A Escola Sesc do ensino médio, no Rio de Janeiro, vai oferecer um programa de tutoria educacional gratuita para mais de 800 alunos do país, com foco em uma educação “humanizada e personalizada”, anunciou a instituição.
Os participantes do Programa de Tutoria Educacional a Distância (Pted) receberão apoio nas disciplinas curriculares por meio de videoaulas e com acompanhamento direto de educadores especializados, bem como apoio específico voltado ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tudo por meio de uma plataforma digital. O apoio será prestado durante os três anos do ensino médio, informou a escola.
Aprendizagem
“Esse é um programa que busca aprendizagem mediada pela tecnologia, mas a partir de uma educação humanizada e personalizada, para que esses jovens atendidos tenham educadores apaixonados por ensinar à disposição deles, trabalhando juntos para realizar sonhos”, disse o diretor da Escola Sesc, Luiz Fernando Barros, em comunicado sobre a iniciativa.
As inscrições para a tutoria começam em 18 de agosto, no “site” da Escola Sesc, e alunos de escolas públicas e de menor renda familiar terão prioridade na seleção.
O Rio Pajeú passa por diversos municípios no Estado de Pernambuco. Só na microrregião do Pajeú, são uns 17. Mal comparando, o rio parece um espesso fio líquido (e incerto, já que sazonal) unindo cidades como se fossem contas ou camândulas em um imenso terço ou rosário.
Praticamente bem no centro do Estado, na parte norte, na divisa com a Paraíba, está o município de Flores, por onde, neste leriado, começamos a construir a resposta para a pergunta-título deste texto.
Flores é velha que nem pé de serra. O início de sua história remonta ao século XVI, lá pelas metades do ano de 1589. Nesse ano, chegou a uma aldeia, nas terras da hoje Flores, pelo Rio Pajeú, uma expedição de portugueses e índios escravizados, uma das muitas expedições que o administrador colonial lusitano Garcia d’Ávila enviava para colonizar regiões e ampliar seu latifúndio, que chegou a 800.000 quilômetros quadrados de área, 40 vezes o tamanho de um país como Israel.
O que a expedição luso-indígena não contava é que, quando ela aportou no hoje Alto das Flores, tiveram todos os expedicionários aprisionados pelos índios tapuias, que, exatamente naquele dia, estavam em festas, homenageando um chefe índio da aldeia da Baixa Verde, nas terras do hoje município de Triunfo, dali das vizinhanças, digamos assim.
Os expedicionários foram mortos, exceto duas meninas, cuidadas pelos tapuias como pequenas deusas. Aracê e Moema, foram os nomes indígenas que as meninas receberam. As meninas ensinaram a língua portuguesa para índios e os ajudaram a ser mais tolerantes com os ditos brancos. Cerca de 15 anos depois, em 1603, apareceu nova expedição, mas aí o tratamento foi outro. Novas e melhores habitações foram construídas – transferência de tecnologia...
E a história de Flores se foi fazendo... Em 1783, era oficialmente distrito. Em 1810, vila – extinta em 1851 e recriada em 1858. E, finalmente, em 1º de julho (dia e mês em que o poeta e jornalista Rogaciano Leite nasceu...) de 1909, Flores ganha sua autonomia, transformando-se em município e cidade-sede.
Como diz o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão do governo federal, “o município de Flores, outrora, compreendia uma vasta região que iniciava onde hoje se situa o município de São José do Egito, indo até o atual município de Tacaratu”.
Pois bem. Todos que tentam puxar a naturalidade de Rogaciano Leite para São José do Egito ou para Itapetim saibam uma coisa: as terras de diversos municípios aí na região são endodivisões (divisões internas), são áreas, nacos, pedaços dos chãos da antiga Flores.
E como é que a naturalidade (local de nascimento) de Rogaciano Bezerra Leite entra na história?
Você conhece o provérbio que diz que “o futuro a Deus pertence”. Uma pessoa que nasce e é registrada no seu município não tem qualquer condição de saber se, mais tarde, tempos depois, anos, décadas ou séculos adiante o território de um município vai ser desmembrado.
Digamos, só por hipótese, que a menina Aracê, a mais velha daquelas duas que os índios adotaram na antiga terra de Flores, em 1589, transformou-se em uma escritora famosa. Ainda no terreno da hipótese, Aracê foi registrada como filha de Flores – portanto, era florense. Flores é município independente desde 26 de maio de 1858, confirmado por lei de 3 de agosto de 1892.
Em 1º de julho de 1909, Afogados de Ingazeira, por sua vez, torna-se município (era distrito desde 1836), desmembrado do território de Flores. Digamos que as terras de Aracê estivessem na parte que ficou para o município de Afogados de Ingazeira. E agora, o registro de nascimento de Aracê tem de ser mudado, para substituir Flores por Afogados de Ingazeira?
Mas a história anda... São José do Egito (que era distrito desde 21 de março de 1872) torna-se município independente, desmembrado de Afogados de Ingazeira. As terras de Aracê ficaram com São José do Egito. E aí? Nossa personagem Aracê, que inicialmente era de Flores, depois se mudou para Afogados de Ingazeira, agora terá de registrar-se como filha de São José do Egito...
Por fim, das terras de São José do Egito sai a área territorial de Itapetim, transformado em município em 29 de dezembro de 1953... e a parte do antigo território de Aracê ficou com Itapetim. Afinal, qual a naturalidade dessa moça Aracê? Ela foi transformada em trânsfuga de sua própria terra, com um novo registro de nascimento a cada desmembramento territorial, a cada divisão municipal que inclua o pedaço de chão onde ela se criou...
