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O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 digital registrou, nesse domingo (7), a ausência de 71,3% dos participantes, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ao todo, dos 93.079 inscritos para fazer o exame, 26.709 estudantes fizeram as provas no segundo dia de aplicação. Apesar do alto número de faltas, o Inep considerou a aplicação piloto do Enem digital satisfatória.

“Estamos muito satisfeitos com o resultado. Acho que, nesse momento, estamos escrevendo mais um capítulo importante na história do Enem, a primeira vez da aplicação digital”, disse o presidente do Inep, Alexandre Lopes. A intenção é que o exame se torne 100% digital até 2026

Segundo Lopes, após a ausência de cerca de 68% dos candidatos no primeiro dia de aplicação, as faltas no segundo dia eram esperadas. “Nosso papel é oferecer à sociedade uma oportunidade de um exame de acesso ao ensino superior, e isso nós conseguirmos fazer. A opção de não fazer é uma opção individual, e isso a gente respeita”, disse Lopes.

De acordo com o balanço divulgado pelo Inep, 38 pessoas foram eliminadas, ontem, por descumprir as regras do exame.

Reaplicação

Por causa da pandemia do novo coronavírus, o Inep anunciou várias medidas de segurança para esta edição. Os participantes que apresentassem sintomas de covid-19 ou outra doença infectocontagiosa não deveriam comparecer aos locais de prova. Eles terão direito de fazer o exame na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. O pedido da reaplicação para aqueles que já estavam com o atestado em mãos podia ser feito até sábado (6). Ao todo, foram feitos, até o momento, 320 pedidos. Desses, 194 foram aprovados pelo Inep.

Nesta segunda-feira (8), começa um novo prazo para os participantes do Enem digital pedirem a reaplicação pela Página do Participante. Além daqueles com sintomas de doenças infectocontagiosas, podem pedir a reaplicação os participantes que foram afetados por problemas logísticos e de infraestrutura. O prazo vai até dia 12. Os resultados dos pedidos, tanto dos participantes do Enem impresso quanto do digital, serão divulgados no dia 15. 

Farão também o exame na data da reaplicação os participantes inscritos no Enem impresso e digital no Estado do Amazonas e nas cidades de Rolim de Moura (RO) e de Espigão d'Oeste (RO). Nesses locais, o exame foi suspenso por causa do agravamento da pandemia.

Os participantes fizeram, nesse domingo, as provas de matemática e ciências da natureza. No primeiro dia de aplicação, fizeram as provas de linguagens, ciências humanas e redação. As provas do Enem digital estão disponíveis para download no site do Inep. Os gabaritos oficiais serão divulgados no dia 10 de fevereiro. Os resultados finais, tanto do Enem digital quanto do Enem impresso e da reaplicação serão divulgados no dia 29 de março.

As notas do Enem poderão ser usadas para ingressar no ensino superior e para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni), e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). 

(Fonte: Agência Brasil)

Candidatos que estão participando hoje (7) do segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no modelo digital aprovaram o uso da tecnologia.

No entanto, alguns relataram diferentes reações por fazer a prova em novo modelo. Entre os que prestaram a prova na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, há quem considere o formato menos cansativo, enquanto outros têm uma percepção exatamente oposta.

Candidato Pedro Henrique da Silva.

Pedro Henrique da Silva Vicente, por exemplo, que fez o Enem pela segunda vez e almeja cursar Engenharia Mecânica, avaliou que o modelo é inovador e menos cansativo. "Me sinto mais familiarizado. Acho que tenho vantagem nesse modelo. É menos cansativo. Não sei explicar direito. Fico com menos preguiça".

Estudante Thomas Formiga.

O candidato Thomas Formiga, que sonha em estudar música, chama a atenção para fato de a tela ficar na mesma altura do rosto. "Estou acostumado com a forma digital. Fiz os simulados assim. Podemos marcar a questão para voltar e fazer depois. É mais prático e é o caminho para o futuro. E não cansa o pescoço", observou.

