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Estou com Erasmo Dias: Fernando Braga é um poeta nato, que traz dentro de si, como afirmava Corrêa de Araújo, uma centelha de divindade. Poeta nato – não dessa precocidade que impressiona, mas pode não vingar, era sim dessa maturidade que, mesmo nos seus primórdios, se manifesta como uma decidida e decisiva afirmação de força interior.

Seus primeiros versos tinham a marca do mórbido poeta do EU, da qual se foi desvencilhando, até, quando, entretanto na poesia atual, em que se alicerçou, de Augusto somente ficaram uns restos de adjetivação fisiológica (náuseas e quejandos) e um ou outro verso de revolta e lástima. No mais, é a poesia pura dos dias que correm.

Dessa poesia que precede à futura, de que é Nauro Machado, entre nós, um precursor, pois a poética de Fernando Braga, neste seu Silêncio Branco, não carece de acompanhamentos eletrônicos, para se fazer ouvida e apreciada – ou detestada, como é o meu caso...

Não. Sob a influência ancestral, que é lusitana de boa cepa, sua poesia é mansa e doce, como o rolar das águas do Mondego; saudosa e suave, como as lontananzas paisagística de Entre-Minho e Douro; lírica e amorosa como o arfar de seio; cascateante, sem fúrias de Paulo Afonso, mas escorrendo, múrmura, entre pedrouços.

Uma poesia simultaneamente alta e singela; desataviada e graciosa; gritante e quieta – mas toda ela sem altos e baixos, nivelada e una, firmada em estilo e em valimento, juntando as escolas e reafirmando-se em ambas.

Vejo, nos versos de Silêncio Branco, desde Casemiro até Raul de Leoni, com uma parada definitiva em Fernando Pessoa, que é, no presente, como já foi Dos Anjos no passado, o seu altar e o seu deus.

Ou não será Fernando Braga um dos muitos pseudônimos do poeta luso?

* Fernando Viana. Artigo publicado no “Jornal do Dia”, São Luís (MA), de 19 de dedezembro de 1968.

Foto (1) de Fernando Braga, autografando; em pé, o professor Rubem Almeida; Luis Carlos Bello Parga, presidente do Banco do Estado do Maranhão (BEM), e Amadeu da Cunha Santos Aroso Netto, chefe de Gabinete do pres. do BEM, no Salão Nobre da Academia Maranhense de Letras, na noite de 30 de dezembro de 1967, por ocasião do lançamento de Silêncio Branco, livro de estreia de Fernando Braga (FB).

Foto (2) de Fernando Braga e do professor Rubem Almeida, no Salão Nobre da Academia Maranhense de Letras, na noite de 30 de dezembro de 1967, por ocasião do lançamento de Silêncio Branco, livro de estreia de FB.

O Instituto Sociedade População e Natureza (ISPN) e a mineradora Vale vão conceder bolsas para estudantes indígenas regularmente matriculados em cursos de graduação em instituições de ensino superior públicas e privadas no Brasil.

Serão disponibilizadas 50 bolsas de estudo, no valor de R$ 1.000, por mês, além de um computador portátil para os alunos que atenderem aos critérios estabelecidos.

Entre os critérios, está a apresentação de projetos que tragam benefícios às comunidades indígenas, nos campos da educação escolar, gestão territorial e ambiental, saúde, fortalecimento da associação indígena, entre outros. As propostas podem ser inéditas ou de aperfeiçoamento de ações já em curso nas aldeias.

O Programa Bolsas para Estudantes Indígenas no Ensino Superior foi lançado ontem (9), Dia Internacional dos Povos Indígenas, e integra o Programa Indígena de Permanência e Oportunidade na Universidade (PIPOU), do ISPN.

Nesse primeiro edital, podem se inscrever estudantes dos povos Parkatêjê, Kyikatêjê e Akrãtikatêjê (Terra Indígena Mãe Maria, no Pará); Guajajara (Terras Indígenas Rio Pindaré e Caru, no Maranhão); Tupiniquim e Guarani (Terras Indígenas Tupiniquim Guarani, Caieiras Velhas II e Comboios, no Espírito Santo); e Krenak (Terras Indígenas Krenak, em Minas Gerais).

As inscrições se estenderão até o dia 10 de setembro no site do ISPN. O resultado do processo seletivo será divulgado no dia 30.