Percebe-se que isso não faz sentido. Do mesmo modo com Rogaciano Leite. E se o Sítio Cacimba Nova, o chão onde ele nasceu viesse a compor o território de um novo município, desmembrado de Itapetim, qual seria a cidade de nascimento de Rogaciano? E quem assegura que o futuro não reserve outras divisões municipais? Basta ver o tamanho das comunas, cidades ou o que corresponda a município em diversos países da Europa – lugares pequenos com pouquíssimos milhares, senão centenas, de moradores e uns poucos quilômetros de área.
Acham que isso é impossível? Nasci na mesma terra de Gonçalves Dias e Coelho Netto: Caxias, Maranhão. O sítio onde Gonçalves Dias nasceu atualmente faz parte de outro município, ali vizinho a Caxias. Agora, imagine se o pai de Gonçalves Dias, um português, para evitar o clima “pesado” contra os lusitanos, tivesse ido com a esposa grávida para as matas do hoje município maranhense de Itinga do Maranhão, cujas terras integravam o território da antiga Caxias. Ora, Itinga saiu de Açailândia, que saiu de Imperatriz, que saiu de Grajaú, que saiu de Pastos Bons, que saiu de Caxias. Então, o poeta Gonçalves Dias, que nascera caxiense, teria de mudar a certidão e tornar-se pastos-bonense, depois grajauense, depois imperatrizense, depois açailandense e, por fim, itinguense?
Decididamente, não faz sentido. Rogaciano Leite nasceu em 1920, quando a terra em que respirou pela primeira vez era parte do município de São José do Egito, e assim deve constar de sua certidão de nascimento. Quando Rogaciano morreu no Rio de Janeiro (RJ), em 7 de outubro de 1969, Itapetim, tornado município em 29 de dezembro de 1953, tinha completado 16 anos...
Câmara Cascudo, em sua apresentação ao livro “Carne e Alma”, de Rogaciano Leite, publicado em 1950, diz, com data de 10 de junho de 1948, que “Rogaciano revive as florestas de Gonçalves Dias”. Pois a menção ao meu conterrâneo caxiense lembra-me do quanto Gonçalves Dias, em seus poemas, cantou Caxias. Se não bastasse a certidão de nascimento, poemas de Gonçalves Dias atestariam sua naturalidade...
Assim também com Rogaciano Leite. Ele cantou a sua terra. No longo “Poema de Minha Terra”, depois de declarar que “nasceu num recanto do meu sertão – que amo tanto!”, que se criou “lá na Fazenda”, Rogaciano não se faz de rogado e, como em uma rogação, ao final da poesia, data: “São José do Egito – Pernambuco, 1943”. Seis anos antes, no poema “Uma Noite na Fazenda”, dedicado a seu irmão José Bezerra Leite, Rogaciano datava assim: “Cacimba Nova – São José do Egito, 1937”. Dois anos depois, compusera “Flamboyant (Enfermo)”, para esta árvore, que morria; e na datação: “Cacimba Nova – São José do Egito, 1939”. Aqui, Rogaciano estava com 19 anos e encerra o poema, um soneto decassilábico, escrevendo que ia “morrer, talvez, com vinte e dois”.
Na “Canção de Agradecimento”, para pessoas de Santos (SP), que “concorreram para a publicação” de seu livro “Carne e Alma”, Rogaciano Leite, em décimas heptassílabas (estrofes de dez versos de sete sílabas) diz de onde vem e quem é no primeiro verso: “Venho de longe [...]”. E nas linhas iniciais da terceira estrofe: “Sou José: numa cilada / Venderam-me a Faraó!”
Essa “Canção”, datada de 13 de novembro de 1950, uma segunda-feira, não consta do livro “Carne e Alma”. Foi publicada em uma edição de domingo, 19 de novembro de 1950, do jornal “A Tribuna”, de Santos. Página inteira. Convém anotar que poesia, no mais das vezes, é uma forma “diferenciada” de dizer certas coisas. Na “Canção do Agradecimento”, os dois primeiros versos da terceira estrofe – “Sou José: numa cilada / Venderam-me a Faraó!” – também podem se referir à cidade de nascimento de Rogaciano Leite. O antropônimo “José” e o título “Faraó” podem estar evocando uma das origens do politônimo (nome de cidade) “São José do Egito”. A imagem de São José, que veio para a cidade, apresentava o santo calçado com botas, o que seria um costume do Egito. A estória pegou e terminou compondo o nome do município. Ainda por cima, classificaram-se na cidade três “dinastias” de poetas (“faraós”) nascidos em São José do Egito: a primeira seria a de Antônio Marinho do Nascimento (5/4/1887-29/9/1940), chamado “A Águia do Sertão” e considerado um dos maiores cantadores de todos os tempos; a segunda, de Rogaciano; e a terceira, de Lourival Batista Patriota, o Louro do Pajeú (6/1/1915-5/12/1992), considerado “O Rei do Trocadilho” e também um dos mais famosos poetas populares do Brasil. Todos os três “faraós” nascidos em terras de São José do Egito. Segundo o “site” da Prefeitura de São José do Egito, “esses homens, com seu lirismo, ajudaram a disseminar as sementes da poesia pelo mundo”.
Enfim, do ponto de vista legal e, sobretudo, poético-literário-cultural, Rogaciano Bezerra Leite nasceu em território do município de São José do Egito, 33 anos antes da emancipação de Itapetim. Como, pelo que se sabe, Rogaciano não tirou segunda via de seu registro de nascimento entre 1953 e 1969, quando morreu, nasceu, viveu e faleceu como egipciense.
