O filme “A Vida Invisível”, indicado brasileiro para disputar o Oscar, retrata toda uma geração de mulheres nascidas na primeira metade do século XX, disse o diretor do longa, Karim Aïnouz. Entre essas mulheres, está a própria mãe do diretor, que morreu poucos dias antes que ele lesse os originais ainda não publicados à época do romance “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha.
Naquela ocasião, em 2015, Aïnouz conta que tinha escrito uma carta para parentes e amigos íntimos antes do velório de sua mãe. “Era muito importante que eu contasse pelo que ela passou, como ela conseguiu me criar sozinha, sendo o arrimo de família, o que ela tinha feito na trajetória profissional dela”, lembrou ao participar de um debate na sexta-feira (25), na 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Itau Cultural.
Poucos dias depois, ao ler o livro enviado pela produtora que o havia convidado para dirigir a adaptação da obra para o cinema, Aïnouz disse que viu várias semelhanças entre as histórias. “De alguma maneira eu me senti contemplado quando eu li o manuscrito porque era muito do que eu tinha escrito sobre a trajetória da minha mãe, que faria 90 anos no mês de dezembro”, disse ao lembrar que sua mãe nasceu no mesmo ano da estrela do filme, Fernanda Montenegro (1929).
“O que eu tinha escrito sobre a minha [mãe] era um pouco o que a Marta escrevia sobre as mulheres da geração da minha mãe”, acrescentou.

Adaptação
Na sinopse, a história se passa no Rio de Janeiro dos anos 1950, quando Eurídice, com 18 anos, e Guida, com 20, são duas irmãs fortemente ligadas em um lar conservador. A primeira sonha em ser pianista e a outra em viver um grande amor. As duas acabam separadas pelo pai por quase toda a vida. O projeto para o filme começou em 2015, mas o livro só foi para as livrarias em 2016.
O pontapé inicial para que o livro que ainda não tinha sido publicado se tornasse uma grande produção cinematográfica veio da diretora-assistente Nina Kopko. À época, ela trabalhava na produtora responsável pela realização buscando histórias com potencial para se tornarem filmes. “Quando li o livro, ele me tocou muito porque eu sinto desde que eu entrei na faculdade de cinema que eu tinha uma necessidade de buscar referenciais de mulheres, que é algo que a gente carece em diversas áreas”, disse.
Mesmo nas leituras iniciais, Kopko disse que já começava a ver a possibilidade de fazer uma das grandes alterações que foram feitas entre a obra escrita e a que foi para as telas: a substituição do tom de humor irônico pelo drama melodramático. “Aquilo me bateu muito forte, obviamente pensando na história da minha mãe, das minhas tias, da minha avó. Apesar de o livro ter um tom bastante irônico, ali eu vi um cheiro de melodrama”, disse.
A história das duas irmãs que se desencontram nos caminhos da vida acabou se tornando um texto base para a narrativa do filme. “O primeiro desafio do processo foi colocar o livro em ordem cronológica. Porque o livro tem muitos pulos que, em literatura, funcionam, mas que não necessariamente funcionariam em uma narrativa cinematográfica”, explicou o roteirista Murilo Hauser a respeito desse processo de construção.
Espírito das personagens
Mais do que transformar o romance em cenas, Hauser disse que se apropriou do espírito das personagens. “A Eurídice passa boa parte da vida tentando se expressar de formas diferentes. Ela costura, cozinha, quer publicar um livro de receitas. Ela tem várias tentativas que são proibidas. Ela nunca consegue fugir daquele âmbito da casa dela”, resume sobre os conflitos vividos pela protagonista.
“O que eu tentei foi ser fiel com relação aos personagens”, enfatiza o diretor ao explicar que as duas histórias acabam sendo mesmo muito diferentes. Ele assume, no entanto, que foi muito mais “cruel” com as vidas imaginadas no romance do que a autora.
