Nesta quinta-feira (23), às 15h, as 50 composições classificadas para as semifinais do Festival de Música Nacional FM serão conhecidas pelo público. O anúncio será feito em transmissão na Rádio Nacional FM Brasília, organizadora do concurso de inéditas.
A edição de 2021 bateu o recorde de inscrições. Ao todo, 445 composições (389 com letra e 56 instrumentais) do Distrito Federal e da região do Entorno da capital federal entraram na competição. Até então, a edição de 2020 (com 319 inscrições) detinha a melhor marca. Para Carlos Senna, coordenador do festival, o recorde não foi uma surpresa. “O recorde deste ano acompanhou a tendência do ano passado. O que mais chamou atenção foi o grande número de novos artistas inscritos”, diz.
Depois do anúncio, as canções classificadas começam a ser veiculadas na programação da Nacional FM. Eo público também pode participar desta etapa do festival, votando na sua canção favorita por meio da página do Festival de Música da Nacional FM até o dia 4 de novembro. Das 50 músicas, 12 serão classificadas para a fase final.
A lista das semifinalistas foi fechada por uma comissão julgadora, composta por representantes da Nacional FM e por jurados convidados. Este júri técnico também será responsável pela seleção de 11 das 12 músicas finalistas – completa a relação a música mais votada pelo público na internet. As músicas vencedores serão escolhidas apenas pelos especialistas que compõem a banca.
No dia 5 de novembro, as 12 composições finalistas serão anunciadas e seguem na programação da Nacional FMde Brasília até o dia 27 de novembro. Nesta data, está previsto para acontecer o show da final, com apresentação dos finalistas e anúncio dos vencedores. De acordo com a organização, ainda não está definido se o show terá presença de público, o que dependerá das normas sanitárias vigentes no Distrito Federal e da situação da pandemia do novo coronavírus.
O festival vai premiar compositores nas seguintes categorias: Melhor Música com Letra, Melhor Música Instrumental, Melhor Intérprete Vocal, Melhor Intérprete Instrumental, Melhor Letra, Melhor Arranjo e as premiações de Música Mais Votada na Internet e Melhor Torcida.
Esta é 13ª edição do Festival de Música Nacional FM, que busca abrir espaço para os artistas de Brasília e do Entorno da capital federal na programação da rádio, impulsionando toda a cadeia produtiva da música da região. A primeira edição do festival ocorreu em 2009. Desde 2015, a final ocorre no palco do Teatro da Caixa Cultural. No ano passado, por causa da pandemia, o show com os finalistas foi gravado pela TV Brasil e o resultado divulgado ao vivo na Nacional FM após as gravações.
Um desempenho sensacional. Assim podem ser considerados os resultados dos judocas do Fórum Jaracaty que competiram na primeira etapa do Circuito Maranhense de Judô 2021, competição promovida pela Federação Maranhense de Judô (FMJ), no Ginásio Paulo Leite, em São Luís, no último fim de semana. No total, a garotada do projeto social, que conta com os patrocínios do governo do Estado e da Equatorial Maranhão por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, garantiu 22 medalhas, sendo 13 de ouro, 4 de prata e 5 de bronze. A impressionante campanha dos atletas do Fórum deu o vice-campeonato geral na competição à equipe.
“Quando retornamos do período mais difícil da pandemia, tomamos todas as cautelas necessárias e não relaxamos os treinos. Os alunos estavam ansiosos e preparados para o retorno das competições e o bom desempenho no Circuito Maranhense mostra bem essa preparação. Estamos felizes pelo excelente desempenho dos nossos judocas” enfatizou o sensei ítalo Nunes.
Esta primeira etapa do Circuito Maranhense de Judô levou ao Ginásio Paulo Leite cerca de 200 atletas de todo o Maranhão, que competiram nas categorias Sub-13, Sub-15, Sub-18, Sub-21, Sênior Iniciante e Sênior. Os resultados da competição foram contabilizados no ranking estadual. O vice-campeonato obtido pelo Fórum Jaracaty coloca os judocas do projeto social na briga para conquistar o título do Circuito em 2021.
Após a primeira etapa do Circuito Maranhense de Judô 2021, os judocas do Fórum Jaracaty focam nas disputas do Grand Prix Parauapebas de Judô, que ocorrerá entre os dias 1º a 3 de outubro. Ao todo, sete atletas do projeto vão participar do campeonato, no Pará.
