte o relator.

Entenda o caso

O caso que motivou o julgamento ocorreu com o microempresário Moisés Dias e sua mulher, Neridiana Dias. Em 2011, o casal decidiu tirar a filha de 11 anos da escola pública em que estudava no município de Canela (RS), a aproximadamente 110 quilômetros de Porto Alegre, e passar a educá-la por conta própria.

Eles alegaram que a metodologia da escola municipal não era adequada por misturar, na mesma sala, alunos de diferentes séries e idades, fugindo do que consideravam um “critério ideal de sociabilidade”. O casal disse que queria afastar sua filha de uma educação sexual antecipada por influência do convívio com colegas mais velhos.

A família também argumentou que, por ser cristã, acredita no criacionismo – crença segundo a qual o homem foi criado por Deus à sua semelhança – e por isso “não aceita viável ou crível que os homens tenham evoluído de um macaco, como insiste a Teoria Evolucionista [de Charles Darwin]”, que é ensinada na escola.

(Fonte: Agência Brasil)

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Um estudo publicado por brasileiros e franceses mostrou que voluntários de 9 e 10 anos com dislexia que usaram filtros verdes apresentaram aumento da velocidade de leitura. O mesmo filtro não fez nenhum efeito em crianças sem o distúrbio. Esses filtros coloridos foram patenteados em 1983 e já foram indicados não só para crianças com dislexia como para portadores de autismo e Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O trabalho foi publicado pela revista científica “Research in Developmental Disabilities”.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, ela é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um “deficit” no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade a e outras habilidades cognitivas.

Entre os sinais apresentados pela criança no período pré-escolar, estão a dispersão; o fraco desenvolvimento da atenção; atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem; dificuldade de aprender rimas e canções; fraco desenvolvimento da coordenação motora; dificuldade com quebra-cabeças; falta de interesse por livros impressos.

Já na idade escolar, a criança pode apresentar dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita; pobre conhecimento de rima e aliteração; desatenção e dispersão; dificuldade em copiar de livros e da lousa (quadro-negro); dificuldade na coordenação motora fina e/ou grossa; desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares e perda de seus pertences; confusão para nomear entre esquerda e direita; dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas etc.; vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas.

Metodologia rigorosa

Segundo uma das autoras do artigo, Milena Razuk, os filtros não são muito utilizados no Brasil devido à falta de estudos, mesmo que o material seja adotado na França. “No entanto, os estudos feitos sobre sua eficácia tinham deficiências metodológicas. Pela primeira vez, foi usada uma metodologia bastante rigorosa”, disse.

Para fazer a análise, foram selecionadas 18 crianças com dislexia e outras 18 sem a condição, todas atendidas no Hospital Robert Debret, em Paris. Para o experimento, os cientistas escolheram os filtros amarelo e verde. As 36 crianças tiveram que ler trechos de livros infantis indicados para sua faixa etária, projetados em uma tela. Diferentes trechos eram lidos sem filtro, com o amarelo e com o verde.

Um aparelho apoiado na cabeça que mede os movimentos dos olhos e que enviam sinais infravermelhos para os olhos, detectavam onde o voluntário estava fixando o olhar e por quanto tempo. “A criança com dislexia precisa fixar mais tempo o olhar nas palavras para conseguir compreender o texto, por isso a velocidade de leitura é menor”, disse o professor do Instituto de Biociências da Unesp, em Rio Claro, e coordenador do projeto, José Angelo Barela.

O aparelho detectou que as crianças sem dislexia não apresentaram mudança na velocidade de leitura com os filtros e as com dislexia fixaram trechos de palavras ou de frases por 500 milésimos de segundo usando o filtro verde. Com o amarelo e sem filtro, o tempo era de 600 milésimos de segundo.

Causas da dislexia

Segundo Razuk, as causas da dislexia não são conhecidas, mas ter o distúrbio não quer dizer que haja deficiência intelectual. “É como se houvesse algum ruído que atrapalha a comunicação do cérebro com o resto do corpo. Para o diagnóstico de dislexia, o Q.I. tem de ser normal ou acima da média”, disse.

