O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou pelo Twitter, nesta quarta-feira (10), uma consulta aos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sobre a nova data para realização das provas – adiadas por causa da pandemia de covid-19. Os inscritos poderão responder à consulta entre os dias 20 e 30 de junho. “Cada um poderá votar individualmente em sua Página do Participante”, destacou Weintraub.
Taxa
O anúncio da consulta coincide com o último dia para quitar a taxa de inscrição do Enem 2020. Quem não atendeu aos critérios de isenção e não fez o pagamento deverá criar a Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) na Página do Participante, no valor de R$ 85, e pagar em qualquer banco, casa lotérica ou agência dos Correios. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) reforça o alerta para que os participantes fiquem atentos ao horário e às regras dos correspondentes bancários.
Também devido às medidas restritivas impostas pela pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Educação (MEC), por meio do Inep, garantiu a gratuidade da taxa de inscrição aos 4,8 milhões de participantes que se enquadraram nos requisitos para a isenção. O reconhecimento foi assegurado de ofício, sem a necessidade de um pedido formal.
A edição 2020 do Enem recebeu 6,1 milhões de inscrições, e 5,7 milhões já estão confirmadas. Na sexta-feira (12), serão divulgados os resultados para as solicitações de atendimento especializado. A publicação é individual na Página do Participante e, para casos de indeferimento, o Inep abrirá o prazo de 15 a 19 de junho para interposição de recurso.
Quarta-feira é dia de “saborear” textos literários. O BLOG DO PAUTAR abre espaço para o amigo e escritor Fernando Braga. O projeto LITERATURA MARANHENSE é uma iniciativa que tem a finalidade de despertar o interesse pela leitura de bons textos... da nossa literatura. Aproveite... Bom apetite!
Foi Bandeira Tribuzi na redação do “Jornal do Dia”, em São Luís, quem primeiro me falou do poeta Fernando Ferreira de Loanda, o qual pensei que, em se tratando de um poeta português, de sua geração, e pela benquerença com que o tratava, tivera sido seu contemporâneo em Coimbra. Depois, Nauro Machado clareou-me dizendo que Fernando Ferreira de Loanda era um poeta português de Angola, mas já naturalizado brasileiro e um dos mais legítimos representantes da geração de 45 e que fora o editor de “Rosa da Esperança”, livro de poemas de Tribuzi, publicado, no Rio de Janeiro, pelo grupo “Orfeu”, revista dirigida ao tempo por Fernando Ferreira de Loanda.
Fernando Ferreira de Loanda [Luanda-Angola, 1924 – Rio de Janeiro, 2002] surgiu no panorama poético, no início dos anos 50, emergindo com uma tradição propensa ao assombro e à rebeldia, fenômenos naturais à condição humana, para juntar-se a outros jovens como Lêdo Ivo, Astrid Cabral, Thiago de Mello... É o escritor Wilson Martins quem diz: “Prefaciando, em 1991, o que parece ter sido o seu último volume de versos [‘Kuala Lumpur’], Lêdo Ivo, que foi um dos maiores poetas da geração, assinalava que, em sua atividade editorial, Fernando Ferreira de Loanda lançou praticamente todos os poetas então emergentes”. “Foi ele o primeiro editor ‘comercial’ de João Cabral, ao apresentar, nos ‘Poemas reunidos’ (1954), uma obra então rara. E a esse nome consular, acrescentemos os de Afonso Félix de Sousa, Darcy Damasceno, Nilo Aparecido Pinto, Péricles Eugênio da Silva Ramos, Marly de Oliveira, Octavio Mora, Marcos Konder Reis, Domingos Carvalho da Silva, Walmir Ayala, Gilberto Mendonça Teles, Stella Leonardos e tantos outros que constituem a chamada ‘Geração de 45’[...]”.
Fundou, com Lêdo Ivo, Darcy Damasceno, Fred Pinheiro e Bernardo Gerson, a “Revista Orfeu”, dirigindo-a no Rio de Janeiro, de 1947 a 1953, à maneira da portuguesa, de Fernando Pessoa, Mário-Sá Carneiro e José Almada Negreiros...