A próxima etapa do Circuito Maranhense de Judô 2021 está prevista para ocorrer no dia 30 de outubro.
Sobre o Fórum Jaracaty
São quase duas décadas de existência e atuação do Fórum Jaracaty, projeto patrocinado pelo governo do Estado e pela Equatorial Maranhão por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Durante esse tempo, o projeto vem oferecendo, gratuitamente, às crianças, adolescentes e comunidade do Jaracaty, Camboa, Liberdade e região, modalidades esportivas como o judô, tênis de mesa e futsal, além de brinquedoteca e aulas de informática. Também são ofertados cursos de capacitação profissional, fomentando a inserção das comunidades no mercado de trabalho.
RESULTADOS DOS ATLETAS DO FÓRUM JARACATY
Judô feminino
Lívia Gonçalves (ouro / Sub-13 Leve)
Joicyele Rabelo (ouro / Sub-13 Meio-Médio)
Kailane Alves (ouro /Sub-15 Superligeiro)
Kewelly Sá (ouro / Sub-15 Médio)
Thamia Santos (ouro / Sub-21 Meio-Leve)
Jardiene Sá (ouro / Sub-15 Superpesado)
Rosyelma Correa (prata / Sub-13 Meio-Pesado)
Camylly Oliveira (bronze / Sub-13 Meio-Pesado)
Judô masculino
João Mendes (ouro / Sub-13 Médio)
Marcos Passos (ouro / Sub-21 Leve)
Gustavo de Oliveira (Sub-15 Meio-Leve)
Levi Diniz (ouro / Sub-15 Leve)
Sam Wade Sousa (ouro / Sub-15 Meio-Médio)
Davi Morais (ouro / Sub-15 Médio)
José Manoel Silva (ouro / Sub-18 Ligeiro)
Luís Silva (prata / Sub-13 Meio-Leve)
Marvin Vieira (prata /Sub-15 Leve)
Jimyclif Cantanhede (prata / Sub-21 Leve)
Alex Castro (bronze / Sub-21 Leve)
João Barros (bronze / Sub-21 Leve)
Jefferson Cabral (bronze / Sub-21 Sênior Meio-Médio)
O Ministério da Educação (MEC) divulgou, hoje (22), os resultados preliminares do Censo Escolar da Educação Básica de 2021. Os dados estão em portaria publicada no Diário Oficial da União.
Os resultados referem-se à matrícula inicial na creche, pré-escola, ensinos fundamental e médio (incluindo o médio integrado e normal magistério), no ensino regular e na educação de jovens e adultos (EJA) presencial fundamental e médio (incluindo a EJA integrada à educação profissional). Os dados incluem as redes estaduais e municipais, urbanas e rurais em tempo parcial e integral e o total de matrículas nessas redes de ensino.
A coleta de dados aconteceu entre os dias 18 de junho e 23 de agosto, por meio do sistema Educacenso.
A partir de agora, com a publicação dos resultados preliminares, os gestores estaduais e municipais têm 30 dias para conferência, ratificação e eventual retificação das informações. No dia 7 de outubro, o instituto realizará uma live em seu canal do YouTube para orientar os gestores das escolas e redes sobre esses procedimentos.
Durante este período, as escolas também poderão complementar as informações com dados que não foram informados no período de coleta da matrícula inicial, desde que as informações tenham como base a data de referência do Censo Escolar 2021, que é 26 de maio de 2021.
Em caso de dúvidas sobre os procedimentos de conferência dos dados, os gestores podem enviar os questionamentos para o Inep até 29 de setembro, por meio de um formulário eletrônico. As principais perguntas serão selecionadas e esclarecidas durante a live.
Os resultados finais da primeira etapa serão divulgados em 31 de janeiro de 2022. No dia seguinte, em 1º de fevereiro de 2022, começa a segunda etapa. O Educacenso ficará disponível até 17 de março para as escolas declararem os dados referentes à situação do aluno. Também haverá um período de conferência das informações e o encerramento ocorre com a divulgação dos indicadores de rendimento escolar, no dia 19 de maio de 2022, no portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O Censo Escolar é coordenado pelo Inep e realizado, em regime de colaboração, entre as secretarias estaduais e municipais de Educação, com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país. Ele é o principal instrumento de coleta de informações da educação básica e a mais importante pesquisa estatística educacional brasileira.