De acordo com a Vale, a ideia é ampliar o projeto em 2022, beneficiando estudantes de todos os povos e terras indígenas do país. O processo de seleção dos candidatos será conduzido por equipe técnica da Vale e do ISPN, além de especialistas na área da educação.

Agenda positiva

O coordenador do Programa Povos Indígenas do ISPN, João Guilherme Nunes Cruz, disse que a parceria visa construir uma agenda positiva e diminuir as dificuldades enfrentadas pelos estudantes indígenas para permanecer nas instituições de ensino superior.

“Nós já temos um avanço significativo de políticas para o ingresso, mas os desafios para que essas pessoas concluam seus estudos são muito grandes e não estão circunscritos à questão financeira”.

Segundo Nunes Cruz, há desafios de adaptação pessoal, de adaptação curricular, de relacionamento com as estruturas das universidades, com políticas de acolhimento dos estudantes, além da saudade de suas casas.

“Todos esses fatores alimentam os índices de evasão desses estudantes. A gente pensou em um programa que pudesse contribuir com essas questões”.

Além da concessão da bolsa, o edital envolve outras estratégias, como ter um colegiado participativo para pensar os rumos e fazer a análise do que está dando certo ou não. A partir do ano que vem, o colegiado vai decidir a abrangência do programa e estender o benefício para outras regiões do país.

“Vai ser no âmbito desse projeto piloto que isso será decidido”, explicou Cruz. Para a próxima etapa, o coordenador revelou que haverá outras atividades incorporadas, como o sistema de tutorias para algumas disciplinas.

(Fonte: Agência Brasil)

Foram anunciados, nesta terça-feira (10), os vencedores do 2º Prêmio de Inovação em Políticas Públicas para a Juventude. O tema deste ano destacou o protagonismo juvenil com o uso de tecnologias digitais.

O objetivo do prêmio é reconhecer trabalhadores do setor público e projetos das esferas municipal e estadual que tragam novidades nas políticas públicas voltadas à juventude em seus diversos temas e dimensões de atendimento desse público.

Foram escolhidos três vencedores: o projeto Qualifica Jovem Paulista Digital, de Paulista (PE); o programa Bolsa Trabalho: Juventude, Trabalho e Fabricação Digital, de São Paulo (SP); e o Liceu de Ofícios e Inovação, de Curitiba (PR).

O Qualifica Jovem Paulista Digital promove ações de capacitação voltadas ao empreendedorismo e à busca de emprego e renda, disponibilizando vagas para cursos profissionalizantes relacionados a tecnologias digitais, como marketing digital e uso de redes sociais.

O programa paulista Bolsa Trabalho: Juventude, Trabalho e Fabricação Digital existe desde 2004 e mantém 13 laboratórios onde são ministradas atividades de formação sobre empreendedorismo, cidadania, mercado de trabalho e fabricação digital. É ofertada uma bolsa para auxiliar nos custos com transporte e alimentação.

O Liceu de Ofícios e Inovação, de Curitiba, também oferta cursos de qualificação para jovens, dando preferência àqueles em situação de vulnerabilidade social. São realizadas atividades de formação em diferentes áreas, mas abarcando também as tecnologias da informação e comunicação, como formação em informática.

O prêmio é uma iniciativa organizada pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH). O anúncio dos vencedores faz parte das atividades da Semana da Juventude, iniciada ontem e que vai até o dia 13.

(Fonte: Agência Brasil)

Palmeirinha

O próximo domingo (15) promete ser de fortes emoções na segunda edição da Copa Papai Bom de Bola, competição promovida pela Federação Maranhense de Futebol 7 (FMF7). Isso porque a bola vai rolar pelas semifinais do torneio da categoria +40. Em campo, o Meninos de Ouro encara o Grêmio Maranhense, e o Cruzeiro São Luís duela com o Palmeirinha. As disputas ocorrerão na Arena Olynto, no Bairro do Olho d’Água, a partir das 8h.

Cruzeiro São Luís

No jogo que abre a fase semifinal, o Meninos de Ouro tentará manter vivo o sonho do bicampeonato. Para isso, o campeão da primeira edição da Copa Papai Bom de Bola enfrenta o Grêmio Maranhense. Na fase de grupos, a equipe do Meninos de Ouro levou a melhor diante do rival deste domingo e venceu por 5 a 2. Se conseguir repetir a vitória, a vaga para a decisão do torneio estará garantida.

