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“O Sol não tem a mesma composição da Terra. É formado, essencialmente, por hidrogênio”, ecoou a voz de uma jovem mulher em 1925.

A voz era de Cecilia Payne, astrofísica nascida na Inglaterra em 1900 que, mesmo sem títulos oficiais, teve a coragem de desafiar as teorias que existiam, até então, sobre a formação da estrela central do nosso sistema solar.

A tese de doutorado apresentada, há quase um século, na atual Universidade de Harvard, dizia que ao contrário do que se pensava, o Sol não tinha composição majoritariamente de ferro.

A voz de Cecilia foi rechaçada e refutada. Somente anos mais tarde teve o seu feito validado após reconhecimento pelo astrônomo Henry Norris Russel. Hoje, a descoberta de Cecilia é tida como um marco na astronomia e, em especial, no estudo das estrelas.

Cecilia Payne saiu da Inglaterra para os Estados Unidos em busca de oportunidades em ambientes considerados masculinos: a Academia e a Ciência. E, mesmo na América, onde resolveu desenvolver sua carreira, enfrentou discriminação para o reconhecimento de títulos como o de astrônoma, para equiparação salarial e ocupação de um cargo oficial como professora.

Contra todas as adversidades, Cecilia foi a primeira mulher da história a ocupar a direção do departamento de astronomia na Universidade de Harvard, antes de se aposentar.

Programa Cecilia

Passados mais de 40 anos de sua morte, Cecilia Payne reverbera aqui no Brasil: a Universidade de São Paulo (USP) criou um programa batizado com o nome da cientista. O Cecilia leva ciência e, em especial, a astronomia, geofísica e ciências atmosféricas para dentro das escolas públicas, pelas mãos da astrônoma Elysandra Cypriano.

"O projeto faz referência à astrofísica que descobriu que o Sol era composto, basicamente, por hidrogênio. Naquela ocasião em que ela descobriu isso, acreditava-se que o Sol tinha a mesma composição da Terra e foi bastante polêmico. Na época, ninguém acreditou nela e ninguém fez jus de fato à grandiosidade da Cecilia. Então, a gente fez uma homenagem a ela”, conta Elysandra.

Além da referência à inglesa, a astrônoma da USP destaca que este também é um projeto que remonta à sua própria história, com dificuldades e desafios, e permitindo que estudantes possam trilhar um caminho mais leve.

“Eu fui uma criança de escola pública que teve pouco acesso. Eu só fui conhecer a astronomia de fato quando eu já era bem mais velha, já na faculdade. Eu fico imaginando como seria se eu tivesse tido acesso a várias coisas que eu proponho nos meus projetos. Como seria eu criança? A minha trajetória seria diferente. Então, quando eu penso na minha trajetória de vida, eu tenho muito orgulho de onde eu cheguei. Porém, se olhar para trás, se eu tivesse tido acesso ao que não tive, talvez teria sido diferente. No mínimo, mais leve e, talvez, chegasse até um pouco mais longe. Porém, agora na posição de professora, eu consigo olhar pra trás e ver como eu posso auxiliar essas crianças que nunca tiveram acesso a este tipo de material para que o caminho delas seja um pouco mais leve”, destaca.

Mulheres na astronomia

Tornar esta caminhada mais leve é também um dos desafios para as mulheres. ''O desafio das mulheres é o enfrentado em todos os contextos da sociedade. A meu ver, o problema da mulher na ciência é o problema geral da mulher em todos os aspectos. É uma luta diária. Ao longo da história da mulher você pode encontrar vários momentos de resistência. Você vai no passado eram coisas tenebrosas e já evoluímos bastante, graças ao trabalho de mulheres que vieram antes de nós. Cabe a nós pensar o que fazer para deixar o caminho das próximas mais leve. Isso vale em todas as áreas. Na ciência, o diferencial é que somos poucas e estamos inseridas em um ambiente mais masculino”, ressalta a astrônoma.

Para esta sensação de não pertencimento, aflorada ainda mais na universidade, Elysandra ressalta a importância dos coletivos, como o Astrominas, outro programa ligado à USP que envolve mulheres em diferentes momentos da carreira: “Você buscar pessoas que estão na mesma situação. Se aproximar de outras mulheres. Tentar tornar aquele lugar um pouco mais compressivo para você. Se perceber como parte daquilo. É aquela história do juntas somos mais fortes. Então, a grande dificuldade é eu estar sozinha e lidar com essas questões introjetadas na nossa existência”.

Sobre as personalidades que a inspiraram, a astrônoma conta que foram várias ao longo da vida, mas que sua mãe e avó e este ambiente feminino em que cresceu no qual “a mulher era muito poderosa” são referências. Também cita a renomada astrofísica brasileira Beatriz Barbuy, por quem, dentre as diversas professoras que passaram por sua trajetória, tem um apreço em especial. Mas ressalta que cada mulher é única e que seu modelo deve ser você mesma”.

