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O Grêmio Maranhense soltou o grito de campeão do Estadual Sub-15 de Futebol 7, competição promovida pela Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7). No último domingo (7), a equipe gremista teve muitas dificuldades, mas conseguiu superar o Aurora por 2 a 1 na decisão do torneio, realizada na Arena Olynto, no Bairro do Olho d’Água, para levantar a taça.

O duelo entre Grêmio Maranhense e Aurora foi bastante disputado. As duas equipes entraram em campo com muita disposição na marcação. Aos poucos, a intensidade defensiva do Aurora foi diminuindo, e o time gremista não perdoou. Artur Henrique foi às redes ainda na etapa inicial para colocar a equipe gremista em vantagem: 1 a 0.

O resultado persistiu até o início da etapa final. O Grêmio voltou do intervalo a todo vapor e pressionou em busca do segundo gol. De tanto pressionar, Artur Henrique não desperdiçou cara a cara com goleiro: Grêmio 2 a 0.

Mesmo em desvantagem, o Aurora não se entregou. O time foi valente em busca do empate e chegou a descontar nos minutos finais, com Enos da Silva. No entanto, a reação parou ali. Fim de jogo na Arena Olynto: Grêmio Maranhense 2 x 1 Aurora.

Além do título estadual Sub-15, o Grêmio Maranhense ainda levou duas premiações individuais: William Lima foi eleito o Melhor Técnico, enquanto que Artur Henrique e Júlio César foram os artilheiros com 7 gols marcados cada um. Finalista, o Aurora teve o Melhor Goleiro da competição: Iury Gabriel.

Tudo sobre o Campeonato Maranhense de Futebol 7 está disponível nosite(www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma).

(Fonte: Assessoria de comunicação)

A garotada estava ansiosa para o início das disputas da segunda edição da Copa Interbairros de Futebol 7, competição patrocinada pelo governo do Estado e pelas Drogarias Globo por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. E, no último fim de semana, a ansiedade deu lugar ao talento dentro de campo. Nos duelos que deram o pontapé inicial ao torneio, nas categorias Sub-9 e Sub-11, não faltou equilíbrio, emoção e qualidade com a bola no pé. O campo da A&D Eventos recebeu todas as oito partidas realizadas.

Nesta edição, a Copa Interbairros terá formato de mata-mata, sendo disputada em três fases: quartas de final, semifinais e final. Pela categoria Sub-9, muito equilíbrio para definir os quatros times classificados para as semifinais. Das equipes vitoriosas, apenas duas venceram no tempo normal: R13 fez 3 a 0 no Craque da Escola, enquanto o Aurora superou o Juventude Maranhense por 2 a 1.

Os outros dois semifinalistas da categoria foram conhecidos somente nas disputas de pênaltis. Após empate por 1 a 1, a garotada do Corinthians do Bequimão bateu o Futuro do São Francisco por 3 a 1 nas penalidades. Já o Audaz fez 2 a 1 no Projeto GPV após empate sem gols no tempo normal.

Com os resultados, os confrontos das semifinais do Sub-9 serão os seguintes: Aurora x Audaz e Corinthians do Bequimão x R13.

Sub-11

As disputas das quartas de final da categoria Sub-11 foram marcadas por muitos gols. O principal responsável pela elevada média de bolas na rede foi a equipe do Craques da Veneza, que não deu chances ao Estrelinha Bom de Bola e aplicou a maior goleada do torneio: 12 a 0. Com três gols marcados cada um, Enzo Claudino e Carlos Henrique foram os destaques.

Quem também foi muito bem foi o Projeto Paredão, que eliminou o Grêmio Ribamarense ao vencer o rival por 3 a 0. Já a Ponte Preta fez 4 a 2 sobre a Academia Futebol Arte e também avançou no torneio. E a última vaga para as semifinais ficou com a garotada do Seve, que, após empate por 0 a 0 com o time da Alemanha, fez 3 a 2 nas disputas por shoot-out e continua com chances de título.

Assim, os duelos das semifinais da categoria Sub-11 já estão definidos: Craques da Veneza x Ponte Preta e Seve x Projeto Paredão.

Tudo sobre o torneio está disponível nas redes sociais oficiais da competição no Instagram e no Facebook (@copainterbairrosfut7ma).

