Com 21 dos 34 votos possíveis, o cantor, compositor e ex-ministro da Cultura Gilberto Gil foi eleito hoje para a cadeira número 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL), vaga com a morte, em 27 de maio do ano passado, do jornalista Murilo Melo Filho. Os outros dois concorrentes foram o poeta Salgado Maranhão e o escritor Ricardo Daunt.
Os acadêmicos participaram da votação de forma presencial ou virtual, sendo que um deles não votou por motivo de saúde. Os ocupantes anteriores da cadeira 20 foram Salvador de Mendonça (fundador), Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão e Aurélio de Lyra Tavares.
O presidente da ABL, Marco Lucchesi, lembrou de uma metáfora oportuna do sociólogo, escritor e político brasileiro Darcy Ribeiro para se referir ao novo imortal da instituição. “Para Darcy, o pássaro da cultura tinha duas asas. Uma delas era erudita e a outra popular. Para que o pássaro possa voar mais longe, ele precisa das duas asas. Certamente, Gilberto Gil é esse traço de união entre a cultura erudita e popular”.
De acordo com Lucchesi, Gil é um intelectual que pensa o Brasil. “Canta e pensa esse país; provou o exílio, em um momento muito difícil da nação; ocupou cargos importantes, como o Ministério da Cultura. Enfim, é um homem poliédrico, que representa parte essencial desses últimos anos do século XX e do início do século XXI. Portanto, ele é um homem que tem muitos traços de união: a política e a poética; século XX e século XXI; a tropicália e o modernismo. Ele é uma figura de extrema riqueza e, certamente, é muito bem-vindo agora como acadêmico, na casa de Machado de Assis”, disse o acadêmico.
O novo acadêmico
Gilberto Gil iniciou sua carreira no acordeon, ainda nos anos de 1950, inspirado por Luiz Gonzaga, pelo som do rádio e pela sonoridade do Nordeste. Com a ascensão da Bossa Nova, Gil passou a tocar violão e, em seguida, a guitarra elétrica, presente em sua obra até hoje. Em seu primeiro LP, Louvação, lançado em 1967, traduziu em música, de forma particular, elementos regionais, como nas canções Louvação, Procissão, Roda e Viramundo.
Em 1963, iniciou com Caetano Veloso uma parceria e o movimento Tropicália, que acabou internacionalizando a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e a arte brasileira. O movimento provocou descontentamento do regime militar vigente à época, e os dois parceiros acabaram exilados. O exílio em Londres contribuiu para a influência do mundo pop na obra de Gil, que chegou a gravar um disco em Londres, com canções em português e inglês. Ao retornar ao Brasil, Gil deu continuidade a uma rica produção fonográfica, que dura até os dias atuais. São ao todo quase 60 discos e em torno de 4 milhões de cópias vendidas, tendo sido premiado com nove Grammy.
Suas múltiplas atividades vêm sendo reconhecidas por várias nações, que já o nomearam, entre outros, Artista da Paz, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1999; embaixador da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO); além de condecorações e prêmios diversos, como a Légion d’ Honneur da França, a Sweden’s Polar Music Prize, entre outros.
É possível envelhecer com mais saúde e viver com mais qualidade de vida? Ao incluir a prática do lazer no dia a dia, é possível viver bem melhor. É com esse motivo que o Projeto Feliz Idoso: Vida e Movimento na Melhor Idade, iniciativa patrocinada pelas Drogarias Globo e governo do Estado por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, foi desenvolvido para proporcionar lazer às pessoas na cidade de Bacabal de forma gratuita. E, nesta sexta-feira (12), a partir das 17h, na Praça da Bíblia, o projeto prosseguirá com atividades para exercitar o corpo de quem já chegou na melhor idade.
Na programação desta semana, haverá aulas de ginástica localizada, alongamento e aulões de dança. Todas as atividades serão desenvolvidas por profissionais de educação física com experiência em trabalhar com pessoas da melhor idade.
É importante destacar que o processo de envelhecimento transforma naturalmente a vida social das pessoas. Aquela vida agitada e cheia de afazeres se modifica, e o idoso passa a ter mais tempo livre. Mas esse tempo livre precisa ser bem aproveitado na melhor idade.
“Especialmente no processo da aposentadoria, o idoso acaba ganhando bastante tempo livre que, se não utilizado de maneira saudável, pode levar ao sentimento de solidão e ocasionar problemas psicológicos como a depressão. E a proposta do Projeto Feliz Idoso é simples: levar saúde às pessoas que já chegaram na melhor idade, conscientizar a população de Bacabal da importância de praticar atividades físicas e ocupar o tempo dessas pessoas com algo prazeroso para suas vidas”, afirmou Kléber Muniz, coordenador do Feliz Idoso.
Projeto Feliz Idoso
O Projeto Feliz Idoso será desenvolvido durante os próximos meses na cidade de Bacabal, sendo realizado uma vez por semana em diversas praças do município. O grande diferencial do projeto é que os participantes terão suporte de profissionais de educação física e receberão todo o material e instrumentos necessários para a prática das atividades.