O estudante Edgar Carvalho, que tenta uma vaga no curso de Direito, tem percepção oposta, embora tenha aprovado o modelo. "Gostei muito. Mas manusear a versão impressa me parece menos cansativo. Estar de frente para uma tela de computador por tantas horas, mesmo que tenhamos o hábito de usar celular, dá um certo cansaço na vista. É diferente. Eu não estava condicionado a isso", disse o candidato, que já foi aprovado em outra edição do Enem, mas decidiu buscar um novo caminho. "Hoje, eu procuro um curso que seja adequado à minha realidade de trabalho, o meu tempo com a família".

Participante Edgar Carvalho.

Digital

Esta é a primeira edição do Enem digital, realizada de forma piloto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Estão aptos a participar 93.217 candidatos em 104 cidades brasileiras. O exame já pode ser usado para concorrer a vagas no ensino superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A expectativa é que as provas sejam totalmente digitais até 2026.

Os 2.869 candidatos do Amazonas, que tiveram as provas canceladas em decorrência do agravamento da pandemia de covid-19, realizarão o Enem digital na data de reaplicação, entre 23 e 24 de fevereiro. Neste período, também poderão fazer o exame estudantes que não puderam comparecer nas datas originais devido a sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa. Nesse caso, precisam fazer o pedido entre os dias 8 e 12 de fevereiro.

Sem internet

Os portões de acesso aos locais de prova se fecharam às 13h, e os candidatos têm prazo até 18h30 para concluir o exame. Eles usam um computador sem acesso à internet ou à calculadora. As questões objetivas são todas marcadas na tela, e os participantes não precisam preencher o cartão-resposta à mão. A redação, no entanto, é escrita à mão. Por essa razão, é obrigatório o uso da caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente.

Os participantes também receberam uma folha de rascunho para fazer os cálculos das provas de exatas à mão.

Os estudantes fazem hoje provas de matemática e ciências da natureza. Os cadernos de provas do Enem digital serão divulgadas ainda hoje, após o fim da aplicação. Os gabaritos oficiais se tornarão públicos até 10 de fevereiro. No domingo passado (31), os candidatos responderam questões de linguagens, ciências humanas e redação. Na ocasião, foi registrada abstenção de, aproximadamente, 68%.

A versão impressa do Enem, aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, também registrou alta abstenção em meio à pandemia de covid-19. Cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram as provas, o equivalente a menos da metade dos inscritos. O exame na modalidade impressa também foi suspenso no Amazonas e ainda nos município de Rolim de Moura (RO) e em Espigão d'Oeste (RO) devido à pandemia. Os estudantes dessas localizadas poderão fazer as provas também na reaplicação. Segundo o Inep, o nível de dificuldade de ambas as provas, digital e impressa, é o mesmo.

Medidas de segurança

A alta abstenção ocorre mesmo diante das medidas de segurança estipuladas pelo Inep para evitar o contágio de covid-19. É obrigatório o uso de máscara cobrindo o nariz e a boca durante todo o tempo de prova e há álcool em gel disponível nos locais de aplicação. Os participantes podem levar máscaras extras para trocar durante o exame e o próprio álcool em gel. Nos locais de prova, também são cumpridas regras de distanciamento e deve haver separação física da cabine de cada candidato.

O estudante Thomas Formiga diz ter se sentido seguro. "Toda vez que uma pessoa entra ou sai da sala tem que passar álcool em gel. E não há teclado, apenas mouse. Acho que a chance de se infectar é baixa", afirmou.

Os candidatos que marcaram presença também destacaram seus planos pessoais. Edgar Carvalho avalia que não dá pra deixar os projetos de vida de lado. Jéssica Cardoso concorda. "Tem que se esforçar para não perder o ano. Estou me preparando desde o ano passado. E eles estão tomando os cuidados. Então, a gente vem fazer as provas", disse a candidata, que sonha em cursar Engenharia da Computação.

Em meio a esse cenário de pandemia, que levou ao adiamento do Enem, previsto inicialmente para ocorrer em outubro e em novembro, o aluno Pedro Henrique da Silva Vicente disse estar mais preparado. "Tivemos um tempinho extra para nos prepararmos. Acabei estudando mais", afirmou.