As matrículas e os dados escolares coletados servem de base para o repasse de recursos do governo federal e para acompanhar a efetividade das políticas públicas. O Censo Escolar subsidia a produção de um conjunto amplo de indicadores, que possibilitam monitorar o desenvolvimento da educação brasileira, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (ldeb), as taxas de rendimento e de fluxo escolar, a distorção idade-série, entre outros.
O deputado federal Juscelino Filho (DEM-MA) recebeu, na última quinta-feira (16), o Troféu Hilário Veiga de Carvalho. Foi durante a abertura do XIV Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego e do III Congresso Brasileiro de Psicologia do Tráfego, no Rio de Janeiro (RJ). Maior honraria concedida a cada dois anos pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), o prêmio destaca aqueles que contribuíram para a construção de avanços na prevenção dos sinistros e para o fortalecimento das duas especialidades.
“É um momento de muita alegria, que reconhece o sucesso do trabalho que realizamos na reformulação do Código de Trânsito Brasileiro. Após 23 anos de sua criação, entregamos um CTB melhor e mais moderno, com avanços importantes. Entre os principais pontos, mantivemos a obrigatoriedade de que os exames de aptidão física e mental dos motoristas sejam feitos por médicos e psicólogos especialistas. Esse não é um laudo de saúde qualquer, e é preciso seguir aperfeiçoando essas avaliações”, afirmou Juscelino Filho.
O presidente da Abramet, Antônio Meira Júnior, enalteceu a atuação de Juscelino Filho e de outros parlamentares, bem como da entidade, nas discussões em torno do PL 3267/19. “A revisão do CTB pelo Congresso Nacional embutiu medidas que, se aprovadas, poderiam extinguir a principal área de atuação da medicina do tráfego. A despeito de todos os impedimentos impostos pela pandemia, arriscamos nossas vidas e fizemos de Brasília um espaço de luta e convencimento em defesa da importância do médico especialista para a prevenção de sinistros de trânsito e a preservação da vida de quem se desloca”, disse.
Principais pontos no Novo CTB
Na manhã de sexta-feira (17), Juscelino Filho participou do painel que tratou das recentes alterações do Código de Trânsito. Em sua apresentação, ele frisou a importância da iniciativa do governo ao propor mudanças na legislação, mas lembrou que o parlamento fez adequações essenciais na proposta enviada pelo Executivo. O deputado citou como exemplo a obrigatoriedade do uso das cadeirinhas para transportar crianças, que o texto original retirava, mas que foi mantida no substitutivo de Juscelino.
“Essa e todas as outras questões foram debatidas na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, na qual ouvimos todos os setores e grupos de interesse. O texto que construímos e aprovamos no parlamento teve três premissas: defesa da vida, segurança nas ruas e estradas do país e redução dos acidentes. O trânsito movimenta uma extensa cadeia produtiva, cada vez mais tecnológica e inovadora, e novas atualizações do CTB serão necessárias. Mas os avanços que tivemos agora foram de extrema importância”, ressaltou.
No Brasil, os sinistros de trânsito ainda são a segunda principal causa de morte não natural e da imposição de sequelas nas vítimas, com impactos relevantes sobre os sistemas de saúde público e privado. Dados oficiais registram mais de 1,6 milhão de feridos nas vias brasileiras nos últimos 10 anos. Como uma epidemia, os acidentes provocaram custo de cerca de R$ 3 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS) na década.
Donos das melhores campanhas da terceira etapa da Copa Maranhão do Sul de Futebol Sub-23, competição patrocinada pelo governo do Estado e pelo Grupo Mateus por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e pela HotBel, o Bom Jardim e o Internacional se classificaram para a grande final do torneio. Em semifinais realizadas na noite dessa terça-feira (21), em Açailândia, o Bom Jardim avançou à decisão após bater o Nova Açailândia, enquanto o Internacional garantiu vaga com uma vitória sobre o Itinga.
As semifinais da etapa de Açailândia da Copa Maranhão do Sul Sub-23 começaram com o duelo entre o Bom Jardim, classificado em primeiro lugar no Grupo B, e o Nova Açailândia, que ficou na segunda colocação do Grupo A. O Bom Jardim teve dificuldades para impor seu jogo, mas o ataque da equipe, que é o melhor da competição, funcionou nos momentos decisivos e garantiu a vitória por 2 a 1.