Todas as informações sobre esta edição do Projeto Feliz Idoso: Vida e Movimento na Melhor Idade estão disponíveis nas redes sociais oficiais do projeto (@projetofelizidoso) no Instagram e no Facebook.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu hoje (11), por unanimidade, o repente como patrimônio cultural do Brasil. Referência para a identidade da Região Nordeste, o repente é conhecido também como cantoria e tem como fundamentos verso, rima e oração. Os repentistas ou cantadores se espalham pelas capitais e interior dos Estados do Nordeste brasileiro e também nas regiões para onde ocorreram migrações de nordestinos. A votação foi feita pelos 22 integrantes do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão vinculado ao Iphan.
Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI) do Iphan, Tassos Lycurgo, declarou ter ficado "triste" porque não conseguiu comemorar rimando. Na avaliação dele, o reconhecimento pelo Iphan vai beneficiar todo o Nordeste, bem como Estados do Brasil, como o Rio de Janeiro. “O Nordeste está em todo o Brasil. Existe influência nordestina em todos os lugares. É um bem cultural do qual já se tem notícia no século XIX. Isso é muito caracterizador da cultura nordestina. É um negócio muito bonito mesmo”.
O dossiê de registro elaborado documenta mais de 50 modalidades de repente, nas quais estão incluídos os versos heptassílabos, cuja acentuação tônica obrigatória está na sétima sílaba; e versos decassílabos, em que o acento obrigatório está na terceira, sexta e décima sílabas de cada verso.
Com o reconhecimento pelo conselho consultivo, o repente foi inscrito no Livro de Registro das Formas de Expressão, onde também estão catalogados bens como a roda de capoeira, o maracatu nação (PE), o carimbó (PA) e a literatura de cordel. A partir de então, o repente passa a ser alvo de políticas públicas para a salvaguarda da manifestação, que devem incidir ainda sobre um universo de bens associados que inclui a embolada, o aboio, a glosa e a poesia de bancada e declamação.
Alegria
O pedido de registro do repente como patrimônio cultural foi formalizado em 2013 durante a gestão do repentista Chico de Assis à frente da Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno (Acrepo). “A gente vem nessa luta há muito tempo”, relembrou Assis que recebeu a notícia do reconhecimento com satisfação.
Outro repentista satisfeito é João Santana. “É uma alegria pela conquista, apesar de saber que esse é o primeiro passo de uma nova fase”. Ele acredita que a decisão vai abrir portas para os repentistas brasileiros. “Acreditamos que, com isso, nós possamos ter um olhar dos entes fomentadores da cultura, dos meios de comunicação, um olhar mais atencioso para com o repente”.
Forró
O próximo bem que será analisado pelo conselho consultivo vinculado ao Iphan é o forró. Tassos Lycurgo disse que a reunião ainda não tem data definida, mas adiantou que a análise do pedido será feita em dezembro.
“É um mês muito importante porque o dia 13 é aniversário de Luiz Gonzaga e é também o Dia do Forró. Tem a ver também com o Nordeste que é muito representativo dessa nossa característica brasileira da miscigenação, da união de vários vetores, dando essa identidade brasileira. Então, o forró é muito importante”.
Também conhecido como o Rei do Baião, Luiz Gonzaga foi considerado uma das mais completas, importantes e criativas figuras da música popular brasileira. Levou para todo o país a cultura musical do Nordeste, como o baião, o xaxado, o xote e o forró pé de serra. Suas composições descreviam a pobreza, as tristezas e as injustiças de sua árida terra, o sertão nordestino.
Lycurgo lembrou ainda que, juntos, o cordel, já registrado; o repente, reconhecido hoje; e o forró, que deverá ser apreciado em dezembro, formam um trio muito importante, “caracterizador da identidade nordestina e, portanto, da brasileira também”.
Revalidações
Durante a reunião, foram apreciadas também as revalidações do título de Patrimônio Cultural do Círio de Nossa Senhora de Nazaré (PA), do modo artesanal de fazer queijo de Minas (MG) e do modo de fazer renda irlandesa, tendo como referência este ofício em Divina Pastora (SE). De acordo com o Decreto 3.551/2000, os bens culturais registrados devem passar, pelo menos a cada dez anos, por processos de revalidação dos títulos.
“Chamam-me de psicólogo: não é verdade. Sou apenas realista no sentido mais elevado. Ou seja, retrato todas as profundezas da alma humana”. O pensamento do escritor russo Fiódor Dostoiévski (nascido em 11 de novembro de 1821), encontrado em seu caderno de notas de 1880, traduz as buscas desse que é considerado um dos principais autores e pensadores do século XIX. Ele morreu em 1881. Pesquisadores ouvidos pela Agência Brasil consideram que o autor continua atual em 2021 ao tratar de temas como compaixão, ética e empatia. Tratou dos pobres, humilhados e desvalidos.