(Fonte: Agência Brasil)

Começam, no próximo dia 10, as inscrições para o “Prix Photo Aliança Francesa”, que comemora dez anos de realização. O concurso nacional de fotografia da Aliança Francesa tem, este ano, o tema “Reflexos” e propõe a reinterpretação da essência da fotografia diante das transformações do mundo contemporâneo e dos desafios atuais. O certame vai oferecer ao primeiro colocado uma viagem a Paris com direito a acompanhante. Os classificados nos três primeiros lugares participarão também de uma exposição coletiva na Galeria da Aliança Francesa Botafogo.

As inscrições ficarão abertas até as 23h59min do dia 10 de abril, por meio do site  www.prixphotoaf.com.br.O concurso é realizado pela rede das Alianças Francesas do Brasil, em parceria com a Air France e o Hotel Santa Teresa, e está aberto a fotógrafos profissionais e amadores, maiores de 18 anos de idade, de qualquer nacionalidade, desde que residam no Brasil, e que apresentem propostas artísticas originais ou experimentais, abstratas ou documentais. Não poderão participar fotos premiadas em outros concursos.

O segundo lugar do certame ganhará um fim de semana para duas pessoas no Santa Teresa Hotel RJ MGallery e o vencedor do prêmio do júri popular receberá bolsa de um semestre na Aliança Francesa. O concurso conta com apoio cultural do Foto Rio, um dos mais importantes festivais de fotografia da América do Sul, entre outras instituições.

De acordo com informação da assessoria de imprensa da Aliança Francesa do Rio, depois do preenchimento on-line da ficha de inscrição, os participantes deverão enviar também, pela internet, série de dez fotografias coloridas ou preto e branco, sob o tema “Reflexos”, ilustrado por uma fotografia da série “Terra d'água”, do fotógrafo francês Benoît Fournier, ganhador da edição de 2013. As imagens poderão ser manipuladas ou não e deverão ser no tamanho máximo de 2mb, em formato JPG, e obtidas por meio de equipamento analógico (câmera de qualquer formato, pinhole ou outra técnica) ou digital.

Reflexos

O tema “Reflexos” da décima edição do “Prix Photo Aliança Francesa” foi inspirado na obra do fotógrafo Benoît Fournier e destaca que o reflexo está nas bases da fotografia, desde sua invenção no século XIX, quando era necessário captar o reflexo da luz sob uma superfície para se produzir uma foto. Mesmo depois do aparecimento das câmeras digitais e smartphones, a fotografia continua sendo feita de reflexos. E, no atual momento de pandemia global do novo coronavírus, ela continua sendo um instrumento importante não só para retratar, mas, sobretudo, denunciar os impactos da pandemia nas sociedades e em suas relações.

No ano passado, sob o tema “Fronteiras”, o concurso recebeu mais de 200 coleções de trabalhos de participantes inscritos. O vencedor do júri oficial em 2019 foi o cearense Osmar Gonçalves dos Reis Filho, com a série “A Sobrevivência dos Vagalumes”. Na segunda colocação, ficou a carioca Kitty Paranaguá, com a série “Tempo Presente”. O prêmio do júri popular foi concedido à Giuliana Mota de Mesquita, de Nova Friburgo (RJ), pelo ensaio “Olhar Fronteiriço”. Ganhou destaque ainda o ensaio “Favelicidade”, de Luiz Baltar (RJ), ao qual foi conferida menção honrosa. Em razão da pandemia de covid-19, a 9ª edição do “Prix Photo Aliança Francesa” ganhou exposição virtual interativa dos vencedores, que está disponível no site www.prixphotoaf.com.br.

O júri do 10º Prix Photo Aliança Francesa é composto por Benoit Capponi, fotógrafo, fundador e integrante do conselho da revista francesa Halogénure, voltada para a fotografia analógica e processos experimentais; Erika Negrel, secretária-geral do Réseau Diagonal, rede que reúne locais de exibição, prática e produção fotográfica na França; Erika Tambke, fotógrafa que integra a equipe de coordenação do FotoRio 2020 e coordenadora da Semana de Ocupação Visual/FotoRio desde 2019; Eugênio Sávio, professor de fotografia e fotojornalismo, fotógrafo na área editorial e organizador do Festival de Fotografia de Tiradentes; João Kulcsár, professor, autor e curador de exposições fotográficas; Marina Alves, fotógrafa e cientista social, professora de fotografia e componente da Comissão de Mulheres organizadora do Festival FotoRio 2018; e Nicolas Henry, fotógrafo francês, organizador do festival PhotoClimat.