Cada um tem sua trajetória. É legal admirar mulheres, por que mulheres são admiráveis, mas não necessariamente seguir um modelo. O seu modelo tem que ser você mesma, baseado na sua história, naquilo que te faz feliz, naquilo que faz o seu coração bater mais forte”, conclui Elysandra

(Fonte: Agência Brasil)

O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) enalteceu a importância do retorno ao trabalho das Comissões Permanentes da Câmara. Nessa quinta-feira (11), uma das que foi instalada foi a de Seguridade Social e Família (CSSF), da qual o parlamentar maranhense vai continuar como integrante titular. Juscelino já presidiu o colegiado em 2018.

“Para mim, essa é a comissão mais importante da Casa, pois trata da saúde e da vida das pessoas. Nesse momento difícil da pandemia que estamos enfrentando, vamos contribuir muito e buscar as soluções que a população brasileira espera do parlamento. Aqui, com quórum sempre elevado, tratamos de projetos muito importantes. Contem comigo para debatermos, entre outros assuntos, a nossa saúde pública”, afirma o deputado do DEM.

Juscelino Filho defendeu que a CSSF debata o PL 117/2015, de sua autoria, que institui a Política Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor Farmacêutico. “Estamos vendo o difícil acesso às vacinas contra Covid-19, e um dos motivos é a falta do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), para produção desses imunizantes”, observa.

Na década de 1980, de acordo com o parlamentar, o Brasil produzia 55% do IFA consumido internamente. Atualmente, esse índice é de apenas 5%. “A gente tem que reorganizar a política nacional do setor farmacêutico, principalmente buscando diminuir essa dependência de insumo de outros países como China e Índia”, afirma Juscelino Filho.

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados será presidida por Dr. Luizinho (PP-RJ), eleito por unanimidade pelos integrantes do Colegiado. Em 2020, o parlamentar do Rio comandou a Comissão Externa de Enfrentamento à Covid-19.

(Fonte: Assessoria de comunicação)

Termina, hoje (12), o prazo para os pré-selecionados na lista de espera do Programa Universidade para Todos (Prouni) comprovarem as informações da inscrição, para a realização da matrícula. Os documentos devem ser entregues na instituição para a qual o estudante foi pré-selecionado.

A lista com o nome dos selecionados, bem como o cronograma do programa, pode ser acessada por meio do site do Prouni.

A lista de espera é para aqueles que não foram selecionados nas duas chamadas regulares do programa, mas diferentemente da segunda chamada, ela não é automática, e os candidatos interessados precisaram manifestar o interesse. A inclusão na lista é apenas para candidatos que participaram do processo seletivo regular do Prouni 2021 e não é aberta a novos inscritos.

Os cursos disponíveis na lista de espera variam em cada edição. Como os resultados da espera vão sendo divulgados aos poucos, conforme a disponibilidade de vagas, o interessado deve acessar o sistema todos os dias, até o encerramento do período, para ver se foi beneficiado e apresentar a documentação. O Ministério da Educação não envia mensagens informando sobre a pré-aprovação.

O Prouni ocorre sempre duas vezes por ano, para ingresso no primeiro e no segundo semestres. Neste primeiro semestre, o programa oferece bolsas para 13.117 cursos em 1.031 instituições de ensino, localizadas em todos os Estados e no Distrito Federal. São mais de 162 mil bolsas ofertadas, sendo 52.839 para cursos na modalidade de educação à distância.

Bolsas de estudo

O Prouni é o programa do governo federal que oferece bolsas de estudo, integrais e parciais (50%), em instituições particulares de educação superior. Para ter acesso à bolsa integral, o estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo por pessoa. Para a bolsa parcial, a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa.

É necessário também que o estudante tenha cursado o ensino médio completo em escola da rede pública ou da rede privada, desde que na condição de bolsista integral. Pessoas com deficiência e professores da rede pública de ensino também podem disputar uma bolsa e, nesse último caso, não se aplica o limite de renda exigido dos demais candidatos.

É preciso que o candidato tenha feito a edição mais recente do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tenha alcançado, no mínimo, 450 pontos de média das notas e não tenha tirado zero na redação. Excepcionalmente neste ano, os estudantes serão selecionados de acordo com as notas do Enem de 2019, uma vez que as provas do Enem 2020 foram adiadas em razão da pandemia da covid-19.

(Fonte: Agência Brasil)

O bandoneón é um instrumento aerófono livre com aparência similar à sanfona. Muito popular na Argentina e no Uruguai, é considerado o principal instrumento do tango e, nas mãos do gênio Astor Piazzolla, atravessou fronteiras e revolucionou o ritmo tradicional portenho.

Astor Piazzolla completaria 100 anos nesta quinta-feira (11). Nascido em Mar del Plata, na Argentina, no dia 11 de março de 1921, foi, com a família, para os Estados Unidos aos 4 anos de idade. Com 8 anos, ganhou o seu primeiro bandoneón. Com 14, teve a honra de conhecer Carlos Gardel e se tornou amigo do mais famoso cantor de tango da história.

A amizade e o talento de Piazzolla renderam dois convites por parte de Gardel. O primeiro, para participar como figurante do filme El Dia Que Me Quieras, foi aceito. O segundo foi para integrar a equipe de Gardel durante uma turnê, em 1935. Como Piazzolla era menor de idade, os pais dele não permitiram que o filho viajasse. A negativa, ironicamente, pode ter salvo a vida do jovem. Naquele ano, Gardel e integrantes de sua banda morreram em um acidente aéreo em Medellín, na Colômbia, cidade que estava na agenda de apresentações.