Entre as obras mais conhecidas de Dostoiévski, há clássicos da literatura mundial, como Crime e Castigo, O Idiota, Os Demônios e Os Irmãos Karamázov. “Ele é um intérprete da alma humana. Ele percebia as contradições do mundo, o individualismo e perguntava se existia um princípio moral que, de alguma forma, possa se estruturar a vida”, explica o professor Leonardo Guelman, do Centro de Artes da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O pesquisador explica que o autor russo pode ser considerado atemporal por tratar dos principais sentimentos humanos, confrontando o leitor. “Qualquer um de nós que for lê-lo daqui a 50 anos ou que leu no século passado vai se deparar com essa experiência do confronto sobre o que nós somos. Também daquilo que nós não efetivamos e talvez pudéssemos ser”. Guelman esclarece que existe uma teatralidade muito forte na obra de Dostoiévski que trata de questões e dilemas éticos. “Duzentos anos após o nascimento dele, vivemos hoje um momento muito conturbado no mundo. Ele é absolutamente atual porque trata desse teatro humano”.
Palcos
Também pesquisadora da obra de Dostoiévski, a diretora e atriz Liliane Rovaris entende que o mergulho na alma humana do texto do autor russo torna toda montagem no palco ou no cinema muito atual. Ela não vê a hora de realizar presencialmente uma montagem a partir de Crime e Castigo (com a direção da brasiliense Camila Márdila) que possa ser encenada não apenas nos teatros tradicionais, mas também em escolas e presídios. “A gente está falando de uma obra universal, atemporal que traz uma semente crítica em relação ao individualismo”, avalia.
Na montagem Crime e Castigo, 11:45 – um Recorte, em uma produção com o Coletivo de Arte Áreas, a artista mescla o texto de Dostoiévski com um olhar particular e afetuoso para o percurso que a fez descortinar o autor. Inclusive, após perder os pais. O luto a fez percorrer os olhos para um livro parado na estante. Durante a pandemia, encenou uma versão on-line. No presencial, vai acrescentar até trilha de David Bowie como um diálogo com uma livre interpretação para o personagem Rasconikov (protagonista de Crime e Castigo). O 11:45 do título refere-se à passagem bíblica sobre a ressurreição de Lázaro – capítulo 11, versículo 1 a 45 do livro de João. O personagem principal pede, na obra, que Sônia (personagem que se prostitui para salvar a família) leia esse trecho para ele.
Senso de responsabilidade
“Não acho difícil a leitura. É como um novelão”, afirma Liliane.
A pesquisadora contextualiza que a obra dele não deve ser vista apenas sob a ótica da fé ortodoxa em contraposição ao racionalismo. “Se Deus está morto, tudo seria permitido. Assim, eu não me responsabilizo por nada e perco a conexão com a vida”. A obra dele esmiúça esse tema e leva às últimas consequências essa premissa. “Se eu não tenho mais esse senso de ligação, de comunhão com o todo, quais são as consequências disso?”
As obras apontariam, assim, as consequências da falta desse senso de responsabilidade e do perigo do individualismo exacerbado. O autor escreveu que a beleza salvará o mundo. “Mas não é a beleza da aparência. A beleza, para ele, estava ligada aos sentimentos. Assim ele resgata o sentimento de compaixão”, disse Liliane.
A compaixão nos textos, segundo os pesquisadores, aparece em contraposição ao sentimento utilitarista e frio. De toda forma, Liliane pesquisou no mestrado sobre Dostoiévski que existe um diálogo que não apresenta quem tem razão. “Ele deixa nos textos que cada um tem a sua razão. Claro que ele mostra os perigos de algumas razões. Isso é muito importante na obra dele. Manter esse mistério do ser humano. Para o trabalho do ator é muito bom porque você tem que estar numa escuta para outras percepções também”.
Sertão de Dostoiévski
O professor Leonardo Guelman pontua também que o autor traz pensamentos sobre as estruturas da sociedade, mas trazidas como perguntas. O pesquisador ainda traça paralelos com as estruturas de Grande Sertão: Veredas, do escritor brasileiro João Guimarães Rosa.
“Com certeza, todo clássico lê o outro clássico. Dostoiévski tem uma universalidade, mas, ao mesmo tempo, não é uma universalidade abstrata. É uma universalidade concreta. Ele traz a exuberância das vozes dos excluídos, dos humilhados e ofendidos. Ao mesmo tempo, assim se faz essa busca de uma interioridade. O Guimarães também traz essa teatralidade do mundo”.
Só que não é o “sertão” das estepes russas, mas brasileiro. “Ali se dá a aventura humana, o embate do existir e do amor. A gente sabe que a grande questão da obra de Guimarães Rosa também é essa. O Deus e o diabo. Assim o sertão passa a ser um universo da existência humana nos seus contraditórios e de lutas”.
Por onde começar
Os pesquisadores concordam que a leitura trata de universos complexos, mas que podem ser acessados também por leitores que nunca tiveram acesso a uma obra do autor russo. Para Leonardo Guelman, o romance de estreia de Dostoiévski, Gente Pobre, pode ser um passaporte adequado para compreender o autor com uma evidente natureza social. É um romance epistolar com uma troca de cartas entre duas personagens: um homem de meia idade e uma jovem.