RESULTADOS

SÁBADO (6/2) // A&D EVENTOS

Craques na Escola 0 x 3 R13 (Sub-9)

Futuro do São Francisco 1 (1) x (3) 1 Corinthians do Bequimão (Sub-9)

Estrelinha Bom de Bola 0 x 12 Craques da Veneza (Sub-11)

Grêmio Ribamarense 0 x 3 Projeto Paredão (Sub-11)

DOMINGO (7/2) // A&D EVENTOS

Audaz 0 (2) x (1) 0 Projeto GPV (Sub-9)

Aurora 2 x 1 Juventude Maranhense (Sub-9)

Alemanha 0 (2) x (3) 0 Seve (Sub-11)

Ponte Preta 4 x 2 Academia Futebol Arte (Sub-11)

(Fonte: Assessoria de comunicação)

A Agência Espacial Europeia (ESA) lança, na próxima semana, uma campanha de recrutamento de astronautas nos Estados-membros, para uma nova viagem à Lua. O anúncio foi feito, hoje (9), pela ESA, em comunicado.

Os detalhes sobre as condições de recrutamento serão conhecidos na próxima terça-feira (16), e as inscrições poderão ser feitas entre 31 de março e 28 de maio.

O processo de seleção estará dividido em seis etapas e deverá estar concluído em outubro.

Paralelamente, a agência lança um projeto piloto que prevê a escolha de um parastronauta, "o primeiro astronauta com algum nível de deficiência", diz o documento.

O projeto dará oportunidade, de seguir uma carreira de astronauta, "a uma parte da sociedade que foi até agora excluída do voo espacial", destacou a organização, acrescentando que é a primeira vez na história que uma agência espacial assume um projeto inclusivo como esse.

A campanha de recrutamento de astronautas faz parte de uma estratégia mais abrangente da ESA, que visa a mostrar "um número elevado de oportunidades de trabalho" dentro da organização.

O objetivo é recrutar cerca de 100 pessoas anualmente durante os próximos dez anos.

A agência afirmou que espera atrair maior número de mulheres este ano, indicando que, em 2009, foram aceitas 1.430 candidatas, em um total de 8.413.

David Parker, diretor de Exploração Humana e Robótica, citado no documento da organização, defendeu que a diversidade na ESA não deve apenas abordar a origem, idade, experiência ou sexo dos astronautas, mas "talvez também deficiências físicas".

"Graças a um forte mandato dos Estados-membros da ESA no último conselho ministerial em 2019, a Europa está ocupando seu lugar no centro da exploração espacial", disse a agência no comunicado. "Para ir onde nunca antes fomos, precisamos olhar mais longe do que antes".

(Fonte: Agência Brasil)

A pandemia restringiu a circulação de crianças e adolescentes nas ruas, mas eles continuam “caminhando” em ruelas virtuais nem sempre tão seguras e bem sinalizadas. Para ajudar adultos e crianças a se orientarem melhor nos meandros da internet, entidades ligadas à educação e proteção on-line promovem, anualmente, o Dia da Internet Segura, com a promoção de debates, divulgação de estatísticas e de cartilhas instrutivas. Em 2021, o evento ocorre nesta terça-feira (9), de forma remota, e se estende ao longo da semana (clique para acessar a página do Dia da Internet Segura).

Criado, internacionalmente, pela Rede Insafe na Europa, o Safer Internet Day (nome em inglês) ocorre em mais de 140 países e estimula usuários e instituições a terem um uso livre e seguro da rede. A Safernet coordena o comitê organizador do Dia Mundial da Internet Segura no Brasil desde 2009 e conta ainda com a correalização do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

 “A rede é um ambiente de interação de muitas pessoas, conhecidas, desconhecidas, boas e más. Quando nossos filhos saem na rua, ou a gente os acompanha, ou os instrui para que possam ter noções de riscos e perigos. O mesmo ocorre na internet”, compara Kelli Angelini, gerente da Assessoria Jurídica do NIC.br, entidade vinculada ao Comitê Gestor da Internet. 

No Brasil, 41% dos usuários de internet maiores de 16 anos residem com crianças e adolescentes. Os dados são do Painel Covid-19, em levantamento realizado pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Já os dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2019 revelam que 89% da população entre 9 e 17 anos já usavam a internet antes mesmo da necessidade de isolamento social, o equivalente a mais de 24 milhões de pessoas. Com a pandemia do novo coronavírus, boa parte da vida dos pequenos migrou para o ambiente virtual, com participação desde em aulas on-line a videochamadas para garantir a interação social, com impacto na rotina das famílias.

O diretor de Educação da organização não governamental SaferNet Brasil, Rodrigo Nejm, chama a atenção para a intensificação dos desafios que a "hiperconexão forçada” produz. Segundo Nejm, de um lado, os pais tentam encontrar limites de negociação para o tempo que filhos gastam em jogos e redes sociais. Do outro, as famílias e educadores buscam meios de fazer com que as crianças e adolescentes adotem posturas mais críticas e cuidadosas nas suas experiências digitais e durante o consumo de diferentes conteúdos. 