Nas nove edições anteriores, foram premiados 35 fotógrafos, disse à Agência Brasil o novo diretor cultural da Aliança Francesa Rio de Janeiro, Quentin Richard. Também coordenador cultural das Alianças Francesas no Brasil, Quentin Richard revelou que pretende trazer inovação ao trabalho desenvolvido pela instituição, reforçando sua vocação como espaço de produção cultural e artística bilateral. “Para nós, é importante imaginar a cocriação entre artistas franceses e brasileiros e, dessa forma, favorecer os vínculos culturais dos dois países”.

Segundo Richard, o importante é que haja uma mistura, um intercâmbio, entre as duas culturas. Está nos planos também do diretor cultural promover residências artísticas no Brasil, “para imaginar criações culturais conjuntas”. Além de iniciativas virtuais, Quentin Richard pensa também em organizar eventos presenciais, que garantam a presença segura do público, com critérios sanitários bem definidos e um número reduzido de pessoas, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. A Aliança Francesa está presente no Brasil há 135 anos, completados em 2020.

(Fonte: Agência Brasil)

Professores da rede pública de ensino do Estado de São Paulo decidiram fazer greve contra aulas presenciais a partir desta segunda-feira (8). Segundo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), os profissionais irão trabalhar normalmente, mas de forma remota. 

De acordo com a presidente do sindicato, Isabel Noronha, a paralisação é uma greve sanitária, contra a volta das aulas em meio à pandemia de covid-19.

“Não há condições para um retorno seguro. As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool em gel vencido. E tudo isso já está causando consequências graves”, disse.

De acordo com Noronha, um levantamento feito pelo sindicato dos professores constatou 147 casos de covid-19 em escolas que já retornaram com atividades presenciais. “Imagine o que vai acontecer quando milhões de estudantes voltarem para as aulas presenciais no Estado”, destacou.

Segundo decisão do governo do Estado, a partir desta segunda-feira, os 3,3 milhões de alunos da rede estadual de São Paulo estão autorizados a retomar as aulas presenciais, em sistema de rodízio, e iniciar o ano letivo de 2021.

Secretaria

Em nota, a Secretaria de Educação do Estado disse que a paralisação faz parte de uma agenda político-partidária e que “o sindicato ainda esquece de contabilizar os riscos diversos atrelados ao atraso educacional e à saúde emocional e mental dos milhares de crianças e adolescentes”.

“A retomada das aulas é pautada em medidas de contenção da epidemia, obedecendo aos critérios de segurança estabelecidos pelo Centro de Contingência do Coronavírus, embasada em experiências internacionais e nacionais. Estudantes e profissionais com doenças crônicas ou fatores de risco devem permanecer em casa, cumprindo atividades remotas”, destacou em nota.

A secretaria disse ainda que faltas dos professores não justificadas pelos profissionais serão descontadas.

(Fonte: Agência Brasil)

Termina, hoje (7), a aplicação do primeiro Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) digital. Participantes de 104 cidades fazem as provas de matemática e ciências da natureza. Eles terão cinco horas para resolver 90 questões. Assim como no primeiro dia de exame, poderão levar caneta preta, dessa vez, para fazer os cálculos à mão, na folha de rascunho. 

Os portões abrem às 11h30 e fecham às 13h, no horário de Brasília. A prova de hoje termina às 18h30. No último domingo, os candidatos fizeram as provas de linguagens, ciências humanas e redação. 

Para garantir a segurança, os participantes recebem, no momento da prova, um código que precisam digitar na tela antes de começar o exame e também quando finalizam o certame.

Os computadores só têm acesso às provas. Os candidatos não têm acesso, por exemplo, à internet ou à calculadora. Na tela, quando a prova começar, aparecerão todas as questões. Será possível selecionar qual dos cadernos será resolvido. O sistema também permite que o candidato escreva na tela com o mouse e que marque as questões para depois poder voltar nelas, por exemplo. 

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), cerca de 30 mil candidatos fizeram o Enem digital no primeiro dia de aplicação, o que corresponde a, aproximadamente, 32% do total de 93 mil inscritos.