Piazzolla, com a família, voltou a Mar del Plata, em 1936. A partir daí, ele começou a tocar em conjuntos e mergulhou no mundo do tango. No ano seguinte, mudou-se para Buenos Aires. Depois de integrar a orquestra de Aníbal Troilo (outro grande bandeonista da história) por alguns anos, passou, no fim dos anos 1940, a seguir seu próprio caminho e a inserir elementos do jazz no tango, como na canção El Desbande.

Violoncelista britânico radicado no Brasil, David Chew destacou, em depoimento concedido à Rádio MEC, a inovação como um marco na obra de Piazzolla: “Como compositor de tango e bandeonista, ele revolucionou o tango tradicional, transformando-o em um novo estilo de tango, incorporando o jazz e o jazz latino-americano”, conta.

Naquele período, Piazzolla também começava a trilhar o caminho da música clássica. Estudou piano com o compositor Alberto Ginastera e, em 1954, conseguiu uma bolsa de estudos para estudar na França, com a professora Nadia Boulanger. “Ele estudou um ano na França, com o sonho de ser músico clássico. E, à noite, tocava tango para viver”, diz o neto Daniel Piazzolla.

Daniel conta que foi Nadia Boulanger que ajudou o avô a se libertar ainda mais e seguir como compositor de tango. “Um dia Nádia disse a ele: ‘Piazzolla, você pode tocar algo seu? Eu sei que você tem algo seu aí’. Meu avô se recusou. Nadia insistiu, e meu avô disse ‘Ok, está bem então’. Ele começou a tocar, Nádia agarrou suas mãos e disse isso: ‘Isto é seu. Isso é Piazzolla. Não abandone isso nunca’ E aí ele começou a tocar. Foi a decisão final”. Naquele mesmo ano, ele gravou com Lalo Schifrin Two Argentinians in Paris.

Composições com parceiros brasileiros

Ao misturar o tango com a música erudita e o jazz, Piazzolla criou algo, que passou a chamar de “música contemporânea de Buenos Aires”. Entre idas e voltas para a Argentina, Astor Piazzolla morou nos Estados Unidos, Itália e realizou trabalhos em diversos países, inclusive no Brasil. Um de seus parceiros de composição foi o poeta brasileiro Geraldo Carneiro.

Carneiro relata, em depoimento à Rádio MEC, que teve o primeiro contato com Piazzolla em 1972, mas que não teve coragem de se apresentar ao bandeonista. “Tive o privilégio de ser parceiro de Astor, que conheci em 1972. Aliás, não conheci. Fui ver o show dele no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, levado por meu parceiro Egberto Gismonti. Ficamos fascinados, tão fascinados, que não fomos sequer cumprimentá-lo depois do show. Aquela música nos pareceu de uma divindade”, conta.

Apenas no ano seguinte que o convite chegou por parte do próprio Astor Piazzolla. “Para minha surpresa, no ano seguinte, Nana Caymmi me telefonou dizendo que Astor Piazzolla estava no Brasil, tinha ouvido o disco de Egberto Gismonti que tinha letras minhas – chamava-se Água e Vinho esse disco –, e queria fazer música comigo. Eu fui imediatamente encontrá-lo no Hotel Glória e fizemos uma canção. Levei uma letra para ele. Chamava-se As Ilhas. Foi nossa primeira canção”, relata.

Em 1974, Piazzolla (que estava morando na Itália) gravou essa música. Ela acabou sendo cantada por Ney Matogrosso em seu primeiro disco solo, após a saída do Secos e Molhados. A parceria entre Piazzolla e Carneiro rendeu 12 composições nos anos seguintes. Algumas delas foram gravadas no Brasil (pelo grupo as Frenéticas e por Olívia Byington) e na Argentina.

Influência a artistas argentinos e do exterior

Astor Piazzolla se manteve ativo, com apresentações em diversos países, até sofrer um AVC em 1990. Ele morreu dois anos depois, em 4 de julho de 1992. O bandeonista deixou 3 mil composições (sendo que cerca de 500 gravadas) e um legado que influenciou músicos na Argentina e em outros países.

O baterista argentino Roberto Rutigliano está realizando um trabalho em homenagem a Astor Piazzolla, em que mistura diversos ritmos. E sua inspiração é o estilo vanguardista do bandeonista: “Eu sou amante do tango e também da mistura que ele faz do tango com a música clássica, com elementos inovadores. Ao mesmo tempo em que ele é uma pessoa que tem a plena tradição do tango por tocar bandoneón, ele é também uma pessoa que tem um diálogo com outros tipos de estilos. Eu também me identifico com esse tipo de estética”, diz.

Nascida em Buenos Aires e radicada no Brasil, a pianista Estela Caldi compõe, com os filhos (brasileiros), o grupo Libertango – nome de um dos sucessos de Piazzolla. Em 25 anos de carreira, o grupo tem cinco CDs, dois deles dedicados, exclusivamente, à obra de Piazzolla.