Em vez de simplesmente restringir o acesso às plataformas digitais, Rodrigo Nejm sugere que os pais negociem limites com os filhos. “Por mais que os pais não se sintam tão aptos tecnicamente, é necessário fazer conexão de princípios, valores e maturidade para ter um olhar crítico sobre a experiência digital". Ele propõe, como caminho do meio, uma espécie de "dieta digital".  

Consequências do uso inseguro

Além dos riscos de contatos com estranhos, a divulgação de conteúdo sem consentimento entre crianças e adolescentes também pode causar consequências desastrosas. É o caso da exposição de memes (montagens) de fotos de colegas ou de conteúdos íntimos, conhecidos como nudes. “Esse tipo de atitude fere o ordenamento jurídico brasileiro e, no caso de um adolescente, ele pode vir a responder por ato infracional”, pontua Angellini.

Angelini é autora do Guia Internet com Responsa  criado pelo Nic.br. A organização também disponibiliza cursos on-line gratuitos para pais e educadores. Entre eles, a gestora destaca o curso Filhos Conectados, que aborda temas como cyberbullying, desafios violentos, influenciadores digitais irresponsáveis, exposição na internet (trechos exibidos no vídeo acima), entre outros.

Um dos braços de atuação do Safernet Brasil são os canais de denúncia de crimes e violações contra os direitos humanos cometidos na internet – o www.denuncie.org.br – e também a plataforma de ajuda a pessoas afetadas por condutas deste tipo (www.canaldeajuda.org.br). Os dados consolidados ao longo do ano de 2020 serão divulgados no evento da semana.

Conteúdos sobre o uso seguro da internet

- No site diadainternetsegura.org.br, famílias, educadores e demais interessados encontram a programação do Dia da Internet Segura, com links para os debates e as atividades da semana. As transmissões estarão disponíveis no site do evento (link acima), no canal do NIC.br no YouTube, e no perfil da Safernet Brasil no Facebook;

- A pesquisa Painel TIC Covid-19 traz informações coletadas sobre o uso da internet durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. Para efeitos de comparação, o material tem como referência parte dos indicadores da pesquisa TIC Domicílios;

- No portal Internet Segura, mantido pelo NIC.br, é possível baixar um catálogo com o resumo e links de cursos e publicações voltados para crianças, pais, responsáveis, educadores e pessoas com mais de 60 anos. Todo este material pode ser utilizado e distribuído livremente;

- O Guia Internet com Responsa , pode ser utilizado gratuitamente;

- Acesse, também, o Guia da Internet Segura, elaborado pelo Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (Cert.br).

(Fonte: Agência Brasil)

Neste dia 9 de fevereiro, há 240 anos, nascia, na Alemanha, o zoólogo Johann Baptiste von Spix, que, há mais de 200 anos, revelou o Brasil à Europa, com o botânico Carl Friedrich von Martius. Eles também foram responsáveis pelo estudo mais amplo sobre grande parte da fauna e da flora brasileira no século XIX, tendo descoberto e registrado diversas espécies do ecossistema brasileiro, como a ararinha-azul, Sittace spixii.

Nascido em 1781, na cidade de Höchstadt an der Aisch, território do Reino da Baviera entre 1805 e 1918, Spix ingressou na Escola Episcopal de Bamberg, aos 11 anos, e, logo no ano seguinte, foi transferido para o Seminário Episcopal da cidade. Aos 19, já era doutor em filosofia e, logo, um famoso filósofo da natureza. Também se formou doutor em medicina, no ano de 1807, e, em 1810, foi contratado pela Academia Real de Ciências para organizar o museu de zoologia, em Munique.

Johann Baptist von Spix

Segundo a historiadora Cláudia Witt, a experiência e o renome foram o que definiu a escolha de Spix para coordenar as pesquisas que integrariam a comitiva da arquiduquesa austríaca Leopoldina, em viagem ao Brasil. A missão, conhecida por Austro-Bávara, buscava uma integração dos países da região europeia da futura esposa do príncipe herdeiro D. Pedro I, com a então colônia portuguesa.

“O Spix tinha uma experiência muito maior, e ele deu esse peso acadêmico que a expedição precisava. Havia muito mais integrantes austríacos. Então, era importante que houvesse um nome de reconhecimento internacional, pelo menos, no mundo germânico”, explica Cláudia.