O jornalista José Nêumanne Pinto organizou e publicou pela “Geração Editorial”, em 2001, a antologia d’ Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século, um dos raros instrumentais que se tem sobre o poeta, já que pouca coisa sobre a vida dele está disponível na “internet”.
“Ele foi uma personalidade relevante no cenário literário tanto como escritor, quanto como editor, compilando as produções de poemas de seus contemporâneos da geração de 45”. Vejam este “Poema para os estudiosos e biógrafos”: “Não me expliquem: prisma, de mil faces, / sou insondável, abissal. / A poesia não é um espelho; é um estado momentâneo. / Se me retrato, logo me desdigo, / transfiguro-me, horizontalizando minhas emoções e incertezas. / Amo o imprevisto, / dói-me o que adivinho; / não me ofereçam / banquetes mastigados. / A clareza não a tenho à superfície; / é necessário uma faca para fazê-la flutuar; / vão ao cerne; / sou quarto crescente na lua cheia. / Não me expliquem pelas palavras, pelo bigode nem pelo cachimbo”.
Seu livro “Signo da Serpente” foi premiado pela Academia Brasileira de Letras, “a chegar frio e sem mais nenhuma esperança”, como diz alguns dos seus amigos. Fernando de Loanda publicou “Antologia da Nova Poesia Brasileira”; “Do amor e do mar”; “Equinócio”. “Kuala Lumpur”; “Oda a Bartolomé Dias y otros poemas” [em espanhol], além de produções em revistas, jornais e espalhadas em palestras e conferências.
O escritor Carlos Pacheco, amigo do poeta, escreve em “Um poeta sepultado vivo”, no qual apuramos este seu grito natural de revolta: “[...] Realmente o mundo das letras, de língua portuguesa acaba de perder um dos seus maiores vultos, só que de uma forma gritantemente absurda: enquanto em todos os quadrantes de língua espanhola – do México à Argentina, incluindo a Espanha – se exalta a poesia de Fernando Ferreira de Loanda, pujante de beleza estética e densidade discursiva, no Brasil, longe disso, essa poesia tem sido emparedada pelas capelinhas, quando não menos votada ao ostracismo. Em Portugal, por incrível que pareça, são raros os que a conhecem”.
Nada mais se sabe... Foram esses os motivos, ou outras vertentes existem? O mundo das artes tem desses mistérios...
Ouçamo-lo em “Viseu Revisited”: “Não falo das ruas da minha infância, / nem as nomeio, para que ignorem a pequenez do meu mundo. / Tinham, porém, fauna e flora, as árvores davam sombra e frutos, / os homens bom-dia e os pássaros cantavam”.
Por fim, neste “Homem de incoercível esperança”, oferecido a Gabiono-Alejandro Carriego, enfeixado em “Poemas da Rua Quito”, Fernando Ferreira de Loanda canta: “Homem de incoercível esperança / transita, sem sonhos ou amanhã, / cúmplice, intemporal, urde a teia, / e ante o silabar e o afresco / trânsfuga, transmuta, transige. / Repetir sempre, tudo já foi dito; / importa é como dizê-lo, insinuá-lo. / Não te acovardes ante a palavra implume. / Se desbotada ou erodida, dá-lhe tua seiva, tua vivência – investe: / morre quem ousa, quem ousa ama”.
Ou ainda: “Acabaram com os bondes / e a paisagem dói; / tentam dinamitar a poesia / os poetas da paróquia, / ardilosos, confundem / o incauto forasteiro, / vendem gato por lebre. / Sê surdo: o exílio / em tua casa, entre os livros, / é a solução; na balança, / a amabilidade de um / ou o impropério de outro / só tem peso para a tua vaidade. / Que falem em vão ao vento”.
E Carlos Pacheco, finaliza triste: “Tudo terminou, para ele e em grande parte para todos, na melancolia cinzenta dos triunfos extintos”. ”Os poetas da minha geração, a malograda, / e os posteriores, os antolhados frívolos da glória, / esqueceram-se de colocar a chave sob o tapete”, cantou por derradeiro o poeta Fernando Ferreira de Loanda em “Ode para Walt Whitman ou Efraim Huerta”.