Estela destaca que o caráter disruptivo de Piazzolla é fonte de inspiração. “Levo o tango tradicional dentro de mim, ouço desde criança. Piazzolla rompe com esse padrão, revoluciona e representa, no meu imaginário auditivo, a ‘oitava superior’ desse gênero tão apreciado pela maioria. Piazzolla virou um fenômeno mundial, um exemplo de inspiração e uma fonte de profundas emoções”, diz.

A violonista venezuelana radicada no Brasil Carla Rincon coloca Astor Piazzolla no patamar de outro gênio da música do continente: Heitor Villa-Lobos. “Piazzolla, assim como Villa-Lobos, foi um revolucionário em seu país e no mundo. De coração, digo: entre Piazzolla e Villa-Lobos, temos muito que nos orgulhar dessa música latino-americana".

(Fonte: Agência Brasil)

A maior parte das escolas públicas municipais já iniciou ou deverá iniciar o ano letivo de 2021 de forma remota ou híbrida, mesclando o ensino presencial e o remoto. O acesso à internet e a infraestrutura escolar são, no entanto, desafios para as redes de ensino e estão entre os maiores problemas enfrentados no ano passado. As informações são de pesquisa da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) divulgada hoje (10).

O estudo, realizado com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Itaú Social, ouviu 3.672 dos 5.570 municípios brasileiros. Neles, as aulas estão sendo retomadas, na maior parte dos casos, até este mês. As redes municipais concentram a maior parte das matrículas das creches, pré-escolas e ensino fundamental públicos. 

A maior parte das redes de ensino municipais (63,3%) já iniciou ou planeja começar o ano letivo de 2021 de forma remota. Cerca de um quarto das redes (26,3%) pretende adotar o ensino híbrido. Apenas 3,8% querem retomar as aulas de forma presencial e 6,6% ainda não definiram. 

A pesquisa foi feita entre 29 de janeiro e 21 de fevereiro. Desde então, segundo o presidente da Undime, Luiz Miguel Martins Garcia, o cenário, com o agravamento da pandemia em todo o país, pode ter mudado o planejamento do ano letivo em diversas localidades. A pesquisa mostra, no entanto, a intenção dos municípios e como eles estão se preparando para o ano letivo de 2021.

“Nós entendemos que, nesse momento, não temos segurança nem informação para garantir com segurança as aulas presencias”, diz Garcia.

O vice-presidente da Undime, Marcelo Ferreira da Costa, acrescenta que cada município tem uma situação diferente e que isso deve ser levado em consideração na hora do planejamento do ano letivo. Apesar das realidades locais distintas, é preciso um esforço conjunto (federal, estadual e municipal) para que as crianças e os adolescentes tenham acesso à educação. Ele reforça ainda a importância da imunização dos docentes.

“Se achamos que é tão importante que a escola volte e se damos a importância que dizemos, tínhamos que investir no processo de vacinação. É preciso trazer os professores mais para frente, senão não conseguiremos garantir a segurança para conseguirmos voltar”, defende.

Protocolos

Mesmo que ainda não retomem o ensino presencial imediatamente, o estudo mostra que 33,9% das redes de ensino definiram os protocolos de segurança sanitária que irão seguir. A maioria (59,6%), no entanto, ainda está discutindo as medidas, e 6,5% não iniciaram esse processo. Já os protocolos pedagógicos para a volta às aulas presenciais estão sendo discutidos por 70,4% das redes, já foram concluídos em 22,7% delas e não foram iniciados em 6,9%.

“Independentemente de as escolas estarem com atividades presenciais ou não, é preciso ir atrás de estudantes que não tiveram atividades escolares em 2020. É preciso ir atrás desses meninos e meninas que não tiveram atividades nem mesmo impressas ou por WhatsApp, porque a gente corre um risco enorme de voltar a mais de 15 anos atrás no número de crianças e adolescentes fora da escola”, diz o chefe de Educação do Unicef no Brasil, Ítalo Dutra.

Dificuldades

Segundo os dados levantados, o acesso à internet e a infraestrutura escolar foram os maiores desafios das redes municipais de educação em 2020. Esses problemas terão que ser enfrentados também este ano.

Em relação ao acesso à internet, 78,6% das redes respondentes identificaram um grau de dificuldade de médio a alto nesse quesito. Quase a totalidade dos municípios (95,3%) declarou que as atividades não presenciais de 2020 foram concentradas em materiais impressos e orientações por WhatsApp. Os números mostraram, no entanto, que as redes têm recorrido mais a esses recursos, na falta de conexão. Em pesquisa realizada em maio de 2020, com uma pergunta semelhante, foi apurado que 43% das redes municipais apontavam os materiais impressos como parte da estratégia.

"São condições muito limitantes. Imagine uma criança, nos anos iniciais da alfabetização, com uma professora se desdobrando e mandando orientações por WhatsApp", ressalta a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento do Itaú Social, Patricia Mota Guedes.

As organizações defendem a sanção do Projeto de Lei 3.447/2020, que permite que recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) sejam direcionados para Estados e municípios para garantir a conectividade de crianças e adolescentes de famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), bem como daqueles matriculados nas escolas das comunidades indígenas e quilombolas, e professores da rede pública.