Foram três anos (1817-1820) de viagem desde o Rio de Janeiro até a fronteira do Amazonas com a Colômbia, 10 mil quilômetros percorridos por sete Estados, 3.381 espécies de animais brasileiros catalogadas, documentação de línguas indígenas, formação de coleções para estudos. Além disso, Spix coordenou uma equipe de cientistas que produziram muitos outros estudos etnológicos, sobre a fauna e a flora brasileira.

Referência sobre o Brasil

O professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (USP) Stefan Wilhelm Bolle explica que o relato dessa viagem, Reise in Brasilien (Viagem pelo Brasil), publicado em três volumes 1823, 1828 e 1831, é o principal legado deixado pelos cientistas.

Viagem pelo Brasil é considerado o livro mais importante em língua alemã sobre o Brasil”, diz.

Bolle esclarece que, embora o relato de viagem tenha contribuições de Spix nos três volumes publicados, ele participou, ativamente, da elaboração do primeiro e de parte do segundo volume, pois faleceu apenas seis anos após retornar da viagem ao Brasil, em 1826, aos 45 anos. Durante esse tempo, mesmo com a saúde fragilizada, ele ainda escreveu mais nove volumes com a descrição de macacos, morcegos, lagartos, cobras, tartarugas, sapos, aves, peixes, insetos e moluscos.

Para Cláudia Witte, além dos resultados científicos que permanecem referência até os dias de hoje, a principal contribuição de Spix e Martius foi a de inaugurar, por estes lados do Oceano Atlântico, uma forma diferente de pesquisa fora dos laboratórios. “Eles partem de uma visão mais holística em que os seres vivos estão integrados em determinado ambiente, interagindo com ele, e isso tudo é que forma o objeto de pesquisa desses cientistas”, diz.

Sittace spixii – Ararinha-azul 

Após a morte de Spix, em 1832, Johann Georg Wagler, que havia trabalhado com o cientista, prestou uma homenagem ao renomear a arara-azul com a denominação científica Sittace spixii, já que a espécie havia sido descrita pela primeira vez pelo zoólogo.

No relato da viagem ao Brasil, Spix descreve o animal em uma imagem na qual denomina a ave de Arara hyacinthinus, nome que já havia sido dado a outra espécie. A homenagem foi mantida quando, finalmente, a ave foi reclassificada por meio de análise molecular e passou a ter a denominação Cyanopsitta spixii.

Spix também é considerado o primeiro zoólogo a pesquisar a região amazônica brasileira, e o seu trabalho até os dias de hoje é referência para estudiosos de todos os tempos. Desde o ano de 1908, o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, no Estado do Pará, reconhece o legado científico deixado por Spix e Martius na forma de um monumento de meio-busto dos cientistas, fixados em uma lápide de mármore. A escultura foi doada pela Academia de Ciências da Baviera, na Alemanha.

“Tudo isso que eles documentaram acabou se tornando uma referência, um marco zero. É uma base para qualquer estudo de hoje sobre as regiões por onde eles passaram. E o nível de empenho, de profissionalismo que eles imprimiram no trabalho deles, em anos e anos de dedicação, estabeleceu um parâmetro muito alto. Então, eles se tornaram, ao mesmo tempo, uma base e uma inspiração para as pessoas, e isso certamente influenciou várias e várias pesquisas que vêm sendo feitas até hoje”, diz Cláudia Witti.

Povos indígenas

Ao longo da viagem de Spix e Martius pelo Brasil, eles registram vários povos indígenas por meio de desenhos e relatos de aspectos físicos, culturais e da relação dos indivíduos com o meio em que viviam. Cláudia Witt destaca que, em um dos relatos, os cientistas revelam uma mudança na forma de estudarem aqueles povos após presenciarem uma espécie de ritual de uma indígena que havia sido escravizada no Amazonas. Até aquele momento, era comum que olhassem para os indígenas como se fossem crianças, sem sentimentos característicos dos adultos.

“Ali, eles perceberam que não só existia uma crueldade no  processo da escravização entre os próprios indígenas, como também existia maldade entre eles. E, nesse momento, eles conseguem enxergar os indígenas como seres humanos", explica.

O professor Wilhelm Bolle também reforça a importância desses relatos nos futuros estudos científicos dos povos indígenas do Brasil. Segundo ele, outros grandes etnólogos alemães cruzaram o Atlântico em expedições inspiradas na de seus conterrâneos.