O segundo confronto decisivo foi realizado entre o Internacional, garantido no mata-mata após duas vitórias no Grupo A, e o Itinga, dono da segunda melhor campanha do Grupo B. Mais uma vez, o Internacional foi dominante, derrotando o adversário por 3 a 1 e confirmando presença na decisão da terceira etapa da Copa Maranhão do Sul Sub-23.
A final da terceira etapa da Copa Maranhão do Sul Sub-23, entre Bom Jardim e Internacional, será disputada na tarde desta quarta-feira (22), a partir das 17h, em Açailândia. Em caso de empate no tempo normal, a decisão do título será nos pênaltis. Depois da disputa em Açailândia, a Copa Maranhão do Sul terá uma quarta e última etapa na cidade de Imperatriz.
Etapa de AçailÇandia
Depois de etapas em Porto Franco e Balsas, a Copa Maranhão do Sul Sub-23 iniciou, no último sábado (18), a terceira etapa no município de Açailândia. As seis equipes participantes foram divididas em dois grupos, sendo que os dois melhores times de cada chave garantem vaga nas semifinais. O Grupo A é formado por Internacional, Vila Nova e Nova Açailândia, enquanto o Grupo B conta com Bom Jardim, Açailândia e Itinga.
Copa Maranhão do Sul Sub-23
As disputas desta edição da Copa Maranhão do Sul de Futebol Sub-23 começaram no dia 8 de setembro e prosseguem até o dia 26. Ao todo, a competição é composta por quatro etapas, que ocorrerão nas cidades de Porto Franco, Balsas, Açailândia e Imperatriz.
COPA MARANHÃO DO SUL SUB-23 – ETAPA DE AÇAILÂNDIA Grupo A:
A Primavera dos Museus, organizada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), ocorre até o próximo domingo (26) em mais de 680 centros culturais, museus e instituições de todo o país. Por causa da pandemia, o tema da 15ª edição do evento é Museus: Perdas e Recomeços, com discussões e reflexões sobre a atuação dos museus nos momentos de crise.
Entre as atrações, está o lançamento hoje (22) da coleção digital Pátio Epitácio Pessoa, no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Um dos espaços mais populares da instituição, a coleção de 73 objetos do museu, em exposição no Pátio dos Canhões, ficará disponível em formato digital.
No Museu Biológico do Instituto Butantan, em São Paulo, ocorrerá, nesta quinta-feira (23), o webinário Era Para Ser 15 dias, em que biólogos, veterinários e educadores falam sobre a rotina com os animais do museu durante a pandemia.
Já o Museu da República, no Rio, vai disponibilizar, hoje e amanhã, visitas virtuais com detalhamento das telas Pátria, de Pedro Bruno, e Compromisso Constitucional, de Aurélio de Figueiredo, expostas no salão do Palácio do Catete.
O guia com a programação completa de todos os museus participantes está disponível na página do evento.
Apesar das perdas no incêndio que aconteceu em setembro de 2018, o Museu Nacional ainda terá o maior acervo de Egito antigo da América do Sul. A estimativa é do diretor da instituição, o paleontólogo Alexander Kellner.
“Não é querendo mitigar os impactos, porque nós perdemos muito. Mas também conseguimos recuperar muito”, disse ele, durante um bate-papo on-line realizado, nessa sexta-feira (21), pelo Museu de Ciências Naturais Joias da Natureza, instituição sediada em Guarujá (SP).
A importância do acervo de Egito antigo, segundo Kellner, é incalculável. “Um dos momentos mais tocantes pra mim foi quando recebi a visita do cônsul-geral do Egito. Ele falava das múmias e lacrimejava. Me impressionou. Aquilo era muito importante pra ele. A primeira palavra que disse a ele foi ‘desculpa’. Foi um pedido de desculpas pelo país”.
Vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Museu Nacional localiza-se na Quinta da Boa Vista e é a mais antiga instituição científica do Brasil. Foi fundado por d. João VI em 1818. O incêndio de grandes proporções arrasou exemplares raros, como esqueletos de animais pré-históricos, artefatos etnográficos e múmias.
