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Mais de seis meses após a suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares do Distrito Federal, em 11 de março, os estabelecimentos estão autorizados a retomar as atividades nesta segunda (21).

Enquanto na rede pública a volta ainda está longe de virar realidade, nas particulares, a liberação ocorreu em meio a uma batalha judicial. O governo do Distrito Federal chegou a permitir o retorno desses alunos no dia 27 de julho, mas, no dia seguinte, a proibição das atividades voltou a ser imposta pela Justiça.

Calendário

Depois de audiência de conciliação virtual, entidades que representam escolas e os docentes definiram um novo calendário para a retomada. Hoje, começam as atividades da educação infantil – de 0 a 5 anos – e do ensino fundamental 1 para alunos do 1º ao 5º ano. No caso do ensino fundamental 2 – 6º ao 9º ano – o retorno está previsto para 19 de outubro. Já o ensino médio e os cursos profissionalizantes retomarão as classes presenciais em 26 de outubro.

Segundo levantamento feito em maio pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe), que representa mais de 570 escolas, com a participação de mais de 34 mil pais e/ou responsáveis da rede particular, nem todos retornariam ao ambiente escolar no primeiro momento.

“Foi uma decisão acertada, pois será possível acolher os filhos das famílias que precisam trabalhar e querem um espaço seguro de aprendizagem. Acreditamos que 25% das escolas voltarão, e entre 20% e 30% dos alunos estarão na sala de aula”, disse o presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.

Como o retorno presencial não é obrigatório, as escolas continuarão oferecendo conteúdo “on-line” para os alunos que preferirem o ensino remoto. “Existe um número considerável que prefere aguardar, ou tem restrições de saúde, e naturalmente deve ser respeitado em seu direito. Porém, isso não pode impedir àqueles que, por opção ou liberdade, precisam e desejam que seus filhos estejam amparados numa instituição devidamente credenciada”, avaliou o professor.

Testagem

Por decisão judicial, não haverá testagem em massa para detectar covid-19 entre profissionais das escolas. O teste é exigido apenas para os que tiverem suspeita de contaminação ou que tiveram contato com pacientes da doença.

Regras

A Justiça também definiu protocolos a serem adotados pelas instituições de ensino para resguardar alunos e colaboradores dos riscos de contágio pelo novo coronavírus. No rol de novas regras, está, por exemplo, fornecimento de luvas descartáveis, protetores faciais (“face Shields”), aventais e outros aparatos necessários para os professores, instrutores e demais profissionais que trabalhem diretamente com alunos da educação infantil

Também está prevista a utilização de gorros e jalecos nas situações de alimentação e contato direto com as crianças. Outra exigência diz respeito ao uso dos Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) necessários aos trabalhadores (empregados diretos ou terceirizados) obrigatórios para cada tipo de atividade, principalmente para atividades de limpeza, retirada e troca do lixo, manuseio e manipulação de alimentos ou livros e aferição de temperatura.

As escolas terão que fornecer máscaras aos empregados, adequadas aos graus de risco de contaminação a que o trabalhador estiver exposto e em quantidade suficiente e que atenda à limitação do período de uso da máscara. Há, ainda, limitação máxima de 50% do contingente de alunos, por sala, em aulas presenciais, respeitada metade do limite máximo de ocupação do espaço de cada sala, nos termos da legislação educacional e o distanciamento de 1,5 metro entre os alunos.

Trabalhadores e alunos infectados ou que apresentem sintomas da Covid-19 precisam ser afastados imediatamente até que se submetam a exame específico que ateste ou não a contaminação.

(Fonte: Agência Brasil)

A 14ª edição da Primavera dos Museus começa hoje (21) e vai até o próximo domingo (27) com atividades virtuais promovidas por instituições de todo o país. O evento é uma ação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e, neste ano, tem o tema Mundo Digital: Museus em Transformação.

“Com o isolamento social provocado pela Covid-19, o tema propõe experimentar e produzir novas práticas de significado, de linguagens de armazenamento e de disseminação das informações de museus a fim de estimular museus a preservar, a investigar, a comunicar, a interpretar e a expor as coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico e cultural, valendo-se das ferramentas digitais e da lógica das redes sociais”, explicou o Ibram, em comunicado.