No mundo do Direito, há expressões como “verdade registral”, “verdade biológica” e “verdade socioafetiva”. Eu acrescento outras duas: “verdade histórico-cultural” e “verdade geopolítica”. O Código Civil (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002), diz, em seu Artigo 1.604, que “ninguém pode vindicar estado contrário ao que resulta do registro de nascimento, salvo provando-se erro ou falsidade do registro”. Forçando a interpretação (já que a Lei é ela e a interpretação dela), se o registro de Rogaciano o põe como criança nascida em São José do Egito, daqui ele é. Talvez, se ele perdesse sua certidão e fosse tirar uma segunda via após a autonomia de Itapetim, ele sairia do cartório com um registro dando-o como itapetinense, em razão de o lugar onde nasceu agora pertencer ao território de Itapetim. Mas não foi o caso.
Vencida a “verdade registral”, temos a “verdade biológica”: Rogaciano, quando nasceu (e nascer é ato biológico), nasceu em terras do município de São José do Egito.
Quanto à “verdade socioafetiva”, até os versos (como listados acima) e, quem sabe, outros textos rogacianianos mencionam São José do Egito com os elementos básicos de formação de vida de uma criança, de um menino, de um adolescente... O maior registro de nascimento é esse que se vê e não se vê na alma do ser nativo, nascidiço.
A “verdade histórico-cultural” tem muito da “verdade socioafetiva”: são os elementos da terra natal identificáveis na obra do escritor.
E a “verdade geopolítica” é a que contempla Itapetim, antigo distrito de São Pedro das Lajes, depois Itapetininga até a redução para o atual topônimo: por um ato político-administrativo, legal, o antigo distrito de Itapetim é emancipado e seu território, desmembrado do município-pai (São José do Egito), vem com o pedaço de chão (geografia) em que Rogaciano Bezerra Leite nasceu.
A “verdade geopolítica” está ao lado de Itapetim. Por exemplo: Se um turista vai a São José do Egito e diz que quer conhecer o lugar onde Rogaciano nasceu... tem de ir até Itapetim. Ponto. É a “verdade geopolítica” (um pedaço de terra que, por um ato político de redivisão municipal, passou a fazer parte da geografia do novo ente federativo municipal). Agora, se um turista for a Itapetim e pedir para ver uma cópia da certidão de nascimento... ter-se-á de apresentar aquela, e única, que foi assentada no cartório da velha São José do Egito...
Do ponto de vista legal, pode haver dupla (ou tripla etc.) nacionalidade. Mas não se sabe de dupla naturalidade. Pois a naturalidade é uma questão de vida, e a nacionalidade, uma questão de viver. Em termos de vida, só se nasce uma vez – pelo menos cada um de nós, aqui na Terra. Em termos de viver, é uma questão de modo – “modus vivendi”, uns tempos, está em um país; outros tempos, naqueloutro...).
Enfim, não se pode sair por aí alterando a certidão de nascimento de todo filho ilustre que nasceu em lugares que foram assumidos por novos municípios. Se olharmos detidamente a genealogia dos Estados e de muitos municípios, constatar-se-á o quanto em muitos deles ocorreram endodivisões, bipartições, tripartições, multipartições. Um nascituro e seus pais não têm controle sobre isso. A cidade de quem nasce é a cidade onde ele nasceu. Claro, há a possibilidade legal de, por meio da Justiça, adequar-se a uma nova realidade geopolítica, desde que isso seja uma expressão de vontade do indivíduo ou uma determinação judicial mandatória, imperativa, obrigatória.
Quem compulsar e pesquisar biografias poderá, sem muito esforço, com algumas averiguações, confirmar diversas situações de pessoas ilustres que nasceram em um determinado lugar que, depois, passou a território de outro – e nem por isso se está deblaterando ou requerendo a naturalidade legal forçada dos filhos ilustres. Outros tempos e outros grandes filhos poderão nascer nos dias que hão de vir...
Portanto, em uma só oração, ou frase: Rogaciano Bezerra Leite é egipciense nascido em terras atualmente itapetinenses.
A propósito, o IBGE grafa “egipsiense”, o que é evidente lapso. Por outro lado, tenho que a formação correta do gentílico para quem nasce em São José do Egito deveria ser “egitense”, por vir de “Egito”, ou, se quisesse, “são-joseense”, designativo para habitantes de, pelo menos, 14 municípios no Brasil. Por outro lado, pode-se argumentar que “egípcio” é “relativo ao Egito”; assim, de “egípcio” faz-se “egipciense”, o que se constitui em uma evidente “terceirização” na formação de adjetivo gentílico, já que a palavra “egípcio” não consta do nome. Em favor dos egipcienses, também se pode dizer que as palavras “soteropolitano” e “ludovicense” não derivam de palavras que estejam na composição do nome Salvador (BA) ou de São Luís (MA) – apenas são, “terceirizadamente”, gentílicos provindos da forma grega de “Salvador” (“sotérion”) e da forma latina de “Luís” (“Ludovicus”). Melhor ficar quieto...
Encerrando, transcrevo o que já escrevi sobre assunto idêntico, acerca da naturalidade de Gonçalves Dias, que nasceu em Caxias mas seu chão de nascimento agora está no município de Aldeias Altas, como dito lá pelos começos deste texto:
“[...] O debate é válido. E, claro, tenho minha própria opinião, se é que ela vale algo”.
Minha opinião até agora é a de que não parece ser justo o querer transferir-se uma naturalidade em razão de endodivisões geográficas ou repartições internas de um território. Se isso vingasse, ocorreriam inúmeras situações de sucessivas “atualizações” de certidões de nascimento de uma mesma pessoa.