“Em cada carta, esses personagens vão se revelando. Da gente pobre, da gente simples nos cortiços nos prédios de São Petersburgo (Rússia), que já é uma metrópole. São os miseráveis que estão ali. É o primeiro romance com a semente dessa humanidade que está dentro de cada um”. Para o pesquisador, o cerne não está no pessimismo.
“Ele é um autor realista. A obra tem um efeito no leitor no sentido de uma redenção, de uma vontade de transformação. As obras do autor encantam os mais jovens porque tratam de sentimentos atemporais”"
Instituição cultural inaugurada em 20 de julho de 1897, com sede no Rio de Janeiro, a Academia Brasileira de Letras (ABL) tem como objetivo o cultivo da língua e da literatura nacional. A ABL é composta de 40 integrantes efetivos e perpétuos, o que significa que após ser eleito, o vínculo do acadêmico com a instituição dura até o fim de sua vida. Ou até que a morte os separe, como disse recentemente o poeta, ensaísta e crítico literário Antonio Carlos Secchin. A ABL tem ainda sócios correspondentes estrangeiros.
Quando um acadêmico morre, a ABL realiza, por tradição, desde a época de um de seus fundadores, o escritor Machado de Assis, uma Sessão da Saudade, na primeira quinta-feira posterior à data de falecimento. Até esse momento, a vaga não está tecnicamente aberta porque não foi concluído o processo de despedida.
A Sessão da Saudade consiste em uma celebração, na qual a família do acadêmico está presente ou envia algum representante. Os demais acadêmicos podem falar durante a sessão, homenageando a memória do colega e contando um pouco da história do Brasil em que ele viveu. Após a Sessão da Saudade, o presidente da ABL fala sobre o fundador da cadeira e seus ocupantes, até o último, e declara aberta a vaga.
A partir daí, os novos postulantes dispõem de 30 dias para se candidatar, por meio de carta enviada ao presidente da casa. A eleição ocorre 60 dias após a declaração de abertura da vaga. Para se inscrever, o candidato tem que ser brasileiro nato, como estabelece o estatuto, e, ao mesmo tempo, ter um livro escrito. Em razão da pandemia de covid-19, os processos sofreram atrasos.
Outras áreas
A eleição de pessoas ligadas a outras áreas da cultura, como ocorreu recentemente com a atriz Fernanda Montenegro, é muitas vezes criticada. A alegação é que só poderiam inscrever-se à ABL escritores, mas o debate vem desde a fundação da academia. Uma tese, de Machado de Assis, defendia que a instituição ficasse restrita aos escritores – poetas, dramaturgos, romancistas, memorialistas, entre outros. Outra, de Joaquim Nabuco, também fundador da academia, propunha que a casa fosse aberta às personalidades de vulto na história do país. Essas discussões sempre aconteceram em alguns momentos da história da ABL, relatam acadêmicos.
Inicialmente, pensou-se em colocar o nome de Academia Brasileira e só depois foi acrescentada a expressão “de Letras”. Estabeleceu-se que deviam ingressar na ABL 40 brasileiros ilustres em várias áreas, o que explica a presença entre os imortais do médico sanitarista Oswaldo Cruz, do inventor e aeronauta Santos Dumont, do cirurgião plástico Ivo Pitanguy, do político Getulio Vargas. A ideia era ter personalidades que estivessem inseridas de forma luminosa na cultura nacional, com livro publicado e qualidade literária.
O próprio Machado de Assis foi ator e atuava em peças que escrevia e que eram apresentadas dentro das casas. Por isso, pode-se dizer que o primeiro ator que entrou na ABL foi Machado e não a atriz Fernanda Montenegro, eleita recentemente, embora ele não fosse um ator profissional. Outro que também atuou no palco foi o médico e teatrólogo Cláudio de Sousa, terceiro ocupante da cadeira 29, cujo patrono foi o teatrólogo e fundador da comédia de costumes, Martins Pena. As artes cênicas têm longa tradição na ABL e essas questões enriquecem o debate, na avaliação de muitos imortais.
Voto secreto
Nas eleições da ABL, o voto é secreto. Essa é uma condição fundamental da academia. Atualmente, há três modalidades de voto: por carta, presencial e virtual. Todos os votos têm garantia absoluta de segredo.
Para ser eleita, a pessoa precisa de metade dos votos mais um. O colégio eleitoral é constituído hoje por 34 votantes possíveis, porque uma pessoa não está em condições de votar. Essa situação deve permanecer até a última eleição deste ano. Isso significa que o eleito entra com 18 votos. Pode haver também votos em branco e nulos. No caso de empate, faz-se um segundo escrutínio. Se até o quarto turno não houver nenhum resultado, abre-se mais adiante a academia para nova eleição.
O candidato eleito só é considerado acadêmico pleno após discurso na solenidade de posse. Até isso acontecer e ele receber o diploma, não poderá votar nas eleições e não tem direito à palavra no plenário, nas sessões fechadas.