Meninos de Ouro

Na sequência, às 9h, ocorre a segunda semifinal da Copa Papai Bom de Bola. Atual vice-campeão, o Palmeirinha busca uma vaga na final diante do Cruzeiro São Luís. Para chegar a mais uma decisão, o Palmeirinha aposta em seu ataque, o mais positivo desta edição do torneio com 30 gols marcados.

Grêmio Maranhense

Já o Cruzeiro São Luís, chega à semifinal motivado após uma campanha consistente na fase de grupos e uma boa vitória por 3 a 0 sobre o Olímpica nas quartas de final.

Taça Maranhão

A FMF7 também divulgou a tabela de jogos deste domingo pela Taça Maranhão de Futebol 7 nas categorias Sub-12 e Sub-13. As partidas estão programadas para a Arena Olynto: Alemanha x Palmeirinha B (Sub-12), Olímpica x Athletico Paranaense (Sub-13), Inovar x CT/CTFB (Sub-13), Palmeirinha x Athletico Paranaense (Sub-12), C.E.D. x Escolinha Bom de Bola (Sub-13), Juventus Academy x Aurora (Sub-13), Escolinha Bom de Bola x Juventude (Sub-12), Audaz x Jeito Moleque (Sub-12), Juventude x Escolinha Transformar (Sub-13), Jeito Moleque X Afasca (Sub-13), Meninos de Ouro x Juventus Academy (Sub-12).

Tudo sobre a Copa Papai Bom de Bola e a Taça Maranhão de Futebol 7 está disponível no site (www.fut7ma.com.br) e nas redes sociais oficiais da federação (@fmf7ma).

PROGRAMAÇÃO DE JOGOS

Domingo (15/8) // Arena Olynto Campo 1

8h – Meninos de Ouro x Grêmio Maranhense (semifinal +40)

9h – Cruzeiro São Luís x Palmeirinha (semifinal +40)

Domingo (15/8) // Arena Olynto Campo 2

8h – Alemanha x Palmeirinha B (Sub-12)

8h30 – Olímpica x Athletico Paranaense (Sub-13)

9h – Inovar x CT/CTFB (Sub-13)

9h45 – Palmeirinha x Athletico Paranaense (Sub-12)

Domingo (15/8) // Arena Olynto Campo 2

15h – C.E.D. x Escolinha Bom de Bola (Sub-13)

15h30 – Juventus Academy x Aurora (Sub-13)

16h – Escolinha Bom de Bola x Juventude (Sub-12)

16h30 – Audaz x Jeito Moleque (Sub-12)

Domingo (15/8) // Arena Olynto Campo 1

15h – Juventude x Escolinha Transformar (Sub-13)

15h30 – Jeito Moleque x Afasca (Sub-13)

16h – Meninos de Ouro x Juventus Academy (Sub-12)

(Fonte: Assessoria de imprensa)

Começam, nesta segunda-feira (9), as inscrições para o Festival de Música da Nacional do Solimões. Depois de cinco anos, o concurso, aberto para compositores da Tríplice Fronteira de Brasil, Peru e Colômbia, volta a ser realizado e faz parte das celebrações dos 15 anos da Rádio Nacional Alto Solimões.

As inscrições podem ser feitas via internet, Correios ou com entrega do material na sede da Rádio Nacional Alto Solimões (Rua Rui Barbosa s/nº, Tabatinga (AM) – CEP: 69.640-000) até o dia 24 de setembro. Podem se inscrever músicos e compositores residentes na região do Alto Solimões (no Amazonas) e da tríplice fronteira. Assim como nas outras edições, realizadas entre 2013 e 2016, serão aceitas músicas em português, espanhol e em idiomas indígenas.

As composições serão, de acordo com o regulamento do concurso, submetidas a julgamento de comissão formada por sete pessoas de notório saber musical. Ao todo, 12 músicas serão classificadas para a fase final do concurso. Todas as canções serão veiculadas na programação da Rádio Nacional Alto Solimões e irão à votação popular, pela internet, entre 11 de outubro e 11 de dezembro.