Este angolano-brasileiro e carioca de adoção faria 78 anos em 19 de setembro de 2002, e poucos dias antes de seu falecimento, a Academia Brasileira de Letras o premiou pelo conjunto de sua obra, prêmio de que tomou conhecimento, mas não chegou a receber.
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* Fernando Braga, in ‘Conversas Vadias’ [Toda prosa], antologia de textos do autor.
Quais os caminhos dos processos de comunicação pós-pandemia? Quais as experiências vivenciadas pelos profissionais da área de comunicação e de outras áreas que deram certo? O que levar em consideração com o cenário criado pela Covid-19? Esses e outros questionamentos serão debatidos no Inspire e Comunique. Um projeto da Inspirar Comunicação que tem por objetivo contar histórias de profissionais da Comunicação que, diante da pandemia do novo coronavírus, tiverem que criar, reformular as maneiras de se comunicar. Teremos, também, a presença de pessoas que, mesmo não sendo profissionais da área, potencializaram a maneira de repassar informações durante esse período. No primeiro diálogo, a “expertise” da jornalista Ironara Pestana, que integra a equipe de comunicação do Hospital São Domingos, organização que, sendo da área médica, foi uma das mais demandadas em termos de serviços, informação e transparência com seu público, com a imprensa e com a sociedade maranhense de modo em geral.
O primeiro diálogo ocorre nesta quarta-feira (10/6), às 19h30. O canal de divulgação será o meio que se consolidou durante a crise sanitária: o digital. Especificamente, a entrevista desta quarta-feira será veiculada no Instagram das jornalistas Yndara Vasques (@yndaravasques), Franci Monteles (@francimonteles) e da Inspirar Inovação e Comunicação (@inspirar_inovacaoecomunicacao).
As profissionais de comunicação pensaram no Inspire e Comunique a partir de uma necessidade do mercado. A crise sanitária oportunizou e consolidou uma nova forma de fazer negócios e prestar serviços, o “on-line”. “Além do meio digital, as pessoas passaram por experiências traumatizantes. É preciso compreender qual o conteúdo a ser repassado em momento de tanta reflexão interna”, enfatizou a jornalista Franci Monteles. O pensar a comunicação requer uma reconstrução das estratégias a partir de uma revisitação da missão, dos valores da organização, da singularidade e da história do empreendimento. “Mais do que nunca, é preciso comunicar com sensibilidade, solidariedade, empatia. Uma comunicação assertiva, nem a positividade e nem pessimismo tóxico”, enfatizou Yndara Vasques.
Os diálogos serão realizados semanalmente, com pessoas contando suas histórias na comunicação. Trazendo experiências para contribuir na construção de um modelo de comunicação, principalmente após a pandemia da Covid-19.
Inspirar Inovação e Comunicação Contatos:
Yndara Vasques e Franci Monteles (98 9 82 20 39 48)
O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) comemorou a concretização de um importante projeto: o curso de Medicina na cidade de Santa Inês. O edital do processo seletivo foi lançado, no dia 5, pela Faculdade ITPAC, e as inscrições estão abertas. Serão 50 vagas, para o segundo semestre, a serem preenchidas de acordo com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos anos de 2015 a 2019, devendo o candidato escolher uma delas.
“A luta é antiga. Começou há três anos, quando iniciei as conversas com o então ministro da Educação, Mendonça Filho. Desde a autorização do órgão, publicada no Diário Oficial em dezembro de 2017, trabalhamos muito para vencer cada etapa desse processo. Os detalhes que faltavam vieram depois da mais recente reunião que tive no MEC, em março deste ano. Valeu a pena todo o esforço”, relatou Juscelino Filho.
Ainda de acordo com o parlamentar do Democratas, a importância do curso vai além da formação de médicos. “Ele também vai gerar renda, empregos e desenvolvimento na cidade e em toda a região, que poderá tornar-se um polo universitário do Estado. Na pessoa da prefeita Vianey Bringel, parabenizo e agradeço a todos que contribuíram para a realização desse sonho. E aos que vão concorrer a uma vaga na histórica primeira turma, desejo boa sorte”, disse.