O guia com a programação completa está disponível na página museus.gov.br. Durante toda a semana, 520 museus desenvolverão mais de 1,3 mil atividades das mais diversas categorias: palestras, visitas virtuais mediadas, exibições de filmes, contações de histórias, exposições, “shows” musicais e rodas de conversa.

(Fonte: Agência Brasil)

Com um indício de queda nas curvas de mortes e casos por covid-19, um dos principais temas nos processos de reabertura econômica e flexibilização do isolamento nos Estados tem sido a situação das aulas nas redes de ensino. Até o momento, a maioria dos Estados continua sem aulas presenciais.

As atividades pedagógicas presenciais reiniciaram primeiramente no Estado do Amazonas, em agosto. Lá, a preocupação agora é com o monitoramento dos profissionais de educação e alunos, que vem ensejando uma disputa judicial entre professores e o governo estadual. A contenda também ocorre no Rio de Janeiro, em relação às aulas na rede privada.

No Rio Grande do Sul, o calendário começou em setembro pela educação infantil, com previsão de término para novembro. No Pará, o governo autorizou aulas presenciais nas regiões classificadas nas bandeiras Amarela, Verde e Azul.

Rondônia adiou o início das aulas até o dia 3 de novembro. O Rio Grande do Norte suspendeu as aulas até o fim do ano. Em outros Estados, não há definição de data de retorno. Estão, nesse grupo, Distrito Federal, Goiás, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Maranhão, Bahia, Paraná, Mato Grosso, Acre e Roraima.

Contudo, em alguns Estados, foi decretado o retorno das atividades pedagógicas remotas. O governo de Mato Grosso havia determinado a volta nessa modalidade para a educação básica no início de agosto, mesma situação do Amapá. No Estado, as aulas em casa foram permitidas também para os alunos da Universidade Estadual (Ueap).

No Tocantins, o ensino remoto foi definido para os alunos do ensino fundamental da rede estadual no dia 10 de setembro. Em Alagoas, a retomada, por meio de aulas remotas, ocorreu no dia 17 de setembro. Em Minas Gerais, foi autorizado o retorno das aulas práticas dos cursos de saúde apenas, que passaram a ser consideradas serviço essencial.

No Rio de Janeiro, a volta às aulas na rede particular está em disputa judicial, enquanto a Região Metropolitana teve piora nos indicadores de risco para covid-19 e pode retroceder na classificação.

(Fonte: Agência Brasil)

ALAPG: UMA ACADEMIA, DOIS ANOS*

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Toda instituição é mais velha do que a idade nos papéis que a documentam. Porque uma pessoa jurídica, antes de ser “jurídica”, é “pessoa”. Assim, uma entidade, em especial uma voltada e devotada às coisas e causas das Letras e Literatura, da Arte e Cultura, uma entidade dessas tem a idade da vida, da experiência, da boa vontade, da capacidade de trabalho, dos sonhos daqueles que a integram e dos demais que por ela torcem, a ela auxiliam, com ela realizam.

Desse modo, os dois anos da Academia de Letras e Artes de Praia Grande (ALAPG) neste 21 de setembro de 2020 são uma data formal, um registro de ata, uma referência no Estatuto, um campo preenchido em formulário de órgão público fazendário. A ALAPG, como toda Academia, “absorve”, por assim dizer, a idade, a História da cidade, a historicidade do lugar em que se criou e ao qual deve servir.

Praia Grande, no litoral de São Paulo, é a quarta cidade – após São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis – que mais recebe turistas no verão, época em que, antes da pandemia, cerca de 1,9 milhão de pessoas vêm se somar aos mais de 320 mil moradores do município, espalhados, ou comprimidos, em menos de 150 quilômetros quadrados (km2) de área total – o que perfaz uma notável densidade demográfica de mais de 2.216 pessoas por km2, mais de 89 vezes maior que a densidade do Brasil, de 24,88 pessoas/ km2, segundo meus cálculos, com números populacionais de 2020, do IBGE. Em habitantes, Praia Grande é o 26º maior município entre os 645 do Estado de São Paulo, e o de número 93 entre os 5.570 do Brasil.