A aplicação piloto do Enem digital deverá ser o início das mudanças no Enem. A intenção é que o exame seja totalmente digital até 2026.

Covid-19

Por causa da pandemia do novo coronavírus, o Enem tem regras especiais de biossegurança. Este ano, além do documento oficial de identificação com foto e da caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, a máscara de proteção facial passa a ser obrigatória.

É recomendado que os participantes levem máscaras extras para trocar durante a prova. Eles deverão permanecer de máscara, cobrindo o nariz e a boca, durante toda a aplicação do exame. Haverá, nos locais de prova, álcool em gel para que os estudantes higienizem as mãos, mas é permitido que os participantes levem seu próprio produto caso desejem. Os computadores serão separados por espécies de cabines, para ajudar na proteção dos participantes. 

Quem tiver com sintomas de covid-19 ou de outra doença infectocontagiosa não deve comparecer ao exame. A medida é necessária para que o vírus não se espalhe e mais pessoas sejam contaminadas. Nesses casos, os candidatos poderão fazer a prova na data da reaplicação, nos dias 23 e 24 de fevereiro. Para isso, poderão fazer o pedido pela Página do Participante entre os dias 8 e 12 de fevereiro.

O que levar  

A lista do que pode ou não levar também é semelhante ao Enem impresso. Os participantes podem levar também a própria água e/ou bebidas não alcoólicas e lanche.

Além disso, caso necessitem comprovar que participaram do exame, os estudantes podem, na Página do Participante, imprimir a Declaração de Comparecimento para cada dia de prova, informando o CPF e a senha. A declaração deve ser apresentada ao aplicador na porta da sala em cada um dos dias. Ela serve, por exemplo, para justificar a falta ao trabalho. 

Enem 2020

O Inep vai divulgar os cadernos de provas do Enem digital logo após o fim da aplicação, como ocorreu no primeiro dia do exame. Eles estarão disponíveis no site do Inep, onde poderão ser baixados. Ao contrário do Enem impresso, já que a prova será no computador, os participantes não poderão levar os cadernos de prova. Os candidatos podem, no entanto, anotar as respostas na folha de rascunho. Os gabaritos oficiais serão divulgados até 10 de fevereiro. 

Enem 2020 tem uma versão impressa, que foi aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro, e uma versão digital. Cerca de 2,5 milhões de estudantes fizeram as provas do Enem impresso, o equivalente a menos da metade dos inscritos

O exame, tanto o impresso quanto o digital, foi suspenso no Estado do Amazonas, e o impresso foi suspenso em Rolim de Moura (RO) e em Espigão d'Oeste (RO) devido aos impactos da pandemia nessas localidades. Esses estudantes poderão fazer as provas também na reaplicação. Segundo o Ministério da Educação, foram cerca de 20 ações judiciais, em todo o país, contrárias à realização do exame.

(Fonte: Agência Brasil)

Aqui estamos nós, teus filhos e teus netos, à beira do teu túmulo, não para depositarmos flores, para registrar a homenagem do respeito e da veneração. Não para te sentir na saudade que é imorredoura. Não, Nascimento. Aqui estamos, tu estás vendo, trazendo para o teu túmulo o corpo sem vida. Mutilado, de um dos teus netos: JÚLIO CÉSAR.

Ei-lo aí no seu caixão de pinho, olhos parados para a vida e abertos para a Morte. Ei-lo aí na imobilidade terrível. Ei-lo aí para a tua bênção espiritual. Ei-lo aí no seu dormir eterno.

Que fez ele? Perguntarás. E eu te direi: NADA. Nada, Nascimento Morais, meu amigo, meu mestre, meu Pai.

Ele estava na Vida, estudante do Colégio São Luís. Tudo nele a festa da idade, da juventude. Travesso, inteligente, JÚLIO CÉSAR estava na noite iluminada da cidade, nossa cidade, Nascimento; nossa São Luís. Estava ali na Rua Oswaldo Cruz, junto do Edifício Caiçara. Olhava a noite. Conversava com seus colegas, meninos de sua idade. Ouvia malícias. Dizia-as. Contava histórias, coisas próprias da idade, dos seus 16 anos. Estava lá. Sempre esteve ali. E, de momento, no instante em que ele tentava abandonar a esquina, em que procurava atravessar a rua, é atingido por um veículo que, desenvolvendo velocidade, joga-se contra JÚLIO CÉSAR que é sacudido para cima do capô. Seu corpo descreve uma hipérbole deformada. Segundos, fica no ar; desamparado, sem defesa, despenca para o asfalto. Dele, ouve-se, à distância, o grito de pavor. A vida fugia-lhe nesse grito. Depois, o baque surdo do corpo. Do corpo grudando-se com o cinzento do asfalto. Torcido, fechado sobre si mesmo, o menino. JÚLIO CÉSAR, seu neto, Nascimento.