A prefeita Vianey Bringel também celebrou a conquista. “É de suma importância para o nosso município, tanto educacional, para a saúde e a economia, quanto historicamente. Tenho certeza de que vai ser a chave essencial para outros cursos que serão instalados futuramente, tornando Santa Inês uma cidade referência na região. Agradeço também o empenho do deputado Juscelino Filho em trazer o curso”, frisou.
Das 50 vagas ofertadas para o segundo semestre, cinco serão apresentadas com bolsa integral de estudos. O curso terá duração de 12 semestres, em tempo integral. As inscrições custam R$ 100 e devem ser feitas no “site” www.facamedicina.com.br. A Faculdade ITPAC Santa Inês é mantida pelo Instituto de Ensino Superior Presidente Tancredo de Almeida Neves (IPTAN).
A Década dos Oceanos, instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), começa hoje (8) – Dia Mundial dos Oceanos – em todo o mundo. Diplomatas, ambientalistas e cientistas esperam que, nos próximos dez anos, a humanidade aumente o conhecimento sobre as águas que cobrem 70% do planeta e proteja melhor essa imensidão, que absorve um terço do gás carbônico produzido pela atividade humana, retém o aquecimento global e serve à subsistência direta de bilhões de pessoas.
Esta segunda-feira também é o Dia Mundial dos Oceanos, instituído durante a conferência Rio-92 para promover a conservação de espécies e “habitat”, diminuir a poluição e a escassez de recursos por causa da sobrepesca.
“Fonte de bens e serviços que sustentam a humanidade, os oceanos são importantíssimos para o funcionamento do planeta e para o bem-estar. A gente precisa conhecer mais e cuidar mais”, defende Alexander Turra, professor titular do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) e responsável pela cátedra Unesco para Sustentabilidade dos Oceanos.
Turra, que, também, faz parte da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, alerta que, neste momento de pandemia de covid-19, “diminuiu o esforço de fiscalização nos oceanos”. Ele teme que o afrouxamento esteja sendo aproveitado para a sobrepesca e para a pirataria.
Em oito anos da década passada (2011-2018), aconteceu uma média de 257 casos de pirataria marítima por ano em todo o planeta, segundo o International Maritime Bureau (IMB).
Difícil vigilância
Crimes marítimos e acidentes nos oceanos podem ser de difícil investigação. Alexander Turra lembra que, até hoje, os brasileiros não sabem como 3.600 quilômetros do litoral, da Reserva Extrativista do Cururupu (Maranhão) até São João da Barra (Rio de Janeiro), foram atingidos por manchas de petróleo.
Por análise da composição molecular, sabe-se que o óleo foi extraído da Venezuela, mas não se sabe a causa da ocorrência da mancha, criminosa ou acidental, como vazamento de uma embarcação ou naufrágio em alto-mar.
Turra lamenta que não seja possível saber o dano total do incidente e mesmo se os efeitos já cessaram. “Visualmente, o aspecto é de melhora, porém o efeito de longo prazo ainda está sendo avaliado. A gente não sabe qual é a sua magnitude”. De acordo com dados da Marinha, foram recolhidas mais de 5 mil toneladas de óleo em 11 Estados.
O pesquisador preocupa-se com a possibilidade de que “esse tipo de sinistro possa acontecer de novo”. Como forma de prevenção e controle, ele defende a pesquisa conjunta entre as universidades federais e a Marinha. Também espera que haja melhora na fiscalização do tráfego marítimo internacional, inclusive com o monitoramento da interrupção de comunicação dos navios (transponder), que impede a rastreabilidade por embarcação.
Neste domingo, vamos tirar algumas dúvidas sobre acentos gráficos.
Dicas gramaticais
1. CAJU ou CAJÚ?
O certo é CAJU.