Premiações do Festival da Música da Nacional do Alto Solimões

No dia 11 de dezembro, está prevista a realização de um show em Tabatinga (AM) para a divulgação dos vencedores em sete categorias: Melhor Música em Português, Melhor Música em Idioma Indígena, Melhor Música em Idioma Espanhol, Melhor Intérprete, Melhor Letra, Música mais votada pela internet e Torcida Mais Animada. A realização do show e suas condições (por exemplo, se haverá público) dependerá da situação da pandemia em dezembro de 2021 na cidade.

Para a coordenadora da Rádio Nacional Alto Solimões, Miss Lene Ferreira, o concurso é uma oportunidade para músicos da região divulgarem seus trabalhos. “O festival é importante nessa região porque revela talentos, divulgando e destacando o protagonismo dos artistas locais e criando espaço de oportunidades para grupos artísticos antes desconhecidos no Alto Solimões”, relata.

Miss Lene também destaca que o festival tem grande participação de composições de grupos indígenas. “Em todas as edições, o maior número de músicas inscritas são as indígenas. A qualidade e a cultura específica e única de cada comunidade gera um material musical inédito e encantador. Com isso, o Festival da Rádio Nacional torna-se uma vitrine da cultura e potencial musical do Alto Solimões”, completa.

regulamento completo do Festival de Música da Rádio Nacional do Alto Solimões pode ser acessado neste link, e dúvidas podem ser tiradas nos telefones (97) 3412-2516/2628 ou pelo WhatsApp (97) 99189-4452.

(Fonte: Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogou, para 16 de agosto, o prazo de inscrições para a Rede Nacional de Certificadores (RNC) do Exame Nacional do Ensino Médio 2021 (Enem). Entre as atribuições dos integrantes dessa rede, está a de certificar, in loco, os procedimentos a serem adotados para a aplicação das provas do Enem, previstas para os dias 21 e 28 de novembro. A portaria prevendo a prorrogação foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (9).

Podem se candidatar servidores públicos do Executivo Federal e docentes das redes públicas de ensino estaduais e municipais, efetivos e em exercício da docência em 2021. “No caso dos professores, é necessário preencher a declaração de docência disponível no Sistema RNC, informando nome, CPF, matrícula, cargo que ocupa, Secretaria de Educação a que está vinculado, nome da escola em que atua, turnos, número de turmas e carga horária total. Se o docente atuar em mais de uma escola, deve preencher o documento com as informações do local em que atua com a maior carga horária”, informou, em nota, o instituto.

No momento da inscrição, o candidato pode escolher até três cidades de atuação ou sub-regiões, caso o município ofereça essa opção. Ele precisa ter concluído o ensino médio e não pode estar inscrito como participante no Enem 2021, nem ter cônjuge, companheiro ou parentes de até terceiro grau inscritos no exame.

A declaração deve ser anexada ao sistema até o último dia de inscrição, em formato PDF e com tamanho máximo de 2MB. O documento deve ser assinado pelo gestor ou o diretor da escola em que o professor trabalha.

Além da atribuição de certificar os procedimentos para a aplicação das provas, os servidores vinculados à RNC são responsáveis por registrar, em sistema eletrônico, as informações coletadas com base em sua atuação; e informar ao instituto possíveis inconsistências identificadas.

De acordo com a nota divulgada pelo Inep, a relação de candidatos homologados e convocados para a capacitação será divulgada em setembro. “Essas pessoas devem participar do curso a distância promovido pelo Instituto, no qual serão instruídos a respeito das normas, dos procedimentos e critérios técnicos da RNC. Os colaboradores serão considerados aptos somente após serem aprovados no curso com, no mínimo, 70% de aproveitamento”.

(Fonte: Agência Brasil)

O Ministério da Educação (MEC) divulga, nesta terça-feira (10), o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para o segundo semestre de 2021. Foram disponibilizadas 62.365 vagas em universidades e outras instituições de ensino superior.

As matrículas devem ser feitas entre os dias 11 e 16 de agosto. Quem não for selecionado pode entrar na lista de espera, entre 10 e 16 de agosto. O resultado dessa lista será divulgado no dia 18, com a convocação para a matrícula no dia 19.