O prazo entre a eleição e a solenidade de posse depende de acordo feito entre o eleito e a presidência da ABL. A probabilidade é que todos os cinco novos ocupantes das cadeiras vagas desde o ano passado assumam durante o primeiro semestre de 2022, em sessões separadas, porque as cerimônias são longas, podendo durar em torno de uma hora a uma hora e meia.
À semelhança da Academia Francesa, os imortais brasileiros vestem um fardão, vestimenta verde-escuro com folhas bordadas a ouro, que tem como complemento um chapéu de veludo negro com plumas brancas e uma espada. As mulheres, que passaram a integrar a Casa de Machado de Assis em 1977, usam um vestido longo de crepe, na mesma tonalidade do fardão, também com folhas bordadas a ouro.
Eleições
Hoje (11), será eleito o novo ocupante da cadeira 20 do Quadro de Membros Efetivos da ABL, em sessão híbrida no Petit Trianon, a sede da academia. A cadeira 20 está vaga com a morte do jornalista Murilo Melo Filho, no dia 27 de maio de 2020.
Concorrem à sucessão três candidatos. São eles, por ordem de inscrição, Gilberto Gil, Salgado Maranhão e Ricardo Daudt. Após a votação, o presidente da ABL, professor Marco Lucchesi, procederá à tradicional queima dos votos. Os ocupantes anteriores da cadeira 20 foram Salvador de Mendonça (fundador), Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão e Aurélio de Lyra Tavares.
Mais três eleições estão programadas. No dia 18, concorrem à cadeira 12, que pertenceu ao crítico literário Alfredo Bosi, que morreu no dia 7 de abril deste ano, mais três candidatos: Paulo Niemeyer, Joaquim Branco e Daniel Munduruku. No dia 25, seis candidatos disputam a vaga do advogado e ex-vice-presidente da República Marco Maciel, cujo falecimento ocorreu em 12 de junho de 2021. São eles: José Paulo Cavalcanti, Ricardo Cavaliere, Godofredo de Oliveira Neto, Luiz Coronel, Camilo Martins e Leandro Gouveia.
No dia 16 de dezembro, a disputa será pela cadeira 2, do filósofo Tarcísio Padilha, que morreu no último dia 9 de setembro. Dez nomes disputam os votos dos acadêmicos: Sérgio Bermudes, Gabriel Chalita, Eduardo Giannetti da Fonseca, Sâmia Macedo, Antônio Hélio da Silva, José Humberto da Silva, Eloi Angelos Ghio D’Aracosia, Jeff Thomas, José William Vavruk e Joana Rodrigues Alexandre Figueiredo.
Ainda em dezembro, no dia 2, haverá outra eleição para escolha da nova diretoria e do próximo presidente da ABL. O novo titular será empossado no dia 9. A eleição seguirá o mesmo sistema, com votos por carta, presenciais e a distância. A administração da academia é composta por um presidente, um secretário-geral, um primeiro-secretário, um segundo-secretário e um tesoureiro, que são eleitos anualmente por escrutínio secreto e reelegíveis.
França
Durante sua história, a ABL teve diferentes sedes. Em 1923, o governo francês doou à casa o prédio do pavilhão da França na exposição internacional comemorativa do centenário da independência do Brasil, no Rio de Janeiro. A construção é uma réplica do Petit Trianon, de Versailles, e funciona até os dias de hoje como local para as reuniões regulares dos acadêmicos, para as sessões solenes comemorativas e de posse de novos integrantes da instituição.
Ao lado do Petit Trianon, há um edifício de propriedade da ABL. Trata-se do Palácio Austregésilo de Athayde, inaugurado em 20 de julho de 1979, na presidência do acadêmico Austregésilo de Athayde, de mais longa permanência no cargo: 34 anos, de 1959 a 1993.
Atuação
Um dos compromissos da ABL é com o Dicionário da Língua Portuguesa e o vocabulário ortográfico. A instituição cultural não tem fins lucrativos. Oferece ao público, gratuitamente, duas bibliotecas, ciclo de palestras contínuas, arquivo digitalizado, arquivo museológico, visitas guiadas e o seminário Brasil Brasis, que debate os problemas do país, entre outras ações. A ABL publica a Revista Brasileira, relatório de atividades, memória dos acadêmicos e da literatura nacional, e atua, no Supremo Tribunal Federal (STF), em situações de defesa dos direitos de autores.
Atualmente, a academia promove apenas o Prêmio Machado de Assis, com patrocínio da Light, que reconhece o conjunto da obra de um autor brasileiro. A seleção dos candidatos para o prêmio é feita de forma interna pelos acadêmicos, não havendo chamada pública para inscrições. Após a finalização da listagem de possíveis nomes, os imortais votam, em sessão, o vencedor daquele ano e o resultado é divulgado.
A preocupação com a área social tem sido constante nos últimos anos na ABL, que leva livros às prisões, hospitais, lares de longa permanência, ribeirinhos, populações indígenas, promovendo ainda a inclusão do livro na cesta básica. Têm sido feitos também acordos com academias congêneres no exterior, acordos com a Marinha para levar livros a integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), discutindo a língua e a cultura nacionais.