“Ampliar o acesso à tecnologia é ampliar a possibilidade de fazer com que a educação vá para ambientes além da sala de aula”, diz o presidente da Undime.

Além da internet, outras dificuldades foram apontadas pelas redes de ensino como adequação da infraestrutura das escolas públicas municipais. As redes afirmaram ter dificuldades de nível médio a alto em planejamento pedagógico (58,4%); acesso dos professores à internet (52,6%); formação dos profissionais e trabalhadores em educação (54,5%); e, por fim, a reorganização do calendário letivo 2020 e 2021 (30,1%), que aparece como a menor das dificuldades.

(Fonte: Agência Brasil)

A família do jornalista Helio Fernandes comunicou, nesta quarta-feira (10), o seu falecimento, aos 100 anos de idade, de causas naturais. “Comunicamos com tristeza o falecimento, aos 100 anos, do jornalista Helio Fernandes. A família agradece aos amigos e admiradores que por tanto tempo o acompanharam nesse espaço (Facebook) e em tantos outros meios onde Helio sempre se expressou ativa e firmemente. É triste a notícia da partida, mas a certeza da vida longa e bem vivida sempre nos confortará”.

Irmão mais velho do desenhista, humorista e escritor Millôr Fernandes, nome artístico de Milton Viola Fernandes, Helio Fernandes foi um dos profissionais da comunicação mais perseguidos durante a ditadura militar. Ele adquiriu o jornal Tribuna da Imprensa em 1962, dirigindo-o até 2008, quando o impresso deixou de circular. Era conhecido pelo estilo combativo de fazer jornalismo. Trabalhou também na revista O Cruzeiro e no jornal Diário Carioca.

Seu centenário, completado no dia 11 de janeiro deste ano, foi comemorado com o lançamento do documentário Confinado, do jornalista Mario Rezende. O documentário mostra o período em que Helio Fernandes foi confinado pelo governo militar por um mês, em um quartel em Pirassununga (SP), depois de ter sido enviado com o mesmo propósito para Fernando de Noronha.

O jornalista Randolpho de Souza, nessa época trabalhando para o Jornal do Commercio, foi o único profissional de imprensa do Rio de Janeiro a registrar a visita a Helio feita por sua mulher, Rosinha, em Pirassununga, acompanhada do cunhado Millôr Fernandes. Como não era permitida a aterrissagem em Pirassununga, o avião pousou em Campinas, e dali os parentes de Helio e o jornalista Randolpho de Souza e o fotógrafo do JC Carlos Alberto, seguiram para o quartel, de carro. “Inclusive, a gente foi extremamente vigiado pela Polícia Federal. Na churrascaria, tivemos que sentar em uma mesa do lado da deles”, recordou Souza à Agência Brasil.

Helio era pai dos também jornalistas Rodolfo Fernandes, ex-diretor de Redação do jornal O Globo, e Hélio Fernandes Filho, ambos mortos em 2011. Ele deixa outros três filhos: Isabella, Ana Carolina e Bruno e os netos Felipe, Leticia e Helio.

No livro A Ditadura Escancarada, o jornalista Elio Gaspari revela que a Tribuna da Imprensa “sofreu mais de vinte apreensões e teve censores dentro do seu prédio por dez anos e dois dias”. Gaspari acrescenta que antes do presidente Garrastazu Médici chegar ao governo, Helio Fernandes já passara “por quatro cadeias e dois desterros”.

A família informou que o corpo do jornalista deverá ser cremado amanhã (11).

(Fonte: Agência Brasil)

O 6º Rio Choro 2021 – Mostra Virtual Competitiva selecionou 48 semifinalistas para a fase de votação popular, que ficará aberta até o próximo dia 17 no canal do evento no YouTube. A música instrumental que obtiver mais “likes” (curtidas) ganhará o Prêmio Waldir Azevedo, no valor de R$ 6 mil. Após dez anos de ausência do cenário musical, a mostra voltou trazendo, pela primeira vez, premiação em dinheiro. A mostra terá formato virtual, em virtude da pandemia de covid-19. A edição 2021 do Rio Choro recebeu 273 inscrições.

No dia 19, o Rio Choro divulgará o vencedor do Prêmio Aldir Blanc para o melhor choro-canção, isto é, choro com letra em português, também no valor de R$ 6 mil.

Em seguida, a comissão julgadora selecionará 12 finalistas, que concorrerão aos prêmios Ernesto Nazareth para o 1º colocado (R$ 12 mil), Pixinguinha, para o 2º lugar (R$ 9 mil) e Jacob do Bandolim, para o 3º classificado (R$ 6 mil). Os nomes dos vencedores serão anunciados no dia 26 de março. Os nove finalistas restantes receberão, cada um, prêmio de participação no valor de R$ 1.000.

O diretor-geral do Rio Choro, José Schiller, destacou que o evento não tinha característica de concurso, quando foi criado pelo saxofonista, flautista e compositor Mário Sève. “Era um ciclo de choros, um panorama. Tinha mais esse sentido de juntar uma série de conjuntos, de grandes intérpretes, tocando um repertório, uma série de peças, sem premiação. Simplesmente refletindo o que estava sendo produzido. Esta é a primeira edição competitiva”, afirmou Schiller, em entrevista à Agência Brasil.