Alguns exemplos foram Karl von den Steinen, que pesquisou os povos indígenas na região do alto Xingu, na década de 1880. Theodor Koch-Grünberg que, no período de 1911 a 1913, estudou os mitos e as lendas dos índios arekuna e taulipang. E ainda Curt Unckel, que veio para o Brasil, em 1903, e passou a estudar os índios Guarani, quando recebeu um novo nome daquele povo e passou a ser chamado de Nimuendajú. Ele publicou trabalhos científicos sobre vários povos como os Apinajé, os Mura e os Ticuna.

Bolle conta ainda que as imagens dos indígenas encontrados por Spix e Martius repercutem na cultura europeia até os dias de hoje, como é o caso da gravura de um préstito festivo do povo Ticuna, perto de Tabatinga (AM). “Esse tipo de desfile, com máscara de pássaros, estimulou a criação dos chamados pássaros juninos, que fazem parte até hoje das festas juninas em Berlim”, diz,

Mudanças pelo caminho

Após 200 anos da expedição Austro-Bávara, o também alemão Stefan Wilhelm Bolle refez, entre 2017 e 2019, os trechos mais significativos do percurso de Spix e Martius. “O nosso principal objetivo foi observar nesses lugares as continuidades e as mudanças ocorridas durante esses últimos 200 anos”, diz o professor, que viajou com o então diretor do Instituto Martius-Staden, Eckhard Kupfer.

Segundo ele, o percurso foi cumprido em três etapas: de Ouro Preto a Diamantina, em 2017; uma travessia do sertão no norte de Minas Gerais até as fronteiras com Goiás e com a Bahia, em 2018; e de Belém a Manaus, em 2019. Para Bolle, perceber a presença de pesquisadores e da preservação de algumas áreas ao longo do percurso foram os principais pontos positivos encontrados por onde os cientistas passaram. Por outro lado, a persistência das desigualdades sociais, as ameaças sofridas pelos indígenas e os problemas ambientais existentes na Amazônia são os grandes desafios a serem enfrentados para que seja possível preservar o que ainda resta do Brasil visto pelos cientistas.

“Eu faço votos de que esse patrimônio que a natureza deixou para a humanidade seja preservado”, conclui. 

Mais sobre Spix

O que há de mais recente sobre o zoologista é a biografia Ein Leben für die ZoologieDie Reisen und Forschungen des Johann Baptist Ritter von Spix (Uma vida para a Zoologia: a viagem e a pesquisa de Johann Baptiste von Spix), escrita por Klaus Schönitzer e publicada em 2011 somente em alemão.

A publicação mais conhecida de Spix e Martius, Reise in Brasilien (Viagem pelo Brasil, 1823, 1828 e 1831) teve sua versão traduzida para o português e a mais recente edição foi disponibilizada em versão digital, pela editora do Senado Federal.

(Fonte: Agência Brasil)

O Planeta Vermelho recebe, a partir desta terça-feira (9), mais três sondas espaciais terrestres. A primeira a chegar é a Hope (Esperança), dos Emirados Árabes Unidos. Seguem-se, amanhã (10), a chinesa Tianwen-1 (Astronomia 1) e, no dia 18, a norte-americana Perserverance (Perseverança). As três sondas, duas das quais levam rovers (veículos exploratórios), têm missões muito diferentes, mas com um objetivo comum: conhecer melhor o planeta.

As sondas foram lançadas há cerca de sete meses, período em que a distância entre a Terra e Marte era a menor nos próximos dois anos e, agora, o mês de fevereiro é finalmente o momento de colocá-las no local para onde foram programadas.

Cada sonda teve de percorrer uma longa etapa, cerca de 400 milhões de quilômetros entre os dois planetas, sem que as equipes saibam o desfecho de suas criações. Uma das fases mais críticas da missão é a de travar as sondas para que não cheguem demasiado depressa ao planeta, o que pode significar a automática destruição no solo vermelho.

Segundo o especialista português Miguel Gonçalves, essa espécie de corrida é a incessante procura por vida em Marte. “Esta corrida a Marte explica-se pelos mistérios do passado, do presente e muito provavelmente do futuro, que Marte continua a disputar na comunidade científica. Nos leva sempre àquela questão em que os autores de ficção científica estão muito habituados, que é a astrobiologia, ou seja, a eventual vida em Marte”.

As sondas – muitas já estão lá e outras não conseguiram sobreviver, desde os anos 60 – procuram desvendar o que se passou geologicamente no planeta e se ainda há presença de vida no subsolo. “Porque perceber a evolução de um planeta é também perceber a evolução do nosso próprio planeta”, diz Gonçalves.

O sucesso das missões não pode ser garantido. Mais da metade das viagens de sondas a Marte falharam. Na verdade, apenas os Estados Unidos conseguiram aterrissar aparelhos, já por oito vezes desde 1976, e alguns com delicados ou pesadíssimos instrumentos, como é o caso dos veículos exploratórios Sojourner -1997, Spirit and Opportunity – 2004 e Curiosity – 2012.