No ano que vem, a ABL deve retomar o Cine Academia Nelson Pereira dos Santos, as visitas guiadas, o teatro educação, as apresentações de músicas de câmara.
A organização do 54º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro divulgou, nesta quarta-feira (10), os títulos selecionados para a Mostra Competitiva Nacional e Mostra Brasília, que ocorrem de 7 a 14 de dezembro deste ano. Os filmes serão exibidos de forma virtual, assim como no ano passado, em razão dos riscos da pandemia da covid-19.
Dos 985 filmes inscritos e habilitados, o festival exibirá 21 ficções e nove documentários. Foram selecionados seis longas e 12 curtas para o Troféu Candango na Mostra Competitiva Nacional, além de quatro curtas e oito longas para concorrerem na Mostra Brasília.
A programação completa e as classificações indicativas estão disponíveis em na página do festival.
As inscrições para as oficinas também já estão abertas e podem ser feitas no mesmo site até o dia 21 de novembro, com 40 vagas cada uma.
Todos os filmes poderão ser vistos, gratuitamente, por meio da plataforma on-line InnSaei.TV. Os longas da Mostra Competitiva estarão no Canal Brasil, disponível nos planos de TV por assinatura Oi TV, canal 66; Sky TV, canal 113 ou 513; Claro TV, canal 150 ou 650; Vivo TV, canal 566, 806 ou 103.
A cada dia, o Canal Brasil lançará um longa da mostra às 23h30. Na sequência, à 1h30, o mesmo longa estreia na plataforma, ficando disponível até as 23h29 do mesmo dia.
As votações do Júri Popular estarão disponíveis exclusivamente na plataforma InnSaei.TV. O campo de votação aparecerá como uma caixa pop-up logo após a exibição do filme na íntegra.
Esta edição do festival oferece um Troféu Candango Especial pelo reconhecimento da obra de Léa Garcia, atriz carioca que atuou no teatro e cinema brasileiros. O festival homenageia também a professora Lucília Marquez e os atores Lauro Montana, Luiz Gustavo, Tarcísio Meira, Paulo José e Paulo Gustavo.
Com o tema “O cinema do futuro e o futuro do cinema”, o festival terá maratona de filmes, debates, masterclasses, oficinas, encontros setoriais e ambiente de mercado. A curadoria é de Sílvio Tendler e Tânia Montoro, que contaram com apoio de uma comissão para seleção das obras.
O evento é realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal, em parceria com a Associação Amigos do Futuro.
Mostra competitiva
A seleção de longas da Mostra Competitiva traz quatro ficções e dois documentários da Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Alice dos Anjos (BA), de Daniel Leite Almeida, leva as fantasias de “Alice no país das maravilhas” à paisagem do sertão baiano; Lavra (MG), de Lucas Bambozzi, expõe as feridas da devastação ambiental percorrendo os caminhos da lama tóxica e criminosa que devasta cidades inteiras; Acaso (DF), de Luis Jungmann Girafa, traz o estilo on the road à famosa Via W3 de Brasília, celebrando a casualidade das grandes cidades.
Ela e eu (SP), de Gustavo Rosa de Moura, fala sobre a adaptabilidade do ser humano a eventos inesperados, tendo Andrea Beltrão como protagonista; De onde viemos, para onde vamos (GO), de Rochane Torres, registra tradição e modernidade no dia a dia do povo indígena Iny; e Saudade do Futuro (RJ), de Anna Azevedo, é uma ode à saudade - palavra tão característica da língua portuguesa – filmada entre Brasil, Cabo Verde e Portugal.
Entre os curtas nacionais, figuram cinco obras de São Paulo, duas do Distrito Federal e produções da Paraíba, Amazonas, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco, sendo nove ficções e três documentários. Ocupagem (SP), de Joel Pizzini, retrata o encontro do escritor Julián Funks com as líderes do movimento sem teto Carmem Silva e Preta Ferreira; Terra Nova (AM) é uma ficção sobre uma atriz de teatro solicitando seu auxílio emergencial; Filhos da Periferia (DF), de Arthur Gonzaga, debate juventude e violência em contextos periféricos.
Chão de Fábrica (SP), de Nika Kopko, é uma produção 100% feminina que retrata o cotidiano de quatro operárias em seu convívio no banheiro feminino; Deus me Livre (PR), de Carlos Henrique de Oliveira e Luis Ansorena, retrata a dura vida de coveiros no cemitério Vila Formosa - que mais enterrou vítimas da covid-19 no Brasil; Adão, Eva e o Fruto Proibido (PB), de R.B. Lima marca o reencontro de uma mulher trans e seu filho adolescente, separados no nascimento.
Como respirar fora d'água (SP), de Júlia Fávero e Victoria Negreiros, reflete sobre conflitos no convívio de uma jovem negra e lésbica com a Polícia Militar, dentro e fora de casa; Cantareira (SP), de Rodrigo Ribeyro, expõe os paradoxos da metrópole e natureza; Sayonara (SP), de Chris Tex, trata de traumas violentos e vingança; Era uma vez… Princesa (RS), de Lisiane Cohen, sai em busca de sentidos diante da ausência de vida numa relação familiar; e Da boca da noite à barra do dia (PE), de Tiago Delácio, documenta a tradição do cavalo-marinho na Zona da Mata pernambucana.