Qualidade

Para esta edição, só foi permitida a inscrição de compositores residentes no Estado do Rio, maiores de 18 anos de idade. Antes, o Rio Choro era aberto para compositores em nível nacional, lembrou Schiller.

O idealizador da mostra, Mário Sève, destacou que o número de inscrições superou as expectativas. “E o melhor é a qualidade das músicas. Basta ouvir a playlist com os 48 semifinalistas que é possível perceber o alto nível das obras”, afirmou.

Para José Schiller, o choro é um gênero de música popular e instrumental brasileira que tem uma linguagem “super-rica”. “Era de se esperar que as músicas inscritas fossem de altíssima qualidade”, comentou.

Segundo ele, o júri, formado por “craques” conhecedores e comprometidos com a linguagem do choro, é garantia também do elevado nível do festival. Ele não tem dúvida de que o evento é um espaço que ajuda a dar visibilidade a compositores novos e de qualidade. A maioria dos inscritos está na faixa de 30 a 40 anos de idade.

Entre os autores participantes, compositores do interior do Estado e artistas mais conhecidos como os cantores Cláudio Nucci, Anna Paes e Alfredo Del Penho, o maestro Cristóvão Bastos, o trompetista Silvério Pontes, o sanfoneiro Marcelo Caldi, o violonista Zé Paulo Becker, o pianista Leandro Braga e o flautista Antônio Rocha, entre outros. As inscrições foram gratuitas e se encerraram no dia 14 de fevereiro.

Criação

O Rio Choro foi criado em 2000. A primeira edição beneficiou a produção do gênero da época, reunindo a maior parte dos músicos envolvidos – intérpretes e compositores – para vários concertos no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, Rio de Janeiro.

As obras dos novos compositores foram interpretadas pelos grupos Nó em Pingo d’Água, Galo Preto, Água de Moringa, Rabo de Lagartixa e Trio Madeira Brasil, e os instrumentistas Cristóvão Bastos, Armandinho, Zé da Velha, Silvério Pontes, Henrique Cazes, Andrea Ernest Dias e Bruno Rian.

Com produção de Mário Sève, o Rio Choro 2000 produziu um álbum de partituras com novos choros, que teve distribuição gratuita.

(Fonte: Agência Brasil)

A vida virou de ponta-cabeça. Literalmente. O então capitão do Exército José Hermógenes de Andrade Filho, de 35 anos de idade, surpreendeu a família quando passou a fazer exercícios “desconhecidos”. Era flagrado com a cabeça no chão e os pés para o alto no banheiro de casa, onde “se escondia” em busca de concentração. Mal sabia a família que aquela era apenas uma das transformações que o homem passaria a apresentar. Até chegar àquela prática, ele buscava, na verdade, uma solução para um sofrimento. A novidade faria com que ele não fosse conhecido no futuro apenas como docente de história e filosofia do Colégio Militar, mas como o professor e precursor do ioga no país. 

"Eu era muito menina e lembro que ele se escondia no banheiro para que a minha mãe não pensasse que ele estava ficando maluco. Ele olhava para mim e falava, 'fique tranquila porque eu estou ficando bom. O ioga vai me deixar bom. Vou me curar’”, recorda a filha de Hermógenes, a pedagoga Ana Lúcia Leão.

A novidade de ficar de cabeça para baixo foi uma alternativa descoberta ao acaso para um problema de saúde que o assustou. Em meio às dores, Hermógenes, depois de percorrer consultórios médicos atrás de alguma explicação para a dificuldade de respiração que sentia, recebeu a notícia, em 1956, que estava com tuberculose. A história dele começou a mudar quando ele descobriu, no centro do Rio de Janeiro, dois livros estrangeiros (um em inglês e outro em francês) sobre uma então desconhecida prática que falava sobre saúde e respiração.

Integração

O primeiro divulgador do ioga entendeu que se tinha encontrado de corpo e alma, como revelam seus descendentes. Hermógenes, que nasceu na cidade de Natal, em 9 de março de 1921 (há um século), foi estudar no Rio de Janeiro aos 20 anos, e morreu em 13 de março de 2015.  Durante toda a vida, fazia questão de participar de eventos para falar sobre a reviravolta em sua vida. Publicou mais de 30 livros sobre o tema. Não tinha viés religioso, mas uma filosofia prática de vida. Chamada de hatha yoga, a vertente que ele abraçava pregava a melhora do corpo físico para aperfeiçoar a consciência.

"É muito importante mantermos esse legado e a memória dele vivos. Ele deixou, por exemplo, o Instituto Hermógenes, que disponibiliza estrutura para a prática. A ioga é uma ciência milenar que visa à integração de corpo, mente e espírito, com práticas corporais e mentais - como a meditação, que faz parte de toda a filosofia do ioga. Ioga significa união e integração. Ele falava que essa prática é para todos nós. A ioga não é para quem pode, e sim para quem precisa. E todos nós precisamos. Visa à melhora da qualidade de vida e não tem pré-requisitos para que se pratique. É uma prática que visa viver melhor o tempo presente”, afirma o neto, Paulo Raphael Bitencourt, que é professor de história e de ioga no Rio de Janeiro. “Há um grande benefício da saúde física com a prática regular. Promove, também, um contato maior com nossos pensamentos e, assim, nos conhecermos”.