Será lógico, racional, nascermos em um município e não termos segurança histórica e legal de que não nos mudarão a naturalidade, pelo simples fato de que não podemos antever como as divisões e redivisões de um dado território acontecerão ao longo do tempo?
E como ficaria a situação ou a certidão de nascimento de pessoas que nasceram em terras de diversos Estados que, em séculos passados, pertenceram e, depois, "despertenceram" a outros Estados. São Paulo já pertenceu ao território do Rio de Janeiro, a cujo governo “ficou sujeito, tanto administrativamente como no Judiciário”, como anotou Ildefonso Escobar. Mais: São Paulo já foi também do território da Bahia, de cujo governo “ficou dependente”.
Por sua vez, o Paraná já pertenceu ao Estado de São Paulo.
Partes dos territórios de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso já foram de São Paulo.
A capital paranaense, Curitiba, e o Estado de Santa Catarina já foram paulistas.
São Paulo também já foi e “desfoi” do território do Rio de Janeiro, em um puxa-encolhe que, como sanfona, resfolegou, veio e voltou do século XVI ao século XVIII.
Isto posto – e é só uma amostra... –, dever-se-ia aplicar a lógica das sucessivas mudanças de naturalidade ao sabor e ao longo desses processos de redivisão e endodivisão? Faz sentido isso? Ora!... Uma hora determinado território é de município ou Estado ou país “X”, outra hora passa (ou pode passar) a pertencer a município, Estado ou país “Y”.
Então, ninguém está seguro de sua naturalidade. Haja tempo, esforço e outros recursos para a revisão de certidões de nascimento e atestados de óbito...
É... Pelo visto, corre-se o risco de não sabermos em que terra nascemos.
Estudantes interessados em concorrer a uma das cerca de 170 mil bolsas oferecidas pelo Programa Universidade para Todos (Prouni) têm até hoje (17), às 23h59, para concluir o formulário de cadastro no portal do aluno.
O Prouni oferece bolsas integrais e parciais para instituições de ensino superior da rede privada. Segundo o Ministério da Educação, essa edição do programa beneficiará 167.780 alunos que ingressarão no ensino superior. O programa dispõe de 60.551 bolsas integrais e 107.229 bolsas parciais, que cobrem 50% da mensalidade do curso selecionado.
“O Prouni é um programa de inclusão social de maior eficiência e eficácia. É um programa com meta clara e regras transparentes de concessão de benefícios fiscais. Não consigo pensar em um exemplo melhor de programa de transferência de renda e diminuição da desigualdade social”, afirmou a presidente da Associação Nacional das Universidades Privadas (Anup), Elizabeth Guedes.
Podem participar aqueles que fizeram a última edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e alcançaram no mínimo 450 pontos. Os interessados nas bolsas não podem ter recebido nota zero na redação.
Segundo Elizabeth Guedes, a execução do Prouni de 2020 foi impecável, apesar das circunstâncias da pandemia de covid-19 e dos entraves criados pela quarentena e pelo isolamento social. “Nunca houve uma edição tão transparente, eficiente e sem problemas como a deste ano. Hoje, quando terminar o prazo, todos os estudantes interessados em concorrer a uma bolsa do Prouni terão conseguido. Todas as inscrições foram feitas sem problemas de servidor, sem indisponibilidade de sistemas, com o ‘site’ no ar em 100% do tempo. Não haverá adiamento ou ampliação do prazo, já que todas as metas estabelecidas foram cumpridas”, ressaltou a presidente da Anup.
Impacto econômico
O Prouni de 2020 poderá ser responsável, em parte, pela recuperação econômica de instituições de ensino superior, diz Elizabeth Guedes. “Uma vez que a inadimplência no setor cresceu 70%, acompanhada da evasão, os fundos do Prouni garantem o pagamento de impostos sem uso de caixa. Com as bolsas, professores e alunos são mantidos em sala de aula, mesmo sem a previsão de normalidade”, explicou a executiva.
Calendário
O cronograma prevê, após o fim das inscrições, a divulgação do resultado da 1ª chamada no dia 21 de julho, a comprovação de informações da 1ª chamada até o dia 28 deste mês e o resultado da 2ª chamada no dia 4 de agosto.
Telonas e telinhas iluminadas. Ouvidos em êxtase. De trilhas para obras cinematográficas a vinhetas de abertura de telejornais. O violonista Eduardo Camenietzki, de 63 anos de idade, recorda que as batidas em instrumentos ou objetos se organizavam em melodias criativas desde a infância. Com atividade profissional desde 1983, mais de 400 composições, ele já experimentou diferentes sensações ao criar e se apresentar. Para o experiente músico, porém, uma sensação no ano passado foi especialmente “maravilhosa”. Ele foi o vencedor do Festival de Música da Rádio MEC na categoria de música clássica, com a composição “Três vinhetas para violino”. “Uma felicidade que eu não tinha sentido ainda”, garante. Camenietzki é um dos músicos que se apresenta neste sábado (18), em evento virtual, uma “live”, no anúncio dos semifinalistas do festival deste ano. A apresentação começa às 16h.
O evento vai mexer com os corações de muita gente. O festival contou com 1.029 inscrições nas nove categorias. A edição deste ano foi recordista em inscrições. A Comissão Julgadora selecionou as semifinalistas, que serão anunciadas no evento e veiculadas por um período de um mês na Rádio MEC. “Essa difusão é muito importante para nós artistas. As músicas tocam na rádio. É uma sensação incomparável”, destaca Eduardo Camenietzki.