REGRA:
Só acentuamos as palavras oxítonas terminadas em “a”, “e” e “o”, seguidas ou não de “s”:
A(S): sofá, sabiá, atrás, aliás...
E(S): café, você, invés, chinês...
O(S): cipó, avô, avós, propôs...
OBSERVAÇÃO 1:
As formas verbais terminadas em “a”, “e” e “o”, seguidas dos pronomes LA(S) ou LO(S) devem ser acentuadas:
encontrá-lo, recebê-la, dispô-los, amá-lo-ia, vendê-la-ia...
OBSERVAÇÃO 2:
Acentuamos a palavra PORQUÊ quando está substantivada:
“Não sei o porquê de tudo isso”.
OBSERVAÇÃO 3:
Não se acentuam as oxítonas terminadas em:
I(S): aqui, Parati, anis, barris, dividi-lo, adquiri-la...
U(S): caju, bauru, Bangu, urubus, compus, Nova Iguaçu...
AZ, EZ, OZ: capaz, talvez, feroz...
OR: condor, impor, compor...
IM: ruim, assim, folhetim...
2. GRAJAU ou GRAJAÚ?
O certo é GRAJAÚ.
REGRA:
Acentuam-se as vogais “i” e “u” tônicas, quando formam hiato com a vogal anterior e ficam sozinhas na sílaba ou com “s”:
Gra-ja-ú, ba-ú, sa-ú-de, vi-ú-va, con-te-ú-do, ga-ú-cho, eu re-ú-no, ele re-ú-ne, eu sa-ú-do, eles sa-ú-dam;
I-ca-ra-í, eu ca-í, eu sa-í, eu tra-í, o pa-ís, tu ca-ís-te, nós ca-í-mos, eles ca-í-ram, eu ca-í-a, ba-í-a, ra-í-zes, ju-í-za, ju-í-zes, pre-ju-í-zo, fa-ís-ca, pro-í-bo, je-su-í-ta, dis-tri-bu-í-do, con-tri-bu-í-do, a-tra-í-do...
OBSERVAÇÃO 1:
A vogal “i” tônica antes de “NH” não recebe acento agudo:
rainha, bainha, tainha, ladainha, moinho...
OBSERVAÇÃO 2:
Não há acento agudo quando formam ditongo e não hiato:
gra-tui-to, for-tui-to, in-tui-to, cir-cui-to, mui-to, sai-a, bai-a, que eles cai-am, ele cai, ele sai, ele trai, os pais...
OBSERVAÇÃO 3:
Não há acento agudo quando as vogais “i” e “u” não estão isoladas na sílaba:
ca-iu, ca-ir-mos, sa-in-do, ra-iz, ju-iz, ru-im, pa-ul...
Teste da semana
Assinale a opção que completa, corretamente, as lacunas da frase abaixo:
"Na _________ plenária, estudou-se a __________ de direitos territoriais a __________".
(a) sessão – cessão – estrangeiros;
(b) seção – cessão – estrangeiros;
(c) secção – sessão – extrangeiros;
(d) sessão – seção – estrangeiros.
Resposta do teste: Letra (a).
SESSÃO é “qualquer tipo de reunião”: sessão de cinema, sessão espírita, sessão do júri, sessão plenária; CESSÃO é o “ato de ceder”; SEÇÃO é “divisão, departamento, setor, parte” e SECÇÃO é o “ato de seccionar”, ou seja, “corte”. ESTRANGEIRO deve ser escrito sempre com “s”.
Para promover uma corrente solidária visando a arrecadação de livros a serem doados durante a pandemia do novo coronavírus, a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (Sececrj) lançou o projeto Rota da Leitura.
Os doadores farão o agendamento prévio, sem necessidade de sair de casa, e um carro será disponibilizado gratuitamente para buscar os exemplares nos endereços fornecidos.
O material será utilizado para montagem de salas de leitura e libertações de livros em locais com baixos índices de leitura e pouca oferta de equipamentos culturais. Os doadores receberão um diploma de Amigo da Leitura.
A secretária de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, afirmou que um dos compromissos é incentivar a leitura entre os cidadãos.