Tempo

O neto de Hermógenes entende que a pandemia é um contexto de afastamento dos outros e de nós mesmos. “A obra dele é muito atual. Há um livro dele, por exemplo, chamada Yoga para Nervosos. A prática ajuda a nos organizarmos, tranquilizarmos. [Ajuda em] questões relacionadas a distúrbios como insônia e entendemos que a prática pode nos trazer bem-estar. O ioga traz esperança de dias melhores”. O neto entende que iniciantes podem começar a prática com o tempo que tiver disponível e pode ser feita dentro de casa.  

Paulo Raphael explica que é necessário praticar ioga 24 horas, com postura responsável no dia a dia. “Precisamos estar sempre evoluindo e aprendendo cada vez mais. Ele dizia assim: 'Faça ioga para ser melhor para os outros e não para ser melhor do que os outros'. Servir melhor à sociedade, com mais equilíbrio. A mensagem dele é muito atual e podia ser mais aplicada a momentos duros como o que estamos passando. Tem quatro palavras que ele sempre repetia que são: entrego, confio, aceito e agradeço. Era como um mantra na vida dele".

Para a pedagoga Ana Lúcia Leão, filha de Hermógenes e mãe de Paulo Raphael, a serenidade do pioneiro foi um aprendizado de vida para a família. “Ele mantinha um bom humor sempre. A vida dele era leve e, ao mesmo tempo, profunda. Fazer ioga não é só colocar a cabeça para baixo”.  Ana Lúcia Leão recorda ainda que o pai, diante da necessidade de espalhar a novidade, passou a trabalhar bastante de madrugada para escrever livros, além da preparação das aulas que ele desenvolvia no Colégio Militar, no Rio de Janeiro, por 25 anos. “De madrugada, ouvíamos o barulho da máquina de escrever. Quando ele faleceu, nós desfizemos o apartamento que ele morava e encontramos um enorme material. Ele deixou tamanho legado que há grupos de estudos em Portugal, com direito à estátua dele em Lisboa”.

No Colégio Militar, ele desenvolveu pedagogia instigando os alunos com perguntas, com obras que ele mesmo elaborava e até histórias em quadrinhos. "Ele trazia o aluno para dentro da situação e tinha concepções diferenciadas, como as de Paulo Freire. E ele já trabalhava valorizando o saber do aluno na década de 1950”. O neto Paulo Raphael, que é historiador, pretende escrever biografia sobre o avô pioneiro em parceria com o irmão, Thiago Leão.

A vida intensa do avô fez com que ele percorresse diferentes países e elaborasse estudos até hoje não publicados. No mestrado, Paulo Raphael pesquisou a atividade acadêmica do professor Hermógenes no Colégio Militar, focado na metodologia "a pergunta que ensina", que preparava o aluno para a aprendizagem da história. Hermógenes trabalhou no Colégio Militar até a aposentadoria, quando foi para reserva como tenente-coronel. "Ele teve uma vida de mais de 30 anos como militar. Como professor, ele também deu aula sobre ioga e filosofia oriental para os alunos da instituição mantida pelo Exército".

Fora do colégio, Hermógenes influenciou também pessoas como Palmerim Soares, que o conheceu com apenas 18 anos de idade. “Foi uma mudança completa na minha vida, com alteração de alimentação e, também, de comportamento diante da vida”. Quarenta anos depois, o hoje experiente professor de matemática, que também ensinou ioga, explica que a valorização das atividades físicas é parte desse processo. Ele garante que raramente fica doente, em razão da preservação do sistema imunológico. "Alimentação e atividade física equilibradas” são caminhos que o professor cita. Ele explica que o caminho para esse autoconhecimento tem relação com a serenidade. "Quando o lago está agitado, não se vê o fundo", compara.

Na teoria

A vida diferente do pioneiro foi, há cinco anos, tema do documentário Hermógenes, Professor e Poeta do Yoga, dirigido por Bárbara TavaresComo praticante e admiradora da prática, a cineasta, em parceria com o diretor de fotografia Frandu Almeida, traduziu em imagens o que nem sempre as palavras conseguem explicar. "Como cineasta e documentarista, sempre pensei que eu gostaria de passar um pouco do que é a vivência do que sinto quando faço uma aula de ioga, de transformação interna”.

Os realizadores, que hoje moram na cidade do Porto, em Portugal, percorreram os caminhos de Hermógenes durante três anos, com filmagens realizadas em lugares como São Paulo, Salvador e na Índia, e chegaram a ter contato com o mestre da ioga pouco antes de ele morrer. "O professor Hermógenes é uma referência na ioga há anos, uma figura que é muito conhecida não só dentro da ioga, mas dentro da terapia holística também. E não havia nenhum filme de cinema sobre ele. Na época, existia um filme que foi feito para a televisão", lembra. 