Depois de um mês de divulgação, em que o público poderá votar pela “internet”, 12 músicas serão aclamadas finalistas em anúncio programado para o dia 27 de agosto.
O festival é organizado em quatro categorias: Música Instrumental, Música Clássica, Música Infantil e MPB. A premiação inclui a melhor composição e intérprete de cada categoria, como “Melhor Canção”; “Melhor Intérprete Vocal”; “Melhor Música Infantil”; “Melhor Intérprete Música Infantil”; “Melhor Música Instrumental”; “Melhor Intérprete Música Instrumental”; “Melhor Música Clássica”; “Melhor Intérprete Música Clássica”; além do prêmio de “Melhor Música Voto Popular (“internet”)”.
No caso de Eduardo Camenietzki, ele respira música em diferentes ambientes há tanto tempo, que criar e escrever integram uma rotina em poesia, entre bemóis e sustenidos. Gravou o primeiro disco em 1983, embora tenha registro na atividade desde os 15 anos de idade. Músico de câmara e pesquisador do assunto na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele já foi reconhecido fora do país, inclusive com a música que venceu o festival no ano passado.
Para este sábado, o vencedor com “Três vinhetas para violino” preparou duas peças para violão solo (instrumento principal dele) com ritmos distintos. Uma das atrações programadas é a música que ele fez para a série “O tempo e o vento , veiculada na TV Globo. “Preparei duas peças. Uma é a “Suíte gaúcha”, encomendada pelo ator e diretor Paulo José para o personagem Capitão Rodrigo. A outra é “Prelúdio em tempo de axé”, feita em meados de 1990, inspirada no samba-reggae.
Piano e hibridismo
Outra atração do evento de sábado é uma apresentação da pianista Deborah Levy, de 49 anos, que venceu o festival em 2018, com a música “Back to life”, na categoria de “Intérprete de Música Instrumental”. Ela conta que o resultado, na ocasião, trouxe nova energia e horizonte surpreendente para a carreira. “Foi maravilhoso porque tinha acabado de lançar o CD ‘Apimentada’. Me fortaleceu como instrumentista. Fiquei muito emocionada”, lembra. A música (com título em inglês) foi feita nos Estados Unidos, onde vivia, e composta em um navio (em que trabalhava como musicista), depois de decidir que voltaria ao Brasil para retomar a carreira. “Era uma volta à vida. Pensando para este momento em que estamos vivendo, também pode ser considerado inspirador”.
Sob inspiração deste momento da pandemia, a musicista desenvolve, desde março, o projeto “Nossa melhor visão do mundo”, com oito “singles”. O primeiro, “Isolamento e cura” (que ela vai tocar no sábado, com “Back to life”), e o segundo, “Dança da Lua Cheia”, já foram lançados. No dia 24, ela veicula o terceiro, “A queda das sombras”. Obra da pianista mistura jazz e elementos de diferentes gêneros da música brasileira, como as influências de compositores mineiros e cariocas. Uma artista inspirada por mestres de diferentes gêneros que identifica a sua obra como híbrida e instrumental, com referências do samba, choro, maracatu, baião e frevo. “Amo a música brasileira”.
Por falar em música popular, outro artista que irá apresentar-se é o violonista Raphael Gemal. Ele foi finalista na edição de 2019 (com “Tema de Hipólita”) e foi compositor, em 2005, em parceria com Ricardo Spilman, de “Chamada”, que venceu com a interpretação de Valéria Lobão. As duas músicas serão apresentadas na “live” deste sábado. “São duas canções que nós gostamos muito. Vou levar meu violãozinho pra tocar e cantar para o pessoal. Esses resultados nos trazem uma felicidade muito grande. Uma honra receber esse reconhecimento da Rádio MEC. Só de pensar que estamos no acervo dessa rádio tão representativa é uma honra muito grande”, diz o compositor de 52 anos de idade, profissional desde 1995. Lá se vão mais de 100 trabalhos de sua autoria. A paixão pela música nasceu quando criança. “Teve um período que eu ficava escutando minha mãe tocar piano. Levava a bacia e também ficava batucando. Foi sempre uma forma muito natural”.
Natural também foi para o professor de música e compositor Hamilton Catette, outra atração de sábado. Ele venceu, no ano passado, com a música “Pezinho de maracujá”, na categoria de música infantil. “Foi uma enorme emoção. No ano anterior, a música ‘O banho’ foi finalista. Só de estar ali, foi uma satisfação muito grande. Nesse festival tão importante, no dia da premiação, eu estava tão exultante que colecionei sementes de maracujá e dei para todo mundo. Quando vi que tinha ganhado, eu pulei muito”.
Hamilton é formado em psicologia. “Durante o estágio em escola, eu me aproximei da educação infantil. São 40 anos dedicados a isso. Foi uma grande alegria ter abraçado a carreira de professor de música para infância”. Neste sábado, vai levar o violão e uma energia boa para os músicos e para a rádio. Ele, como os outros concorrentes, sabe que, cada música em um festival tradicional como esse, pode significar uma transformação e um novo fôlego para criar. Querem espalhar sementes de arte a cada vez que o som ecoar.
Você pode fazer companhia a essa galera, ouvir as produções e, ainda, perguntar e participar. A “live” é interativa. Não perca, clique aqui e assista a partir das 16h deste sábado.