“Para isso, sempre realizamos eventos de doação de livros. Agora, estamos também pedindo a contribuição da sociedade civil. Você que tem livros e gostaria de compartilhar conhecimento, pode entrar em contato para fazer a doação. Pela cultura e literatura, vamos incentivar novos leitores para manter essa prática muito especial”, argumentou.
Traçando a rota
O carro da secretaria vai percorrer, a cada semana, uma região do município do Rio de Janeiro. A rota será traçada a partir da colaboração dos doadores.
Quem quiser doar pode entrar em contato pelo WhatsApp (21) 99906-3675 e fazer o agendamento.
Serão aceitos, no mínimo, dez livros no roteiro a ser traçado, que podem ser de qualquer estilo e não restritos a publicações didáticas, de caráter pedagógico usado nas escolas. Os livros devem estar em bom estado de conservação.
O superintendente de Leitura e Conhecimento da Sececrj, Pedro Gerolimich, disse que serão efetuadas triagens nos livros recolhidos, de modo a garantir todos os procedimentos técnicos da quarentena em um período de pandemia. “Cumpriremos todas as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, adiantou.
Libertação de livros
Durante o período de isolamento social imposto para impedir a expansão da covid-19, a secretaria não deixou de realizar os eventos de libertação de livros. Nesse período, foram doados 1.388 exemplares.
Uma das ações foi realizada no Retiro dos Artistas, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio, onde 52 idosos receberam 100 livros. A secretaria também levou livros para a ação do Dia das Mães da organização não governamental (ONG) Efeito Urbano, no Morro da Providência, no Bairro da Gamboa, região central do Rio.
Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o Projeto Guapiaçu, iniciativa da Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), situada no município de Cachoeiras de Macacu, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, decidiu aproveitar a Semana do Meio Ambiente para lançar uma trilha virtual, dedicada a estudantes e a amantes da natureza. O passeio virtual foi a forma encontrada pelo projeto de não interromper o trabalho de educação ambiental realizado há muitos anos com alunos da rede pública de ensino da região sobre a Mata Atlântica, disse à Agência Brasil a coordenadora-executiva do projeto, Gabriela Viana. Hoje (5), é o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e apoio das prefeituras de Cachoeiras de Macacu e Itaboraí, o projeto já atingiu mais de 26 mil pessoas com atividades de educação ambiental, incluindo visitas, seminários e cursos, sendo 10 mil estudantes, e restaurou 160 hectares de áreas degradadas, com o plantio de 300 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica.
A iniciativa da trilha virtual permite que as pessoas interessadas, sem sair de casa, aproveitem o isolamento social para percorrer a trilha Grande Vida, primeira da região com acessibilidade para cadeirantes e pessoas com deficiência visual. A trilha tem 1.400 metros e recebeu placas interpretativas com conteúdo de educação ambiental, como formação do solo, biodiversidade, espécies da Mata Atlântica, ciclo hidrológico. “A cada ano, fazemos uma melhoria, com o objetivo de oferecer aos estudantes, principalmente das redes públicas municipais e estaduais, uma vivência em uma área de Mata Atlântica”.
Educação lúdica
Gabriela destacou que, embora a maioria desses estudantes viva na área rural, não tem o hábito de fazer uma trilha e de receber esse conteúdo de forma lúdica. “Esse é o objetivo da trilha”. O projeto continua agora ampliando a ação para atender alunos do município de Itaboraí. Como a pandemia impediu os dirigentes do projeto de receber, fisicamente, esses estudantes, a opção foi criar uma trilha virtual que permita aos jovens, mesmo em casa, terem contato com a natureza.
O “tour” (visita) virtual oferece imagens de alta resolução, com narração de todo o conteúdo e sons da natureza para que os jovens tenham esse contato com a Mata Atlântica e, inclusive, se sintam estimulados a, após o retorno à normalidade, fazer a visita ao vivo, sentindo o cheiro do mato, ouvindo os pássaros e conhecendo o que existe na trilha e em toda a reserva, disse a coordenadora. Lembrou que, em momentos de isolamento, especialmente nas cidades, educadores observam que a falta de contato com a natureza pode criar mais ansiedade, principalmente entre os jovens.