Considerando todas as coleções, o Museu Nacional tinha cerca de 20 milhões de exemplares e estima-se que 15% foi preservado. “Ainda são 3 milhões. E vamos conseguir resgatar mais”, diz Kellner.
Ele também apresenta um quadro mais otimista considerando a representatividade das coleções. “Recuperamos material representativo de quase metade do que tínhamos. Vou dar um exemplo. Digamos que a gente tinha cem fósseis de Rhacolepis [peixes pré-históricos]. Se eu tiver perdido 99, mas tiver preservado um, eu tenho essa coleção representada. Os principais meteoritos nós recuperamos, bem como material antropológico”.
O trabalho de salvamento do acervo ainda não terminou. Havia uma expectativa que as buscas nos escombros avançassem de forma mais rápida, mas houve interrupções devido à pandemia de covid-19. Pouco mais de um mês depois do incêndio, o crânio de Luzia foi encontrado em fragmentos em meio a escombros. Trata-se do fóssil mais antigo já encontrado no continente americano, considerado uma das principais relíquias que a instituição guardava. A expectativa é que o crânio seja quase totalmente reconstituído. Outros importantes resgates também têm sido apresentados gradativamente.
O diretor reitera que o Museu Nacional continua funcionando, com pesquisas e de eventos, incluindo exposições on-line e presenciais. A primeira exposição presencial ocorreu apenas quatro meses após a tragédia e foi viabilizada por um convite do Museu da Casa da Moeda do Brasil, que cedeu duas salas de seu edifício, no centro do Rio de Janeiro. A mostra incluiu 160 peças do projeto Paleoantar, dedicado a coletar e estudar rochas e fósseis da Antártica. Entre elas, havia oito peças que foram resgatadas dos escombros do prédio, além de ossos e réplicas de animais pré-históricos.
Recursos
Kellner também apresentou a situação do projeto de reconstrução. Ainda este ano, será iniciada a reforma pesada da fachada e do telhado. Além disso, a expectativa é que, já no ano que vem, o jardim externo esteja finalizado. A conclusão de toda a reforma é estimada para 2026 ou 2027.
A UFRJ coordena a gestão financeira das obras. O projeto completo demanda R$ 380 milhões, dos quais cerca de 65% foram arrecadados. Em 2018, após o incêndio, o Ministério da Educação (MEC) se comprometeu a assegurar um total de R$ 16 milhões para os projetos executivos de reconstrução. Também em 2018, foi aprovada uma emenda de R$ 55 milhões articulada por deputados federais do Rio de Janeiro. Os recursos foram liberados em 2019. O diretor do Museu Nacional diz esperar contar com a bancada de parlamentares para um novo aporte de peso.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também assegurou R$ 50 milhões para revitalizar prédio e acervos. Há também colaborações do setor privado, como a Vale e o Bradesco, e ajudas internacionais. O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, por exemplo, se comprometeu com o repasse de 1 milhão de euros.
Além de reconstruir a sede principal do Museu, o projeto prevê a estruturação do campus de pesquisa e ensino em um terreno próximo. A instituição já contava com um prédio anexo onde ocorriam algumas pesquisas. Parte da coleção de botânica e de vertebrados, por exemplo, foi preservada porque já não era armazenada no edifício principal.
A ideia de ter um campus para pesquisa e ensino e deixar o edifício principal reservado exclusivamente para exposições já era discutida na década de 1990. Se isso tivesse ocorrido, a maior parte do acervo da reserva técnica teria sido salva no incêndio. Para Kellner, faltou vontade política e recursos financeiros para avançar na estruturação do campus.
A ideia deve agora sair do papel. Antes do incêndio, o Museu Nacional tinha cerca de 3 mil metros quadrados de exposição, que reuniam, aproximadamente, 5,5 mil exemplares. Com toda a atividade de pesquisa e ensino sendo deslocada para o campus, a ideia é que, ao término da reconstrução, ele ofereça uma área de 5,5 mil metros para exposição. Para preencher todo o espaço, serão necessários cerca de 10 mil exemplares.