A economia praiana pré-coronavírus mostra pujança, com quase R$ 7 bilhões anuais e movimento nas instituições financeiras locais de mais de R$ 1,4 bilhão em financiamentos e R$ 1,7 bilhão em depósitos, caso incomum de município cujas pessoas (físicas e jurídicas) têm mais dinheiro nos bancos do que deles recebem em operações de crédito. Praia Grande é a 51ª maior economia entre os 645 municípios paulistas e a de número 152 entre as 5.570 cidades brasileiras.

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A ALAPG, portanto, principiou bem antes do seu registro de nascimento e nasceu bem antes de seu início. A Academia estava ali, na mente, alma e coração de seus fundadores, antenas humanas que captavam o “éthos”, o “lógos”, o “locus” praiano.

Como o antigo objeto grego “súmbolon” (de onde veio a palavra “símbolo”), no pré-21 de setembro de 2018, cada acadêmico fundador tinha ou era uma parte desse objeto-símbolo, e precisavam juntar-se para, à maneira do “fiat” no Gênesis, fazer acontecer a ALAPG.

A ALAPG sabe que trabalho(s) não lhe falta(m) em Praia Grande. Uma Academia não é um clube de serviços, mas, se for, deve ser menos clube e mais serviços. A cidade precisa, sua população merece.

Há caminhos a percorrer – tanto aqueles que a própria Academia os irá abrir, quanto outros que, simbolicamente, já os recebeu feitos, como o caminho por onde caminharam os pés e a vontade jesuítica do padre Anchieta no rumo de Itanhaém.

À ALAPG há desafios a superar, e outros a lhe serem criados. Interna e externamente à Instituição, assomam carências que exigem que os Acadêmicos assumam compromissos. Afinal, um município que é grande a partir do nome deve ter um sem-número de necessidades, em especial no segmento da Cultura, da Arte, da Literatura, da Leitura – áreas que, ao final, são as que darão e dirão a Praia Grande sua Identidade enquanto ajuntamento humano, terra de gentes, (re)união de pessoas. Enquanto o burburinho de seres humanos e da Economia dão um sentido de utilidade para as pessoas, a Cultura procura organizar essa movimentação para dar-lhe ou nela descobrir um sentido de identidade, algo como um fio, um cambo, uma fieira invisível que fez unir, ligar tantas gentes em um só lugar.

É a Academia que faz isso. Antes de serem autores e leitores de livros, Acadêmicos são leitores de pessoas. Eles, como antenas com alma, captam as irradiações, vibrações, energias que são emitidas por todo vivente, do bebê que se gera ou nasce àquele que, com um olhar de amor ou dor, morre.

Acadêmicos são cuidadores da alma de um povo, organizadores, fixadores e fortalecedores da identidade de uma cidade. Seus textos nunca são só ficção – pois esta é uma maneira de dizer ou revelar certas realidades. Suas linhas nunca são só poesia – pois esta tanto pode ser sobre a rosa que fala ou o odor seu que exala quanto podem ser estrofes, versos, palavras, vozes afiadas como espadas que, em vez de matar, denunciam, incitam, excitam, rebelam-se. “Letras não são só cantiga de ninar, mas, também, toque de despertar, sinal de alarmar, hino de guerrear, canção de cantar vitória”.

Para ser mais cidade, uma Academia tem que ser menos... academia. Explica-se: em remota origem, o nome “academia” é formado de “aká-” (fora, distante) e “-dêmos” (povo), alusão ao local – distante da cidade – onde, em Atenas, situava-se o jardim e mansão do herói Academo, onde, mais tarde, provavelmente no ano 387 antes de Cristo, Platão fundou sua Academia, escola de filosofia.

Portanto, que uma Academia seja distante apenas na etimologia. No relacional e até no locacional, que se aproxime ao máximo das pessoas e de seus sonhos, vontades e necessidades, de onde se extrairão os elementos/sentimentos a serem convertidos em prosa e verso, imagem e som, Literatura e Arte(s).

Que a Academia, por honorabilidade, abdique da reverência; mas, pelo trabalho, torne-se referência.

Que a Academia, por documentar e conservar, fazer e criar, seja em igual tempo museu e laboratório, pensamento e ação, contemplação e trabalho.

Que a ALAPG, nos dias que hão de vir, navegue para além do “mare nostrum” do brasão praiano, do mar – particular – tirreno ou da grandeza mediterrânica, oceânica.