Em 10 de janeiro deste ano, um caxiense por adoção, nascido em Parnaíba (PI), escreve-me:
“Edmilson, você que já deve ter lido muito, adquirido muito conhecimento, tira uma dúvida de um curioso-teimoso, que não concorda com o Mílson Coutinho [desembargador e historiador maranhense, nascido em Coelho Neto], quando ele fala que a origem da palavra “Trizidela” [sic] é de 3 aldeias, que ficavam do outro lado do rio aqui em Caxias. Aí eu pergunto: Será que em Pedreiras, Codó, Coroatá, na Maioba, tinham 3 aldeias também? Aí já vi também que falam: “O que fica do outro lado do rio”. Mas como pode ser, se Caxias começou pela Trizidela? Aí outros falam: “A parte menos importante da cidade, a terça parte”; e eu pergunto: Índio sabia fazer cálculo matemático? Só não vejo uma Trizidela ficar do lado direito do rio, só do esquerdo. Há poucos dias, eu estava em Pedreiras e discutíamos sobre isso. O que você sabe sobre?”
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O fato de Codó, Coroatá, Pedreiras e até municípios brasileiros fora do Maranhão terem bairros, distritos, povoados ou outros lugares com o nome “Tresidela” apenas confirma a influência de Caxias na região, no Estado, no país.
A fundação oficial de Codó é de 1896, embora com registros de povoamento a partir de 1780. A fundação de Coroatá é de 1920, mas desde 1843 que fora desmembrada do território de Caxias. Pedreiras também foi fundada em 1920, mas há registros como vila desde 1889.
Portanto, o ano mais antigo entre os seis acima é o de 1780, início da chegada a Codó de portugueses, fazendeiros maranhenses, africanos escravizados, índios e imigrantes da Síria e do Líbano.
Por sua vez, a palavra “tresidela” tem primeiro registro documentado a partir de 1757 – pelo menos 23 anos antes de 1780 e dezenas (senão centenas) de anos antes de uma localidade codoense, coroataense e pedreirense ser batizada com o nome “Tresidela”.
“Tresidela”, afirmo (até provas em contrário), é nome, é palavra genuinamente caxiense, pois Caxias tem história cujo início vem da segunda década de século XVII, lá por 1612, mais ou menos.
Como havia três aldeias na área da hoje Tresidela, o caxiense Gonçalves Dias, grande estudioso de etnografia, tupinólogo, pesquisador, autor de dicionário de língua indígena, foi o primeiro a afirmar e registrar que a palavra “tresidela” é corruptela da expressão “três aldeias”. Grandes dicionários, como o brasileiro “Houaiss” (o maior da Língua Portuguesa), também creditam essa etimologia à palavra “tresidela”, cujo significado é sempre relacionado a uma posição geográfica, um aspecto topográfico, ou seja, uma localidade, uma povoação, um bairro, situados em um dos lados de um rio e próximos a um lugar maior, geralmente uma cidade, a sede de um município. O “Houaiss” define o substantivo comum “tresidela” como “localidade ribeirinha vizinha à cidade mais importante, na margem oposta do rio”.
Desconheço qualquer registro que ligue a palavra “tresidela” à expressão fracionária “terça parte”, ainda que, epidermicamente, uma ou outra pessoa queira relacionar a uma fração as letras iniciais (“tres-”) ou a sílaba equivocadamente grafada “tri-”. Nesse campo da imaginação e da superficialidade nem é bom entrar...
Também, a palavra “tresidela”, como denominadora de bairro ou povoação (e, no Maranhão, nome até de município – Tresidela do Vale), nada tem a ver com a localização de uma ou da outra margem de um rio, se direita ou esquerda.
Como está nas definições, “tresidela”, além de um localismo (vocábulo próprio de um lugar), é palavra de indicação geográfica, geoterritorial.
Nascido em Caxias, o termo “tresidela”, até pela baita influência econômica e sociocultural – mas sobretudo econômica – da cidade, migrou para outros municípios e territórios, onde também deu nome, por identidade geográfica, à região na outra margem de um rio e contígua, fronteiriça ao local sede do município, assemelhado ao que era/é na terra caxiense onde teve origem a palavra.
Assim, e finalmente, até provas em contrário:
a) “tresidela” (substantivo comum) ou “Tresidela” (nome próprio – topônimo e politônimo) é palavra com, pelo menos, 263 anos de existência documentada, pois há registro de uso dela desde 1757;
b) a etimologia da palavra “tresidela”, segundo registrou Gonçalves Dias, vem da aglutinação e corruptela da expressão “três aldeias”, que identificava uma região de aldeias próxima ao rio Itapecuru, no início de Caxias – “início” conforme a história contada e escrita por nós, os “brancos”, embora saibamos que naquele território bem há mais tempo viviam populações autóctones, indígenas. Ressalve-se que há quem discorde do processo de formação da palavra “tresidela” como oriunda de “três aldeias”, mas também não se propôs nenhuma alternativa etimológica;
c) para quem respeita a própria Língua que utiliza, a grafia da palavra deve ser, sempre, “tresidela” ou “Tresidela”, onde remanescem as letras do predecessor numeral “três”, da primitiva expressão com função toponímica “três aldeias”. A ideia da expressão “três aldeias” esteve em parte presente – sem o numeral – nos diversos topônimos e politônimos que nomearam Caxias ao longo de sua história: São José das Aldeias Altas, Freguesia das Aldeias Altas, Arraial das Aldeias Altas, Distrito de Caxias das Aldeias Altas (criado antes de 1735), Vila de Caxias das Aldeias Altas (criada por alvará de 31 de outubro de 1811) e, por força da Lei Provincial nº 24, de 5 de julho de 1836, apenas Caxias, cujo topônimo, pela importância histórica, cultural, social e econômica do município, foi escolhido para dar nome a títulos de nobreza (como o de Duque de Caxias) e a grandes cidades das regiões Sul e Sudeste: Caxias do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, e Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
A propósito, historie-se que a hoje gaúcha Caxias do Sul, que tanto quis ser só “Caxias”, chamava-se inicialmente “Campo dos Bugres”, nome que perdurou até 1877. A partir de 11 de abril de 1877, em homenagem ao militar Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, passou a chamar-se “Colônia de Caxias”, assim permanecendo até 1884.