Por isso, toda ajuda é considerada bem-vinda e nem todo apoio chega na forma de recursos financeiros. Colaborações importantes foram feitas para recompor o acervo. Um exemplo é o Universal Museum Joanneum, museu sediado na cidade austríaca de Graz. A instituição doou 2 mil exemplares de material etnográfico. Há também contribuições de pessoas físicas como a doação do diplomata aposentado Fernando Cacciatore di Garcia, que cedeu 27 exemplares de uma coleção greco-romana.
O Museu Nacional mantém uma campanha para arrecadaçãoo de recursos e de acervo. Segundo Kellner, um dos principais desafios é ampliar o acervo exposto. Para que isso aconteça, ele considera que é preciso trabalhar a credibilidade do país e da instituição. “Precisamos merecer as doações. Precisamos mostrar ao mundo que nós aprendemos. Mostrar que vamos cuidar bem das coleções. Porque é assim que eles vão ajudar”, diz.
Descaso
Além das obras, existe a preocupação com os gastos correntes. Kellner mostrou dados do orçamento do Museu Americano de História Natural, sediado em Nova Iorque, que conta com cerca de US$ 33 milhões anuais apenas para manutenção de suas coleções, não entrando nesse montante o investimento em pesquisa científica. Para essa mesma finalidade, o Museu Nacional recebe, atualmente, o equivalente a US$ 1,8 milhão, apenas 5,4% da instituição dos Estados Unidos. A estimativa, segundo o diretor, é que sejam necessários, pelo menos, US$ 3,7 milhões para garantir a manutenção básica.
“Por que não podemos ter museus de história natural como nos países desenvolvidos? Por que no Brasil tem que ser mais difícil?”, questiona o diretor. Ele lamentou também a falta de investimentos de diferentes governos. Segundo um levantamento histórico realizado por pesquisadores do museu, o último presidente da República que visitou a instituição foi Juscelino Kubitschek. Kellner disse estar escrevendo um romance sobre os bastidores em torno do incêndio. Os personagens serão fictícios. “Mas vai faltar carapuça pra tantas faces”, disse.
Ele citou como símbolo do descaso a situação dos hidrantes do entorno do edifício. Na ocasião do incêndio, os bombeiros tiveram dificuldade pra debelar as chamas porque eles estavam sem água. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), estatal vinculada ao governo fluminense, chegou a ser responsabilizada e multada em R$ 5,6 milhões. Segundo Kellner, mesmo três anos após o episódio, os hidrantes continuam sem água. Dessa forma, os bombeiros teriam a mesma dificuldade se houver um novo incêndio na estrutura remanescente. A Agência Brasil procurou a Cedae, mas não obteve retorno.
Com algumas medidas já consensuais no meio científico, é possível reduzir, até 2050, mais da metade das emissões de carbono no Brasil. A estimativa é do presidente do Instituto Brasileiro de Transporte Sustentável, Márcio de Almeida D’Agosto, que citou como “chave para a redução das emissões" um pacote de medidas de mitigação que incluem a qualificação do transporte público.
Integrante do Programa de Engenharia de Transporte da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ele avalia que esse tipo de transporte deve ser repensado para a adoção de “ônibus confortáveis, integrados, com dimensões adequadas e ar-condicionado”.
Além disso, ele aponta a eletrificação desse modal como “atividade chave para se atingir o objetivo de emissões zero”.
D’Agosto lembra que os ônibus representam apenas 0,6% da frota circulante do modo rodoviário, porém são responsáveis por 50% da atividade de passageiros e 11% da demanda de energia.
Já os caminhões utilizados no transporte urbano de carga representam 1,3% da frota circulante e são responsáveis por cerca de 10% da atividade de carga e da demanda de energia.
O especialista inclui, entre as medidas de mitigação que favorecem a redução das emissões de carbono na atmosfera, o aumento do uso de biocombustíveis; a expansão de ferrovias para transporte de cargas, nas proporções já projetadas; e a eletrificação e otimização, também, da logística, bem como dos veículos leves.
“Como resultado para isso, vimos que seria possível chegar, em 2050, reduzindo em 53% as emissões, e abatendo [da atmosfera] 268 megatoneladas de gás carbônico”, complementa o especialista, que participou do seminário Mobilidade Baixo Carbono, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). Cada megatonelada (Mt) corresponde a um milhão de toneladas.
Segundo D'Angelo, já em 2030 seria possível reduzir em um terço a quantidade de carbono emitida por atividade de transporte de cargas e de passageiros.