Hope

A corrida a Marte abre-se com uma janela de esperança. Pelo menos, assim esperam os estreantes espaciais dos Emirados Árabes Unidos. Lançada a partir do Centro Espacial Tanegashima, no Japão, em 19 de julho de 2020, a sonda Hope, da Emirates Mars Mission, é a primeira a alcançar e a tentar orbitar Marte.

A missão dessa sonda não é pousar na superfície, mas, sim, orbitar o planeta por um ano marciano inteiro (687 dias). A principal missão será monitorar os ciclos meteorológicos do planeta. Dentro dessa pesquisa, a Hope vai procurar dados que possam, de alguma forma, fornecer informação sobre o porquê de Marte estar perdendo hidrogênio e oxigênio para o espaço.

Embora esta não seja a primeira sonda a orbitar Marte – há 14 satélites fazendo isso – a sonda EMM é mais um marco e um símbolo do progresso científico dos Emirados Árabes Unidos nesse campo, sendo a quinta nação a alcançar o planeta, coincidindo com o 50º aniversário do seu nascimento.

“É uma missão muitíssimo interessante”, diz Miguel Gonçalves. “Estamos falando da primeira nação árabe que chega a outro corpo do sistema solar. Esta é uma missão que tem carga científica modesta, e a Hope vai ficar em órbita muito elevada para conhecer a alta atmosfera de Marte”.

A missão espacial tem ainda outra particularidade, a cooperação internacional, com muita tecnologia e engenharia norte-americana e o lançamento por um foguete japonês. Serve também a um objetivo futuro: os lideres árabes querem inspirar os jovens para que estudem essa área promissora, além de preparar o país para outra economia.

Tianwen-1

Depois de duas missões, com excelente resultado, à face oculta da Lua, a China quer, agora, marcar presença em Marte com um pequeno veículo cientifico. 

Lançada em 23 de julho de 2020, a missão chinesa Tianwen-1 tem como objetivo, à semelhança do que fez na Lua, colocar um veículo exploratório na superfície marciana. Mas, apesar de a sonda que transporta o rover chegar no dia 10 de fevereiro, o módulo de pouso só deverá entrar em Marte, em maio. A equipe cientifica chinesa vai analisar o melhor local para a aterrissagem.

Embora muitos detalhes sobre a Tianwen sejam ainda desconhecidos, os objetivos centrais já foram revelados e incluem a criação de um mapa geológico de Marte e a localização de potenciais depósitos de gelo de água. Uma tarefa que será feita em órbita e que deverá determinar o local para onde o rover, de 240 quilos, equipado com seis instrumentos, incluindo duas câmaras e um radar, será enviado.

Para Miguel Gonçalves, apesar de o investimento ser ainda modesto, a China continua a investir significativamente em seu programa de exploração espacial: “Com um orçamento muito poderoso. Lembro que o orçamento da Nasa, a agência espcial norte-americana, anda por volta dos US$ 20 bilhões. O programa espacial chinês, segundo dados de 2017, tinha orçamento de US$ 11 bilhões.

A missão chinesa é já a segunda tentativa de chegar a Marte. A primeira foi em 2011, tendo a Yinghuo ficado presa à órbita da Terra após o mau funcionamento. Rover Perseverance, dos EUA.

Power Perseverance

“Depois de os primeiros rovers terem demonstrado capacidade, resistência e eficácia, quer nos resultados, quer nos objetivos mais do que superados na dura superfície marciana, a Nasa continua a apostar no envio de mais um equipamento com vasto laboratório ambulante.

Com essa aposta, que se soma ao Spirit e à Curiosity, os norte-americanos continuam a procurar vestígios biológicos em Marte. Sem perder a Opportunity, enviaram mais um sofisticado SUV científico.

Para chegar ao seu objetivo, a agência espcial norte-americana quer aterrisar o novo veículo na cratera de Jezero - um lugar que se acredita ter concentrado água há cerca de 3,5 bilhões de anos.

A Perserverance é, de todos os modelos já enviados pela Nasa, o mais pesado (1.050 quilos), mas também o mais bem equipado, com 23 câmaras de alta resolução e uma broca para recolher amostras do solo. 

Esse carro blindado, à prova da exigente meteorologia marciana, também vai equipado com microfones, que prometem aos cientistas e a todos os interessados nesse tipo de missão exploratória registrar e enviar para a Terra os primeiros sons na superfície de outro planeta. Transportará, ainda, um helicóptero de 1,8 quilo (Ingenuity), que irá sobrevoar várias zonas de Marte, transmitindo o sinal ao rover, que fará chegar os dados e imagens à Terra.