Aí fica. O veículo passa. Minutos depois, está no Pronto-Socorro. Sobre ele, tem início os cuidados médicos. Com os médicos, dedicados, a luta para devolver ao menino a Vida. Mas, Nascimento, ele, teu neto, não vivia mais a VIDA. Com ele, apenas, a vida vegetativa. A vida funcionando involuntariamente, inconscientemente. Com o garoto, a resistência contra as costelas partidas machucando os pulmões, compressão do tórax, fraturas na cabeça. A morte plantada no rosto: olhos vidrados, articulações paradas, e ele sem ouvir, sem falar, sem ver. Treze dias nisto. Nisto que é tormento, que é dilaceramento, que é agonia, que é inferno. Mensagem de solidariedade humana nos olhos dos parentes, dos amigos, dos colegas.

No asfalto, a marca dos pneus do carro atropelador denunciando a violência, acusando a brutalidade do choque com o menino que espiava a noite, que ouvia histórias. Adiante, silenciosa, a esquina. Mais adiante, a casa de JÚLIO CÉSAR, a casa que ele não mais veria e, dentro dela, Nascimento, as tuas estantes, os livros, os irmos, a Mãe, o lar, o lugar onde ele sempre estava... agora sem ele, sem a presença da sua alegria, da sua alma no transbordamento dos sonhos.

DOR, Nascimento, no coração de todos. No Centro Médico, com JÚLIO CÉSAR, o estágio da morte. Entrou e de lá saiu morto. A casa, o lar, há poucos momentos o recebia diferente. O lar, a casa que o via na alegria, na inocência, na rebeldia, tinha-o de volta com os olhos fechados, coração parado, seu corpo dentro deste caixão de madeira.

Trouxemo-lo para TI, Nascimento. Vai ele ficar no teu túmulo. Recebe-o e guia-o para o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.

Nós ficaremos ainda.

Na noite, no asfalto, sempre haverá um louco no volante de um veículo matando crianças, enlutando lares, deixando país e mães aflitos, plantando, nos canteiros da Vida, a sementeira da morte.

Meu garoto JÚLIO CÉSAR, adeus!

Nascimento, guia-o para o encontro com o Nazareno.

Nota:

Discurso pronunciado quando do sepultamento do estudante Júlio César.

* Paulo Nascimento Moraes.“A Volta do Boêmio (inédito) – “Jornal do Dia”, 19 de novembro de 1967 (domingo).

Em meio aos recorrentes problemas com invasores de terras, as comunidades Kalunga que vivem há mais de 300 anos na Chapada dos Veadeiros (GO) tiveram, na semana passada, uma importante conquista: seu sítio histórico foi oficialmente registrado como o primeiro TICCA – Territórios e Áreas Conservadas por Comunidades Indígenas e Locais - do Brasil.

Localizadas nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre, no nordeste goiano, as 39 comunidades quilombolas que compõem o Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga conseguem com esse reconhecimento, dado pelo Programa Ambiental das Nações Unidas, ampliar a autonomia que é necessária para a gestão de seu território, que compreende a 261 mil hectares.

O título recebido da ONU é atribuído a “territórios comunitários e tradicionais conservados, nos quais a comunidade tem profunda conexão com o lugar que habita, processos internos de gestão e governança e resultados positivos na conservação da natureza”.

“É com muito orgulho que recebemos a notícia de que o Território Kalunga, um dos maiores do Brasil, foi reconhecido pela ONU como TICCA, um território preservado. Isso significa que ainda temos muitos frutos, muita natureza e muitas belezas conservadas. Acredito que agora teremos mais parceiros para nos ajudar na luta pela conquista de todo o nosso território”, disse à Agência Brasil o presidente da Associação Quilombo Kalunga (AQK), Jorge Moreira de Oliveira.