Longa vida à Academia de Letras e Artes de Praia Grande! A ela e à sua cidade, mulheres e homens dedicam parte de seu tempo e talento, esforço e saúde, intenções e trabalho. Há muito tempo que cidades dispensaram heróis, míticos ou reais, portadores de olhos flamejantes, mãos radiantes, beleza deslumbrante.

Os heróis de agora portam pás, carregam pedras (sem serem Sísifos). Plantam e edificam.

Heróis de hoje também pegam da pena ou do pincel e peneiram os sentimentos, transferindo-os para papel e tela (da pintura ou do computador). Inspiração e ação.

Assim, vai-se tecendo o tecido social com que todos nos vestimos, nos protegemos e, por meio do qual, como as antigas capulanas, também comunicamos o que nos devem, o que queremos, o que não aceitamos.

Para a ALAPG e para toda Academia, dois anos já são alguma coisa.

Não são só um mais um.

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Com os cumprimentos à presidente Sonia Maria Piologo, escritora e enfermeira da Marinha Brasileira, e ao vice-presidente, "padrinho" e colega administrador e consultor Edson Santana do Carmo, esta homenagem do menor e mais recente de seus membros à Academia de Letras e Artes de Praia Grande.

* EDMILSON SANCHES
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Imagens:
Brasão da Academia de Letras e Artes de Praia Grande e fotos de alguns aspectos urbanos, na orla do município, no litoral do Estado de São Paulo.

Está a população da cidade, já há dias, enfrentando a chamada “crise da carne verde”. Entretanto, em verdade, não há a tal crise. Há, isto sim, um movimento de pressão por parte dos marchantes para conseguirem mais um aumento no preço da carne. Isto apenas.

Daí a ausência do produto nos mercados e noutros postos de venda que existem e que vinham, com regularidade, abastecendo a cidade, garantindo a normalidade. Mas os marchantes, como sempre fazem, sem uma justificativa, resolveram exigir um “melhor preço” e, para êxito de um melhor lucro, vêm utilizando a sonegação da carne com prejuízo para os açougueiros que, na maioria, não podem atender à exorbitância do novo “tabelamento”.

A convite do presidente da Coap, reuniram-se os marchantes e, depois dos debates, trocas de opinião, ficou resolvido que, provisoriamente, a carne fosse vendida, no Matadouro, ao preço de 330 a 350 cruzeiros até que houvesse outra reunião na qual, definitivamente, haveria, para o problema, uma solução. Mas os marchantes não corresponderam a esta expectativa. E, já no sábado, a carne estava sendo vendida aos açougueiros ao preço de 380 cruzeiros o tal “pesado”.

E muitos, senão a totalidade dos açougueiros, não puderam comprar a carne, não puderam abastecer os seus mercadinhos e, com isso, ficou a população sem poder adquirir a sua principal alimentação.

E há outras irregularidades. O peso que vem marcando 30 quilos sempre dá menos! E há, então, protestos e reclamações, exigindo a pesagem certa, exigindo que haja a valorização de um serviço normal quanto ao transporte do produto para os mercados, que haja a presença de várias outras obrigatoriedades que não vêm sendo cumpridas.

Tudo isso são fatores contrários ao interesse de ganhar mais. Contra tais absurdos, resolveram os açougueiros se organizarem, isto é, vão eles fundar o seu sindicato. E contam, estão eles certos disso, com a colaboração, com a orientação do delegado do Trabalho, dr. Paulo Oliveira que, também pensamos nós, não negará o seu apoio, tudo fazendo para que os açougueiros, organizados em classe, possam melhor lutas pelas suas reivindicações. E é preciso que eles façam isso, que se movimentem, que fundem o seu sindicato para que possam se defender das exigências e das imposições da “classe privilegiada dos marchantes”.

Acreditamos que, nesta disposição de luta dos açougueiros, possa surgir uma melhor situação para o serviço de abastecimento da carne na cidade. Acreditamos sim. É preciso que os açougueiros se libertem da “pressão” e da exigência dos donos do “boi gordo” e que, fortalecidos, dentro do seu sindicato, possam melhor servir a cidade e, consequentemente, aos seus próprios interesses. Esperamos que o dr. Paulo Oliveira, homem de uma grande capacidade de trabalho, de realizações, espírito evoluído, que muito tem feito pelos trabalhadores maranhenses, mais uma vez, dê a sua valiosa assistência aos açougueiros que estão, assim nos parece, dispostos a fundar o seu sindicato. É o caminho certo.