Mostra Brasília
Os títulos da Mostra Brasília apresentam uma produção local, com jovens e veteranos realizadores concorrendo. Na abertura da mostra – em homenagem à Tânia Quaresma, cineasta que morreu em julho deste ano -, o público assiste a Caçadores de História (2016), documentário que retrata a realidade das catadoras e catadores de material reciclável do Brasil.
Entre os longas selecionados para a mostra local estão o documentário Mestre de Cena, de João Inácio; e as ficções Acaso, de Luis Jungmann Girafa (selecionado também para a mostra nacional); Noctiluzes, de Jimi Figueiredo e Sérgio Sartório; e Advento de Maria, de Vinícius Machado.
Entre os curtas que competem na Mostra Brasília estão quatro ficções e quatro documentários, sendo eles: Tempo de Derruba, de Gabriela Daldegan; Tinhosa, de Rafael Cardim Bernardes; Filhos da Periferia, de Arthur Gonzaga (selecionado também para a mostra nacional); Cavalo-Marinho, de Gustavo Serrate; Benevolentes, de Thiago Nunes; Ele tem saudade, de João Campos; A Casa do Caminho, de Renan Montenegro; e Vírus, de Larissa Mauro e Joy Ballard.
A Nasa, agência espacial norte-americana, não vai enviar astronautas à Lua até, pelo menos, 2025, anunciou o chefe da agência nessa terça-feira (9), adiando em, pelo menos, um ano o cronograma estabelecido pelo ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump.
O governo Trump havia estabelecido um objetivo agressivo de levar astronautas à Lua em 2024, uma iniciativa batizada de Artemis, etapa de uma meta ainda mais ambiciosa de levar o homem a Marte.
“Estamos estimando um objetivo não anterior a 2025 para o Artemis 3, que seria o primeiro veículo tripulado por humanos, na primeira demonstração de que venceu uma competição da SpaceX”, disse o administrador da Nasa, Bill Nelson, em teleconferência.
Ele lembrou os sete meses de um litígio que impede comunicações entre a Nasa e a SpaceX como a principal razão pela qual a Nasa adiou a data.
Um juiz federal rejeitou, na quinta-feira passada (4), processo movido pela empresa espacial Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos, contra o governo norte-americano por causa da decisão da Nasa de conceder o contrato de US$ 2,9 bilhões para o desenvolvimento de veículos lunares à SpaceX, de seu rival Elon Musk.
A Nasa anunciou, após a decisão da Justiça, que retomará o trabalho com a SpaceX, no contrato do veículo lunar, assim que possível.
Bill Nelson, um ex-senador pela Flórida, foi indicado pelo presidente Joe Biden para liderar a agência espacial.
O nadador maranhense Davi Hermes, patrocinado pelo governo do Estado e pela Equatorial Energia por meio da Lei Estadual de Incentivo ao Esporte, mostrou, mais uma vez, porque é considerado um dos principais nomes do esporte maranhense e um dos atletas paralímpicos mais promissores do país na atualidade. Com um desempenho espetacular, o atleta da Viva Água conquistou quatro medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro de Natação, competição organizada pela Confederação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais (CBDI), com o apoio do Comitê Paralimpico Brasileiro (CPB), e realizada no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, entre os dias 6 e 8 de novembro.
Davi Hermes levou o Maranhão ao lugar mais alto do pódio nas provas dos 50m livre, 50m borboleta, 100m livre e 100m borboleta do Brasileiro de Natação CBDI. Em sua última participação na competição nacional, em 2019, o nadador maranhense também conquistou quatro medalhas, sendo ouro nos 50m borboleta, prata na disputa dos 50m livre, e bronze nos 100m livre e 100m borboleta.
“O Brasileiro foi muito bom, pude rever e fazer amigos. Estou muito feliz com o torneio e com as medalhas. Obrigado a Deus, a minha família, aos meus técnicos da Viva Água, Osvaldo Telles e Léo Gomes, aos meus amigos de treino, meu fisioterapeuta Rafael Vieth, minha nutricionista Marianna Leite, ao governo do Estado e à Equatorial Energia, pelo patrocínio através da Lei de Incentivo ao Esporte”, afirmou Davi.
As quatro medalhas de ouro no Brasileiro de Natação CBDI valorizam ainda mais a grande temporada de Davi Hermes, que também se destacou com três ouros no Norte-Nordeste de Clubes – Troféu Walter Figueiredo, realizado em São Luís, em setembro, onde venceu os 50m livre, 50m borboleta e 100m borboleta, melhorando suas marcas pessoais em todas essas provas. Além disso, o nadador da Viva Água foi ouro nos 50m livre e 100m borboleta do Troféu Nossa Energia, em maio, e foi vitorioso nas provas dos 50m borboleta, 100m livre e 100m medley do Campeonato Maranhense de Categorias – Troféu Apcef/MA, competição realizada no mês de julho.