Ritmo da natureza

A agricultura é uma atividade tradicional do povo kalunga. O plantio de baixo carbono é praticado com base no conhecimento ancestral, de plantar “no ritmo da natureza”, dispensando o uso de agrotóxicos e de máquinas.

As plantações são feitas em pequenas roças, geralmente menores que 1 hectare. Predomina a agricultura de subsistência, e as áreas cultivadas são usadas por até quatro anos. Após esse período, eles deixam a terra “descansar” por dez anos. Em geral, os kalunga vendem apenas o excedente da produção.

Invasores

Rico em água e biodiversidade, o território kalunga é muito visado por fazendeiros interessados na extração ilegal de minérios e de madeira, e em usar as terras para pecuária e para especulação imobiliária, na expectativa de, no futuro, vendê-las a altos preços.

“Infelizmente, as invasões são recorrentes aqui. Em julho, por exemplo, encontramos uma área de cerca de mil hectares devastada com o uso de máquinas. Esperamos agora, com esse reconhecimento da ONU, ter mais força para enfrentar desafios como esse”, acrescenta o presidente da associação kalunga.

A expectativa é que, com a validação obtida, os kalunga tenham, além de melhores condições de proteger seu território contra essas ameaças externas, a possibilidade de agregar ainda mais valor ao turismo de base comunitária que desenvolve e aos produtos da região.

(Fonte: Agência Brasil)

Neste domingo, respondendo...

Mais dúvidas dos leitores

1ª) Autoimagem OU auto-imagem?

Prefixo AUTO- (= eu mesmo, ele mesmo, mesmo).

Exprime a noção de próprio, de si próprio, por si próprio.

É seguido de hífen quando o segundo elemento começa por H ou O (= auto-hemoterapia, auto-observação...). Quando seguido de R ou S, a consoante é duplicada (autorretrato, autossuficiente...).

Reforçando...

Pela regra ortográfica atual, só haverá hífen quando a palavra seguinte começar por “h” ou “vogal igual” à vogal final do prefixo. Isso significa que deveremos escrever AUTOIMAGEM (sem hífen).

2ª) Bom dia OU bom-dia?

Depende.
Um “bom dia” é um dia bom. São duas palavras: bom (adjetivo) + dia (substantivo):

“Espero que todos vocês tenham um bom dia”.


A saudação é bom-dia” (com hífen):

“Cumprimentou a todos com um bom-dia caloroso”.

3ª) Cocho OU coche?

COCHO é um recipiente de madeira ou de outro material, geralmente usado como bebedouro ou comedouro:

“O gado foi trazido, porque a comida já estava no cocho”.

COCHE é um tipo de carruagem fechada, de estilo antigo:

“O conselheiro ainda não tinha descido do coche”.

4ª) Viagem OU viajem?

VIAGEM é substantivo:

“A nossa viagem a Brasília foi adiada para a semana que vem”; “Tenham todos uma boa viagem”.

VIAJEM é a terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo VIAJAR:

“Preciso que vocês viajem a Brasília na próxima semana”.

5ª) Acesas OU acendidas?

Leitor quer saber se “as luzes foram acesas ou acendidas”.
Os verbos que apresentam dois particípios devem seguir a seguinte regra:

a) Com os verbos auxiliares TER e HAVER, devemos usar a forma regular:

“Ele TINHA aceitado, entregado, salvado, imprimido…”;


b) Com os verbos auxiliares SER e ESTAR, devemos usar a forma irregular:

“Isso não FOI aceito, entregue, salvo, impresso…”

Assim sendo, “As luzes FORAM ACESAS”.

6ª) “A corrida será na madrugada de sábado para domingo”.

O leitor tem razão. Não existe “madrugada de sábado para domingo”. O que se quer dizer é que a corrida será na madrugada de domingo. Madrugada é o período do dia que vai da zero hora até o amanhecer.

O problema é a clareza. Como muita gente não sabe que a madrugada de domingo começa na meia-noite do sábado (= 0h de domingo), teme-se que o telespectador não compreenda e perca a corrida. Ele talvez imagine que a madrugada de domingo seja após a noite de domingo, que, na verdade, já é a madrugada da segunda-feira.