* Paulo Nascimento Moraes. “A Volta do Boêmio” (inédito) – “Jornal do Dia”, 20 de novembro de 1963 (quarta-feira)

Poeta,
não dates teus versos.
Eles não carecem de dia
de nascimento
– pois que não têm hora
para morrer.
Ainda assim, o que pudesses datar
seria o gesto gráfico
literal
frásico
expressional.
Esquecerias por certo a gestação
incubação
hibernação.

Poeta,
teus versos não precisam
– nem dependem –
de cronografia;
também dispensam
genealogia:
o poema não tem pai,
e se tem mãe, é filho da puta,
filho de uma égua,
é santo do pé do pote,
nasceu no oco da palmeira,
pode ter vindo de carona
na bolsa marsupial
ou no bico da cegonha.

Poeta,
expele teu poema
antes que ele salte de ti
e sobreviva
à tua vida
(subvida,
sobrevida).
Entretanto, nada de
dia
hora
mês
ano
local.

Os poemas estão por aí, soltos,
misturados à poesia.

Pegue-os.

Mas afasta deles
o gesto cartorário,
a mão tabeliã.

* EDMILSON SANCHES

André Breton

Avenida L2 Sul, em Brasília,
ou Rua do Passeio, em São Luís,
ambas são decididamente
perfeitas para a descida solene
de pessoas espectralmente graves...

Tinham os rostos indiferentes
congelados de solidão,
empurrados por suas convicções...

De repente uma voz rouca dizia
que a poesia é a mais autêntica
orgia do ser humano!

Era a noite do automatismo psíquico!

Depois soube que aquela gente fugira
do Manifesto de André Breton,
e fora ali despejada
por um caminhão de mudanças...

* Fernando Braga, “Poemas do tempo comum”, São Luís, 2009.

Ainda falando sobre...

Palavras homônimas e parônimas

...

16. CAÇAR ou CASSAR
Caçar = apanhar:
É proibido caçar animais.

Cassar = anular:
O TSE cassou os direitos do parlamentar corrupto.

17. CARDEAL ou CARDIAL
Cardeal = ave, religioso ou ponto geográfico:
A missa só começou com a chegada do cardeal.
Quais são os quatro pontos cardeais?

Cardial = relativo ao coração (adjetivo):
Seu problema está na válvula cardial.

18. CAVALEIRO ou CAVALHEIRO
Cavaleiro = quem anda a cavalo:
No campo, mostrava-se um grande cavaleiro.

Cavalheiro = homem gentil, cortês:
Ele era muito cavalheiro com as mulheres.

19. CEGAR ou SEGAR
Cegar = ficar cego:
A poeira me cegou.

Segar = cortar:
Ele segou toda a plantação.

20. CELA ou SELA
Cela = quarto, repartição:
Ficou preso em umaa cela.

Sela = arreio de cavalo:
Sentou-se sobre a sela e partiu.

21. CERRAR ou SERRAR
Cerrar = fechar:
As portas da loja estarão cerradas após as 18h.

Serrar = cortar:
Os galhos da árvore foram totalmente serrados.

22. CERVO ou SERVO
Cervo = veado:
O rei gostava de caçar cervos.

Servo = criado:
O rei possuía muitos servos.

23. CÍRIO ou SÍRIO
Círio = vela grande:
Havia quatro círios acesos em torno do morto.

Sírio = relativo à Síria:
O dono da loja era um velho sírio.

24. COMPRIMENTO ou CUMPRIMENTO
Comprimento = extensão:
Qual é o comprimento deste objeto?

Cumprimento = saudação ou ato de cumprir:
Receba os nossos cumprimentos.

25. CONCERTO ou CONSERTO
Concerto = harmonia, sinfonia:
Assistiram a um belo concerto no teatro.

Conserto = reparo, correção:
Consertam-se rádios e televisores.

Teste da semana
Que opção completa, corretamente, a frase abaixo?
“Pela estrada __________ ela, o pai e eu: o relógio __________ três horas”.
(a) vínhamos / dera;
(b) vinhamos / dera;
(c) vinham / davam;
(d) vinham / deram;
(e) vínhamos / deram.