(Fonte: Agência Brasil)

O filme “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues, foi anunciado hoje (11) como representante brasileiro na disputa pelo Oscar. Entre os pontos fortes da produção apontados pela comissão de seleção, estão a força poética e a presença da música brasileira. “O mundo está precisando de um pouco de poesia, de um pouco de magia”, enfatizou a presidente do grupo, Lucy Barreto. O longa-metragem foi escolhido entre 23 possíveis candidatos.

O filme conta a história de cinco gerações de uma família proprietária de um circo a partir do olhar de Celavi, um mestre de cerimônias que não envelhece. A narrativa mistura elementos fantásticos com realismo. Estão no elenco os atores Jesuíta Barbosa, Mariana Ximenes, Bruna Linzmeyer, Rafael Lozano, Catherine Mouchet, Antônio Fagundes e Vincent Cassel. O roteiro é uma parceria entre Diegues e George Moura. A Globo Filmes é coprodutora do longa.

A comissão também destacou que são levados em consideração aspectos como premiações anteriores do filme, repercussão e os critérios do próprio juri do Oscar. O secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Frederico Mascarenhas, disse que o filme receberá um apoio de R$ 200 mil para fazer a divulgação no exterior e melhorar as chances na competição do Oscar.

ABL

O diretor Cacá Diegues foi eleito há pouco mais de uma semana para ocupar a cadeira de número 7 de Academia Brasileira de Letras. Nascido em 19 de maio de 1940, em Maceió, ele é um dos fundadores do Cinema Novo. A maioria dos 18 filmes que realizou foi selecionada por grandes festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto, e exibida comercialmente na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos no mundo.

(Fonte: Agência Brasil)

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Nos últimos anos, o Brasil aumentou os investimentos em educação infantil, até os 5 anos de idade, e ficou à frente de países latino-americanos, de acordo com o relatório “Education at a Glance 2018” (Um olhar sobre a educação, em tradução livre), publicado, nesta terça-feira (11/9), pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

O montante gasto por criança, no entanto, ainda é pouco e está entre os mais baixos dos países analisados.

Segundo o relatório, o Brasil passou de um investimento equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas pelo país, em 2010, para o equivalente a 0,7% em 2015 em creches e pré-escolas.

O nível de investimento está abaixo da média dos 35 países que compõem a OCDE, que é 0,8% do PIB, mas está acima de países da América Latina, como Argentina, Colômbia, Costa Rica e México.

Apesar disso, o Brasil investe, apenas, US$ 3,8 mil por criança por ano nas creches públicas, um dos mais baixos investimentos, tanto entre os países-membros da OCDE, maioria formada por países ricos, quanto entre as economias parceiras.

“Há uma consciência crescente do papel fundamental que a educação e os cuidados na primeira infância desempenham no desenvolvimento, aprendizagem e bem-estar das crianças”, diz o relatório.

E acrescenta: “Pesquisas mostram que o desenvolvimento de áreas de grande importância, como controle emocional, habilidades sociais, linguagem e contagem, atinge o auge nos primeiros 3 anos de vida de uma criança”.

Inclusão

Em termos de inclusão, o Brasil também está à frente de países latinos. Segundo o estudo, 22% das crianças de até 3 anos estão na escola. Dados mais atualizados, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que essa porcentagem chegou a 30,4% em 2015.

O índice brasileiro é maior que outros países como Argentina (5%); Chile (20%); Costa Rica (2%) e México (2%). A única exceção é a Colômbia, que incluiu 49% das crianças nas creches. Na pré-escola, de acordo com o relatório, o acesso no Brasil é maior, chega aos 90% aos 4 anos de idade, 97% aos 5 anos e 100% aos 6 anos.

Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil tem que ampliar o atendimento para 50% das crianças de até 3 anos de idade até 2024. A estimativa é que 2,4 milhões de crianças precisarão ser incluídas. O país deveria ter universalizado o acesso à pré-escola, aos 4 e 5 anos de idade, até o ano passado.

Jovens e adultos

Se na infância o Brasil supera países latino-americanos em inclusão, o mesmo não ocorre na medida em que a idade avança. O país registrou uma das maiores porcentagens de adultos sem ensino médio entre todos os países analisados.