(Fonte: Agência Brasil)

A pandemia do novo coronavírus teve grande impacto na educação brasileira em 2020. A suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares evidenciou várias desigualdades, deixando, inclusive, estudantes sem atendimento. A publicação Retratos da Educação no Contexto da Pandemia do Coronavírus – Um olhar sobre múltiplas desigualdades reúne cinco estudos, realizados entre maio e julho de 2020, que se propuseram a coletar dados e depoimentos sobre o ensino no país.

“A ideia é ter um material que traga as visões de diferentes atores, como foi esse período para os professores, como foi para os pais, como foi para os gestores, em se tratando de tomada de decisão para a educação. Assim, passar uma visão completa de qual foi o cenário educacional nesse período”, explica o diretor-fundador do Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), Ernesto Faria, um dos participantes do estudo.

A compilação pode, de acordo com Faria, servir como subsídio para que redes de ensino e escolas possam se preparar melhor para 2021. “[A pandemia] é um período que gera várias desigualdades. A gente precisa entender quais desigualdades são essas para daí poder tentar se antecipar a alguns problemas, como a evasão dos alunos”, diz.

Uma das pesquisas que integram a publicação, realizada pela Fundação Lemann, o Itaú Social e Imaginable Futures, mostra que três meses depois do início da suspensão das aulas presenciais, ainda havia cerca de 4,8 milhões de estudantes, o equivalente a 18% do total de alunos do ensino fundamental e do ensino médio da rede pública, que não teriam recebido nenhum tipo de atividade, nem por meios eletrônicos, nem impressos.

Além disso, mais de quatro em cada dez estudantes, o equivalente a 42%, não teriam, segundo seus parentes, equipamentos e condições de acesso adequados para o contexto da educação não presencial. Ficaram também evidentes desigualdades regionais. Enquanto quase sete em cada dez estudantes do ensino médio na Região Sudeste tiveram aulas on-line mediadas por seus professores, essa proporção foi de pouco mais de quatro em cada dez nas regiões Nordeste e Sul.

Um dos grandes impactos a ser sentido ainda este ano, de acordo com Faria, poderá ser o aumento da evasão escolar daqueles que não seguirão estudando em 2021. Mais de um em cada quatro jovens do ensino médio já pensou em não voltar para a escola ao término do período de suspensão das aulas, segundo estudo realizado pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e por parceiros.

Com análise e texto de Ana Lúcia Lima, da Conhecimento Social, integram a publicação a Fundação Carlos Chagas, Fundação Roberto Marinho, Fundação Lemann, o Itaú Social, Instituto Península e Iede. O estudo está disponível na íntegra na internet.

(Fonte: Agência Brasil)

Estudantes de graduação de universidades federais poderão cursar disciplinas em outras universidades de forma remota. O Programa de Mobilidade Virtual em Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Promover), apresentado, nessa segunda-feira (8), pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) começa a ser implementado neste semestre de forma piloto, em quatro universidades. A intenção é que as 69 federais passem a fazer parte do programa. 

O primeiro edital, publicado este ano, oferece vagas em 340 disciplinas de diversas áreas do conhecimento. Participam da edição piloto as universidades federais de Goiás (UFG), Rio Grande (FURG), Maranhão (UFMA) e do sul da Bahia (UFSB). Os estudantes dessas universidades que quiserem participar podem escolher até três disciplinas ofertadas pelas demais universidades. O período de inscrição varia de acordo com a instituição onde se pretende estudar. As disciplinas cursadas serão registradas no histórico acadêmico do estudante.

Os reitores das instituições participantes explicam que promover um maior intercâmbio e o contato de estudantes e professores de diferentes universidades federais é um desejo antigo e que foi acelerado pelo contexto da pandemia do novo coronavírus, com o aumento do uso de tecnologias digitais para possibilitar a continuidade das aulas. Com o ensino remoto, é mais fácil também possibilitar uma maior integração entre as instituições.

“O ensino não se forma exclusivamente por uma formação técnica dentro de uma universidade. A formação de um estudante no ambiente universitário se compõe por um conjunto de vivências, por uma formação política, social e cultural. Então, quanto mais se ampliar os diálogos interculturais, interregionais, melhor vai ser a qualidade do ensino”, diz o reitor da FURG, Danilo Giroldo. 