Apesar de todas as alterações em relação ao livro, Aïnouz disse que se sentia confortável em ter um bom texto base para se apoiar para a construção do filme. “Era a sensação de ser um trapezista em um circo que tinha rede, que você podia cair porque tinha uma rede que te aparava ali”.
Exibições e prêmios
“A Vida Invisível” só será lançado comercialmente nos cinemas no próximo dia 21 de novembro. Entretanto, estão sendo feitas diversas pré-estreias em algumas capitais. Nesse sábado (26), ele foi exibido em Recife (PE), hoje (27), em Teresina, e, na segunda-feira (28), em Brasília.
Em maio, “A Vida Invisível” foi premiado na mostra Um certo olhar, que integra o prestigiado Festival de Cannes, na França.
A cerimônia do Oscar está agendada para o dia 9 de fevereiro. O anúncio dos filmes estrangeiros finalistas ao Oscar será no dia 13 de janeiro. A última vez que uma produção brasileira concorreu na categoria foi em 1999, com “Central do Brasil”, de Walter Salles. O filme contava com a participação da atriz Fernanda Montenegro, que concorreu ao Oscar de melhor atriz naquele ano.
(Fonte: Agência Brasil)
A uma semana da primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019, que será aplicado nos dias 3 e 10 de novembro, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) conversou com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, sobre os preparativos do exame.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) quer usar imagens para reconhecer os participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir do ano que vem. A ideia, segundo o presidente do Inep, Alexandre Lopes, é que os estudantes forneçam sua foto na hora de fazer a inscrição e que a imagem seja usada para a verificação da identidade na hora da aplicação do teste.


A Copa Santa Inês de Futebol Amador, competição patrocinada pela Drogarias Globo e pelo governo do Estado por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, está prestes a definir todos os times classificados para as semifinais da competição. Neste fim de semana, serão realizadas as três últimas partidas da fase de grupos e, em todas, está em jogo uma vaga nos mata-matas. As partidas ocorrerão no Campo do Robertão, no Bairro São Benedito, em Santa Inês.
No domingo (27), é a vez de definir os times classificados nos Grupos C e D. Às 8h, o Fluminense não terá uma missão simples para chegar às semifinais. O time tricolor precisa vencer por três ou mais gols de diferença sobre o já eliminado Operário para continuar vivo no torneio. Se o Flu não conseguir, a vaga ficará com o Peniel, que folga na rodada.
São Cristóvão 100%
As partidas estão sendo realizadas sempre aos sábados e domingos no Campo do Robertão, no Bairro São Benedito, em Santa Inês. Tudo sobre a Copa Santa Inês de Futebol Amador está disponível nas redes oficiais do evento (@copasantainês).
O deputado federal Juscelino Filho visitou, nesta quarta-feira (23), o novo presidente do Incra. Geraldo Melo Filho tem a missão de agilizar a regularização fundiária, uma das prioridades do Planalto
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (22), por 329 votos a 86, o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 523/19, que contém o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) relacionado a lançamentos de satélites a partir da Base de Alcântara (MA), assinado entre Brasil e Estados Unidos em março deste ano. A proposta já tramitava em regime de urgência desde o dia 4 de setembro.
A Taça Maranhão de Base de Futebol 7 será atração neste fim de semana, em São Luís, com uma rodada cheia. Ao todo, a Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7) confirmou a realização de 20 partidas, distribuídas entre as categorias Sub-6, Sub-8, Sub-10 e Sub-12. Os jogos ocorrerão em três locais: A&D Eventos, Clube da Bola e Arena Calhau.
Também na manhã de sábado, o Clube da Bola recebe outros quatro jogos: Palmeirinha/Uniceuma x Grêmio Maranhense (Sub-8), Meninos de Ouro/AABB x Cescla (Sub-10), Vasco x Grêmio Vinhais (Sub-12) e Amafut x Titans (Sub-12).
Domingo