Após os 14 anos, as taxas de educação vão caindo. Entre 15 e 19 anos, 69% continuam estudando e, entre 20 e 24 anos, apenas 29%. Em média, essas porcentagens chegam, entre os países da OCDE, a 85% e 42%, respectivamente.

“Um fator de risco potencial que pode ser associado à queda considerável nas matrículas, particularmente nas idades em que os estudantes deveriam cursar o ensino médio, é a alta incidência de frequência acima da idade no Brasil”, diz o texto.

Para a OCDE, os alunos são considerados acima da idade quando são pelo menos 2 anos mais velhos do que a idade pretendida para a série, principalmente porque repetem de ano.

No Brasil, cerca de 14% dos alunos do último ano do ensino fundamental estão acima da idade pretendida de 14 anos. Entre os países da OCDE, em média apenas 2% dos estudantes estão nessa situação.

Investimentos

Em relação ao investimento em toda a educação brasileira, os dados do ensino infantil se repetem: o Brasil investe uma parcela relativamente alta de seu Produto Interno Bruto e no seu gasto público total em educação, no entanto, a despesa por aluno ainda está aquém da maioria dos países da OCDE e das nações parceiras.

O Brasil investe o equivalente a 5,5% do seu PIB. Considerando apenas os investimentos públicos em educação pública, esse percentual chega a 5%. Em média, os países da OCDE investem também 5% do PIB em educação.

Em valores, no entanto, o montante brasileiro é menor. Segundo o relatório, o governo brasileiro aplica, em média, em todos os níveis de ensino, US$ 3,8 mil por aluno, o que equivale a menos da metade da média dos países da OCDE.

Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que o investimento público em educação no Brasil caiu porque era equivalente a 6% do PIB em 2014.

A meta estipulada pelo PNE é o investimento anual equivalente a, pelo menos, 10% do PIB em educação pública a partir de 2024.

O plano estabelece ainda a meta intermediária de investimento de 7% do PIB em 2019. De acordo com Inep, para a meta de 2019 ser atingida, será necessário o incremento de, aproximadamente, R$ 120 bilhões nos recursos para educação pública.

(Fonte: Agência Brasil)

Candidato à reeleição, o deputado federal Juscelino Filho (DEM) cumpriu uma extensa agenda de compromissos políticos no último fim de semana, na Região Sul do Maranhão. O presidente estadual do Democratas esteve nas cidades de Balsas, Feira Nova do Maranhão, Sambaíba, Alto Parnaíba e Benedito Leite, onde se reuniu com lideranças, participou de carreata e inaugurou comitê de campanha. Ele também conversou com lideranças de Tasso Fragoso, como o ex-prefeito Luciandro, e de Riachão, que irão apoiar a reeleição do parlamentar.

A passagem do democrata pela Região Sul teve início ainda na sexta-feira (7), quando se reuniu com lideranças no município de Benedito Leite. Lá, participou de reunião organizada pelos líderes políticos Marcus França e Gilson Ribeiro e pelo vereador Rogério.

“A campanha é curta e diferente de todas as outras. Temos um grupo bom, muito forte no Maranhão inteiro. Estamos aqui para pedir a ajuda dos amigos para que possamos ir à luta e conseguir um resultado favorável nestas eleições”, disse o deputado.

Apoios importantes

Já no sábado (8), Juscelino Filho começou sua agenda com reuniões com Chico Coelho e Lilizinha Martins, duas importantes lideranças da cidade de Balsas e região. Ambos confirmaram apoio à reeleição do democrata a deputado federal.

“Conseguimos o apoio de grandes lideranças de Balsas, que vão nos apoiar para a nossa reeleição a deputado federal. Isso vai dar “upgrade” muito bom para o nosso nome aqui na Região Sul. São ótimos parceiros que conseguimos trazer para nossa campanha”, comentou o parlamentar.

Logo em seguida, o candidato seguiu até a cidade de Alto Parnaíba, onde participou de um almoço promovido pelo prefeito Rubens Japonês. Após receber oficialmente o apoio do gestor municipal, Juscelino Filho percorreu as ruas do município ao lado do prefeito em uma grande carreata.

“Temos certeza de que o deputado Juscelino Filho vai ser eleito e não irá abandonar Alto Parnaíba. Precisamos da influência de um deputado federal forte para representar o nosso município. O Juscelino vai ser o nosso deputado federal. Ele não é candidato do prefeito, mas, sim, o candidato da nossa cidade”, afirmou o prefeito Rubens Japonês.