A intenção é que futuramente todas as instituições passem a fazer parte do programa. “Imaginem se em quatro universidades temos números bastante significativos, imaginem toda a rede de universidades federais interconectada com essa possibilidade dos alunos conversarem, interagirem com professores, com metodologias, com vivências de todo o país”, diz Giroldo. 

Segundo o presidente da Andifes, reitor Edward Madureira, a intenção é que estudantes possam cursar tanto disciplinas obrigatórias quanto aquelas optativas e livres em outras instituições e, assim, ter contato com diferentes métodos de ensino, de diferentes contextos. No futuro, os institutos federais poderão também passar a integrar a rede de intercâmbios. O Brasil possui 41 institutos federais.    

"[Temos] uma ambição um pouco maior, que disciplinas comecem a ser oferecidas por parceria de professores. Não apenas uma disciplina oferecida pela FURG que um aluno de Goiás vá, mas que um professor da FURG, junto com um do Amazonas e outro do Rio Grande do Norte se juntem para oferecer uma disciplina compartilhada e, então, compartilham-se projetos de pesquisa, estudantes em iniciação científica, projeto de extensão, de cultura”.  

O estudante de medicina veterinária da UFG Júlio Cesar de Castro é um dos participantes do programa. “Eu estava com dificuldade de cursar uma disciplina que eu tinha muita vontade de cursar na faculdade e agora vou poder cursá-la em outra instituição, conhecendo novos professores e novas metodologias. É muito gratificante e tem um grande impacto no meu histórico acadêmico”, diz. 

(Fonte: Agência Brasil)

Começa, nesta segunda-feira (8) – e vai até a próxima sexta-feira (12) –, o prazo de adesão de instituições públicas de educação superior ao primeiro processo seletivo de 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O edital contendo o cronograma e procedimentos do primeiro processo seletivo de 2021 do Sisu foi publicado no Diário Oficial da União de 22 de janeiro.

A seleção dos candidatos às vagas é feita por meio dos resultados obtidos pelos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), referente à edição de 2020.

“Após a divulgação do resultado do Enem 2020, o Ministério da Educação (MEC) publicará o edital com o prazo de inscrição e demais procedimentos para o primeiro processo seletivo do Sisu deste ano”, informou o ministério.

Segundo o edital, cabe às instituições de ensino disponibilizar o acesso virtual para que os estudantes selecionados via Sisu possam encaminhar a documentação exigida e efetuar a matrícula de forma remota, caso não possam realizar os procedimentos necessários de forma presencial.

Documentos de adesão

Após o período de adesão, as instituições terão de 17 a 23 de fevereiro para retificar, se for o caso, as informações constantes nos documentos de adesão, que deverão ser encaminhados ao MEC.

Também cabe a essas instituições de educação superior divulgar, tanto em suas páginas na internet como em locais de grande circulação de estudantes, as condições específicas de concorrência às vagas ofertadas no âmbito do Sisu, “conforme expressas em seus documentos de adesão, bem como editais próprios, quando couber, e a sistemática adotada para a convocação dos candidatos”.

O Sisu é o programa do MEC para acesso de brasileiros a um curso de graduação em universidades públicas do país. As vagas são abertas, semestralmente,, por meio de um sistema informatizado, e para participar é preciso ter garantido um bom desempenho nas provas do Enem e não ter zerado a redação.

Além do Sisu, as notas do Enem podem ser usadas para acessar o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas de estudo em instituições privadas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que facilita o acesso ao crédito para financiamento de cursos de ensino superior.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação publica, hoje (8), a relação de candidatos aprovados na segunda chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni) de 2021. O prazo para que os selecionados comprovem as informações que foram prestadas na inscrição se encerrará no dia 24 de fevereiro.

A lista com o nome dos selecionados para o primeiro processo seletivo de 2021, bem como o cronograma do programa, pode ser acessada por meio do site do ProUni

Neste ano, o programa oferece bolsas para 13.117 cursos em 1.031 instituições de ensino, localizadas em todos os Estados e no Distrito Federal. Mais de 162 mil bolsas estão sendo ofertadas nesta edição do ProUni. Desse total, 52.839 são para cursos na modalidade de educação à distância.

Critérios

Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.650) por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa (R$ 3.300).

É necessário também que o interessado tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, desde que na condição de bolsista integral. Professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa e, nesse caso, não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos.

É preciso ainda que o candidato tenha feito a edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não tenha tirado zero na redação.

Excepcionalmente neste ano, os interessados serão selecionados de acordo com as notas do Enem de 2019, uma vez que as provas do Enem 2020 foram adiadas em razão da pandemia da covid-19.

(Fonte: Agência Brasil)