Ganhos de escala
Gabriela disse que, com o patrocínio da Petrobras, o Projeto Guapiaçu ganhou escala e pôde oferecer aos alunos da rede pública de ensino oportunidade de lazer e passeios. “Em tudo que a Regua fazia em termos de restauração florestal e educação ambiental houve um ganho de escala. Nós ampliamos muitas áreas de restauração e, também, as atividades de educação ambiental. As melhorias na trilha foram decorrentes desse patrocínio”. Foi aumentada, ainda, a capacidade de receber mais alunos. Atualmente, a reserva trabalha desde a educação infantil até o ensino médio. “É um programa integrado”.
Para as crianças mais novas, a estratégia envolve trabalhar com personagens, entre eles um casal de antas, animais cuja reintrodução na natureza é feita pela reserva, em parceria com o Instituto de Educação Federal e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Gabriela afirmou que, há mais de 100 anos, não era feita reintrodução de antas na floresta. A educação para essa faixa etária é feita por meio de jogos interativos de tabuleiro que, devido à covid-19, são colocados no “site” do projeto, com contação de histórias sobre a importância da natureza para a vida das criaturas de todas as espécies.
A partir de 7 anos, as crianças são recebidas na trilha. Para os mais velhos, que estão cursando o ensino médio, foi estabelecido um programa de monitoramento dos recursos hídricos, que funciona como ferramenta de educação ambiental. Foram selecionados, agora, mais de 50 estudantes da rede pública que receberiam capacitação dentro da reserva.
Com a pandemia, foi criada uma plataforma de capacitação virtual. Durante 24 meses, eles vão acompanhar os técnicos da Regua coletando água em 12 pontos dos rios Macacu, Guapiaçu e Caceribu, que passam por análise físico-química e biológica. “É uma forma de sensibilização dos estudantes sobre a importância de cuidar dos recursos hídricos”. Gabriela lembrou que, atualmente, a equipe da reserva conta com duas educadoras ambientais que foram capacitadas pelo projeto.
Dentro da floresta
A coordenadora disse, ainda, que, quando os estudantes entram na trilha, se sentem como em uma grande floresta. Lembrou, no entanto, que a área foi reflorestada há apenas 15 anos. “É a primeira área que foi reflorestada pela Regua, justamente para dar a mensagem de que o homem não é só capaz de destruir. O homem é capaz de construir também, de recuperar o meio ambiente”.
A trilha virtual em 360 graus tem duração média de 25 minutos. Na presencial, gasta-se cerca de uma hora para percorrer toda a trilha. Para acessá-la, a pessoa deve entrar no “site” do projeto, se cadastrar e iniciar o passeio. Gabriela Viana afirmou que o cadastro é importante para que a reserva possa entrar em contato depois com as pessoas e ver se há interesse de fazer também visitas presenciais após o fim da pandemia.
Em sua terceira fase, iniciada este ano, o Projeto Guapiaçu pretende reflorestar mais 100 hectares, ou o equivalente a cerca de 100 campos de futebol, com 130 mil mudas produzidas no viveiro da reserva, em sua maioria plantadas com sementes coletadas na região. A reserva conta hoje com 32 pessoas entre veterinários, biólogos, geógrafos, guias florestais, pedagogas, historiadores e reflorestadores.
A Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua) é uma organização não governamental (ONG) com mais de 16 anos, situada na sub-bacia do Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu. O principal objetivo é proteger a Mata Atlântica e sua biodiversidade do desmatamento, da caça e da exploração predatória de recursos naturais. A proposta inclui ainda restaurar “habitat” nativos, reintroduzir espécies extintas, inventariar a biodiversidade local e fazer um trabalho de educação ambiental com a comunidade.
O Senado aprovou, nesta quinta-feira (4), o Projeto de Lei 10.75/2020, que institui um apoio financeiro para o setor cultural devido à pandemia do novo coronavírus. As atividades do setor (cinema, “shows” musicais e teatrais, entre outros) foram um dos primeiros a parar quando a epidemia se tornou uma realidade no Brasil. O projeto segue para sanção presidencial.