Feira Nova e Sambaíba

Aproveitando sua ida à Região Sul, o presidente estadual do DEM aproveitou para ir aos municípios de Feira Nova do Maranhão e Sambaíba no domingo (9). Nas duas localidades, a aceitação popular foi considerada muito boa, o que dá expectativa de que o deputado deverá ter votações expressivas nessas cidades.

Em Feira Nova do Maranhão, Juscelino recebeu o apoio do prefeito Tiago Dantas, que fez questão de apresentá-lo como candidato oficial de seu grupo político. O encontro ocorreu na residência do próprio gestor.

“Temos, na figura do deputado Juscelino, uma pessoa capaz de conseguir recursos para melhorar a vida das pessoas de Feira Nova. Peço o apoio, o voto e a compreensão para que, no dia 7 de outubro, possamos votar no Juscelino Filho para dar continuidade no trabalho que estamos fazendo”, declarou Tiago Dantas.

Após o ato, o deputado federal seguiu até o município de Sambaíba, onde inaugurou seu comitê de campanha. No município, recebeu o apoio do ex-prefeito e líder da oposição, João Dantas. Centenas de pessoas participaram do ato político.

“Sabemos e entendemos o tamanho da responsabilidade que temos quando ganhamos um mandato dado pelo povo. Temos plena consciência do instrumento que podemos fazer do nosso mandato para fazer com que os benefícios e as ações cheguem, de fato, à vida das pessoas que mais precisam”, concluiu Juscelino Filho.

Cavalgada em Santa Luzia

Em meio aos compromissos na Região Sul do Estado, o presidente do DEM também prestigiou a edição deste ano da tradicional Cavalgado de Santo Onofre, povoado pertencente ao município de Santa Luzia, na Região do Vale do Pindaré. Ao lado do líder político Airton Cavalcante, Juscelino Filho marcou presença no evento e recebeu o carinho da população em prol de sua reeleição à Câmara Federal.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

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Termina, nesta segunda-feira (10), o prazo para os estudantes transexuais e travestis requerer o atendimento pelo nome social no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). O pedido deve ser feito pela página do exame na “internet”. O exame será aplicado no dia 25 de novembro.

É preciso apresentar documentos comprobatórios da condição que motiva a solicitação de atendimento pelo nome social, como fotografia atual, individual, colorida, com fundo branco, da cabeça e do tronco, sendo que a cabeça deverá estar descoberta. Também é preciso fornecer cópia digitalizada de um dos documentos de identificação oficial com foto e cópia assinada e digitalizada do formulário de solicitação de atendimento pelo nome social disponibilizado na Página do Participante. Os documentos devem conter todas as informações solicitadas, ser legíveis e estar no formato PDF, PNG ou JPG, no tamanho máximo de 2MB.

Os pedidos de atendimento que forem recusados estarão disponíveis na Página do Participante, e os candidatos serão informados por “e-mail”. Nesse caso, o participante poderá enviar um novo documento comprobatório em até cinco dias. Se ainda assim o documento não estiver conforme o solicitado, o participante travesti ou transexual fará o exame com o nome civil.

Cadastro do estudante

Está aberto também o prazo para preenchimento do cadastro do estudante. Os participantes têm até o dia 21 de novembro para fazê-lo. O aluno deve acessar o cadastro pelo Sistema Enade ou pelo Aplicativo do Enade, disponível na Google Play e na Apple Store.

Só podem cadastrar-se os estudantes previamente inscritos pelos coordenadores de curso. Para realizar o cadastro é necessário selecionar a opção “Primeiro Acesso” para criar “login” e senha. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) solicita o número de CPF, além de um “e-mail” válido.

O Inep ressalta que é responsabilidade do estudante verificar se o cadastro foi concluído com sucesso. Com o cadastro feito, o aluno deverá responder ao Questionário do Estudante até dia 21 de novembro.

Enade

O Enade será aplicado no dia 25 de novembro e vai avaliar 27 áreas do conhecimento. A prova é voltada para estudantes que estão concluindo cursos de graduação. O exame é obrigatório, e a situação de regularidade do estudante no exame deve constar em seu histórico escolar.