Durante o evento, foi lançado o caderno Transição para uma Mobilidade Zero Emissões, publicação que, segundo a diretora do Departamento de Planejamento Integrado e Ações Estratégicas do MDR, Sandra Maria Santos Holanda, reúne estudos e informações voltados a cidadãos e comunidades que fazem uso do transporte.
O governo do Amazonas e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançaram, hoje (21), um plano com 118 ações ambientais pensadas para preservar a reserva da biosfera da Amazônia Central.
O Plano de Ação da Reserva da Biosfera da Amazônia Central (Parbac) 2021-2024 deve ser implementado em conjunto com cerca de 30 municípios amazonenses, com três eixos principais, conforme explicou Fabio Eon, coordenador do programa de Ciências Naturais da Unesco no Brasil.
“Basicamente, [o plano] atende a três propósitos: ajudar na proteção da biodiversidade, promover o desenvolvimento sustentável para que seja um laboratório de boas práticas, e, por último, que auxilie na promoção do conhecimento científico, aliado também à valorização dos saberes tradicionais”, disse Eon no lançamento do plano.
Terras indígenas
Como incremento do programa anterior, o novo plano de ação traz um detalhamento minucioso da região, com a mensuração de terras indígenas, quilombolas, sítios arqueológicos e unidades de conservação, o que possibilitou um nível maior de especificidade nas iniciativas. O documento completo pode ser lido no portal da Unesco.
As 118 ações previstas incluem a formação de gestores, incremento de governança, fortalecimento da comunicação e busca por parceiros institucionais e financiadores.
Criada em 2001, com o reconhecimento da Unesco, a reserva da biosfera da Amazônia Central abrange 19,8 milhões de hectares na região central do Amazonas, onde se encontram centenas de áreas de proteção ambiental, incluindo mais de 38 unidades de conservação: 14 federais, 14 estaduais e 10 municipais.
O Internacional e o Bom Jardim garantiram, na noite dessa segunda-feira (20), a liderança de seus grupos na terceira etapa da Copa Maranhão do Sul de Futebol Sub-23, competição patrocinada pelo governo do Estado e pelo Grupo Mateus por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e pela HotBel. As duas equipes venceram seus compromissos na última rodada da fase de grupos da competição, que está sendo realizada em Açailândia, e mantiveram os 100% de aproveitamento antes das semifinais.
A abertura da rodada contou com o duelo entre Internacional e Nova Açailândia, que venceram seus primeiros jogos na terceira etapa da Copa Maranhão do Sul Sub-23 e disputavam a liderança do Grupo A. Com um ataque rápido e excelente aproveitamento nas finalizações, o Internacional goleou o Nova Açailândia por 4 a 1, confirmando o primeiro lugar da chave com esse resultado.
Já classificados no Grupo B, Bom Jardim e Itinga fizeram um confronto direto pelo primeiro lugar da chave. Mesmo com a vantagem do empate, o Bom Jardim não quis saber de jogar na defesa, pressionou o adversário e foi premiado pela postura, vencendo o rival por 2 a 1 e avançando às semifinais em primeiro lugar do grupo.
As semifinais da etapa de Açailândia da Copa Maranhão do Sul Sub-23 serão disputadas na noite desta terça-feira (21). A partir das 18h15, Bom Jardim e Nova Açailândia se enfrentam de olho em uma vaga na decisão, enquanto Internacional e Itinga duelam às 20h30, para definir quem será o segundo finalista da competição.
Etapa de Açailândia
Depois de etapas em Porto Franco e Balsas, a Copa Maranhão do Sul Sub-23 iniciou, no último sábado (18), a terceira etapa no município de Açailândia. As seis equipes participantes foram divididas em dois grupos, sendo que os dois melhores times de cada chave garantem vaga nas semifinais. O Grupo A é formado por Internacional, Vila Nova e Nova Açailândia, enquanto o Grupo B conta com Bom Jardim, Açailândia e Itinga.
Copa Maranhão do Sul Sub-23
As disputas desta edição da Copa Maranhão do Sul de Futebol Sub-23 começaram no dia 8 de setembro e prosseguem até o dia 26. Ao todo, a competição é composta por quatro etapas, que ocorrerão nas cidades de Porto Franco, Balsas, Açailândia e Imperatriz.