Resposta do teste: letra (a) –
Quem vinha pela estrada era “ela, o pai e eu”, ou seja, “nós”. Quando um dos núcleos do sujeito composto for “eu”, o verbo deve concordar na primeira pessoa do plural (= nós vínhamos). O acento agudo no “i” se deve ao fato de ser uma forma proparoxítona: vínhamos. Na segunda lacuna, o verbo deve ficar no singular, porque o sujeito é “o relógio”: “o relógio dera…” Se não houvesse o sujeito (= o relógio), o verbo DAR deveria concordar com as horas: “Deram três horas”; “Deu uma hora da tarde”; “Davam dez horas da noite quando ele chegou”.

A gestão da prefeita Luanna acaba de conquistar uma importante marca na educação da cidade de Vitorino Freire: a melhor nota, em 15 anos, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A cidade alcançou o impressionante índice de 4.8 no Ideb de 2019, obtendo um dos melhores resultados do Maranhão.

O Ideb é o importante índice de desenvolvimento por ser condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade do Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) para a educação básica.

O secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão, fez questão de gravar um vídeo exaltando a excelente conquista da gestão de Luanna em Vitorino e, também, agradeceu pela prefeita estar cuidando tão bem da população da cidade. "Prefeita Luanna, meus parabéns! Você está no caminho certo. Também quero saudar toda a equipe da Semed, os professores e as professoras, pais, alunos e a todos que contribuíram para esse resultado maravilhoso", destacou o secretário.

"Esse é o resultado do nosso compromisso com a educação de Vitorino. E, quando digo nosso, falo dos professores, pais, alunos e servidores, além da Secretaria Estadual de Educação, na pessoa do secretário Felipe Camarão. Essa conquista é só a primeira de muitas outras que virão na educação e em outras áreas importantes da nossa cidade", destacou a prefeita Luanna.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

De 13 a 16 de setembro registram-se o nascimento de Jacqueline Bisset (atriz), Lia Luft (escritora), Lauren Bacall (atriz) e Fernanda Torres (atriz) e a morte de Isadora Duncan (dançarina), Grace Kelly (atriz, princesa de Mônaco), Berta Lutz (zoóloga) e Maria Callas (cantora).

Mulheres que marcaram e marcam com talento, beleza e graça a Arte e a Ciência no Brasil e no mundo.

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O ANTES E O DEPOIS

Antes da casa, o projeto.
Antes do edifício, a maquete.
Antes do engenheiro, o arquiteto.
Antes do filme, o roteiro.
Antes do sonho, o sono.
Antes do sono, a estória.
Antes da publicidade, o “story”.
Antes da venda, o anúncio.
Antes da tragédia, o prenúncio.
Antes do sangue, o estampido.
Antes da ajuda, o alarido.
Antes da bala, o bandido.
Antes da pintura, o bosquejo.
Antes do repouso, o bocejo.
Antes da realidade, o desejo.
Antes de estar – ser.
Antes de imprimir – escrever.
Antes do papel, a árvore.
Antes da árvore, a semente.
Antes da semente, o semear.
Antes do “B”, o “A”.
Antes da fala, o pensamento.
Antes daquele instante,
aquele momento.
Antes da rubrica, a assinatura.
Primeiro, o Criador; depois, a criatura.
Antes, natureza; depois, cultura.
Antes da caminhada, o caminho.
Antes do filhote, o ninho.
Antes das passadas, um passo.
Antes, penso; depois, faço.
Primeiro, minério; depois, aço.
Antes de falar – ouvir.
Antes de chegar – ir.
Antes da pele, o sangue.
Antes do mar, o mangue.
Antes da obra, o rascunho.
Antes do templo, o exemplo.
Antes da escultura, o modelo.
Antes do desenho, o esboço.
Antes do velho, o moço.
Antes do castelo, o fosso.
Antes de rainha, princesa.
Antes de reinar, nobreza.
Antes da lágrima, a dor.
Antes da entrega, o amor.
Antes do preço – valor.
Antes de Cristo, Maria.
Antes da Paixão, a traição.
Antes da cruz, a humilhação.
Antes da morte, o perdão.
Antes da loucura, a razão.
Antes do milagre, a oração.
Antes da oração, a fé.
Obra feita – o homem.
Obra perfeita – mulher.

* EDMILSON SANCHES