Histórico de conquistas
Com muita dedicação e amor ao esporte, Davi Hermes acumula resultados expressivos em sua carreira na natação. Em 2018, no Campeonato Mundial de Natação para Síndrome de Down, realizado no Canadá, o paratleta maranhense fez história ao conquistar o ouro nos 25m borboleta e 25m livre. No mesmo torneio, Davi faturou uma medalha de bronze nos 25m costas. Já em agosto de 2019, no Trisome Games das Américas, disputado no México, foram duas medalhas de prata no revezamento 4x100m medley misto e no revezamento 4x50m medley masculino.
Também em 2019, Davi Hermes se destacou no Meeting Brasileiro de Natação e nos Jogos Aquáticos do Ceará da Paranatação. Na competição nacional, o nadador maranhense levou o ouro nos 50m e 100m borboleta, além de ficar com a prata nos 50m livres. Já no torneio realizado em Fortaleza, Davi foi ouro nos 50m livre, com direito a quebra do recorde pan-americano Júnior, prata nos 100m borboleta e bronze nos 100m livre.
O Ministério da Educação (MEC) informou, nessa segunda-feira (8), que o cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021 está mantido e não será afetado pela saída de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela aplicação das provas. Mais cedo, 29 servidores pediram exoneração dos cargos que ocupavam.
De acordo com a pasta, as provas estão com a empresa que será responsável pela aplicação dos exames nos dias 21 e 28 deste mês. O Inep está monitorando a situação para garantir a normalidade do exame, segundo o MEC.
“Cabe esclarecer que os servidores colocaram à disposição os cargos em comissão ou funções comissionadas das quais são titulares, mas que continuam à disposição para exercer as atribuições dos cargos até o momento da publicação do ato no Diário Oficial da União”, informou o ministério.
Na semana passada, o Inep liberou o cartão de confirmação de inscrição. Estão disponíveis no cartão informações como número de inscrição, data, local, horário das provas e opção por atendimento especializado. O documento não é obrigatório, mas o instituto recomenda que os estudantes levem o cartão nos dias de aplicação do exame.
De acordo com o Inep, 3,1 milhões de inscritos devem fazer o Enem 2021, sendo que cerca de 3 milhões vão realizar provas impressas e 68,8 mil farão a modalidade digital. Os itens das duas versões de avaliação serão idênticos.
Um dos principais talentos da natação maranhense na atualidade, a jovem Sofia Duailibe continua colecionando conquistas. Com apenas 11 anos, a nadadora da Apcef que conta com os patrocínios do governo do Estado e do Centro Elétrico por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e do Banco da Amazônia, voltou a brilhar nas piscinas. No último fim de semana, Sofia conquistou três medalhas (duas de ouro e uma de prata) no Troféu Jesus Motta de Natação Mirim/Petiz, competição estadual realizada na Escola Nina, em São Luís (MA).
Nas provas dos 400m livre e dos 100m costas, Sofia Duailibe confirmou sua grande fase na atual temporada para terminar no lugar mais alto do pódio. Já nos 100m livre, a nadadora conquistou a medalha de prata e terminou o evento na capital maranhense com medalhas nas três provas em que disputou.
Recentemente, Sofia Duailibe já havia ido muito bem em competições regionais. Em agosto, no Festival CBDA Norte-Nordeste de Natação Mirim/Petiz – Troféu Pedro Nicolas, em Boa Vista (RR), a nadadora maranhense conquistou oito medalhas, sendo três pratas e cinco bronzes. Em outubro, subiu ao pódio nas provas dos 100m, 200m e 400m livre do Norte-Nordeste de Clubes Mirim/Petiz – Troféu Kako Caminha, realizado na cidade de Maceió.
Campeã em águas abertas
Vale lembrar que a temporada 2021 tem sido muito especial para a nadadora maranhense. Em setembro, Sofia sagrou-se campeã do Norte/Nordeste de Águas Abertas – Troféu Walter Figueiredo Silva, competição realizada em São Luís. A atleta da Apcef dominou a prova dos 750m para terminar na primeira colocação na categoria Petiz.
Em agosto, no Circuito de Maratona Aquática Mirim/Petiz, realizado em Roraima, Sofia foi vice-campeã na prova dos 800m. Ainda este ano, Sofia foi campeã do tradicional Desafio do Cassó de maratona aquática na prova dos 1.650m. Ela também foi ouro na Copinha Brasil de Maratonas Aquáticas nas categorias 400m e 800m. Na primeira etapa do Circuito de Maratonas Aquáticas Elite, venceu a prova dos 1.500m e, na primeira etapa do Circuito de Maratonas Aquáticas, foi ouro na prova dos 250m (Petiz 1) e campeã geral Mirim/Petiz.
A nadadora Sofia Duailibe é patrocinada pelo governo do Estado e pelo Centro Elétrico, por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, e pelo Banco da Amazônia. Ela ainda conta com os apoios da Associação do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Apcef) e da Escola Portal do Saber.