Pode participar do Sisu quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e tenha tirado nota acima de zero na redação. A seleção é feita com base nas notas que o candidato tirou na prova, mas o método de escolha varia conforme o curso e a instituição. Isso porque os pesos das notas em cada matéria são diferentes, conforme a área de interesse.

Durante a inscrição, o candidato pode escolher até dois cursos superiores, com a possibilidade de alterar as opções até o encerramento das inscrições. Como a nota de corte de cada curso é atualizada diariamente, o estudante ainda não selecionado precisa ficar de olho no site do programa, para acompanhar as mudanças.

Em relação à política de cotas, cada instituição de ensino tem critérios próprios para a distribuição das vagas. Algumas universidades adotam opções separadas: uma para o público geral e demais modalidades separadas por raça, renda ou rede escolar. Outras fazem uma lista unificada, concedendo pontos extra a candidatos que façam parte do regime de cotas.

(Fonte: Agência Brasil)

Uma pesquisa feita pela Fundação Lemann, em parceria com o Instituto Natura, mostrou que 94% das crianças e dos adolescentes tiveram alguma mudança de comportamento durante a pandemia. Segundo os pais e responsáveis, 56% ganharam peso, 44% se sentiram tristes, 38% ficaram com mais medo, e 34% perderam o interesse pela escola.

A pesquisa “Onde e como estão as crianças e adolescentes enquanto as escolas estão fechadas?” indicou que entre os que ficam sozinhos em casa são mais altos os índices dos que passaram a dormir mais, ficaram mais quietos ou têm mais dificuldades para dormir.

Quando avaliadas as crianças e adolescentes de famílias com renda menor, até dois salários mínimos, 59% tiveram ganho de peso, 51% passaram a dormir mais, 48% ficaram mais agitados, 46% ficaram mais tristes, e 35% perderam o interesse pela escola.

A pesquisa ouviu 1.315 responsáveis por mais de 2,1 mil crianças e adolescentes (4 a 18 anos) matriculados na rede pública ou fora da escola, de todo o Brasil, entre 16 de junho e 7 de julho de 2021. O estudo também entrevistou 218 jovens entre 10 e 15 anos.

Comida

Quando avaliada a segurança alimentar, 34% das famílias afirmaram que a quantidade de comida foi menos que o suficiente, com destaque para as famílias do Nordeste (46%) e do Sul (18%).

Entre os que relataram insuficiência de alimentos, 63% são pretos e pardos, 63% das famílias ganham até um salário mínimo, e 66% afirmaram que alguém da casa perdeu o emprego ou renda na pandemia.

A pesquisa também mostrou que as refeições das crianças e adolescentes eram melhores antes da pandemia: 81% dos pais disseram que era ótima ou boa antes do surto de covid-19, índice que caiu para 74%. Entre os que consideram a alimentação regular, a taxa aumentou de 16% para 23%; e o ruim se manteve estável em 2%.

Mais tempo nos eletrônicos

De acordo com a pesquisa, 10% das crianças e dos jovens passam o dia na casa de outras pessoas, metade deles na residência dos avós. Dos 90% que ficam na casa de seus responsáveis (pai, mãe, madrasta e/ou padrasto), 14% permanecem sozinhos no local ou apenas com irmãos, sem adultos responsáveis.

A pesquisa também mostrou que a rotina de atividades em casa mudou: 37% das crianças e adolescentes estão jogando videogame ou celular com mais frequência do que antes da covid-19, e 43% aumentaram as horas de TV.

Outro dado importante mostrou que 6% dos jovens entre 7 e 18 anos estão trabalhando, sendo maior o percentual entre os pretos (10%). Do total de jovens trabalhando, 60% começaram em 2021, e 74% são meninos. A idade média é de 16 anos, sendo que 9% têm entre 11 e 14 anos, 68% entre 15 e 17 anos, e 23% têm 18 anos.

Jovens

Entre as crianças e adolescentes entrevistados, 75% disseram que sentem falta das aulas presenciais ou de algum professor, e 60% sentem falta do convívio social e dos amigos. Aqueles que acreditam que terão o futuro prejudicado devido à pandemia são 66%. Pelo menos, 40% sonhavam com profissões antes da pandemia e, agora, esse percentual é de 37%. Para 17%, o principal sonho agora é o de que a pandemia acabe.