O exame é o principal componente para o cálculo dos indicadores de qualidade dos cursos e das instituições de ensino superior. A cada ano, avalia um grupo diferente de cursos superiores. A avaliação se repete a cada três anos.

As áreas que serão avaliadas em 2018 são as seguintes:

Grau de Bacharel: Administração; Administração Pública; Ciências Contábeis; Ciências Econômicas; Comunicação Social – Jornalismo; Comunicação Social – Publicidade e Propaganda; Design; Direito; Psicologia; Relações Internacionais; Secretariado Executivo; Serviço Social; Teologia; Turismo.

Grau de Tecnólogo: Tecnologia em Comércio Exterior; Tecnologia em Design de Interiores; Tecnologia em Design de Moda; Tecnologia em Design Gráfico; Tecnologia em Gastronomia; Tecnologia em Gestão Comercial; Tecnologia em Gestão da Qualidade; Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos; Tecnologia em Gestão Financeira; Tecnologia em Gestão Pública; Tecnologia em Logística; Tecnologia em Marketing; Tecnologia em Processos Gerenciais.

(Fonte: Agência Brasil)

Morreu na noite de ontem (9), no Rio de Janeiro, o escritor, advogado, sociólogo e cientista político Hélio Jaguaribe, aos 95 anos. Ele estava em casa, no Bairro de Copacabana, e teve falência múltipla de órgãos. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL), onde Jaguaribe ocupava a cadeira número 11 desde 2005.

Segundo divulgou a ABL, o presidente da instituição, Marco Lucchesi, determinou que a bandeira da academia fosse hasteada a meio mastro. “Hélio Jaguaribe foi um dos últimos grandes intérpretes de nosso país. Estudou o Brasil para transformá-lo, mediante uma abordagem desenvolvimentista, com a fundação do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), nos anos 50”, declarou o presidente.

Lucchesi lembrou da trajetória de Jaguaribe na defesa da indissociabilidade entre ação e pensamento, “como Darcy Ribeiro e Celso Furtado, que o precederam na cadeira 11 da Academia Brasileira de Letras”. Entre a vasta obra do imortal, estã “A dependência político-econômica da América Latina” e “Um estudo crítico da história”.

Nascido no Rio de Janeiro, em 1923, Hélio Jaguaribe se formou em direito pela Pontifícia Universidade Católica em 1946. Iniciou, em 1952, um projeto de estudos, ao lado de outros jovens cientistas sociais, para reformular o entendimento da sociedade brasileira, fundando o Instituto Brasileiro de Economia, Sociologia e Política (Ibesp). No órgão, Jaguaribe foi secretário-geral e também diretor da revista “Cadernos de Nosso Tempo”.

Por iniciativa dele, foi constituído, em 1956, o Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), ligado ao Ministério da Educação, para promover altos estudos no campo das ciências sociais. Com o golpe militar de 1964, Jaguaribe foi lecionar nos Estados Unidos, ficando na Universidade de Harvard, de 1964 a 1966; na Universidade de Stanford, de 1966 a 1967 e no Massachusets Institute of Tecnology.(MIT), de 1968 a 1969. Retornou ao Brasil em 1969, quando ingressou no Conjunto Universitário Cândido Mendes.

Foi decano do Instituto de Estudos Políticos e Sociais desde sua fundação, em 1979, até 2003, continuando as pesquisas ativamente como decano emérito. Recebeu o título de doutor “honoris causa” da Universidade de Johannes Gutenberg, de Mainz, Alemanha (em 1983); da Universidade Federal da Paraíba (em 1992); e da Universidade de Buenos Aires (em 2001). Recebeu, também, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico em 1996 e a Ordem do Mérito Cultural em 1999.

O corpo de Jaguaribe será velado na quarta-feira (12) na Sala dos Poetas Românticos, no Petit Trianon da ABL, a partir das 10h. O sepultamento está previsto para as 15h do mesmo dia, no Mausoléu da Academia no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Ele deixa a viúva Maria Lucia Charnaux Jaguaribe e cinco filhos: Anna, Roberto, Claudia, Beatriz e Isabel.

(Fonte: Agência Brasil)