7ª) “Ela prefere reflexos a comida”.

O leitor não tem razão. Não ocorre crase no exemplo acima.


Ele tem razão quando afirma que a regência do verbo PREFERIR exige a preposição “a” (quem prefere sempre prefere alguma coisa “a” outra).

O problema é que não temos artigo definido antes do substantivo “comida”. Observe que não há artigo antes do substantivo “reflexos”. Isso porque o autor da frase está usando “reflexos” e “comida” no sentido genérico (sem artigo definido).

Observe melhor as diferenças no esquema abaixo:

1. Com artigo definido:

“Ela prefere as compras à comida”.


2. Sem artigo definido:

“Ela prefere compras a comida”.


3. Com artigo:

“O carioca prefere a praia ao trabalho”.


4. Sem artigo:

“O carioca prefere praia a trabalho”.

Teste da semana

Que opção completa, corretamente, a frase a seguir?

“Brandura e grosseria alternam-se em seu comportamento; já não o suporto, pois __________ é o traço dominante; __________, o esporádico”.

(a) aquela / esta;

(b) essa / aquele;

(c) aquele / esse;

(d) esta / aquela;

(e) esta / essa.

Resposta do teste: letra (d).

Se não o suporto, é porque o traço dominante é a grosseria (= ESTA, porque está mais próximo). O esporádico é a brandura (= AQUELA, porque ficou mais distante).

GRÊMIO MARANHENSE

Domingo (7) de decisão no Campeonato Maranhense de Futebol 7, competição promovida pela Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7). A partir das 14h45, a Arena Olynto, no Bairro do Olho d’Água, será palco da grande final da categoria Sub-15. Em campo, as equipes do Aurora e do Grêmio Maranhense duelam pelo título.

Os dois times chegam a esta decisão com estilos de jogo bem diferentes. Enquanto o Grêmio Maranhense aposta suas fichas em seu setor ofensivo, onde possui o melhor ataque da competição com 30 gols marcados, o Aurora é o oposto e confia em sua defesa: a melhor do torneio, tendo sofrido apenas 7 gols.

Dono da segunda melhor campanha da primeira fase, o Grêmio Maranhense goleou o Cefama/M11 por 6 a 3 nas quartas de final e fez 2 a 1 sobre a Ponte Preta Ludovicense para chegar à disputa pelo título.

AURORA

Já o Aurora, chegou aos mata-matas com uma campanha de altos e baixos. Mesmo assim, eliminou o invicto e favorito Cruzeiro São Luís nas quartas de final na disputa do shoot-out após empate por 1 a 1 no tempo normal. Nas semifinais, vitória por 3 a 1 sobre o Santos SLZ e vaga garantida na final do Estadual Sub-15.  

Tudo sobre o Campeonato Maranhense de Futebol 7 está disponível no site (www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma).

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Brasília receberá, de hoje (6) até 25 de abril, a mais importante mostra sobre o Egito Antigo realizada na América Latina. As 140 peças que compõem a exposição Egito Antigo: do Cotidiano à Eternidade estarão abertas ao público no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) da capital federal.

A exposição é gratuita. No entanto, devido às regras sanitárias decorrentes da pandemia, a visita requer agendamento prévio, que pode ser feito pelo aplicativo Eventim ou pelo site www.eventim.com.br.

A mostra fez sucesso durante sua passagem pelo Rio de Janeiro e por São Paulo e foi eleita a “melhor mostra internacional de 2020” pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

As 140 peças têm, em comum, a relevância para o entendimentoo da cultura egípcia, que manteve, parcialmente, os mesmos modelos religiosos, políticos, artísticos e literários por três milênios. Todo acervo pertence ao Museu Egípcio de Turim, na Itália.

“Aspectos da historiografia geral do Egito Antigo serão apresentados de forma didática, por meio de esculturas, pinturas, amuletos, objetos cotidianos, um Livro dos Mortos em papiro, objetos litúrgicos e óstracons (fragmento de cerâmica ou pedra usados para escrever mensagens oficiais), além de sarcófagos, múmias de animais e uma múmia humana da 25ª dinastia”, informou a divulgação do evento. 

(Fonte: Agência Brasil)