“Isso mostra o papel da escola e desse ambiente na vida dessas crianças e adolescentes. Claro que é um espaço de ampliação de repertório e aprendizagem, mas também é de convívio e desenvolvimento pessoal, além de ser, para muitos, espaço de alimentação. Isso coloca muita luz no papel da escola e do retorno presencial das aulas”, afirmou a gerente do Instituto Natura, Maria Slemenson, que trata da articulação das agendas prioritárias da educação.

A pesquisa mostrou que 3% das crianças e adolescentes não estão matriculados na escola. Desses, 32% afirmaram não estar na escola por causa da pandemia, e outros 32% afirmaram não encontrar vaga na rede pública de ensino. Além disso, 62% das crianças fora da escola têm entre 4 e 6 anos. Os estudantes que estão fazendo as tarefas recebidas são 92%, com 89% dos pais dizendo que acompanham as atividades feitas pelas crianças e adolescentes na escola e nas aulas on-line.

“Nós, da Fundação Lemann, acreditamos que a educação pública de qualidade muda a vida das pessoas e são elas que podem transformar o nosso país. Desde o início da pandemia, estamos trabalhando para apoiar as redes de ensino com estudos, dados, boas práticas e orientações diversas para que cada rede possa retomar as aulas presenciais e garantir que todas e todos possam aprender com qualidade, nas mais variadas realidades do país”, disse a coordenadora de projetos de Educação da Fundação Lemann, Barbara Panseri.

“Sabemos do tamanho das desigualdades de nosso país, sabemos que as crianças e adolescentes de menor renda, do Nordeste e negros e negras, têm menor acesso à internet de qualidade, e que o ensino remoto ampliou as desigualdades dos nossos alunos”, completou Barbara.

(Fonte: Agência Brasil)

Henrique Neto, durante participação no Festival de Música Nacional FM.

Rock, samba e sertanejo são os gêneros de músicas mais tocados no Dia dos Pais, de acordo com levantamento do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).

Com base em seu banco de dados, considerado um dos maiores da América Latina em termos de arquivos musicais, o Ecad apurou que é grande a diversidade no país na relação das canções mais tocadas nos últimos cinco anos na data festiva, com a palavra “pai” no título.

Pais e Filhos, de autoria de Marcelo Bonfá, Renato Russo e Dado Villa-Lobos, foi lançada há 32 anos no álbum As Quatro Estações e é, até hoje, um dos grandes sucessos da banda de rock brasileira Legião Urbana. A música ficou em primeiro lugar no ranking elaborado pelo Ecad.

Já o samba Coisinha do Pai, de autoria de Luiz Carlos, Jorge Aragão e Almir Guineto, lançado há mais de 40 anos na interpretação de Beth Carvalho, ocupou a segunda colocação. O terceiro posto foi da música sertaneja Fé no Pai', de autoria de Gabriel Agra e Zé André, gravada pelo cantor Lucas Lucco, em 2017.

O levantamento considerou os segmentos de rádio, casas de festas e diversão, música ao vivo, festa junina, sonorização ambiental, show e Carnaval.

Estão listadas ainda entre as 20 mais tocadas, as músicas: Escondido dos seus PaisPai da PingaAbana que Papai Tá MalComo nossos PaisEm Nome do Pai, do Filho e dos Santos, a Vila Canta a Cidade de PedroCasa do PaiPai NossoAssim Você Mata o PapaiChefe é Chefe né, PaiNo Colinho do PainhoÓ meu Pai, me Dê o Pão que Eu não Morro de Fome; Tudo é do Pai; Cabô meu Pai; Fala pro Papai; Pedido de um Pai; Hu Papai Chegou; Meu Velho Pai.

(Fonte: Ag^3ncia Brasil)

A era digital tem proporcionado novas experiências artísticas e museológicas. De um lado, há museus tradicionais disponibilizando acesso aos seus acervos por meio da internet. De outro, novas exposições já nascem convidando o público para uma experiência no ambiente virtual. A pandemia de covid-19, que levou ao fechamento temporário de diversos espaços culturais, ampliou ainda mais as provocações aos artistas acerca do potencial da internet.

Produzida nesse contexto, a galeria multimídia virtual Centennials, que será lançada hoje (8), busca estimular reflexões a partir da expressão de adolescentes que estão crescendo em meio às oportunidades e pressões da cibercultura. São jovens que não chegaram a conhecer o mundo sem a internet.