O projeto prevê o pagamento de auxílio emergencial mensal para os trabalhadores da área cultural, além de um subsídio mensal para manutenção de espaços artísticos e culturais, microempresas e pequenas empresas culturais. Para dar esse apoio ao setor, o projeto determina que a União repasse R$ 3 bilhões aos Estados, municípios e Distrito Federal, responsáveis pela aplicação dos recursos necessários de sustentação do setor.
Além disso, o PL prevê a realização de editais, chamadas públicas e prêmios, dentre outros artifícios, com a finalidade de desenvolver atividades de economia criativa e economia solidária no setor, além de propiciar a realização de atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela “internet”.
“Em todo o mundo, uma das primeiras medidas tomadas para diminuir os riscos de contaminação foi o fechamento de museus, salas de cinema, teatros e centros culturais, assim como o cancelamento de ‘shows’ e outros espetáculos artísticos”, disse o relator do projeto no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). O relator acrescentou a necessidade do Estado de “adotar medidas que ofereçam o apoio necessário para que o segmento cultural possa superar as árduas condições trazidas pela pandemia”.
Vários senadores, como Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Weverton Rocha (PDT-MA) e Rose de Freitas (Podemos-ES), dentre outros, decidiram retirar as emendas que tinham apresentado ao projeto, para facilitar sua aprovação sem alterações de mérito. Assim, o projeto pôde seguir para sanção presidencial, sem ter que voltar à Câmara para uma reanálise.
Lei Aldir Blanc
O PL foi batizado de Lei Aldir Blanc, em homenagem ao escritor e compositor carioca Aldir Blanc, que morreu há exatamente um mês, em decorrência de complicações causadas pela covid-19.
O nome da lei foi proposto pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), relatora da matéria na Câmara.
Usando um método de medição aérea remota, cientistas descobriram a maior e mais antiga estrutura da antiga civilização maia de que se tem conhecimento: uma plataforma elevada retangular colossal construída entre 1.000 e 800 a.C. no Estado mexicano de Tabasco.
A estrutura, ao contrário das altas pirâmides maias de cidades como Tikal, na Guatemala, e Palenque, no México, erguidas cerca de 1.500 anos atrás, não foi feita de pedra, mas de argila e terra e, provavelmente, era usada para rituais em massa, disseram pesquisadores nessa quarta-feira (3).
Situada em local chamado Aguada Fênix, perto da fronteira com a Guatemala, a estrutura media quase 400 metros de largura, 1.400 metros de comprimento e entre 10 e 15 metros de altura. Seu volume total ultrapassava o da Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, construída 1.500 anos antes.
Não havia sinais de esculturas retratando indivíduos notáveis, o que sugere que, àquela altura, a cultura maia era mais comunal (bens e modos de produção coletivos) e, só mais tarde, desenvolveu a desigualdade social e uma sociedade hierarquizada, liderada pela realeza, segundo os pesquisadores.
"Por ela ser tão larga horizontalmente, se você caminha por ela, parece uma paisagem natural", disse Takeshi Inomata, arqueólogo da Universidade do Arizona que liderou a pesquisa publicada no periódico científico “Nature”. "Mas sua forma surge belamente no 'Lidar”.
Lidar, uma abreviação de Detecção e Alcance de Luz, é uma técnica de medição remota que emprega pulsos de laser e outros dados obtidos sobrevoando um local, para produzir informações tridimensionais sobre a forma das características da superfície.
Nove estradas e vários reservatórios eram ligados à estrutura. Algumas partes rurais de Aguada Fênix estão cobertas por pastagens hoje em dia, e outras estão arborizadas.
"É provável que muitas pessoas de áreas próximas se reunissem para ocasiões especiais, possivelmente ligadas a ciclos do calendário", disse Inomata. "Os rituais provavelmente envolviam procissões ao longo das estradas e dentro da praça retangular. As pessoas também depositavam objetos simbólicos, como machados de jade, no centro do planalto".