Nesse ano, foi denominada “Santa Teresa de Caxias”, topônimo que ficou até 20 de junho de 1890, quando, na condição de vila, passou a chamar-se “Caxias”, nome que manteve em sua elevação à categoria de cidade pela Lei Estadual nº 1607, de 1º de junho de 1910. Trinta e quatro anos depois, com o Decreto-Lei Estadual nº 720, de 29 de dezembro de 1944, a cidade foi redenominada, passando oficialmente a chamar-se “Caxias do Sul”, não sem antes ter feito persistentes e infrutíferas tentativas para obrigar nossa Caxias, do Maranhão, a mudar de nome – o que, como se sabe, não aconteceu e o que, como também se sabe, seria um desrespeito a tantas lutas e conquistas históricas, culturais, políticas, econômicas etc. da cidade maranhense e seus filhos.
Por outro lado, fundada em 1943, a fluminense cidade de Duque de Caxias era um local de estação ferroviária conhecido até 1931 como “Meriti”, que integrava o 8º distrito do município de Nova Iguaçu. O governo do Rio de Janeiro, pelo Decreto nº 2.559, de 14 de março de 1931, criou, na antiga região de Meriti, o distrito a que se denominou “Caxias”. Doze anos depois, em 31 de dezembro de 1943, o Decreto-Lei nº 1.055 elevava o distrito de Caxias à categoria de município, com o nome de “Duque de Caxias”.
Lembre-se que, à época, havia norma legal no país que proibia que dois municípios tivessem o mesmo nome. Daí que tanto Caxias do Sul (RS) quanto Duque de Caxias (RJ), que originariamente chegaram a se chamar apenas “Caxias”, tiveram, eles, de mudar de denominação...
... pois, no Brasil, assim como a caxiensidade da denominação “Tresidela”, a única, ímpar, singular, exclusiva, só e simplesmente Caxias é a nossa cidade-mãe, cujo início de formação histórica remonta a mais de quatro séculos...
Como se dizia n’outros tempos: antiguidade é posto...
Em uma cerimônia fechada, no Palácio do Planalto, tomou posse, nesta quinta-feira (16), o novo ministro da Educação, Milton Ribeiro. Ele foi nomeado para o cargo na semana passada. O presidente Jair Bolsonaro, que se recupera da covid-19, participou da solenidade diretamente do Palácio do Alvorada por meio de videoconferência, de onde assinou o termo de posse do novo auxiliar.
Em seu primeiro discurso no cargo, Ribeiro falou em abrir um diálogo nacional pela educação e prometeu prioridade para o ensino técnico.
“Queremos abrir um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e educadores que, como eu, estão entristecidos com o que vem acontecendo com a educação em nosso país, haja vista nossos referenciais e colocações no ‘ranking’ do Pisa [Programa Internacional de Avaliação de Estudantes]. Ainda, por meio do incentivo a cursos profissionalizantes, desejamos que os jovens tenham uma ponte ao mercado de trabalho, uma via para que atinjam seu potencial de contribuição para o nosso país", disse o ministro.
O novo titular do MEC afirmou que políticas e filosofias educacionais, que considera equivocadas, "desconstruíram a autoridade do professor em sala de aula" e disse que vai apoiar iniciativas para recuperar essa autoridade.
"Muitas vezes, o que acontece é o que a gente vê na TV, de professores sendo agredidos, desrespeitados e aquilo que eu puder, como ministro da Educação, apoiar as iniciativas, nós precisamos resgatar o respeito pelo professor".
Em um breve discurso, Jair Bolsonaro também falou sobre a necessidade de recuperar o respeito ao professor em sala de aula. "Os professores são praticamente nossos segundos pais, são aqueles a quem devemos respeito e reconhecimento por aquilo que nos ensinam e ficará para sempre em nossas vidas. Não é fácil a vida de professor nos dias atuais", disse.
O presidente agradeceu Milton Ribeiro por ter aceitado o convite e destacou alguns desafios que o novo auxiliar enfrentará no MEC. "É um ministério grande, complexo, com autonomia de setores, dependendo, às vezes, de conselhos para se tomar decisões. Não é fácil a vida do ministro e dele depende, em grande parte, o futuro da nossa nação."
Perfil
Milton Ribeiro é doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduado em direito e teologia. Desde maio do ano passado, integrava a Comissão de Ética da Presidência da República.
Ribeiro é o quarto ministro da Educação do governo Bolsonaro. Ele tem a trajetória ligada à Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde foi reitor em exercício, vice-reitor e superintendente de pós-graduação “lato sensu”. Ele também fez parte do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie e da Comissão de Ética e Compliance da mesma instituição.
No discurso de posse, o novo ministro comentou sobre sua trajetória na instituição, com vinculações religiosas, mas ressaltou que sua gestão na pasta será balizada pela Constituição e pelo respeito ao Estado laico.
"Conquanto tenho a formação religiosa, meu compromisso está bem firmado e bem localizado em valores constitucionais da laicidade do Estado e do ensino público".
Milton Ribeiro tomou posse como ministro da Educação na tarde desta quinta-feira (16), no Palácio do Planalto.
Milton Ribeiro é doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e graduado em Direito e Teologia. Desde maio de 2019, é membro da Comissão de Ética da Presidência da Reública.