Bárbara Tavares entrevistou vários famosos (como o ator Jackson Antunes, a monja Coen e o músico Marcelo Yuka) e anônimos que testemunham os benefícios da prática na vida deles. "Esse filme foi uma experiência incrível, em que conseguimos concluir graças ao financiamento coletivo", conta. O lançamento foi no Cine Odeon, alugado pelos próprios realizadores, e o interesse pela vida de Hermógenes foi tamanho que os ingressos foram esgotados dias antes da exibição lotada. O sucesso fez com que o filme entrasse em cartaz na tradicional sala de cinema, com sessões sempre cheias, e despertasse o interesse de uma distribuidora, que o levou para o circuito nacional. É possível assistir ao filme nas plataformas Google PlayAmazon PrimeITunesLooke e Filmin

Assista à edição do Sem Censura, da TV Brasil, de 2016, que destacou o documentário sobre o professor Hermógenes

(Fonte: Agência Brasil)

Os estudantes pré-selecionados em lista de espera do processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni), edição do 1º semestre de 2021, têm até a sexta-feira (12) para comprovar as informações da inscrição para obter a bolsa para uma das opções de curso escolhidas.

A documentação comprobatória de que o pré-selecionado atende aos critérios do Prouni deve ser entregue na instituição para a qual o estudante foi pré-selecionado. A instituição de ensino deve, obrigatoriamente, entregar ao pré-selecionado o protocolo de recebimento da documentação solicitada.

O Ministério da Educação alerta que o candidato deve ficar atento quanto à exigência de entrega de documentos adicionais, caso seja julgada necessária pelo coordenador do Prouni na instituição. A perda do prazo ou a não comprovação das informações implicará a reprovação do candidato. 

Prouni

No primeiro semestre de 2021, o Prouni registrou 599.223 inscritos. Cada candidato pode escolher até duas opções de curso. Ao todo, foram ofertadas bolsas do Prouni para 13.117 cursos de graduação em 1.031 instituições privadas de ensino superior em todos os Estados e no Distrito Federal. A oferta foi de mais de 162 mil bolsas de estudo.

O Prouni é um programa de acesso ao ensino superior, destinado a quem não tem diploma de graduação, que oferece bolsas de estudo integrais, que cobrem a totalidade da mensalidade do curso, e parciais, que cobrem 50% do valor da mensalidade, em instituições privadas de ensino superior.

(Fonte: Agência Brasil)

A jornalista Lúcia Leme morreu hoje (8) vítima de um câncer no pulmão. Amanhã (9), ela faria 83 anos.

Em sua página no Facebook, os filhos da jornalista comunicaram a morte: “Devastados de tristeza, lamentamos informar que nossa mãe, Lúcia Leme, uma mulher extraordinária, profissional exemplar, mãe maravilhosa e avó muito amada, faleceu hoje vítima de câncer de pulmão. Partiu no Dia Internacional da Mulher. ❤️ Assinado: Fernanda Leme, Luciana Leme, João Henrique Leme e Renato Carvalho Leme Almeida.

Sua trajetória na televisão foi marcada, especialmente, pela longa passagem como apresentadora do Sem censura, programa da TV Brasil que comandou entre 1986 e 1996.

Lúcia começou no jornalismo como estagiária na extinta TV Tupi, no fim da década de 1970. Em seguida, foi convidada por Paulo Alberto Monteiro de Barros, o Artur da Távola, para auxiliá-lo em sua coluna no jornal O Globo, que dava notícias sobre televisão.

Trabalhou também nas revistas MancheteFatos e FotosAmigaEle & Ela, da organização Bloch. Esteve ainda na Rádio Manchete e, posteriormente, na TV Manchete. “Dali, me convidaram para ser debatedora do Sem Censura e eu fui. Um ano depois, me chamaram para ser a apresentadora desse programa e ali fiquei por dez anos. Fiz, ainda, os programas Front Page, Intervalo, Olhar 2001/2/3/4/5/6 e, depois, o mesmo programa passou a se chamar Espaço Público e foi até 2009”, revelou a jornalista em perfil profissional.

Paralelamente, fez programa na Rádio Roquete Pinto e na Rádio MEC AM. Trabalhou ainda na internet, fazendo um programa na Web-rádio da MultiRio para a Prefeitura do Rio de Janeiro que distribui essas produções a escolas da rede municipal de ensino. Carioca, divorciada, Lúcia Leme tinha mestrado em Comunicação na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Sua página no Facebook ficou cheia hoje de mensagens de tristeza, enviadas por amigos como o ator Edwin Luisi: “No Dia Internacional da Mulher, presto minha homenagem a uma grande mulher que acaba de partir. Lucia Leme, agora você é luz”. A apresentadora Luciana Barreto, da TV CNN, lamentou a morte de Lúcia Leme: “Perdemos uma grande mulher”. A amiga e colega de rádio Heloísa Paladino a homenageou: “Tristeza profunda pela partida da querida Lúcia Leme. Tantas histórias e papos, tanto trabalho em conjunto, tantos ensinamentos. Vamos eternizar esse brinde pela brilhante mulher que você foi. Mas agora você vai brilhar em outro plano. Descanse em paz”.

“Sou movida a carinho e verdade”, dizia Lúcia em sua página no Facebook. O velório será hoje, a partir das 14h30, e o enterro está marcado para 16h30, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio. 

(Fonte: Agência Brasil)