“Não acho que seja um retrato de uma geração, porque cada geração tem várias camadas. Mas é um trabalho sobre aquilo que está sempre muito presente na adolescência, que é a necessidade de rompimento, de reinvenção, de renascimento, de desconstrução. Precisamos cada vez mais aprender a lançar o olhar para o outro sem julgamentos, sem querer interpretar o outro a partir da nossa própria caixinha. Então, propomos um encontro com estes limiares múltiplos”, explica a fotógrafa mineira Márcia Charnizon, que assina o trabalho.

Usando fotografias, áudios, vídeos, desenhos e poesia, a galeria multimídia busca explorar, de forma poética, imagens e discursos de jovens entre 16 e 19 anos que destoam dos padrões de estética, de comportamento e de sexualidade estabelecidos pela sociedade.

“Escolhi me encontrar com mulheres cis, transgêneros e pessoas não binárias e deixá-las aparecer. Meus trabalhos têm essa dinâmica. É como eu entendo a fotografia. Deixar o outro aparecer para ver como a pessoa ressoa dentro da gente. Acredito nesse movimento”, diz Márcia.

O lançamento ocorrerá às 18h, com a apresentação on-line de um minidocumentário sobre a produção da galeria e, em seguida, haverá uma live no Instagram, com a presença de adolescentes que participaram do projeto.

A galeria, no entanto, já está no ar. Pessoas com deficiência auditiva ou visual também podem ter acesso ao conteúdo por libras e por descrições.

Márcia conta que o projeto nasceu de uma inquietação pessoal diante da entrada de seus filhos na adolescência.

“É um sentimento interno que mistura um pouco de abandono com o desconhecido e com o descontrole. Essa percepção de que eu não controlo mais e que eu preciso me reinventar. É como se eu estivesse entrando em um outro planeta. E aí eu via as amigas coloridas dos meus filhos. Coloridas em todos os sentidos da palavra. Tinha muita vontade de escutar essas pessoas, saber o que elas pensam”, disse.

“E é um período onde há um hiato: a gente quer conversar com os filhos, mas os filhos não querem conversar com a gente. É um momento da vida que é bonito, que é justamente um momento de rompimento e que é necessário”, avalia.

Para a fotógrafa, os discursos desses jovens imersos na cibercultura revelam que mudanças de paradigmas estão em andamento. “Há pouquíssimo tempo, não sabíamos, por exemplo, o que era um relacionamento tóxico. A gente vive dentro de uma estrutura patriarcal. Mas há uma desconstrução acontecendo e, quando ouvimos essas pessoas, percebemos isso. É muito forte”.

Plataforma virtual

Explorar, artisticamente, as plataformas virtuais é algo que abre novas oportunidades na visão de Márcia. Segundo ela, a galeria Centennials será como um livro colocado no mercado e ficará disponível aos interessados por tempo indeterminado.

“Eu pensei esse trabalho inicialmente como uma instalação multimídia presencial, mas eu precisaria de um patrocinador. Não é barato. Aí, apareceu o edital, e eu consegui um recurso, que era limitado, mas me possibilitava fazer a galeria virtual. E foi um desafio. Veio uma enxurrada de novidades”, conta a fotógrafa.

Márcia, que tem no currículo a conquista do XIII Prêmio Funarte de Fotografia, desenvolveu o projeto por meio da Lei Aldir Blanc, recebendo verba do Ministério do Turismo e do governo de Minas Gerais. "Deu uma força em um momento difícil. Sem esse apoio, não faria a galeria”, avalia.

Lei Aldir Blanc ganhou esse nome em homenagem ao compositor que morreu devido a complicações com a covid-19 no ano passado. Trata-se de uma ação emergencial específica para apoiar o setor cultural em meio à pandemia.

Demandada pelos artistas, ela foi aprovada no Congresso Nacional com apoio de parlamentares da base do governo e da oposição. A União ficou responsável por repassar aos Estados e municípios R$ 3 bilhões, que poderiam ser empregados de diferentes formas: renda emergencial aos artistas, subsídios para manutenção de espaços, empresas e instituições culturais, editais para realização de eventos ou para produção cultural, entre outros.

(Fonte: Agência Brasil)