O presidente Jair Bolsonaro, que se recupera da covid-19, participou da cerimônia por videoconferência no Palácio da Alvorada.
Hoje mais cedo, Milton Ribeiro publicou em sua conta no Twitter que terá "honra e responsabilidade" ao tomar posse como ministro da Educação e que tem dívida com o Brasil, especialmente com a escola pública.
O setor de intercâmbio e Turismo, atividades cuja existência depende de mobilidade, foi um dos mais atingidos pela crise mundial causada pela Covid-19. As restrições sanitárias, impostas, de forma necessária pela Organização Mundial de Saúde (OMS), atingiram forte o setor que emprega milhões de pessoas e movimenta economias de países no mundo todo.
Com a crise instalada, uma das condutas essenciais em momentos como esses é utilizar estratégias de comunicação para a empresa manter os laços com seu público. É o que faz o empresário Antônio Bacelar Júnior, da empresa maranhense Via Mundo Intercâmbio e Turismo. Ele é o convidado do projeto Inspire e Comunique desta quinta-feira (16), às 19h30, na "live" conduzida pelas jornalistas Franci Monteles e Yndara Vasques (no Instagram @franci_monteles, às 19h30).
Sensível e atento às medidas restritivas de segurança impostas pelo Poder Público durante a quarentena, o empresário suspendeu as atividades na loja física, mas lançou mão de vários canais e ferramentas de comunicação com os clientes por meio de suas redes sociais: Facebook, Instagram, WhatsApp e outros.
Com a experiência de quem já passou por diversas crises econômicas ao longo desses 21 anos à frente da Via Mundo – embora esta seja sem precedentes – Antônio Bacelar falará como liderou a equipe e conduziu os trabalhos demonstrando empatia e solidariedade aos clientes, além de ajudá-los a solucionar os problemas e incentivá-los a não desistirem de seus sonhos e planos de vivenciarem experiências pelo mundo.
Muitos estudantes do Maranhão estavam no exterior fazendo intercâmbio, enquanto a empresa recebia também intercambistas estrangeiros em São Luís, só para citar alguns exemplos de atividades. “A comunicação com o cliente tem sido fundamental para permanecermos próximos, conectados e entendermos suas necessidades e estimulá-los a não desistirem, mas, sim, adiarem o sonho do intercâmbio cultural, que é um projeto de vida”, conta Antônio Bacelar
No momento, a empresa já reabriu as portas, atendendo aos protocolos de medidas sanitárias. Também solicitou ao governo federal o selo “Turismo Responsável - Limpo e Seguro”.
O Inspire e Comunique é um projeto das jornalistas Yndara Vasques e Franci Monteles que visa partilhar experiências em comunicação que possam inspirar ações e projetos.
Retomada com segurança
O Ministério do Turismo, criou protocolos sanitários para 15 segmentos do “trade” turístico como forma de contribuir com a retomada do setor. Especialistas são unânimes em afirmar, porém, que a retomada será lenta e exigirá várias mudanças de comportamento e conduta de empresas e clientes no que se refere a medidas sanitárias que garantam a segurança de clientes e funcionários.
Em todo caso, é necessário a união e esforços de todos – empresas, organizações e Poder Público – para erguer com segurança e responsabilidade uma atividade que produz milhões de empregos no Brasil e no mundo. Só no Brasil, o turismo contribui e movimenta com 8% da economia, envolve 50 diferentes segmentos e cria mais sete milhões de empregos diretos e indiretos.
Na data em que a cidade de Imperatriz completa 168 anos, o deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) assegurou recursos para a execução da obra de criação do Anel Viário, importante alça de trânsito que ajudará diretamente a diminuir e desafogar o fluxo viário na região. Ao todo, o parlamentar destinou R$ 4 milhões, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), para a realização dessa obra em Imperatriz.
“Nesta data especial, trago uma boa notícia, um presente para Imperatriz. Acabei de destinar R$ 4 milhões que estão sendo empenhados para uma obra de extrema importância para a cidade de Imperatriz. Trata-se do Anel Viário que vai interligar a BR-010 até a MA-122 que vai até João Lisboa, interligando aquela região onde será construído o Hospital do Amor, desafogando o fluxo viário. Conseguimos, por meio da Codevasf, garantir esses recursos e, nos próximos vinte dias, quero estar em Imperatriz, junto com o prefeito Assis Ramos, dando a ordem de serviço para essa obra”, destacou Juscelino Filho.
Ao anunciar os recursos para a obra do Anel Viário, o deputado fez questão em reforçar seu compromisso com a população de Imperatriz e da Região Tocantina.
“Quero dar os meus parabéns à cidade de Imperatriz e a esse povo aguerrido e lutador dessa cidade de extrema importância para o nosso Estado do Maranhão. Temos o nosso compromisso com a cidade, ajudando ao prefeito do nosso partido, Assis Ramos, a fazer uma gestão de muitas obras. Estamos sempre ao seu lado apoiando”, concluiu.
O Ministério da Defesa fixou em 150, o número de vagas para admissão no curso fundamental do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). A portaria publicada no “Diário Oficial da União” de hoje (16) terá efeito para as turmas de 2021.
As vagas serão distribuídas da seguinte forma: 24 para engenharia aeronáutica; 26 para engenharia eletrônica; 26 para engenharia mecânica-aeronáutica; 24 para engenharia civil-aeronáutica; 24 para engenharia de computação; e 26 para engenharia aeroespacial.
De acordo com a portaria, do total de vagas, 119 serão destinadas a candidatos não optantes ao Quadro de Oficiais Engenheiros, aprovados em exames de admissão; e 31 a candidatos optantes.